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Memorex TRT BRASIL – TJAJ – Rodada 04

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Memorex TRT BRASIL – TJAJ – Rodada 04

Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos
TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua
aprovação.

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disponibilizadas na sua área de membros conforme o cronograma abaixo:

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Rodada 02 Disponível Imediatamente
Rodada 03 Disponível Imediatamente
Rodada 04 Disponível Imediatamente
Rodada 05 14/06
Rodada 06 21/06

Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois,
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no
resultado final.

Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO.

Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada
uma das dicas.

Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas
para: atendimento@pensarconcursos.com

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ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4


INFORMÁTICA .................................................................................................................... 14
MATEMÁTICA E RLM ........................................................................................................ 17
DIREITO CONSTITUCIONAL ....................................................................................... 20
DIREITO ADMINISTRATIVO ....................................................................................... 35
DIREITO DO TRABALHO ............................................................................................... 49
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO ................................................................ 68

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LÍNGUA PORTUGUESA

DICA 01
REGÊNCIA VERBAL
A regência é a relação entre o verbo e o nome e os termos os quais se ligam a eles.

Saber quando o verbo pede preposição (e qual preposição) é o que se estuda na


regência verbal. Abaixo, uma tabela com os verbos que são mais cobrados em prova:

CHEGAR (lugar)

Com esse verbo se usa a preposição “a” e não a preposição “em”.


Ex.: Mari chegou a São Paulo.

OBEDECER ou DESOBEDECER

Usa-se a preposição “a”.


Ex.: Os filhos de Marcos obedecem aos avós.

NAMORAR

Não se usa com preposição.


Ex.: Paula namora o Carlos.

PREFERIR

Usa-se dois complementos. Um é usado sem preposição, e o outro com a


preposição “a”.
Ex.: Prefiro estudar Português a estudar Matemática.

CUIDADO! É errado usar este verbo com as palavras: antes, mais...


Ex.: Prefiro mais estudar Português a estudar Matemática. (ERRADO)

ESQUECER

Quando não forem pronominais → sem preposição.


Ex.: Mauro esqueceu o livro.

Quando forem pronominais → preposição “de”.


Ex.: Lembrei-me do nome livro de Machado de Assis.

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DICA 02
REGÊNCIA VERBAL

Chegar/ ir: CUIDADO! à deve vir com a preposição A. NÃO é correto falar “chegar
em”.

Ex.: Cheguei a Porto Alegre/RS.

Namorar: NÃO se “namora com” alguém. Se “namora” alguém. Não se usa com
preposição.

Ex.: Lorena namora Alisson. (CERTO)


Lorena namora com Alisson. (ERRADO)

Morar/ residir: Alguém mora/reside EM algum lugar. É utilizada a preposição EM.

Ex.: Paula mora em Porto Seguro.


Laura reside em Floripa.
Simpatizar/ antipatizar: São verbos que precisam da preposição COM.

Ex.: Simpatizo com Ana.


Antipatizo com meu professor da academia.

Preferir: exige dois complementos. Portanto, um é usado SEM preposição e o outro


COM a preposição A.

Ex.: Prefiro caminhar a correr na praça.

Obedecer/desobedecer: Precisa da preposição A.

Ex.: Os filhos obedecem aos pais.


A aluna Maria desobedeceu ao professor de Geografia.
DICA 03
REGÊNCIA NOMINAL
Geralmente, a relação entre o nome (substantivo, adjetivo e advérbio) e o seu
complemento é estabelecida por preposição. Deve-se identificar a preposição correta
a cada caso.

Exemplos de regência nominal: adepto de; alheio a; ansioso por/para; apto


a/para; ciente de; contente com/por/de; desprezo a/por; favorável a; impróprio
para; imune a/de; junto a/de; paralelo a; próximo a/de; referente a; relativo a;
simpatia a/por; união com/entre/a; etc.
DICA 04
REGÊNCIA NOMINAL

Geralmente, a relação entre o nome (substantivo, adjetivo e advérbio) e o seu


complemento é estabelecida por preposição. Deve-se identificar a preposição correta a
cada caso. Abaixo, algumas regências importantes:

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Nomes que exigem o uso da preposição “a”:
Acessível, adaptado, agradável, alheio, alusão, apto, atento, atenção, benéfico, benefício,
caro, compreensível, contrário, desfavorável, equivalente, favorável, fiel, grato, horror,
imune, indiferente, inerente, junto, leal, necessário, obediente, ódio, posterior, preferível,
prejudicial, propenso, propício, próximo.

Nomes que exigem o uso da preposição “sobre”:


Opinião, discurso, dúvida, informação, preponderante.

Nomes que exigem o uso da preposição “de”:


Capaz, certo, descendente, desejoso, diferente, escasso, imbuído, impossível, incapaz,
indigno, isento, junto, livre, longe, medo, orgulhoso, passível, seguro, suspeito.

Nomes que exigem o uso da preposição “em”:


Atento, bacharel, constante, doutor, inconstante, indeciso, negligente, perito, sábio.

Nomes que exigem o uso da preposição “contra”:


Atentado, combate, declaração, luta, litígio, protesto, reclamação, representação.
DICA 05
EXEMPLOS DE REGÊNCIA NOMINAL

Adepto de Favorável a Referente a


Alheio a Feliz de, por, em, com Relativo a
Ansioso por, para Impróprio para Residente em
Apto a, para Imune a, de Rigoroso com, em
Aversão a, por Inofensivo a, para Simpatia a, por
Benéfico a, para Inútil a, para Último a, em
Ciente de Junto a, de União com, entre, a
Composto por, de Livre de Vazio de
Contente com, por, de Paralelo a Vizinho a, de
Desprezo a, por Próximo a, de Vulnerável a

DICA 06
CRASE

Em se tratando de crase, você deve ter essa rima na cabeça:


“ Vou a, volta da? Crase há!. Vou a, volto de? Crase pra quê?”
Ex.: Vou à Itália. Volto da Itália.
Vou à Portugal. Volto de Portugal.

Na indicação de horário, há crase. Entretanto, na contagem de horas, não!


Ex.: Chego às 2h.
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As duas horas do filmes passaram voando.
DICA 07
CRASE
MACETE PARA A PROVA! Para saber se a palavra possui crase ou não, substitua o que
vem depois do artigo “a” por um termo masculino. Se você precisar de “ao”, a
palavra terá crase.
Ex.: Vou à escola
Vou ao colégio.
Chame a médica.
Chame o médico.
DICA 08
CRASE
Fusão de 2 vogais idênticas. A crase é representada pelo acento grave.
`= grave

Ex.: Luca é fiel à esposa Raquel.


Por que há crase? Note que “esposa” pede o ARTIGO “A” (a esposa) e “fiel” pede a
PREPOSIÇÃO “A” (quem é fiel, é fiel a algo ou a alguém). A junção desses dois “As”
gera a CRASE!

Ex.: Mari se referiu a você.


Por que NÃO há crase? Porque “você” é um pronome e não pede o artigo “a”. Apenas o
verbo “referir” pede a preposição “a” (quem se refere, se refere a algo ou a alguém).
Então, não há crase aqui.
Para formar a CRASE é necessário: PREPOSIÇÃO “A” + ARTIGO “A”

SEMPRE ocorre crase:

HORA EXATA Ex.: Jonas e Raquel irão ao cinema às 18:19.


EXCEÇÃO: Se vier uma preposição (desde,
após, entre...) antes da hora, NÃO haverá
crase.
Ex.: Partirão da festa após as 19:11.

“À MODA DE” Haverá crase mesmo quando “moda” vier de


forma ocultada na frase.
Ex.: Neymar fez um gol à (moda) Pelé.

EMPRESSÕES PREPOSITIVAS, Ex.: Correu às pressas.


CONJUNTIVAS e ADVERBIAIS
(à direita, às vezes, à tarde, à toa, à vista...)
FEMININAS

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DICA 09
CRASE FACULTATIVA

A crase será FACULTATIVA:

→ ANTES de nome próprio feminino.


Ex.: Refiro-me à Maria. / Refiro-me a Maria.

→ DEPOIS da preposição ATÉ.


Ex.: Podes me enviar o trabalho até as (às) 18:00.

→ ANTES de pronome possessivo feminino.


Ex.: Referiu-se a/à minha amiga.

CUIDADO! com “dona”, “senhora” e “senhorita” → também é facultativa a


crase.

TOME NOTA: “Frango a passarinho” NÃO POSSUI CRASE! A crase apenas


existe quando, ao se falar de um prato, estiver subentendida a expressão “à moda”.

Ex.: frango à milanesa (frango à moda milanesa) → à moda da cozinha de Milão, na


Itália.
Ocorre que “a passarinho” significa “cortado como se fosse um passarinho”. Portanto, não
será utilizada a crase.
DICA 10
CRASE PROIBIDA

NUNCA ocorre crase (crase PROIBIDA):

→ ANTES de palavras masculinas.


Ex.: Escreveu a matéria no bloco de anotações a lápis.

→ ANTES de verbo.
Ex.: Começou a sorrir de alegria.

→ ANTES de pronomes (de modo geral).


Ex.: Supliquei a você que me contasse a verdade.
CUIDADO com os pronomes possessivo femininos, pois o uso da crase será
facultativo.

→ Cidades SEM ESPECIFICADORES.


Ex.: O avião retornou a Porto Seguro.
CUIDADO, pois com especificador, haverá crase: O avião retornou à bela Porto Seguro.

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→ PALAVRAS REPETIDAS.
Ex.: Fiquei frente a frente com a verdade.

→“A” ANTES de palavra no plural.


Ex.: Refiro-me a matérias de Direito Penal. (CORRETO)
Refiro-me às matérias de Direito Penal. (CORRETO)

→ No caso do “A” para hora NÃO determinada


Ex.: Chegaremos à festa daqui a quatro horas.
DICA 11
ORTOGRAFIA OFICIAL
A ortografia oficial, ou simplesmente, ortografia, em suma, denomina-se como sendo
uma vertente da gramática, dedicando-se ao estudo da escrita de forma correta da
Língua Portuguesa.
Cotidianamente, falamos e escrevemos algumas palavras de forma errônea, haja
vista que, de tanto se repetirem, entendemos por ser a forma correta. Contudo, não é, e
pode cair na sua prova! Vejamos alguns exemplos:

FORMA ERRÔNEA FORMA CORRETA

Advinhar Adivinhar

Aterrisar Aterrissar

Bandeija Bandeja

Buteco Boteco

DICA 12
ORTOGRAFIA OFICIAL
As bancas amam esse tema, por isso, daremos muita ênfase a ele. Queremos que você
absorva ao máximo a escritura das palavras na sua forma correta. Para tanto,
mencionado outras palavras que, diariamente, falamos e escrevemos, muita das
vezes, de forma errônea, e, pode ser sua dúvida na hora de assinalar a alternativa
correta da questão! Decore-as:

FORMA ERRÔNEA FORMA CORRETA

Carangueijo Caranguejo

Boeiro Bueiro

Impecilho Empecilho

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FORMA ERRÔNEA FORMA CORRETA

Fragância Fragrância

DICA 13
USO DAS CONSOANTES Y, K E W
Quando falamos em ortografia oficial, um dos tópicos interessantes, é o uso das
consoantes Y, K e W. Quando utilizá-las no Português?
Vemos muitos candidatos errado questões com pegadinhas desse tipo. Por isso,
resumimos nessa dica, aspectos importantes para você nunca mais esquecer!

Veja as duas possibilidades para a utilização dessas letras:

Na transcrição de nomes próprios estrangeiros e de seus derivados


portugueses.

Ex.: Katy Perry, Nova York, Disney World, etc.

Nas abreviaturas e símbolos de uso internacional.

Ex.: Kg (quilograma), W (Watt), Km (quilômetro), etc.

Se na sua prova cair algum sobre qualquer substantivo comum (ex: iogurte, ilha, vale,
cabelo, cansaço) questionando-o se pode ser escrito com Y, K ou W, não caia na
pegadinha de responder que sim! Isso porque, essas letras são apenas para
abreviaturas e nomes próprios.

DICA 14
PALAVRAS TERMINADAS EM “ESA” E “EZA”
É muito fácil confundir o final das palavras com “esa” ou “eza”. Ficamos na dúvida
se a palavra é escrita de uma forma ou outra. Por isso, as terminações em “esa/ês” são
usadas com ADJETIVOS e as terminações em “eza/ez” são usadas com
SUBSTANTIVOS.

ADJETIVOS SUBSTANTIVOS

Eu odeio lasanha de calabresa. Como eu amo a natureza!

Minha esposa é Portuguesa. A palidez do seu irmão me assustou!

Júlia ama filme Francês. A Terra possui muita beleza.

Casou-se com um Camponês.

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DICA 15
PALAVRAS COM TERMINAÇÃO EM “ISAR” E “IZAR”
Se a palavra primitiva possuir “s”, as palavras que dela derivarem também serão
escritas da mesma forma.

Ex.: Análise – Analisar


Pesquisa – Pesquisar
Revisão – Revisar
Improviso – Improvisar

CUIDADO → catequese - catequizar


Por outro lado, quando a palavra primitiva não possuir “s”, as palavras que dela
derivarem serão escritas com “z”.

Ex.: Eterno – Eternizar


Símbolo – Simbolizar
Útil – Utilizar
Final – Finalizar
DICA 16
USO DOS PORQUÊS

Por que:
Indica MOTIVO ou RAZÃO.
É utilizado no início de perguntas (por que motivo/ por qual razão).

Ex.: Por que não faz a prova?


Poderá aparecer no meio de uma frase e terá a função de pronome relativo. Será
equivalente a "por qual”, "pelo qual" e suas variações.

Ex.: Esta é a razão por que rezo. → Esta é a razão pela qual rezo.
Por quê:
Também indica MOTIVO ou RAZÃO.
É utilizado no final de perguntas (por que motivo/ por que razão).

Ex.: Chorou por quê? → Chorou por qual motivo?


Demorou por quê? → Demorou por qual razão?

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DICA 17
USO DOS PORQUÊS

Porque:
Indica EXPLICAÇÃO ou CAUSA.
Por isso, exerce função de conjunção subordinativa causal ou coordenativa
explicativa.
Poderá ser SUBSTITUÍDO por “pois”, “para que” e “uma vez que”.

Ex.: Lara não foi à festa, porque estava doente. → justificativa para Joana não ter
ido à festa.

Escolhemos esta mochila, pois é mais barata. → indica a causa para a escolha da
mochila.

Porquê:
Indica MOTIVO ou RAZÃO.
Aparece acompanhado de um artigo definido (o, os) ou indefinido (um, uns).
“Porquê” pode ser substituído por: o motivo; a causa; a razão.
“Porquê” é um substantivo masculino e pode sofrer flexão em gênero: o porquê, os
porquês.

Ex.: Não me disseram o porquê de tanta tristeza na tarde de segunda-feira.


Não me disseram o motivo de tanta tristeza na tarde de segunda-feira.
DICA 18
HÁ X A
Essas palavras possuem o mesmo som, porém são escritas de maneira diferente e
possuem significados diferentes.
O “HÁ” vem do verbo “haver” e é utilizado quando a oração é sem sujeito, ou seja,
impessoal, e o verbo significa “existir”.
CUIDADO! Mesmo que a frase esteja no plural, o “há” ficará no singular.

Ex.: Há um homem elegante no bar – Existe um homem elegante no bar


Há homens elegantes no bar – Existem homens elegantes no bar
Ainda, o “HÁ” é usado para frases que se referem ao passado.

Ex.: Há anos que não visito minha mãe – Faz anos que não...

→ O “A” pode ser artigo.

Ex.: A jovem chora muito.

→ O “A” pode ser uma preposição.

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Ex.: Vani mora a um quilômetro de distância da escola José Martins.

→ Também pode indicar futuro.

Ex.: Daqui a cinco anos estarei divorciada.

QUESTÃO.
Um grande empresário moderno declarou: “O mundo está progredindo e os recursos
tornam-se mais abundantes. Prefiro entrar em uma mercearia hoje a ir ao banquete de
um rei à cem anos”.
(Questão adaptada) A modificação necessária para que esse texto fique correto é:
“à cem anos” deve ser substituído por “há cem anos”. → CERTO

DICA 19
MAL X MAU
Essas são 2 palavras bem fáceis de confundir na escrita, uma vez que a pronúncia é a
mesma.

Portanto, lembre-se que, em regra:

MAL – ADVÉRBIO – CONTRÁRIO DE “BEM”


MAU – ADJETIVO – CONTRÁRIO DE “BOM”

O advérbio “mal” é utilizado para indicar que alguma coisa foi feita de modo errado.
Ainda, “mal” pode ser um substantivo quando indicar uma doença, uma maldade, por
exemplo (O mal do homem é a vingança). Também, “mal” pode significar uma
conjunção temporal (com o mesmo sentido de “assim que”).
O adjetivo “mau” é utilizado para indicar que algo é ruim ou maldoso. Ex.: Os maus
pensamentos não nos fazem bem.
DICA 20
SE NÃO X SENÃO
Essas palavras têm som idêntico, mas a escrita e significado são diferentes.

O SENÃO poderá ser usado quando tiver o significado de:

MAS SIM: O anel não era de ouro, senão de prata.

CASO CONTRÁRIO: Devo trabalhar, senão venderei o carro.

EXCETO: Todos, senão meus irmãos, podiam entrar na festa.

Já, o SE NÃO, é uma conjunção condicional e quando está junto com o advérbio “não”
poderá ser utilizada quando tiver o significado de:

CASO NÃO: Se não for possível sair hoje, avise seu chefe.

QUANDO NÃO: Havia duas pessoas no parque brincando, se não três.


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INFORMÁTICA
DICA 21
PROGRAMAS DE CORREIO ELETRÔNICO
Uso de correio eletrônico: O e-mail é uma forma de comunicação assíncrona.

O correio eletrônico é composto de algumas partes:

O provedor - Aquele que provê o serviço de correio eletrônico, como Gmail, Outlook,
UOL, ProtonMail

O cliente de e-mail - Plataforma pela qual o usuário acessa seu e-mail. Ex. Mozilla
Thunderbird, Microsoft Outlook.

Webmail - É quando se acessa o e-mail através de páginas web e por lá pode-se


enviar e receber e-mails, como gmail.com, outlook.com, protonmail.com

A utilização básica do e-mail compreende as seguintes partes:

Um cliente para solicitar o envio de uma mensagem (ou seja, o remetente);

Um servidor para realizar o envio;

Um servidor para receber a mensagem e mantê-la armazenada;

Um cliente para solicitar as mensagens recebidas (ou seja, o destinatário).


DICA 22
PREPARO E ENVIO DE MENSAGENS
O envio de mensagem é composto dos seguintes campos: Cabeçalho (De, Para, CC, CCo,
Assunto) e conteúdo.

De - Remetente quem envia a mensagem

Para - Destinatário quem recebe a mensagem


CC - Com cópia Quando se deseja que quem vai receber a mensagem tenha apenas
ciência do e-mail

CCo - Quando se deseja enviar e-mail para várias pessoas sem que elas saibam que foi
enviado para mais de uma pessoa. Isto é, não se sabe se foi enviado para mais de um ou
quem.
DICA 23
CAIXA DE ENTRADA
A Caixa de Entrada por padrão vem ordenada pela data, isto é, o e-mail recebido mais
recente se encontra no topo das mensagens. Porém é possível filtrar a caixa de entrada.
As opções são Filtrar por: Todos os E-mails, E-mails Não Lidos, E-mails Sinalizados.

Organizar Por: Data, De, Para, Status do Sinalizador, Anexos, Importância etc.

Classificar Por: Mais Recente na parte Superior, Mais Antigos na Parte Superior
E-mails não lidos na caixa de entrada ficam em destaque, geralmente, escritos em
negrito. Ao acessar esses e-mails, eles perdem o destaque.

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Por padrão, as mensagens são exibidas como uma Conversa. Uma conversa inclui todas
as mensagens na mesma thread com a mesma linha de assunto.
DICA 24
IDENTIFICANDO DESTINATÁRIOS
Ao receber um e-mail, poderá responder a mensagem para quem a enviou, mas também
para os demais recebedores do e-mail que estejam visíveis, isto é, não tenham sido
enviados pelo remetente como CCo (Com Cópia Oculta).

Logo, ao clicar em Responder, essa resposta só será enviada para o Remetente, ao


clicar em Responder para Todos, a resposta será enviada para todos os e-mails
visíveis.

DICA 25
FORMATO DE UM ENDEREÇO DE E-MAIL
Um e-mail tem o seguinte formato nomedoe-mail@nomedodominio o nome do e-mail
é geralmente escolhido pelo usuário e o nome do domínio é de onde ele pertence, Gmail,
Outlook ou e-mails privados. O usuário tem a opção de poder escolher o nome do
domínio, porém, para isso é necessário contratar algum serviço fornecido por provedores.
As terminações de e-mail caracterizam a quem pertence àquele e-mail. Os e-mails
populares como Gmail, Outlook, com terminações em @gmail.com ou @outlook.com tem,
geralmente, caráter particular. Um e-mail que termine com .org .gov .jus .mil .edu tem
características relacionadas ao que de fato pertencem.

.org - refere-se a organizações não governamentais;

.gov - organizações do governo;

.jus - órgãos do judiciário;

.mil - órgãos militares;

.edu - relacionado a educação.


DICA 26
ANEXOS
Quando se deseja enviar um documento externo através do e-mail, seja uma foto, um
arquivo de texto (.docx, pdf), uma planilha, arquivos compactados etc.
Os anexos têm limite de tamanho no envio, então tem que ficar atento. Cada provedor
fornece um limite diferente. Gmail 25MB, Outlook 20MB. Este limite refere-se à soma total
de arquivos enviados, por exemplo, caso sejam anexados dois arquivos de 15 MB, o Gmail
pedirá que seja enviado via Google Drive. A quantidade de arquivos no envio está limitada
à soma total do tamanho dos arquivos.
Alguns arquivos podem ser bloqueados devido ao antivírus do e-mail, como por
exemplo arquivos executáveis .exe.

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DICA 27
CAIXA DE ENTRADA, CAIXA DE SAÍDA, RASCUNHO, SPAM

Caixa de entrada - Pasta que armazena e-mails recebidos geralmente ordenados por
data de recebimento;

Caixa de saída - Armazena os e-mails temporariamente pendentes de envio;

Itens Enviados - E-mails enviados com sucesso;

Itens Excluídos - E-mails excluídos da caixa de entrada ou dos itens enviados, porém
não foram excluídos em definitivo;

Rascunho - E-mails escritos, porém ainda não enviados;

Spam - Pasta que armazena os e-mails que o algoritmo do provedor entende como
spam.
DICA 28
OUTLOOK EXPRESS - CONCEITO
Cliente de e-mails que era nativo do sistema operacional Microsoft Windows (era, pois foi
descontinuado com o lançamento do Windows vista). A versão Express é uma versão
mais simplificada e que, em geral, vem por padrão no sistema operacional Windows. Já
a versão Microsoft Outlook é uma versão que vem no pacote Microsoft Office, possui
mais recursos, incluindo, além de funções de e-mail, recursos de calendário, agenda (para
marcar reuniões e com lembretes quando estiver chegando a data/horário do evento).
O sucessor do Outlook Express é o Windows Mail, aplicativo de e-mail nativo do
Windows Vista, que permite o usuário efetuar login com e-mail Yahoo, Google, Outlook,
dentre outros.

O Outlook Express era nativo em alguns Windows mas também acompanhava


alguns softwares da Microsoft, como por exemplo, o Internet Explorer a partir da sua
versão 4.x.
DICA 29
SOBRE O OUTLOOK EXPRESS
Instalado juntamente com o Microsoft Internet Explorer (ou nativos em alguns Windows),
o Outlook Express é um sofisticado aplicativo que permite além da utilização de
outros serviços on-line, gerenciar uma ou mais contas de e-mail com plena autonomia,
tornando muito mais agradável e simples a execução desta tarefa que cada vez mais, faz
corriqueiramente parte do nosso cotidiano, que geralmente não temos mais apenas uma
conta de e-mail, mas sim várias.
DICA 30
MOZILLA THUNDERBIRD - CONCEITO
O Mozilla Thunderbird é um cliente de e-mails e notícias open-source (de código
aberto) e gratuito criado pela Mozilla Foundation (mesma criadora do Mozilla Firefox).
No Linux Debian, sistema operacional baseado no sistema Linux que só aceita
legalmente programas/softwares totalmente livres, o Mozilla Firefox passou a se chamar
“Iceweasel” e o Mozilla Thunderbird tornou-se o “ICEDOVE”.

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MATEMÁTICA E RLM
DICA 31
DIVISÃO PROPORCIONAL E REGRA DE TRÊS SIMPLES
Divisão em partes direta e inversamente proporcionais tratam da divisão de uma
quantia em partes proporcionais a alguns números e inversamente proporcionais a outros
números.

Ex.: Um pai quer dividir a quantia de R$ 15.000 a seus três filhos A B e C de modo
diretamente proporcional às notas obtidas em uma prova de matemática e de modo
inversamente proporcional ao tempo semanal que eles jogam videogame. O filho A obteve
10 em matemática e joga videogame durante 10h por semana, o filho B obteve 8 em
matemática e joga videogame durante 2h por semana e o filho C obteve 5 em matemática
e joga videogame durante 1h por semana. Vamos calcular a quantia em reais que cada
filho recebeu.
A quantia foi dividida em partes diretamente proporcionais à nota obtida em matemática e
inversamente proporcionais ao tempo dispendido com videogame, logo (Ax10/10)
=(Bx2/8) =(Cx1/5) =k e A+B+C=15.000 → A=K, B=4K e C=5K→ K+4K+5K=15.000 →
10K=15.000 → K=1.500, logo cada filho recebeu, A R$1.500,
B R$6.000,00 e C R$7.500,00.
Regra de três tem tudo a ver com proporcionalidade e está relacionado exatamente
com duas grandezas.

Ex.: Com 4 litros de certa tinta, é possível pintar uma superfície de 12 m². Utilizando
5,5 litros dessa tinta, a maior superfície que poderá ser pintada será de:

A primeira coisa que devemos perceber é quanto mais tinta, maior é a superfície que
vou conseguir pintar. Logo, estamos diante grandezas diretamente proporcionais:
4 Litros de Tinta-----------------------12 m²
5,5 Litros de Tinta---------------------X;
Como são diretamente proporcionais, multiplica-se em cruz, da seguinte forma

4X = 66 → X = 66/4 → X= 16,5 m².


DICA 32
REGRA DE TRÊS SIMPLES
Quando o problema envolve somente duas grandezas.

Ex.: Velocidade e tempo, produção e horas por dia, etc.


Dependendo da relação existente entre as grandezas, podemos chamar a regra de três de
direta ou inversa.

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COMO MONTAR UMA REGRA DE TRÊS:

1° passo: Arruma-se as grandezas em colunas na ordem de leitura.

Faça a pergunta de cada coluna numérica com a coluna onde existe


a variável, sabendo que cada coluna numérica comparada funciona
2° passo: como se as demais não existisse, isto é, são independentes

Na sua pregunta é preciso verificar a proporcionalidade (direta ou


inversa) aplicando a dica:
+ / + e - / - = são grandezas diretas
3° passo:
+ / - e - / + = são grandezas inversas
+ = AUMENTA
- = DIMINUI

DICA 33
REGRA DE TRÊS COMPOSTA
Precisamos ISOLAR a coluna da variável IGUALANDO ao produto das demais COLUNAS
NUMÉRICAS, mas continuando a aplicar os 3 passos acima visto na regra de três
simples.

Ex.: Duas máquinas produzem 32 peças de certo produto em 4 dias. Quantas peças
produzirão 5 máquinas iguais às primeiras em 3 dias?

→ Na regra de três com mais de duas colunas, compara-se cada coluna isoladamente
com a coluna do “x”. Não deixe que a coluna que não está sendo comparada, interfira no
seu raciocínio.

→ A pergunta para saber se uma grandeza é DIRETA ou INVERSA a outra grandeza


será SEMPRE da coluna da variável para uma coluna numérica, NUNCA entre duas
numéricas.
PROBLEMA: Em uma fábrica de doces, 10 empregados igualmente eficientes, operando 3
máquinas igualmente produtivas, produzem, em 8 horas por dia, 200 ovos de Páscoa. A
demanda da fábrica aumentou para 425 ovos por dia. Em razão dessa demanda, a fábrica
adquiriu mais uma máquina, igual às antigas, e contratou mais 5 empregados, tão
eficientes quanto os outros 10. Nessa situação, para atender à nova demanda, os 15
empregados, operando as 4 máquinas, deverão trabalhar durante quanto tempo:
10 empregados-----------3 máquinas--------8 horas---------200 ovos
15 empregados-----------4 máquinas--------X horas---------425 ovos;
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Quanto maior o número de empregados, precisa-se de um tempo menor, daí grandeza
inversamente proporcional (em linha);

Quanto maior o número de máquinas, precisa-se de um tempo menor, daí grandeza


inversamente proporcional (em linha);

Quanto maior o número de ovos produzidos, precisa-se de um tempo maior, daí


grandeza diretamente proporcional (em cruz);

Então, X200415=8425310 → X12.000=102.000 → X=8,5 horas ou X=8 horas e 30


minutos.
DICA 34
PORCENTAGEM

O termo porcento é derivado do latim per centum, que significa por cem ou às
centenas. Porcentagem, então, representa uma razão em que o denominador é igual a
100;
Então: K%=K/100;
15% (forma percentual) =15/100 (forma fracionária) =0,15 (forma unitária);
36,3%=36,3/100=0,363;
100% = 100/100=1;
2%=2/100=0,02;
Para calcular a porcentagem de um valor, multiplicamos a razão centesimal
correspondente à porcentagem por este valor (15% de 600= (15/100) x600=90.
DICA 35
PORCENTAGEM
Um Banco Popular paga uma taxa de juros de 0,38% ao mês para depósitos nas suas
cadernetas de poupança. Claudio tem uma caderneta de poupança no Banco Popular com
um saldo R$ 1.000,00 reais. Qual o valor de juros que foi creditado na sua conta de
poupança no final de um mês:

Ex.: 1000 x (0,38/100) = 10 x 0,38 =3,8, ou seja, será creditado R$ 3,8 por mês;
Em certo evento, havia um público de 1.600 pessoas. Sabendo-se que 40% são homens
e que 35% das mulheres presentes são casadas, ao todo, quantas mulheres casadas
estão presentes nesse evento:
Se 40% de 1600 são homens, então 60% de 1600 são mulheres (Casadas e solteiras),
logo (60/100) x 1600=960 são mulheres. Dessas 960 mulheres, 35% são casadas, então
(35/100) x960=336 são mulheres casadas;
Pedro aplicou 25% de suas reservas em um investimento financeiro e ainda sobraram R$
3.240. Nessa situação, antes da aplicação, as reservas de Pedro somavam:
Se Pedro tinha X reais de reservas, e aplicou (25/100)X em um investimento, então
sobrou (75/100)X que é igual a R$ 3.240. Logo, (75/100)X=3.240 → 75X=324.000 →
X=324.000/75 → X=4.320.

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DIREITO CONSTITUCIONAL
DICA 36
COMPETÊNCIA DOS ESTADOS

A competência legislativa dos estados é residual, o que significa que o estado irá legislar
sobre as matérias que não sejam de competência da União e nem dos municípios.
Existem duas previsões importantes sobre a capacidade legislativa dos estados na CF.

Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de


gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua
regulamentação.

Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas,


aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios
limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas
de interesse comum.
DICA 37
COMPARATIVO DE COMPETÊNCIAS

COMPETÊNCIA PRIVATIVA COMPETÊNCIA CONCORRENTE

Direito: civil, comercial, penal, Direito: tributário, econômico,


processual, eleitora, agrário, marítimo, penitenciário, urbanístico e financeiro –
aeronáutico, espacial e do trabalho – TEPUF;
CAPACETE PM;
Previdência social, proteção e
Seguridade social; defesa da saúde;

Direito Processual. Procedimentos em matéria


processual.

DICA 38
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: ACESSO

Conforme o artigo 37, inciso I, da CF/88, os cargos, empregos e funções públicas são
acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como
aos estrangeiros, na forma da lei.

Os editais de concurso público não podem estabelecer restrição a pessoas com tatuagem,
salvo em situações excepcionais em razão de conteúdo que viole valores
constitucionais. Assim, caso uma pessoa que tenha uma tatuagem que faça apologia ao
nazismo por exemplo, será excluída do certame público.

Os requisitos para acesso aos cargos públicos devem ser comprovados na data da POSSE.

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ATENÇÃO!

Nos concursos para magistratura e Ministério Público, o requisito da atividade jurídica


deve ser comprovado na data da inscrição definitiva.

DICA 39
CARGOS ACESSÍVEIS AOS BRASILEIROS E ESTRANGEIROS
Conforme o artigo 37, inciso I, da CF/88, os cargos, empregos e funções públicas são
acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como
aos estrangeiros, na forma da lei.

Os editais de concurso público não podem estabelecer restrição a pessoas com tatuagem,
salvo em situações excepcionais em razão de conteúdo que viole valores
constitucionais. Assim, caso uma pessoa que tenha uma tatuagem que faça apologia ao
nazismo por exemplo, será excluída do certame público.

Os requisitos para acesso aos cargos públicos devem ser comprovados na data da POSSE.

ATENÇÃO!

Nos concursos para magistratura e Ministério Público, o requisito da atividade jurídica


deve ser comprovado na data da inscrição definitiva.

DICA 40
CONCURSO PÚBLICO
Segundo dispõe o inciso II, do artigo 37, a investidura em cargo ou emprego
público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e
títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma
previstas em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em
lei de livre nomeação e exoneração.

Exige-se concurso público para o provimento de cargos e empregos na administração


pública direta e indireta.

Para nomeação em cargo em comissão, não se faz necessária a aprovação em concurso


público.

O candidato aprovado dentro do número de vagas tem direito subjetivo à


nomeação.

DICA 41
CONCURSO PÚBLICO

A exclusão do candidato que esteja respondendo a inquérito policial e ação penal não
transitada em julgado fere o princípio da presunção de inocência.

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É constitucional a remarcação do teste de aptidão física de candidata que esteja
grávida à época de sua realização, independentemente da previsão expressa em
edital do concurso público.

Caso seja cobrado no concurso matéria não prevista no edital, é possível que incida
controle judicial nesse caso.

Em respeito ao princípio da legalidade, somente será possível sujeitar candidato a exame


psicotécnico quando houver previsão legal.

É obrigatório a previsão de vagas em concurso público para pessoas portadoras de


deficiência. A Lei 8.112/90 prevê que serão reservadas até 20% das vagas.

DICA 42
CARGOS EM COMISSÃO E FUNÇÕES DE CONFIANÇA
As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo
efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira
nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às
atribuições de direção, chefia e assessoramento.

Os cargos em comissão são de livre nomeação, entretanto, há percentuais mínimos


previstos em lei que devem ser preenchidos.

Esquema:

Função de confiança: Exclusivas de servidores ocupantes de cargo efetivo.


Cargo em comissão: Podem ser preenchidos sem concurso público, respeitando os
percentuais mínimos a serem preenchidos por servidores de carreira.

É vedada a incorporação de vantagens de caráter temporário ou vinculadas ao exercício


de função de confiança ou de cargo em comissão à remuneração do cargo efetivo.

DICA 43
CARGOS EM COMISSÃO E NEPOTISMO

O nepotismo ofende os princípios da moralidade e da impessoalidade, devendo a


vedação a esta prática ser observada por todos os Poderes da República e por todos os
entes da Federação, independentemente de lei formal.

A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por


afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da
mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o
exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na
administração pública direta e indireta, em qualquer dos poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios, caracteriza NEPOTISMO.

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DICA 44
DIREITO DE GREVE DO SERVIDOR

É permitido ao servidor público associar-se a um sindicato. Contudo, tal direito não


alcança ao militar, conforme artigo 142, inciso IV, CF/88.

O direito de greve será exercido nos termos e nos limites estabelecidos em lei específica.
Cabe salientar que, até o momento, não foi editada tal lei. Destarte, após o julgamento de
três mandados de injunção, o STF determinou a aplicação ao setor público, no que couber,
da Lei 7.783/89, que dispõe sobre o direito de greve no setor privado.

O exercício do direito de greve, sob qualquer forma ou modalidade, é vedado aos


policiais civis e a todos servidores públicos que atuem diretamente na área de
segurança pública.

É permitido o desconto da remuneração dos dias paralisados dos servidores públicos


grevistas, exceto quando a greve for provocada por conduta ilícita do Poder Público.

DICA 45
REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES
Os servidores públicos podem ser remunerados por meio de subsídios, vencimentos ou
salários.

Subsídio: forma de remuneração fixada em parcela única, sem acréscimo de qualquer


gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie
remuneratório. É remuneração obrigatória para os agentes públicos.

Vencimentos: é a remuneração percebida pelos servidores públicos, em sentido


estrito.

Salários: é a forma remuneratória paga aos empregados públicos, contratados sob


o regime celetista.

TETO REMUNERATÓRIO CONSTITUCIONAL (art. 37, inc. XI):

Segundo dispõe esse dispositivo:

A remuneração de todo funcionalismo público está sujeita a um teto remuneratório,


que é o subsídio dos Ministros do STF.

Existem subtetos remuneratórios nos Estados, Distrito Federal e Municípios.

Estados e no Distrito Federal, o subteto é variável por Poder.

Poder Executivo, o limite é o subsídio do Governador.

Poder Legislativo, o limite é o subsídio dos deputados estaduais e distritais.

Poder Judiciário, o limite é o subsídio dos desembargadores do Tribunal de


Justiça (esse limite também se aplica aos membros do Ministério Público, aos
Procuradores e aos Defensores Públicos).

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Municípios, a remuneração DE TODOS os servidores e empregados públicos têm
como limite o subsídio do Prefeito.

Fique atento!

Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário NÃO poderão


ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo.

É vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o


efeito de remuneração de pessoal do serviço público.

O artigo 37, inciso XV, garante a irredutibilidade salarial.

DICA 46
ACUMULAÇÃO DE CARGOS

Em regra, é vedada acumulação de cargos públicos. A proibição de acumular estende-se


a funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedade de
economia mista, suas subsidiário, e sociedades controladas, direta e
indiretamente, pelo poder público.

Exceções à vedação à acumulação de cargos:

Dois cargos de professor;

Um cargo de professor com outro técnico ou científico;

Dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões


regulamentadas.

DICA 47
MANDATO ELETIVO

É permitido ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, assumir


cargo eletivo.

Na hipótese de cargos do Executivo ou do Legislativo Federal, Estadual ou Distrital,


ocorrerá o afastamento do cargo efetivo ou em comissão, função ou emprego público. A
remuneração percebida será a do cargo eletivo.

Na hipótese do cargo de prefeito, ocorrerá o afastamento do cargo efetivo ou em


comissão, função ou emprego público. Já a remuneração poderá ser a do cargo eletivo
ou a do cargo efetivo ou em comissão, função ou emprego público, de acordo
com a OPÇÃO DO SERVIDOR.

Quando o cargo eletivo for de vereador, caso haja compatibilidade de horários,


poderá ocorrer a acumulação do cargo político com o cargo efetivo ou em comissão,
função ou emprego público. Caso não haja compatibilidade, será afastado do cargo
efetivo ou em comissão, função ou emprego público, podendo optar pela remuneração
de qualquer um deles.

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DICA 48
REGIME

O servidor abrangido por regime próprio de previdência social será aposentado nas
seguintes hipóteses:

Por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo em que estiver investido,


quando insuscetível de readaptação, hipótese em que será obrigatória a realização de
avaliações periódicas para verificação da continuidade das condições que ensejaram a
concessão da aposentadoria, na forma de lei do respectivo ente federativo;

Compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70


(setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei
Complementar;

No âmbito da União, aos 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, e aos 65


(sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e, no âmbito dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, na idade mínima estabelecida mediante emenda às respectivas
Constituições e Leis Orgânicas, observados o tempo de contribuição e os demais requisitos
estabelecidos em lei complementar do respectivo ente federativo.

A Lei Complementar nº 152/2015, aplicável aos servidores públicos de todas as esferas


federativas, bem como aos membros do Poder Judiciário, Ministério Público, Defensorias
Públicas e Tribunais de Contas, instituiu a aposentadoria compulsória aos 75 anos.

DICA 49
ESTABILIDADE E PERDA DO CARGO

Segundo dispõe o artigo 41, caput, o servidor público nomeado para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público adquire a estabilidade após 03
ANOS DE EFETIVO EXERCÍCIO.

O servidor público ocupante de cargo em comissão NÃO POSSUI ESTABILIDADE.

Após esse período, o servidor somente perderá o cargo nas seguintes hipóteses:

Em virtude de sentença judicial transitada em julgado;

Mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;

Mediante Procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei


complementar, assegurada ampla defesa.

DICA 50
PODER EXECUTIVO

Função Típica: Administrar.

Chefe do Poder Executivo: cumula atribuições de Chefe de Governo e Chefe de


Estado, posto que comanda e administra o país, no âmbito interno, e representa a
República Federativa do Brasil perante a comunidade internacional, respectivamente.

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Função atípica: o Chefe do Executivo realiza atribuições de caráter legislativo
ao vetar ou sancionar uma lei, editar medidas provisórias, elaborar leis delegadas ou
iniciar um novo projeto de lei.
DICA 51
ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Art. 84, CF/88 dispõe quanto às competências do Chefe do Executivo em um rol


meramente exemplificativo, tratando, contudo, de atribuições indelegáveis, sendo
algumas delas:

Regulamentar normas por meio de decreto, com objetivo central de se manter fiel à
execução da lei;

Relacionar-se com Estados Estrangeiros, atuando no âmbito internacional;

Nomear autoridades para ocupar cargos, tais como, ministro do Supremo tribunal
Federal, Governadores de Territórios, Procurador Geral da República, entre outros;

Conceder indultos e comutar penas, mediante expedição de decreto;

Comandar as Forças Armadas, atuar nos estados de exceção e declarar a paz;

Convocar e presidir Conselhos.

DICA 52
ATRIBUIÇÕES DELEGAVEIS DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
A regra é a indelegabilidade (24 incisos do art. 84) e a exceção é a delegabilidade (3
incisos do art. 84).
Memorize:

O presidente pode delegar o PID para o PAM:

Prover cargos públicos PGR


Indulto e comutar penas AGU
Dispor sobre organização e Ministros de Estado
funcionamento da Administração
Federal

DICA 53
RESPONSABILIDADES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Diferentemente dos parlamentares, o Presidente da República não possui imunidade
material, contudo tem imunidade formal em relação à prisão e em relação ao processo.

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Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente
da República não estará sujeito a prisão.
O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado
por atos estranhos ao exercício de suas funções.
Caso o Presidente da república cometa crime comum, será processo e julgado perante o
Supremo tribunal Federal. Nesse caso, se a denúncia ou queixa crime for aceita, o
presidente ficará suspenso do exercício de suas funções pelo prazo de 180 dias.
DICA 54
RESPONSABILIDADE DE GOVERNADORES
Governadores podem ser responsabilizados por crimes comuns e crimes de
responsabilidade.
No caso de cometimento de crimes comuns, responderão perante o Superior Tribunal
de Justiça.
Caso seja cometido crime de responsabilidade, o Governador será processado e
julgado pelo Tribunal de Justiça do Estado do qual são governantes, presidido pelo
próprio presidente do Tribunal e composto por mais cinco Deputados Estaduais e
cinco Desembargadores.
DICA 55
CRIMES DE RESPONSABILIDADE DE PREFEITOS

Crimes tipificados pelo Decreto-Lei nº


CRIME DE RESPONSABILIDADE
201/1967, o julgamento será realizado pela
PRÓPRIO
Câmara de Vereadores.

Crimes que não tenha natureza, mas apenas


CRIME DE RESPONSABILIDADE natureza penal; nesse caso, o julgamento
IMPRÓPRIO caberá ao Tribunal de Justiça do respectivo
órgão competente para julgamento.

Se o crime praticado possuir natureza eleitoral, a competência de julgamento será


do Tribunal Regional Eleitoral.
DICA 56
PODER LEGISLATIVO: DISPOSIÇÕES GERAIS
O tema sobre o Poder Legislativo corresponde aos artigos 44 ao 58, da Constituição
Federal.
O Poder Legislativo é exercido pelo congresso nacional, o qual é composto pela Câmara
dos Deputados e Senado Federal.
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A legislatura é o período de trabalhos das Casas Legislativas (Congresso, Câmara e
Senado) e tem duração de 4 anos.

CÂMARA DOS DEPUTADOS SENADO FEDERAL

Composta pelos Deputados Federais. Composto pelos Senadores.

Representantes do povo. Representantes dos Estados e do


Distrito Federal.

A escolha dos deputados federais respeita o A escolha dos senadores respeita o


sistema proporcional. sistema majoritário.

O número de deputados varia de acordo Cada um deles elegerá o número fixo de


com a população, devendo respeitar o 3 (três) senadores.
número mínimo de 8 (oito) e o máximo de
70 (setenta). Cada senador é eleito com 2 (dois)
suplentes.
Os Territórios elegerão 4 (quatro)
deputados.

Mandato de 4 (quatro) anos. Mandato de 8 anos, sendo renovado de


quatro em quatro anos,
alternadamente por um e dois terços (ou
seja, em uma eleição escolhe-se 1
senador, em outra são escolhidos 2).

IMPORTANTE: A função do Poder Legislativo é a de controle externo da


administração pública, que compreende a fiscalização contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta
e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e
renúncia de receitas, que será exercida com auxílio do tribunal de contas.
DICA 57
PODER LEGISLATIVO - CÂMARA DOS DEPUTADOS

Compete privativamente à Câmara dos Deputados:

Autorizar, por 2/3 dos seus membros, a instauração de processo contra o


Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado.

Proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não


apresentadas ao Congresso Nacional dentro de 70 (setenta) dias após a abertura da
sessão legislativa;

Eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII.

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OBS.: As competências da Câmara dos Deputados estão previstas no art. 50, da CF.
As competências listadas acima são as mais importantes, ressaltando a de autorizar
a instauração de processo contra o Presidente da República.
Essa autorização é aplicada tanto para os processos comuns, instaurados em face do
presidente, quanto para os processos que versam sobre crime de responsabilidade
(impeachment).
DICA 58
PODER LEGISLATIVO - SENADO FEDERAL

O rol de competências privativas do Senado Federal é bem mais amplo do que o


da Câmara dos Deputados. Merece destaque as seguintes competências:

Processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de


responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do
Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles;

Processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho


Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da
República e o Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade;

Suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por


decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal;

Eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII.

Avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em sua


estrutura e seus componentes, e o desempenho das administrações tributárias da
União, dos Estados e do Distrito Federal e dos Municípios.

Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como Presidente o
do Supremo Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que somente será proferida
por dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com inabilitação, por
oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais
cabíveis.”
Merece destaque a competência para julgamento do Presidente da República e dos
Ministros do Supremo Tribunal Federal nos crimes de responsabilidade, principalmente
pelo momento de tensão política em que o Brasil se encontra.
Em todos os casos de julgamento de crimes de responsabilidade, o Presidente do
Supremo Tribunal Federal será o presidente do julgamento da autoridade.
A condenação depende do voto de 2/3 dos membros do Senado Federal.
São previstas a aplicação das seguintes sanções, sem prejuízo das demais sanções
judiciais cabíveis:
Perda do cargo;
Inabilitação, por 08 (oito) anos, para o exercício de função pública.
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DICA 59
PODER LEGISLATIVO - REUNIÕES
O Congresso Nacional se reúne do dia 02 de fevereiro até 17 de julho; e do dia 1º de
agosto até 22 de dezembro.

Sessões preparatórias: cada uma das casas legislativas (Câmara e Senado) vão se
reunir a partir do dia 1º de fevereiro do primeiro ano da legislatura, para a posse dos
membros e para a eleição das respectivas Mesas (compreende o Presidente da Câmara e
do Senado, Vice-presidente, 1º Secretário, 2º Secretário).

Sessões conjuntas: são as reuniões em que a Câmara dos Deputados e o Senado


Federal se juntam para:
inaugurar a sessão legislativa;
elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços comuns às duas Casas;
receber o compromisso do Presidente e do Vice-Presidente da República;
conhecer do veto e sobre ele deliberar.
O primeiro ano após as eleições dá início a legislatura, que compreende o período de 4
anos, coincidente com o período do mandato dos deputados.

ATENÇÃO!

O mandato dos senadores é de 8 anos, ou seja, eles representam o seu respectivo


estado ou DF por duas legislaturas.

Atenção para as nomenclaturas:

Legislatura – período de quatro anos;

Sessão legislativa – período anual de atividade do Congresso.

(02 de fevereiro até 22 de dezembro)

Período legislativo – período semestral de reunião do Congresso.

(02 de fevereiro até 17 de julho e 1º de agosto até 22 de dezembro).

DICA 60
PODER LEGISLATIVO - COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO
Outro assunto que ganhou bastante visibilidade no cenário nacional nos últimos meses foi
a CPI da COVID. Por isso, é um assunto que pode ser cobrado na sua prova, pois é
uma importante ferramenta do Poder Legislativo de fiscalização e apuração.
Por esta razão, vale conferir o que a Constituição Federal dispõe sobre o tema.

“Art. 58, §3º - As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de


investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos
das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal,
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em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros,
para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o
caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou
criminal dos infratores.”

Do dispositivo constitucional, vale ressaltar:


CPI detém poderes de investigação próprios das autoridades judiciais;
Criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, conjunta ou
separadamente;
Requerimento de 1/3 no mínimo de seus membros;
Apuração de fato determinado e por prazo certo;
As conclusões serão encaminhadas ao Ministério Público para que promova as
responsabilidades civil e/ou criminal dos infratores.
A composição dos integrantes da CPI deve respeitar o princípio da representação
proporcional de partidos e blocos partidários.

CPI

PODE NÃO PODE

→ Quebrar sigilo bancário, fiscal, de → Determinar de indisponibilidade de


dados e telefônico (não confundir com bens do investigado.
interceptação telefônica);
→ Decretar a prisão preventiva (pode
→ Requisitar informações e documentos decretar somente prisão em flagrante);
sigilosos diretamente às instituições
financeiras ou através do BACEN ou CVM, → Determinar o afastamento de
desde que previamente aprovadas pelo cargo ou função pública durante a
Plenário da CD, do Senado ou de suas investigação; e
respectivas CPIs (Artigo 4º, § 1º, da LC
105); → Decretar busca e apreensão
domiciliar de documentos.
→ Ouvir testemunhas, sob pena de
condução coercitiva; → Decretar interceptação telefônica
→ Ouvir investigados ou indiciados.

As regras acima são válidas para CPIs instauradas em âmbito federal e estadual.

As CPIs instauradas nos municípios apresentam poderes mais restritos.


ATENTE-SE! A CPI municipal não poderá ter poderes próprios de autoridade
judiciária, pois isto seria atribuir ao município uma competência que não lhe foi dada
pela constituição, em razão de não ter Poder Judiciário Municipal.

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O STF já decidiu que CPI municipal NÃO pode determinar condução coercitiva de
testemunha.
DICA 61
PODER LEGISLATIVO - IMUNIDADES DOS CONGRESSISTAS
Os membros do Poder Legislativo possuem algumas prerrogativas. Atenção para o fato de
que as prerrogativas estão vinculadas ao cargo e não ao indivíduo que exerce o
cargo.
Tais garantias são irrenunciáveis justamente porque se vinculam ao cargo e não à
pessoa do congressista.
Foro por prerrogativa de função: essa prerrogativa garante ao parlamentar o
julgamento perante órgão específico do Poder Judiciário, e é aplicada para casos de
infrações penais comuns, não se aplica a toda demanda judicial.
Os Deputados Federais e Senadores serão julgados no STF.
Imunidade material: Os deputados e senadores são invioláveis, civil e penalmente,
por quaisquer de suas opiniões palavras e votos.
Imunidade formal: essa imunidade se refere à prisão e ao processo por crime
praticado pelo parlamentar.
As seguintes prerrogativas (foro por prerrogativa de função, imunidade material e
imunidade formal) começam após a diplomação do parlamentar.
DICA 62
PODER LEGISLATIVO – IMUNIDADE MATERIAL
A imunidade material está relacionada ao conteúdo das manifestações dos
parlamentares.
É importante definir se a manifestação do parlamentar ocorreu dentro ou fora do
Congresso Nacional (entenda-se Câmara dos Deputados e Senado Federal também).
Manifestação fora do Congresso Nacional: só estarão protegidas as declarações se
guardarem conexão com o exercício da função de parlamentar;
Manifestação dentro do Congresso Nacional: a manifestação não precisa guardar
relação com o exercício da função parlamentar.
DICA 63
PODER LEGISLATIVO – IMUNIDADE FORMAL
A imunidade formal relacionada à prisão significa que os parlamentares não poderão ser
presos, salvo em caso de flagrante de crime inafiançável.
TODAVIA, os parlamentares poderão ser presos caso tenha sentença penal
condenatória transitada em julgado. Portanto, o que se veda é a prisão cautelar,
exceto o flagrante de crime inafiançável.
A imunidade formal relacionada ao processo significa que, quando o STF recebe a
denúncia contra o parlamentar, deve dar ciência à Casa que o parlamentar integra, e
por iniciativa do partido político nela representado, e pelo voto da maioria dos
membros, poderá sustar o andamento da ação penal.

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Caso a Casa decida pela sustação da ação penal, também estará suspensa a prescrição
do crime, com o objetivo de não gerar a impunidade.

RESUMINDO

O parlamentar NÃO pode ser preso, salvo em caso de flagrante delito inafiançável; e o
processo por crime cometido após a diplomação pode ser SUSTADO.

DICA 64
IMUNIDADES DOS DEPUTADOS E SENADORES
Os Deputados Federais, Estaduais e Distritais (DF) e os Senadores gozam de
prerrogativa de foro, imunidade material e imunidade formal.
O foro por prerrogativa de função depende do cargo exercido:
Deputados Federais e Senadores – STF.
Deputados Estatuais e Distritais – o foro depende do crime praticado e do bem
jurídico atingido, podendo ser o Tribunal de Justiça do Estado ou do Distrito Federal; TRF
ou TRE.
DICA 65
IMUNIDADE DOS VEREADORES
Os vereadores, integrantes do Poder Legislativo Municipal, possuem apenas
IMUNIDADE MATERIAL, que é restrita aos limites do município onde exercem a função
(art. 29, VIII, da CF).

SÚMULA VINCULANTE N. 25:

“A competência constitucional do tribunal do júri prevalece sobre o foro por prerrogativa


de função estabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual.”

Assim, se um vereador praticar um crime da competência do Tribunal do Júri e tiver


foro por prerrogativa de função estabelecido na Constituição Estadual, deverá ser julgado
no juízo do tribunal do júri.

Sintetizando:

IMUNIDADES PARLAMENTARES

Deputados Senadores Deputados Vereadores


Federais Estaduais e
Distritais

Foro por SIM SIM SIM Fixado na


prerrogativa de Constituição
função Estadual
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Imunidade material SIM SIM SIM SIM, mas nos


limites do
município

Imunidade formal SIM SIM SIM NÃO

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DIREITO ADMINISTRATIVO
DICA 66
DISPENSA PELO VALOR

OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA Inferiores a R$ 100.000,00 (cem mil


OU DE SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO reais)
DE VEÍCULOS AUTOMOTORES

OUTROS SERVIÇOS E COMPRAS Inferiores a R$ 50.000,00 (cinquenta mil


reais)

PRODUTOS PARA PESQUISA E Inferiores a R$ 300.000,00 (trezentos


DESENVOLVIMENTO PARA CASO DE mil reais)
OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA

Os valores serão duplicados para compras, obras e serviços contratados por consórcio
público ou por autarquia OU fundação qualificadas como agências executivas na
forma da lei.
DICA 67
EXEMPLOS DE OUTRAS LICITAÇÕES DISPENSÁVEIS

Hortifrutigranjeiros, pães e outros gêneros perecíveis;

Bens ou serviços produzidos ou prestados no País que envolvam, cumulativamente,


alta complexidade tecnológica e defesa nacional;

Materiais de uso das Forças Armadas, com exceção de materiais de uso pessoal e
administrativo;

Coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos urbanos recicláveis


OU reutilizáveis;

Casos de guerra, estado de defesa, estado de sítio, intervenção federal ou de


grave perturbação da ordem

DICA 68
LEI N° 14.133, DE 01 DE ABRIL DE 2021 – CONTRATOS ADMINISTRATIVOS - DA
FORMALIZAÇÃO DOS CONTRATOS
Os contratos de que trata a Lei 14.122/21 regular-se-ão pelas suas cláusulas e pelos
preceitos de direito público, e a eles serão aplicados, SUPLETIVAMENTE, os princípios da
teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado.

Todo contrato deverá mencionar:


os nomes das partes e
os nomes de seus representantes,
a finalidade,
o ato que autorizou sua lavratura,

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o número do processo da licitação ou da contratação direta e
a sujeição dos contratantes às normas desta Lei e às cláusulas contratuais.
Os contratos deverão estabelecer com clareza e precisão as condições para sua
execução, expressas em cláusulas que definam os direitos, as obrigações e as
responsabilidades das partes, em conformidade com os termos do edital de licitação e
os da proposta vencedora ou com os termos do ato que autorizou a contratação direta e
os da respectiva proposta.
DICA 69
TERMO DE CONTRATO
A Administração convocará regularmente o licitante vencedor para assinar o TERMO DE
CONTRATO ou para aceitar ou retirar o instrumento equivalente, dentro do prazo e
nas condições estabelecidas no edital de licitação, SOB PENA de decair o direito à
contratação, SEM prejuízo das sanções previstas na Lei 14.133/21.
O prazo de convocação poderá ser prorrogado 1 (uma) vez, por igual período,
mediante solicitação da parte durante seu transcurso, devidamente justificada, e desde
que o motivo apresentado seja aceito pela Administração.
Será facultado à Administração, quando o convocado NÃO assinar o termo de contrato
ou NÃO aceitar ou NÃO retirar o instrumento equivalente no prazo e nas condições
estabelecidas, convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para
a celebração do contrato nas condições propostas pelo licitante vencedor.
Decorrido o prazo de validade da proposta indicado no edital SEM convocação para a
contratação, ficarão os licitantes liberados dos compromissos assumidos.

NÃO ACEITAÇÃO DA CONTRATAÇÃO PELOS LICITANTES

Na hipótese de nenhum dos licitantes aceitar a contratação nos termos do § 2º,


do art. 90, da Lei 14.133/21, a Administração, observados o valor estimado e sua
eventual atualização nos termos do edital, PODERÁ:

convocar os licitantes remanescentes para negociação, na ordem de classificação,


com vistas à obtenção de preço melhor, mesmo que acima do preço do adjudicatário;

adjudicar e celebrar o contrato nas condições ofertadas pelos licitantes


remanescentes, atendida a ordem classificatória, quando frustrada a negociação de
melhor condição.
A recusa injustificada do adjudicatário em assinar o contrato ou em aceitar ou
retirar o instrumento equivalente no prazo estabelecido pela Administração
caracterizará o descumprimento total da obrigação assumida e o sujeitará às
penalidades legalmente estabelecidas e à imediata perda da garantia de
proposta em favor do órgão ou entidade licitante.

Essa regra NÃO se aplicará aos licitantes remanescentes.


Será FACULTADA à Administração a convocação dos demais licitantes classificados para a
contratação de remanescente de obra, de serviço ou de fornecimento em
consequência de rescisão contratual, observados os mesmos critérios estabelecidos
nos §§ 2º e 4º do art. 90, da Lei 14.133/21.

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DICA 70
CLÁUSULAS OBRIGATÓRIAS

São necessárias em TODO contrato cláusulas que estabeleçam:

o objeto e seus elementos característicos;

a vinculação ao edital de licitação e à proposta do licitante vencedor ou ao ato que


tiver autorizado a contratação direta e à respectiva proposta;

a legislação aplicável à execução do contrato, inclusive quanto aos casos omissos;

o regime de execução ou a forma de fornecimento;

o preço e as condições de pagamento, os critérios, a data-base e a


periodicidade do reajustamento de preços e os critérios de atualização monetária
entre a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento;

os critérios e a periodicidade da medição, quando for o caso, e o prazo para


liquidação e para pagamento;

os prazos de início das etapas de execução, conclusão, entrega, observação e


recebimento definitivo, quando for o caso;

o prazo para resposta ao pedido de repactuação de preços, quando for o caso;

o prazo para resposta ao pedido de restabelecimento do equilíbrio econômico-


financeiro, quando for o caso;

o prazo de garantia mínima do objeto, observados os prazos mínimos estabelecidos


nesta Lei e nas normas técnicas aplicáveis, e as condições de manutenção e assistência
técnica, quando for o caso;

o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional


programática e da categoria econômica;

a matriz de risco, quando for o caso;

o modelo de gestão do contrato, observados os requisitos definidos em regulamento;

as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas,


inclusive as que forem oferecidas pelo contratado no caso de antecipação de valores a
título de pagamento;

os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valores


das multas e suas bases de cálculo;

as condições de importação e a data e a taxa de câmbio para conversão, quando


for o caso;

a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, em


compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas as condições exigidas para
a habilitação na licitação, ou para a qualificação, na contratação direta;

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a obrigação de o contratado cumprir as exigências de reserva de cargos prevista
em lei, bem como em outras normas específicas, para pessoa com deficiência, para
reabilitado da Previdência Social e para aprendiz;

os casos de extinção.
DICA 71
DA DIVULGAÇÃO NO PORTAL NACIONAL DE CONTRATAÇÕES PÚBLICAS (PNCP)

A divulgação no Portal Nacional de Contratações Públicas (PNCP) é CONDIÇÃO


INDISPENSÁVEL para a eficácia do contrato e de seus aditamentos e deverá ocorrer nos
seguintes PRAZOS, contados da data de sua assinatura:

20 (vinte) dias úteis, no caso de licitação;

10 (dez) dias úteis, no caso de contratação direta.


Os contratos celebrados em caso de urgência terão eficácia a partir de sua
assinatura e deverão ser publicados nos prazos previstos acima, sob pena de nulidade.

A divulgação tratada acima, quando referente à contratação de profissional do


setor artístico por inexigibilidade, DEVERÁ identificar os custos:
do cachê do artista,
do cachê dos músicos ou da banda, quando houver,
do transporte,
da hospedagem,
da infraestrutura,
da logística do evento e
das demais despesas específicas.

No caso de obras, a Administração divulgará em sítio eletrônico oficial:


em até 25 (vinte e cinco) dias úteis após a ASSINATURA do contrato: os quantitativos
e os preços unitários e totais que contratar e,
em até 45 (quarenta e cinco) dias úteis após a CONCLUSÃO do contrato: os
quantitativos executados e os preços praticados.

DA NÃO OBRIGATORIEDADE DO INSTRUMENTO DE CONTRATO:

REGRA: O instrumento de contrato é obrigatório.

SALVO nas seguintes hipóteses, em que a Administração poderá substituí-lo por


outro instrumento hábil, como carta-contrato, nota de empenho de despesa,
autorização de compra ou ordem de execução de serviço:

dispensa de licitação em razão de valor;

compras com entrega imediata e integral dos bens adquiridos e dos quais NÃO
resultem obrigações futuras, inclusive quanto a assistência técnica, independentemente
de seu valor.

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ATENÇÃO!

É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, SALVO o de


pequenas compras ou o de prestação de serviços de pronto pagamento,
assim entendidos aqueles de valor NÃO superior a R$ 10.000,00 (dez mil reais).

DICA 72
DAS PRERROGATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO

O regime jurídico dos contratos instituído pela Lei 14.133/21 confere à


Administração, em relação a eles, as PRERROGATIVAS de:

modificá-los, UNILATERALMENTE, para melhor adequação às finalidades de interesse


público, respeitados os direitos do contratado;

extingui-los, UNILATERALMENTE, nos casos especificados nesta Lei;

fiscalizar sua execução;

aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste;

ocupar PROVISORIAMENTE bens móveis e imóveis e utilizar pessoal e serviços


vinculados ao objeto do contrato nas hipóteses de:

risco à prestação de serviços essenciais;

necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado,


inclusive após extinção do contrato.
As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos NÃO poderão ser
alteradas sem prévia concordância do contratado.
Na hipótese prevista de modificação, as cláusulas econômico-financeiras do contrato
DEVERÃO ser revistas para que se mantenha o equilíbrio contratual.
DICA 73
DA ALTERAÇÃO DOS CONTRATOS E DOS PREÇOS

Os contratos regidos pela Lei 14.133/21 poderão ser alterados, com as devidas
justificativas, nos seguintes casos:

unilateralmente pela Administração:

quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor


adequação técnica a seus objetivos;

quando for necessária a modificação do valor contratual em decorrência de


acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei;

por acordo entre as partes:

quando conveniente a substituição da garantia de execução;

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quando necessária a modificação do regime de execução da obra ou do serviço,
bem como do modo de fornecimento, em face de verificação técnica da inaplicabilidade
dos termos contratuais originários;

quando necessária a modificação da forma de pagamento por imposição de


circunstâncias supervenientes, mantido o valor inicial atualizado e vedada a
antecipação do pagamento em relação ao cronograma financeiro fixado sem a
correspondente contraprestação de fornecimento de bens ou execução de obra ou serviço;

para restabelecer o equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato em caso


de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe ou em decorrência de fatos imprevisíveis
ou previsíveis de consequências incalculáveis, que inviabilizem a execução do contrato tal
como pactuado, respeitada, EM QUALQUER CASO, a repartição objetiva de risco
estabelecida no contrato.
Se forem decorrentes de falhas de projeto, as alterações de contratos de obras e
serviços de engenharia ensejarão apuração de responsabilidade do responsável técnico e
adoção das providências necessárias para o ressarcimento dos danos causados à
Administração.
SERÁ APLICADO o restabelecimento do equilíbrio econômico-financeiro inicial do
contrato às contratações de obras e serviços de engenharia, quando a execução for
obstada pelo atraso na conclusão de procedimentos de desapropriação, desocupação,
servidão administrativa ou licenciamento ambiental, por circunstâncias alheias ao
contratado.
DICA 74
TERCEIRO SETOR
O primeiro setor é o Estatal, o segundo setor é o mercado e o terceiro setor são as
entidades que não se enquadram no primeiro ou no segundo setor. Trata-se de um
espaço público não estatal em que ocorre a participação privada em assuntos de
interesse público.
Essas entidades paraestatais, embora possuam personalidade de Direito Privado, não são
entidades públicas nem privadas. Não são públicas porque não são pessoas de Direito
Público, e não são privadas porque não visam ao lucro. Elas são um meio-termo.
Colaboram com o Estado desenvolvendo atividades de interesse público, e por isso
contam com a sua proteção e fomento.
Também denominadas paraestatais, desempenham serviços não exclusivos de Estado,
submetem-se ao controle administrativo e do Tribunal de Contas, e seu regime jurídico
não é integralmente privado, mas parcialmente derrogado por normas de Direito Público.
DICA 75
COMPOSIÇÃO DO TERCEIRO SETOR
O terceiro setor é composto por:
Serviços sociais autônomos;
Entidades de apoio como fundações privadas, associações e cooperativas;
Organizações sociais;
Organizações sociais de interesse público;
Ongs diversas.
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DICA 76
ENTIDADES PARAESTATAIS DO TERCEIRO SETOR

Ex. Senai, Sesi, Sesc, Sebrae, etc. Podem


Serviço construir um vinculo jurídico com a
Social administração direta por meio de contrato
Autônomo de gestão.

Realizam atividades dirigidas ao ensino,


Organização
pesquisa cientifica, desenvolvimento
social
Terceiro tecnológico etc.
Setor

Podem construir um vinculo jurídico com


a administração direta por meio de
OSCIP
termo de parceria.

Desenvolvem serviços sociais, e


normalmente se relacionam com a adm.
Entidades
Pública por meio de convênio, atuando
de apoio
junto a hospitais públicos e universidades
públicas.

DICA 77
CARACTERÍSTICAS DAS PARAESTATAIS

Principais características das entidades paraestatais:

Entidades de Direito Privado

Não integram a Administração Pública

Não visam lucro

Colaboram com o Estado desenvolvendo atividades de interesse público

Desempenham serviços não exclusivos de Estado

Submetem-se ao controle administrativo e do Tribunal de Contas

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DICA 78
OS SERVIÇOS SOCIAIS
Entre as entidades que compõem o Terceiro Setor podemos incluir aquelas declaradas de
utilidade pública, os serviços sociais autônomos (como SESI, SESC, SENAI),
organizações sociais (OS) e as organizações da sociedade civil de interesse
público (OSCIP). Algumas dessas espécies serão adiante detalhadas, dando-se atenção
especial àquelas consideradas como inovações decorrentes da mais recente reforma
administrativa.
DICA 79
OS SERVIÇOS SOCIAIS AUTONÔMOS
Conhecido como Sistema S, o Serviço Social Autônomo é o conjunto de nove
instituições de interesse de categorias profissionais, estabelecidas pela Constituição
Federal Brasileira.
A Constituição Federal do Brasil prevê, em seu artigo 149, três tipos de
contribuições que podem ser instituídas exclusivamente pela União:
(I) contribuições sociais
(II) contribuição de intervenção no domínio econômico
(III) contribuição de interesse das categorias profissionais ou econômicas
Com base nesta última hipótese de incidência é que se tem a base legal para a
existência de um conjunto de nove contribuições que se convencionou chamar de
Sistema S. As paraestatais são, por exemplo, o SENAI, SESI, SENAC e não prestam
serviços sociais, ou seja, serviços públicos.
DICA 80
ORGANIZAÇÕES SOCIAIS
Organização Social (OS) é uma qualificação jurídica dada a determinadas fundações e
associações que devem estar habilitadas conforme uma série de requisitos. As OS foram
regulamentadas pela Lei nº 9.637 de 1998, que as define como “(…) pessoas
jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao
ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação
do meio ambiente, à cultura e à saúde” (BRASIL, 1998).
A qualificação é dada por meio de aprovação, de forma discricionária, do Ministro ou
titular de órgão supervisor da área e do Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão.
Dessa forma, permite-se que determinados serviços públicos sejam delegados para
essas organizações, realizando suas atividades mediante contrato de gestão.
DICA 81
REQUISITOS - ORGANIZAÇÕES SOCIAIS
Dentre os requisitos que essas entidades devem atender para se tornarem
Organizações Sociais, podemos citar:
ser pessoa jurídica de direito privado
não ter finalidade lucrativa

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ter a área de atuação conforme determinado em lei
ter a participação de membros do Poder Público e da sociedade civil no Conselho de
Administração.
DICA 82
ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO
As Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs) visam auxiliar o
Estado no exercício de atividades de interesse público, ou seja, visa prestar serviços
em caráter de apoio. São pautadas pela Lei nº 9.790 de 1999. A OSCIP também é
uma qualificação jurídica conferida a uma OSC e deve ser requerida ao Ministério da
Justiça após preencher os requisitos necessários para tal, ou seja, a decisão de
qualificação ocorre de forma vinculada.
A OSCIP pode atuar tanto diretamente em projetos, planos e programas da
Administração Pública, bem como de forma indireta, fornecendo serviços para
outras organizações ou órgão público com atuação nas áreas determinadas em lei. Esse
vínculo é estabelecido por meio de termos de parceria.
DICA 83
REQUISITOS DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO
Os requisitos para uma organização ser considerada OSCIP consistem em:
ser pessoa jurídica de direito privado
não ter finalidade lucrativa
ter mais de três anos de sua constituição e funcionamento
além de ter os objetivos sociais e as normas estatutárias adequadas à lei
A OSCIP deve ter um Conselho Fiscal, mas não há obrigatoriedade de ter membros do
Poder Público.
DICA 84
ENTIDADES DE APOIO
Entidade de apoio são entidade de direito público, mas são constituídas de por
servidores públicos de determinada entidade pública. A entidade de apoio é constituída
sem fins lucrativos e é mantida por meio de recursos públicos transferidos pela entidade
pública que os servidores públicos são vinculados.

Ex.: FIPE e Fundação Zerbini


DICA 85
OS X OSCIP

OS OSCIP

personalidade jurídica de direito privado personalidade jurídica de direito


privado

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contrato de gestão termo de parceria

entidade sem fins lucrativos entidade sem fins lucrativos

Não há prazo mínimo prazo mínimo de funcionamento 3


anos

Ministério competente (ato discricionário) portaria do Ministro da Justiça (ato


vinculado)

cessão de servidores públicos; permissão repasses de recursos públicos para


de uso de bens públicos; repasses cumprimento do termo de parceria
orçamentários

DICA 86
TERMO DE COLABORAÇÃO
Termo de Colaboração: Instrumento de parceria da administração pública com
organizações da sociedade civil (OSC), para consecução de finalidade de interesse
público e recíproco, proposta pela administração pública, e envolve transferência de
recursos financeiros.
Palavra-chave: Administração Pública propõe a parceria COM transferência de
valores (R$).
DICA 87
TERMO DE FOMENTO

Termo de Fomento: Instrumento de parceria da administração pública com


organizações da sociedade civil (OSC), para consecução de finalidade de interesse
público e recíproco, proposta pelas organizações da sociedade civil, e envolve
transferência de recursos financeiros.
Palavra-chave: Sociedade Civil propõe a parceria COM transferência de recursos
financeiros (R$)
DICA 88
ACORDO DE COOPERAÇÃO

Acordo de Cooperação: Instrumento de parceria da administração pública com


organizações da sociedade civil (OSC), para consecução de finalidade de interesse
público e recíproco, proposta pela administração pública ou pelas organizações da
sociedade civil (tanto faz), porém, diferente das outras, não envolve transferência de
recursos financeiros.
Palavra-chave: Única parceria que mão envolve transferência de recursos
financeiros, não importando quem fez a proposta.

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DICA 89
A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E OS SERVIÇOS SOCIAIS
A Administração Pública incentiva o desenvolvimento das atividades do terceiro
setor em razão do alcance social dessa atuação. O estímulo a tais entidades
enquadra-se na função administrativa denominada fomento, que juntamente com os
serviços públicos e o poder de polícia formam o conjunto das três atividades precípuas da
Administração Pública moderna.
No âmbito federal, duas qualificações podem ser atribuídas para entidades do terceiro
setor: a) organizações sociais (OSs); e b) organizações da sociedade civil de interesse
público (Oscips).
DICA 90
INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE PRIVADA – DESAPROPRIAÇÃO -
DIREITO DE PROPRIEDADE

Direito de propriedade: trata-se de um direito historicamente reconhecido como um


direito natural do indivíduo.

Além disso, no Brasil é reconhecido pela CF/88 como um direito fundamental, porém,
devendo atender a sua função social:
Art. 5°, XXII - é garantido o direito de propriedade;

XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;


Do mesmo modo, o Código Civil prevê em seu artigo 1.228 o direito de propriedade,
entretanto, também preconiza a possibilidade de desapropriação:

Art. 1.228 - O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o


direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.
§ 1º O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas
finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de
conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o
equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do
ar e das águas. (...)
§ 3º O proprietário pode ser privado da coisa, nos casos de DESAPROPRIAÇÃO,
por necessidade ou utilidade pública ou interesse social, bem como no de
requisição, em caso de perigo público iminente.

DICA 91
CONCEITO DE DESAPROPRIAÇÃO

Para Celso Antônio Bandeira de Mello, a definição de desapropriação é: “como o


procedimento através do qual o Poder Público, fundado em:

Necessidade pública;

Utilidade pública; ou

Interesse social.

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Compulsoriamente despeja alguém de um bem certo, normalmente adquirindo-o
para si, em caráter originário, mediante indenização prévia, justa e pagável em
dinheiro,
Salvo no caso de certos imóveis urbanos ou rurais, em que, por estarem em
desacordo com a função social legalmente caracterizada para eles, a indenização far-se-
á em títulos da dívida pública, resgatáveis em parcelas anuais e sucessivas,
preservado seu valor real."

Forma de aquisição originária da propriedade (bem livre e desembaraçado): a


desapropriação, segundo ampla maioria da doutrina, é forma originária de aquisição da
propriedade, o que significa que é, por si mesma, suficiente para instaurar a propriedade
em favor do Poder Público, independentemente de qualquer vinculação com o título
jurídico do anterior proprietário.
DICA 92
CONCEITO DE DESAPROPRIAÇÃO ESQUEMATIZADO
A Constituição Federal em seu art. 5º, inciso XXIV, prescreve que:

A lei estabelecerá o procedimento para DESAPROPRIAÇÃO por necessidade ou


utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em
dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;

Necessidade pública: tem por principal característica uma situação de urgência,


cuja melhor solução será a transferência de bens particulares para o domínio do Poder
Público.

Utilidade pública: se traduz na transferência conveniente da propriedade privada para


a Administração. Não há o caráter imprescindível nessa transferência, pois é apenas
oportuna e vantajosa para o interesse coletivo. O Decreto-lei 3.365/41 prevê no
artigo 5º as hipóteses de necessidade e utilidade pública sem diferenciá-los, o que
somente poderá ser feito segundo o critério da situação de urgência. O bem será
utilizado diretamente pelo Estado.

Interesse social: segundo Hely Lopes "o interesse social ocorre quando as
circunstâncias impõem a distribuição ou o condicionamento da propriedade
para seu melhor aproveitamento, utilização ou produtividade em benefício da
coletividade ou de categorias sociais merecedoras de amparo específico do Poder
Público. Esse interesse social justificativo de desapropriação está indicado na norma
própria (Lei 4.132/62) e em dispositivos esparsos de outros diplomas legais. O que
convém assinalar, desde logo, é que os bens desapropriados por interesse social não se
destinam à Administração ou a seus delegados, mas sim à coletividade ou, mesmo, a
certos beneficiários que a lei credencia para recebê-los e utilizá-los convenientemente".

DICA 93
COMPETÊNCIAS

Para legislar sobre desapropriação: Trata-se de competência privativa da União,


como se vê abaixo no preceito constitucional:

Art. 22. Compete PRIVATIVAMENTE à União legislar sobre: II - desapropriação;


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Para declarar a desapropriação:

Utilidade pública ou o interesse social: a União, os Estados, os Municípios, o


Distrito Federal e os Territórios;

Interesse social para fins de reforma agrária: a competência para a sua


declaração é privativa da União ou por uma de suas entidades da Administração indireta,
nos termos do art. 184, CF/88.

Desapropriação confiscatória: prevista no art. 243 da Carta Magna, é privativa da


União, podendo ser delegada à pessoa jurídica de sua Administração indireta.
Competência executória: legitimidade para promover efetivamente a
desapropriação, providenciando todas as medidas e exercendo as atividades que
culminarão na transferência da propriedade.
Estabelece o art. 3º do Decreto-Lei nº 3.365/41 que, além da União, dos Estados, do
Distrito Federal, dos Municípios e das entidades da Administração indireta desses entes
políticos, os delegatários podem propor a ação, desde que estejam expressamente
autorizadas em lei ou contrato.
DICA 94
OBJETO DA DESAPROPRIAÇÃO

Podem ser objeto de desapropriação as coisas passíveis de direito de propriedade, ou


seja, todo bem móvel ou imóvel, público ou privado, corpóreo ou incorpóreo,
incluindo-se aqui até mesmo direitos em geral.

Ex.: desapropriação do espaço aéreo ou do subsolo.

Desapropriação de Bens Públicos: figura-se possível a desapropriação de bens


públicos, desde que, além de ser precedida de autorização legislativa da pessoa jurídica
Expropriante, seja observada a direção vertical das entidades federativas, isto é, a
União pode desapropriar bens dos Territórios, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, e os Estados podem desapropriar bens do Município, desde que este esteja
situado em sua dimensão territorial, conforme previsto no art. 2º, § 2º, do DL nº
3.365/41.
DICA 95
SUJEITOS DA DESAPROPRIAÇÃO

Polo ativo da desapropriação (expropriante): pode figurar o ente federativo, ou


seja, o Poder Público, sendo possível a delegação de sua competência, com exceção
quanto à produção do ato expropriatório, sendo este denominado Expropriante.

Polo passivo da desapropriação (expropriado): normalmente trata-se do


particular, proprietário do bem ou direito objeto da desapropriação.
Contudo, a lei enuncia que a pessoa jurídica de direito público também pode ser
sujeito passivo, visto que é possível a desapropriação de bem público (art. 2º, § 2º do
DL 3.365/41). Entretanto, deve-se ter em mente sempre a autonomia dos entes
federativos, sendo necessário lei que o autorize.
Portanto, o expropriado poderá ser pessoa física ou jurídica, pública ou privada.

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DICA BÔNUS
REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA
Conceito: Trata-se de direito pessoal da Administração por meio do qual o Estado utiliza
bens móveis, imóveis e serviços particulares em situação de perigo público iminente. A
requisição poderá ser civil ou militar.
É obrigatória a constatação do perigo público iminente, que coloque em risco a
coletividade. A situação de perigo não se restringe às ações humanas.

Requisição civil: visa a evitar danos à vida, à saúde e aos bens da coletividade.

Requisição militar: visa resguardar segurança interna do País e a manutenção da


Soberania Nacional.

ATENÇÃO!

Independente da natureza da requisição (se civil ou militar) será SEMPRE obrigatória a


constatação do perigo público iminente.

Conforme preconizado pela Carta Magna de 1988:

Art. 5°, XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá
usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se
houver dano;
Art. 22, III – Compete privativamente à União legislar sobre (...) requisições civis e
militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra;

Lembrando que o Art. 1.228, § 3º, do Código Civil prevê que o proprietário pode ser
privado da coisa, nos casos de desapropriação, por necessidade ou utilidade pública ou
interesse social, bem como no de REQUISIÇÃO, em caso de perigo público iminente.

EXTINÇÃO DA REQUISIÇÃO: teoricamente, somente se dará quando cessada a


situação de iminente perigo público. Assim, a requisição é transitória.

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DIREITO DO TRABALHO
DICA 96

AVISO PRÉVIO
É a comunicação que uma das partes deve fazer a outra, informando o seu interesse em
rescindir o contrato de trabalho. O Aviso deve ser dado com antecedência mínima de
30 dias. O aviso deve ser concedido mesmo com o fechamento da empresa.

Aviso prévio trabalhado – Nesta hipótese o empregado permanece trabalhando


durantes os 30 dias do aviso prévio.

Aviso prévio indenizado – Neste caso haverá a rescisão imediata de contrato,


devendo a parte interessada na rescisão indenizar a outra no valor do aviso prévio.

ATENÇÃO!

O prazo para pagamento das verbas rescisórias é de 10 dias a contar do termino do


contrato, mesma data da baixa da CTPS e inicio do praz prescricional.
No caso de aviso prévio indenizado pelo empregador serão somados 3 dias para
cada ano de trabalho totalizando no máximo 90 dias de aviso prévio.

DICA 97
REGRAS – DIFERENÇA DE NA RESCISÃO
As modalidades de contrato por prazo determinado e contrato por prazo indeterminado,
têm suas regras próprias relativas à rescisão do contrato. FIQUE ATENTO AS
PEGADINHAS!
No contrato por prazo indeterminado assim estabelecido por não ter data pré-fixada
de seu término, não existe a modalidade de rescisão denominada "extinção do contrato de
trabalho por prazo determinado" por não ter prazo para terminar.
O contrato não acaba, não se extingue, só é rescindido por iniciativa das partes,
devendo a quem tomar a iniciativa conceder o aviso prévio previsto no art. 487 da
CLT, avisando a outra com 30 dias de antecedência.
O empregado no curso do aviso prévio trabalhado poderá optar por reduzir a sua
jornada em até 2 horas por dia ou 7 dias consecutivos.
É ilícito substituir a hora da redução pelo pagamento correspondente.
No caso do trabalhador rural poderá falta 1 dia por semana.
DICA 98
PRAZO INDETERMINADO AVISO PRÉVIO - PELO ARTIGO 487 DA CLT:

O empregado mandado embora (dispensa sem justa causa) sem ser avisado
com a antecedência de 30 dias, tem direito ao aviso prévio indenizado no valor do
salário correspondente ao prazo do aviso prévio com as integrações do período no
tempo de serviço, e;

O empregador se o empregado pedir demissão sem avisar com a antecedência de 30


dias, a descontar o aviso prévio indenizado também no valor do salário
correspondente ao prazo do aviso prévio.
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ATENÇÃO!

No contrato por prazo determinado assim estabelecido por ter data pré-fixada de
seu início e seu término, é que encontramos a modalidade de rescisão de contrato
denominada "extinção do contrato de trabalho por prazo determinado", que
ocorre no seu último dia de vigência. O contrato acabou, expirou, simplesmente
extinguiu sem que nenhuma das duas partes tenha dado causa a sua
rescisão.
Os contratos por prazo determinado estão fora da previsão legal do art. 487 da CLT,
que trazendo expresso em seu “caput” o termo “...em não havendo prazo
estipulado...”, estabelece o aviso prévio somente para os contratos que não
tenham tempo de vigência, ou seja, os contratos por prazo indeterminado.
Assim estabelecido:
- Antes, do término do prazo dos contratos por prazo determinado, não há
necessidade da comunicação, com antecedência de trinta dias, do aviso prévio
trabalhado, bem como não há o aviso prévio indenizado.

DICA 99
ESTABILIDADE GESTANTE - CONTRATO DE PRAZO DETERMINADO
A Constituição Federal, através da letra “b” do art. 10 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias, deu estabilidade de emprego à empresa gestante, desde a
confirmação da gravidez até 5 meses após o parto.

Constituição Federal - Ato das Disposições Constitucionais Transitórias - Art. 10. Até que
seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I, da Constituição:
b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o
parto.
A Lei Complementar nº 146 de 2014, estendeu a estabilidade provisória prevista na alínea
b do inciso II do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias a quem detiver
a guarda do filho da empregada gestante falecida.
Lei Complementar nº 146/2014 - Art. 1º O direito prescrito na alínea b do inciso II do art.
10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, nos casos em que ocorrer o
falecimento da genitora, será assegurado a quem detiver a guarda do seu filho.
Muito se discutiu sobre a estabilidade da gestante, quando seu contrato de trabalho for
por prazo determinado. Para acabar com as divergências, o TST através do item III de sua
Súmula nº 244, cristalizou o entendimento majoritário de que, mesmo na hipótese de
admissão mediante contrato por prazo determinado, a empregada terá direito à
estabilidade provisória prevista para a gestante, sendo vedada a sua dispensa
arbitrária ou sem justa causa desde a confirmação da gravidez até 5 meses após o parto.

TST – SÚMULA Nº 244

Gestante. Estabilidade provisória. (Res. 15/1985, DJ 09.12.1985. Redação alterada -


Res nº 121/2003, DJ 19.11.2003. Nova redação em decorrência da incorporação das
Orientações Jurisprudenciais n.º 88 e 196 da SDI-1 - Res. 129/2005, DJ. 20.04.2005 -
Redação do item III alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012 pela
Res. nº 185/2012, DeJT 25.09.2012)
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I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao


pagamento da indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II, "b" do ADCT).
II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se está se der durante
o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais
direitos correspondentes ao período de estabilidade.
III - A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art. 10,
inciso II, alínea “b”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, mesmo na
hipótese de admissão mediante contrato por tempo determinado

DICA 100
ESTABILIDADE DOS ADOTANTES - INDEPENDENTE DA ORIENTAÇÃO SEXUAL

Fins de adoção - É assegurada para quem possui guarda provisória para fins de
adoção.
Assim, a empregada ou o empregado que adotasse uma criança a partir de então,
independentemente da idade, passou a ter assegurado o direito à licença de 120 dias,
bem como a estabilidade de 5 meses a partir da data da adoção.
Já TEVE duas decisões a respeito sendo, uma do Conselho Superior da Justiça do Trabalho
(CSJT) que reconheceu a um servidor público, na condição de pai solteiro, o direito à
licença de 90 dias pela adoção de uma criança com menos de um ano de idade e outra, da
sexta turma do TST, que julgou procedente o pedido de complemento de licença
maternidade a uma empregada que havia adotado a criança em 1986 e a empresa, por
procedimento interno, havia concedido apenas 60 dias de licença.
É importante destacar que o regulamento interno das empresas é o instrumento
pelo qual o empregador pode se valer para estabelecer regras (direitos e
obrigações) aos empregados que a ela presta serviços.
Entretanto, tais regras não podem violar direitos já assegurados por lei, acordo ou
convenção coletiva, situação em que o empregador estará contrariando o art. 9º da CLT
e por conseguinte, o que caracterizaria tais regras como nulas de pleno direito.
DICA 101
ESTABILIDADE ACIDENTE DO TRABALHO - CONTRATO DE PRAZO DETERMINADO
O artigo 118 da lei da previdência a de nº 8.213/91, assegura ao empregado que sofreu
acidente do trabalho, a garantia de emprego pelo prazo mínimo de 12 meses
após a cessação do auxílio-doença acidentário.
Isto significa que o empregado que sofreu acidente do trabalho, tem estabilidade no
emprego por 1 ano, após a cessação do auxílio-doença acidentário, só podendo ser
mandado embora por justa causa.
Lei 8.213/91 - Art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo
prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa,
após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção de
auxílio-acidente.
O TST – Tribunal Superior do Trabalho cristalizou o entendimento majoritário, através do
item III de sua Súmula nº 378, de que o empregado submetido a contrato de trabalho

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por tempo determinado goza da garantia provisória de emprego, decorrente de acidente
de trabalho, prevista no art. 118 da Lei nº 8.213/91.
No que, de acordo com o entendimento sumulado do TST, tem direito o empregado à
manutenção do emprego, por 1 ano após o auxílio-acidente, mesmo que admitido
mediante contrato por tempo determinado.

TST – SÚMULA Nº 378

Estabilidade provisória. Acidente de trabalho. Art. 118 da Lei nº 8.213/91. (Conversão


das Orientações Jurisprudenciais n.º 105 e 230 da SDI-1 - Res. 129/2005, DJ
20.04.2005 - Inserido o item III pela Res. nº 185/2012, DeJT 25.09.2012)
I - É constitucional o artigo 118 da Lei nº 8.213/1991 que assegura o direito à
estabilidade provisória por período de 12 meses após a cessação do auxílio-doença ao
empregado acidentado. (ex-OJ nº 105 da SBDI-1 - inserida em 01.10.1997)
II - São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15
dias e a consequente percepção do auxílio-doença acidentário, salvo se constatada,
após a despedida, doença profissional que guarde relação de causalidade com a
execução do contrato de emprego. (primeira parte - ex-OJ nº 230 da SBDI-1 - inserida
em 20.06.2001)
III – O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza da
garantia provisória de emprego, decorrente de acidente de trabalho, prevista no art.
118 da Lei nº 8.213/91.

DICA 102
REINTEGRAÇÃO DO EMPREGADO E AS CONSEQUÊNCIAS NO CONTRATO DE
TRABALHO
A reintegração ao trabalho consiste em restabelecer a posse completa do cargo, ou
seja, em devolver ao empregado o vínculo de emprego que lhe foi tirado pelo abuso
de poder da empresa e com ele, todas as garantias contratuais havidas antes da
demissão.
A reintegração do empregado pode ocorrer pelo próprio empregador ao observar que
a demissão foi indevida. Também poderá ocorrer por determinação judicial ao verificar
que o empregador excedeu seu poder diretivo, demitindo injustificadamente o empregado
que gozava de estabilidade no emprego, por exemplo.
Legalmente as empresas não precisam de justificativa para demitir o empregado, ou seja,
a condição de empregador, determinada pelo art. 2º da CLT, assegura o direito
potestativo de despedir o empregado sem justa causa.
No entanto, este poder não é ilimitado, uma vez que a própria legislação dispõe de
algumas situações em que os empregados são revestidos de proteção contra a demissão
sem justo motivo ou imotivada.
As principais situações que asseguram aos empregados esta proteção são as de
estabilidades legais (como CIPA, gestante, acidente de trabalho, dirigente sindical,
entre outras), as de estabilidades por força de convenção coletiva de trabalho, bem
como a garantia indireta do emprego em função das cotas mínimas de profissionais
(deficientes físicos) que as empresas são obrigadas a manter no quadro de pessoal.

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Considerando as garantias constitucionais da dignidade da pessoa humana (art. 1º, III
da CF) e da função social do contrato (art. 1º, IV da CF), nada obsta que outras
situações (dependendo do caso concreto analisado) possam ensejar a reintegração do
empregado.
DICA 103
ORGANIZAÇÃO SINDICAL
A CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) destina o seu Título V a Organização Sindical,
artigo 511 ao artigo 610, tratando no Capítulo I – Da Instituição Sindical, no Capítulo II –
Do Enquadramento Sindical e no Capítulo III – Da Contribuição Sindical. A atual
Constituição Federal de 1988 em seu artigo 8º trata da livre associação profissional
ou sindical.

CLT - Art. 511. É lícita a associação para fins de estudo, defesa e coordenação dos
seus interesses econômicos ou profissionais de todos os que, como empregadores,
empregados, agentes ou trabalhadores autônomos ou profissionais liberais exerçam,
respectivamente, a mesma atividade ou profissão ou atividades ou profissões similares
ou conexas.

DICA 104
SINDICATO CONCEITO
O artigo 511 da CLT nos passa a conceituação de sindicato como sendo uma
associação para fins de estudo, defesa e coordenação dos seus interesses
econômicos ou profissionais de todos os que, como empregadores, empregados,
agentes ou trabalhadores autônomos ou profissionais liberais exerçam,
respectivamente, a mesma atividade ou profissão ou atividades ou profissões
similares ou conexas.
Existem os sindicatos que representam os interesses coletivos dos trabalhadores, os
chamados de Sindicato dos Empregados e, os sindicatos que representam os interesses
coletivos dos empregadores, os chamados sindicatos patronais.
DICA 105
CATEGORIA ECONÔMICA
O parágrafo primeiro do artigo 511 da CLT especifica que a categoria econômica é
denominada pelo vínculo social básico dos interesses econômicos em comum,
entre os que exercem atividades idênticas, similares ou conexas.

CLT - Art. 511, § 1º. A solidariedade de interesses econômicos dos que empreendem
atividades idênticas, similares ou conexas, constitui o vínculo social básico que se
denomina categoria econômica.

DICA 106
CATEGORIA PROFISSIONAL
De acordo com o parágrafo 2º do artigo 511 da CLT, a Categoria Profissional ou Mesma
Categoria Profissional se caracteriza pela identidade de condições na mesma profissão ou
trabalho em comum, em situação de emprego na mesma atividade econômica ou em
atividades econômicas similares ou conexas.
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CLT - Art. 511...§ 2º. A similitude de condições de vida oriunda da profissão ou


trabalho em comum, em situação de emprego na mesma atividade econômica ou em
atividades econômicas similares ou conexas, compõe a expressão social elementar
compreendida como categoria profissional.

DICA 107
CATEGORIA DIFERENCIADA
A regra geral é a do enquadramento sindical dos empregados pela atividade
preponderante da empresa, contendo o parágrafo 3º do Art. 511 como exceção a
categoria diferenciada, que define como sendo a que se forma dos empregados que
exerçam profissões ou funções diferenciadas por força de estatuto profissional especial
ou em consequência de condições de vida singulares.
Vindo a esclarecer o parágrafo quarto que é a similaridade ou conexidade que fixam as
dimensões dentro da qual a categoria é homogênea e a associação sindical é natural.

CLT - Art. 511...


§ 3º. Categoria profissional diferenciada é a que se forma dos empregados que
exerçam profissões ou funções diferenciadas por força de estatuto profissional
especial ou em consequência de condições de vida singulares.
§ 4º. Os limites de identidade, similaridade ou conexidade fixam as dimensões dentro
das quais a categoria econômica ou profissional é homogênea e a associação é natural.

A categoria diferenciada, tais como professores, motoristas, ascensoristas,


aeroviários, jornalistas, músicos, etc..., possui regulamentação própria diferente
das normas da atividade preponderante da empresa. Regulamentação própria que pode
estar estabelecida em lei (estatuto da profissão), norma coletiva de trabalho ou mesmo
artigo específico da própria CLT.
DICA 108
LIBERDADE SINDICAL
Após a Constituição Federal de 1988, todas as disposições da CLT na parte que
dispunham sobre reconhecimento, investidura, deliberações e intervenções de sindicatos
foram revogadas pelo seu artigo 8º que consagrou a liberdade sindical, determinando que
é livre a associação profissional ou sindical e que a lei não pode exigir autorização do
Estado para a fundação de Sindicato.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL - Art. 8º. É livre a associação profissional ou sindical,


observado o seguinte:
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato,
ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e
a intervenção na organização sindical;

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DICA 109
AUTONOMIA SINDICAL
O artigo 8º da Constituição Federal, também consagrou a autonomia sindical,
determinando que são vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na
organização sindical.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL - Art. 8º....I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para
a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder
Público a interferência e a intervenção na organização sindical;
DICA 110
UNICIDADE SINDICAL
Tem-se por unicidade sindical, a existência de uma única entidade sindical representativa
de determinada categoria em determinada base territorial. Em outras palavras, a
existência de um único sindicato por categoria no mesmo lugar.

Pluralidade sindical - É a existência de mais de um sindicato representando a


mesma categoria, no mesmo lugar.
O inciso II do Art. 8º da Constituição consagrou a unicidade sindical, afastando a
pluralidade de sindicatos, representativos da mesma categoria, ao determinar que é
vedada a criação de mais de um sindicato da mesma categoria na mesma base territorial.
DICA 111
BASE TERRITORIAL MÍNIMA
Verifica-se que a parte final do inciso II estabelece que a base territorial deve ser definida
pelos empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL - Art. 8º..II - é vedada a criação de mais de uma organização
sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na
mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores
interessados, não podendo ser inferior à área de um Município;
DICA 112
LIBERDADE ASSOCIATIVA
O artigo 8º da Constituição Federal, também consagrou a liberdade associativa,
determinando em seu artigo 8º, inciso V que ninguém será obrigado a filiar-se ou a
manter-se filiado a sindicato.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL - Art. 8º....V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a
manter-se filiado a sindicato.
DICA 113
DESMEMBRAMENTO - FUSÃO - INCORPORAÇÃO DE SINDICATOS –
Consagrado o princípio da unicidade sindical no Brasil, a base territorial mínima de um
município, permite-se, no entanto, que ocorra além da criação, o desmembramento a
fusão e a incorporação de sindicatos:
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Desmembramento de sindicato - O desmembramento é o que a doutrina classifica
como cissiparidade ou cisão, pela qual, em assembleia geral convocada para esse fim, se
decide desmembrar a categoria de determinado município para criação de um novo
sindicato municipal.

Fusão de sindicatos - A fusão quando dois ou mais sindicatos se reúnem para a


formação de uma única entidade.

Incorporação de sindicato - A incorporação ocorre quando um ou mais sindicatos são


absorvidos por outro.

Requisitos - A criação, desmembramento, fusão, e, incorporação de sindicatos, pelo


princípio da unicidade sindical, deve observar que a base territorial não pode ser inferior a
um município e deve ser decidida pelos interessados, em assembleia geral convocada para
o fim específico.
DICA 114
VOTO DO FILIADO APOSENTADO
O modelo de unicidade sindical adotado de liberdade de associação, através do inciso VII
do Art. 8º da Constituição Federal também consagrou o direito do filiado aposentado de
votar e ser votado nas organizações sindicais.
Constituição Federal - Art. 8º....VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado
nas organizações sindicais.
DICA 115
JORNADA DE TRABALHO - CARGA HORÁRIA GERAL
A Constituição Federal, de 05/10/88, manteve a carga horária diária de 8 hs. e reduziu a
semanal de 48 hs. para 44 hs., através de seu Art. 7º, inciso XIII: “Art. 7º. São direitos
dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição
social: “XIII – duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e
quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da
jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;”.
Determinada pela Constituição Federal a jornada máxima de trabalho de 8 horas diárias e
44 horas semanais, foram revogados todos os dispositivos que fixavam jornada de
trabalho superior, por ferirem expressamente a Lei Maior e Suprema do País.
Para efeito de carga horária normal são dias úteis de trabalho os dias de segunda à
sábado, o domingo é considerado dia de DSR - descanso semanal remunerado.
DICA 116
CARGA HORÁRIA DIFERENCIADA
A CLT destina seu Capítulo II à duração do trabalho. Em seu Art. 58, encontramos
também a determinação da jornada de trabalho de oito horas diárias. “Art. 58. A duração
do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de oito
(oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.”
O Art. 58 da CLT estabelece a jornada de trabalho como sendo 8 horas como regra geral.
Verifica-se que o legislador se preocupou em estabelecer que a jornada normal de
trabalho é de oito horas diárias “...desde que não seja fixado outro limite.”

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Sem a ressalva na parte final no Art. 58, o entendimento seria de que todas as categorias
têm carga horária normal de oito horas diárias.
Várias categorias como exceção à regra geral, têm carga horária de trabalho menor.
Existindo carga horária de 6 ou 7 horas diárias, de 30, 36, 40 horas semanais, e
condições de trabalho diferenciadas, estabelecidas na própria CLT.
No que a carga horária de 8 horas diárias, 44 semanais e 220 mensais, da Constituição e
do Art. 58 da CLT, é a carga horária máxima de trabalho como regra geral.
DICA 117
CARGA HORÁRIA DISPOSIÇÕES ESPECIAIS
Nenhuma categoria pode ter carga horária normal superior, é inconstitucional. A exceção
só é permitida para carga horária menor. Em respeito a hierarquia das normas, lei só
pode estabelecer carga horária menor a máxima estabelecida pela Constituição, e norma
coletiva só pode estabelecer carga horária menor que a CLT.
No que para se definir a carga horária normal de trabalho, devemos verificar a que
categoria está enquadrado o empregado.
Pela categoria, devemos verificar se tem normas especiais de trabalho relativas ao horário
permitido e condições de trabalho. Existem normas especiais sobre a duração e
condições de trabalho de várias categorias na CLT.
Encontramos as normas especiais do trabalho nas Leis e Decretos que
Regulamentam as Atividades das Profissões Regulamentadas.
As Normas Coletivas de Trabalho (Convenções, Dissídios e Acordos Coletivos)
firmados pelos Sindicatos de Classe, também estipulam a carga horária máxima
e demais condições de trabalho.
Na CLT o Art. 57, expressamente estabelece como exceções as disposições especiais de
horário de trabalho, as constantes do Capítulo I, do Título III. “Art. 57. Os preceitos deste
Capítulo aplicam-se a todas as atividades, salvo as expressamente excluídas,
constituindo exceções as disposições especiais, concernentes estritamente a
peculiaridades profissionais, constantes do Capítulo I do Título III. ” O Título III, da
C.L.T., trata “DAS NORMAS ESPECIAIS DE TUTELA DO TRABALHO”.
O Capítulo I, vai do Art. 224 ao Art. 351, e trata “DAS DISPOSIÇÕES ESPECIAIS SOBRE
DURAÇÃO E CONDIÇÕES DE TRABALHO” de várias categorias.
São várias categorias, com regras próprias de condições especiais e de duração do
trabalho a cada uma indicado a leitura individualmente: Bancários (224 a 226),
Telefonistas (227 a 231), Músicos (232 a 233), Cinematográficos (234 a 235),
Motoristas (235-A a 235-H), Ferroviários (236 a 247), Tripulantes (248 a 252),
Frigoríficos (253), Minas de Subsolo (293 a 301), Jornalistas (302 a 316),
Professores (317 a 324), Químicos ( 325 a 350). Penalidades (Art. 351).
DICA 118
DSR-DESCANSO SEMANAL REMUNERADO
O salário mensal é o valor correspondente a carga horária máxima mensal de trabalho. A
carga horária mensal é fixada levando em conta todos os dias do mês, em média 30 dias.
De forma que o salário mensal remunera os dias em que há trabalho e os dias em
que não há trabalho.
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Os dias em que há trabalho são denominados dias úteis, de segunda a sábado (seis dias
por semana). Os domingos e feriados são os chamados DSR's - Descansos
Semanais Remunerados.
Costuma-se dizer que se o empregado faltar ao trabalho durante a semana, terá
descontado o dia mais o domingo. Isto ocorre em virtude de ter direito, ao domingo e
feriado, o empregado que trabalhou todos os dias úteis da semana. Motivo dos domingos
e feriados serem chamados de DSR´s - Descansos Semanais Remunerados. Ocorrendo
faltas, deixam de ser remunerados.
A carga horária máxima fixada pela Constituição Federal é de 44 hs. semanais em 6 dias
na semana, segunda à sábado. Dividindo 44 hs. por 6 dias, resulta em 7,33 que vezes 30
dias, resulta na carga horária mensal de 220 hs. (44 hs. /6d.=7,33x 30d.= 220 hs. mês).
A regra é de fácil entendimento: o empregado é contratado para trabalhar somente os
dias úteis, com salário por todos os dias do mês, incluindo os domingos e feriados, aos
quais só tem direito se trabalhar os dias úteis.
Se tiver somente o valor do salário dos dias úteis, deve efetuar a sua integração nos
DSR´s. A apuração do valor dos Descansos Semanais não é complicada:

Basta verificar no mês quantos dias são úteis (segundas a sábados) e quantos
dias são DSR's (domingos e feriados);

Dividindo o valor do salário dos dias úteis, pelo número de dias úteis do mês,
encontramos a média do valor de um dia útil.
Basta multiplicar a média de do valor de um dia útil, pelo número de dias de DSR's, que
se chega ao valor dos DSR's.
Exemplo: salário dos dias úteis = 800,00 - número de dias úteis no mês = 25 dias -
número de domingos e feriados no mês = 5 dias, cálculo: 800,00 dividido por 25 dias =
32,00 (média de um dia) x 5 DSR's = 160,00 (valor dos DSR's).
O cálculo pode também ser feito por horas. Vamos supor que o empregado ganhe 3,63
por hora e no mês tenha 44 horas de DSR's (domingos e feriados).
O valor dos DSR's - Descansos Remunerados é o resultado da multiplicação 44 hs. x
3,6333 = 160,00. Várias outras verbas também integram os DSR´s - Descansos Semanais
Remunerados, por exemplo, as horas extras e adicional noturno.
DICA 119
EXCLUSÃO DO CONTROLE DE JORNADA
Cargo de confiança e receba gratificação nunca inferior a 40%.
Empregado que exerça atividade externa incompatível com controle de jornada.
É o contrato escrito mediante o qual o trabalhador irá exercer atividade
preponderantemente fora das dependências do empregador com a utilização de
tecnologias de informação e comunicação.

Migração do regime presencial para o regime em teletrabalho


Requisitos:

Mútuo consentimento

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Aditivo contratual

Migração do regime em teletrabalho para regime presencial


Requisitos:

Basta imposição do empregador


Aditivo contratual

Prazo de 15 dias para alteração

ATENÇÃO!

Os equipamentos, máquinas, insumos e despesas deverão estar previstos no contrato


de trabalho, e não terão natureza salarial.
O empregador devera orientar ostensivamente o empregado sob os riscos de acidente
de trabalho e doença ocupacional e o empregado assinará um termo se
comprometendo a seguir as orientações.
O gerente de agência deverá receber gratificação de pelo menos 1/3 do seu salário e o
gerente geral de agência deverá receber gratificação de pelo menos 40% do seu
salário.

DICA 120
TEMPO DENTRO DA EMPRESA - REFORMA TRABALHISTA

Tempo à Disposição na Empresa - O tempo que o empregado fique à disposição da


empresa aguardando ou executando ordens é tempo efetivo de serviço. O tempo
efetivo que ficou à disposição, se ultrapassar o horário e/ou a carga horária normal, deve
ser pago como hora extra.

Tempo na Empresa por Escolha Própria – Não é extra o tempo que o empregado
fique dentro da empresa por escolha própria: nos casos de insegurança nas vias públicas,
condições climáticas ou para exercer atividades particulares tais como práticas religiosas,
descanso, lazer, estudo, alimentação, atividades de relacionamento social, higiene pessoal,
troca de roupa ou uniforme quando não for obrigado a realizar a troca na empresa.

Minutos Antes e Depois do Horário - Com relação aos minutos que antecedem ou
sucedem a jornada diária de trabalho, não são extras os 5 minutos antes do horário de
entrada e os 5min depois do horário de saída, desde que não ultrapassem o total de 10
minutos diários.

Entre o término de uma jornada e o início de outra deve haver um intervalo de


no mínimo 11 horas.

Uma vez por semana deve ser concedido o intervalo intersemanal, conhecido como
DSR-Descanso Semanal Remunerado, de 24 horas consecutivas que deve coincidir
com o domingo no todo em parte.

Deve ser concedido ao empregado para refeição e descanso, durante a jornada de


trabalho, o chamado intervalo intrajornada.

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Jornada superior a seis horas tem intervalo mínimo de 1 hora e máximo de 2
horas.

Jornada de 4 a 6 horas tem intervalo de 15 minutos.

Mecanografia, escrituração, cálculo devem ter o intervalo de 10 minutos a cada


90 trabalhados, aos Digitadores foi reconhecido o intervalo de 10 minutos a cada
50 trabalhados.
Fundamentação: empregados que trabalham com mecanografia (datilografia,
escrituração ou cálculo), estabelece o Art. 72 da CLT, que a cada 90 minutos de trabalho
deve haver um intervalo de 10 minutos.

CLT - Art. 72 - Nos serviços permanentes de mecanografia (datilografia, escrituração


ou cálculo), a cada período de 90 (noventa) minutos de trabalho consecutivo
corresponderá um repouso de 10 (dez) minutos não deduzidos da duração normal de
trabalho.

O TST- Tribunal Superior do Trabalho, através da Súmula nº 346, cristalizou o


entendimento de que o Art. 72 da CLT por analogia estende-se também aos digitadores.

TST - SÚMULA Nº 346

TST - Súmula nº 346 - Digitador. Intervalos intrajornada. Aplicação analógica do art.


72 da CLT. Os digitadores, por aplicação analógica do art. 72 da CLT, equiparam-se aos
trabalhadores nos serviços de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo),
razão pela qual têm direito a intervalos de descanso de 10 (dez) minutos a cada 90
(noventa) de trabalho consecutivo. (Res. 56/1996, DJ 28.06.1996).

O intervalo dos 10 minutos foi estendido também aos digitadores, pela NR-17 (Norma
Regulamentadora do Ministério do Trabalho), que o estabelece como sendo de 10
minutos a cada 50 trabalhados.
DICA 121
SUPRESSÃO DE INTERVALO
Se NÃO forem concedidos os intervalos previstos em lei, devem ser pagos ao
empregado com o acréscimo de 50%. Isto com relação a todos os intervalos: os de 10
minutos dos mecanógrafos/digitadores, os de 15 minutos da jornada de 4 a 6 horas, os de
1 a 2 horas da jornada de 6 a 8 horas, e também ao intervalo de 11 horas consecutivas
entre o término de uma jornada ao início da outra.
A jurisprudência se posicionou no sentido do intervalo mínimo determinado pelo Art. 71 da
CLT, só pode ser reduzido na ocorrência do permissivo do § 3º deste dispositivo (...por ato
do Ministério do Trabalho, quando, ouvida a Diretoria de Relações de Trabalho, se verificar
que o estabelecimento atende integralmente às exigências concernentes à organização
dos refeitórios e quando os respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho
prorrogado a horas suplementares).
Em sendo suprimidos ou inferiores ao limite mínimo os intervalos devem ser
desconsiderados, como não tendo sido concedidos, diante do não atendimento da
finalidade legal do tempo necessário para repouso e alimentação, instituídos por norma de

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ordem pública com finalidade de prevenir a fadiga, garantir a saúde e a segurança do
trabalhador.
TST - Intervalo Intrajornada - Com relação ao Intervalo Intrajornada, aquele que
deve ser concedido durante a jornada de trabalho para refeição e descanso, o TST
tem editada a Súmula 437 do TST, que menciona “não-concessão ou a concessão
parcial”, de forma que traz o entendimento de que se for concedido somente parte do
intervalo, o total do período sem abatimento do parcial concedido, deve ser considerado
como horas extras.
De forma que, pelo entendimento majoritário de nossos Tribunais, consubstanciado
pelo item I da súmula 437 do TST, se tinha o empregado 1 hora de intervalo e foi
concedido somente parte, por exemplo 20 minutos, faz jus este ao pagamento de 1 hora
integral como hora extra.
A Súmula 437 em seu item II, também firmou o entendimento de que não tem
validade a cláusula de norma coletiva que autoriza a supressão ou a redução do
intervalo.
Em seu item III, o entendimento de que o intervalo suprimido pago com acréscimo de
50% tem natureza salarial refletindo no cálculo das demais verbas.
Em seu item IV, o entendimento de que ocorrendo horas extras habituais na jornada de 6
horas, o intervalo passa de 15 minutos para 1:00 hora, devendo o empregador remunerar
o período também como hora extra.
DICA 122
TURNO DE REVEZAMENTO PREVISÃO LEGAL - CONCEITO
O turno ininterrupto de revezamento é a divisão dos horários de trabalho em
vários períodos para atender o total de horas de funcionamento da empresa.
O turno ininterrupto de revezamento se caracteriza:
Pelo funcionamento da empresa continuadamente, de forma ininterrupta por 24
horas.
Pela existência na empresa do regime de trabalho com horários em turnos
ininterruptos de trabalho alternados.
Pelo trabalho efetivo dos empregados em horários de revezamento, alternados em
turnos ininterruptos.
DICA 123
INTERVALOS NO TURNO DE REVEZAMENTO
O Tribunal Superior do Trabalho através da Súmula nº 360, PACIFICOU o entendimento
de que o intervalo para alimentação diária ou repouso semanal NÃO
descaracteriza a jornada como sendo de turno ininterrupto de revezamento.

TST – SÚMULA Nº 360

Turnos ininterruptos de revezamento. Intervalos intrajornada e semanal (Res.


79/1997, DJ 13.01.1998) A interrupção do trabalho destinada a repouso e
alimentação, dentro de cada turno, ou o intervalo para repouso semanal, não
descaracteriza o turno de revezamento com jornada de 6 (seis) horas previsto no art.
7º, XIV, da CF/1988.

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Por ser chamado de turno ininterrupto de revezamento, não significa que não tenha
intervalo. O ininterrupto está ligado às atividades da empresa de forma
ininterrupta e não ao trabalho do empregado sem descanso.
O intervalo diário chamado de intrajornada para refeição e descanso, estabelecido no art.
71 da CLT é aplicável ao empregado no regime de turno ininterrupto de revezamento.
CLT - Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é
obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no
mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não
poderá exceder de 2 (duas) horas.
A jornada em regime de turno ininterrupto de revezamento também TEM o intervalo
para descanso, entre o término de uma jornada e o início de outra, o chamado intervalo
interjornada, que se encontra definido pelo Art. 66 da CLT como sendo de 11 horas
consecutivas.
CLT - Art. 66 - Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11
(onze) horas consecutivas para descanso.
Deve-se atentar para a Súmula nº 110 do TST, que traz o entendimento de que no
regime de revezamento as horas trabalhadas em seguida ao repouso de 24 horas com
prejuízo do intervalo de 11 horas, devem ser pagas como horas extras.

TST – SÚMULA Nº 110

Jornada de trabalho. Intervalo (RA 101/1980, DJ 25.09.1980). No regime de


revezamento, as horas trabalhadas em seguida ao repouso semanal de 24 horas,
com prejuízo do intervalo mínimo de 11 horas consecutivas para descanso entre
jornadas, devem ser remuneradas como extraordinárias, inclusive com o respectivo
adicional

DICA 124
QUANTIDADE DE HORAS DO TURNO DE REVEZAMENTO
Para o funcionamento 24 horas ininterruptas as empresas adotavam 3 turnos de horas
de trabalho de 8 horas cada, um pela manhã, um a tarde e um a noite. O exemplo típico
de 3 turnos era das 6:00 as 14:00, 14:00 as 22:00 e 22:00 as 6:00.
A Constituição de 1988, em seu Art. 7º, inciso XIV, passou a determinar que a jornada
de trabalho em turnos de revezamento ininterruptos deve ser de seis horas.
C.F. - Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de
revezamento, salvo negociação coletiva;
DICA 125
TURNO DE REVEZAMENTO INTERPRETAÇÃO DOS TRIBUNAIS
Todos reconhecem que a intenção do legislador ao estabelecer normas para regular
o turno ininterrupto de revezamento, foi a de preservar a saúde dos empregados,
das agressões ao seu relógio biológico alternado constantemente com labor durante o dia
(dormindo à noite) e labor durante a noite (dormindo de dia).
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A interpretação em nossos tribunais quanto à caracterização de turno de
revezamento ainda é divergente:

Reconhecimento somente pela existência de turnos de revezamento na Empresa.


Existem decisões que enfatizam que o ininterrupto não está ligado ao empregado e sim
diretamente as atividades da empresa, em turnos de revezamento estabelecidos para
garantir seu funcionamento 24 horas por dia. Mesmo que não tenha o empregado,
trabalhado em todos os turnos, mas somente em dois deles, as decisões reconheceram o
regime de turno de revezamento, somente pelas atividades da empresa serem
desenvolvidas 24 horas por dia em turnos ininterruptos de revezamento.

Reconhecimento somente se o empregado tiver trabalhado em todos os turnos


existentes. Decisões que exigem que o empregado tenha trabalho em revezamento em
todos os turnos da empresa, não bastando ter trabalhado somente em dois turnos,
alternado seu horário uma semana em um horário, outra semana em outro. Mesmo que
tenha a empresa suas atividades desenvolvidas 24 horas por dia em turnos ininterruptos,
as decisões não reconheceram o regime de turno de revezamento ao empregado, por não
ter laborado em todos os turnos existentes.

Reconhecimento somente por ter trabalhado em dois dos turnos existentes.


Decisões em que a interpretação foi de que basta ter trabalhado somente em dois dos
horários do revezamento para caracterizar o seu enquadramento no regime do turno
ininterrupto. Mesmo que tenha a empresa suas atividades desenvolvidas 24 horas por dia
em vários turnos, as decisões reconheceram o regime de turno de revezamento ao
empregado, por não ter laborado em apenas dois dos turnos ininterruptos existentes em
sua escala.
Outra discussão em nossos tribunais é a questão das normas coletivas que estabelecem
horário de 8 horas para turnos de revezamento sem o direito a sétima e oitava hora
trabalhada como extra.
DICA 126
COMPENSAÇÃO DE HORÁRIO
O Acordo de Compensação de Horário é o permissivo legal que autoriza o
empregador estipular com o empregado, que as horas trabalhadas além da jornada
normal, sejam compensadas em outros dias de trabalho.
Havendo a prorrogação e a compensação do horário prorrogado, inexistem horas extras,
vez que, as horas trabalhadas a mais, são diminuídas da jornada normal em outros dias
de trabalho.
Os dias e horários de prorrogação e compensação são pré-estabelecidos entre
empregado e empregador no acordo de compensação de horário.
A compensação deve ser feita na forma pré-estabelecida dentro da semana ou mês - a
jornada total não ultrapassa a normal de 44 horas semanais ou 220 mensais.
Não existe previsão de hora extra, mas sim de horas normais a serem compensadas. As
horas não compensadas no mês, devem ser pagas junto com o salário mensal.
A Constituição Federal determina a compensação mediante acordo ou convenção coletiva
de trabalho - A Súmula nº 85 do TST, traz o entendimento de ser válido o acordo
individual escrito se não houver proibição em norma coletiva - A lei 13.467,2017
acresceu ao art. 59 da CLT, o parágrafo sexto, estabelecendo a permissão do acordo
individual tácito ou escrito, para compensação no mesmo mês.
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Aplica-se o art. 59 da CLT - deve ser observado o limite diário de no máximo 2 horas.
Tendo a semana 6 dias úteis, segunda a sábado, o limite máximo diário leva ao total
máximo semanal de 12 horas.
DICA 127
COMPENSAÇÃO DIÁRIA
Na compensação diária deve ser observada a soma das horas da mesma semana de
forma que não exceda a jornada normal de 44 horas semanais, e a compensação semanal
de forma que não exceda a jornada de 220 horas mensais.
As horas a mais das semanas de um mês não podem ser compensadas em meses
seguintes, a compensação deve ser feita no próprio mês.
As horas destinadas à compensação, são as horas pré-estabelecidas constantes do acordo
de compensação, que trabalhadas excedem a jornada normal em determinados dias e
dispensadas reduzem a jornada normal em outros, mas na soma total de trabalho não
ultrapassam a jornada mensal normal.
As horas destinadas à compensação são devidas no valor somente do adicional de 50%.
Sem Acordo de Compensação são horas extras as excedentes da jornada normal
diária, mesmo que no total a carga horária não ultrapasse a jornada semanal ou a
mensal.
Válido o Acordo não são horas extras as excedentes da jornada normal diária, se
compensadas não ultrapassarem a jornada semanal.
Inválido o Acordo - As horas excedentes da jornada normal diária e que não ultrapassam
as 44 horas semanais são pré-estabelecidas como horas destinadas à compensação,
invalidado o acordo, aplicável o item II e IV da Súmula nº 85 do TST e parágrafo único do
artigo 59-B incluído pela lei 13.467/2017 - são devidas as horas pré-estabelecidas como
destinadas à compensação, no valor correspondente ao adicional de 50% e todas as
horas excedentes das 44 horas semanais ou 220 mensais como horas extras com salário
hora mais adicional de 50%.
DICA 128
SALÁRIO MINÍMO-IRREDUTIBILIDADE- GARANTIAS
É assegurado aos trabalhadores, nos termos do art. 7.º, IV, o direito de receber
"salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender às suas
necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação,
saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos
que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim."

Da mesma forma, o inciso VI, do supracitado artigo 7.º da CF/88, assegura-se a


irredutibilidade salarial e a seguir, no inciso VII, a Constituição garante salário nunca
inferior ao mínimo, nos termos seguintes:

irredutibilidade do salário, SALVO o disposto em convenção ou acordo coletivo;"

garantia de salário, NUNCA inferior ao mínimo, para os que percebem


remuneração variável;"

A Seção I, Capítulo III, Título II, da CLT trata da conceituação do salário mínimo:

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"Art. 76 - Salário mínimo é a contraprestação mínima devida e paga diretamente pelo
empregador a todo trabalhador, inclusive ao trabalhador rural, sem distinção de sexo, por
dia normal de serviço, e capaz de satisfazer, em determinada época e região do País, as
suas necessidades normais de alimentação, habitação, vestuário, higiene e transporte."

Vide art. 7.º da Lei 8.222/91, que assim dispõe:


"Salário mínimo é a contraprestação mínima devida e paga diretamente pelo
empregador a todo trabalhador, por dia normal de serviço, capaz de satisfazer, em
qualquer região do País, as suas necessidades vitais básicas, bem como as de sua família,
com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e
previdência social, conforme dispõe o inciso IV do art. 7.º da Constituição Federal."
Art. 78 - Quando o salário for ajustado por empreitada, ou convencionado por
tarefa ou peça, será GARANTIDA ao trabalhador uma remuneração diária nunca
inferior à do salário mínimo por dia normal da região, zona ou subzona.
Parágrafo único. Quando o salário-mínimo mensal do empregado a comissão ou que tenha
direito a percentagem for integrado por parte fixa e parte variável, ser-lhe-á sempre
garantido o salário-mínimo, vedado qualquer desconto em mês subsequente a título de
compensação.
DICA 129
DIREITO ÀS FÉRIAS - CONCEITO
Férias é o período de descanso anual que deve ser concedido ao empregado após o
exercício de atividades por um ano, ou seja, por um período de 12 meses, período
este denominado "AQUISITIVO".
As férias DEVEM ser concedidas dentro dos 12 meses subsequentes à aquisição do
direito, período este chamado de "CONCESSIVO".
A lei NÃO PERMITE a conversão de todo o período em pecúnia, ou seja, "VENDER AS
FÉRIAS", apenas autoriza que 1/3 do direito a que o empregado fazer jus seja
convertido em dinheiro.
Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem
prejuízo da remuneração, computando-se este período inclusive como tempo de
serviço.
É proibido o desconto de faltas do empregado ao serviço do período de férias, sendo
vedado, desta forma, a permuta de faltas por dia de férias.
EXCETO: Quando o empregado tiver mais de 32 faltas no período aquisitivo, este
perderá o direito às férias.
DICA 130
FÉRIAS
Fracionamento do gozo das férias - em até 3 períodos: De acordo com a Lei
13.467/2017 (que alterou o § 1º do art. 134 da CLT) a partir de 11.11.2017, as férias
poderão ser usufruídas em até 3 (três) períodos, sendo que um deles não poderá ser
inferior a 14 dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a 5 (cinco) dias
corridos, cada um, DESDE que haja concordância do empregado.
A concordância do empregado em dividir as férias em 3 períodos afasta o
pagamento em dobro, desde que o último período de gozo esteja dentro do período
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concessivo, sob pena de o empregador pagar em dobro, os dias de férias gozadas fora do
período concessivo.
DICA 131
FÉRIAS
Férias coletivas: São férias coletivas as concedidas, de forma simultânea, a todos os
empregados de uma empresa, ou apenas aos empregados de determinados
estabelecimentos ou setores de uma empresa, independentemente de terem sido
completados ou não os respectivos períodos aquisitivos.
Fracionamento das férias coletivas e férias individuais: A Reforma Trabalhista -
Lei 13.467/2017 (que alterou o § 1º do art. 134 da CLT) a partir de 11.11.2017, as férias
poderão ser usufruídas em até 3 (três) períodos, sendo que um deles não poderá ser
inferior a 14 dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a 5 (cinco) dias corridos,
cada um, desde que haja concordância do empregado.
DICA 132
FÉRIAS
Férias em natal e ano novo: A contagem dos dias deve ser feita de forma direta a
partir do seu início, independentemente se há feriado no decorrer do período estabelecido.
Significa dizer que se a empresa vai conceder férias coletivas durante as festas de final de
ano, tanto o Natal quanto o Ano Novo devem ser contados como férias, não podendo
descontar estes dias em benefício do empregado, salvo se houver previsão em acordo
ou convenção coletiva.
Requisitos para a concessão: As empresas, para concederem férias coletivas
deverão observar as determinações da legislação trabalhista.
DICA 133
FÉRIAS
Empregados com menos de 12 meses de serviço: O empregado só fará jus às
férias após cada período completo de 12 meses de vigência do contrato de trabalho.
Tratando-se de férias coletivas, que acarrete paralisação das atividades da empresa ou
de determinados estabelecimentos ou setores da mesma, os empregados que não
completaram ainda o período aquisitivo ficam impedidos de prestar serviços.
Assim, o artigo 140 da CLT estabelece que os empregados contratados hão menos de 12
meses gozarão, na oportunidade, férias proporcionais ao tempo de serviço, iniciando-se,
então, novo período aquisitivo.
DICA 134
FÉRIAS
Período aquisitivo de empregado com mais de 12 meses de serviço: Os
empregados com mais de um ano de serviço não têm seu período aquisitivo alterado.
Anotações: No momento da concessão das férias coletivas, o empregador deverá
proceder as anotações devidas na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no Livro ou
Ficha de Registro de Empregados.

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Valor da remuneração das férias: O valor a ser pago para o empregado a título de
remuneração de férias será determinado de acordo com o salário da época da
concessão, da duração do período de férias e da forma de REMUNERAÇÃO percebida pelo
empregado, ACRESCIDO DE 1/3 (UM TERÇO), conforme determinação constitucional.
Faltas no período aquisitivo: Somente poderão ser consideradas no cálculo as faltas
não justificadas (o DSR não entra na contagem) e descontadas no salário do
empregado.
DICA 135
TRATAMENTO DIFERENCIADO RELACIONADO A FÉRIAS
O que nosso ordenamento jurídico diz a respeito do tratamento diferenciado relacionado a
férias? Bom, para o TRT o tratamento diferenciado relacionado a férias fere princípio da
igualdade. A Oitava Turma do TST rejeitou o recurso de um ex-empregado da Companhia
Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica do Rio Grande do Sul. Ele
pretendia receber férias em dobro em razão do fracionamento do período. O pedido se
baseava em norma da CLT, revogada pela Reforma Trabalhista, que estabelecia que, no
caso de empregados menores de 18 anos e maiores de 50, as férias deveriam ser
concedidas de uma só vez.

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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
DICA 136
CITAÇÃO ENQUANTO REQUISITO DA PETIÇÃO INICIAL
O requerimento para citação do réu não está mais previsto no CPC (art. 319) como
requisito da petição. Todavia, o inciso II do art. 319 do CPC exige que o autor apresente
na exordial “os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a
profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional
da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu”.
Uma atualização importante é que a citação será feita preferencialmente por
meio eletrônico, no prazo de até 2 dias úteis, contado da decisão que a determinar,
por meio dos endereços eletrônicos indicados pelo citando no banco de dados do Poder
Judiciário, conforme regulamento do Conselho Nacional de Justiça.
DICA 137
DEPÓSITO JUDICIAL TRABALHISTA

Depósitos judiciais trabalhistas: para pagamentos, garantia de execução,


recolhimento de multas, entre outros, são efetuados obrigatoriamente por meio da Guia
de Depósito Judicial Trabalhista. A Guia de Depósito Judicial Trabalhista pode ser
obtida diretamente na Secretaria da Vara do Trabalho ou por meio do serviço de emissão
disponível nos portais das instituições financeiras depositárias.
DICA 138
PENHORA

A penhora se aplica tanto no cumprimento de título judicial quanto no processo de


execução de título extrajudicial. E mais: Para a nomeação de bens à penhora, o executado
(ou devedor) deverá, por força do normatizado no art. 882 da CLT observar a ordem do
art. 835 do CPC:

I – dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira;

II – títulos da dívida pública da União, dos Estados e do Distrito Federal com cotação
em mercado;

III – títulos e valores mobiliários com cotação em mercado;

IV – veículos de via terrestre;

V – bens imóveis;

VI – bens móveis em geral;

VII – semoventes;

VIII – navios e aeronaves;

IX – ações e quotas de sociedades simples e empresárias;

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X – percentual do faturamento de empresa devedora;

XI – pedras e metais preciosos;

XII – direitos aquisitivos derivados de promessa de compra e venda e de alienação


fiduciária em garantia;

XIII – outros direitos.

É admissível a penhora sobre a renda mensal ou faturamento de empresa?


SIM, mas que seja limitada a percentual, que não comprometa o desenvolvimento
regular de suas atividades, desde que não haja outros bens penhoráveis ou, havendo
outros bens, eles sejam de difícil alienação ou insuficientes para satisfazer o crédito
executado.

Veja o que diz a Orientação Jurisprudencial 93/TST-SDI-II:

PENHORA SOBRE PARTE DA RENDA DE ESTABELECIMENTO COMERCIAL.


POSSIBILIDADE. (alterada em decorrência do CPC de 2015) - Res. 220/2017, DEJT
divulgado em 21, 22 e 25.09.2017 . Nos termos do art. 866 do CPC de 2015, é
admissível a penhora sobre a renda mensal ou faturamento de empresa, limitada a
percentual, que não comprometa o desenvolvimento regular de suas atividades, desde
que não haja outros bens penhoráveis ou, havendo outros bens, eles sejam de difícil
alienação ou insuficientes para satisfazer o crédito executado.

DICA 139
TIPOS DE PENHORA
A penhora em dinheiro é prioritária, podendo o juiz, nas demais hipóteses, mudar a
ordem prevista no caput de acordo com as circunstâncias do caso concreto. O CPC prevê
que para fins de substituição da penhora, equiparam-se a dinheiro a fiança bancária e
o seguro garantia judicial, desde que em valor não inferior ao do débito constante da
inicial, acrescido de 30%.
A carta de fiança bancária e o seguro garantia judicial, desde que em valor não
inferior ao do débito em execução, acrescido de 30%, equivalem a dinheiro para efeito
da gradação dos bens penhoráveis, estabelecida no art. 835 do CPC de 2015, segundo a
Orientação Jurisprudencial 59 da SBDI-2/TST, sendo tal matéria regulada pelo novel art.
882 da CLT.
Já execução de crédito com garantia real, a penhora recai sobre a coisa dada em
garantia, e, se a coisa pertencer a terceiro garantidor, este também será intimado da
penhora.
Fere direito líquido e certo do impetrante o ato judicial que determina penhora em
dinheiro do executado para garantir crédito exequendo? NÃO.

SÚMULA 417 TST

“I - Não fere direito líquido e certo do impetrante o ato judicial que determina penhora
em dinheiro do executado para garantir crédito exequendo, pois é prioritária e obedece
à gradação prevista no art. 835 do CPC de 2015 (art. 655 do CPC de 1973).”
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DICA 140
PENHORA EM MEIO ELETRÔNICO

A penhora de dinheiro e as averbações de penhoras de bens imóveis e móveis podem


ser feitas por meio eletrônico, porém desde que sejam obedecidas as normas de
segurança instituídas sob critérios uniformes pelo Conselho Nacional de Justiça ou
Conselho Superior da Justiça do Trabalho. É o que dispõe o art. 837 do CPC.
IMPORTANTE!
Em que momento ocorre a venda dos bens penhorados?
A alienação dos bens penhorados durante a execução trabalhista só ocorre após o
trânsito em julgado do processo de execução, ou seja, após decisão final sobre o
montante devido, sem que haja qualquer recurso pendente de julgamento ou quando se
tenha esgotado o prazo para recorrer sem que qualquer das partes tenha se manifestado.
A partir daí, o depósito judicial é liberado para o pagamento da dívida ou o bem
penhorado é levado a leilão para ser convertido em dinheiro.
DICA 141
BENS IMPENHORÁVEIS

O art. 832 do CPC é perfeitamente aplicável ao processo do trabalho, e prescreve que


não estão sujeitos à execução os bens que a legislação considera impenhoráveis ou
inalienáveis. Logo, são impenhoráveis os seguintes bens, segundo o CPC:

I – os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução;

II – os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do


executado, salvo os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns
correspondentes a um médio padrão de vida;

III – os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de


elevado valor;

IV – os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os


proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as
quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e
de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional
liberal, ressalvado o § 2º;

V – os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros


bens móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão do executado;

VI – o seguro de vida;

VII – os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem


penhoradas;

VIII – a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela
família;

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IX – os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória


em educação, saúde ou assistência social;

X – a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta)


salários mínimos;

XI – os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos termos
da lei;

XII – os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime de


incorporação imobiliária, vinculados à execução da obra.

ATUALIZAÇÃO RECENTÍSSIMA:
A Terceira Turma do STJ entendeu que é impenhorável o imóvel de empresa dado em
caução em contrato de locação comercial, mas utilizado como moradia por um dos
sócios, conforme disposto no Informativo 735.
DICA 142
ENTIDADES FILANTRÓPICAS E PENHORA
O § 6º do art. 884 da CLT normatiza que a “exigência da garantia ou penhora não se
aplica às entidades filantrópicas e/ou àqueles que compõem ou compuseram a diretoria
dessas instituições”. Logo a nova regra tornou impenhoráveis os bens das entidades
filantrópicas que estiverem configuradas como executadas no processo do trabalho.
Mas para gozar desta prerrogativa é ônus da entidade filantrópica provar que tem o
Certificado de Entidades Beneficentes de Assistência Social – CEBAS, regularmente
emitido pelo órgão estatal competente.
E se ela não tiver CEBAS?
Bom, caso não tenha o CEBAS, ou se tiver alguma fumaça de fraude, poderá o juiz, em
decisão fundamentada, determinar a penhora de bens da entidade executada, além de
ser factível a instauração do incidente de desconsideração da personalidade jurídica para
responsabilizar os diretores.
DICA 143
PENHORA DE CRÉDITOS DE NATUREZA ALIMENTÍCIA DE QUALQUER NATUREZA E
ALTOS RENDIMENTOS
A impenhorabilidade dos bens descritos no inciso IV do art. 833 do CPC não se aplica,
nos termos do § 2º do mesmo artigo, à hipótese de penhora para pagamento de
prestação alimentícia, independentemente de sua origem, bem como às importâncias
excedentes a 50 salários mínimos mensais, devendo a constrição observar o disposto
no art. 528, § 8º, e no art. 529, § 3º, do mesmo Código.
Importante ainda ressaltar que o § 2º do art. 833 do CPC excepciona a regra da
impenhorabilidade dos salários, vencimentos, honorários, subsídios, proventos de
aposentadoria entre outros, para pagamento de qualquer prestação alimentícia, isto
é, independentemente de sua origem. Também podem ser penhoradas verbas de
natureza alimentícia de qualquer natureza para pagamento de prestação alimentícia
independentemente da origem, como só ocorre com os créditos trabalhistas ou
decorrentes de acidentes do trabalho.

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DICA 144
BENS DE FAMÍLIA
A Lei nº 8.009/90 tornou IMPENHORÁVEIS os bens de família, isto é, o imóvel
residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, abrangendo “o imóvel sobre o qual se
assentam a construção, as plantações, as benfeitorias de qualquer natureza e todos os
equipamentos, inclusive os de uso profissional, ou móveis que guarnecem a casa, desde
que quitados”.
Não cabem na regra da impenhorabilidade do bem de família os veículos de
transporte, as obras de arte e os adornos suntuosos. Caso o imóvel seja usado como
residência da família for apenas alugado, a impenhorabilidade alcança os bens móveis
quitados que guarneçam a residência, desde que sejam de propriedade do locatário
(executado).
DICA 145
PENHORA DE CRÉDITO DO EXECUTADO

O art. 855 do CPC afirma: Quando recair em crédito do executado, enquanto não
ocorrer a hipótese prevista no art. 856, considerar-se-á feita a penhora pela intimação:

ao terceiro devedor para que não pague ao executado, seu credor;

ao executado, credor do terceiro, para que não pratique ato de disposição do crédito.
A penhora de crédito, representada por letra de câmbio, nota promissória, duplicata,
cheque ou outros títulos, far-se-á pela apreensão do documento, esteja ou não em
poder do devedor. Caso título não tenha sido apreendido, todavia o terceiro confessar a
dívida, será havido como depositário da importância.
O TERCEIRO PODE SE EXONERAR DA OBRIGAÇÃO?
SIM, o terceiro só se exonerará da obrigação depositando em juízo a importância da
dívida. Se o terceiro negar o débito em conluio com o devedor, a quitação que este lhe
der será normatizada como fraude de execução.
DICA 146
AVALIAÇÃO DOS BENS PENHORADOS
A CLT tem a previsão de que a avaliação dos bens penhorados “será feita por avaliador
escolhido de comum acordo pelas partes, que perceberá as custas arbitradas pelo juiz, ou
presidente do tribunal trabalhista, de conformidade com a tabela a ser expedida pelo
Tribunal Superior do Trabalho”, sendo certo que, de acordo com o seu § 1º, caso as
partes não acordarem quanto à designação de avaliador, será este designado livremente
pelo juiz ou presidente do tribunal, desde que não sejam “servidores da Justiça do
Trabalho”.

Desta forma, não se procederá à avaliação quando:

uma das partes aceitar a estimativa feita pela outra, caso em que a avaliação poderá
ser realizada quando houver fundada dúvida do juiz quanto ao real valor do bem;

se tratar de títulos ou de mercadorias que tenham cotação em bolsa, comprovada por


certidão ou publicação no órgão oficial;

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se tratar de títulos da dívida pública, de ações de sociedades e de títulos de crédito


negociáveis em bolsa, cujo valor será o da cotação oficial do dia, comprovada por certidão
ou publicação no órgão oficial;

se tratar de veículos automotores ou de outros bens cujo preço médio de mercado


possa ser conhecido por meio de pesquisas realizadas por órgãos oficiais ou de anúncios
de venda divulgados em meios de comunicação, caso em que caberá a quem fizer a
nomeação o encargo de comprovar a cotação de mercado.
DICA 147
PRAÇA E LEILÃO

Praça e leilão são espécies do gênero hasta pública. E mais: É importante salientar que
não existe diferença substancial entre a praça e o leilão. A única diferença, de fato, é
meramente formal, pois a praça é feita no átrio do edifício do fórum e é destinada aos
bens imóveis, enquanto o leilão ocorre no lugar onde estiverem os bens móveis, ou em
outro lugar designado pelo juiz.
Tanto a praça quanto o leilão estão submetidos ao princípio da publicidade dos atos
processuais, e, nos termos do art. 888 da CLT, há necessidade de edital, que será
afixado na sede do juízo e publicado em jornal da localidade (caso haja), com
antecedência mínima de 20 dias. Se o executado for revel e não tiver advogado
constituído nos autos, não constando dos autos seu endereço atual ou, ainda, não sendo
ele encontrado no endereço constante do processo, a intimação se faz por meio do próprio
edital de leilão, conforme os termos do art. 889, parágrafo único do CPC/15.
DICA 148
LEILÃO

Na fase de execução, é possível que, para satisfazer o direito do credor, os bens do


executado sejam alienados em leilão. Vejamos o que CPC diz:

"Art. 895. O interessado em adquirir o bem penhorado em prestações poderá


apresentar, por escrito:

I - até o início do primeiro leilão, proposta de aquisição do bem por valor não inferior
ao da avaliação;

II - até o início do segundo leilão, proposta de aquisição do bem por valor que não seja
considerado

§1°-A proposta conterá, em qualquer hipótese, oferta de pagamento de pelo menos


vinte e cinco por cento do valor do lance à vista e o restante parcelado em até 30
(trinta) meses, garantido por caução idônea, quando se tratar de móveis, e por
hipoteca do próprio bem, quando se tratar de imóveis.

§2° As propostas para aquisição em prestações indicarão o prazo, a modalidade, o


indexador de correção monetária e as condições de pagamento do saldo.

§3. º (VETADO).
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§4° No caso de atraso no pagamento de qualquer das prestações, incidirá multa de dez
por cento sobre a soma da parcela inadimplida com as parcelas vincendas.

§5° O inadimplemento autoriza o exequente a pedir a resolução da arrematação ou


promover, em face do arrematante, a execução do valor devido, devendo ambos os
pedidos ser formulados nos autos da execução em que se deu a arrematação.

§6° A apresentação da proposta prevista neste artigo não suspende o Leilão.

§7° A proposta de pagamento do lance à vista sempre prevalecerá sobre as propostas


de pagamento parcelado.

§8° Havendo mais de uma proposta de pagamento parcelado:


I - em diferentes condições, o juiz decidirá pela mais vantajosa, assim compreendida,
sempre, a de maior valor;
II- em iguais condições, o juiz decidirá pela formulada em primeiro lugar.

§9° No caso de arrematação a prazo, os pagamentos feitos pelo arrematante


pertencerão ao exequente até o limite de seu crédito, e os subsequentes, ao
executado".

LEILÃO OBEDECE AO PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE?


SIM, já que art. 888 da CLT normatiza que a arrematação dos bens deve ser anunciada
por intermédio de um edital a ser afixado na sede do juízo ou tribunal e publicado no
jornal local, caso haja, com um tempo de antecedência de 20 dias.
DICA 149
ARREMATAÇÃO
Arrematação é o ato processual que implica a transferência coercitiva dos bens
penhorados do devedor para um terceiro, isto é, outra pessoa física ou jurídica,
denominada de arrematante. Trata-se de uma venda do patrimônio do devedor
realizada pelo Estado, por intermédio de praça ou leilão, àquele que maior lanço (preço)
oferecer. A arrematação, em rigor, tem caráter dúplice. Para o devedor, constitui
verdadeira expropriação e para o terceiro adquirente, caracteriza-se como modo de
aquisição da propriedade.
O arrematante deverá garantir o lance com o sinal correspondente a 20% do seu
valor. Se o arrematante, ou seu fiador, não pagar dentro de 24 horas o preço da
arrematação, perderá, em benefício da execução, o sinal de que trata o § 2º do art. 888
da CLT, voltando à hasta pública os bens penhorados. Não havendo licitante, e não
requerendo o exequente a adjudicação dos bens penhorados, poderão estes ser vendidos
por leiloeiro nomeado pelo juiz ou presidente. Na data e hora especificadas no edital, o
servidor encarregado anuncia o pregão, declinando os bens a serem expropriados e
chamando os interessados a apresentar seus lances.

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DICA 150
REMIÇÃO
A Remição é o ato processual consistente no pagamento efetuado diretamente pelo
devedor/executado com vistas à liberação do bem constrito. Vale dizer, o devedor paga
o quantum debeatur para liberar seu bem da constrição judicial.
A jurisprudência prevê a remição como preferencial à adjudicação e à arrematação:

HASTA PÚBLICA. LANÇO VIL. Nos termos do parágrafo 1º do artigo 888 da CLT, “a
arrematação far-se-á em dia, hora e lugar anunciados e os bens serão vendidos pelo
maior lance (...)”. Noutro falar, na processualística do trabalho, pela própria natureza
alimentar do crédito, ao contrário do que ocorre no processo comum, já na primeira
hasta se visa à expropriação dos bens, a favor de quem fizer o maior lanço. Se o
executado não deseja que seu bem seja vendido por preço ínfimo, tem a prerrogativa
da remição, que pode ser exercida pelo devedor, nos termos do artigo 651 do CPC,
antes de arrematados ou adjudicados os bens, pagando todo o valor da dívida,
conforme preceitua o artigo 13 da Lei n. 5.584/70 (TRT 3ª R., AP 90024-2006-019-03-
00-4, 2ª T., Rel. Des. Jorge Berg de Mendonça, DJMG 4-10-2006).
ARREMATAÇÃO – REMIÇÃO – ARTIGO 651 DO CPC. À luz do princípio da execução
processada pelo modo menos gravoso ao devedor, o que se junta à pacificação
promovida pelo depósito do total da dívida pelo solvens, possibilitando o acesso direto à
efetiva entrega da prestação jurisdicional, perfeitamente possível a aplicação subsidiária
ao processo Judiciário do trabalho da norma contida no artigo 651 do CPC. Assim,
havendo meios de adimplemento da obrigação, em pecúnia, diga-se, visa-se o escopo
precípuo de evitar a transferência do bem constrito, havendo franca permissão para
que o devedor possa remir a execução (TRT 3ª R., AP 272/2007-026-03-00.0, 9ª T.,
Rel. Juiz convocado João Bosco Pinto Lara, DJe 16-6-2009).

DICA 151
EFEITO SUBSTITUTIVO DOS RECURSOS

De fácil entendimento: Este efeito é aquele em que a decisão proferida pelo órgão
ad quem substitui aquela que foi recorrida. Mas só haverá este efeito se o recurso for
conhecido.
INFORMAÇÃO EXTRA: EFEITO TRANSLATIVO
Este efeito permite ao Tribunal que matérias que não tenham sido citadas (levantadas)
sejam julgadas. São o caso das matérias de ordem pública, aquelas matérias que não
precluem.

Ex.: Litispendência, coisa julgada entre outros. Este efeito não caracteriza violação do
princípio reformatio in pejus.
DICA 152
PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE OU CONVERSIBILIDADE
O princípio da fungibilidade permite que o magistrado aceite um recurso quando o
correto seria aceitar outro, entretanto desde que haja dúvida na doutrina ou
jurisprudência sobre qual seria o correto a ser utilizado. É necessário que o recurso
interposto não seja um erro grosseiro, bem como obedecer ao prazo do recurso
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cabível. Inclusive, em uma decisão muito importante, o TST decidiu não aplica princípio
da fungibilidade quando há erro grosseiro na escolha do recurso.
É importante que no caso de um recurso ter sido erroneamente interposto, é preciso
que não tenha havido má fé da parte que o interpôs.

SÚMULA 272 DO STF:

Não se admite como ordinário recurso extraordinário de decisão denegatória de


mandado de segurança.

DICA 153
EFEITO SUSPENSIVO DOS RECURSOS
Não é regra no processo trabalhista, sendo a regra que seja de efeito devolutivo.
Havendo efeito suspensivo, aquela decisão não pode ser executada. Em outras palavras,
este efeito suspensivo impede que a decisão seja cumprida de imediato, adiando a
eficácia da decisão no juízo a quo.

SÚMULA 414, I DO TST:

A antecipação da tutela concedida na sentença não comporta impugnação pela via do


mandado de segurança, por ser impugnável mediante recurso ordinário. A ação cautelar
é o meio próprio para se obter efeito suspensivo a recurso.

A aplicação do CPC aqui é subsidiária.


DICA 154
EMBARGOS À EXECUÇÃO TRABALHISTA
Na execução trabalhista, podem ser opostos não somente os embargos do executado ou à
penhora, como sugere o art. 884 e seu § 3º da CLT. Existe ainda, a possibilidade dos
embargos à arrematação e à adjudicação, bem como dos embargos de terceiro. Podemos
afirmar categoricamente que os embargos à execução são gênero que tem como espécies
os embargos do executado, os embargos à penhora, os embargos à adjudicação, à
arrematação entre outros.

Para facilitar seu entendimento: De acordo com o normatizado no art. 884 da CLT,
nas execuções trabalhistas existe a possibilidade de oferecer embargos à execução. Nesse
caso, para que se ofereça os embargos, o executado deverá garantir a execução, em
outras palavras, ele deverá fazer a cobertura do valor da dívida, e que seja
depositando o valor ou por meio da penhora de seus bens.

Prazo: O quesito prazo é de suma importância para quem está estudando para
concursos públicos. Por causa do princípio da celeridade dos processos trabalhistas, o
prazo para que se ofereça os embargos é de cinco dias.
CUIDADO:
Para a Fazenda Pública esse prazo é de 30 dias. E mais: A contagem do prazo começa na
data em que o devedor tomou ciência da penhora ou do momento em que ele efetuou o
depósito da quantia para garantir o juízo. No caso específico da Fazenda Pública, o prazo
começará com a citação.
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DICA 155
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE

O que é? É uma forma de defesa na fase de execução, aonde o executado pode


arguir questões de ordem pública e nulidades do título executivo, com a consequente
extinção da execução. Mas há um fundamento para ela em nossa legislação? Na verdade,
não. É uma criação de teor jurisprudencial.

PRÉ-EXECUTIVIDADE = ANTES DA PENHORA

Todavia pode ser utilizada como base legal desta peça o art. 5º, XXXV, da CF/88 e e os
arts. 518 e 803, parágrafo único, do CPC.
IMPORTANTE:

ENUNCIADO 48 DA JORNADA DE EXECUÇÃO TRABALHISTA:

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. MANDADO DE SEGURANÇA.


INCABIMENTO. Incabível mandado de segurança da decisão que rejeita ou que não
admite exceção de pré-executividade.

DICA 156
EMBARGOS À EXECUÇÃO - ILEGITIMIDADE DE PARTE
É quando o embargante fala que não tem relação com a execução, como por exemplo
o ex-sócio que diz que se retirou da sociedade há mais de 2 anos do ajuizamento da
ação, sendo, portanto, sócio retirante (prevista no prevista no art. 10-A da CLT) e não
tendo qualquer relação com o processo.
IMPORTANTE:
Os embargos à execução não terão efeito suspensivo.
DICA 157
EMBARGOS À EXECUÇÃO - COMPETÊNCIA
O juízo que terá competência para fazer a apreciação os embargos à execução será o juízo
da execução (Vara do Trabalho ou Tribunal Regional do Trabalho).
E em casos de carta precatória?
Na execução por carta precatória, a oposição dos embargos poderá ocorrer no juízo
deprecante ou deprecado, mas quem julga, como regra geral, é o juízo deprecante.

DEPRECANTE: Juízo de origem dos dados da carta precatória. É quem realiza o


envio.

DEPRECADO: Juízo que recebe a carta precatória e realiza o cumprimento.

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DICA 158
EMBARGOS DO EXECUTADO
A doutrina e a jurisprudência utilizam as expressões “embargos à execução”, “embargos
do devedor” e “embargos do executado” como sinônimas. Tanto a CLT quanto o CPC
adotam genericamente a expressão “embargos à execução”.
E mais: O art. 878 da CLT normatiza que qualquer interessado poderá promover a
execução, isto é, tanto o credor quanto o devedor são interessados em instaurar a
execução trabalhista. Ou seja, nem sempre o credor será o exequente, assim como nem
sempre o devedor será o executado.
DICA 159
EMBARGOS NO TST

Nos termos do art. 894 da CLT, no TST cabem embargos, no prazo de 8 (oito) dias:

→ de decisão não unânime de julgamento que:


a) conciliar, julgar ou homologar conciliação em dissídios coletivos que excedam a
competência territorial dos Tribunais Regionais do Trabalho e estender ou rever as
sentenças normativas do Tribunal Superior do Trabalho, nos casos previstos em lei; e
(incluído pela Lei n. 11.496, de 2007)
b) (VETADO)

→ das decisões das Turmas que divergirem entre si ou das decisões proferidas pela
Seção de Dissídios Individuais, ou contrárias a súmula ou orientação jurisprudencial do
Tribunal Superior do Trabalho ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal (redação
dada pela Lei n. 13.015, de 2014).

Existem 2 recursos de embargos (CLT, art. 894) no âmbito do TST:

Os embargos infringentes e os embargos de divergência.


DICA 160
EMBARGOS INFRINGENTES
Os embargos infringentes são espécie recursal de natureza ordinária da competência
da Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC). Trata-se de recurso cabível para
impugnar decisão não unânime proferida em dissídio coletivo de competência originária
do TST.

Ex.: Dissídios coletivos envolvendo empresas que exercem sua atividade econômica
em base territorial que extrapole a jurisdição de um TRT).

REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

Art. 232. Cabem embargos infringentes das decisões não unânimes proferidas pela
Seção Especializada em Dissídios Coletivos, no prazo de oito dias, contados da
publicação do acórdão no órgão oficial, nos processos de Dissídios Coletivos de
competência originária do Tribunal.
Parágrafo único. Os embargos infringentes serão restritos à cláusula em que há
divergência, e, se esta for parcial, ao objeto da divergência.

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DICA 161
PROCEDIMENTO DOS EMBARGOS INFRINGENTES
O procedimento dos embargos infringentes está previsto nos arts. 263 e 264 do RITST.
Sendo assim, registrado o protocolo na petição a ser encaminhada à Secretaria do órgão
julgador competente (SDC), esta juntará o recurso aos autos respectivos e abrirá vista à
parte contrária, para impugnação, no prazo legal.
Passado o prazo, o processo será remetido à unidade competente, para ser
imediatamente distribuído. Caso as atendidas não atendidas as exigências legais
relacionadas ao cabimento dos embargos infringentes, o relator denegará seguimento ao
recurso, será facultado à parte a interposição de agravo interno.
DICA 162
EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA
CUIDADO!
O recurso de embargos de divergência estava previsto no art. 3º, III, b (primeira parte),
da Lei n. 7.701/88, que havia revogado tacitamente o art. 894, b, da CLT. Porém a Lei nº
11.496/2007 deu nova redação ao art. 894, II, da CLT, o qual passou a dispor sobre
o cabimento do recurso em tela, nos seguintes termos:

Art. 894. No Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no prazo de 8 (oito)


dias:
(...)
II – das decisões das Turmas que divergirem entre si, ou das decisões proferidas pela
Seção de Dissídios Individuais, salvo se a decisão recorrida estiver em consonância com
Súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo
Tribunal Federal.

O objetivo dos embargos de divergência, que também são chamados de embargos à


SDI, é uniformizar a divergência interna na interpretação de lei federal ou da CF/88 no
âmbito do próprio TST, o que pode acontecer entre acórdãos divergentes entre Turmas ou
entre Turma e a SDI (súmula ou OJ) ou entre SBDI-1 e SBDI-2.
DICA 163
NATUREZA DOS EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA

O recurso de embargos de divergência, bem como o recurso de revista, possui uma


natureza extraordinária e fundamentação vinculada. Há, inclusive, alguns pontos de
similitude entre essas duas espécies recursais, na medida em que um dos objetivos da
revista é uniformizar a jurisprudência externa ao TST, superando as divergências
entre os Tribunais Regionais, enquanto o escopo dos embargos de divergência reside na
uniformização jurisprudencial interna no âmbito do Tribunal Superior do Trabalho.
DICA 164
EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA REPETITIVOS
A Instrução Normativa nº 38/2015 do TST (art. 1º) manda aplicar as normas do Código
de Processo Civil relativas ao julgamento dos recursos extraordinário e especial
repetitivos, no que couber, ao recurso de revista e ao recurso de embargos repetitivos
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(CLT, arts. 894, II, e 896). No mesmo sentido, dispõe o art. 280 do RITST. Sendo assim,
por força do art. 2º da referida IN nº 38, havendo multiplicidade de recursos de
embargos para a SBDI-1 fundados em idêntica questão de direito, esta poderá ser
afetada ao Tribunal Pleno, por decisão da maioria simples de seus membros, mediante
requerimento de um dos Ministros que a compõem, considerando a relevância da matéria
ou a existência de entendimentos divergentes entre os Ministros da SBDI-1.
DICA 165
AGRAVO REGIMENTAL

Trata-se de recurso não previsto no elenco recursal do art. 893 da CLT, e sim no art.
709, § 1º, da CLT, segundo o qual: “Das decisões proferidas pelo corregedor, nos casos
do artigo, caberá o agravo regimental, para o Tribunal Pleno.” O agravo regimental é
também previsto no art. 9º, parágrafo único, da Lei n. 5.584/70, do “despacho” do relator
que, baseando-se em súmula do TST, negar seguimento ao recurso. O agravo regimental
também é utilizado para impugnar decisões proferidas por órgãos judiciais de tribunais
das quais não haja um meio impugnativo específico legalmente previsto

REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Art. 317. Ressalvadas as exceções previstas neste Regimento, caberá agravo


regimental, no prazo de cinco dias, de decisão do Presidente do Tribunal, de
Presidente de Turma ou do Relator, que causar prejuízo ao direito da parte.

DICA 166
OS EFEITOS DO AGRAVO REGIMENTAL
O agravo regimental tem efeito meramente devolutivo, o que equivale a dizer que a
matéria nele versada é restrita ao exame do acerto ou não da decisão agravada, salvo
em se tratando de decisão do Corregedor, cuja devolutibilidade é mais ampla,
permitindo, assim, a plena revisão do ato processual proferido, abordando questões
fáticas e jurídicas. Além disso, o agravo regimental não obsta a execução provisória.
IMPORTANTE:

O agravo regimental não terá efeito suspensivo.


DICA 167
PROCEDIMENTO DO AGRAVO REGIMENTAL
Esteja atento quanto ao prazo para interposição do agravo regimental, pois os tribunais
não tratam de forma uniforme da matéria. No TST, o prazo é de 8 dias, contados da
intimação da decisão agravada. Em alguns TRTs, o prazo é de 5 dias.
Lembrando que esses prazos se contam em dobro quando o agravante for
pessoa jurídica de direito público ou o MPT. O recurso será interposto diante do órgão
judicial que proferiu a decisão, devendo o agravante solicitar a reconsideração da decisão
e, sucessivamente, o encaminhamento dos autos ao órgão Colegiado (Turma ou Seção ou
Pleno, conforme dispuser o regimento interno). Não há previsão para preparo das custas
ou de depósito recursal.

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DICA 168
AGRAVO REGIMENTAL E JUÍZO DE RETRATAÇÃO
É cabível o juízo de retratação. Caso este seja exercido, o recurso, por óbvio, fica
prejudicado. Não havendo juízo de retratação, o relator, que é o juiz que proferiu a
decisão agravada, determinará a inclusão do feito em pauta para julgamento. O agravo
regimental tramita nos próprios autos principais, salvo se existir previsão regimental
expressa em sentido contrário.

É o que consta da OJ 132 daSBDI-1 do TST:

OJ 132 da SBDI-1 do TST

Agravo Regimental. Peças Essenciais nos Autos Principais. Inexistindo lei que exija a
tramitação do AG em autos apartados, tampouco previsão no Regimento Interno do
Regional, não pode o Agravante ver-se apenado por não haver colacionado cópia de
peças dos autos principais, quando o AG deveria fazer parte dele.

DICA 169
RECURSO ORDINÁRIO

Possui duas hipóteses de cabimento, estabelecidas no art. 895 da CLT:


Das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias; e
das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua
competência originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos
dissídios coletivos. Para fixar melhor:

Proferidas pelo Juiz do Trabalho, com


julgamento pelo TRT.

DECISÕES
AONDE HÁ
CABIMENTO DO Proferidas pelo TRT em ações de competência
RO originária nos dissídios individuais e coletivos

Ex.: ação rescisória, dissídio coletivo,


mandado de segurança), com julgamento pelo
TST.

DICA 170
TEMPESTIVIDADE
A tempestividade nada mais é do que a interposição do recurso no prazo previsto por lei,
no caso do recurso ordinário o prazo de interposição para este tipo recurso é de oito dias.
Sendo interposto fora deste prazo, o recurso será intempestivo.

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Como não esquecer deste prazo?

Ordinário

Oito dias

DICA 171
MÉRITO DO RECURSO
O mérito do recurso realiza e faz parte da apreciação pelo tribunal de tudo aquilo que o
magistrado analisou em sentença, no caso do recurso ordinário, temos de nos atentar 487
do CPC, que afirma:

Haverá resolução de mérito quando o juiz:


I- acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção;
II- decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição;
III - homologar:
a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção;
b) a transação;
c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção.
Parágrafo único. Ressalvada a hipótese do§ 1 o do art. 332, a prescrição e a decadência
não serão reconhecidas sem que antes seja dada às partes oportunidade de manifestar-
se.
TOME NOTA!
Neste caso, é importantíssimo que você saiba que temos decisões terminativas
(extingue o processo sem resolução do mérito), com resolução parcial do mérito e as
decisões definitivas (que julgam o mérito definitivamente).

Cabe recurso ordinário para todos estes casos.


Para fixar bem na sua mente:

Decisões definitivas (com resolução do mérito)


RO
Cabível em:
Decisões terminativas (sem resolução do mérito)

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DICA 172
COMO SABER QUEM PAGA CUSTAS E DEPÓSITO RECURSAL

Que tal não esquecer nunca mais quem paga o que no processo do trabalho? Veja a
tabela abaixo:

PREPARO RECLAMANTE RECLAMANTE RECLAMADO RECLAMADO


COM JUSTIÇA SEM JUSTIÇA COM JUSTIÇA SEM
GRATUITA GRATUITA GRATUITA JUSTIÇA
GRATUITA

Custas NÃO SIM NÃO SIM


(se perdeu tudo)

Depósito
recursal NÃO NÃO NÃO SIM

DICA 173
CONTRARRAZÕES AO RECURSO ORDINÁRIO
É a defesa ao recurso ordinário e está no art. 900 da CLT. Um ponto que merece demais
sua atenção é que neste momento processual, a ideia é manter a sentença e fazer com
que os argumentos do recurso ordinário não venham a ser acolhidos, em outras palavras:
O não conhecimento do recurso ordinário interposto.

Os pontos mais comuns a serem demonstrados em prova são:

Intempestividade (falaremos melhor dela em uma dica posterior);

Deserção (quando a parte não realiza o recolhimento das custas e/ou depósito recursal
ao recorrer)
Em casos de recursos de agravo, temos contrarrazões?

NÃO, neste caso teremos contraminuta de agravo.


DICA 174
AGRAVO DE INSTRUMENTO
De uma forma bastante simplificada, o agravo de instrumento serve em casos que
envolvam negação de seguimento, decisão que não admita outro recurso ou para
destrancar outro recurso. O prazo para interposição e contraminuta ao agravo de
instrumento é de 8 dias.

QUESTÃO.
No dia 22/7/2009 (quarta-feira), foi publicada a sentença de improcedência do pedido.
O advogado do autor tomou ciência da decisão, mas, como estava viajando,
localizando-se em outro Estado da federação, interpôs recurso ordinário via fac-símile
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no dia 27/7/2009 (segunda-feira). Ao retornar de viagem, o advogado do autor
requereu a juntada do recurso original no dia 04/8/2009 (terça-feira). Entretanto, após
este último ato do advogado do autor, o juiz considerou intempestiva a interposição do
recurso ordinário, negando- lhe seguimento.
Diante dessa situação concreta, é correto afirmar que o advogado do autor deve:
a) interpor agravo de instrumento, uma vez que atendeu o prazo de oito dias para a
interposição do recurso ordinário e o prazo de cinco dias para a juntada do original.
b) impetrar mandado de segurança, uma vez que o juiz violou o seu direito líquido e
certo de interpor recurso ordinário no prazo de oito dias a contar da publicação.
c) ingressar com uma reclamação correicional, uma vez que o juiz praticou um ato
desprovido de amparo legal.
d) ajuizar uma ação rescisória, uma vez que a sentença judicial se tornou irrecorrível
diante da decisão judicial que negou seguimento ao recurso ordinário.
Gabarito: Letra A.

DICA: NEGOU SEGUIMENTO → AGRAVO DE INSTRUMENTO.


DICA 175
DEPÓSITO PRÉVIO

No art. 836 da CLT temos a obrigatoriedade de depósito prévio de 20% sobre o valor
da causa, salvo em casos:

a Administração Pública direta, autárquica e fundacional;

o MPT;

os beneficiários da justiça gratuita.


Mas qual o motivo deste depósito existir no processo do trabalho?
Há o claro intuito de não estimular o ajuizamento da ação rescisória, mais
precisamente falando: Há o objetivo de desincentivar o ajuizamento da ação rescisória.
Sendo assim, a parte só a ajuizará esta ação quando houver uma grande certeza de que
de fato se tem este direito.

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