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ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4


INFORMÁTICA ...................................................................................................................... 9
MATEMÁTICA E RLM ........................................................................................................ 12
DIREITO CONSTITUCIONAL ....................................................................................... 13
DIREITO ADMINISTRATIVO ....................................................................................... 20
DIREITO CIVIL ................................................................................................................... 25
PROCESSO CIVIL .............................................................................................................. 33
DIREITO DO TRABALHO ............................................................................................... 38
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO ................................................................ 45

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LÍNGUA PORTUGUESA

DICA 01
COMPREENSÃO E INTEPRETAÇÃO DE TEXTOS
Considera-se como sendo o elemento-chave para um bom resultado na prova de
Português dos concursos públicos. Isso porque, na maioria das vezes, a interpretação,
compreende mais da metade das questões cobradas pelas Bancas.
Por isso, listamos algumas dicas essenciais para você praticar durante a resolução de
questões:
1. Leia todo o texto pausadamente;
2. Releia e marque todas as palavras que não sabe o significado, em seguida,
pesquise sobre ela, bem como seus sinônimos e antônimos;
3. Separe os parágrafos do texto e releia um a um fazendo um breve resumo, de
forma mais objetiva possível, pois na prova você não terá muito tempo.
4. Questione a forma usada pelo escritor no texto.

Ex.: Aqui é a linguagem.


DICA 02
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

Compreensão: No caso de compreensão de texto, o leitor deve visualizar dentro do


texto e se limitar a responder as questões conforme aquilo que está explicitamente
escrito.

Exemplos de comandos de compreensão de texto:

De acordo com o texto...


Segundo o texto...
Na linha...

Interpretação: No caso de interpretação de texto, o leitor deve olhar para fora do


texto, uma vez que a interpretação vai além do texto.

Exemplos de comandos de interpretação de texto:

Interpreta-se...
Infere-se...

DICA 03
ARTICULAÇÃO DO TEXTO: COESÃO E COERÊNCIA

Coesão e coerência: o texto oficial deve ser coeso e coerente, pois isso favorece a
conexão e a harmonia entre os elementos do texto.

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COERÊNCIA COESÃO

- É a relação lógica das ideias dentro de - A coesão diz respeito à organização do


um texto. texto, por meio de conectivos.

- Um texto é incoerente quando há - Um texto é coeso quando há a correta


contradição e redundância. As ideias são utilização das palavras que ligam as frases
iniciadas e não são concluídas. e parágrafos de um texto.

Assim, há alguns mecanismos que fazem com que o texto seja coeso e coerente, quais
sejam: referência, substituição elipse e uso da conjunção.
DICA 04
COESÃO E COERÊNCIA - MECANISMOS

Há mecanismos utilizados para que um texto seja coeso e coerente. São eles:

Referência: A referência diz respeito a termos relacionados a outros dentro do texto.

Anáfora: retoma um termo ANTERIOR.

Catáfora: ANTECIPA o termo.

Substituição: é a colocação de um item lexical no lugar de outro (ou outros) ou no


lugar de uma oração.

Elipse: é a omissão de um termo, o qual já foi dito no texto anteriormente.

Uso da conjunção: a conjunção é usada para conectar termos e ligar orações e


parágrafos.
DICA 05
TERMOS DA ORAÇÃO - SUJEITO
Sujeito caracteriza-se por ser o termo da oração sobre o qual se declara alguma coisa a
respeito.
Ex.: A aluna brigou com a professora.
Núcleo do sujeito: Dentro de uma oração há uma palavra que possui muita
importância. Este termo é o núcleo do sujeito, pois é com ele que as outras palavras se
relacionam.
Ex.: Os meninos do bairro jogavam futebol na rua.
TOME NOTA!
O sujeito não necessariamente precisa aparecer no início da oração. Portanto, quando o
sujeito aparece no início, com o predicado logo após, significa que os termos da oração
estão em ordem direta. Agora, se o sujeito aparece no meio ou no final da oração,
significa que os termos estão em ordem indireta.

Ex.: O sol nasceu para brilhar → Ordem DIRETA.


Nasceu o sol para brilhar → Ordem INDIRETA.
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DICA 06
CLASSIFICAÇÃO DO SUJEITO
Simples: é o sujeito que aparece de forma expressa na oração e possui apenas um
núcleo.
Ex.: O sol nasceu para brilhar.
Aquela é a maior jogadora de vôlei do momento.
A menina chorou.
Composto: é o sujeito que aparece de forma expressa na oração e possui mais de um
núcleo.
Ex.: Arroz e feijão são minhas comidas preferidas.
Romeu e Julieta morreram de amor.
Desinencial: é o sujeito que não aparece de forma expressa na oração, mas está
implícito na desinência do verbo.

Ex.: (Eu) Conheço meu pai biológico. / (Nós) Dormíamos no mesmo quarto.
DICA 07
CLASSIFICAÇÃO DO SUJEITO
Indeterminado: quando a informação que se encontra no predicado refere-se a um
elemento que não se quer ou que não se pode determinar.

Ex.: Falaram muito bem de você na reunião escolar.

ATENÇÃO!

O verbo está na 3ª pessoa do singular ou plural.


OBS.: Se for possível determinar a 3ª pessoa num contexto, será sujeito oculto.

Então, o sujeito será indeterminado se ocorrerem os seguintes casos:

Verbo na 3ª pessoa do plural Verbo na 3ª pessoa do singular


+ +
Não há sujeito expresso na oração: Índice de indeterminação do
Sujeito “se”:

Ex.: Ligaram para você. Ex.: Acredita-se em Jesus.


Espancaram o menino. Precisa-se de comida.

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CUIDADO!

Em: “Venderam-se as bolsas.” → As bolsas foram vendidas. Apesar de, em um


primeiro momento, a frase parecer que possui sujeito indeterminado, ela possui sujeito
expresso.
DICA 08
CLASSIFICAÇÃO DO SUJEITO
Oração sem sujeito: Neste caso, o verbo não aceita sujeito. São chamados de verbos
impessoais.

Verbos que expressam fenômenos → Amanheceu rapidamente.


naturais:
→ Nevou muito no inverno.

Verbos “haver” e “fazer” exprimem → Faz dois anos que casei.


tempo transcorrido:
→ Há três dias que não converso com ela.

Verbo “haver” no sentido de “existir”: → Há muitas crianças na festa.


OBS.: Se for utilizado o verbo
“existir”, a oração terá sujeito:

→ Existem muitas crianças na festa.

Verbo “ser” aparece para indicar → São sete horas.


horas:
→ É uma hora.

Verbo “ser” e “estar” indicam clima: → Está frio hoje.


→ É cedo.

DICA 09
TRANSITIVIDADE VERBAL
Relação entre os verbos transitivos e os seus complementos.
Os verbos podem ser classificados quanto à sua predicação em:

Verbo intransitivo: é aquele que não precisa de um complemento para ter sentido
completo.
Ex.: Rosa dormiu sentada. (Se eu falar só “Rosa dormiu” já tem sentido completo).

Verbo transitivo: é o que necessita de complemento para ter sentido completo a


oração.
Ex.: Rosa gosta de bolo de banana.
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DICA 10
TIPOS DE PREDICADO
O predicado verbo-nominal é formado por:

VERBO INTRANSITIVO + PREDICATIVO DO SUJEITO

VERBO TRANSITIVO + OBJETO + PREDICATIVO DO SUJEITO

VERBO TRANSITIVO + OBJETO + PREDICATIVO DO OBJETO

TOME NOTA!
O verbo tem 2 funções dentro da estrutura da oração:
Verbo de ligação: expressa estado, sentimento e liga o sujeito a uma característica.
Ex.: Lauren é rechonchuda.

MACETE dos verbos de ligação → “CAFES P2”


Continuar

Andar

Ficar

Estar

Ser

Parecer

Permanecer

Verbo significativo: Expressam ação ou fenômeno da natureza.


Ex.: Carla correu.

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INFORMÁTICA
DICA 11
MS - WINDOWS 10

É um sistema operacional desenvolvido e mantido pela Microsoft. É um sistema


proprietário, multisessão (capacidade de operar com várias contas de usuários),
multitarefa (execução de várias tarefas simultâneas). Disponível nas versões Home, Pro,
Education, Enterprise.

Home: Versão mais comum presente em computadores domésticos, conta com a


possibilidade de login facial ou biometria.

Pro: Versão que contém as funcionalidades do Home com dispositivos avançados de


segurança como BitLocker para criptografia de HD e suporte a ingresso no domínio
através do Azure Active Directory.

Enterprise: Engloba as funcionalidades da versão Pro e inclui outras opções avançadas


como como o AppLocker.

Education: Versão geralmente utilizada para grandes ambientes de ensino, conta com
as opções da versão enterprise, porém sem algumas opções de configuração de
atualização.
DICA 12
OPÇÕES DE ENCERRAMENTO DO WINDOWS

O Windows possui algumas opções de encerramento. As opções são acessíveis através do


menu iniciar, porém também é possível acessá-las utilizando o atalho ALT + F4 na área
de de trabalho.

As opções são:

Desligar - Fecha todos os aplicativos e desliga o computador.

Reiniciar - Fecha todos os aplicativos, desliga o computador e liga-o novamente.

Suspender - O computador permanece ligado, mas com baixo consumo de energia. Os


aplicativos ficam abertos, assim, quando o computador é ativado, voltará ao ponto em
que estava.

Trocar Usuário - Troca de usuário sem fechar aplicativos.

Sair - Fecha todos os aplicativos e faz logoff do usuário.


DICA 13
CONCEITO DE PASTAS, DIRETÓRIOS, ARQUIVOS

Pastas são utilizadas para agrupar itens, é uma forma de organização. Um Diretório
tem a mesma função que uma pasta.

Um Arquivo é um componente que tem conteúdo, que tem informação. Ele pode
ser do tipo Texto, Dado, Binário, Executável etc.

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No Windows, pastas e arquivos têm permissão de acesso, que é definido no menu de


contexto na opção propriedades ao clicar com botão direito sobre o item, na aba
segurança.
Arquivos têm extensões, elas representam qual o tipo de arquivo e facilitam qual
programa pode abri-lo.
Por exemplo Arquivo1.docx é um arquivo do Word.
Executavel.exe é um arquivo que será executado pelo Windows.
DICA 14
MANIPULAÇÃO DE ARQUIVOS E PERMISSÕES NO LINUX

Arquivos ocultos no Linux são identificados através de um ponto no início do arquivo.


Arquivos e Pastas no Linux têm permissões para saber quem pode ler, executar e
escrever um arquivo ou pasta. No Linux as permissões são divididas entre Dono, grupo
e outros. As permissões são representadas da seguinte maneira: R para leitura, X para
execução e W para escrita. Assim são 9 campos para cada arquivo ou pasta.
Os três primeiros representam as permissões do dono, os três do meio do grupo e os
últimos de outros. Um exemplo de um arquivo que pode ser lido, escrito e executado pelo
dono e pelo grupo, mas não por outros: rwxrwx---

A notação de permissão de um arquivo também pode ser representada por números:


Read - 4
Write - 2
Execute - 1
Assim, para representar nesta notação o exemplo anterior temos, 770. O comando que
realiza essas alterações é o chmod.
Podemos notar que o valor 7 é o resultado da soma dos três campos.
DICA 15
MANIPULAÇÃO DE ARQUIVOS E PASTAS NO LINUX

O Linux utiliza o gerenciador de arquivos para manipular pastas e arquivos. Porém, é


possível utilizar programas através da linha de comando para manipular arquivos,
conforme tabela abaixo:

Cp copiar um arquivo

Mv mover um arquivo, também serve para


renomear arquivos na linha de comando

Del deletar um arquivo

Mkdir criar um diretório

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Cd mudar de diretório dentro do terminal

Ls listar conteúdo de uma pasta

pwd (print work directory) mostrar em qual pasta está atualmente

Passwd alterar senha do usuário

Rm remover arquivos ou diretórios.

Find procurar arquivos

Tail mostrar o final de um arquivo

Head mostrar o início de um arquivo

Sort utilizado para ordenar

Ln criar link entre arquivos

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MATEMÁTICA E RLM
DICA 16
NUMEROS INTEIROS E RACIONAIS
O conjunto dos números naturais é representado pelo símbolo N, esse conjunto
compreenderá aqueles números que surgem naturalmente da necessidade de contar.

Ex.: N= {0,1,2,3,4,5,6...};
No conjunto dos números naturais não temos números quebrados, e não têm números
negativos. É o conjunto mais simples e possui uma quantidade infinita de elementos
Conjunto dos Inteiros (Z) basta acrescentar os números negativos aos números
naturais;

Ex.: Z= {...-3,-2,-1,0,1,2,3...};

Os números racionais Q serão formados pelo conjunto dos números inteiros mais os
números quebrados, dizemos que um número é racional se ele pode ser representado na
forma de fração;
O conjunto dos números inteiros é um subconjunto dos racionais Z ⊂ Q.
DICA 17
MULTIPLOS E DIVISORES DE NÚMEROS NATURAIS
Os múltiplos de um número são obtidos multiplicando o número por um fator. Este fator,
por sua vez, é também divisor do múltiplo encontrado;

Ex.: O número 6 é um múltiplo de 2, pois 2x3=6 e o número


2 é um divisor de 6, pois 6 ÷ 2 = 3;
Quando um número é múltiplo de outro, é o mesmo que dizer que o primeiro é divisível
pelo último. No nosso exemplo 6 é múltiplo de 2 e, portanto, é divisível por 2, ou seja, 2 é
divisor de 6;
Sendo assim, os múltiplos de um número podem ser obtidos multiplicando-o por 1, 2, 3,
4, 5…. Logo, os múltiplos de um número são infinitos;
Já os divisores de um número são aqueles cuja divisão tem como resultado um número
inteiro, ou seja, a divisão é exata.

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DIREITO CONSTITUCIONAL
DICA 18
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES: CONTEÚDO

Quanto ao conteúdo as constituições são classificadas como:

Material: materialmente, identifica-se como as normas que regulam a estrutura do


Estado, a sua organização e os direitos fundamentais. Só os temas atinentes a esse
escopo são constitucionais. Desta forma, as regras que fossem materialmente
constitucionais, codificadas ou não em um mesmo documento, seriam essencialmente
constitucionais. Tudo o mais que constar da Constituição e que a isso não se refira não
será matéria constitucional.

Formal: É o modo de ser do Estado, estabelecido em documento escrito. Não se


há de pesquisar qual o conteúdo da matéria. Tudo o que estiver na constituição é matéria
constitucional.

Mista: Uma classificação ainda polêmica, e não sendo adotada por alguns
doutrinadores. Essa teoria traz que, nos termos do art. 5º, § 3º, da Constituição Federal,
os Tratados e as Convenções de direitos humanos, aprovados em cada casa do Congresso,
em dois turnos, com voto de 3/5 de seus membros equivalerão a uma Emenda
Constitucional, ou seja, um documento de natureza constitucional que está fora da
Constituição, sendo adotado tanto o critério material como o formal. É a Teoria do Bloco
da Constitucionalidade, através da qual não é constitucional apenas o que está na CF, mas
toda e qualquer regra de natureza constitucional. Portanto, para alguns, o sistema que
usamos é o misto.
Portanto, ao analisar a Constituição Federal de 1988 em relação com seu conteúdo,
pode-se dizer que ela é formal ou formalmente. O que seria dizer que a constituição é o
modo de ser do Estado, estabelecido em documento escrito. Não se há de pesquisar qual
o conteúdo da matéria. Tudo o que há na constituição é matéria constitucional. Essa
distinção hoje perde o sentido, carreando toda a doutrina no sentido de considerar
materialmente constitucional tudo o que formalmente nela se contiver.

CF/88 → Conteúdo → Formal

DICA 19
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES - ESTABILIDADE

Quanto à estabilidade as constituições podem ser:

Rígidas: constituições que exigem, para sua alteração, um processo legis mais árduo
do que o processo de alteração das normas não constitucionais.

Flexíveis: o processo de alteração é idêntico às normas não constitucionais. Não há


hierarquia entre as leis.

Semirrígidas/Semiflexíveis: algumas matérias tem alteração mais difícil, outras nem


tanto.

Fixas: podem ser alteradas por poder igual ao que a criou, poder constituinte
originário.
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Transitoriamente flexíveis: por um tempo serão suscetíveis de reforma e depois


passam a ser rígidas.

Imutáveis: inalteráveis, verdadeira relíquia.


A constituição brasileira atual pode ser classificada como rígida em relação a sua
mutabilidade, uma vez que o processo de alteração é mais rigoroso do que o processo
de elaboração das leis ordinárias, em consonância com princípio da supremacia da
Constituição.

CF/88 → Estabilidade → Rígida

DICA 20
CONSTITUIÇÃO: CLASSIFICAÇÕES DAS CONSTITUIÇÕES

A Constituição Federal brasileira pode ser classificada da seguinte maneira:

Quanto ao conteúdo: Materiais e formais.

Quanto à forma: Escritas e não escritas.

Quanto ao modo de elaboração: Dogmática e histórica.

Quanto a origem: Promulgadas e outorgadas

Quanto a estabilidade: Rígidas, super-rígidas, semirrígidas e flexíveis.

Quanto a extensão: Analítica e sintética.

Vamos utilizar um mnemônico para melhor fixação!


A CF/88 é classificada como uma PEDRAF:

P Promulgada

E Escrita

D Dogmática

R Rígida

A Analítica

F Formal

DICA 21
PODER CONSTITUINTE DIFUSO – MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL

Poder constituinte difuso é o poder de fato que atua na etapa da mutação


constitucional, meio informal de alteração da Constituição.

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Na mutação constitucional ocorre a alteração do conteúdo, do alcance e do sentido


das normas constitucionais, mas de modo informal, sem qualquer modificação na
literalidade do texto da Constituição.
É chamado de difuso porque não vem formalizado (positivado) no texto das
Constituições. É um poder de fato porque nascido do fato social, político e econômico. É
meio informal porque se manifesta por intermédio das mutações constitucionais,
modificando o sentido das Constituições, mas sem nenhuma alteração do seu texto
expresso.
DICA 22
APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
A aptidão das normas constitucionais de produzirem efeitos é denominada eficácia
jurídica, a qual é conferida conforme a classificação das normas segundo a sua
aplicabilidade.

1ª Teoria – Americana (século XIX): existem dois tipos de normas: as normas


constitucionais auto executórias e as normas constitucionais não auto executáveis.

Crítica: algumas normas constitucionais não seriam dotadas de imperatividade e


inexistência de análise do papel das normas pragmáticas.

2ª Teoria – Italiana (século XX): reconhecimento às normas pragmáticas de


juridicidade, entendendo-as como jurídico constitucionais.

Doutrina Brasileira: Para José Afonso da Silva todas as normas constitucionais são
dotadas de aplicabilidade/eficácia.

DICA 23
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS - FUNDAMENTOS DA REPÚBLICA

A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e


Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem
como fundamentos:

Soberania; Mnemônico:
Cidadania; SO-CI-DI-VA-PLU
Dignidade da pessoa humana;

Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

Pluralismo político.

Fique atento!
Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou
diretamente, nos termos da Constituição Federal.

INDEPENDÊNCIA E HARMONIA DOS PODERES


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São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo


e o Judiciário.
DICA 24
PRINCÍPIOS DE REGEM AS RELAÇÕES INTERNACIONAIS DA REPÚBLICA
FEDERATIVA DO BRASIL
A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos
seguintes princípios:
Independência nacional;
Prevalência dos direitos humanos;
Autodeterminação dos povos;
Não-intervenção;
Igualdade entre os Estados;
Defesa da paz;
Solução pacífica dos conflitos;
Repúdio ao terrorismo e ao racismo;
Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
Concessão de asilo político.
Fique atento!

A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural


dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-
americana de nações.

DICA 25
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
Entendidos como cláusulas pétreas, os direitos e garantias fundamentais são o rol
de princípios absolutos e relativos positivados para assegurar aos seres humanos o
estatuto de indivíduos de direito. No ordenamento jurídico brasileiro, estão previstos na
Constituição Federal e são inerentes à pessoa humana
Com o primeiro grande marco histórico sobre direitos fundamentais, que foi a Revolução
Francesa, a Constituição Federal de 1988, desse modo, refletiu o que fora estabelecido na
Carta de Direitos Humanos de 1948. E trouxe um rol de direitos e garantias considerados
fundamentais para a manutenção do ordenamento jurídico. Os direitos e garantias
fundamentais, portanto, são entendidos como este conjunto de preceitos conquistados
com o avanço das sociedades jurídicas e hoje positivados. Portanto, pode-se dizer que os
direitos fundamentais decorrem de uma construção histórica.

ATENÇÃO!

Os Direitos e Garantias Fundamentais são:

Irrenunciáveis: Ninguém pode recusá-los, na medida em que são inerentes –


também são inalienáveis e invioláveis. Isto é, não podem ser vendidos, trocados,

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disponibilizados ou violados, sob o risco de punição do Estado.

Imprescritíveis: Não são atingidos pela prescrição e podem ser exigidos a


qualquer tempo. Do mesmo modo são universais, uma vez que aplicados
indistintamente a todos os indivíduos.

DICA 26
PRINCIPAIS DIREITOS FUNDAMENTAIS
A Constituição Federal nos traz no seu art. 5º:
“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade […].

Portanto, são direitos fundamentais:

Direito à vida

Direito à liberdade

Direito à igualdade

Direito à segurança

Direito à propriedade

DICA 27
DIREITO À VIDA
O direito à vida compreende a extrauterina e a intrauterina.
Nota-se que nem o direito à vida é absoluto. No Brasil, em caso de guerra declarada,
admite-se a pena de morte. O aborto, por sua vez, é permitido em casos
excepcionais.

Aborto terapêutico ou necessário: ocorre quando o médico interrompe a gravidez


quando não há outra forma de salvar a vida da gestante.

Aborto sentimental ou humanitário: é a interrupção da gravidez praticada por


médico nos casos de estupro, desde que haja autorização da gestante ou de seu
representante legal quando a gestante dor menor de 18 anos.

Aborto eugenésico ou eugênico: É aquele realizado para evitar o nascimento de uma


criança com grave deformidade genética.

DICA 28
PRINCÍPIO DA IGUALDADE
A CF/88 preconiza que todos são iguais perante a lei (caput), bem como homens e
mulheres são iguais em direitos e obrigações (inciso I).
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A igualdade tem dupla acepção, MATERIAL e FORMAL:


Material: trata-se da igualdade de fato. É o tratar igualmente os iguais e os desiguais
de forma desigual, na medida de sua desigualdade. É aqui que se encontra o fundamento
para as ações afirmativas;
Formal: é a igualdade perante a lei. É dizer, todos os seres humanos são tratados de
igual forma, sem levar em consideração suas especificidades.
DICA 29
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Segundo o inciso II, do artigo 5º, da CF/88, ninguém será obrigado a fazer ou deixar de
fazer alguma coisa senão em virtude de lei.
A expressão “lei” deve ser interpretada em sentido amplo, de modo que a legalidade
abranja todas as espécies normativas previstas no artigo 59, da CF/88, decreto autônomo
(artigo 84, inciso VI, da CF/88), os regimentos internos dos tribunais, as resoluções do
Tribunal Superior Eleitoral e resoluções do Conselho Nacional de Justiça.
Por não existir direito fundamental absoluto, a legalidade pode ser afastada nos casos de
legalidade extraordinária, quais sejam, estado de sítio (artigo 137, CF/88) e estado de
defesa (artigo 136, CF/88).
O princípio da legalidade tem duas acepções, uma diz respeito ao Particular e a outra à
Administração. O primeiro é permitido fazer tudo aquilo que a lei não proíbe. Já o
segundo pode fazer somente o que a lei permite.
DICA 30
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
O princípio da reserva legal impõe a necessidade que determinadas matérias sejam
disciplinadas por lei formal, ou seja, aquelas espécies normativas encontradas no artigo
59, da CF/88. O princípio da legalidade, por sua vez, traduz a necessidade de
obediência à lei em sentido amplo.
A expressão “lei” deve ser interpretada em sentido amplo, de modo que a legalidade
abranja todas as espécies normativas previstas no artigo 59, da CF/88, decreto autônomo
(artigo 84, inciso VI, da CF/88), os regimentos internos dos tribunais, as resoluções do
Tribunal Superior Eleitoral e resoluções do Conselho Nacional de Justiça.
A reserva legal pode ser classificada em:
Absoluta: a norma constitucional necessita de lei formal para sua regulamentação.
Relativa: em que pese a necessidade de lei formal, é possível a edição de espécies
infralegais para regulamentação da norma constitucional.
O Princípio da Irretroatividade das Leis preconiza que a lei penal NÃO retroagirá,
exceto em benefício do réu.
DICA 31
LIBERDADE DE MANIFESTAÇÃO DO PENSAMENTO, DE CONSCIÊNCIA E DE
EXPRESSÃO (INCS. IV, V e IX)
Segundo o inciso IV, do artigo 5º, é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado
o anonimato.
A Vedação do anonimato garante a responsabilização de quem causou danos a
terceiros ao exercer a livre manifestação do pensamento.
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A livre manifestação de pensamento não é absoluta, sendo proibido qualquer discurso


de ódio, inclusive a incitação ao racismo.
DICA 32
DIREITO DE RESPOSTA
É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano
material, moral ou à imagem.
Esquematizando:

Aplica-se a pessoas físicas e pessoas jurídicas.

DIREITO DE É proporcional ao agravo.


RESPOSTA

Pode ser acumulado com indenização por dano


material, moral ou à imagem.

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DIREITO ADMINISTRATIVO
DICA 33
REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO: PRINCÍPIOS

SUPREMACIA DO O interesse público prevalece em


INTERESSE detrimento dos interesses particular, por
PÚBLICO exemplo, a desapropriação.

Voltado à atuação do administrador, posto


que este deve exercer suas funções sempre
INDISPONIBILIDADE DO
buscando garantir o interesse público, não
INTERESSE PÚBLICO
devendo desistir dos feitos ou dispor de
suas prerrogativas.

DICA 34
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA - DOS ÓRGÃOS - CLASSIFICAÇÃO
Quanto à posição estatal - cai bastante nas provas - os órgãos podem ser:
independentes, autônomos, superiores e subalternos.

- Independentes

- Autônomos
Os órgãos podem ser:
- Superiores

- Subalternos

DICA 35
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA - DOS ÓRGÃOS - CLASSIFICAÇÃO
Quanto à posição estatal, os órgãos podem ser: simples ou compostos.

Quanto à posição - Simples


estatal, os órgãos
podem ser: - Compostos

Simples: constituídos por apenas um centro de competência

Compostos: em sua estrutura, reúnem outros órgãos menores, com função idêntica ou
funções auxiliares.

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DICA 36
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA - CARACTERÍSTICAS DOS ÓRGÃOS

- Personalidade jurídica
Órgãos não possuem - Patrimônio próprio

- Capacidade processual

Os órgãos não possuem:

Personalidade jurídica
Quem terá capacidade jurídica para responder pelos atos praticados pelos órgãos será a
pessoa jurídica que realizou a desconcentração.

Patrimônio próprio
Todo o patrimônio utilizado pelo órgão é da pessoa jurídica a qual ele pertence.

Capacidade processual
Como regra, os órgãos não possuem capacidade processual, de modo que não podem
figurar em qualquer dos polos (autor/réu) de uma demanda processual. No entanto, os
órgãos independentes e os autônomos têm capacidade processual para tutelar as suas
prerrogativas institucionais.
DICA 37
DIFERENÇAS: EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA

DIFERENÇAS

Empresa Pública Sociedade de Economia Mista

Pessoas jurídicas de direito privado. Pessoas jurídicas de direito privado.

Criadas mediante autorização legal Criadas mediante autorização legal

Capital exclusivamente público Capital público e privado (o poder


público detém a maioria do capital
votante).

Prestação de serviço público ou exploração Prestação de serviço público ou


de atividade econômica. exploração de atividade econômica.

Qualquer forma de organização empresarial Sob a forma de sociedade anônima

Foro Federal (apenas empresa pública Foro comum


federal)

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DICA 38
PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA
Foi introduzido na CF/88 a partir da EC nº. 19/98. Com o advento da emenda citada,
passou-se do modelo de administração burocrática para o de administração gerencial.
O agente público deve conjugar a busca da melhoria da qualidade dos serviços públicos
com a racionalidade dos gastos públicos.

Princípio da economicidade: em síntese, ordena que seja feita avaliação do custo e


benefício dos gastos públicos.
DICA 39
PODERES ADMINISTRATIVOS - CONCEITO
Os Poderes Administrativos são instrumentos colocados à disposição do administrador
para atingir o interesse público.
Não devem ser confundidos com Poderes do Estado (Executivo, Legislativo e Judiciário).
Poder não é uma faculdade, mas sim um dever do agente público.
DICA 40
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO: USO E ABUSO DO PODER
O uso do poder consiste em um privilégio do agente público. A sua utilização implica
que o agente deverá observar as normas constitucionais e legais em busca do interesse
público.
O abuso de poder ocorre quando o agente público deixa de lado o interesse público e
observa apenas o seu interesse particular, o que torna o ato ilegal. Assim, o abuso de
poder é toda a atuação que torna irregular a execução do ato administrativo.
DICA 41
ABUSO DO PODER

São espécies de abuso de poder: (i) excesso de poder; e (ii) desvio de poder.

Excesso de poder:
O excesso de poder ocorre quando o agente atua além dos limites legais de sua
competência.

Desvio de poder ou de finalidade:


O desvio de poder quanto à finalidade ocorre quando o administrador agente dentro dos
limites de sua competência, mas o faz para alcançar fim diverso do previsto.
DICA 42
PODERES ADMINISTRAIVOS: PODER DE POLÍCIA
É o poder do Estado de restringir, limitar ou condicionar o exercício de direitos e da
propriedade em benefício do interesse público.
O poder de polícia condiciona o exercício do direito, visando o bem-estar coletivo.

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A base do poder de polícia é o interesse público. É a supremacia do interesse público


sobre o interesse do particular.
O poder de polícia não pode ser delegado aos particulares, pois para o exercício do
poder de polícia é necessário o poder de império através de sua supremacia.
DICA 43
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO - PODER DE POLÍCIA

Atributos do poder de polícia:

Discricionariedade (regra) – exceção: aplicação de multa é vinculado

Coercibilidade

Autoexecutoriedade – desdobra-se em exigibilidade e a executoriedade


DICA 44
CICLOS DO PODER DE POLÍCIA

Ordem de Polícia: limitação e acondicionamento ao exercício de atividades


privadas e uso de bens, imposta pela lei.

Consentimento de polícia: anuência prévia da administração para prática de certas


atividades.

Fiscalização de polícia: atividade que a administração pública analisa se está


ocorrência o adequado cumprimento das ordens de polícia pelo particular ou se este
está agindo conforme as condições impostas.

Sanção de polícia: é a atuação administrativa de modo coercitivo.


DICA 45
PODER HIERÁRQUICO
É o poder para estabelecer a hierarquia entre órgãos e agente público.
Órgãos de nível superior fiscalizam e revisam atos de órgãos de hierarquia inferior, com a
correção dos atos mediante revogação ou anulação.
DELEGAÇÃO E AVOCAÇÃO
Na delegação, a autoridade transfere parte de suas atribuições para outro agente
praticar o ato.
Na avocação, uma autoridade chama para si a prática de ato de subordinado.
A delegação não exige que exista hierarquização.
A avocação exige hierarquia, podendo avocar quem possuí a hierarquia superior.
DICA 46
PODER DISCIPLINAR
É o poder de punir internamente as infrações dos servidores ou outras pessoas sujeitas
à relação com a Administração Pública.

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É um poder que incide tanto em relação a servidores como também a particulares,


que mantenham algum tipo de vínculo especial com o poder público.

Ex.: Concessionários de Serviços Públicos.


Para punição é necessária a existência de superioridade hierárquica.
O poder disciplinar tem como característica a discricionariedade, ou seja, margem de
liberdade para decidir sobre o ato mais adequado a ser aplicado.
DICA 47
PODERES ADMINISTRAIVOS: PODER REGULAMENTAR
É o poder da administração de editar atos normativos para complementação das leis
(Poder Normativo).

Ex.: Edição de Decreto pelo Presidente da República para regulamentar funcionamento


da administração pública.

Se o ato regulamentar extrapolar a sua função, a CF/88 autoriza o Congresso Nacional


a sustar o ato.

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DIREITO CIVIL
DICA 48
LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO (LINDB)

A LINDB é estudada no âmbito do Direito Civil, mas a sua aplicação vai muito além
dele, abrangendo assim os mais variados ramos do direito: tributário, civil, empresarial,
penal etc.
Essa lei foi recepcionada como Lei Ordinária e podemos chamá-la de norma de
sobredireito, tendo em vista seu caráter introdutório, que disciplina princípios,
aplicação, vigência, interpretação e integração, itens relacionados a todo o direito e não
somente ao Código Civil.

Para uma lei ser criada há um procedimento próprio que está definido na
Constituição Federal (Processo Legislativo) e que envolve outras etapas como:

→ a tramitação no legislativo;

→ a sanção pelo executivo;

→ a sua promulgação e por último;

→ a publicação.

Destaca-se que é a partir da publicação que a LINDB começa a ser aplicada.


Quando uma Lei tem vigência, significa dizer que ela tem força obrigatória, tem
executoriedade, que já pode produzir efeitos para os casos concretos nela previstos. Como
se a lei fosse um ser vivo e que, enquanto vigente, tem vida.

A vigência da lei pode ser abordada por 2 aspectos, que são:

→ o tempo (quando começam e quando terminam seus efeitos) e;

→ o espaço (o território em que a lei terá validade).

DICA 49
LINDB
Qual o conceito de Vacatio legis? É o período dado pelo nosso ordenamento jurídico
para que a sociedade e os operadores de direito possam adaptar-se devidamente a nova
lei.
Para seu melhor entendimento:

Vacatio legis
Publicação oficial lei nova
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ORIENTAÇÕES PARA ESTUDO

Assuntos mais relevantes da LINDB:


Art. 1º - Vacatio legis;
Art. 2º - Revogação;
Art. 3º - Princípio da obrigatoriedade da Lei;
Art. 4º - Lacuna (omissão) da lei;
Art. 5º - Função social da Lei;
Art. 6º - Irretroatividade;
Art. 7º - Territorialidade.

DICA 50
VIGÊNCIA DA LEI

É importante destacar que quando a obrigatoriedade da lei brasileira for admitida em


Estados estrangeiros, ela se inicia 3 (três) meses depois de oficialmente publicada e
será nos casos por exemplo de registro civil de pessoas naturais no estrangeiro. Os
brasileiros residentes no exterior podem registrar seus filhos no estrangeiro, para que
sejam brasileiros natos. Se uma lei sobre o registro civil for publicada no Brasil, sem
especificação de vacatio legis, ela será aplicada em 45 dias, no Brasil, e em 3 meses,
nesse país.

Vejamos:

Art.1º. §1. Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando


admitida, se inicia 3 meses depois de oficialmente publicada;
De mais a mais, caso haja uma lei já publicada, mas que ainda não está em vigor e,
portanto, ainda está no período de vacatio legis. Se essa lei for republicada para
correção (devido a erros materiais, omissões ou até mesmo falhas de ortografia), o
prazo recomeçará a ser contado a partir dessa nova publicação. Assim, vejamos o que a
LINDB diz:

Art. 1º. §3º. Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto,
destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a
correr da nova publicação;

Art. 1º. §4º. As correções a texto de lei já em vigor consideram-se Lei nova, ou seja,
caso a vacatio legis já tenha sido superado, já tenha transcorrido o prazo de 45 dias, ou
outro que a lei determine, estando, desta forma, a lei em sua plena vigência. Nesse
caso a correção a texto será considerada como lei nova;

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DICA 51
REVOGAÇÃO DAS NORMAS

Após cumprida a vacatio legis e entrando em vigor, a lei continuará vigendo até que
venha outra e, expressa ou tacitamente, a revogue (princípio da continuidade das
normas). A revogação de uma lei, no sistema brasileiro, só é admitida por outra lei
que a revogue (art. 2º LINDB).
Pegadinha de prova:

A revogação é gênero, da qual ab-rogação e derrogação são espécies.


a) ab-rogação: revogação total da lei.
b) derrogação: revogação parcial da lei.

DICA 52
DAS PESSOAS NATURAIS

De acordo com o art. 1º do CC, toda pessoa é capaz de direitos e deveres na vida
civil.
A capacidade civil pode ser dividida de três formas: capacidade de fato, capacidade de
direito e capacidade plena.

CAPACIDADE DE CAPACIDADE DE CAPACIDADE PLENA


FATO/EXERCÍCIO DIREITO/GOZO

Capacidade para Capacidade para ser Legitimação: capacidade


exercer direitos na órbita sujeito de direitos e especial para determinado
civil; deveres na ordem civil; ato ou negócio jurídico;

Nem todas as pessoas Toda pessoa natural Legitimidade:


naturais possuem possui; capacidade processual;
(incapazes do art. 3º e 4º,
CC); Termina com a morte. Personalidade: soma
dos caracteres ou aptidões
Adquire-se com a da pessoa.
maioridade civil ou
emancipação.

DICA 53
INCAPACIDADES

ABSOLUTAMENTE INCAPAZES RELATIVAMENTE INCAPAZES

Apenas os menores de 16 anos. Maiores de 16 anos e menores de


Não existem maiores de idade que 18 anos;
sejam absolutamente incapazes.
(art. 3º CC) Ébrios habituais e viciados em

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tóxicos;

Pessoas que, por causa transitória


ou definitiva, não puderem expressar
vontade;

Pródigos. (art. 4º, CC)

OBS.: Os absolutamente incapazes devem ser representados enquanto os


relativamente incapazes devem ser assistidos.
DICA 54
PESSOA E PERSONALIDADE

PESSOA: é o ser físico ou coletivo, que pode adquirir direitos e contrair obrigações. A
pessoa é sujeito de direito;

PESSOA NATURAL: é dotada de personalidade e capacidade;

PESSOA JURÍDICA: sujeito das relações jurídicas. Por ser a PJ um objeto, ela pode ser
vendida;

PERSONALIDADE: aptidão de adquirir direitos e possuir obrigações. Toda pessoa


possui personalidade jurídica;

CAPACIDADE DE DIREITO: CAPACIDADE NÃO É PERSONALIDADE!


A capacidade de direito é condição do próprio homem. Todos os indivíduos possuem,
sem distinção.

Artigo 1º do Código Civil dispõe que: “Toda pessoa é capaz de direitos e deveres
na ordem civil.”
DICA 55
ABSOLUTAMENTE E RELATIVAMENTE INCAPAZES

ABSOLUTAMENTE INCAPAZES:
São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida
civil os menores de 16 (dezesseis) anos.

RELATIVAMENTE INCAPAZES:
São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico;
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua
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vontade;
IV - os pródigos.

VEJA COMO JÁ FOI COBRADO EM QUESTÃO:

QUESTÃO.
Três irmãos pretendem comprar juntos um automóvel: Caio, 20 anos, pessoa com leve
deficiência mental; Joana, 16 anos, graduada em Turismo; e Natália, 17 anos, casada
civilmente com Jorge.
Para a celebração do negócio, deve-se levar em conta que Caio, Joana e Natália são,
respectivamente:
a) absolutamente capaz, absolutamente capaz e absolutamente capaz;
b) absolutamente incapaz, absolutamente capaz e absolutamente incapaz;
c) relativamente incapaz, relativamente incapaz e absolutamente incapaz;
d) absolutamente incapaz, absolutamente capaz e relativamente incapaz;
e) relativamente incapaz, absolutamente incapaz e absolutamente capaz.
Gabarito: Alternativa a.

DICA 56
MAIORES DE 16 ANOS E MENORES DE 18 ANOS
Podem participar das relações jurídicas, até mesmo assinando documentos.
Entretanto, não podem fazê-lo sozinhos, mas assistidos por seu representante legal,
assinando ambos os documentos que se referem ao ato ou negócio jurídico.
No que se refere a ações judiciais, os maiores de 16 anos e menores de 18 anos
precisam de assistência, devendo ser citados, quando forem réus, juntamente com o seu
assistente. Em algumas situações, precisam constituir procurador junto com o assistente.

ATENÇÃO!

Art. 1.692, CC: Sempre que no exercício do poder familiar colidir o interesse dos pais
com o do filho, a requerimento deste ou do Ministério Público o juiz lhe dará curador
especial.

DICA 57
MAIORES DE 16 ANOS E MENORES DE 18 ANOS
ATENÇÃO! Os artigos abaixo são muito importantes e podem ser cobrados.

Art. 180, CC: O menor, entre dezesseis e dezoito anos, não pode, para eximir-se de
uma obrigação, invocar a sua idade se dolosamente a ocultou quando inquirido pela
outra parte, ou se, no ato de obrigar-se, declarou-se maior.

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Art. 105, CC: A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser invocada pela
outra em benefício próprio, nem aproveita aos cointeressados capazes, salvo se,
neste caso, for indivisível o objeto do direito ou da obrigação comum.

Art. 181, CC: Ninguém pode reclamar o que, por uma obrigação anulada, pagou a
um incapaz, se não provar que reverteu em proveito dele a importância paga.

DICA 58
MAIORES DE 16 ANOS E MENORES DE 18 ANOS

ATENÇÃO!

Segundo o atual Código Civil, o limite da menoridade é 18 anos completos, e os pais


podem emancipar os filhos menores que completarem 16 anos de idade. Ainda, o
incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis
não tiverem obrigação de o fazer ou não dispuserem de meios suficientes (art.
928, CC).

Art. 928, CC: Parágrafo único: A indenização prevista neste artigo, que deverá ser
equitativa, não terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele
dependem.
DICA 59
ÉBRIOS HABITUAIS E VICIADOS EM TÓXICO
TOME NOTA! APENAS os alcoólatras e os toxicômanos se encaixam no inciso II
do artigo 4º do Código Civil (relativamente incapazes).
Por outro lado, os usuários eventuais que, por efeito transitório, ficarem impedidos de
exprimir sua vontade de forma plena, se enquadram no artigo 4º, III, Código Civil
(relativamente incapazes).

Os viciados em tóxico que tiverem a sua capacidade de entendimento reduzida, por


conta do grau de intoxicação e também de dependência, poderão ser, de modo
excepcional, postos sob curatela pelo juiz.
DICA 60
RELATIVAMENTE INCAPAZES POR CAUSA TRANSITÓRIA OU PERMANENTE

ATENÇÃO!

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É ANULÁVEL o ato jurídico praticado por alguém com a condição psíquica normal,
porém totalmente embriagada no instante do exercício do ato e que, por conta dessa
situação transitória, não estava em condições plenas de expressar a sua vontade.
A surdo-mudez NÃO É MAIS causa autônoma de incapacidade. Os surdos-mudos são
deficientes e são pessoas plenamente capazes. Isso pode ser uma “pegadinha” de
prova!

Lei n° 13.146/2015
Art. 84. A pessoa com deficiência tem assegurado o direito ao exercício de sua
capacidade legal em igualdade de condições com as demais pessoas.
§ 1º Quando necessário, a pessoa com deficiência será submetida à curatela, conforme
a lei.
§ 2º É facultado à pessoa com deficiência a adoção de processo de tomada de decisão
apoiada.
§ 3º A definição de curatela de pessoa com deficiência constitui medida protetiva
extraordinária, proporcional às necessidades e às circunstâncias de cada caso, e durará
o menor tempo possível.
§ 4º Os curadores são obrigados a prestar, anualmente, contas de sua administração ao
juiz, apresentando o balanço do respectivo ano.

DICA 61
EMANCIPAÇÃO

“Emancipar” significa antecipar os direitos do menor de idade, os quais ele apenas


conquistaria quando tivesse 18 anos de idade.

Art. 5, CC: A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica
habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único: Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento
público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o
tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo; (NÃO É APROVAÇÃO EM
CONCURSO PÚBLICO!)
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; (NÃO É ENSINO MÉDIO!)
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego,
desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha
economia própria.

DICA 62

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EMANCIPAÇÃO

A emancipação antecipa os efeitos civis da maioridade antes dos 18 anos de idade.

Modalidades de emancipação (art. 5º, CC):

Voluntária – realizada com a concessão dos pais, por meio de escritura pública,
tendo o menor 16 anos completos.

Judicial – realizada por sentença judicial, tendo o menor 16 anos completos;


Legal – decorre da norma jurídica, em casos de: casamento; exercício de emprego
público efetivo; colação de grau em ensino superior; ou emancipação profissional ou
laboral.

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PROCESSO CIVIL
DICA 63
NORMAS FUNDAMENTAIS

Princípio da inafastabilidade da atuação jurisdicional: Art. 3º Não se excluirá da


apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito;
Também conhecido como princípio do acesso à Justiça ou da ubiquidade, o artigo remete
à ideia de que o Poder Judiciário apreciará a lesão ou ameaça à lesão de direito. O Estado
tem o dever de responder ao jurisdicionado (quem ingressa com uma ação em Juízo),
proferindo uma decisão, mesmo que negativa;
Tanto em lesões já ocorridas, aquele que se sentiu lesado poderá buscar reparação à
violação perante o Poder Judiciário, quanto em ameaça de lesão, a pessoa poderá
buscar proteção jurisdicional a fim de evitar que haja lesão a direito;
DICA 64
NORMAS FUNDAMENTAIS

SÚMULA VINCULANTE Nº 28

É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de admissibilidade de


ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito tributário.

O princípio da inevitabilidade refere-se à vinculação das partes ao processo. Uma


vez envolvidas na demanda, as partes do processo vinculam-se à relação processual em
estado de sujeição aos efeitos da decisão jurisdicional;
DICA 65
NORMAS FUNDAMENTAIS

Princípio da celeridade: Art. 4º As partes têm o direito de obter em prazo razoável a


solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa;

Ações Repetitivas: foi criada uma ferramenta para dar a mesma decisão a milhares
de ações iguais, por exemplo, planos de saúde, operadoras de telefonia, bancos, etc.,
dando mais celeridade aos processos na primeira instância;
Sabe-se que a razoável duração do processo foi elevada a garantia constitucional, mas é
preciso que a preocupação com a celeridade não comprometa a segurança do processo;
DICA 66
NORMAS FUNDAMENTAIS

Princípio da boa-fé processual: Art. 5º. Aquele que de qualquer forma participa do
processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé;

Princípio da cooperação: Art. 6º. Todos os sujeitos do processo devem cooperar


entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva;
São deveres decorrentes do princípio da cooperação: dever de consulta, dever de
prevenção, dever de esclarecimento e o dever de auxílio;

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O dever de consulta impõe ao juiz dialogar com as partes e, especialmente, consultar as


partes, sobre o que não se manifestaram, antes de proferir qualquer decisão;
O dever de prevenção torna necessário ao juiz apontar falhas processuais a fim de não
comprometer a prestação de tutela jurisdicional;
O dever de esclarecimento revela-se pelo dever de decidir de forma clara e, ao mesmo
tempo, de intimar a esclarecerem fatos não compreendidos nas manifestações das partes;
O dever de auxílio remete à remoção de obstáculos processuais, a fim de possibilitar às
partes o cumprimento adequado dos seus direitos, das suas faculdades, dos seus ônus e
dos deveres processuais;
DICA 67
NORMAS FUNDAMENTAIS
Princípio da igualdade no processo, Art. 7º. É assegurada às partes paridade de
tratamento em relação ao exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de
defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz
zelar pelo efetivo contraditório;
O princípio do contraditório garante às partes o direito de produzir as provas, de interpor
recursos contra decisões judiciais e de se manifestar sobre documentos juntados aos
autos do processo judicial;
DICA 68
NORMAS FUNDAMENTAIS
De acordo com o art. 8º, ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins
sociais e às exigências do bem comum, resguardando e promovendo a dignidade da
pessoa humana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a
publicidade e a eficiência;
O CPC estabeleceu alguns requisitos a serem utilizados na interpretação das normas
processuais: atendimento aos fins sociais e às exigências do bem comum, dignidade da
pessoa humana, proporcionalidade, razoabilidade, legalidade, publicidade e
eficiência;
Portanto, no novo Código de Processo Civil, proporcionalidade e razoabilidade passaram a
ser princípios expressos do direito processual civil, os quais devem ser resguardados e
promovidos pelo juiz;
DICA 69
NORMAS FUNDAMENTAIS
Princípio do Contraditório, conforme artigo 9º, não se proferirá decisão contra uma das
partes sem que ela seja previamente ouvida;
Logo, contraditório (mais do que simples ciência e reação) é o direito de plena
participação de todos os atos, sessões, momentos, fases do processo e de efetiva
influência sobre a formação da convicção do julgado;
Porém existem 2 exceções ao princípio do contraditório que são: Tutelas de Urgência e
Tutela de Evidência;

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Portanto, no caso de Tutela provisória de urgência ou de Tutela de evidência podemos ter


o contraditório mitigado.
DICA 70
NORMAS FUNDAMENTAIS
Dever de consulta, conforme artigo 10, o juiz não pode decidir, em grau algum de
jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes
oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de
ofício;
Esse dispositivo prevê que o juiz, antes de decidir algo, deve conceder às partes a
oportunidade para se manifestar, mesmo que constitua um tema que possa ser decidido
de ofício. É uma forma de o juiz possibilitar que as partes possam influenciar na decisão
que será tomada, concretizando o princípio do contraditório e evitando decisões surpresas
no curso do processo.
DICA 71
NORMAS FUNDAMENTAIS
Princípio da publicidade e motivação, conforme artigo 11, todos os julgamentos dos
órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena
de nulidade.
Parágrafo único. Nos casos de segredo de justiça, pode ser autorizada a presença somente
das partes, de seus advogados, de defensores públicos ou do Ministério Público;
Logo, há íntima relação entre o princípio da publicidade e a regra da motivação das
decisões judiciais, na medida em que a publicidade torna efetiva a participação no
controle essas mesmas decisões.
A publicidade é instrumento de eficácia da garantia da motivação;
DICA 72
NORMAS FUNDAMENTAIS

Art. 12. Os juízes e os tribunais atenderão, preferencialmente, à ordem cronológica de


conclusão para proferir sentença ou acórdão;

§ 1º A lista de processos aptos a julgamento deverá estar permanentemente à


disposição para consulta pública em cartório e na rede mundial de computadores;
O juiz deve julgar os processos de acordo com a ordem cronológica. Cada demanda possui
um tempo de desenvolvimento, a depender da complexidade, da cooperação das partes e
dos interessados envolvidos. Uma vez concluída a instrução, o processo é “feito concluso”
para a sentença. Essa “conclusão” nada mais é do que a inserção do processo na fila de
julgamento;
Já o julgamento dos recursos repetitivos ou de incidente de resolução de demandas
repetitivas não obedece à ordem cronológica de conclusão para proferir sentença ou
acórdão;

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DICA 73
NORMAS FUNDAMENTAIS
Lei processual civil no tempo: A norma processual não retroagirá e será aplicável
imediatamente aos processos em curso, respeitados os atos processuais praticados e as
situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada;
Esse artigo prevê que será aplicável a lei processual vigente no momento da prática do
ato processual. Essa constatação é relevante, pois garante segurança jurídica e prevê o
processo como um conjunto de procedimentos executados de forma isolada, cada um de
acordo com a lei vigente ao seu tempo.
A lei processual nova aplica-se inteiramente aos processos instaurados durante sua
vigência, visto que as previsões contidas na velha já não existem e, obviamente, as
consequências jurídicas dos atos futuros não são as que ela ditara no passado;

ATENÇÃO!

A lei processual, quando entra em vigor, possui efeito imediato e não retroage.

Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, SALVO quando autorizado pelo
ordenamento jurídico;
DICA 74
NORMAS FUNDAMENTAIS

Art. 1.046. Ao entrar em vigor este Código, suas disposições se aplicarão desde logo
aos processos pendentes, ficando revogada a Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973, ou
seja, fica revogado o CPC.73;
O novo CPC se aplica aos processos pendentes, ou seja, aos processos que iniciaram sob a
regência do CPC.73 e ainda que não transitaram em julgado;
Os procedimentos e ritos específicos do CPC.73 revogados pelo novo CPC pendentes
permanecem aplicados até o trânsito em julgado da sentença;

Art. 1.052. Até a edição de lei específica, as execuções contra devedor insolvente, em
curso ou que venham a ser propostas, permanecem reguladas pelo CPC.73;
As execuções contra devedor insolvente em curso ou que sejam propostas após a vigência
do novo CPC continuam a ser reguladas pelo CPC.73;
Aos processos sumários e procedimentos especiais que foram revogados no novo CPC,
continuarem a aplicar o CPC.73, até a sentença. É o que consta do §1º do art. 1.046, do
CPC. Após a sentença, são aplicadas as regras do novo CPC. Por exemplo, em tema de
recursos e de cumprimento de sentença, aplicamos o CPC atual;
DICA 75
NORMAS FUNDAMENTAIS

Art. 1.047. As disposições de direito probatório adotadas neste Código aplicam-se


apenas às provas requeridas ou determinadas de ofício a partir da data de início de sua
vigência;

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Em relação ao direito probatório, a aplicação da legislação nova apenas em relação


àquelas provas requeridas sob a vigência do novo CPC, ou seja, a partir de 18/3/2016;
Assim, se requerida a prova sob a vigência do CPC.73, mas realizada já na vigência do
novo CPC, aplica-se aquele Código;
DICA 76
APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA DO CPC

Art. 15. Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou


administrativos, as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e
subsidiariamente;

Ao PROCESSO ELEITORAL, TRABALHISTA E ADMINISTRATIVO → O CPC aplica-se na


ausência de norma específica em caráter supletivo e subsidiário;
DICA 77
INSTITUTOS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL
Os institutos fundamentais do Direito Processual Civil são a Jurisdição, Ação e Processo.
Tudo o que disser respeito ao Processo Civil passa pela análise desses institutos ditos
fundamentais;

A jurisdição é meio estatal existente para a solução de conflitos;


A ação é o instrumento para se provocar a jurisdição estatal;

O processo é o caminho a ser perseguido pela ação para que a jurisdição exerça o seu
papel de pacificação social;

Tríade Fundamental do Processo Civil = Jurisdição, Ação e Processo.

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DIREITO DO TRABALHO
DICA 78
DIREITO DO TRABALHO
É o CONJUNTO complexo de normas, princípios, regras e institutos que regem as
relações de trabalho.

FONTES DO DIREITO DO TRABALHO:

Fontes materiais: Representam o momento que antecede o surgimento da norma


jurídica. É influência por fatores históricos, políticos, sociais e econômicos.

Fontes formais: Representam a norma jurídica MATERIALIZADA e CONSTITUÍDA,


são divididas em:

AUTÔNOMA – Aquelas criadas pelas próprias partes envolvidas, Ex. Contrato de


Trabalho, Normas Coletivas, Regulamento Empresarial...

HERERÔNOMAS – Aquelas criadas com a participação de um terceiro em geral o


ESTADO.

Ex.: Lei em sentido amplo, sentença normativa, decisão judicial.

FONTES INTEGRADORAS:

São fontes que irão auxiliar o interprete na aplicação do caso concreto, Ex.
Doutrina, jurisprudência, analogia, equidade, costumes, direito comparado,
princípios gerais do direito.

ATENÇÃO!

São fontes subsidiárias:


O direito comum é fonte subsidiária ao direito do trabalho;
A Negociação Coletiva – Art. 611-A e art. 611-B da CLT;
Ao verificar uma norma coletiva somente poderá analisar os seus aspectos formais.
E os tribunais, ao editarem súmulas e OJ não poderão acrescentar ou suprimir
direitos não contidos em lei.

DICA 79
REQUISITOS DO CONTRATO DE TRABALHO - PESSOALIDADE OU PESSOA FÍSICA
A relação de emprego é intuitu personae somente no que diz respeito ao empregado,
que não pode ser substituído por outra pessoa na prestação de serviço, sob pena de
descaracterizar essa espécie de relação.

PESSOA FÍSICA IMPOSSIBILIDADE DE SUBSTITUIÇÃO

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DICA 80
SUJEITO DO CONTRATO DE TRABALHO - EMPREGADOR – ART. 2° CLT
Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os
riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.

Alteridade;

Pessoalidade.

ATENÇÃO!

Equipara-se ao empregador o profissional liberal, as entidades de beneficência e as


demais se fins lucrativos que contratem trabalhadores como empregados.
Para os fins de relação de emprego não haverá distinção em relação aos
empregados nem em relação ao trabalho técnico manual ou intelectual.

DICA 81
TRABALHO AUTÔNOMO - NÃO CARACTERIZA VÍNCULO DE EMPREGO
A prestação de serviços autônomos é aquela que é executada por conta e risco da
pessoa do trabalhador, ou simplesmente trabalho por conta própria.
Nesse caso, não existe o vínculo de emprego, e não há subordinação do trabalhador.

A prestação dos serviços poderá ser:

forma eventual, e

não habitual.
DICA 82
TRABALHO AVULSO PORTUÁRIO
O trabalho avulso portuário é aquele prestado a vários tomadores de serviços, com
intermediação do órgão gestor de mão de obra - OGMO, quando a essa atividade é
desenvolvida no porto, ou pelo sindicato, nas demais localidades.
Já no trabalho avulso não portuário, a intermediação é feita pelo sindicato.
DICA 83
GARANTIA CONSTITUCIONAL
A CF/88 estendeu, expressamente, aos trabalhadores avulsos toda a proteção legal
que é dispensada aos empregados, conforme se observa do disposto no art. 7°: “XXXIV -
igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente
e o trabalhador avulso".

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DICA 84
SOCIEDADE COOPERATIVA - NÃO CARACTERIZA VÍNCULO DE EMPREGO
Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa, não existe vínculo
empregatício entre ela e seus associados, nem entre estes e os tomadores de
serviços daquela, observando, evidentemente, o princípio da primazia da realidade.

SOCIEDADE COOPERATIVA PRIMAZIA DA REALIDADE

União voluntária de um grupo de


Os fatos prevalecem sobre o que
pessoas para exercício de uma
for alegado.
atividade (social, econômica etc...)

DICA 85
NÃO CARACTERIZA VÍNCULO DE EMPREGO
Considera-se serviço voluntário, a atividade não remunerada, prestada por pessoa
física à entidade pública de qualquer natureza, ou à instituição privada de fins não
lucrativos, que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou
de assistência social, inclusive mutualidade. O serviço voluntário não gera vínculo
empregatício, nem obrigação de natureza trabalhista, previdenciária ou afim.
DICA 86
PODER DIRETIVO DO EMPREGADOR
Dentro da relação de emprego, a subordinação do empregado constitui uma das
características fundamentais para a configuração do vínculo empregatício,
contudo, pouco se fala a respeito da contrapartida à subordinação do obreiro, que é o
poder de direção do empregador sobre as atividades exercidas pelo empregado no âmbito
da relação de trabalho.
O poder diretivo do empregador, de acordo com Amauri Mascaro Nascimento, consiste na
faculdade atribuída ao empregador de dirigir o modo como a atividade do
empregado é exercida em decorrência do contrato de trabalho e no âmbito da
atividade empresarial.
Fundamentado no Artigo 2º, da CLT, o poder diretivo do empregador se divide em três
prerrogativas fundamentais dentro do local de trabalho: poder de organização, poder
de controle e poder disciplinar.
DICA 87
GRUPO ECONÔMICO - CONCEITO
Grupo econômico se configura quando duas ou mais empresas atuam de forma
coordenada, com objetivos comuns, ou desde que exista uma relação de subordinação
entre elas.

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Veja de forma mais detalhada os requisitos para a formação de grupo econômico. Tal
conceito está assentado no artigo 2º e seus parágrafos 2º e 3º, da Consolidação das
Leis do Trabalho. Nela, grupo econômico se configura quando duas ou mais empresas
atuam de forma coordenada, com objetivos comuns. Ou desde que exista uma relação de
subordinação entre elas (quando uma empresa tem controle sobre as demais).

ATENÇÃO!

Confira-se a redação do:


“Art. 2º – (...)
§ 2° Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas,
personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração
de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem
grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da
relação de emprego.”

DICA 88
GRUPO ECONÔMICO - REPERCUSSÃO
Apenas a relação de sócios entre empresas distintas não é suficiente para a configuração
de grupo econômico, devendo haver uma hierarquia entre elas ou objetivos afins. Esse
entendimento foi, inclusive, confirmado pelo TST – Tribunal Superior do Trabalho – em
recente decisão judicial.
“§ 3° Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo
necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse
integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas
dele integrantes.”
Sendo assim, veja de forma mais detalhada os requisitos para a formação deste tipo de
arranjo.
DICA 89
GRUPO ECONÔMICO – IMPLICAÇÃO NO CONTRATO DE TRABALHO
Conclui-se, portanto, que a caracterização do grupo econômico busca evitar o
dissimulado propósito de desvirtuar a aplicação dos preceitos trabalhistas, através da
constituição de pessoas jurídicas distintas.
Assim, considerando as implicações que o instituto pode trazer, é recomendável que as
empresas coligadas se posicionem de forma a afastar ou atrair a configuração do
mesmo, evitando, com isso, eventuais demandas judiciais.
DICA 90
GRUPO ECONÔMICO – ENTENDIMENTO PACIFICO
Do entendimento do Tribunal Superior do Trabalho – TST
A jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho (TST) já pacificou o tema no sentido de
que o simples fato da existência de sócios em comum não é capaz de configurar grupo
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econômico, e que a coordenação entre as empresas, sem relação hierárquica, também


não caracteriza o referido grupo, restando afastada a responsabilização solidária.

SÚMULA Nº 129, do TST

CONTRATO DE TRABALHO. GRUPO ECONÔMICO: A prestação de serviços a mais de


uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não
caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em
contrário.

DICA 91
SUCESSÃO DE EMPREGADORES
A sucessão trabalhista – ou sucessão de empregadores – é prevista nos artigos 10 e
448, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), consistindo na assunção de obrigações
trabalhistas em virtude da transferência de titularidade da empresa ou de
estabelecimento empresarial.

Vejamos o que diz a CLT:

“Art. 10. Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos
adquiridos por seus empregados.”
“Art. 448. A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não
afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados.”

DICA 92
SUCESSÃO DE EMPREGADORES - ESPÉCIES DE SUCESSÃO TRABALHISTA

São previstas três espécies de sucessão trabalhista:


Substituição do antigo empregador por outra pessoa física ou jurídica;

Alteração na estrutura da pessoa jurídica que contratou empregados (e.v. fusão,


incorporação, cisão);
Alienação ou transferência de parte significativa do estabelecimento empresarial de
modo a afetar os contratos de trabalho.
DICA 93
SUCESSÃO DE EMPREGADORES - REQUISITOS DA SUCESSÃO TRABALHISTA

Via de regra, para que fique caracterizada a sucessão trabalhista são necessários dois
requisitos:

Alteração da pessoa jurídica ou da titularidade do estabelecimento empresarial;

Continuidade na prestação de serviços pelos empregados.

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DICA 94
SUCESSÃO DE EMPREGADORES - EFEITOS DA SUCESSÃO TRABALHISTA
Com a sucessão trabalhista, a empresa sucessora passa a responder pelas obrigações
presentes, futuras e passadas decorrentes dos contratos de trabalho que lhe foram
transferidos. O passivo trabalhista, na sua integralidade, é transferido ao novo
empregador.
DICA 95
SUCESSÃO DE EMPREGADORES - CLÁUSULA DE NÃO-RESPONSABILIZAÇÃO
No contrato de trespasse, ou em qualquer outro negócio jurídico que possa fragilizar as
garantias dos contratos de trabalho, é irrelevante a existência de cláusulas estipulando
que a empresa sucessora não responderá por débitos trabalhistas até a data da
transferência.
No entanto, é válida a cláusula no sentido de preservar o direito da empresa sucessora de
exigir ressarcimento, da empresa sucedida, de eventuais desembolsos que tiver quanto a
obrigações trabalhistas não honrada até a data da transferência.
DICA 96
SUCESSÃO DE EMPREGADORES – RESPONSABILIDADE NA SUCESSÃO
TRABALHISTA

A reforma trabalhista – Lei 13.467/2017 – disciplinou a responsabilidade da empresa


sucessora, inserindo o art. 448-A na CLT:

Art. 448-A. Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos


arts. 10 e 448 desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à
época em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de
responsabilidade do sucessor. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017).
Parágrafo único. A empresa sucedida responderá solidariamente com a sucessora
quando ficar comprovada fraude na transferência. (Incluído pela Lei nº 13.467, de
2017).

De acordo com o dispositivo da CLT:


A empresa sucessora fica responsável por todas as obrigações trabalhistas inclusive
sobre aquelas anteriores à sucessão;
A empresa sucedida fica responsável, de forma solidária com a empresa sucessora, por
obrigações trabalhistas anteriores e posteriores à sucessão, cause reste configurada
fraude a direitos trabalhistas.
DICA 97
CONTRATO DE TRABALHO - CONCEITO
Contrato de trabalho é o pacto, expresso ou tácito, verbal ou escrito, por prazo
determinado ou indeterminado, por meio do qual o empregado, pessoa física,
compromete-se a prestar serviços não eventuais e subordinados e o empregador a
pagar a retribuição convencionada ou imposta.

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DICA 98
CLASSIFICAÇÃO MODALIDADES CONTRATO DE TRABALHO

A classificação do contrato de trabalho se encontra estabelecida pelo art. 443 da CLT,


que estabelece a formas e as modalidades:

Forma:
Tácito (Verbal)
Expresso (Escrito)

Modalidades:
Prazo Determinado

Prazo Indeterminado

Prestação de trabalho intermitente.

CLT - Art. 443. O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou
expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou indeterminado,
ou para prestação de trabalho intermitente. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de
2017).

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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO


DICA 99
FONTES DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO - MATERIAIS E FORMAIS
HETERÔNOMAS
Assim como outras áreas, o Direito Processual do Trabalho tem suas fontes, as quais são
divididas entre formais e materiais. As fontes materiais são em geral referentes aos fatos
sociais, econômicos, políticos e outros, que influenciam e fazem nascer o direito e as
normas jurídicas. Já as formais são as fontes são as criadas por terceiros alheios à
relação jurídica, conforme veremos a seguir:

Fontes formais heterônomas:

CF/88;

Leis (aplicação subsidiária do CPC);

Ato Administrativo;

Sentença Normativa;

Jurisprudência;

Sentença Arbitral.
DICA 100
ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO

O art. 111 da CF/88 fala sobre os órgãos da Justiça do Trabalho:

O Tribunal Superior do Trabalho (TST);

Os Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs);

Os juízes do trabalho (varas).

Logo, há 3 graus de jurisdição, quais sejam:

TST

TRTs

Varas do
Trabalho

DICA 101
PROMOÇÃO POR MERECIMENTO
As promoções para o cargo de juiz titular seguem o critério alternado de merecimento e
antiguidade. No merecimento, é avaliada a produtividade e presteza no exercício da

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jurisdição, além é claro da frequência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos


de aperfeiçoamento, conforme normatizado no art. 93, II, c, da CF.

Veja como a FCC já cobrou isto:

QUESTÃO FCC, 2007.


A respeito da carreira da magistratura, é correto afirmar que
a) o tribunal, na promoção por antigüidade, somente poderá recusar o juiz mais antigo
pelo voto fundamentado da metade de seus membros.
b) o cargo inicial, provido mediante concurso público, será o de juiz de primeira
instância.
c) a promoção de entrância, para entrância, será feita uma vez por antigüidade e duas
por merecimento e assim sucessivamente.
d) é obrigatória a promoção de juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco
alternadas em lista de merecimento.
e) a promoção por merecimento pressupõe, dentre outros requisitos, pelo menos três
anos de exercício na respectiva entrância.
Gabarito: Alternativa D, com base no que dispõe o art. 93 da Constituição Federal.

Vejamos:
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o
Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:
II - promoção de entrância para entrância, alternadamente, por antigüidade e
merecimento, atendidas as seguintes normas:
a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco
alternadas em lista de merecimento;”
DICA 102
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
Faz parte da organização da Justiça do Trabalho. O TST (Tribunal Superior do Trabalho),
tem 27 ministros, a sua nomeação é feita pelo Presidente da República e necessário que
haja a devida aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, por meio de uma
sabatina. Esses ministros devem ter mais de 35 e menos de 65 anos.

Órgãos que funcionam junto ao TST:

Escola Nacional de Formação e Conselho Superior da


Aperfeiçoamento de Magistrados do Justiça do Trabalho
Trabalho

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ATENÇÃO!

Destes 27 Ministros, um quinto das vagas será reservado aos membros da


Advocacia e do Ministério Público, o que é o “quinto constitucional”.
IMPORTANTE: no TST são julgados o Recurso de revista, o Recurso Ordinário e
os embargos ao TST.

DICA 103
TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO
Os Tribunais Regionais do Trabalho integram a Justiça do Trabalho, devendo ter no
mínimo de 07 (sete) juízes, estes juízes devem ser nomeados, devendo ainda estes
possuir mais de 30 anos e menos de 65 anos. Assim como os ministros do TST, a sua
nomeação deverá ser feita pelo Presidente da República e por fim, não há necessidade de
sabatina para a aprovação, diferente neste ponto dos Ministros do TST.

A propósito, você sabia que São Paulo é o único estado a ter dois TRT’s? Isto
mesmo, o Estado de São Paulo possui:

TRT 2ª Região (Sede em São Paulo/SP)

TRT 15ª Região (Sede em Campinas/SP)


Há TRT em todos os Estado brasileiros? Não, não há TRT no Tocantins, Amapá, Acre
e Roraima.
Como eu faço para não esquecer os estados onde não tem TRT?
Lembre-se de TARA.

T Tocantins

A Amapá

R Roraima

A Acre

Ué, mas se não tem TRT nestes lugares, como é feita então a jurisdição?
Observe a seguir:

Tocantins (submete-se à jurisdição do TRT da 10ª Região no Distrito Federal, sede em


Brasília/DF);

Acre (submete-se à jurisdição do TRT da 14ª Região em Rondônia, sede em Porto


Velho/RO);

Roraima (submete-se à jurisdição do TRT da 11ª Região no Amazonas, sede em


Manaus/AM);

Amapá (submete-se à jurisdição do TRT da 8ª Região no Pará, sede em Belém/PA).

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47
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IMPORTANTE: na composição dos TRTs também deve ser observado o quinto


constitucional de membros oriundos do Ministério Público do Trabalho e da OAB, com os
demais juízes nomeados mediante promoção de magistrados do trabalho vinculados às
Varas, alternadamente, por tempo de antiguidade e mérito, sendo o número de
magistrados variável, havendo um número mínimo 07 juízes, devendo ser atendido o
critério da necessidade de desmembramento em Turmas em função do movimento
processual.
DICA 104
APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA DO DIREITO PROCESSUAL CIVIL AO DIREITO
PROCESSUAL DO TRABALHO
Você já deve ter ouvido falar que o CPC pode ser aplicado, de forma subsidiária, ao direito
processual do trabalho.

Vejamos o que a CLT diz:


Art. 769 da CLT. Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do
direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas
deste Título.
Ok, mas quais são os requisitos para se aplicar o CPC em processos trabalhistas?

Omissão (lacuna, anomia) da CLT;

Compatibilidade principiológica.
DICA 105
PRINCÍPIO DA DESPERSONIFICAÇÃO DO EMPREGADOR
A despersonificação do empregador, ou desconsideração da personalidade jurídica do
empregador, constitui, a rigor, princípio do direito material trabalhista (CLT, arts. 2º, 10 e
448). Além disso, o princípio da desconsideração da personalidade jurídica é encontrado
em outros ramos, como por exemplo o direito civil.
O princípio da desconsideração da personalidade jurídica do empregador tem sido
bastante utilizado no direito processual do trabalho, principalmente em sede de execução
trabalhista.
E qual o prazo para ele se manifestar? O prazo para manifestação é 15 dias.
Há suspensão do processo em caso de incidente de desconsideração da personalidade
jurídica? Sim. A instauração do incidente suspenderá o processo, todavia sem que haja
prejuízo de concessão da tutela de urgência de natureza cautelar de que trata o art. 301
do CPC (art. 855-A, §2°, da CLT e art. 6°, § 2°, da IN n° 39/2016 do TST).
DICA 106
PRINCÍPIO DO PROTECIONISMO PROCESSUAL
Basicamente, é um princípio muito típico do direito processual do trabalho, que traz uma
espécie de protecionismo temperado, mitigado ou relativizado ao trabalhador. Como uma
forma de exemplificar este protecionismo, é a proteção que o Código de Defesa do
Consumidor traz ao consumidor, pois este é vulnerável, do ponto de vista técnico.

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“Ok, mas eu gostaria de um exemplo da aplicação deste princípio.” Certo,


vamos observar alguns exemplos:

Possibilidade de reclamação trabalhista verbal (art. 840 da CLT);

Exigência de depósito recursal somente ao empregador no caso de interposição de


recurso (art. 899 da CLT).
DICA 107
PRINCÍPIO IN DUBIO PRO MISERO OU PRO OPERARIO
O princípio in dubio pro misero consiste na possibilidade de o juiz, em caso de dúvida
razoável, interpretar a prova em benefício do empregado, geralmente autor da ação
trabalhista. Em outras palavras: Este princípio visa, quando houver duas interpretações no
mesmo caso, dar a melhor interpretação para o empregado.
Mas cuidado: o princípio in dubio pro operário não autoriza a conclusão de que na Justiça
do Trabalho o empregado preferencialmente sai ganhando.
DICA 108
PRINCÍPIO DA ORALIDADE
Um dos principais princípios ligados à audiência, sendo assim de suma importância. O
princípio pode ser visto no artigo 847 da CLT, por exemplo. Mas atenção: Este princípio
encontra-se em variados momentos processuais.

Vejamos a seguir:

Defesa do reclamado- verbal-


PRINCÍPIO DA ORALIDADE Deve ser apresentada em
audiência, em até 20 minutos

Razões finais- verbal- até 10


PRINCÍPIO DA ORALIDADE
minutos para cada parte

Petição inicial- verbal-


PRINCÍPIO DA ORALIDADE distribuição e posterior
redução a termo

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49
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DICA 109
PARTES E PROCURADORES
No Processo do Trabalho o autor é denominado de reclamante e o réu, reclamado. É
importante que você se acostume com estas nomenclaturas. E mais: No Processo do
Trabalho, é necessário haver a capacidade das partes. Esta capacidade ocorre aos 18 anos
(art. 792 da CLT), e quando a parte não tem esta idade, tem que estar em juízo com a
assistência ou representação.
O reclamado poderá enviar para representá-lo pelo gerente ou preposto. Nós já falamos
sobre o preposto em uma dica anterior. Ah, é importante que você saiba que advogado
não pode, no mesmo processo, ser patrono e preposto do empregador ou cliente.
Lembrando: o art. 7°, XXXIII da CF/88 veda o trabalho noturno, perigoso e
insalubre aos menores de 18 anos e de qualquer trabalho aos menores de 16 anos,
exceto na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos.
DICA 110
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

Os honorários serão devidos ao advogado, mesmo que atue em causa própria, por ter
representado o processo a parte vencedora. Tenha cuidado com um ponto: Com a
Reforma Trabalhista, os chamados honorários sucumbenciais não são devidos somente
aos sindicatos, mas também aos advogados particulares.
Informação importante: o Supremo Tribunal Federal já firmou entendimento, por
intermédio da Súmula 512, de que NÃO há cabimento da condenação em honorários
advocatícios na ação de mandado de segurança.

Há 3 tipos de honorários:

contratuais,

assistenciais (nos casos em que o reclamante é assistido pelo sindicato de sua


categoria); e

sucumbenciais.

Ao fixar os honorários, o juízo deverá observar:

o grau de zelo do profissional;

o lugar de prestação do serviço;

a natureza e a importância da causa; e

o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço (art. 791, §
2°, CLT).
DICA 111
LITIGÂNCIA DE MÁ FÉ

A litigância de má fé ocorre quando a pessoa simplesmente age em desconformidade


com a honestidade e lealdade diante do poder judiciário. Vejamos o que diz a CLT:

Art. 793-B. Considera-se litigante de má-fé aquele que:


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I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato


incontroverso;
II - alterar a verdade dos fatos;
III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal;
IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo;
V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo;
VI - provocar incidente manifestamente infundado;
VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório.

Certo, mas o que ocorre quando a parte é condenada pela litigância de má fé?
Este será condenado, de ofício ou a requerimento, a:

pagar multa, que deverá ser superior a 1% e inferior a 10% do valor corrigido da
causa;

indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu;

arcar com os honorários advocatícios e

pagar todas as despesas que a parte contrária efetuou (art. 793-C, CLT).
Importante que você saiba que os honorários vão ser fixados entre o mínimo de 5% e o
máximo de 15%, conforme normatizado no art. 791-A, da CLT, estes sendo calculados
sobre o valor da multa.
DICA 112
AÇÃO MONITÓRIA
A ação monitória é uma petição inicial, que é um tipo de atalho, visando que a pessoa
possa receber um crédito ou bem de forma mais célere, necessitando este de uma prova
escrita, como uma nota promissória. A ação monitória tem sua previsão no CPC, dos arts.
700 ao 702. Ao ajuizar esta ação, caso o juiz concorde e veja que está tudo ok, ele
poderá conceder um mandado monitório, mesmo sem a citação do réu. Caso réu discorde,
ele poderá apresentar embargos monitórios.
Em outras palavras, quando tivermos no enunciado a informação de que é o primeiro ato
do processo, o cliente em questão sendo um empregado e a existência de um documento
que mostrar a ausência de adimplemento, sendo que este documento não é um título
executivo, estaremos diante de uma ação monitória.
DICA 113
MANDADO DE SEGURANÇA
Remédio constitucional (assim como o habeas data e habeas corpus), o mandado de
segurança tem sua previsão legal no art. 5º, LXIX e LXX, da CF/88 e Lei n. 12.016/2009,
devendo haver direito líquido e certo. Lembrando que este remédio tem um prazo
decadencial de 120 dias, a partir do momento da ciência do ato coator, como traz o art.
23 da Lei 12.016/2009:
O direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-á decorridos 120 (cento e
vinte) dias, contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado.
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E mais: No caso de decisões interlocutórias, já que não há a possibilidade de interpor


recurso algum, cabe a impetração de mandado de segurança. Também cabe a impetração
do MS em casos de decisão de antecipação dos honorários periciais.
Cabe recurso ordinário para o TST em caso acórdão proferido pelo TRT julgando o mérito
do mandado de segurança? Sim, quem traz esta disposição é a Súmula 201 do TST.

Veja como a FCC já cobrou isto:

QUESTÃO FCC, 2011.


Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho em mandado de segurança
a) caberá recurso ordinário, no prazo de oito dias, para uma das Turmas do Tribunal
Regional do Trabalho prolator da decisão.
b) não caberá recurso, por expressa vedação legal, tratando- se de hipótese de
ação rescisória, desde que preenchido os requisitos.
c) caberá recurso ordinário, no prazo de oito dias, para o pleno do Tribunal Regional
do Trabalho prolator da decisão.
d) caberá recurso de revista, no prazo de quinze dias, para o Tribunal Superior do
Trabalho.
e) caberá recurso ordinário, no prazo de oito dias, para o Tribunal Superior do
Trabalho.
Gabarito: Alternativa E.
Comentário: Compete ao TST, o julgamento de MS:
a) contra atos praticados pelo Presidente do Tribunal ou por qualquer dos Ministros do
TST;
b) contra atos de qualquer dos seus órgãos (ou membros).
Recurso: Súmula 201 do TST- Decisão do Tribunal Regional do Trabalho em Mandado
de Segurança cabe RO em 8 dias para o TST.

DICA 114
CUSTAS PROCESSUAIS

Lembrando sempre que a responsabilidade pelo pagamento das custas é da parte


vencida no processo, conforme o art. 789, § 1º, da CLT normatiza. E mais: se o
reclamante ganhar pelo menos um pedido: a RECLAMADA É VENCIDA. Sabendo disto,
na fase de conhecimento, as custas são sempre no percentual de 2%, havendo uma
variação apenas da base de cálculo:

sobre o valor do acordo ou da condenação;

sobre o valor da causa, se houver extinção do processo sem resolução de mérito ou se


a ação foi improcedente, bem como nas ações declaratórias ou constitutivas;

sobre o que o juiz fixar, caso o valor seja indeterminado.


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Lembrando que há certos entes que são isentos destas custas, que são:

a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e as suas respectivas autarquias e


fundações públicas federais, estaduais ou municipais que não explorem atividade
econômica, conforme afirma o art. 790-A da CLT;

entidades filantrópicas ou empresa em recuperação judicial

o Ministério Público do Trabalho, como afirma o art. 790-A da CLT;

a Caixa Econômica Federal, nos processos referentes ao FGTS


Também há isenção em casos em que o recorrente for o empregado e ao mesmo tempo
lhe tenha sido deferida a justiça gratuita, sendo, portanto, o recurso interposto
gratuitamente. E mais: caso o recorrente seja uma entidade sem fins lucrativos,
empregador doméstico, microempreendedor individual, microempresas e empresas de
pequeno porte, o depósito recursal deverá ser reduzido à metade (50%).
DICA 115
O MPT ENQUANTO MEDIADOR E ÁRBITRO NOS CONFLITOS TRABALHISTAS
A CF/88 adotou o princípio da negociação coletiva, que recomenda o entendimento direto
entre as partes para a solução de controvérsias. No art. 114, §§ 1º e 2º, elegeu a
negociação coletiva e a arbitragem enquanto meios de solução dos conflitos trabalhistas.

A chamada negociação coletiva plena, como meio de solução de controvérsias e de


acordo com previsão de norma internacional (Convenção n.154 da OIT, ratificada pelo
Brasil em 10-7-1993 e aprovada pelo Decreto Legislativo n. 22, de 12-5-1992), exige o
instituto da Mediação. Os disciplinamentos para Mediação são encontrados nas seguintes
normas:

Instrução Normativa n. 4/1993 do TST (revogada pela Resolução n. 116/2006 daquela


Corte);

Portaria n. 817/1995, do Ministério do Trabalho e Emprego, que estabelece critérios


para a participação do mediador nos conflitos de negociação coletiva;

Portaria n. 818/1995, que prevê o credenciamento do mediador perante as Delegacias


Regionais do Trabalho;

Decreto n. 1.572/1995, que regulamenta a mediação coletiva.


DICA 116
SUJEITOS DO PROCESSO - PARTES

Quem são os sujeitos do processo? Vejamos:

as partes (autor e réu): a parte (tanto autor quanto réu) são parciais, já que tem
interesse jurídico na questão; logo, as partes são sujeitos do processo e sujeitos da lide.
Os terceiros intervenientes também são sujeitos do processo e da lide.

o magistrado: é o sujeito do processo cujo papel é compor o conflito com


imparcialidade e justiça, fazendo atuar o ordenamento jurídico. O juiz é um sujeito
desinteressado do processo, logo, ele não é sujeito da lide.
Há também os que não têm qualquer interesse jurídico na questão, como por exemplo o
distribuidor, secretário de audiência, oficial de justiça), peritos, licitantes e outros.
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DICA 117
TESTEMUNHAS

Testemunhas são importantes para o andamento processual, em todas as áreas. Na


trabalhista, não é diferente. Mas o número varia de acordo com a situação:

Rito Ordinário: 03 testemunhas

Rito Sumário (até 2 salários-mínimos): 03 testemunhas

Rito Sumaríssimo: 02 testemunhas

Inquérito para apuração de falta grave: 06 testemunhas


E mais: Uma questão muito recorrente em provas diz respeito à possível suspeição da
testemunha o fato de ter litigado contra o mesmo empregador. Essa testemunha neste
caso é suspeita? A resposta é NÃO.

SÚMULA 357 DO TST:

Não torna suspeita a testemunha o simples fato de estar litigando ou de ter litigado
contra o mesmo empregador.

DICA 118
COMPETÊNCIA TERRITORIAL

Em regra, será fixada com base no local da prestação de serviços, ainda que o
empregado tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. Veja o disposto a seguir:
Art. 651 da CLT. A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada
pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao
empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.
§ 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da
Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja
subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o empregado
tenha domicílio ou a localidade mais próxima.
§ 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo,
estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o
empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário.
§ 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar
do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da
celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.”

Mas como em muitas situações jurídicas, há exceções: a primeira é o agente ou


viajante comercial, onde a competência será da Vara do Trabalho do lugar em que a
empresa tenha agência ou filial e a esta esteja o empregado subordinado. Havendo
ausência desta vara no lugar em que falamos, vai ser competente a Vara do lugar onde o
empregado tenha seu domicílio ou no lugar no próximo.

Já no caso do empregado brasileiro que trabalha no exterior a competência será da


Justiça Brasileira, salvo haja convenção internacional dispondo em contrário. A ação
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deverá ser ajuizada no local da celebração do contrato ou da prestação de serviços


(quando houve prestação de serviços no Brasil e posterior transferência).
E por fim, no caso do empregador que faz atividades fora do lugar do contrato de
trabalho, a competência será do lugar onde for celebrado o contrato ou no da prestação
dos respectivos serviços.

ATUALIDADE IMPORTANTE: de quem é competência para julgar ação de


trabalhador contratado por meio de site de empregos? O TST decidiu recentemente
que, em caso julgado, onde o empregador foi selecionado em Brasília (DF) e assinou
contrato em Recife para trabalhar em Santa Cruz (RN), a competência é da Vara do
Trabalho de Brasília, ou seja, do local onde ele foi solucionado.

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