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CÓD: OP-073MR-23

7908403534777

TSE-UNIFICADO
TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL

Técnico Judiciário
A APOSTILA PREPARATÓRIA É ELABORADA
ANTES DA PUBLICAÇÃO DO EDITAL OFICIAL COM BASE NO EDITAL
ANTERIOR, PARA QUE O ALUNO ANTECIPE SEUS ESTUDOS.
ÍNDICE

Língua Portuguesa
1. Compreensão e interpretação de textos; ............................................................................................................................. 7
2. Ortografia oficial ................................................................................................................................................................... 16
3. Acentuação gráfica ................................................................................................................................................................ 16
4. Classe de Palavras; Vozes do verbo. Emprego de tempos e modos verbais; Flexão nominal e verbal.................................. 17
5. Colocação Pronominal .......................................................................................................................................................... 25
6. Sintaxe................................................................................................................................................................................... 26
7. Pontuação.............................................................................................................................................................................. 28
8. Concordância nominal e verbal............................................................................................................................................. 29
9. Regência nominal e verbal .................................................................................................................................................... 31
10. Crase ..................................................................................................................................................................................... 32
11. Coesão e coerência................................................................................................................................................................ 32
12. Tipologia textual ................................................................................................................................................................... 33
13. Significação das palavras ....................................................................................................................................................... 33

Redação Oficial
1. Correspondência oficial (conforme Manual de Redação da Presidência da República): aspectos gerais da redação oficial;
finalidade dos expedientes oficiais; adequação da linguagem ao tipo de documento; adequação do formato do texto ao
gênero..................................................................................................................................................................................... 45

Noções de Informática
1. Sistema operacional Windows 10 e superiores..................................................................................................................... 55
2. Pacote Office 2016 e superiores............................................................................................................................................ 57
3. BrOffice / LibreOffice............................................................................................................................................................. 79
4. Redes de Computadores Conceitos, Modelos, Tipos e Topologias de Redes; Equipamentos, Meios de Transmissão e
Conexão Protocolos de Redes................................................................................................................................................ 83
5. Internet Conceitos de Internet Navegadores (Browsers) ...................................................................................................... 120
6. Correio Eletrônico (E-mail) Webmails.................................................................................................................................... 126
7. Segurança da Informação Conceitos e Princípios de Segurança da Informação Ameaças (Vírus, Worms, Trojans, Malware,
etc.) Recursos Firewall e Proxy Antivírus e Antispyware Procedimentos de Segurança da Informação ............................... 129
8. Backup................................................................................................................................................................................... 131
ÍNDICE

Direito Administrativo
1. Conceitos e Fontes ................................................................................................................................................................. 137
2. Princípios da Administração pública ...................................................................................................................................... 140
3. Administração direta e indireta ............................................................................................................................................. 143
4. Responsabilidade Civil do Estado ........................................................................................................................................... 151
5. Atos administrativos: conceito, requisitos e atributos; anulação, revogação e convalidação; discricionariedade e
vinculação .............................................................................................................................................................................. 155
6. Poderes administrativos Uso e abuso do poder ..................................................................................................................... 159
7. Serviços Públicos: conceito e princípios ................................................................................................................................. 161
8. Bens públicos e Órgãos públicos. ........................................................................................................................................... 167
9. Intervenção do Estado na propriedade.................................................................................................................................. 170
10. Controle da administração pública ........................................................................................................................................ 178
11. Agentes Públicos/Servidores públicos: cargo, emprego e função públicos............................................................................ 181
12. Licitação: princípios, modalidades, dispensa e inexigibilidade .............................................................................................. 193
13. Contratos administrativos: conceito e características............................................................................................................. 204

Direito Constitucional
1. Constituição: conceito, estrutura, supremacia e classificação............................................................................................... 217
2. Dos princípios fundamentais ................................................................................................................................................ 222
3. Dos direitos e garantias fundamentais: dos direitos individuais e coletivos, dos direitos sociais, da nacionalidade e dos
direitos políticos .................................................................................................................................................................... 223
4. Da organização do Estado: Da organização Político- Administrativa: da organização político-administrativa, da União, dos
Estados Federados, dos Municípios, do Distrito Federal, dos Territórios ............................................................................. 232
5. Da Administração Pública: Disposições Gerais; Dos Servidores Públicos.............................................................................. 240
6. Da Organização dos Poderes: ................................................................................................................................................ 246
7. Do Poder Legislativo: do Congresso Nacional, das atribuições do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do
Senado Federal, dos deputados e dos senadores e do processo legislativo ......................................................................... 247
8. Do Poder Executivo: do Presidente e do Vice-Presidente da República, das atribuições do Presidente da República e da
Responsabilidade do Presidente da República...................................................................................................................... 256
9. Do Poder Judiciário: Disposições Gerais; Do Supremo Tribunal Federal; Do Superior Tribunal de Justiça; Dos Tribunais
Regionais Federais e dos Juízes Federais; Dos Tribunais e Juízes Eleitorais; Dos Tribunais e Juízes dos Estados................... 259
10. Das Funções Essenciais à Justiça............................................................................................................................................ 263

Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais


1. Lei nº 8.112/90 (regime jurídico dos servidores públicos civis da União) e alterações ........................................................... 273
2. Processo Administrativo no âmbito da Administração Pública Federal (Lei nº 9.784/1999 e alterações posteriores) ............ 298
3. Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/1992 e alterações posteriores) e Lei 14.230/21 ......................................... 304
4. Organização da Carreira dos Servidores do Poder Judiciário da União (Lei nº 11.416/2006 e suas alterações). .................... 319
5. Lei nº 13.146/2015 (Estatuto da pessoa com Deficiência)....................................................................................................... 323
ÍNDICE

Direito Eleitoral
1. Conceitos, Fontes e Princípios de Direito Eleitoral ............................................................................................................... 343
2. Direito Eleitoral na Constituição ........................................................................................................................................... 345
3. Organização e Composição da Justiça Eleitoral ..................................................................................................................... 347
4. Elegibilidade .......................................................................................................................................................................... 351
5. Inelegibilidade ....................................................................................................................................................................... 353
6. Ministério Público Eleitoral ................................................................................................................................................... 357
7. Propaganda Política e Espécies ............................................................................................................................................. 358
8. Crimes Eleitorais ................................................................................................................................................................... 361
9. Recursos Eleitorais ................................................................................................................................................................ 363
10. Ações Eleitorais ..................................................................................................................................................................... 365
11. Votação, Apuração, Diplomação ........................................................................................................................................... 367
12. Voto em Trânsito, Voto no Exterior e Garantias Eleitorais .................................................................................................... 368
13. Súmulas do TSE...................................................................................................................................................................... 370

Administração Pública
1. Características básicas das organizações formais modernas: tipos de estrutura organizacional, natureza, finalidades e
critérios de departamentalização ....................................................................................................................................... 383
2. Processo organizacional: planejamento, direção, comunicação, controle e avaliação ....................................................... 385
3. Gestão de processos ........................................................................................................................................................... 391
4. Gestão de Projetos .............................................................................................................................................................. 393
5. Planejamento Estratégico ................................................................................................................................................... 393
6. Gestão de Riscos ................................................................................................................................................................. 393
7. Auditoria Interna ................................................................................................................................................................. 395
8. Convergências e diferenças entre a gestão pública e a gestão privada .............................................................................. 396
9. Excelência nos serviços públicos.......................................................................................................................................... 397
10. Gestão da Qualidade ........................................................................................................................................................... 398
11. Gestão de resultados na produção de serviços públicos .................................................................................................... 401
12. Estrutura administrativa: entidades políticas e administrativas; órgãos e agentes públicos Atividade administrativa:
conceito; natureza e fins; princípios básicos; poderes e deveres do administrador público .............................................. 402
13. Administração de Recursos Materiais: Funções e objetivos da administração de materiais; classificação e especificação de
materiais; compras; registros; cadastro de fornecedores; acompanhamento de pedidos.................................................. 402
LÍNGUA PORTUGUESA

Argumento de Autoridade Argumento quase lógico


É a citação, no texto, de afirmações de pessoas reconhecidas É aquele que opera com base nas relações lógicas, como causa
pelo auditório como autoridades em certo domínio do saber, para e efeito, analogia, implicação, identidade, etc. Esses raciocínios são
servir de apoio àquilo que o enunciador está propondo. Esse recur- chamados quase lógicos porque, diversamente dos raciocínios lógi-
so produz dois efeitos distintos: revela o conhecimento do produtor cos, eles não pretendem estabelecer relações necessárias entre os
do texto a respeito do assunto de que está tratando; dá ao texto a elementos, mas sim instituir relações prováveis, possíveis, plausí-
garantia do autor citado. É preciso, no entanto, não fazer do texto veis. Por exemplo, quando se diz “A é igual a B”, “B é igual a C”, “en-
um amontoado de citações. A citação precisa ser pertinente e ver- tão A é igual a C”, estabelece-se uma relação de identidade lógica.
dadeira. Exemplo: Entretanto, quando se afirma “Amigo de amigo meu é meu amigo”
“A imaginação é mais importante do que o conhecimento.” não se institui uma identidade lógica, mas uma identidade provável.
Um texto coerente do ponto de vista lógico é mais facilmente
Quem disse a frase aí de cima não fui eu... Foi Einstein. Para aceito do que um texto incoerente. Vários são os defeitos que con-
ele, uma coisa vem antes da outra: sem imaginação, não há conhe- correm para desqualificar o texto do ponto de vista lógico: fugir do
cimento. Nunca o inverso. tema proposto, cair em contradição, tirar conclusões que não se
Alex José Periscinoto. fundamentam nos dados apresentados, ilustrar afirmações gerais
In: Folha de S. Paulo, 30/8/1993, p. 5-2 com fatos inadequados, narrar um fato e dele extrair generalizações
indevidas.
A tese defendida nesse texto é que a imaginação é mais impor-
tante do que o conhecimento. Para levar o auditório a aderir a ela, Argumento do Atributo
o enunciador cita um dos mais célebres cientistas do mundo. Se É aquele que considera melhor o que tem propriedades típi-
um físico de renome mundial disse isso, então as pessoas devem cas daquilo que é mais valorizado socialmente, por exemplo, o mais
acreditar que é verdade. raro é melhor que o comum, o que é mais refinado é melhor que o
que é mais grosseiro, etc.
Argumento de Quantidade Por esse motivo, a publicidade usa, com muita frequência, ce-
É aquele que valoriza mais o que é apreciado pelo maior nú- lebridades recomendando prédios residenciais, produtos de beleza,
mero de pessoas, o que existe em maior número, o que tem maior alimentos estéticos, etc., com base no fato de que o consumidor
duração, o que tem maior número de adeptos, etc. O fundamento tende a associar o produto anunciado com atributos da celebrida-
desse tipo de argumento é que mais = melhor. A publicidade faz de.
largo uso do argumento de quantidade. Uma variante do argumento de atributo é o argumento da
competência linguística. A utilização da variante culta e formal da
Argumento do Consenso língua que o produtor do texto conhece a norma linguística social-
É uma variante do argumento de quantidade. Fundamenta-se mente mais valorizada e, por conseguinte, deve produzir um texto
em afirmações que, numa determinada época, são aceitas como em que se pode confiar. Nesse sentido é que se diz que o modo de
verdadeiras e, portanto, dispensam comprovações, a menos que o dizer dá confiabilidade ao que se diz.
objetivo do texto seja comprovar alguma delas. Parte da ideia de Imagine-se que um médico deva falar sobre o estado de saúde
que o consenso, mesmo que equivocado, corresponde ao indiscu- de uma personalidade pública. Ele poderia fazê-lo das duas manei-
tível, ao verdadeiro e, portanto, é melhor do que aquilo que não ras indicadas abaixo, mas a primeira seria infinitamente mais ade-
desfruta dele. Em nossa época, são consensuais, por exemplo, as quada para a persuasão do que a segunda, pois esta produziria certa
afirmações de que o meio ambiente precisa ser protegido e de que estranheza e não criaria uma imagem de competência do médico:
as condições de vida são piores nos países subdesenvolvidos. Ao - Para aumentar a confiabilidade do diagnóstico e levando em
confiar no consenso, porém, corre-se o risco de passar dos argu- conta o caráter invasivo de alguns exames, a equipe médica houve
mentos válidos para os lugares comuns, os preconceitos e as frases por bem determinar o internamento do governador pelo período
carentes de qualquer base científica. de três dias, a partir de hoje, 4 de fevereiro de 2001.
- Para conseguir fazer exames com mais cuidado e porque al-
Argumento de Existência guns deles são barrapesada, a gente botou o governador no hospi-
É aquele que se fundamenta no fato de que é mais fácil aceitar tal por três dias.
aquilo que comprovadamente existe do que aquilo que é apenas
provável, que é apenas possível. A sabedoria popular enuncia o ar- Como dissemos antes, todo texto tem uma função argumen-
gumento de existência no provérbio “Mais vale um pássaro na mão tativa, porque ninguém fala para não ser levado a sério, para ser
do que dois voando”. ridicularizado, para ser desmentido: em todo ato de comunicação
Nesse tipo de argumento, incluem-se as provas documentais deseja-se influenciar alguém. Por mais neutro que pretenda ser, um
(fotos, estatísticas, depoimentos, gravações, etc.) ou provas concre- texto tem sempre uma orientação argumentativa.
tas, que tornam mais aceitável uma afirmação genérica. Durante A orientação argumentativa é uma certa direção que o falante
a invasão do Iraque, por exemplo, os jornais diziam que o exérci- traça para seu texto. Por exemplo, um jornalista, ao falar de um
to americano era muito mais poderoso do que o iraquiano. Essa homem público, pode ter a intenção de criticá-lo, de ridicularizá-lo
afirmação, sem ser acompanhada de provas concretas, poderia ser ou, ao contrário, de mostrar sua grandeza.
vista como propagandística. No entanto, quando documentada pela O enunciador cria a orientação argumentativa de seu texto
comparação do número de canhões, de carros de combate, de na- dando destaque a uns fatos e não a outros, omitindo certos episó-
vios, etc., ganhava credibilidade. dios e revelando outros, escolhendo determinadas palavras e não
outras, etc. Veja:

9
REDAÇÃO OFICIAL
É pela correta observação dessas características que se redige so...”). Já quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes, o gênero
com clareza. Contribuirá, ainda, a indispensável releitura de todo gramatical deve coincidir com o sexo da pessoa a que se refere, e
texto redigido. A ocorrência, em textos oficiais, de trechos obscuros não com o substantivo que compõe a locução. Assim, se nosso in-
e de erros gramaticais provém principalmente da falta da releitu- terlocutor for homem, o correto é “Vossa Excelência está atarefa-
ra que torna possível sua correção. Na revisão de um expediente, do”, “Vossa Senhoria deve estar satisfeito”; se for mulher, “Vossa
deve-se avaliar, ainda, se ele será de fácil compreensão por seu Excelência está atarefada”, “Vossa Senhoria deve estar satisfeita”.
destinatário. O que nos parece óbvio pode ser desconhecido por
terceiros. O domínio que adquirimos sobre certos assuntos em de- Emprego dos Pronomes de Tratamento
corrência de nossa experiência profissional muitas vezes faz com Como visto, o emprego dos pronomes de tratamento obedece
que os tomemos como de conhecimento geral, o que nem sempre a secular tradição. São de uso consagrado:
é verdade. Explicite, desenvolva, esclareça, precise os termos técni- Vossa Excelência, para as seguintes autoridades:
cos, o significado das siglas e abreviações e os conceitos específicos
que não possam ser dispensados. A revisão atenta exige, necessa- a) do Poder Executivo;
riamente, tempo. A pressa com que são elaboradas certas comu- Presidente da República;
nicações quase sempre compromete sua clareza. Não se deve pro- Vice-Presidente da República;
ceder à redação de um texto que não seja seguida por sua revisão. Ministros de Estado;
“Não há assuntos urgentes, há assuntos atrasados”, diz a máxima. Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Fe-
Evite-se, pois, o atraso, com sua indesejável repercussão no redigir. deral;
Oficiais-Generais das Forças Armadas;
As comunicações oficiais Embaixadores;
A redação das comunicações oficiais deve, antes de tudo, se- Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de
guir os preceitos explicitados no Capítulo I, Aspectos Gerais da cargos de natureza especial;
Redação Oficial. Além disso, há características específicas de cada Secretários de Estado dos Governos Estaduais;
tipo de expediente, que serão tratadas em detalhe neste capítulo. Prefeitos Municipais.
Antes de passarmos à sua análise, vejamos outros aspectos comuns
a quase todas as modalidades de comunicação oficial: o emprego b) do Poder Legislativo:
dos pronomes de tratamento, a forma dos fechos e a identificação Deputados Federais e Senadores;
do signatário. Ministro do Tribunal de Contas da União;
Deputados Estaduais e Distritais;
Pronomes de Tratamento Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais;
Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais.
Breve História dos Pronomes de Tratamento
O uso de pronomes e locuções pronominais de tratamento tem c) do Poder Judiciário:
larga tradição na língua portuguesa. De acordo com Said Ali, após Ministros dos Tribunais Superiores;
serem incorporados ao português os pronomes latinos tu e vos, Membros de Tribunais;
“como tratamento direto da pessoa ou pessoas a quem se dirigia a Juízes;
palavra”, passou-se a empregar, como expediente linguístico de dis- Auditores da Justiça Militar.
tinção e de respeito, a segunda pessoa do plural no tratamento de
pessoas de hierarquia superior. Prossegue o autor: “Outro modo de O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos
tratamento indireto consistiu em fingir que se dirigia a palavra a um Chefes de Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo respec-
atributo ou qualidade eminente da pessoa de categoria superior, e tivo:
não a ela própria. Assim aproximavam-se os vassalos de seu rei com Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
o tratamento de vossa mercê, vossa senhoria (...); assim usou-se Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional,
o tratamento ducal de vossa excelência e adotou-se na hierarquia Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Fede-
eclesiástica vossa reverência, vossa paternidade, vossa eminência, ral.
vossa santidade. ” A partir do final do século XVI, esse modo de
tratamento indireto já estava em voga também para os ocupantes As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor,
de certos cargos públicos. Vossa mercê evoluiu para vosmecê, e de- seguido do cargo respectivo:
pois para o coloquial você. E o pronome vós, com o tempo, caiu em Senhor Senador,
desuso. É dessa tradição que provém o atual emprego de pronomes Senhor Juiz,
de tratamento indireto como forma de dirigirmo-nos às autorida- Senhor Ministro,
des civis, militares e eclesiásticas. Senhor Governador,

Concordância com os Pronomes de Tratamento No envelope, o endereçamento das comunicações dirigidas às


Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa indireta) autoridades tratadas por Vossa Excelência, terá a seguinte forma:
apresentam certas peculiaridades quanto à concordância verbal,
nominal e pronominal. Embora se refiram à segunda pessoa gra- A Sua Excelência o Senhor
matical (à pessoa com quem se fala, ou a quem se dirige a comuni- Fulano de Tal
cação), levam a concordância para a terceira pessoa. É que o verbo Ministro de Estado da Justiça
concorda com o substantivo que integra a locução como seu núcleo 70.064-900 – Brasília. DF
sintático: “Vossa Senhoria nomeará o substituto”; “Vossa Excelên-
cia conhece o assunto”. Da mesma forma, os pronomes possessivos A Sua Excelência o Senhor
referidos a pronomes de tratamento são sempre os da terceira pes- Senador Fulano de Tal
soa: “Vossa Senhoria nomeará seu substituto” (e não “Vossa... vos- Senado Federal

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DIREITO CONSTITUCIONAL

Princípios de Interpretação Constitucional • Princípio da Presunção de Constitucionalidade das Leis


Segundo ele, presumem-se constitucionais as leis e atos nor-
• Princípio da Unidade da Constituição mativos primários até que o Poder Judiciário os declare inconstitu-
O texto constitucional deve ser interpretado de forma a evitar cionais. Ou seja, gozam de presunção relativa.
contradições internas (antinomias), sobretudo entre os princípios
constitucionais estabelecidos. O intérprete deve considerar a Cons- • Princípio da Simetria
tituição na sua totalidade, harmonizando suas aparentes contradi- Deste princípio extrai-se que, as Constituições Estaduais, a Lei
ções. Orgânica do Distrito Federal e as Leis Orgânicas Municipais devem
seguir o modelo estatuído na Constituição Federal.
• Princípio do Efeito Integrador
Traduz a ideia de que na resolução dos problemas jurídico- • Princípio dos Poderes Implícitos
-constitucionais deve-se dar primazia aos critérios que favoreçam a Segundo a teoria dos poderes implícitos, para cada dever ou-
unidade político-social, uma vez que a Constituição é um elemento torgado pela Constituição Federal a um determinado órgão, são im-
do processo de integração comunitária. plicitamente conferidos amplos poderes para o cumprimento dos
objetivos constitucionais.
• Princípio da Máxima Efetividade
Também chamado de princípio da eficiência, ou princípio da Classificação das Constituições
interpretação efetiva, reza que a interpretação constitucional deve
atribuir o sentido que dê maior efetividade à norma constitucional • Quanto à Origem
para que ela cumpra sua função social. a) Democrática, Promulgada ou Popular: elaborada por legíti-
É hoje um princípio aplicado a todas as normas constitucionais, mos representantes do povo, normalmente organizados em torno
sendo, sobretudo, aplicado na interpretação dos direitos funda- de uma Assembleia Constituinte;
mentais. b) Outorgada: Imposta pela vontade de um poder absolutista
ou totalitário, não democrático;
• Princípio da Justeza c) Cesarista, Bonapartista, Plebiscitária ou Referendária: Cria-
Também chamado de princípio da conformidade funcional, da por um ditador ou imperador e posteriormente submetida à
estabelece que os órgãos encarregados da interpretação constitu- aprovação popular por plebiscito ou referendo.
cional não devem chegar a um resultado que subverta o esquema
organizatório e funcional traçado pelo legislador constituinte. • Quanto ao Conteúdo
Ou seja, não pode o intérprete alterar a repartição de funções a) Formal: compõe-se do que consta em documento solene;
estabelecida pelos Poderes Constituintes originário e derivado. b) Material: composta por regras que exteriorizam a forma de
Estado, organizações dos Poderes e direitos fundamentais, poden-
• Princípio da Harmonização do ser escritas ou costumeiras.
Este princípio também é conhecido como princípio da concor-
dância prática, e determina que, em caso de conflito aparente entre • Quanto à Forma
normas constitucionais, o intérprete deve buscar a coordenação e a) Escrita ou Instrumental: formada por um texto;
a combinação dos bens jurídicos em conflito, de modo a evitar o a.i) Escrita Legal – formada por um texto oriundo de documen-
sacrifício total de uns em relação aos outros. tos esparsos ou fragmentados;
a.ii) Escrita Codificada – formada por um texto inscrito em do-
• Princípio da Força Normativa da Constituição cumento único.
Neste princípio o interprete deve buscar a solução hermenêu- b) Não Escrita: identificada a partir dos costumes, da jurispru-
tica que possibilita a atualização normativa do texto constitucional, dência predominante e até mesmo por documentos escritos.
concretizando sua eficácia e permanência ao longo do tempo.
• Quanto à Estabilidade, Mutabilidade ou Alterabilidade
• Princípio da Interpretação conforme a Constituição a) Imutável: não prevê nenhum processo para sua alteração;
Este princípio determina que, em se tratando de atos norma- b) Fixa: só pode ser alterada pelo Poder Constituinte Originário;
tivos primários que admitem mais de uma interpretação (normas c) Rígida: o processo para a alteração de suas normas é mais
polissêmicas ou plurissignificativas), deve-se dar preferência à in- difícil do que o utilizado para criar leis;
terpretação legal que lhe dê um sentido conforme a Constituição. d) Flexível: o processo para sua alteração é igual ao utilizado
para criar leis;
• Princípio da Supremacia e) Semirrígida ou Semiflexível: dotada de parte rígida e parte
Nele, tem-se que a Constituição Federal é a norma suprema, flexível.
haja vista ser fruto do exercício do Poder Constituinte originário. • Quanto à Extensão
Essa supremacia será pressuposto para toda interpretação jurídi- a) Sintética: regulamenta apenas os princípios básicos de um
co-constitucional e para o exercício do controle de constituciona- Estado, organizando-o e limitando seu poder, por meio da estipula-
lidade. ção de direitos e garantias fundamentais;
b) Analítica: vai além dos princípios básicos e dos direitos fun-
damentais, detalhando também outros assuntos, como de ordem
econômica e social.

219
NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS

§ 1o 4 (quatro) meses antes de findo o período do estágio pro- Seção VIII


batório, será submetida à homologação da autoridade competente Da Reversão
a avaliação do desempenho do servidor, realizada por comissão (Regulamento Dec. nº 3.644, de 30.11.2000)
constituída para essa finalidade, de acordo com o que dispuser a lei
ou o regulamento da respectiva carreira ou cargo, sem prejuízo da Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposenta-
continuidade de apuração dos fatores enumerados nos incisos I a V do: (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
do caput deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 11.784, de 2008 I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insub-
§ 2o O servidor não aprovado no estágio probatório será exon- sistentes os motivos da aposentadoria; ou (Incluído pela Medida
erado ou, se estável, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
observado o disposto no parágrafo único do art. 29. II - no interesse da administração, desde que: (Incluído pela
§ 3o O servidor em estágio probatório poderá exercer quais- Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
quer cargos de provimento em comissão ou funções de direção, a) tenha solicitado a reversão; (Incluído pela Medida Provisória
chefia ou assessoramento no órgão ou entidade de lotação, e so- nº 2.225-45, de 4.9.2001)
mente poderá ser cedido a outro órgão ou entidade para ocupar b) a aposentadoria tenha sido voluntária; (Incluído pela Medi-
cargos de Natureza Especial, cargos de provimento em comissão do da Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, de níveis 6, 5 e c) estável quando na atividade; (Incluído pela Medida Provisória
4, ou equivalentes. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) nº 2.225-45, de 4.9.2001)
§ 4o Ao servidor em estágio probatório somente poderão ser d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores
concedidas as licenças e os afastamentos previstos nos arts. 81, à solicitação; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de
incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim afastamento para participar 4.9.2001)
de curso de formação decorrente de aprovação em concurso para e) haja cargo vago. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-
outro cargo na Administração Pública Federal. (Incluído pela Lei nº 45, de 4.9.2001)
9.527, de 10.12.97) § 1o A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo result-
§ 5o O estágio probatório ficará suspenso durante as licenças ante de sua transformação. (Incluído pela Medida Provisória nº
e os afastamentos previstos nos arts. 83, 84, § 1o, 86 e 96, bem 2.225-45, de 4.9.2001)
assim na hipótese de participação em curso de formação, e será § 2o O tempo em que o servidor estiver em exercício será con-
retomado a partir do término do impedimento. (Incluído pela Lei nº siderado para concessão da aposentadoria. (Incluído pela Medida
9.527, de 10.12.97) Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
§ 3o No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, o ser-
Seção V vidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência
Da Estabilidade de vaga. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
§ 4o O servidor que retornar à atividade por interesse da ad-
Art. 21. O servidor habilitado em concurso público e empos- ministração perceberá, em substituição aos proventos da aposenta-
sado em cargo de provimento efetivo adquirirá estabilidade no doria, a remuneração do cargo que voltar a exercer, inclusive com
serviço público ao completar 2 (dois) anos de efetivo exercício. (pra- as vantagens de natureza pessoal que percebia anteriormente à
zo 3 anos - vide EMC nº 19) aposentadoria. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de
Art. 22. O servidor estável só perderá o cargo em virtude de 4.9.2001)
sentença judicial transitada em julgado ou de processo administra- § 5o O servidor de que trata o inciso II somente terá os proven-
tivo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa. tos calculados com base nas regras atuais se permanecer pelo
menos cinco anos no cargo. (Incluído pela Medida Provisória nº
Seção VI 2.225-45, de 4.9.2001)
Da Transferência § 6o O Poder Executivo regulamentará o disposto neste artigo.
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
Art. 23. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Art. 26. (Revogado pela Medida Provisória nº 2.225-45, de
4.9.2001)
Seção VII Art. 27. Não poderá reverter o aposentado que já tiver comple-
Da Readaptação tado 70 (setenta) anos de idade.

Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de Seção IX


atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que Da Reintegração
tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em in-
speção médica. Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no
§ 1o Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua trans-
será aposentado. formação, quando invalidada a sua demissão por decisão adminis-
§ 2o A readaptação será efetivada em cargo de atribuições af- trativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.
ins, respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade e equiva- § 1o Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará
lência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de cargo vago, em disponibilidade, observado o disposto nos arts. 30 e 31.
o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocor- § 2o Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante
rência de vaga. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização ou
aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade.

275
DIREITO ELEITORAL

O dispositivo legal consagra o princípio da corresponsabilidade – Soberania popular (CF, artigos 1º, I, e 14, caput), republicano
entre partidos e candidatos. Denomina-se responsabilidade soli- (CF, art. 1º, caput), sufrágio universal (CF, artigos 1º, parágrafo úni-
dária, pois ambas as pessoas jurídicas de Direito Privado (partido co, e 14, caput), legitimidade das eleições (CF, art. 14, § 9º), moral-
político) e física (candidato) devem responder na esfera cível, admi- idade para o exercício de mandato (CF, art. 14, § 9º), probidade ad-
nistrativa eleitoral e pelos abusos e excessos. ministrativa (CF, art. 14, § 9º), igualdade ou isonomia (CF, artigos
5º, I, e 14, caput), pluralismo político (CF, art. 1º, V), liberdades de
Princípio da irrecorribilidade das decisões do Tribunal Supe- expressão e informação (CF, art. 5º, IV, IX e XIV).
rior Eleitoral
O princípio é extraído do art. 281 do Código Eleitoral: “São irre- Apesar de alguns desses princípios não serem exclusivos do
corríveis as decisões do Tribunal Superior, salvo as que declararem a Direito Eleitoral, é certo que possuem dimensões que apresentam
invalidade de lei ou ato contrário à Constituição Federal e as dene- valiosa interface com essa disciplina jurídica. Passemos às principais
gatórias de habeas corpus ou mandado de segurança, das quais ca- anotações:
berá recurso ordinário para o Supremo Tribunal Federal, interposto
no prazo de 3 (três) dias”. Democracia Representativa
O § 3º do art. 121 da Constituição Federal consagra o princípio O esquema partidário é assegurado pelo artigo 14, § 3º, V, da
e prevê o cabimento de recurso extraordinário das decisões do TSE CF, que erigiu a filiação partidária como condição de elegibilidade.
que contrariarem a Constituição e, ainda, do recurso ordinário das Assim, os partidos políticos detêm o monopólio das candidaturas,
decisões que denegarem habeas corpus ou mandado de segurança. de sorte que, para ser votado, o cidadão deve filiar-se.
Excepcionalmente são recorríveis as decisões do TSE. Inexistem no sistema brasileiro candidaturas avulsas. A par dis-
so, consolidou-se o entendimento consoante o qual o mandato pú-
Princípio da moralidade eleitoral blico-eletivo pertence à agremiação política, e não ao eleito.
O Tribunal Superior Eleitoral entendeu que se faz necessária Assim, no sistema brasileiro, a democracia representativa é
a produção de norma legal (Lei de natureza complementar) para temperada com mecanismos próprios de democracia direta, entre
fins de explicitar quais os casos que ensejam a imoralidade eleitoral os quais citem-se: o plebiscito, o referendo e a iniciativa popular
(CF, art. 14, I, II, III, e art. 61, § 2º).
para fins de inelegibilidade nos termos da Constituição da Repúbli-
ca Federativa do Brasil, art. 14, § 9º.
Estado Democrático de Direito
Sobre a moralidade eleitoral considerada a vida pregressa dos
A República Federativa do Brasil, impera o artigo 1º da Con-
candidatos aos mandatos eletivos, surgiu a recente Lei Complemen-
stituição Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e,
tar nº 135/2010, alterando a Lei Complementar nº 64/90, e esta-
entre outros, possui como fundamentos a cidadania e a dignidade
beleceu, em consonância com o § 9º do art. 14 da Constituição da
da pessoa humana (incisos II e III).
República, casos de inelegibilidade, prazos de cessação, incluindo
Apresenta o Estado brasileiro, como objetivo (CF, art. 3º), a
outras hipóteses de inelegibilidades que visam a proteger a probi- construção de uma sociedade livre, justa e solidária, além da errad-
dade administrativa e a moralidade para o exercício do mandato. icação da pobreza e da marginalização, redução das desigualdades
sociais e regionais, promoção do bem de todos, sem preconceitos
Referências Bibliográficas: de quaisquer espécies.
GOMES, José Jairo. Direito eleitoral – 14ª edição, revista, atua- Soberania Popular
lizada e ampliada – São Paulo: Atlas, 2018. O poder soberano emana do povo: todo o poder emana do
RAMAYANA. Marcos. Resumo de Direito Eleitoral – 5ª edição, povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou direta-
revista e atualizada pela Lei Complementar nº 135/2010 (Lei da Fi- mente (CF, art. 1º, parágrafo único). A soberania popular é concret-
cha Limpa) – Rio de Janeiro: Impetus, 2012. izada pelo sufrágio universal, pelo voto direto e secreto, plebiscito,
referendo e iniciativa popular (CF, art. 14, caput).
DIREITO ELEITORAL NA CONSTITUIÇÃO Assim, a soberania popular se revela no poder incontrastável
de decidir. É ela que confere legitimidade ao exercício do poder
estatal. Tal legitimidade só é alcançada pelo consenso expresso na
escolha feita nas urnas.
O Direito Eleitoral relaciona-se com diversos ramos do conhe-
cimento. É isso, aliás, que permite qualificá-lo como microssiste- Princípio Republicano
ma jurídico. Dentro dessa esfera, a Constituição Federal constitui Por força do princípio republicano, de tempos em tempos de-
sua fonte primeira e referência primordial, pois dela emanam seus vem os mandatos ser renovados com a realização de novas eleições.
princípios fundamentais. Daí a relação umbilical do Direito Eleitoral Nesse sentido, dispõe o artigo 82 da Constituição Federal que o
com o Constitucional. mandato de Presidente da República é de quatro anos e terá início
Tantas e tão relevantes são as normas eleitorais emanadas da em primeiro de janeiro do ano seguinte ao de sua eleição.
Constituição que para se designá-las alguns autores empregam a No mesmo sentido, o mandato de Governador (CF, art. 28), de
expressão Constituição Eleitoral. Prefeito (CF, art. 29, I), de Deputado Estadual (CF, art. 27, § 1º), de
A superior hierarquia da Lei Maior (supremacia constitucional) Vereador (CF, art. 29, I), de Deputado Federal (CF, art. 44, parágrafo
faz com que ela se imponha e determine o sentido das demais nor- único) e de Senador, cujo mandato é de oito anos (CF, art. 46, § 1º).
mas presentes no sistema jurídico. Arrolam-se, assim, os seguintes
princípios constitucionais aplicados ao Direito Eleitoral:

345
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

— Processo de planejamento
PROCESSO ORGANIZACIONAL: PLANEJAMENTO,
DIREÇÃO, COMUNICAÇÃO, CONTROLE E AVALIAÇÃO • Planejamento estratégico ou institucional
Estratégia é o caminho escolhido para que a organização possa
Funções de administração chegar no destino desejado pela visão estratégica. É o nível mais
amplo de planejamento, focado a longo prazo. É desdobrado no
• Planejamento, organizaçãop, direção e controle Planejamento Tático, e o Planejamento Tático é desdobrado no Pla-
nejamento Operacional.
— Global — Objetivos gerais e genéricos — Diretrizes estratégi-
cas — Longo prazo — Visão forte do ambiente externo.

Fases do Planejamento Estratégico:


— Definição do negócio, missão, visão e valores organizacio-
nais;
— Diagnóstico estratégico (análise interna e externa);
— Formulação da estratégia;
• PLANEJAMENTO, ORGANIZAÇÃO, DIREÇÃO E CONTROLE — Implantação;
— Controle.

— Planejamento • Planejamento tático ou intermediário


Processo desenvolvido para o alcance de uma situação futura Complexidade menor que o nível estratégico e maior que o
desejada. A organização estabelece num primeiro momento, atra- operacional, de média complexidade e compõe uma abrangência
vés de um processo de definição de situação atual, de oportunida- departamental, focada em médio prazo.
des, ameaças, forças e fraquezas, que são os objetos do processo de — Observa as diretrizes do Planejamento Estratégico;
planejamento. O planejamento não é uma tarefa isolada, é um pro- — Determina objetivos específicos de cada unidade ou depar-
cesso, uma sequência encadeada de atividades que trará um plano. tamento;
• Ele é o passo inicial; — Médio prazo.
• É uma maneira de ampliar as chances de sucesso;
• Reduzir a incerteza, jamais eliminá-la; • Planejamento operacional ou chão de fábrica
• Lida com o futuro: Porém, não se trata de adivinhar o futuro; Baixa complexidade, uma vez que falamos de somente uma
• Reconhece como o presente pode influenciar o futuro, como única tarefa, focado no curto ou curtíssimo prazo. Planejamento
as ações presentes podem desenhar o futuro; mais diário, tarefa a tarefa de cada dia para o alcance dos objetivos.
• Organização ser PROATIVA e não REATIVA; Desdobramento minucioso do Planejamento Estratégico.
• Onde a Organização reconhecerá seus limites e suas compe- — Observa o Planejamento Estratégico e Tático;
tências; — Determina ações específicas necessárias para cada atividade
• O processo de Planejamento é muito mais importante do que ou tarefa importante;
seu produto final (assertiva); — Seus objetivos são bem detalhados e específicos.

Idalberto Chiavenato diz: “Planejamento é um processo de es-


tabelecer objetivos e definir a maneira como alcança-los”.
• Processo: Sequência de etapas que levam a um determinado
fim. O resultado final do processo de planejamento é o PLANO;
• Estabelecer objetivos: Processo de estabelecer um fim;
• Definir a maneira: um meio, maneira de como alcançar.

• Passos do Planejamento
— Definição dos objetivos: O que quer, onde quer chegar.
— Determinar a situação atual: Situar a Organização.
— Desenvolver possibilidades sobre o futuro: Antecipar even-
tos.
— Analisar e escolher entre as alternativas.
— Implementar o plano e avaliar o resultado.

• Vantagens do Planejamento
— Dar um “norte” – direcionamento;
— Ajudar a focar esforços;
— Definir parâmetro de controle;
— Ajuda na motivação;
— Auxilia no autoconhecimento da organização.

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