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Memorex TJMG – Oficial de Justiça - Rodada 05

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Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada
uma das dicas.

Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas
para: atendimento@pensarconcursos.com

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ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA .................................................................... 4


INFORMÁTICA ............................................................................... 11
RLM .............................................................................................. 15
DIREITO CONSTITUCIONAL ........................................................... 17
DIREITO CIVIL .............................................................................. 26
PROCESSO CIVIL ........................................................................... 33
DIREITO PENAL............................................................................. 41
PROCESSO PENAL.......................................................................... 45
NOÇÕES BÁSICAS DE CUSTAS E TAXAS JUDICIÁRIAS ..................... 51
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA .............................................................. 53

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LÍNGUA PORTUGUESA

DICA 01
ORAÇÕES SUBORDINADAS
Diferentemente das sentenças coordenadas, as orações subordinadas são DEPENDENTES
entre si (uma se subordina a outra).

Ex.: É necessário que todos lavem as mãos.


O que é necessário? Veja que precisa de uma complementação, “que todos lavem as
mãos”. A integração das sentenças é feita por meio da conjunção subordinativa
“que”.
DICA 02
ORAÇÕES REDUZIDAS

As orações reduzidas são as orações subordinadas SEM pronome relativo ou


SEM conjunção e com o verbo em uma das seguintes formas:

INFINITIVO - cantar
GERÚNDIO - cantando
PARTICÍPIO – cantado

Até o momento, você estudou a oração de forma desenvolvida. Se a conjunção for


retirada e o verbo colocado no infinitivo, no gerúndio ou no particípio, a oração
desenvolvida passará a ser uma oração reduzida.

DICA 03
DIVISÃO DAS ORAÇÕES SUBORDINADAS

As orações subordinadas podem se dividir em:

Substantivas: neste caso, exercem a função de substantivo. Podem ser orações


subordinadas substantivas subjetivas, objetivas diretas, objetivas indiretas,
completivas nominais, predicativas e apositivas.

Adjetivas: neste caso, exercem a função de adjunto adnominal.


Adverbiais: neste caso, exercem a função de adjunto adverbial.

DICA 04
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS (OSS) SUBJETIVA

OSS Subjetiva: Terá a função de SUJEITO para a oração principal.

A oração principal é aquela que não tem conjunção e a oração subordinada é


aquela que tem a conjunção.
As conjunções integrantes são responsáveis em ligar a oração principal à subordinada
(se/que).

Ex.: É necessário que você assine esse papel para a realização da matrícula.
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A parte em “azul” é a oração subordinada substantiva subjetiva (OSS Subjetiva).

→ ela é o SUJEITO da primeira oração “é necessário”.


DICA 05
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS (OSS) OBJETIVAS DIRETAS E
INDIRETAS

OSS Objetivas Diretas: Terão função de OBJETO DIRETO (não tem preposição) do
verbo presente na oração principal.

Ex.: A aluna disse que odeia matemática.


- Sobre o exemplo acima, veja: O que a aluna disse? “que odeia matemática” (é o
OD do verbo DISSE).

OSS Objetivas Indiretas: Terão a função de OBJETO INDIRETO (é aquele que tem
preposição) do verbo presente na oração principal.

Ex.: Ninguém desconfiava de que a receita desandasse. (OSS Obj. Ind.)


Quem desconfia, desconfia DE alguma coisa.

DICA 06
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS (OSS) COMPLETIVAS NOMINAIS

OSS Completivas Nominais: Elas complementam o nome (substantivo abstrato


com preposição) que está na oração principal.

Ex.: Eu tenho certeza de que eles passarão na prova.


Veja que “de que eles passarão na prova” complementa “certeza” que é um
substantivo abstrato com preposição.
DICA 07
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS (OSS) PREDICATIVAS E APOSTIVAS
OSS Predicativas: Terão função de predicativo do sujeito para a oração principal.

Ex.: O problema é que o prazo já expirou. (OSS Predicativa)


Veja que a OSS Predicativa acima se liga ao sujeito da oração principal por meio do
verbo de ligação “é”.

OSS Apositivas: Terão a função de aposto (termo explicativo da oração principal).

Ex.: Temos apenas um desejo: que passemos no concurso. (OSS Apositiva) →


explica qual é o desejo.

DICA 08
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS

TOME NOTA: A dica abaixo ajudará você a identificar uma oração subordinada
substantiva na sua prova, mas a classificação (se ela é uma OSS subjetiva, objetiva
direta, objetiva indireta, apositiva, predicativa...) deverá se analisada posteriormente.

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DICA: Substituir a oração subordinada por “ISSO”.

Ex.: É provável que Juca coma mais tarde hoje.


É provável ISSO.

Note que “que Juca coma mais tarde hoje” é uma ORAÇÃO SUBORDINADA
SUBSTANTIVA, pois é possível substituir por “ISSO”. Após, você precisará saber a
classificação dessa OSS. “Que Juca coma mais tarde hoje” funciona como sujeito da
oração principal. Então, é uma OSS Subjetiva.
DICA 09
ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA
As orações subordinadas adjetivas recebem esse nome, pois exercem uma função
sintática de adjunto adnominal.
São introduzidas por um pronome relativo, o qual é um elemento de coesão que vai
retomar um antecedente.

Ex.: O homem que é sedentário vive menos. → “que é sedentário” é a ORAÇÃO


SUBORDINADA ADJETIVA e está no meio da oração principal “O homem vive menos.”

Podem ser classificadas em: Restritivas e Explicativas.


DICA 10
ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA EXPLICATIVA

Explicativa: COM vírgula. A oração subordinada adjetiva explicativa qualifica o seu


referente de modo mais genérico. Desse modo, a informação não restringe.

As vírgulas introduzem uma informação que é adicional. Isso significa que a


informação está presente em todos os termos do seu antecedente.

Exemplo: A Lua, que é o único satélite natural da Terra, é divina.

Note que “que é o único satélite natural da Terra” é uma informação acessória
da Lua, uma explicação, uma ampliação de sentido.
CUIDADO!

→ à Minha neta, que mora em Porto Alegre, estuda Medicina. à EXPLICATIVA


→ à Minha neta que mora em Porto Alegre estuda Medicina. à RESTRITIVA
Na oração 1 é possível entender que há apenas 1 neta e “, que mora em POA,” é uma
informação adicional, uma explicação.
A retirada das vírgulas na oração 2 muda o sentido, pois entende-se que existe
mais de uma neta e apenas aquela que mora em POA estuda Medicina.

QUESTÃO.
(Questão adaptada) No trecho “A lei, sancionada em 18 de novembro do ano
passado, regulamenta o acesso a informações públicas e sigilosas”, a oração

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intercalada funciona como:
Gabarito: qualificação descritiva dos fatos. Certo, pois está qualificando a lei e é uma
oração subordinada adjetiva explicativa.

DICA 11
CLASSIFICAÇÃO DA ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA
Podem ser classificadas em: Restritivas e Explicativas.
Após identificar a oração subordinada adjetiva, faz-se necessário identificar se ela é
restritiva ou explicativa.
Restritiva: SEM vírgula.
Veja que na frase: “O estudante que se dedica passa” é possível substituir o pronome
“que” por “O estudante”. O “que” faz referência ao termo anterior “O estudante”,
exercendo função de pronome relativo.
Então, “que se dedica” é uma oração subordinada adjetiva restritiva, pois não
possui vírgula.

TOME NOTA: A oração subordinada adjetiva RESTRITIVA → DELIMITA de


modo mais preciso o seu referente. Ela restringe o tipo de estudante que → o que
se dedica. Há vários tipos de estudantes, mas apenas o estudante que se dedica passa.
Explicativa: COM vírgula. A oração subordinada adjetiva explicativa qualifica o
seu referente de modo mais genérico. Desse modo, a informação não restringe.
As vírgulas introduzem uma informação que é ADICIONAL. Isso significa que a
informação está presente em todos os termos do seu antecedente.

Ex.: A Terra, que é um planeta, é coberta por 70% de água.

Note que “que é um planeta” é uma informação acessória da Terra, uma


explicação, uma ampliação de sentido.

CUIDADO:

Meu filho, que mora em São Paulo, estuda Direito. → EXPLICATIVA


Meu filho que mora em São Paulo estuda Direito. → RESTRITIVA
Na oração 1 entende-se que existe apenas 1 filho e “, que mora em SP,” é uma
informação adicional, uma explicação.
A retirada das vírgulas na oração 2 muda o sentido, pois entende-se que existe
mais de um filho e apenas aquele que mora em SP estuda Direito.

DICA 12
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
A oração subordinada adverbial exprime uma circunstância para a oração principal.
Ela desempenha as funções um advérbio (e sintaticamente de adjunto adverbial). Essa
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oração inicia com uma conjunção subordinativa adverbial, a qual indicará a circunstância
que a oração expressa.

Então, a oração subordinada adverbial pode ser do tipo:

Causal Comparativa Concessiva

Condicional Conformativa Consecutiva

Final Proporcional Temporal

DICA 13
CAUSAL
Causal: indica uma causa, um motivo.
Exemplos de conjunções causais: porque, como, na medida em que, visto que, uma
vez que, porquanto...

Ex.: Ela não foi ao parque porque estava doente. → Note que a conjunção causal
“porque” representa uma causa do que foi dito na oração principal, é o motivo de ela
não ter ido ao parque (porque estava doente).
DICA 14
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS - COMPARATIVA
Comparativa: exprime uma comparação.
Exemplos de conjunções comparativas: tanto... quanto, tal como, (do) que, tal ...
qual, como (no sentido de comparação, normalmente vem acompanhado com
“quem”).

Ex.: O guepardo é mais veloz do que o leão. → Note que há uma comparação
entre o guepardo e o leão no que diz respeito à velocidade.
DICA 15
CONCESSIVA

Concessiva: indica uma concessão e exprime algo inesperado em determinadas


circunstâncias. Exemplos de conjunções concessivas: apesar de, conquanto, embora,
ainda que, se bem que, por mais que...

Ex.: Por mais que Júlia não esteja bem, ela irá ao casamento. → Note que é
inesperado que Júlia vá ao casamento, já que ela não está bem... Mas, ela irá.
DICA 16
SEMÂNTICA - SINONÍMIA

Sinonímia: A sinonímia é a relação entre duas ou mais palavras que possuem um


significado parecido ou até mesmo igual. Ou seja: são sinônimos.

Ex.: Aquele jogo de tabuleiro é cômico.


Aquele jogo de tabuleiro é engraçado.
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DICA 17
ANTONÍMIA
Antonímia: A antonímia é a relação entre duas ou mais palavras que possuem um
significado diferente. Ou seja: são antônimos.

Ex.: Jorge é um homem mal.


Jorge é um homem bom.

QUESTÃO.
Pode-se inferir que “profano” e “sagrado” a que se refere o texto são ideias:
a) similares.
b) Sinonímicas.
c) Antagônicas.
d) Próximas.
Gabarito: Alternativa C, pois “profano” significa: que não pertence ao âmbito do
sagrado. Tal significado é contrário à palavra “sagrado”.

DICA 18
PARONÍMIA

Paronímia: som e grafia parecidos, porém os significados são diferentes.

Ex.: Jesus Cristo absolve os pecados dos indivíduos. → “perdoar”; “remir”.


O estudo lhe absorveu a energia. → “consumir”.

DICA 19

HOMINÍMIA
Homonímia: têm a mesma pronúncia, só que os significados são diferentes:

Homógrafas: mesma grafia com pronúncia diferente.

Ex.: Tenho sede de refrigerante → “vontade de beber algo”.


A sede do clube é no bairro Santa Tereza → “localidade”.

Homófonas: mesma pronúncia com grafia diferente.

Ex.: A palavra “saúde” tem acento no “u”. → “sinal gráfico”.

O assento do carro está sujo. → “banco para se sentar”.

Perfeitas: mesma pronúncia com a mesma grafia.

Ex.: Márcio tem 80 anos e é são. → “com saúde”.


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Eles são jovens. → “verbo no plural”.
DICA 20
POLISSEMIA E AMBIGUIDADE

Polissemia: é uma palavra que possui vários sentidos e dependendo do contexto em


que for inserida, poderá significar algo diferente.

Ex.: E se você fechasse a boca?


A boca da garrafa está quebrada.

Ambiguidade: é quando um trecho tem mais de uma interpretação possível, o que


pode gerar problemas.

Ex.: Márcia encontrou o dono da fruteira com o seu primo. → Veja que da forma
como a frase foi escrita não é possível saber se o primo na frase é primo de Márcia ou
primo do dono da fruteira. → HÁ AMBIGUIDADE.

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INFORMÁTICA

DICA 21
EXCEL – PLANILHA - FUNÇÕES PARA DATAS
Funções para datas são úteis quando desejamos realizar operações utilizando datas de
forma dinâmica. Por exemplo, a função =HOJE() retorna a data atual no momento em
que a planilha está sendo utilizada. Caso utilize a função =AGORA() será apresentado a
data e a hora atual. É possível realizar operações com datas, por exemplo, se hoje é
01/01/2021, utilizar a fórmula =HOJE()+1 retornará 02/01/2021.
Considere que na célula A1 temos a data 01/01/2021 para os exemplos abaixo:

=DIA(A1) Retorna o dia da data: 01

=DIA.DA.SEMANA(A1) Retorna qual foi o dia da semana na data em


questão: 6

=DIAS(data_final, data inicial) Calcula a quantidade de dias entre as duas


datas

DICA 22
FUNÇÕES CONT.NUM CONT.SE CONT.SES SOMASES

Função CONT.NUM Calcula o número de células em um intervalo que contém


números;

Função CONT.SE Calcula o número de células não vazias em um intervalo que


corresponde a uma determinada condição;

Função CONT.SES Conta o número de células especificadas por um dado conjunto de


condições;

Função SOMASES Adiciona as células especificadas por um dado conjunto de condições


ou critérios.
DICA 23
USO DE FÓRMULAS

As fórmulas são identificadas através do símbolo de = e podem incluir constantes,


referências a células e funções.

Ex.: =A1*10% + soma(A2:A10)


10 por cento de A1 somado a soma total de A2 a A10.

O usuário pode definir suas próprias fórmulas utilizando operadores como soma,
multiplicação, divisão, exponenciação, porcentagem e operadores de comparação >
(maior que) < (menor que) <= (menor ou igual) >= (maior ou igual).

Os dois pontos : representa que existe um intervalo na fórmula:

Ex.: A1:A10 de A1 até A10

O ponto e vírgula ; representa que está separando os termos da fórmula e é utilizado


para separar argumentos:
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Ex.: =SE(A1>B1;”Verdadeiro”; “Falso”) o ponto e vírgula separa os 3 argumentos
A1>B1, Verdadeiro e Falso.

DICA 24
PASTAS E GRÁFICOS, ELABORAÇÃO DE TABELAS E GRÁFICOS - CALC
Pastas de trabalho representam todas as planilhas dentro daquele arquivo de planilha.
Isto quer dizer que uma pasta pode conter mais de uma planilha

Gráficos são inseridos através do ícone ou do menu Inserir. O tipo de gráfico, títulos
e legendas podem ser personalizados. gráfico tipo barra, pizza, área etc.

Os dados são definidos no Intervalo de Dados. O intervalo será apresentado na


ferramenta da seguinte maneira: $Planilha1.$A$1:$B$10 Planilha1 é o nome da planilha,
A1 a primeira célula utilizada no gráfico, B10 a última célula utilizada no gráfico. É
possível também criar gráficos iterativos utilizando a função Autofiltro

As tabelas no Calc referem-se a sua organização. Podemos organizar a tabela com a


utilização de Autofiltro e ordenação dos dados em ordem alfabética .

DICA 25
O CARACTER $ NO CALC
Quando deseja fazer referência a uma célula ela pode ser feita de maneira Relativa, Mista
ou absoluta.
A referência Relativa basta indicar a célula A1, uma referência Mista utiliza-se $ na linha
ou na coluna. Da seguinte forma: $A1 ou A$1. Uma referência absoluta, utiliza-se na linha
e na coluna: $A$1. Isto é importante quando precisamos aplicar uma determinada célula
numa fórmula que precisa ser fixa. Observe no exemplo, que ao utilizar a referência
absoluta à célula B1 nas células D4 e D5 os valores estão corretos. Caso copiássemos de
D4 para D5 sem a referência, teríamos valores incorretos.

DICA 26
INTERNET - CONCEITOS DE URL:

URL: Uniform Resource Locator é o endereço que digitamos na barra do navegador


para acessar algo. Segue um padrão: https://pensarconcursos.com

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HTTPS: é o protocolo que é utilizado para acessar a página. Pode ser HTTP ou HTTPS,
neste último caso, significa que a comunicação entre quem está acessando e o site é
criptografada.

CAMINHO: é o endereço que deseja acessar, neste caso, pensarconcursos (dizemos


que pensarconcursos é o nome do domínio) por fim o TLD, que é o nome de domínio
de alto nível. pode ser .com .org .net. No nosso caso, é .com

NOME DE DOMÍNIO: deve ser observado para evitarmos problemas com criminosos,
por exemplo, um site falso poderia ser https://penssarconcursos.com parece verdadeiro,
mas o SS torna o site falso.
Muitos endereços de sites maliciosos podem se aproveitar dos encurtadores de URL. Para
evitar URL longa, é comum utilizarmos encurtadores, porém, esses encurtadores podem
esconder um site malicioso. Por exemplo, no caso acima, o encurtador esconderia o erro
do SS.
DICA 27
INTRANET
A intranet é uma rede privada que só permite acesso a pessoas autorizadas.
Desta forma, tem principalmente caráter corporativo. É através da Intranet que se tem
acesso aos sistemas corporativos. Sistemas esses que, geralmente, não ficam públicos e
só podem ser acessados dentro da organização. Utiliza os mesmos protocolos e padrões
que a internet, sua grande distinção é o fato de ser exclusiva e restrita, razão pela
qual, para acessar a Intranet o usuário deve se autenticar.
DICA 28
MOZILLA FIREFOX
É um navegador Web gratuito e código livre com possibilidade de instalar extensões,
assim como o Chrome.
Possui o recurso Firefox Sync, que sincroniza uma página web de um dispositivo para
outro dispositivo, para isso, basta o Mozilla Firefox estar instalado em ambos.

ATALHOS

Abrir nova guia CTRL + T

Abrir navegação anônima CTRL + SHIFT + P

Abrir nova janela CTRL + N

Imprimir página CTRL + P

Atualizar página F5

Reabrir última aba fechada CTRL + SHIFT + T

Salvar Página Como CTRL + S

Sair CTRL + SHIFT + Q


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Selecionar Tudo CTRL + A

Gerenciar Favoritos CTRL + SHIFT + O

DICA 29
COMPONENTES DO FIREFOX

ÍCONES

Atualizar Microfone

Página Inicial Localização

Adicionar aos Favoritos Notificações

Abrir Menu do aplicativo Extensões e Temas

Reprodução automática Câmera

BARRA DE ENDEREÇOS:

A barra de endereços do Firefox fica na parte superior do navegador e é onde se


localizam os endereços, permissões e protocolo do site, por exemplo:

Firefox está bloqueando rastreadores de mídias sociais, cookies de rastreamento;

Sua conexão com o site está utilizando HTTPS, o protocolo de conexão criptografado;

Permissões para o site, que pode ser de reprodução automática, localização, câmera,

notificações, exemplo de site com reprodução automática desabilitada .

DICA 30
MOZILLA FIREFOX
Firefox é um navegador web gratuito e código aberto mantido por organização sem fins
lucrativos. A versão ESR (Extended Support Release) ou em português lançamento de
suporte estendido é uma versão que recebe atualizações maiores em um intervalo de
tempo maior e atualizações menores a cada 4 semanas, para correções de bugs, falhas,
correções de segurança. Tem o foco em grandes organizações como universidades e
empresas que precisam manter o Firefox em larga escala.

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RLM

DICA 31
RACIOCÍNIO SEQUENCIAL - SEQUÊNCIAS E TIPOS CONJUNÇÃO LÓGICA -
SEQUÊNCIAS MISTAS

São definidas por duas lógicas.

Tem como característica a oscilação de valores, hora cresce hora decresce.

Os números de posição ímpar e os de posição par tem sua lógica.

Ex.: 25, 75, 50, 150, 100, 300, 200, 600, 400, 1.200, 800, ....

POSIÇÃO ÍMPAR = 25, 50, 100, 200, 400, 800

POSIÇÃO PAR = 75, 150, 300, 600, 1200

SEQUÊNCIA DE RECORRÊNCIA:

Precisam de uma lei de formação, ou seja, de uma fórmula matemática.

A recorrência é aplicada quando se é dado o 1-termo (a1) e faremos os cálculos numa


fórmula dada.

Ex.: Defina o próximo termo da sequência definida por an = an-1 + 3 para a1=4.
a2 = a2-1 + 3

a2 = a1 + 3

a2 = 4 + 3

a2 = 7

DICA 32

SEQUÊNCIA POR DIFERENÇA


Sequência onde aplicamos a lógica da diferença de um termo pelo seu antecessor.

A diferença resulta numa constante que resulta na lógica.

Ex.: (7, 10, 13, 16, 19,...)

Razão ou diferença igual a 3.

O comportamento dessa sequência cresce ou decresce de forma linear.

DICA 33

SEQUÊNCIA POR MÚLTIPLO


Sequência onde aplicamos a lógica da divisão de um termo pelo seu antecessor.

A divisão resulta numa constante no qual determina a lógica.

Ex.: (4, 8, 16, 32, 64,...)

Razão igual a 2.
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O comportamento dessa sequência cresce ou decresce de forma exponencial.

DICA 34

SEQUÊNCIAS ESPECIAIS
São aquelas que tem sua própria lei de formação.

Temos duas sequências importantes na matemática chamadas de Fibonnaci e Ricci.

Seguem a lógica de que o próximo número será a soma dos dois números anteriores.

FIBONNACI = 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13,...

RICCI = 3, 4, 7, 11, 18, 29,...

DICA 35

SEQUÊNCIA POR PADRÃO


Sua lógica é definida por um padrão de repetição de números, letras ou palavras.

Nesse tipo de sequência se pede uma posição futura.

A resolução é feita pela divisão da posição atribuída pela quantidade de repetição,


onde o resto da divisão será a contagem.

Ex.: Na sequência A B C D E A B C D E A B C D E A ..., a letra que ocupa a 728ª


posição é:

Repetição ABCDE = 5 valores, portanto dividimos 728 por 5 e deixará RESTO = 3.


Contando da esquerda para direita temos resposta C.

SEQUÊNCIA TRIANGULAR

Mostra uma representação de triângulo equilátero.

A cada figura os SEGMENTOS de formação do triângulo aumenta na relação:

TN = TN-1 + N ; para T sendo triângulos e n o número de pontos

T5 = T4 + 5

T5 = 10 + 5

T5 = 15

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DIREITO CONSTITUCIONAL

DICA 36
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: PUBLICIDADE DOS ATOS, PROGRAMAS, OBRAS,
SERVIÇOS E CAMPANHAS
A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos
deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo
constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades
ou servidores públicos.

Publicidade de Caráter
atos, programas, educativo,
obras, serviços e informativo ou de
campanhas orientação social

DICA 37
ADMINISTRAÇÃO DIALÓGICA

A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta


e indireta, regulando especialmente:

As reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas


a manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e
interna, da qualidade dos serviços;

O acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de


governo, observado a privacidade das pessoas e sigilo imprescindível à segurança da
sociedade e do Estado;

A disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo,


emprego ou função na administração pública.

DICA 38
ATOS IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

Os atos de improbidade administrativa importarão:

A suspensão dos direitos políticos,

A perda da função pública,

A indisponibilidade dos bens e

O ressarcimento ao erário,

Na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

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Fique atento!

A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente,
servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de
ressarcimento.

DICA 39
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO

As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de


serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de
dolo ou culpa.

Fique atento!

A responsabilidade do Estado é objetiva, isto é, a vítima não precisa provar culpa. Como
regra, adota-se a teoria do risco administrativo.

O Estado poderá eximir-se do dever de indenizar caso prove alguma causa


excludente de responsabilidade:

Caso fortuito ou força maior;

Culpa exclusiva da vítima;

Culpa exclusiva de terceiro.

Será assegurado ao Estado o direito de regresso em face do agente público que praticou o
dano. No entanto, nesse caso, o Poder Público deverá demonstrar que houve dolo ou
culpa por parte do agente.

JURISPRUDÊNCIA

A teor do disposto no art. 37, § 6º, da Constituição Federal, a ação por danos causados
por agente público deve ser ajuizada contra o Estado ou a pessoa jurídica de direito
privado prestadora de serviço público, sendo parte ilegítima para a ação o autor do ato,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. STF.
Plenário. RE 1027633/SP, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 14/8/2019 (repercussão
geral) (Info 947).

O particular lesado não poderá ingressar com a ação contra o agente público
causador do dano. Deverá propô-la em face do Estado ou da pessoa jurídica de direito
privado prestadora de serviço público.

DICA 40
ACESSO A INFORMAÇÕES PRIVILEGIADAS

A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou emprego da


administração direta e indireta que possibilite o acesso a informações privilegiadas.

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Fique atento!

É exigido lei ordinária. Por isso, atente-se, pois na prova o examinador poderá trocar por
lei complementar, o que torna a assertiva incorreta.

Lei Ao ocupante de cargo ou


- Requisitos emprego da administração
direta e indireta que
- Restrições possibilite o acesso a
informações privilegiadas

DICA 41
PODER JUDICIÁRIO - ESTRUTURA DO PODER JUDICIÁRIO
Segundo o artigo 92, são órgãos do Poder Judiciário:

Supremo Tribunal Federal;

Conselho Nacional de Justiça;

Superior Tribunal de Justiça;

Tribunal Superior do Trabalho

Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;

Tribunais e Juízes do Trabalho;

Tribunais e Juízes Eleitorais;

Tribunais e Juízes Militares;

Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.

O STF é a cúpula do Poder Judiciário, atuando como guardião da Constituição.


Atua como última instância de resolução de conflitos no caso concreto.

DICA 42
JUSTIÇA COMUM E ESPECIAL
A jurisdição no Brasil, divide-se em:

Justiça Comum: Justiça Estadual composta por Tribunais de Justiça e Juízes


de Direito. E Justiça Federal composta por Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais.

Justiça Especial: composta pela Justiça do Trabalho, Eleitoral e Militar.

Dentre os Tribunais Superiores, ou seja, Superior Tribunal de Justiça, Tribunal Superior


do Trabalho, Tribunal Superior Eleitoral e Superior Tribunal Militar, o único que não
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integra nem a Justiça Comum, nem a Justiça Especial é o Superior Tribunal de
Justiça.

ATENÇÃO!

O STF NÃO faz parte dos Tribunais Superiores.

Em que pese haver essas distinções, a doutrina majoritária entende que a


JURISDIÇÃO É UMA (ÚNICA), havendo essa distinção para fins de organização de
trabalho.

DICA 43
LEI COMPLEMENTAR DO JUDICIÁRIO
A CF dispõe de algumas regras para o exercício da magistratura:

O ingresso na carreira, ocorrerá no cargo de juiz substituto, o qual se dará por


aprovação em concurso público de provas e títulos, com a participação da OAB em todas
as fases. Exige-se do candidato o período de 3 (três) anos de prática jurídica.

O cargo de desembargador de justiça ocorrerá por antiguidade e merecimento dos


juízes de primeiro grau. Exceto nos casos do QUINTO CONSTITUCIONAL.

O subsídio, remuneração dos juízes, é escalonada e segue regras constitucionais.

O subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores (STJ, TST, TSE, STM)
corresponderá a 95% do subsídio dos Ministros do STF.

O subsídio dos demais magistrados (juízes e desembargadores) serão escalonados, não


podendo a diferença entre uma e outra ser superior a 10% ou inferior a 5%, e não
exceder 95% do subsídio dos Tribunais Superiores (art. 93, inciso V, da CF)

No art. 37, inciso XI, da CF, dispõe que o subsídio dos desembargadores será
limitado a 90,25% do subsídio dos Ministros do STF.

O juiz deverá residir na Comarca em que atua, salvo autorização do Tribunal.

O ato de remoção ou de disponibilidade do magistrado, por interesse público,


ocorrerá apenas com decisão por voto da maioria absoluta do Tribunal ou do CNJ,
assegurada ampla defesa.

As decisões administrativas serão sempre motivadas e em sessão pública, sendo as


disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros.

São vedadas as férias coletivas nos juízos de primeiro e segundo graus, funcionando
o plantão judiciário, nos dias em que não houver expediente no fórum.

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Por fim, o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda
judicial e à respectiva população.

DICA 44
ÓRGÃO ESPECIAL

É um órgão do Tribunal constituído para o exercício de matérias administrativas e


jurisdicionais delegadas pelo Tribunal Pleno.

O TRIBUNAL PLENO é constituído por todos os desembargadores do Tribunal. A CF


não disciplinou o número de desembargadores por cada Tribunal de Justiça estadual.
Alguns Tribunais de Justiça Estadual contam com um número elevado de
desembargadores. O TJSP possui 360 desembargadores, já o TJCE possui 43
desembargadores. Portanto, há um número variável.

A criação do ÓRGÃO ESPECIAL ocorre para facilitar a decisão de algumas questões


afetas ao Tribunal, tendo em vista que o Órgão Especial é constituído por no mínimo 11 e
no máximo 25 julgadores.

A metade dos cargos do Órgão Especial é provido por antiguidade e a outra metade
por eleição do Tribunal Pleno.

DICA 45

CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO


A CF dispõe no art. 97 - “Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos
membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.”.

A Cláusula de Reserva de Plenário é a regra sobre a declaração de


inconstitucionalidade nos tribunais, que somente poderá ser reconhecida a
inconstitucionalidade por decisão da maioria absoluta de seus membros ou dos
membros do órgão especial.
O STF editou a Súmula Vinculante n. 10, a qual aduz que viola a cláusula de reserva de
plenário quando órgão fracionário afasta a incidência da norma no todo ou em parte,
embora não declare expressamente a inconstitucionalidade. Confira-se:

SÚMULA VINCULANTE Nº 10, STF

“Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, art. 97) a decisão de órgão fracionário de
tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo do Poder Público, afasta a sua incidência no todo ou em parte.”

NÃO se aplica a Cláusula de Reserva de Plenário:

se o órgão fracionário declarar a constitucionalidade da norma;

se a lei ou ato normativo for anterior ao texto da Constituição Federal;


se o órgão fracionário faz apenas uma interpretação conforme;
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para juízos singulares;

para Turmas Recursais (Colégios Recursais);


para o STF no caso de controle difuso;

quando o Plenário (ou órgão especial) do Tribunal que estiver decidindo já tiver se
manifestado pela inconstitucionalidade da norma;

quando o Plenário do STF já tiver decidido que a norma em análise é inconstitucional.


DICA 46
SÚMULA VINCULANTE E REPERCUSSÃO GERAL
A Súmula Vinculante corresponde a materialização de determinado entendimento do STF,
a partir de reiteradas decisões sobre matéria constitucional. O termo “vinculante”
significa que a partir de sua publicação na imprensa oficial, a súmula terá efeito
vinculante em relação aos demais órgãos do poder judiciário e à administração
pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.

ATENÇÃO!!

A súmula não tem efeitos vinculantes em relação ao LEGISLATIVO e ao próprio


STF.

A edição da súmula vinculante ocorrerá de OFÍCIO pelo STF ou mediante


PROVOCAÇÃO:

Presidente da República;
Mesa do Senado Federal;
Mesa da Câmara dos Deputados;
Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
Governador de Estado ou do Distrito Federal;
Procurador-Geral da República;
Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
Partido político com representação no Congresso Nacional;
Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.

A súmula vinculante é aprovada mediante decisão de 2/3 dos membros do STF.

A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas


determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre
esses e a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante
multiplicação de processos sobre questão idêntica.
A revisão ou cancelamento de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem
propor a ação direta de inconstitucionalidade (tabela acima), bem como pelo próprio STF.

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Quando um ato administrativo ou decisão judicial contrariar o entendimento veiculado a
súmula, ou que indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao supremo tribunal federal,
com o objetivo de preservar o entendimento já veiculado. o STF julgando procedente a
reclamação, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e
determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o
caso.

Repercussão geral: esse é um instrumento processual que possibilita o acesso das


causas ao STF. É um requisito do recurso extraordinário que corresponde a relevância da
causa do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico.
O recorrente deverá “abrir um tópico” no recurso específico para a alegação de
repercussão geral, expondo a relevância da matéria.

No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das


questões constitucionais discutidas no caso. A alegação de repercussão geral somente
poderá ser recusada pela manifestação de 2/3 dos membros do STF.
DICA 47
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ)

O CNJ foi criado pela Emenda Constitucional nº. 45/2004. Trata-se de órgão com
competência administrativa e não jurisdicional.

Controla a atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do


cumprimento dos deveres funcionais dos juízes.

Presidência do CNJ: O Conselho será presidido pelo Presidente do Supremo


Tribunal Federal e, nas suas ausências e impedimentos, pelo Vice-Presidente do
Supremo Tribunal Federal.
IMPORTANTE!
Lembrando que a exigência constitucional sobre a necessidade de “notável saber jurídico”
não obriga qualquer formação acadêmica em ciências jurídicas. Portanto, não é necessário
que o cidadão seja sequer bacharel em direito para poder ser indicado.

ATENÇÃO!!

Apenas advogados e “cidadãos” contam com 02 (dois) membros, o restante dos órgãos
conta com apenas um membro, o que facilita a memorização.

DICA 48
DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de:

15 (quinze) membros;

com mandato de 2 (dois) anos;


admitida 1 (uma) recondução,

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Conselho 15 membros
Nacional
Mandato de 2 anos
de Justiça
Admitida 1 recondução

COMPOSIÇÃO DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

o Presidente do Supremo Tribunal Federal;

Um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, indicado pelo respectivo tribunal;

Um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, indicado pelo respectivo tribunal;

Um desembargador de Tribunal de Justiça, indicado pelo Supremo Tribunal Federal;

Um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal Federal;

Um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça;

Um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça;

Um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do


Trabalho;

Um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho;

Um membro do Ministério Público da União, indicado pelo Procurador-Geral da


República;

Um membro do Ministério Público estadual, escolhido pelo Procurador-Geral da


República dentre os nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição
estadual;

DOIS advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;

DOIS cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela


Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal.

DICA 49
DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Compete ao Superior Tribunal de Justiça:

Julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos


Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e
Territórios, quando a decisão recorrida:

contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;

julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal;


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der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.
DICA 50
DOS DIREITOS E DEVERES DA MAGISTRATURA
Os juízes gozam das seguintes garantias:

vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício,
dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz
estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado;

inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII;

Art. 93, VIII - o ato de remoção ou de disponibilidade do magistrado, por interesse


público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou
do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa;

irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º,
150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.

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DIREITO CIVIL

DICA 51
NOME EMPRESARIAL
O nome empresarial dá a identificação do empresário pelos demais envolvidos na
atividade empresarial. Pode ser composto por firma ou razão social e por
denominação e permite a distinção entre os empresários. A firma é composta pelo nome
civil do empresário individual e poderá ser facultativamente completada pelo gênero da
atividade (ex.: José da Silva comércio de alimentos). A razão social ou firma social, por
sua vez, é a utilização da firma para as sociedades. Ela é composta pelo nome civil de
mais de um dos sócios da sociedade, embora não precise ser de todos eles. Basta a
inclusão da expressão “e companhia”.
Na razão social, será incluído o nome dos sócios de responsabilidade ilimitada ou o de
um deles acompanhado da expressão “e companhia”. São exemplos as sociedades em
nome coletivo e a sociedade em comandita simples. Nessa última, como há sócios de
responsabilidade limitada e ilimitada, apenas os sócios de responsabilidade ilimitada
devem figurar na razão social.
A denominação social, por seu turno, é a segunda forma de composição do nome
empresarial. A denominação é integrada por um elemento fantasia e pela atividade a ser
desenvolvida. O ramo de atividade é obrigatório na denominação.
DICA 52
NOME EMPRESARIAL DE SOCIEDADE ESTRANGEIRA
As regras de constituição de nome de sociedade não se aplicam às estrangeiras. O Código
Civil estabeleceu regra própria impondo-lhes que usem nome de origem – formado
segundo as leis do país onde primeiro se estabeleceram –, facultando-lhes acrescerem a
expressão “do Brasil” ou “para o Brasil” (art. 1.137, parágrafo único). Observe:
Art. 1.137. A sociedade estrangeira autorizada a funcionar ficará sujeita às leis e aos
tribunais brasileiros, quanto aos atos ou operações praticados no Brasil.
Parágrafo único. A sociedade estrangeira funcionará no território nacional com o nome que
tiver em seu país de origem, podendo acrescentar as palavras "do Brasil" ou "para o
Brasil".
DICA 53
ALTERAÇÃO DO NOME EMPRESARIAL

Em geral a alteração do nome empresarial depende da vontade dos sócios ou é


motivada por oposição de outro empresário detentor anterior do nome. Há também a
hipótese de transformação da sociedade, que acarreta, entre outras mudanças, a do nome
empresarial, porque alterado o tipo societário, segue-se a necessária adaptação em
obediência ao princípio da veracidade. No tocante especialmente às firmas, haverá
necessidade de alteração nos seguintes casos:
a) retirada, exclusão ou morte de sócio cujo nome civil constava da firma social (CC, art.
1.165);
b) alteração da categoria de sócio figurante na firma social (CC, art. 1.157, parágrafo
único).

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De forma facultativa, permite-se clausular em contrato de trespasse de estabelecimento
empresarial que o novo adquirente use o nome do alienante, precedido do seu próprio,
com a qualificação de sucessor: “Fulano de Tal &Cia., sucessor de Primeira Firma Social”
(CC, art. 1.164).
DICA 54
TUTELA LEGAL DO NOME EMPRESARIAL
A partir do arquivamento dos atos constitutivos do empresário e da sociedade
empresária no Órgão de Registro de Empresas, o nome passa a ser juridicamente
tutelado, e, assim:
a) não pode ter seu elemento característico ou diferenciador reproduzido ou imitado em
marcas a ponto de causar confusão ou associação indevida (LPI, art.124, V). Entende-se
por elemento característico ou diferenciador do nome empresarial qualquer parte deste
capaz de causar engano no mercado consumidor;
b) não pode ser usado indevidamente em produto destinado à venda, em exposição ou
em estoque (LPI, art. 195, V);
c) sujeita o infrator por atos de concorrência desleal ao pagamento de indenização ao
titular do nome (LPI, art. 209);
d) permite ação para anulação de inscrição de nome empresarial feita com violação da lei
ou do contrato (CC, art. 1.167).
DICA 55
NOME EMPRESARIAL - FIRMA
A palavra “firma” está relacionada ao nome ou à assinatura de pessoa. Para efeitos de ser
uma espécie de nome empresarial, a firma é mais utilizada por empresário individual (daí
o porquê do uso firma individual), pois seu nome de pessoa física deverá constar em sua
inscrição na Junta Comercial, por exemplo, “João da Silva ME”. Conforme o art. 1.156, na
firma do empresário individual deve constar seu nome de pessoa física, completo ou
abreviado, podendo ou não ser acrescido de uma designação mais precisa da sua pessoa
(como João da Silva “Bigode” EPP) ou do ramo de sua atividade (por exemplo, João da
Silva Comércio de Bebidas EPP).
Da mesma forma, a firma deve ser usada por sociedades em que haja sócios de
responsabilidade “ilimitada”, devendo constar no nome empresarial o nome civil de pelo
menos um desses sócios (CC, arts. 1.157 e 1.158, § 1º). Contudo, o art. 1.158 do Código
Civil faculta à sociedade limitada a adoção de firma ou denominação, desde que
acompanhada da palavra “limitada” ou sua abreviação “Ltda.”
DICA 56
NOME EMPRESARIAL - DENOMINAÇÃO
Denominação significa a designação que deve ser formada pelo objeto social da
sociedade. Assim, a denominação é utilizada pelas sociedades empresárias e deve
expressar o objeto da sociedade em seu nome empresarial (CC, art. 1.158, § 2º). Em
outras palavras, o objeto social deve fazer parte da denominação, como “Bonnie Indústria
de Calçados Ltda.” Ressalta-se que a denominação pode ser formada com o nome de um
ou mais sócios ou pode ter um elemento ou expressão fantasia, por exemplo, formado
pela sigla composta das letras iniciais dos nomes dos sócios. Sociedade limitada deve ter a

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palavra “Limitada” ou “Ltda.”, sob pena de responsabilidade solidária e ilimitada dos
administradores (CC, art. 1.158, § 3º).
Já a sociedade cooperativa deve ter na sua denominação a palavra “Cooperativa” (CC,
art. 1.159). Por sua vez, a sociedade anônima deve ter em sua denominação a expressão
“Sociedade Anônima” ou “Companhia”, ou a abreviação “S.A.”, “S/A” ou “Cia.” (CC, art.
1.160). Com relação às denominações das sociedades simples, associações e fundações,
elas possuem a mesma proteção jurídica do nome empresarial (CC, art. 1.155, parágrafo
único).
DICA 57
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
Para desenvolver a atividade empresarial, o empresário deve organizar os diversos fatores
de produção. Estabelecimento empresarial é o complexo de bens utilizado pelo empresário
para exercer a empresa. É conhecido também como fundo de comércio. Não são todos os
bens do empresário que compõem o estabelecimento. Apenas os bens organizados para o
exercício da atividade é que integram essa universalidade de fato.
Dentre os elementos que o compõem, podem ser incluídos os bens materiais, tanto coisas
móveis quanto imóveis, como os bens imateriais. Integram esses bens imateriais o ponto
comercial, direitos sobre propriedades industriais, como patentes de invenções ou
modelos de utilidade, e registros de desenhos industriais e de marcas.
DICA 58
ESTABELECIMENTO VIRTUAL EMPRESARIAL
Recentemente surgiu o estabelecimento virtual, que é um local não físico para onde os
clientes também se dirigem (não por deslocamento físico, mas, sim, por deslocamento
virtual) em busca de negócios. Estabelecimento virtual é um site (sítio eletrônico). Site é o
conjunto de informações e imagens alocadas em um servidor e disponibilizadas de forma
virtual na internet. O acesso virtual ao site é feito por meio de um endereço eletrônico, ou
melhor, pelo nome de domínio (por exemplo: www.computadorlegal.com.br). O nome de
domínio identifica o estabelecimento virtual.
Dessa forma, é pelo site que a atividade do empresário – atuante no comércio eletrônico –
passa a ser difundida e desenvolvida, pois é nesse local virtual que os clientes podem
realizar compras, por meio de um deslocamento virtual. Dependendo do ramo de negócio,
para o empresário, o avanço da informática e o uso da internet são ferramentas
importantíssimas no desenvolvimento de sua atividade mercantil, sendo uma ferramenta
que auxilia na busca do lucro, pois os clientes podem adquirir produtos e serviços pela
rede mundial de computadores.
Assim, um nome de domínio pode ser considerado um ponto virtual, logo, passível de
proteção jurídica da mesma maneira que o ponto físico. Percebe-se que os conceitos
expostos até aqui (estabelecimento, título do estabelecimento, aviamento e clientela) são
aplicáveis ao fato de o site poder ser considerado um estabelecimento virtual. Dessa
forma, o nome de domínio (que espelha o endereço virtual do estabelecimento, o qual é
registrado no www.registro.br) goza de proteção jurídica, sendo regulado pelo Núcleo de
Informação e Coordenação do Ponto BR – NI C.BR, à luz das Resoluções n. 001/2005 e n.
008/2008 do Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.BR; a primeira estabelece a
competência do NI C.BR e a segunda, os critérios para os nomes de domínios.

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DICA 59
ATRIBUTOS DO ESTABELECIMENTO COMERCIAL
A organização do complexo de bens pelo empresário garante ao estabelecimento algumas
características que lhe tornam peculiar em relação aos demais. Esses atributos podem ser
identificados no aviamento e na clientela.
O aviamento é a qualidade da organização realizada sobre o complexo de bens
empreendida pelo empresário. É a capacidade de essa universalidade de fato produzir
lucros. O aviamento determina que o valor do estabelecimento como um todo é diverso da
simples soma do valor de cada um dos bens individualmente. A clientela, por seu turno,
não é elemento do estabelecimento, mas atributo esperado da organização dos bens. É o
resultado do aviamento.
O cliente não se confunde com o freguês. Clientela é o conjunto de pessoas que mantém
uma relação continuada com o estabelecimento, uma relação duradoura. Freguês, por
outro lado, é o adquirente transitório, ocasional, dos bens do empresário. A clientela é
protegida no campo da concorrência desleal, pois, embora não haja um direito do
empresário ao cliente, há direito a que não haja o desvio indevido da clientela esperada.
DICA 60
MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE
O que é uma microempresa? De acordo com a LC n. 123/2006, microempresa (ME) é
aquela que possui receita bruta anual de até R$ 360.000,00 por ano (art. 3º, inc. I).
Já a empresa de pequeno porte (EPP) é aquela que possui receita bruta anual
superior a R$ 360.000,00 até o limite de R$ 4.800.000,00 (art. 3º, inc. II).
Por isso, o que vai caracterizar o empresário como micro ou pequeno é a receita bruta que
ele auferir em cada ano-calendário. O Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa
de Pequeno Porte estabelece um regime jurídico diferenciado e favorável para o micro e
pequeno empresário em várias searas, inclusive quanto à burocracia e à diminuição da
carga tributária e das obrigações trabalhistas e previdenciárias.
DICA 61
RECUPERAÇÃO ESPECIAL DAS MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO
PORTE
A Lei de Recuperação e de Falência prevê a possibilidade de a microempresa e a
empresa de pequeno porte obterem o benefício da recuperação judicial, mediante a
apresentação de um plano especial de recuperação (LRF, art. 70). É denominado
“plano especial”, já que a recuperação para ME e EPP é muito mais simples de se
concretizar, liberando o empresário de certas exigências feitas para a recuperação
convencional. Por isso, alguns chamam a recuperação da ME ou EPP de recuperação
especial de empresa.
Em geral, a recuperação judicial da microempresa e da empresa de pequeno porte segue
a sistemática da recuperação judicial “convencional”, ressalvados alguns aspectos, a
saber. É uma ação judicial, que começa pela petição inicial, com a figura do administrador
judicial e do comitê de credores, assim como ocorre com a recuperação judicial
“convencional”.

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DICA 62
MICROEMPRESA- PONTOS IMPORTANTES
A micro e a pequena empresa podem ser:

empresário individual,

sociedade empresária ou;

sociedade simples (LC n. 123/2006, art. 3º, caput).


Vale a pena destacar que a micro e a pequena empresa podem ter por objeto a
exploração de quaisquer atividades econômicas de caráter empresarial.
Há algumas restrições que impedem uma empresa de aproveitar-se dos benefícios
jurídicos concedidos à ME e à EPP. Desse modo, não poderá se beneficiar do tratamento
jurídico diferenciado previsto na LC n° 123/2006 a pessoa jurídica:

Que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de


caixa econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de crédito
imobiliário, de corretora ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de
empresa de arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de
previdência complementar;

Constituída sob a forma de sociedade anônima;

Constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo;

Que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede
no exterior;

De cujo capital participe outra pessoa jurídica;

De cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou seja sócia
de outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado;

Cujo titular ou sócio participe com mais de 10% do capital de outra empresa que não
esteja enquadra como ME e EPP;

Cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins
lucrativos;

Cujos titulares ou sócios guardem, cumulativamente, com o contratante do serviço,


relação de pessoalidade, subordinação e habitualidade;

Que participe do capital de outra pessoa jurídica;

Resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento de


pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 anos-calendário anteriores (LC n.
123/2006, art. 3º § 4º).

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DICA 63
ATIVIDADE EMPRESARIAL - DIREITO DA EMPRESA
O conceito de atividade empresarial está diretamente relacionado com o conceito de
empresário, previsto no caput do art. 966 do Código Civil. A atividade desenvolvida pelo
empresário é empresarial, pois é exercida profissionalmente na busca de lucro. Observe o
que este artigo afirma:

Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica


organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de
natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou
colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.

DICA 64
O QUE É ATIVIDADE INTELECTUAL E CIENTÍFICA? - DIREITO DA EMPRESA
A atividade intelectual é diferente da atividade empresarial, que está normatizada no
parágrafo único do art. 966 do CC/02. Em regra, as atividades de natureza intelectual
ficaram fora do campo da empresa e do Direito Empresarial. A palavras “intelectual”
significa os dotes que vêm do intelecto (inteligência), da mente, e está relacionado à
erudição, ao estudo, ao pensar.
Assim, as atividades intelectuais são aquelas que necessitam de um esforço criador que,
por sua vez, está na mente do profissional que a realiza, como no caso de médicos,
arquitetos etc. São atividades de cunho personalíssimo, pois não admitem, via de regra, a
fungibilidade do devedor quanto à sua prestação, ou seja, o devedor não pode ser
substituído. Já a atividade de natureza científica está relacionada com quem é pesquisador
ou cientista, ou seja, alguém especializado em uma ciência (conhecimentos sistêmicos).
DICA 65
O QUE É ATIVIDADE LITERÁRIA E ARTÍSTICA?
A atividade de natureza literária está relacionada com a expressão da linguagem,
ideias, sentidos e símbolos, especialmente por meio da escrita. Nesse sentido, o
escritor, o compositor, o poeta, o jornalista etc. são exemplos de profissionais que
exercem atividade de natureza literária. O literário é intelectual, mas pode não ser
universitário. Por sua vez, a atividade de natureza artística está relacionada com a arte,
que é a produção de algo extraordinário com a utilização de habilidades e certos métodos
para a realização.
Também está relacionada com a expressão de sentidos e símbolos por meio de
linguagem não escrita. Exercem atividade de natureza artística o ator e o cantor (que
são intérpretes), o desenhista, o fotógrafo, o artista plástico etc.
DICA BÔNUS
EMPRESA IRREGULAR, INFORMAL OU DE FATO

A inscrição do empresário de acordo com o art. 967 do Código Civil é obrigatória.


Vamos ver o que este artigo afirma:

Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas


Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade.

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No caso de o empresário optar por não faze-la, será considerado este empresário
considerado como irregular. O mesmo vale para a sociedade que não registrou seu
contrato social, denominada sociedade irregular. Ainda que na maioria das vezes as
expressões “irregular” e “informal” sejam tratadas como sinônimas, é possível fazer uma
distinção entre elas.
Considera-se empresário informal aquele que não efetuou sua inscrição, bem como é
sociedade informal aquela que não efetuou seu registro no órgão competente. Trata-se de
situações em que há um exercício informal da atividade econômica, ainda muito
corriqueira no Brasil, apesar do esforço do Estado em formalizar as atividades
econômicas.

DICA BÔNUS
ARQUIVAMENTO- MICROEMPRESA
É importante que você saiba que o arquivamento envolve atos de constituição,
alteração, dissolução e extinção de empresas individuais (empresários individuais e
empresa individual de responsabilidade limitada), sociedades empresárias ou
cooperativas, bem como atos relativos a consórcio e grupos de sociedade, empresas
estrangeiras, a declaração de microempresa e outros documentos que possam
interessar ao empresário e às sociedades empresárias.
DICA BÔNUS
MICROEMPRESAS E AS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE OPTANTES PELO SIMPLES
NACIONAL
As microempresas e as empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional não
farão jus à apropriação nem transferirão créditos relativos a impostos ou contribuições
abrangidos pelo Simples Nacional.
As microempresas e as empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional não
poderão utilizar ou destinar qualquer valor a título de incentivo fiscal.

As microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional ficam


obrigadas a:

emitir documento fiscal de venda ou prestação de serviço, de acordo com instruções


expedidas pelo Comitê Gestor;

manter em boa ordem e guarda os documentos que fundamentaram a apuração dos


impostos e contribuições devidos e o cumprimento das obrigações acessórias a que se
refere o art. 25 desta Lei Complementar enquanto não decorrido o prazo decadencial e
não prescritas eventuais ações que lhes sejam pertinentes.

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PROCESSO CIVIL

DICA 66
TERMOS PROCESSUAIS CÍVEIS - APENSAMENTO
O que é o apensamento, segundo nosso CPC? Apensar é quando se anexa um
processo aos autos de outra ação que com ele tenha relação, sem que isso gere alteração
da numeração originária. Este faz parte do que o CPC chama de pedido de cooperação
jurisdicional.

Senão vejamos:
Art. 69. O pedido de cooperação jurisdicional deve ser prontamente atendido,
prescinde de forma específica e pode ser executado como:
II - reunião ou apensamento de processos.
DICA 67
AUTOS SUPLEMENTARES
Autos suplementares são os autos formados com a segunda via das peças processuais
para serem utilizados em casos de extravio dos autos principais.
E quem são os auxiliares da Justiça?
Art. 149 do CPC: São auxiliares da Justiça, além de outros cujas atribuições sejam
determinadas pelas normas de organização judiciária, o escrivão, o chefe de secretaria, o
oficial de justiça, o perito, o depositário, o administrador, o intérprete, o tradutor, o
mediador, o conciliador judicial, o partidor, o distribuidor, o contabilista e o regulador de
avarias.
O que acontece quando for verificado o desaparecimento dos autos do processo?
Simples, poderá o juiz, de ofício, qualquer das partes ou o Ministério Público, se for o
caso, promover-lhes a restauração. E mais: Havendo autos suplementares, nesses
prosseguirá o processo. Tudo isto está normatizado no art. 712 do CPC.
Beleza, mas quem tem este dever de guarda dos autos?

Art. 152 do CPC: Incumbe ao escrivão ou ao chefe de secretaria:


IV - manter sob sua guarda e responsabilidade os autos, não permitindo que saiam do
cartório, exceto:
a) quando tenham de seguir à conclusão do juiz;
b) com vista a procurador, à Defensoria Pública, ao Ministério Público ou à Fazenda
Pública;
c) quando devam ser remetidos ao contabilista ou ao partidor;
d) quando forem remetidos a outro juízo em razão da modificação da competência.
DICA 68
AÇÕES POSSESSÓRIAS
São três as ações ou interditos possessórios, previstas em nossa legislação: A ação de
reintegração de posse, a de manutenção de posse e o interdito proibitório. O que
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as caracteriza é a pretensão do autor, de recuperar, conservar ou proteger a posse, objeto
de agressões ou ameaças.
Importante: Cabe liminar na possessória, conforme os termos dos arts. 558 e 562
do CPC, na hipótese de posse nova (ou seja, de menos de ano e um dia). Não é uma
tutela provisória, como no art. 294 do CPC , mas sim de uma liminar com requisitos
distintos: Prova da posse e tempo da moléstia.

Para não esquecer: As ações possessórias são RIM.

R eintegração de posse

I nterdito proibitório

M anutenção de posse

Falando em rim: Já bebeu água?


#hidrate-se
DICA 69
AÇÃO DE IMISSÃO DE POSSE É AÇÃO POSSESSÓRIA?
Não, é a ação é petitória, fundada não na posse, mas na propriedade. E mais: os
chamados embargos de terceiro também não se enquadram como ação possessória, e o
motivo deste não enquadramento é porque pode ser ajuizada não apenas pelo possuidor,
mas também pelo proprietário, e visa proteger o terceiro, não propriamente de esbulho,
turbação ou ameaça, mas de apreensão judicial indevida.
DICA 70
TIPOS DE AÇÕES POSSESSÓRIAS
Interdito proibitório: O interdito proibitório é o tipo de ação possessória quando ainda
não houve agressão à posse, porém tão somente ameaça, tendo um caráter é preventivo,
não repressivo. O autor não pedirá ao juiz a expedição de mandado possessório, mas a
fixação de uma multa, suficientemente amedrontadora, que desanime o réu de perpetrar
a agressão que ele ameaça realizar.
Manutenção da posse: É a ação cabível no caso de turbação.
Reintegração da posse: É a ação cabível em caso de perda da posse.
DICA 71
É CABÍVEL AÇÃO POSSESSÓRIA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA?
Sim, mas desde que a Fazenda se tenha apossado indevidamente de bens alheios. Mas há
pontos a serem observados:
O art. 562, parágrafo único, estabelece: “Contra as pessoas jurídicas de direito público
não será deferida a manutenção ou a reintegração liminar sem prévia audiência dos
respectivos representantes judiciais”. Esse artigo não proíbe a concessão de liminares
contra a Fazenda, todavia faz a exigência que primeiro se ouçam os representantes
judiciais, pois a Fazenda Pública pode dar à área ocupada uma finalidade pública,
construindo no local, por exemplo, uma escola, um hospital ou uma repartição.
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Nesse caso, por força do princípio da supremacia do interesse público, o possuidor e o
proprietário perderão a coisa, mas serão ressarcidos pelos prejuízos que sofreram. Tais
prejuízos poderão ser cobrados pelo proprietário, na chamada “desapropriação indireta”,
ou pelo possuidor, já que também a posse tem valor econômico.
Veja como o STJ recentemente aprovou uma súmula, que é a Súmula 637, sobre
legitimidade de ente público em ação possessória: “O ente público detém legitimidade
e interesse para intervir, incidentalmente, na ação possessória entre
particulares, podendo deduzir qualquer matéria defensiva, inclusive, se for o
caso, o domínio.”
DICA 72
DO INVENTARIANTE
Quando for aberto o inventário, o juiz nomeará o inventariante, que passará a exercer as
suas atribuições após prestar compromisso. Ele substitui o administrador provisório, que
até então estava incumbido de zelar pelo espólio e administrar os bens. Não há nenhum
impedimento a que aquele que já vinha exercendo a função de administrador provisório
seja nomeado inventariante.

O inventariante pode estar sendo removido de ofício ou a requerimento, nas situações


seguintes:

se não prestar, no prazo legal, as primeiras ou as últimas declarações;

se não der ao inventário andamento regular, se suscitar dúvidas infundadas


ou se praticar atos meramente protelatórios;

se, por culpa sua, bens do espólio se deteriorarem, forem dilapidados ou


sofrerem dano;

se não defender o espólio nas ações em que for citado, se deixar de cobrar
dívidas ativas ou se não promover as medidas necessárias para evitar o
perecimento de direitos;

se não prestar contas ou se as que prestar não forem julgadas boas;

se sonegar, ocultar ou desviar bens do espólio.


DICA 73
EXECUÇÃO DE ALIMENTOS
Na execução fundada em título executivo extrajudicial que contenha obrigação alimentar,
o juiz mandará citar o executado para, em 3 (três) dias, efetuar o pagamento das
parcelas anteriores ao início da execução e das que se vencerem no seu curso, provar que
o fez ou justificar a impossibilidade de fazê-lo. E mais: quando o executado for funcionário
público, militar, diretor ou gerente de empresa, bem como empregado sujeito à legislação
do trabalho, o exequente poderá requerer o desconto em folha de pagamento de pessoal
da importância da prestação alimentícia.

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DICA 74
AÇÃO DE IMISSÃO DA POSSE
É uma ação petitória, fundamentada não na posse, mas na propriedade em si. A ação de
imissão de posse é aquela atribuída ao adquirente de um bem, que tenha se tornado seu
proprietário, para ingressar na posse pela primeira vez, quando o alienante não lhe
entrega devidamente a coisa.
E mais: para o STJ, é vedado o ajuizamento de ação de imissão na posse de imóvel na
pendência de ação possessória envolvendo o mesmo bem, conforme pode ser visto no
Informativo 701.
DICA 75
PRISÃO CIVIL DO DEVEDOR DE ALIMENTOS
Desde que o Supremo Tribunal Federal afastou a prisão civil do depositário infiel, a do
devedor de alimentos tornou-se a única hipótese de prisão por dívida conforme os termos
do art. 5º, LXVII da CF. De uma forma bem simplificada, ela não constitui pena, todavia é
meio de coerção. Ou seja, feito o pagamento, o devedor será imediatamente posto em
liberdade, podendo ser pedido um alvará de soltura para o devedor em questão.
É importante destacar que a prisão civil não pode ser decretada de ofício, mas depende
do requerimento do credor, por razões pessoais, e dadas as ligações que mantém ou
manteve com o devedor, ele pode não desejar que ela seja decretada.
DICA 76
TESTEMUNHA
É a pessoa que comparece a juízo, para prestar informações a respeito dos fatos
relevantes para o julgamento.

ATENÇÃO!!

Somente as pessoas físicas podem ser testemunhas, nunca as jurídicas.

De mais a mais, é preciso que sejam alheias ao processo. As partes podem ser ouvidas
em depoimento pessoal ou interrogatório, nunca como testemunhas. Elas serão ouvidas
diretamente em audiência presidida pelo juiz da causa, salvo nas hipóteses do art. 453 do
CPC, e terão o dever de colaborar com o juízo, prestando informações verdadeiras.
E quanto à condução coercitiva: há esta possibilidade? Sim, o CPP traz esta
normatização (sim, estamos falando do CPP dentro de processo civil):
Art. 218 do CPP: Se, regularmente intimada, a testemunha deixar de comparecer sem
motivo justificado, o juiz poderá requisitar à autoridade policial a sua apresentação ou
determinar seja conduzida por oficial de justiça, que poderá solicitar o auxílio da força
pública.

DICA 77
DESPEJO
A ação de despejo é devidamente prevista na Lei do Inquilinato (Lei n° 8.245/91) em
que o proprietário de um imóvel alugado ingressará com o pedido de desocupação da
propriedade, com o intuito de retomar sua posse total. Após a finalização do processo, o
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locatário é obrigado a deixar o imóvel, que pode ser usado pelo dono como ele bem
entender, inclusive alugando de novo para outra pessoa interessada. E qual é a
importância do (a) candidato (a) ao cargo de oficial de saber do despejo?
Bom, um exemplo de situação comum na vida deste profissional é que se o oficial de
justiça não encontrar o imóvel ou o inquilino, começa a correr um novo prazo para o
proprietário se manifestar, onde pode ser solicitado uma diligência acompanhada, caso
necessário.
DICA 78
ATOS PROCESSUAIS DETERMINADOS AO OFICIAL DE JUSTIÇA EM FUNÇÃO DE
SUA ATRIBUIÇÃO
Antes de qualquer coisa, o que é um oficial de justiça? O oficial de justiça é um
servidor do Tribunal, concursado, encarregado de dar cumprimento às ordens judiciais
exaradas pelos juízes. Trata-se de profissional extremamente preparado para lidar com as
situações que envolve um serviço de natureza externa. Além do mais, o artigo 154 do CPC
traz suas atribuições, que são estas:

Art. 154. Incumbe ao oficial de justiça:


I - fazer pessoalmente citações, prisões, penhoras, arrestos e demais diligências
próprias do seu ofício, sempre que possível na presença de 2 (duas) testemunhas,
certificando no mandado o ocorrido, com menção ao lugar, ao dia e à hora;
II - executar as ordens do juiz a que estiver subordinado;
III - entregar o mandado em cartório após seu cumprimento;
IV - auxiliar o juiz na manutenção da ordem;
V - efetuar avaliações, quando for o caso;
VI - certificar, em mandado, proposta de autocomposição apresentada por qualquer das
partes, na ocasião de realização de ato de comunicação que lhe couber.

DICA 79
PENHORA - DA DOCUMENTAÇÃO

A penhora será realizada mediante auto ou termo, o qual conterá:


a indicação do dia, do mês, do ano e do lugar em que foi feita;

os nomes do exequente e do executado;


a descrição dos bens penhorados, com as suas características;
a nomeação do depositário dos bens.

DICA 80
O QUE É A PENHORA? - CONSIDERAÇÕES SOBRE O OFICIAL
Para a sua prova de Oficial de Justiça do Tribunal de Minas Gerais, é importante que
você saiba que a penhora é ato de constrição que tem por fim individualizar os bens do
patrimônio do devedor que ficarão afetados ao pagamento do débito e que serão
excutidos oportunamente. É ato fundamental de toda e qualquer execução por quantia,
sem o qual não se pode alcançar a satisfação do credor. Não havendo indicação do credor,

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cumprirá ao oficial de justiça, munido do mandado, buscar bens do devedor, suficientes
para a garantia do débito, observadas as hipóteses de impenhorabilidade do art. 833 do
CPC e da Lei n° 8.009/90.
E se o credor não indicar e o oficial de justiça não localizar bens? O juiz poderá,
qualquer tempo, de ofício ou a requerimento do credor, intimar o devedor para que os
indique. Se ele, tendo bens, deixar de informar, incorrerá nas penas do ato atentatório à
dignidade da justiça.
DICA 81
PENHORA E BENS
Por meio da penhora, os bens do devedor serão apreendidos e deixados sob a guarda de
um depositário. Enquanto não tiver havido o depósito, a penhora não estará perfeita e
acabada. Para a sua efetivação, o oficial de justiça poderá solicitar, se necessário, ordem
de arrombamento, podendo o juiz determinar o auxílio da força policial. Ela recairá sobre
tantos bens quantos bastem para o pagamento do principal, juros, custas e honorários
advocatícios.
Indaga-se, e se o bem estiver em outra comarca? Haverá expedição de carta
precatória para que a penhora seja efetivada.
DICA 82
LUGAR DE REALIZAÇÃO DA PENHORA
Qual o lugar de realização da penhora? É o local onde se encontrem os bens, ainda
que sob a posse, a detenção ou a guarda de terceiros. E mais: A penhora de imóveis,
independentemente de onde se localizem, quando apresentada certidão da respectiva
matrícula, e a penhora de veículos automotores, quando apresentada certidão que ateste
a sua existência, serão realizadas por termo nos autos.
E se executado fechar as portas da casa a fim de obstar a penhora dos bens, o
que o oficial de justiça deverá fazer?
O oficial de justiça comunicará o fato ao juiz, solicitando-lhe ordem de arrombamento. E
mais: Deferido o pedido, 02 (dois) oficiais de justiça cumprirão o mandado, arrombando
cômodos e móveis em que se presuma estarem os bens, e lavrarão de tudo auto
circunstanciado, que será assinado por 02 (duas) testemunhas presentes à diligência.
Por fim, sempre que necessário, o juiz requisitará força policial, a fim de auxiliar os oficiais
de justiça na penhora dos bens.

DICA 83
SEGUNDA PENHORA - POSSIBILIDADE
Indaga-se para você, futuro Oficial de Justiça do Tribunal de Minas Gerais: é
possível a realização de uma segunda penhora?
O art. 851 do CPC prevê a realização de uma segunda penhora quando:
a primeira for anulada;
executados os bens, o produto da alienação não bastar para o pagamento do
exequente;
o exequente desistir da primeira penhora, por serem litigiosos os bens, ou por estarem
submetidos à constrição judicial.
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DICA 84
MODIFICAÇÕES DA PENHORA
O executado pode, no prazo de 10 (dez) dias contado da intimação da penhora, requerer
a substituição do bem penhorado, desde que comprove que lhe será menos onerosa e não
trará prejuízo ao exequente.
De mais a mais, destaca-se que juiz só autorizará a substituição se o executado:

comprovar as respectivas matrículas e os registros por certidão do correspondente


ofício, quanto aos bens imóveis;

descrever os bens móveis, com todas as suas propriedades e características, bem


como o estado deles e o lugar onde se encontram;

descrever os semoventes, com indicação de espécie, de número, de marca ou sinal e


do local onde se encontram;
identificar os créditos, indicando quem seja o devedor, qual a origem da dívida, o título
que a representa e a data do vencimento; e
atribuir, em qualquer caso, valor aos bens indicados à penhora, além de especificar os
ônus e os encargos a que estejam sujeitos.
DICA 85
SUBSTITUIÇÃO DA PENHORA
É possível a substituição da penhora? Sim, as partes poderão requerer a
substituição da penhora se:
ela não obedecer à ordem legal;
ela não incidir sobre os bens designados em lei, contrato ou ato judicial para o
pagamento;

havendo bens no foro da execução, outros tiverem sido penhorados;


havendo bens livres, ela tiver recaído sobre bens já penhorados ou objeto de gravame;
ela incidir sobre bens de baixa liquidez;

fracassar a tentativa de alienação judicial do bem; ou


o executado não indicar o valor dos bens ou omitir qualquer das indicações previstas
em lei.
Destaca-se que a penhora pode ser substituída por fiança bancária ou por seguro garantia
judicial, em valor não inferior ao do débito constante da inicial, acrescido de 30%.
No mais, lembre-se que sempre que ocorrer a substituição dos bens inicialmente
penhorados, será lavrado novo termo!

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DICA 86
STJ (NOVIDADE): FALTA DE PAGAMENTO DE ALIMENTOS INDENIZATÓRIOS NÃO
GERA PRISÃO CIVIL, CONFIRMA TERCEIRA TURMA
Para a Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), não é possível a prisão civil
do devedor de alimentos indenizatórios, fixados provisoriamente aos pais de vítima de
homicídio, no curso de ação fundada em responsabilidade civil por acidente de trânsito.
O colegiado concedeu habeas corpus para um homem condenado a prestar alimentos aos
pais da vítima de forma provisória, no valor de 2/3 do salário mínimo, até o julgamento da
ação em que se discute a responsabilidade civil pelo acidente.
O habeas corpus foi impetrado após o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS)
concluir que a execução de alimentos indenizatórios pode ser processada pelo rito da
prisão civil, sob o argumento de que o artigo 528 do Código de Processo Civil (CPC/2015)
não faz diferença quanto à origem da obrigação alimentar; por isso, o inadimplemento
voluntário e inescusável de qualquer prestação alimentícia autorizaria o encarceramento
do devedor.

"Em matéria de responsabilidade civil, os alimentos não se mostram, a


princípio, essenciais à manutenção da subsistência e da vida do credor,
refletindo mero parâmetro de indenização, para melhor apuração do cálculo do
valor a ser ressarcido", ponderou o relator.

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DIREITO PENAL

DICA 87
FALSO TESTEMUNHO OU FALSA PERÍCIA

ATENÇÃO!

A vítima NÃO pode cometer crime de falso testemunho!

FALSO TESTEMUNHO OU FALSA


CORRUPÇÃO ATIVA DE TESTEMUNHA
PERÍCIA

Fazer afirmação falsa, negar ou Dar, oferecer ou prometer


calar a verdade dinheiro ou vantagem

Testemunha, perito, contador, Testemunha, perito, contador,


tradutor ou intérprete tradutor ou intérprete

Processo judicial, processo


Depoimento, perícia, cálculos,
administrativo, inquérito policial e
tradução ou interpretação
juízo arbitral

FALSO TESTEMUNHO OU FALSA PERÍCIA CORRUPÇÃO ATIVA DE


TESTEMUNHA

Aumento de pena: 1/6 a 1/3 Aumento de pena: 1/6 a


1/3
Suborno, prova em processo penal,
processo civil com parte da Administração Prova em processo penal,
Pública (direta ou indireta) processo civil com parte da
Administração Pública (direta ou
indireta)

Extinção da Punibilidade: retratação antes


da sentença no processo em que ocorreu o falso

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DICA 88
COAÇÃO NO CURSO DO PROCESSO

Usar de violência ou grave ameaça;

Com o fim de favorecer interesse próprio ou alheio;

Contra autoridade, parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada a


intervir;

Em processo judicial, policial ou administrativo, ou em juízo arbitral.

DICA 89
EXERCÍCIO ARBITRÁRIO DAS PRÓPRIAS RAZÕES

É o “fazer justiça com as próprias mãos”;

Haverá crime ainda que a pretensão seja legítima. Ex.: meu inquilino está me
devendo, entro na casa que alugo para ele e pego um dinheiro que estava na
mesa no valor do aluguel;

A violência NÃO é elemento obrigatório do tipo;

Se NÃO houver violência, a ação só se iniciar mediante QUEIXA (ação penal


privada);

A pena é a MESMA se a pretensão é legítima ou ilegítima;

A pena é de detenção OU multa;

DICA 90

FRAUDE PROCESSUAL

Inovar artificiosamente (de forma mentirosa);

Na pendência de PROCESSO CIVIL, ADMINISTRATIVO ou PENAL;

Estado de COISA, LUGAR ou PESSOA;

Com o fim de induzir a erro JUIZ ou PERITO;

Se for em PROCESSO PENAL (mesmo não iniciado) a pena será aplicada em DOBRO;
DICA 91

EXPLORAÇÃO DE PRESTÍGIO

Solicitar ou Receber;

Dinheiro ou qualquer utilidade;

A pretexto de influir em juiz, jurado, órgão do Ministério Público, funcionário da


justiça, perito, tradutor, intérprete ou testemunha;

Causa de aumento 1/3: se o agente alega ou insinua que a vantagem se destina ao


agente público.

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DICA 92

DESOBEDIÊNCIA A DECISÃO JUDICIAL SOBRE PERDA OU SUSPENSÃO DE


DIREITO

Exercer função, atividade, direito, autoridade ou múnus;


De que foi suspenso ou privado por decisão judicial;

CUIDADO: Tipo específico de desobediência, referente à pessoa que teve atividade ou


direito suspenso por decisão judicial.
DICA 93
LEI 9.099/1995 E ALTERAÇÕES (JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS) –
CONCEITO E COMPETÊNCIA

Infrações de menor potencial ofensivo são as:

Contravenções penais e crimes que a lei comine pena MÁXIMA não superior a 2
(dois) anos, cumulada ou não com multa.

O art. 63 prevê que a competência do Juizado será determinada pelo lugar em que
foi praticada a infração penal. Aplica-se a TEORIA DA ATIVIDADE.

Competência Lugar em que foi praticada a


do Juizado infração penal (teoria da atividade)

DICA 94
LEI 9.099/1995 E ALTERAÇÕES (JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS)
Ao autor do fato que, após a lavratura do termo, for imediatamente encaminhado ao
juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, não se imporá prisão em
flagrante, nem se exigirá fiança.
Em caso de violência doméstica, o juiz poderá determinar como medida de cautela, seu
afastamento do lar, domicilio ou local de convivência com a vítima.
Portanto, se o autor assinar se comprometendo a comparecer ao juizado, não será preso
em flagrante. Porém, caso o autor não queira assumir o compromisso de comparecer ao
JECRIM, será lavrado o auto de prisão em flagrante.
DICA 95
LEI 9.099/1995 E ALTERAÇÕES (JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS) -
COMPOSIÇÃO DOS DANOS CIVIS
A reparação do dano causado pelo delito é um dos objetivos da lei 9.099/95, regulada
pelo art. 74, prevê a composição dos danos civis, que é um acordo feito entre vítima e
autor do delito, em que busca uma reparação pelo prejuízo sofrido.
Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz
mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no juízo civil
competente.

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Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação penal pública
condicionada à representação, o acordo homologado acarreta a renúncia ao direito
de queixa ou representação.
DICA 96
LEI 9.099/1995 E ALTERAÇÕES (JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS) -
TRANSAÇÃO PENAL E SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO

SUSPENSÃO CONDICIONAL DO
TRANSAÇÃO PENAL
PROCESSO

Art. 76. Havendo representação ou Art. 89. Nos crimes em que a pena
tratando-se de crime de ação penal mínima cominada for igual ou inferior
pública incondicionada, não sendo caso a um ano, abrangidas ou não por esta
de arquivamento, o Ministério Público Lei, o Ministério Público, ao oferecer a
poderá propor a aplicação imediata denúncia, poderá propor a suspensão
de pena restritiva de direitos ou do processo, por dois a quatro anos,
multas, a ser especificada na proposta. desde que o acusado não esteja sendo
processado ou não tenha sido condenado
por outro crime, presentes os demais
requisitos que autorizariam a suspensão
condicional da pena (art. 77 do Código
Penal).

Caso não haja conciliação o MP pode O MP pode propor a suspensão


propor ao infrator a aplicação de pena condicional do processo por 2 a 4 anos
não privativa de liberdade ou multa. em crimes cuja pena MÍNIMA seja de
até 1 ano.

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PROCESSO PENAL

DICA 97
PRAZOS IMPORTANTES DO PROCEDIMENTO SUMÁRIO

SUMÁRIO

Audiência em 30 dias

Testemunhas 5 de cada lado

Alegações finais orais 20 minutos para cada lado

Tempo de prorrogação 10 minutos para cada lado

Tempo do assistente do MP 10 minutos

Alegações finais escritas (memoriais) NÃO HÁ

Sentença Sempre em audiência

DICA 98
TRIBUNAL DO JÚRI: FASES DO JÚRI
O procedimento do Júri é composto por duas fases chamadas de: sumário da culpa
e plenário;

PRIMEIRA FASE SEGUNDA FASE

TESTEMUNHAS 8 TESTEMUNHAS 5

DURAÇÃO 90 DIAS DURAÇÃO SEM PRAZO

INSTRUÇÃO PLENÁRIO

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DICA 99
TRIBUNAL DO JÚRI: DECISÕES
A primeira fase do Júri se encerra com uma decisão do Juiz, que pode ser: pronúncia,
impronúncia, desclassificação e absolvição sumária;

Quando há prova da
Encaminhado para a fase
PRONÚNCIA materialidade e indícios de
de plenário de Júri;
autoria;

O processo é extinto, mas


Quando não há provas
a punibilidade do agente
suficientes da materialidade,
IMPRONÚNCIA não. Havendo novas
nem indícios suficientes de
provas, pode haver nova
autoria;
denúncia;

Quando se perceber que não se


O processo será remetido
DESCLASSIFICAÇÃO trata de crime doloso contra a
ao juízo competente;
vida;

Quando estiver provada a


INEXISTÊNCIA do fato;
provado que o acusado NÃO
Nesse caso, o processo é
participou do crime; quando o
ABSOLVIÇÃO extinto e a punibilidade do
fato NÃO for crime; quando o
SUMÁRIA agente também, pois ele é
agente for isento de pena ou
considerado inocente.
houver causa de exclusão do
crime (exceto inimputabilidade
- doença mental)

DICA 100
ALISTAMENTO DOS JURADOS

Anualmente, o presidente do Tribunal do Júri formará a lista de jurados nas seguintes


quantidades:

Cidades com mais de 1MI de habitantes: 800 a 1.500;

Cidades com mais de 100 MIL habitantes: 300 a 700;

Cidades com menos de 100 MIL habitantes: 80 a 400;

A lista geral de jurados será publicada pela imprensa ATÉ o dia 10 de outubro;
A lista pode ser alterada até o dia 10 de novembro (publicação definitiva);
Fica excluído da lista geral de jurados: quem fez parte de CONSELHO DE SENTENÇA
nos últimos 12 meses;

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DICA 101
DESAFORAMENTO

É a mudança de comarca onde ocorrerá o Júri e pode acontecer por três motivos:

Interesse de ordem pública;

Dúvida sobre a imparcialidade do Júri;

Segurança pessoal do acusado;

Excesso de trabalho que não permita o julgamento em 6 (seis) meses da pronúncia;


Será realizado pelo TRIBUNAL a pedido do juiz, do acusado, do Ministério Público, do
assistente ou do querelante;
Deve-se priorizar a comarca mais próxima;
Não caberá pedido de desaforamento se estiver pendente o julgamento de recurso;
DICA 102
ORDEM DO JULGAMENTO

Havendo muitos processos para serem julgados pelo Tribunal do Júri, SALVO MOTIVO
RELEVANTE, se obedecerá à seguinte ordem:

Acusados presos;

Dentre os presos, os que estiverem presos há mais tempo;

Se todos estiverem presos pelo mesmo tempo, os que tiverem sido pronunciado
primeiro.
DICA 103
ORDEM DO JULGAMENTO
Antes do dia designado para o primeiro julgamento da reunião periódica, será afixada na
porta do edifício do Tribunal do Júri a lista dos processos a serem julgados.
Fique atento!
O juiz presidente reservará datas na mesma reunião periódica para a inclusão de processo
que tiver o julgamento adiado.

O assistente somente será admitido se tiver requerido sua habilitação até 5 (cinco) dias
antes da data da sessão na qual pretenda atuar.

DICA 104
DO SORTEIO E DA CONVOCAÇÃO DOS JURADOS

Após à organização da pauta, o juiz presidente determinará a intimação do:


Ministério Público;

Ordem dos Advogados do Brasil; e


Defensoria Pública.

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Para acompanharem, em dia e hora designados, o sorteio dos jurados que atuarão
na reunião periódica.
Tome nota!
O sorteio, presidido pelo juiz, far-se-á a portas abertas, cabendo-lhe retirar as cédulas até
completar o número de 25 jurados, para a reunião periódica ou extraordinária.
DICA 105
SORTEIO DOS JURADOS

Como se dá a escolha dos jurados que farão o julgamento do feito?


De 10 a 15 dias úteis antes da reunião será realizado o sorteio;

Serão sorteados 25 jurados dentre a lista geral anual de jurados;

A audiência de sorteio não será adiada pela ausência das partes;

O jurado que for sorteado fica excluído das reuniões futuras;

Os 25 jurados sorteados serão intimados pelo correio ou outro meio para comparecer
ao julgamento;

Se no dia da audiência comparecerem pelo menos 15 jurados, o juiz dará início aos
trabalhos;

O juiz sorteará 7 jurados para formação do Conselho de Sentença;

Cada parte poderá recusar até 3 jurados, e o sorteio seguirá até formar os 7 que farão
o julgamento.
DICA 106
JURADOS
O serviço do Júri é obrigatório aos maiores de 18 anos e a recusa injustificada acarretará
multa de 1 a 10 salários-mínimos;

São ISENTOS do Júri:

Presidente da República;

Ministros de Estados;

Governadores;

Secretários de Estado;

Senadores, Deputados e Vereadores;

Prefeitos;

Magistrados, membros do MP e da Defensoria Pública;

Autoridades e servidores da Segurança Pública;

Militares na ativa;

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Maiores de 70 anos (opcional);

Justo impedimento comprovado (caso a caso);

Aquele que se recusar por motivo filosófico ou religioso, deverá cumprir prestação
alternativa;
DICA 107
IMPEDIDOS

São impedidos de servir do mesmo conselho de sentença (ou seja, dentre os 7


sorteados que farão o julgamento):
Marido e mulher ou em união estável;
Ascendente e descendente;
Sogro/sogra com genro/nora;
Irmãos e cunhados;
Tios e sobrinhos;
Padrasto/madrasta e enteado.
Além disso, aplicam-se aos jurados todas as causas de impedimento e suspeição
aplicadas aos juízes togados;
Sorteadas duas pessoas da mesma família, servirá o que for sorteado primeiro.
DICA 108
JURADO
NÃO PODE SER JURADO
O jurado que já tiver participado de um julgamento do mesmo processo;
Tiver participado do conselho de sentença do coautor ou partícipe;

Tiver se manifestado anteriormente em condenar ou absolver.


DICA 109
DO QUESTIONÁRIO E SUA VOTAÇÃO

Os quesitos serão formulados na seguinte ordem, indagando sobre:


1º) a materialidade do fato;

2º) a autoria ou participação;


3º) Se o acusado deve ser absolvido;
4º) Se existe causa de diminuição de pena alegada pela defesa;
5º) se existe circunstância qualificadora ou causa de aumento de pena reconhecidas na
pronúncia ou em decisões posteriores que julgaram admissível a acusação.

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TOME NOTA!
Havendo mais de um crime ou mais de um acusado, os quesitos serão formulados em
séries distintas.
DICA 110
DO QUESTIONÁRIO E SUA VOTAÇÃO
As decisões do Tribunal do Júri serão tomadas por maioria de votos.
Se a resposta a qualquer dos quesitos estiver em contradição com outra ou outras já
dadas, o presidente, explicando aos jurados em que consiste a contradição, submeterá
novamente à votação os quesitos a que se referirem tais respostas.
Se, pela resposta dada a um dos quesitos, o presidente verificar que ficam prejudicados
os seguintes, assim o declarará, dando por finda a votação.
DICA 111
DA SENTENÇA DE CONDENAÇÃO NO JÚRI

O presidente, no caso de condenação, proferirá sentença que:

Fixará a pena-base;

Considerará as circunstâncias agravantes ou atenuantes alegadas nos debates;

Imporá os aumentos ou diminuições da pena, em atenção às causas admitidas pelo


júri;

Observará as demais disposições do art. 387 deste Código;

Mandará o acusado recolher-se ou recomendá-lo-á à prisão em que se encontra, se


presentes os requisitos da prisão preventiva, ou, no caso de condenação a uma pena igual
ou superior a 15 (quinze) anos de reclusão, determinará a execução provisória das penas,
com expedição do mandado de prisão, se for o caso, sem prejuízo do conhecimento de
recursos que vierem a ser interpostos; (Redação dada pelo Pacote Anticrime)

Estabelecerá os efeitos genéricos e específicos da condenação;

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NOÇÕES BÁSICAS DE CUSTAS E TAXAS JUDICIÁRIAS

DICA 112
LEI ESTADUAL Nº 14.939/03: RECOLHIMENTO DO VALOR DA DILIGÊNCIA
O valor da diligência será recolhido à disposição do Tribunal de Justiça e liberada
após o efetivo cumprimento do mandado, conforme dispuser ato normativo da
Corregedoria-Geral de Justiça.

Fique atento!

O reembolso das verbas indenizatórias do oficial de justiça-avaliador, devida pela pessoa


jurídica de direito público, poderá ser recolhida na forma prevista em convênio a ser
celebrado com o Tribunal de Justiça.

DICA 113

LEI ESTADUAL Nº 14.939/03: VERBA DE ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA

A verba relacionada com a assistência judiciária e juizados especiais será objeto de


regulamentação pelo Tribunal de Justiça.

Tome nota!

O reembolso das verbas indenizatórias do oficial de justiça-avaliador não se aplica aos


órgãos da Administração direta do Estado. E, nesses casos, o Poder Judiciário
assegurará o pagamento da verba indenizatória de transporte ao oficial de justiça-
avaliador.

DICA 114

LEI ESTADUAL Nº 14.939/03: REMUNERAÇÃO DO PSICÓLOGO JUDICIAL, DO


ASSISTENTE SOCIAL JUDICIAL E DO MÉDICO JUDICIAL

A remuneração do psicólogo judicial, do assistente social judicial e do médico judicial, do


Quadro de Servidores do Tribunal de Justiça, será feita a título de reembolso ao órgão
pagador, conforme previsto na tabela “E”, constante no Anexo da Lei Estadual nº
14.939/03, ressalvados os casos de gratuidade e isenção de custas.

Apenas a título de conhecimento, veja o valor mencionado pela tabela E (R$ 180,14)
para o pagamento desses profissionais:

DICA 115

LEI ESTADUAL Nº 14.939/03: REEMBOLSO DE DESPESA COM TRAVESSIA DE RIO


OU PEDÁGIO

Para o cumprimento de citação, intimação, notificação, estudo de caso e averiguação em


que seja necessário o pagamento de pedágio em rodovia estadual e federal ou o
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reembolso de despesa com travessia de rio ou lago, o valor desembolsado
previamente pela parte requisitante da diligência.

Veja: Caso a realização da diligência exija o pagamento de pedágio ou travessia de rio ou


lago, será necessário que a parte requisitante pague o valor previamente, pois cabe a ela
suportar esse ônus.

DICA 116

LEI ESTADUAL Nº 14.939/03: DA FISCALIZAÇÃO E DAS PENALIDADES

Cabe à Corregedoria-Geral de Justiça, ao Juiz de Direito e ao Ministério Público, de ofício


ou mediante solicitação do interessado, fiscalizar o cumprimento do disposto da Lei
14.939/03.

Tome nota!

→ O escrivão fiscalizará, na primeira e na segunda instâncias, o recolhimento das


custas prévias e finais, remetendo à Contadoria a conferência da exatidão dos
resultados, se necessário.

→ Havendo divergência entre o valor da pretensão e o valor da causa, caberá ao


escrivão judicial ou ao diretor de cartório promover os autos ao magistrado de
primeiro e segundo graus para deliberar sobre o recolhimento complementar de custas.

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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

DICA 117
DA TRANSFERÊNCIA DA RESIDÊNCIA FAMILIAR
Segundo o art. 4º da Lei 8.009/90, não se beneficiará do disposto nesta lei aquele
que, sabendo-se insolvente, adquire de má-fé imóvel mais valioso para transferir
a residência familiar, desfazendo-se ou não da moradia antiga. De acordo com o §
1º, neste caso, poderá o juiz, na respectiva ação do credor, transferir a impenhorabilidade
para a moradia familiar anterior, ou anular-lhe a venda, liberando a mais valiosa para
execução ou concurso, conforme a hipótese.
Conforme o § 2º, quando a residência familiar constituir-se em imóvel rural, a
impenhorabilidade restringir-se-á à sede de moradia, com os respectivos bens
móveis, e, nos casos do art. 5º, inciso XXVI, da Constituição, à área limitada
como pequena propriedade rural.
Dispõe o art. 5º que, para os efeitos de impenhorabilidade, de que trata esta lei,
considera-se residência um único imóvel utilizado pelo casal ou pela entidade familiar
para moradia permanente.
De acordo com o parágrafo único, na hipótese de o casal, ou entidade familiar, ser
possuidor de vários imóveis utilizados como residência, a impenhorabilidade recairá sobre
o de menor valor, salvo se outro tiver sido registrado, para esse fim, no Registro de
Imóveis e na forma do art. 70 do Código Civil.
DICA 118
DECRETO-LEI 3.365/1941, QUE DISPÕE SOBRE DESAPROPRIAÇÕES POR
UTILIDADE PÚBLICA - DOS CASOS DE UTILIDADE PÚBLICA

Segundo o art. 5º, consideram-se casos de utilidade pública:


a segurança nacional;
a defesa do Estado;
o socorro público em caso de calamidade;
a salubridade pública;
a criação e melhoramento de centros de população, seu abastecimento regular de
meios de subsistência;
o aproveitamento industrial das minas e das jazidas minerais, das águas e da energia
hidráulica;
a assistência pública, as obras de higiene e decoração, casas de saúde, clínicas,
estações de clima e fontes medicinais;
a exploração ou a conservação dos serviços públicos;
a abertura, conservação e melhoramento de vias ou logradouros públicos; a execução
de planos de urbanização; o parcelamento do solo, com ou sem edificação, para sua
melhor utilização econômica, higiênica ou estética; a construção ou ampliação de distritos
industriais;

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A construção ou ampliação de distritos industriais, inclui o loteamento das áreas
necessárias à instalação de indústrias e atividades correlatas, bem como a revenda ou
locação dos respectivos lotes a empresas previamente qualificadas.

o funcionamento dos meios de transporte coletivo;


a preservação e conservação dos monumentos históricos e artísticos, isolados ou
integrados em conjuntos urbanos ou rurais, bem como as medidas necessárias a manter-
lhes e realçar-lhes os aspectos mais valiosos ou característicos e, ainda, a proteção de
paisagens e locais particularmente dotados pela natureza;
a preservação e a conservação adequada de arquivos, documentos e outros bens
móveis de valor histórico ou artístico;
a construção de edifícios públicos, monumentos comemorativos e cemitérios;
a criação de estádios, aeródromos ou campos de pouso para aeronaves;
a reedição ou divulgação de obra ou invento de natureza científica, artística ou literária;
os demais casos previstos por leis especiais.
A efetivação da desapropriação para fins de criação ou ampliação de distritos
industriais depende de aprovação, prévia e expressa, pelo Poder Público
competente, do respectivo projeto de implantação.
De acordo com o § 3º, ao imóvel desapropriado para implantação de parcelamento
popular, destinado às classes de menor renda, não se dará outra utilização nem
haverá retrocessão.
Os bens desapropriados para fins de utilidade pública e os direitos decorrentes da
respectiva imissão na posse poderão ser alienados a terceiros, locados, cedidos,
arrendados, outorgados em regimes de concessão de direito real de uso, de
concessão comum ou de parceria público-privada e ainda transferidos como
integralização de fundos de investimento ou sociedades de propósito específico.
DICA 119
DA IMISSÃO PROVISÓRIA NA POSSE
O art. 15 prevê que, se o expropriante alegar urgência e depositar quantia arbitrada
de conformidade com o art. 685 do Código de Processo Civil, o juiz mandará imití-lo
provisoriamente na posse dos bens;

Dispõe o § 1º que, a imissão provisória poderá ser feita, independente da


citação do réu, mediante o depósito:
do preço oferecido, se este for superior a 20 vezes o valor locativo, caso o
imóvel esteja sujeito ao imposto predial;
da quantia correspondente a 20 vezes o valor locativo, estando o imóvel sujeito ao
imposto predial e sendo menor o preço oferecido;
do valor cadastral do imóvel, para fins de lançamento do imposto territorial, urbano
ou rural, caso o referido valor tenha sido atualizado no ano fiscal imediatamente anterior;
não tendo havido a atualização a que anteriormente referida, o juiz fixará
independente de avaliação, a importância do depósito, tendo em vista a época

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em que houver sido fixado originalmente o valor cadastral e a valorização ou
desvalorização posterior do imóvel.
Segundo o § 2º, a alegação de urgência, que não poderá ser renovada, obrigará o
expropriante a requerer a imissão provisória dentro do prazo improrrogável de
120 dias. Excedido este prazo, não será concedida a imissão provisória.
De acordo com § 4º, a imissão provisória na posse será registrada no registro de
imóveis competente.
DICA 120
LEI BRASILEIRA DE INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA (LEI N°
13.146/2015) - DO ATENDIMENTO PRIORITÁRIO

Dispõe a Lei 13.146/15 (Estatuto da Pessoa com Deficiência), em seu art. 9º que, a
pessoa com deficiência tem direito a receber atendimento prioritário, sobretudo com a
finalidade de:
proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;
atendimento em todas as instituições e serviços de atendimento ao público;
disponibilização de recursos, tanto humanos quanto tecnológicos, que garantam
atendimento em igualdade de condições com as demais pessoas;
disponibilização de pontos de parada, estações e terminais acessíveis de transporte
coletivo de passageiros e garantia de segurança no embarque e no desembarque;
acesso a informações e disponibilização de recursos de comunicação acessíveis;
recebimento de restituição de imposto de renda;
tramitação processual e procedimentos judiciais e administrativos em que for parte ou
interessada, em todos os atos e diligências.
Segundo o § 1º, os direitos citados acima são extensivos ao acompanhante da pessoa
com deficiência ou ao seu atendente pessoal, exceto quanto aos dos últimos (recebimento
de restituição de imposto de renda; e tramitação processual e procedimentos judiciais e
administrativos em que for parte ou interessada, em todos os atos e diligências).
De acordo com o § 2º, nos serviços de emergência públicos e privados, a prioridade
conferida por esta Lei é condicionada aos protocolos de atendimento médico.
DICA 121
DO ACESSO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA À JUSTIÇA
É previsão do art. 79 do Estatuto da Pessoa com Deficiência que, o poder público deve
assegurar o acesso da pessoa com deficiência à justiça, em igualdade de oportunidades
com as demais pessoas, garantindo, sempre que requeridos, adaptações e recursos de
tecnologia assistiva.
Segundo o § 1º, a fim de garantir a atuação da pessoa com deficiência em todo o
processo judicial, o poder público deve capacitar os membros e os servidores que
atuam no Poder Judiciário, no Ministério Público, na Defensoria Pública, nos
órgãos de segurança pública e no sistema penitenciário quanto aos direitos da
pessoa com deficiência.

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De acordo com o § 2º, devem ser assegurados à pessoa com deficiência submetida a
medida restritiva de liberdade todos os direitos e garantias a que fazem jus os apenados
sem deficiência, garantida a acessibilidade.
A Defensoria Pública e o Ministério Público tomarão as medidas necessárias à garantia dos
direitos previstos no Estatuto da Pessoa com Deficiência.

DICA 122
DA OFERTA DOS RECURSOS DE TECNOLOGIA ASSISTIVA
Estipula o art.80 do Estatuto da Pessoa com Deficiência que, devem ser oferecidos todos
os recursos de tecnologia assistiva disponíveis para que a pessoa com deficiência tenha
garantido o acesso à justiça, sempre que figure em um dos polos da ação ou atue como
testemunha, partícipe da lide posta em juízo, advogado, defensor público, magistrado ou
membro do Ministério Público.
A pessoa com deficiência tem garantido o acesso ao conteúdo de todos os atos
processuais de seu interesse, inclusive no exercício da advocacia.
DICA 123
DOS DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA POR OCASIÃO DA APLICAÇÃO DE
SANÇÕES PENAIS.
De acordo com o art. 81, os direitos da pessoa com deficiência serão garantidos
por ocasião da aplicação de sanções penais.
Segundo o art. 83, os serviços notariais e de registro não podem negar ou criar óbices ou
condições diferenciadas à prestação de seus serviços em razão de deficiência do
solicitante, devendo reconhecer sua capacidade legal plena, garantida a acessibilidade. O
descumprimento deste preceito constitui discriminação em razão de deficiência.
DICA 124
LEI Nº 11.101/2005, QUE REGULA A RECUPERAÇÃO JUDICIAL, A EXTRAJUDICIAL
E A FALÊNCIA DO EMPRESÁRIO E DA SOCIEDADE EMPRESÁRIA - DA
VERIFICAÇÃO E DA HABILITAÇÃO DE CRÉDITOS
A Lei 11.101/2005, prescreve, em seu art. 7º que, a verificação dos créditos será
realizada pelo administrador judicial, com base nos livros contábeis e
documentos comerciais e fiscais do devedor e nos documentos que lhe forem
apresentados pelos credores, podendo contar com o auxílio de profissionais ou
empresas especializadas.
Segundo o § 1º, publicado o edital previsto no art. 52, § 1º, ou no parágrafo único do art.
99 da Lei 11.101/05, os credores terão o prazo de 15 dias para apresentar ao
administrador judicial suas habilitações ou suas divergências quanto aos
créditos relacionados.
De acordo com o § 2º, o administrador judicial, com base nas informações e documentos
colhidos na forma do caput e do § 1º deste artigo, fará publicar edital contendo a relação
de credores no prazo de 45 dias, contado do fim do prazo do § 1º (15 dias), devendo
indicar o local, o horário e o prazo comum em que as pessoas indicadas no art. 8º da Lei
11.101/05 terão acesso aos documentos que fundamentaram a elaboração dessa relação.

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DICA 125
DO PLANO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL

De acordo com o art. 53 da Lei 11.101/05, o plano de recuperação será


apresentado pelo devedor em juízo no prazo improrrogável de 60 dias da
publicação da decisão que deferir o processamento da recuperação judicial, sob pena de
convolação em falência, e deverá conter:
discriminação pormenorizada dos meios de recuperação a ser empregados,
conforme o art. 50 desta Lei, e seu resumo;

demonstração de sua viabilidade econômica; e


laudo econômico-financeiro e de avaliação dos bens e ativos do devedor,
subscrito por profissional legalmente habilitado ou empresa especializada.
É importante destacar que o juiz ordenará a publicação de edital contendo aviso aos
credores sobre o recebimento do plano de recuperação e fixando o prazo para a
manifestação de eventuais objeções, observado o art. 55 desta Lei.
DICA 126
DO PEDIDO DE RESTITUIÇÃO
No processo de falência, quem pode fazer o pedido de restituição do bem?
De acordo com o art. 85, o proprietário de bem arrecadado no processo de falência ou que
se encontre em poder do devedor na data da decretação da falência poderá pedir sua
restituição.
Lembre-se que também pode ser pedida a restituição de coisa vendida a crédito e
entregue ao devedor nos 15 dias anteriores ao requerimento de sua falência, se ainda
não alienada.
DICA 127
DA RESTITUIÇÃO EM DINHEIRO
De acordo com o art. 86, proceder-se-á à restituição em dinheiro:

se a coisa não mais existir ao tempo do pedido de restituição, hipótese em que o


requerente receberá o valor da avaliação do bem, ou, no caso de ter ocorrido sua venda,
o respectivo preço, em ambos os casos no valor atualizado;

da importância entregue ao devedor, em moeda corrente nacional, decorrente de


adiantamento a contrato de câmbio para exportação, na forma do art. 75, §§ 3º e 4º , da
Lei nº 4.728/65, desde que o prazo total da operação, inclusive eventuais prorrogações,
não exceda o previsto nas normas específicas da autoridade competente;
dos valores entregues ao devedor pelo contratante de boa-fé na hipótese de revogação
ou ineficácia do contrato, conforme disposto no art. 136.
às Fazendas Públicas, relativamente a tributos passíveis de retenção na fonte, de
descontos de terceiros ou de sub-rogação e a valores recebidos pelos agentes
arrecadadores e não recolhidos aos cofres públicos.

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DICA 128
DA FUNDAMENTAÇÃO DO PEDIDO DE RESTITUIÇÃO
De acordo com o art. 87 da Lei 11.101/05, o pedido de restituição deverá ser
fundamentado e descreverá a coisa reclamada.
Segundo o § 1º, o juiz mandará autuar em separado o requerimento com os documentos
que o instruírem e determinará a intimação do falido, do Comitê, dos credores e do
administrador judicial para que, no prazo sucessivo de 5 dias, se manifestem,
valendo como contestação a manifestação contrária à restituição.
Contestado o pedido e deferidas as provas porventura requeridas, o juiz designará
audiência de instrução e julgamento, se necessária. Não havendo provas a realizar, os
autos serão conclusos para sentença.
DICA 129
DA SENTENÇA QUE RECONHECER O DIREITO
Segundo o art. 88, a sentença que reconhecer o direito do requerente determinará a
entrega da coisa no prazo de 48 horas.
Caso não haja contestação, a massa não será condenada ao pagamento de honorários
advocatícios.
De acordo com o art. 89, a sentença que negar a restituição, quando for o caso,
incluirá o requerente no quadro-geral de credores, na classificação que lhe
couber, na forma desta Lei.
Da sentença que julgar o pedido de restituição caberá apelação sem efeito suspensivo, é
o que determina o art. 90.
É importante que você lembre que o autor do pedido de restituição que pretender receber
o bem ou a quantia reclamada antes do trânsito em julgado da sentença prestará caução.
DICA 130
DA SUSPENSÃO DA DISPONIBILIDADE DA COISA
O pedido de restituição suspende a disponibilidade da coisa? SIM, com base no
art. 91, o qual preconiza que o pedido de restituição suspende a disponibilidade da
coisa até o trânsito em julgado.
Segundo o parágrafo único, quando diversos requerentes houverem de ser satisfeitos em
dinheiro e não existir saldo suficiente para o pagamento integral, far-se-á rateio
proporcional entre eles.
O requerente que tiver obtido êxito no seu pedido ressarcirá a massa falida ou a quem
tiver suportado as despesas de conservação da coisa reclamada.
Conforme o art. 93, nos casos em que não couber pedido de restituição, fica resguardado
o direito dos credores de propor embargos de terceiros, observada a legislação processual
civil.

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DICA 131
DA ARRECADAÇÃO E DA CUSTÓDIA DE BENS
O art. 108 da Lei n° 11.101/05, prevê ato contínuo à assinatura do termo de
compromisso, o administrador judicial efetuará a arrecadação dos bens e documentos e a
avaliação dos bens, separadamente ou em bloco, no local em que se encontrem,
requerendo ao juiz, para esses fins, as medidas necessárias.
Destaca-se que, segundo o § 1º, os bens arrecadados ficarão sob a guarda do
administrador judicial ou de pessoa por ele escolhida, sob responsabilidade
daquele, podendo o falido ou qualquer de seus representantes ser nomeado
depositário dos bens. O falido poderá acompanhar a arrecadação e a avaliação.
De acordo com o § 3º, o produto dos bens penhorados ou por outra forma apreendidos
entrará para a massa, cumprindo ao juiz deprecar, a requerimento do administrador
judicial, às autoridades competentes, determinando sua entrega. Não serão
arrecadados os bens absolutamente impenhoráveis.
Ainda que haja avaliação em bloco, o bem objeto de garantia real será também
avaliado separadamente, para os fins do § 1º do art. 83 da Lei 11,101/05.
DICA 132
DO RISCO PARA A EXECUÇÃO DE ARRECADAÇÃO OU PRESERVAÇÃO DOS BENS
Segundo o art. 109, o estabelecimento será lacrado sempre que houver risco para a
execução da etapa de arrecadação ou para a preservação dos bens da massa falida ou dos
interesses dos credores.
Determina o art. 110 que, o auto de arrecadação, composto pelo inventário e pelo
respectivo laudo de avaliação dos bens, será assinado pelo administrador judicial,
pelo falido ou seus representantes e por outras pessoas que auxiliarem ou presenciarem o
ato.
Prevê o § 1º que, não sendo possível a avaliação dos bens no ato da arrecadação, o
administrador judicial requererá ao juiz a concessão de prazo para apresentação do laudo
de avaliação, que não poderá exceder 30 dias, contados da apresentação do auto de
arrecadação.

Serão referidos no inventário:


os livros obrigatórios e os auxiliares ou facultativos do devedor, designando-se
o estado em que se acham, número e denominação de cada um, páginas escrituradas,
data do início da escrituração e do último lançamento, e se os livros obrigatórios estão
revestidos das formalidades legais;
dinheiro, papéis, títulos de crédito, documentos e outros bens da massa falida;
os bens da massa falida em poder de terceiro, a título de guarda, depósito, penhor
ou retenção;
os bens indicados como propriedade de terceiros ou reclamados por estes,
mencionando-se essa circunstância.
Quando possível, os bens acima referidos serão individualizados.

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Em relação aos bens imóveis, o administrador judicial, no prazo de 15 dias após a sua
arrecadação, exibirá as certidões de registro, extraídas posteriormente à decretação
da falência, com todas as indicações que nele constarem.
DICA 133
DA AUTORIZAÇÃO PARA OS CREDORES ADQUIRIREM OU ADJUDICAREM OS BENS
ARRECADADOS
Segundo o art. 111, o juiz poderá autorizar os credores, de forma individual ou coletiva,
em razão dos custos e no interesse da massa falida, a adquirir ou adjudicar, de imediato,
os bens arrecadados, pelo valor da avaliação, atendida a regra de classificação e
preferência entre eles, ouvido o Comitê.
De acordo com o art. 112, os bens arrecadados poderão ser removidos, desde que haja
necessidade de sua melhor guarda e conservação, hipótese em que permanecerão em
depósito sob responsabilidade do administrador judicial, mediante compromisso.
O art. 113 estabelece que, os bens perecíveis, deterioráveis, sujeitos à considerável
desvalorização ou que sejam de conservação arriscada ou dispendiosa, poderão ser
vendidos antecipadamente, após a arrecadação e a avaliação, mediante autorização
judicial, ouvidos o Comitê e o falido no prazo de 48 horas.
O administrador judicial, nos termos do art. 114, poderá alugar ou celebrar outro contrato
referente aos bens da massa falida, com o objetivo de produzir renda para a massa falida,
mediante autorização do Comitê. Esse contrato não gera direito de preferência na compra
e não pode importar disposição total ou parcial dos bens.
O bem objeto da contratação poderá ser alienado a qualquer tempo, independentemente
do prazo contratado, rescindindo-se, sem direito a multa, o contrato realizado, salvo se
houver anuência do adquirente, é o que prevê o § 2º.
Segundo o art. 114-A, se não forem encontrados bens para serem arrecadados, ou
se os arrecadados forem insuficientes para as despesas do processo, o
administrador judicial informará imediatamente esse fato ao juiz, que, ouvido o
representante do Ministério Público, fixará, por meio de edital, o prazo de 10 dias
para os interessados se manifestarem.
Dispõe o § 1º que, um ou mais credores poderão requerer o prosseguimento da falência,
desde que paguem a quantia necessária às despesas e aos honorários do administrador
judicial, que serão considerados despesas essenciais nos termos estabelecidos no inciso I-
A do caput do art. 84 da Lei 11.101/05.
Conforme previsto no § 2º, decorrido o prazo de 10 dias sem manifestação dos
interessados, o administrador judicial promoverá a venda dos bens arrecadados no prazo
máximo de 30 dias, para bens móveis, e de 60 dias, para bens imóveis, e
apresentará o seu relatório, nos termos e para os efeitos dispostos neste artigo. Proferida
a decisão, a falência será encerrada pelo juiz nos autos.
DICA 134

DA SUSPENSÃO PELA DECRETAÇÃO DA FALÊNCIA

Para a sua prova, lembre-se que a decretação da falência possui alguns efeitos,
dentre eles, suspende, de acordo com o art. 116:
o exercício do direito de retenção sobre os bens sujeitos à arrecadação, os quais
deverão ser entregues ao administrador judicial;
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o exercício do direito de retirada ou de recebimento do valor de suas quotas ou
ações, por parte dos sócios da sociedade falida.
DICA 135
DA ALIENAÇÃO DOS BENS
De que forma a alienação dos bens será realizada?

Com base no que dispõe o art. 140, a alienação dos bens será realizada de uma
das seguintes formas, observada a seguinte ordem de preferência:
alienação da empresa, com a venda de seus estabelecimentos em bloco;
alienação da empresa, com a venda de suas filiais ou unidades produtivas
isoladamente;
alienação em bloco dos bens que integram cada um dos estabelecimentos do
devedor;
alienação dos bens individualmente considerados.
De acordo com o § 1º, se convier à realização do ativo, ou em razão de oportunidade,
podem ser adotadas mais de uma forma de alienação.
De mais a mais, o § 2º, a realização do ativo terá início independentemente da formação
do quadro-geral de credores.
Dispõe o § 3º que, a alienação da empresa terá por objeto o conjunto de determinados
bens necessários à operação rentável da unidade de produção, que poderá compreender a
transferência de contratos específicos.
Segundo o § 4º, nas transmissões de bens alienados na forma acima descrita, que
dependam de registro público, a este servirá como título aquisitivo suficiente o mandado
judicial respectivo.
DICA 136
DO DELITO DE VIOLAÇÃO DE IMPEDIMENTO
Segundo o art. 177, da Lei 11.101/05 configura o crime de violação de impedimento a
prática da conduta de: adquirir o juiz, o representante do Ministério Público, o
administrador judicial, o gestor judicial, o perito, o avaliador, o escrivão, o oficial
de justiça ou o leiloeiro, por si ou por interposta pessoa, bens de massa falida ou
de devedor em recuperação judicial, ou, em relação a estes, entrar em alguma
especulação de lucro, quando tenham atuado nos respectivos processos:
O crime descrito possui pena de reclusão, de 2 a 4 anos, e multa.
DICA 137
ESTATUTO DO IDOSO (LEI Nº 10.741/2003) - DA GARANTIA DE PRIORIDADE
ASSEGURADA AO IDOSO
Dispõe o art. 3º do Estatuto do Idoso que, é obrigação da família, da comunidade, da
sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com ABSOLUTA PRIORIDADE, a
efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao
esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e
à convivência familiar e comunitária.

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Nos termos do § 1º, a garantia de prioridade compreende:
atendimento preferencial imediato e individualizado junto aos órgãos públicos e
privados prestadores de serviços à população;
preferência na formulação e na execução de políticas sociais públicas
específicas;
destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a
proteção ao idoso;
viabilização de formas alternativas de participação, ocupação e convívio do
idoso com as demais gerações;
priorização do atendimento do idoso por sua própria família, em detrimento do
atendimento asilar, exceto dos que não a possuam ou careçam de condições de
manutenção da própria sobrevivência;
capacitação e reciclagem dos recursos humanos nas áreas de geriatria e gerontologia e
na prestação de serviços aos idosos;
estabelecimento de mecanismos que favoreçam a divulgação de informações de
caráter educativo sobre os aspectos biopsicossociais de envelhecimento;
garantia de acesso à rede de serviços de saúde e de assistência social locais.
prioridade no recebimento da restituição do Imposto de Renda.
E, o que é a denominada prioridade especial? Trata-se de caso de super prioridade,
segundo a qual, dentre os idosos, os maiores de 80 terão ainda mais prioridade. E, isso é
preconizado no § 2º que estabelece que, dentre os idosos, é assegurada prioridade
especial aos maiores de 80 anos, atendendo-se suas necessidades sempre
preferencialmente em relação aos demais idosos.
DICA 138
DO DEVER DE PREVENIR A AMEAÇA OU VIOLAÇÃO AOS DIREITOS DO IDOSO
Segundo o art. 4º do Estatuto do Idoso, nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de
negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus
direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei.
Nos termos do § 1º, é dever de todos prevenir a ameaça ou violação aos direitos do
idoso.
No mais, lembre-se que de acordo com o § 2º, as obrigações previstas no Estatuto do
Idoso não excluem da prevenção outras decorrentes dos princípios por ela adotados.
DICA 139
RESOLUÇÃO 71/2009 DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA, QUE DISPÕE SOBRE
REGIME DE PLANTÃO JUDICIÁRIO EM PRIMEIRO E SEGUNDO GRAUS DE
JURISDIÇÃO - DO PLANTÃO JUDICIÁRIO
O art. 1º da Resolução 71/09 do CNJ, determina que, o plantão judiciário, em
primeiro e segundo graus de jurisdição, conforme a previsão regimental dos
respectivos Tribunais ou juízos, destina-se exclusivamente ao exame das
seguintes matérias:

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pedidos de habeas corpus e mandados de segurança em que figurar como coator
autoridade submetida à competência jurisdicional do magistrado plantonista;
medida liminar em dissídio coletivo de greve;

comunicações de prisão em flagrante;


apreciação dos pedidos de concessão de liberdade provisória;

em caso de justificada urgência, de representação da autoridade policial ou do


Ministério Público visando à decretação de prisão preventiva ou temporária;
pedidos de busca e apreensão de pessoas, bens ou valores, desde que
objetivamente comprovada a urgência;
medida cautelar, de natureza cível ou criminal, que não possa ser realizada no
horário normal de expediente ou de caso em que da demora possa resultar risco de grave
prejuízo ou de difícil reparação;
medidas urgentes, cíveis ou criminais, da competência dos Juizados Especiais a
que se referem as Leis nº 9.099/1995, e nº 10.259/2001, limitadas às hipóteses acima
enumeradas.
medidas protetivas de urgência previstas na Lei nº 11.340/2006 (Lei Maria da
Penha), independentemente do comparecimento da vítima ao plantão, sendo suficiente o
encaminhamento dos autos administrativos pela Polícia Civil.
Segundo o § 1º, o plantão judiciário não se destina à reiteração de pedido já apreciado no
órgão judicial de origem ou em plantão anterior, nem à sua reconsideração ou reexame ou
à apreciação de solicitação de prorrogação de autorização judicial para escuta telefônica.
De acordo com o § 2º, as medidas de comprovada urgência que tenham por objeto o
depósito de importância em dinheiro ou valores só poderão ser ordenadas por escrito pela
autoridade judiciárias competente e só serão executadas ou efetivadas durante o
expediente bancário normal, por intermédio de servidor credenciado do juízo ou de outra
autoridade, por expressa e justificada delegação do juiz.
Conforme o § 3º, durante o plantão, não serão apreciados pedidos de levantamento de
importância em dinheiro ou valores nem liberação de bens apreendidos.
DICA 140
DO LOCAL DE REALIZAÇÃO DO PLANTÃO JUDICIÁRIO
Segundo previsão do art. 2º, o plantão judiciário realiza-se nas dependências do Tribunal
ou fórum, em todas as sedes de comarca, circunscrição, seção ou subseção judiciária,
conforme a organização judiciária local, e será mantido em todos os dias em que não
houver expediente forense e, nos dias úteis, antes ou após o expediente normal, nos
termos disciplinados pelo Tribunal.
Ainda sobre a realização do plantão judiciário, destaca-se que, com base no parágrafo
único do respectivo artigo, a divulgação dos endereços e telefones do serviço de plantão
será realizada com antecedência razoável pelo sítio eletrônico do órgão judiciário
respectivo e pela imprensa oficial, devendo o nome dos plantonistas ser divulgado apenas
5 dias antes do plantão.

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DICA 141
DO HORÁRIO DO PLANTÃO JUDICIÁRIO
Indaga-se: qual o horário para realização do plantão judiciário?
Sobre isso, o art. 3º da Resolução 71/09 do CNJ, preconiza que nos dias em que não
houver expediente normal, o plantão será realizado em horário acessível ao público.
Esse horário acessível deve compreender no mínimo 3 horas contínuas de atendimento.
Poderá ainda compreender dois períodos de 3 horas.
DICA 142
DO ATENDIMENTO EM DOMICÍLIO
É previsto no art. 4º da Resolução 71/09 que, os desembargadores e juízes de plantão
permanecem nessa condição mesmo fora dos períodos previstos no art. 3º desta
Resolução, podendo atender excepcionalmente em domicílio, conforme dispuser
regimento ou provimento local, em qualquer caso, observada a necessidade ou
comprovada urgência.
DICA 14
DA ESCALA DE PLANTÃO
Segundo o art. 5º, o atendimento do serviço de plantão em primeiro e segundo grau será
prestado mediante escala de desembargadores e juízes, a ser elaborada com
antecedência e divulgada publicamente pelos Tribunais.
De acordo com o parágrafo único, os tribunais e juízos poderão estabelecer escalas
e períodos de plantão especial para períodos em que existam peculiaridades
locais ou regionais ou para período de festas tradicionais, feriados, recesso ou
prolongada ausência de expediente normal.
DICA 144
DO RESPONSÁVEL PELO PLANTÃO NO SEGUNDO GRAU
Nos termos do art. 6º da Resolução 71/09, será responsável pelo plantão no segundo grau
de jurisdição o juiz ou desembargador que o regimento interno ou provimento do
respectivo Tribunal designar, observada a necessidade de alternância.
Durante todo o período de plantão ficarão à disposição do juiz ou desembargador
encarregado pelo menos 1 servidor e 1 oficial de justiça indicados por escala pública
ou escolhidos de comum acordo pelo plantonista.
Segundo o art. 7º, o serviço de plantão manterá registro próprio de todas as
ocorrências e diligências realizadas com relação aos fatos apreciados,
arquivando cópia das decisões, ofícios, mandados, alvarás, determinações e
providências adotadas.
Conforme o §1º, os pedidos, requerimentos e documentos que devam ser apreciados pelo
magistrado de plantão serão apresentados em duas vias, ou com cópia, e recebidos pelo
servidor plantonista designado par a formalização e conclusão ao juiz plantonista.
O § 2º prevê que, os pedidos, requerimentos, comunicações, autos, processos e quaisquer
papéis recebidos ou processados durante o período de plantão serão recebidos mediante
protocolo que consigne a data e a hora da entrada e o nome do recebedor, e serão
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impreterivelmente encaminhados à distribuição ou ao juízo competente no início
do expediente do primeiro dia útil imediato ao do encerramento do plantão.
DICA 145
RESOLUÇÃO Nº 345 DE 09/10/2020 DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA, QUE
DISPÕE SOBRE O “JUÍZO 100% DIGITAL” E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS - DO
JUÍZO 100% DIGITAL
Qual a finalidade da Resolução n° 345/20? O art. 1º da Resolução 345/20 esclarece a
finalidade da Resolução, que é autorizar a adoção, pelos tribunais, das medidas
necessárias à implementação do “Juízo 100% Digital” no Poder Judiciário.
De mais a mais, conforme o §1º, no âmbito do “Juízo 100% Digital”, todos os atos
processuais serão exclusivamente praticados por meio eletrônico e remoto por intermédio
da rede mundial de computadores.

É de extrema importância destacar que: inviabilizada a produção de meios de prova ou de


outros atos processuais de forma virtual, determina o §2º que, a sua realização de modo
presencial não impedirá a tramitação do processo no âmbito do “Juízo 100% Digital”.
No mais, segundo o § 3º, o “Juízo 100% Digital” poderá se valer também de serviços
prestados presencialmente por outros órgãos do Tribunal, como os de solução adequada
de conflitos, de cumprimento de mandados, centrais de cálculos, tutoria dentre outros,
desde que os atos processuais possam ser convertidos em eletrônicos.
DICA 146
DO FORNECIMENTO DE MEIOS ELETRÔNICOS PELA PARTE E SEU ADVOGADO
A adoção do “Juízo 100% Digital” altera a competência das unidades jurisdicionais?
NÃO! Isso porque, o art. 2º da Resolução 345/20 preconiza que, as unidades
jurisdicionais de que tratam este ato normativo, não terão a sua competência alterada em
razão da adoção do “Juízo 100% Digital”.
Destaca-se que no ato do ajuizamento do feito, a parte e seu advogado deverão fornecer
endereço eletrônico e linha telefônica móvel celular, sendo admitida a citação, a
notificação e a intimação por qualquer meio eletrônico, nos termos dos arts. 193 e 246, V,
do Código de Processo Civil.
DICA 147
DA ESCOLHA PELO JUÍZO 100% DIGITAL
O “Juízo 100% Digital” é obrigatório? Não, pois o art. 3º estabelece que a escolha pelo
“Juízo 100% Digital” é facultativa e será exercida pela parte demandante no momento
da distribuição da ação, podendo a parte demandada opor-se a essa opção até o
momento da contestação.
E, até quando a parte poderá opor a essa escolha? O §1º do respectivo artigo,
preconiza que a parte demandada poderá se opor a essa escolha até sua primeira
manifestação no processo, salvo no processo do trabalho, em que essa oposição
deverá ser deduzida em até 05 dias úteis contados do recebimento da primeira
notificação.
Indaga-se: as partes poderão se retratar dessa escolha? Prevê o § 2º que, adotado o
“Juízo 100% Digital”, as partes poderão retratar-se dessa escolha, por uma única
vez, até a prolação da sentença, preservados todos os atos processuais já praticados.

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O § 3º dispõe que, no processo do trabalho, ocorrida a aceitação tácita pelo decurso
do prazo, a oposição à adoção do “Juízo 100% Digital” consignada na primeira
manifestação escrita apresentada não inviabilizará a retratação prevista no §2º.
A qualquer tempo, o magistrado poderá instar as partes a manifestarem o interesse na
adoção do “Juízo 100% Digital”, ainda que em relação a processos anteriores à entrada
em vigor desta Resolução, importando o silêncio, após 2 intimações, aceitação
tácita.
Havendo recusa expressa das partes à adoção do “Juízo 100% Digital”, o magistrado
poderá propor às partes a realização de atos processuais isolados de forma
digital, ainda que em relação a processos anteriores à entrada em vigor desta Resolução,
importando o silêncio, após 2 intimações, aceitação tácita.
Lembre-se sempre: em hipótese alguma, a retratação ensejará a mudança do juízo
natural do feito.
DICA 148
DA POSSIBILIDADE DE NEGÓCIO JURÍDICO PROCESSUAL PARA A ESOLHA DO
JUÍZO 100% DIGITAL
Até quando as partes podem celebrar negócio jurídico processual? Estipula o art.
3º-A que, as partes poderão, a qualquer tempo, celebrar negócio jurídico processual,
nos termos do art. 190 do CPC, para a escolha do “Juízo 100% Digital” ou para, ausente
esta opção, a realização de atos processuais isolados de forma digital.”
Segundo o art. 4º, os tribunais fornecerão a infraestrutura de informática e
telecomunicação necessárias ao funcionamento das unidades jurisdicionais incluídas no
“Juízo 100% Digital” e regulamentarão os critérios de utilização desses equipamentos e
instalações.
Destaca-se também que o “Juízo 100% Digital” deverá prestar atendimento remoto
durante o horário de atendimento ao público por telefone, por e-mail, por vídeo
chamadas, por aplicativos digitais ou por outros meios de comunicação que venham a ser
definidos pelo tribunal, inclusive por intermédio do “Balcão Virtual”, nos termos da
Resolução CNJ nº 372/2021.
DICA 149
DA REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIAS E SESSÕES NO JUÍZO 100% DIGITAL
De que forma ocorrerão as audiências e sessões no “Juízo 100 Digital”? O art. 5º da
Resolução 345/2020 do Conselho Nacional de Justiça que, as audiências e sessões no
“Juízo 100% Digital” ocorrerão exclusivamente por videoconferência.
Ainda segundo o parágrafo único do art. 5º, as partes poderão requerer ao juízo a
participação na audiência por videoconferência em sala disponibilizada pelo
Poder Judiciário.
DICA 150
DO ATENDIMENTO EXCLUSIVO DE ADVOGADOS
Segundo o art. 6º, o atendimento exclusivo de advogados pelos magistrados e
servidores lotados no “Juízo 100% Digital” ocorrerá durante o horário fixado
para o atendimento ao público de forma eletrônica, nos termos do parágrafo único
do artigo 4º, observando-se a ordem de solicitação, os casos urgentes e as preferências
legais.
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De acordo com o § 1º, a demonstração de interesse do advogado de ser atendido pelo
magistrado será devidamente registrada, com dia e hora, por meio eletrônico indicado
pelo tribunal.
Conforme o § 2º, a resposta sobre o atendimento deverá ocorrer no prazo de até 48
horas, ressalvadas as situações de urgência.

DICA 151
DA VÍDEOCONFERÊNCIA E TELEPRESENCIAIS
Conforme o art. 2º da Resolução 354/20, para fins desta Resolução, entende-se por:

videoconferência: comunicação a distância realizada em ambientes de


unidades judiciárias; e
telepresenciais: as audiências e sessões realizadas a partir de ambiente físico
externo às unidades judiciárias.
Segundo o parágrafo único, a participação por videoconferência, via rede mundial de
computadores, ocorrerá:
em unidade judiciária diversa da sede do juízo que preside a audiência ou sessão, na
forma da Resolução CNJ no341/2020; e
em estabelecimento prisional.

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