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Memorex PF (Agente) - Rodada 04

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Memorex PF (Agente) - Rodada 04

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resultado final.

Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO.

Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada
uma das dicas.

Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas
para: atendimento@pensarconcursos.com

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ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4


CONTABILIDADE GERAL ............................................................................................... 15
ESTATÍSTICA ....................................................................................................................... 21
LEGISLAÇÃO ESPECIAL ................................................................................................. 22
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO ........................................................... 31
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL............................................................ 38
NOÇÕES DE DIREITO PENAL ...................................................................................... 43
NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL ....................................................... 51
RACIOCÍNIO LÓGICO ..................................................................................................... 57
INFORMÁTICA .................................................................................................................... 59

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LÍNGUA PORTUGUESA

DICA 01
VERBO IMPLICAR

- Sentido de ACARRETAR → VTD (VERBO TRANSITIVO DIRETO) → não pede preposição


(Obs.: o verbo acarretar é VTD)

Ex.: Sua mudança implicou progresso.


Ex.2: Sua decisão implica planejamento.

- Sentido de SER IMPLICANTE → VTI (VERBO TRANSITIVO INDIRETO) → (com)

Ex.: Ela implicava com a professora.

- Sentido de ENVOLVER-SE → verbo pronominal- VTI → (em)

Ex.: Ela se implicou em


problemas.

DICA 02

VERBO ASSISTIR

- Sentido de VER → VTI → preposição “a”

Ex.: Elas assistem (VTI) a


programas violentos (OI).

- Sentido de CABER → VTI → preposição “a”

Ex.: A decisão assiste (VTI) ao


direito (OI).

- Sentido de SOCORRER/AUXILIAR → VTD → Não pede preposição

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Ex.: O governo assiste (VTD) os pobres


(OD).

- Sentido de MORAR → VI → Acompanhado por adjunto adverbial de lugar introduzido pela


preposição “em”

DICA 03

VERBO ASPIRAR

- Sentido de CHEIRAR → VTD → Não pede preposição

Ex.: Ela aspirava (VTD) o aroma das flores (OD).

- Sentido de DESEJAR → VTI → preposição “a”

Ex.: Ele aspirava (VTI) ao concurso público (OI).

DICA 04

VERBO VISAR
- Sentido de PÔR VISTO → VTD → não pede preposição.

Ex.: O gerente visou (VTD) os cheques roubados


(OD).

- Sentido de MIRAR → VTD → não pede preposição.

Ex.: Ele visou (VTD) o alvo (OD).

- Sentido de DESEJAR → VTI → preposição “a”.

Ex.: Ele visava (VTI) à felicidade (OI).

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DICA 05

VERBO PARECER
- Parecer flexionado + infinitivo sem flexão → locução verbal (só o auxiliar varia)
OU
- Parecer sem flexão + infinitivo flexionado → período composto (há dois verbos, dois fatos
declarados. Ex.: oração principal + oração subordinada)

Ex.: Pareciam entender a matéria.


Locução verbal
verbo auxiliar verbo principal

Ex.1: Parecia entenderem a matéria → Parecia /que entendiam a matéria.


Ex2.: Os governantes parecem dizer a verdade.
Ex3.: Os governantes parece dizerem a verdade. → Parece/ que os governantes dizem a
verdade.

***Em resumo: Verbo “Parecer”→ Ou o verbo flexiona ou o infinitivo


flexiona, NUNCA OS DOIS AOS MESMO TEMPO.

DICA 06

VERBOS LEMBRAR E ESQUECER


- Podem ser pronominais ou não. Sendo pronominais levam a preposição e se
determinam como verbo transitivo indireto.
EXPLICANDO... Verbos pronominais são aqueles acompanhados por pronomes “me”,
“te” “se”, “nos” (pronomes oblíquos átonos).
Vejam-se os exemplos:
- Esqueci o seu nome → VTD
- Esqueci-me do seu nome → VTI (DE)
- Lembrou seu endereço → VTD
- Lembrou-se do seu endereço → VTI (DE)
DICA 07

VERBO CHAMAR → no sentido de denominar, dar nome admite as seguintes construções.

OD + predicativo do objeto (com ou sem preposição)


OI + predicativo do objeto (com ou sem preposição)

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Exs.:

Chamaram-no vigarista.
Chamaram-no de vigarista.
Chamaram-lhe vigarista.
Chamaram-lhe de vigarista.

-VTD - OD
ou + predicativo do objeto com a preposição DE
facultativo.
-VTI - OI(a)

Ex.1: Chamou o rapaz de ignorante.


VTD OD predicativo do objeto (qualidade do rapaz)

Ex.2: Chamou o rapaz ignorante → AMBÍGUA → no sentido cognominar ou de


convocar.
VTD OD predicativo do objeto (qualidade do rapaz)

Ex.3: Chamou ao rapaz de ignorante.


VTI OI predicativo do objeto (qualidade do rapaz)

Ex4.: Chamou ao rapaz ignorante.


VTI OI predicativo do objeto (qualidade do rapaz)

OBS: no sentido de cognominar o verbo chamar deve ser usado com uma
preposição para retirar a ambiguidade.

DICA 08

VERBO DEPARAR
Um dos queridinhos da Banca CESPE! BORA ESTUDÁ-LO!
VOCÊS SABIAM QUE... O verbo deparar no sentido de ENCONTRAR, achar por acaso,
topar, pode ser transitivo direto ou transitivo indireto?!
Ex.1: Deparei um erro grosseiro em sua redação (transitivo direto)
Ex.2: Deparei com um erro grosseiro em sua redação (transitivo indireto)

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 Na banca CESPE...
(Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Ministério da Economia Provas: CESPE /
CEBRASPE - 2020 - Ministério da Economia - Tecnologia da Informação - Segurança da
Informação e Proteção de Dados)

... No trecho “deparamos com uma realidade única e definida”, no sexto período do texto,
a supressão da preposição “com” prejudicaria a correção gramatical do texto.

E AÍ?! GABARITO: ERRADO!

ATENÇÃO! O VERBO “DEPARAR” POSSUI DEMAIS REGÊNCIAS E MUITA


DISCUSSÃO ENTRE OS GRAMÁTICOS... AQUI NÃO ESTAMOS AS ESGOTANDO... A
IDEIA DO MATERIAL É PEGAR OS PONTOS MAIS COBRADOS EM SUA PROVA!

Ele pode ser...

a) transitivo direto;

b) transitivo indireto (com a preposição com);

c) pronominal com a preposição com;

d) transitivo direto e indireto;

e) transitivo indireto com a preposição a;

f) pronominal, usado com a preposição a.


DICA 09
VERBO OBEDECER E DESOBEDECER
- São sempre TRANSITIVOS INDIRETOS!
Ex.: Obedeço sempre a meus pais.


CONTUDO, ADMITEM TRANSPOSIÇÃO PARA VOZ PASSIVA!  Ex.: O pai foi
desobedecido pelo filho.
DICA 10

RESUMINHO
PARA
FACILITAR -
Esquema de
Regência
Verbos que exigem A Verbos SEM
preposição
Assistir (ver/caber) Assistir (=socorrer)

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Visar (desejar) Visar (pôr visto/mirar)


Aspirar (desejar) Aspirar (cheirar)

NÃO ACEITAM LHE/LHES (mesmo sendo Querer (desejar)


verbos transitivos indiretos)*** Agradar (fazer agrados)
Querer (estimar) Pagar, perdoar,
Agradar (satisfazer) agradecer (com coisas)
Pagar, perdoar, agradecer (com pessoas) Ver, presenciar, olhar,
Obedecer, desobedecer observar, amar, odiar,
Referir-se adorar, receber,
Proceder (dar início) admirar, ajudar,
Preferir auxiliar...
CVC – IR (chegar, ir, comparecer, voltar, Implicar (=acarretar)
retornar) Acarretar
Namorar
Pisar (ele é VTD, mas
existem alguns autores
que aceitam EM)

Verbos que pedem EM Verbos que pedem COM


Morar, residir, entregar, domiciliar, Simpatizar com
estar, ficar, permanecer, continuar... Antipatizar com
Empatizar com ...

ESCLARECENDO...

VTD  VERBO TRANSITIVO DIRETO

VTI  VERBO TRANSITIVO INDIRETO

VTDI  VERBO TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO

EXPLICANDO...

*** VAMOS AO VERBO ASSISTIR?! No sentido de ver, por exemplo, como dito acima
não admite “LHE” como complemento, ainda que VTI.

Ex.: O aluno assiste a várias aulas.

 O aluno assite-lhes. (ERRADO) 


 O aluno assiste a elas. (CERTO) 
DICA 11

ATENÇÃO! O verbo ter NÃO PODE ser usado com valor existencial.

Ex.: Na audiência, teve quem questionasse a testemunha. X (ERRADO)


Ex.2: Na audiência, houve quem questionasse a testemunha. √ (CORRETO)

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DICA 12

VERBO HAVER – SENTIDO EXISTENCIAL


Ex.:
Coisas novas precisam HAVER para que ela se decidisse. → ERRADA
Coisas novas PRECISA HAVER para que ela se decidisse → CORRETA

objeto. direito oração sem sujeito


OBS.: HAVER→ sentido existencial, verbo sempre fica sempre na 3a pessoa do singular e
contamina os verbos auxiliares. Então a impessoalidade do verbo impessoal principal
é transmitida aos verbos auxiliares.
OBS. 2: Toda vez que o HAVER é existencial é caso de oração sem sujeito.
DICA 13
Mnemônico para lembrar os Pronomes que EXIGEM o uso da próclise:
Relativos
Indefinidos
Interrogativos

Ex.: No trecho “que se manifestam com intensidade”, o emprego do pronome átono “se”
após a forma verbal — expressam-se — prejudicaria a correção gramatical do texto, dada
a presença de fator de próclise na estrutura apresentada.
DICA 14
CONTRAÇÃO DOS VERBOS COM OS PRONOMES:
O pronome oblíquo “lhe” substitui OBJETO INDIRETO. Ex.: Eu obedeço a minha mãe.
Contraindo: Eu lhe obedeço. Ex.2: Entreguei o caderno a minha mãe. Contraindo:
Entreguei-lhe o caderno ou: Entreguei lho (substituição dos dois termos; lho = lhe + o).
Os pronomes oblíquos “o”, “a”, “os”, “as” substituem os OBJETIVOS DIRETOS. Ex.: Eu
vi Maria na escola. Contraindo: Eu a vi na escola.
Em verbos terminados em R, S ou Z, os pronomes assumem as formas lo, la, los, las,
cortando-se o R, S ou Z. Ex.1: Vou auxiliar Marina. / Vou auxiliá-la. Ex.2: Pus o livro sobre
a mesa. / Pu-lo sobre a mesa. Ex.3: Fiz o dever. / Fi-lo.

Em verbos terminados em ão, õe, am, em (sons nasais); os pronomes recebem a forma
no, na, nos, nas. Ex.: Tragam o preso. / Tragam-no. Ex.2: Estudarão a matéria. /
Estudarão-na. Ex.3: Entreguem os materiais / Entreguem-nos. Ex.4: Põe a bolsa sobre a
mesa. / Põe-na sobre a mesa.
DICA 15
Pronomes Oblíquos REFLEXIVOS. Os pronomes oblíquos, SALVO o(s), a(s) lhe(s),
podem referir-se ao próprio sujeito da oração.
Ex.1: Júlia feriu-se.
Ex.2: Marina e Vitor se amam.

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No Ex.1, pode-se dizer que Júlia feriu a si mesmo, portanto, trata-se de pronome
reflexivo.
No Ex.2: “Marina ama Vitor e Vitor a ama”, ou seja, um ama o outro. Nesse caso específico,
trata-se de pronome recíproco.
DICA 16
CRASE

*A crase é um fenômeno sintático assinalado pelo acento grave.


*A crase depende de dois fatores: o termo regente e o termo regido.

*Condições de ocorrência *

O termo regente deve exigir a O termo regido deve


preposição “A” admitir o artigo “A”
ou ser um pronome
demonstrativo
iniciado pela letra “A”
(aquele, aquela,
aquilo, a)

Exemplos:

- Obedeceu às leis da escola.


VTI(a)

- Procedeu à reunião da hora marcada.


VTI (proceder de dar início - pede preposição “a”)

-Voltou àquele lugar.


VI (a)
(quem volta, volta a...)

- Referiu-se à moça
VTI

OS CASOS PROIBIDOS PREVALECEM SOBRE QUAISQUER OUTROS!!!


DICA 17
CRASE PROIBIDA:

* Antes de palavras masculinas. Ex.: Pinto a óleo.

* Palavras no plural sem artigo. Ex.: Volto daqui a dois dias.

* Diante de verbo. Ex.: Estou disposta a passar no concurso.

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* Entre palavras repetidas que constituem expressões idiomáticas (com sentido


generalizado na língua). Ex.: Estava cara a cara, dia a dia, uma a uma, cota a cota.

* Antes de artigo feminino indefinido. Ex.: Referia-me a uma dança.

* Antes de pronomes: Pessoais, demonstrativos, indefinidos, tratamento e relativos. Ex.:


Dirigi-me a ela. Refiro-me a esta carta. Refiro-me a certa valsa. Falei a Vossa Santidade.
Conheço a moça cuja mãe faleceu.

* Depois de preposição (exceto “até”, caso facultativo). Ex.: Jurou perante a justiça
dizer a verdade. Ex.2: Foi até a/à escola.
DICA 18
CRASE FACULTATIVA:

* Depois da preposição ATÉ: Fui até a casa. / Fui até à casa.

* Antes de pronome possessivo feminino no singular: MINHA TUA VOSSA NOSSA.


Respondi a sua mãe. / Respondi à sua mãe.

* Antes de nome próprio feminino: Entreguei a carta a Carla. / Entreguei a carta à Carla.

* Pronomes de tratamento: Senhora, Senhorita, Madame, Dona. Refiro-me a dona


Joana. / Refiro-me à dona Joana.
DICA 19

NÃO SE USA CRASE - ANTES DA PALAVRA CASA:


Ex.: Eles retornaram a casa.
Ex.: Voltarei a casa amanhã de manhã
OBS.: se a palavra casa vier determinada, ocorrerá crase:
Ex.: Eles retornaram à casa dos pais.
Ex.: Voltarei à casa do Fernando amanhã de manhã.
DICA 20

NÃO SE USA CRASE - ANTES DE NUMERAL:


Ex.: A quantidade de candidatos não chegou a dez.
OBS.: Ocorre crase diante de numeral ordinal ou se o numeral indicar horas:
Ex.: Escrevi à primeira da turma.
Ex.: O show será às 15 horas.
Ex.: A aula vai das 8 às 11 horas.
DICA 21

NÃO SE USA CRASE - ANTES DA PALAVRA TERRA (= CHÃO FIRME)


Ex.: Ao descer a terra, o capitão foi recebido com honras.
Ex.: Os navegantes retornaram a terra ao amanhecer.

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OBS.: se a palavra "terra" estiver especificada ou se referir ao planeta, ocorrerá crase:


Ex.: Chegarei hoje à terra de meus pais.
Ex.: Os astronautas não retornaram à Terra no dia previsto.
DICA 22

USO ESPECIAL DE CRASE


Topônimos (nome de lugar): GOSTAR DA CIDADE/ PAÍS....

MACETE:

- Feminino ou neutro especificado: admitem crase!


(eu vou a Bahia, eu volto DA Bahia)

- Neutro sem especificador: não admite crase!


(eu goste DE Belo Horizonte)

- Voltou à Belo Horizonte dos barezinhos.


VTI neutro+ especificador)

- Retornou à Bahia. (MACETE: Retornou DA Bahia)


VTI

- Iria a Campinas.
(Eu volto DE campinas→ neutro/ sem especificador)

- Iria à França.
(Eu volto DA França)
DICA 23

USO ESPECIAL DE CRASE


QUE/DE

→ Usa-se crase sempre que a tiver valor de “aquela” ou subtender palavra feminina.

- Referiu-se à que falava mais alto.


(a+a) - aquela

- Fez alusão à de roupa rosa.


(a+a) – aquela
DICA 24

ATENÇÃO! Exceções, pois admitem artigo!!!: Pronomes “mesma”, “outra”, “própria”,


“senhora” e “senhorita” admitem crase.
DICA 25

FIQUE LIGADO!

Crase antes de pronomes – à que/ à qual

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Ocorre crase se, ao substituirmos por um correspondente masculino, o resultado for


ao que, ao qual.
À que
(…) é a realocação da comunidade para uma área equivalente à que ela vive hoje.
(…) é a realocação da comunidade para um terreno equivalente ao que ela vive hoje.

Ao qual
(…) em Cuba, onde agora se recupera da quarta cirurgia à qual teve de se submeter…
(…) em Cuba, onde agora se recupera do quarto procedimento cirúrgico ao qual teve de se
submeter…
DICA BÔNUS

Caso em que a CRASE SEMPRE OCORRE:


* Em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de que participam palavras femininas.
Por exemplo:
à tarde / às ocultas / às pressas / à medida que / à noite / às claras / às escondidas / à
força / à vontade / à beça / à larga / à escuta / às avessas / à revelia / à exceção de / à
imitação de / à esquerda / às turras / às vezes / à chave / à direita / à procura / à deriva /
à toa / à luz / à sombra de / à frente de / à proporção que / à semelhança de / às ordens /
à beira de ...

 JÁ CAIU RECENTEMENTE NA BANCA CESPE! QUEREM VER?!

(Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Ministério da Economia Provas: CESPE /
CEBRASPE - 2020 - Ministério da Economia - Tecnologia da Informação - Segurança da
Informação e Proteção de Dados)
... No trecho “No momento em que eu levava o garfo à boca”, no terceiro parágrafo, o sinal
indicativo de crase empregado em “à” poderia ser suprimido, sem prejuízo para a correção
gramatical do trecho. R: ERRADO. JUSTIFICATIVA: TRATA-SE DE LOCUÇÃO
ADVERBIAL FEMININA. Logo, o sinal indicativo de crase não PODE SER
SUPRIMIDO!
DICA BÔNUS

PARA NÃO ESQUECER!

Uso facultativo da crase = pronomes possessivos femininos (sua / minha).


Uso proibido da crase = pronomes demonstrativos (esta / essa).

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CONTABILIDADE GERAL

DICA 26

Provisões

Provisões servem para contabilizar uma variação patrimonial ocorrida cujo valor exato
ainda é desconhecido. Sendo assim, há a certeza do acontecimento, mas não se sabe
exatamente o valor envolvido.

A provisão tem o objetivo de cobrir um custo ou despesa cuja possibilidade de


ocorrência seja grande. Isso significa que provisões dizem respeito aos lançamentos de
valores como se fossem despesas, apesar de ainda não poderem ser classificados como tal.
De acordo com resolução do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) nº 750, no artigo 9º:

“As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que
ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de
recebimento ou pagamento.”

Portanto, a Provisão atende ao Princípio de Competência, ou seja, mesmo que o


desembolso ocorra meses adiante, reconhece-se o fato gerador no momento em que ele
ocorrer.

A partir do momento que a estimativa dá lugar para a certeza, as obrigações ou perdas de


ativos não são mais classificadas como provisões. Exemplos disso incluem o Pagamento de
Férias, do Décimo Terceiro salário, impostos etc.

DICA 27

Reversão de provisões

A reversão de provisões pode ser conceituada como o procedimento contábil necessário,


derivado da mutação do fato contábil de constituição de provisões, em
desconstituição das mesmas (não ocorrência). As provisões de contingências para
liquidação de despesas ou custos futuros, são caracterizadas como passivo, tendo em vista
sua capacidade de diminuir o ativo de determinada entidade.

A reversão da provisão é exatamente o contrário da provisão, vez que não ocorre o fato
gerador decorrente da provisão ou este se dá em um valor inferior ao esperado.

Neste sentido, o lançamento de uma provisão e a reversão da provisão se dão da seguinte


maneira:

1. Constituição da Provisão:

D – Despesa com Provisão (resultado)

C – Provisão (Passivo)

2. Reversão de Provisão:

D – Provisão (Passivo) (Retificadora)

C – Reversão de provisão (receita – resultado)

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DICA 28

Amortização de ativos especiais


Os ativos especiais consistem em um grupo no ativo com algumas características
especiais que podem ou não ser tangíveis, sendo na grande maioria ativos
intangíveis. A utilização deste grupo não implica no esgotamento deste ativo, pois estes
ativos estão diretamente relacionados ao processo de obtenção de receitas, deixando de ser
ativos não pela venda, e sim pela perda potencial de obtenção de receitas.
Um exemplo clássico de ativos especiais são os conteúdos artístico-culturais (filmes)
elaborados por produtoras cinematográficas com o objetivo de obter receita mediante a
cessão do direito de exibição. Assim, esses conteúdos artístico-culturais permanecem
existindo sob a propriedade de quem os produziu e podem a qualquer momento ser
negociados novamente, gerando novas receitas.
Para a amortização de ativos especiais podemos seguir uma das alternativas abaixo:
I – método da efetiva utilização, sendo o numerador a receita efetivamente auferida no
período e o denominador a receita total estimada para ser auferida durante a vida útil do
ativo;
II – método de quotas arbitradas, no qual o percentual de amortização é arbitrado pela
expectativa de geração de receita com a utilização do ativo ou pelo decurso do tempo.
DICA 29

Depreciação do ativo imobilizado e vida útil do ativo


O conceito de depreciação é apresentado no CPC 27 como a alocação sistemática do
valor depreciável de um ativo ao longo da sua vida útil econômica para a entidade.
Um ativo começa a ser depreciado quando este está disponível para uso, ou seja, quando
está no local e em condição de funcionamento na forma pretendida pela administração.
Observa-se que a depreciação cessa quando o ativo é desativado por baixa de
qualquer natureza ou transferência para ativo não circulante mantido para venda
(conforme Pronunciamento Técnico CPC 31 - Ativo Não Circulante Mantido para Venda e
Operação Descontinuada), ou para estoque, mas não cessa por ociosidade.
Define-se a vida útil de um ativo em função da utilidade esperada deste ativo para a
entidade. A estimativa da vida útil do ativo é uma questão de julgamento baseado na
experiência da entidade com ativos semelhantes.
Devemos considerar os seguintes fatores na determinação da vida útil de um ativo:
→ uso esperado do ativo que é avaliado com base na capacidade ou produção física
esperadas do ativo;
→ desgaste físico normal esperado, que depende de fatores operacionais tais como o
número de turnos durante os quais o ativo será usado, o programa de reparos e manutenção
e o cuidado e a manutenção do ativo enquanto estiver ocioso;
→ obsolescência técnica ou comercial proveniente de mudanças ou melhorias na
produção, ou de mudança na demanda do mercado para o produto ou serviço derivado do
ativo;
→ limites legais ou semelhantes no uso do ativo, tais como as datas de término
dos contratos de arrendamento mercantil relativos ao ativo.

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DICA 30

Métodos de depreciação
Existem diversos métodos para se calcular o valor depreciável de um ativo ao longo da sua
vida útil. Cada empresa decide qual método utilizar, ou seja, ela irá selecionar o método
que melhor reflete o padrão de consumo do bem e o que trouxer mais benefícios contábeis
para ela.
De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 27, o método escolhido deverá ser
aplicado consistentemente entre os períodos, a não ser que tenha alguma
alteração nesse padrão, como a alteração da vida útil econômica do bem, por exemplo,
e este deve ser revisado pelo menos ao final de cada exercício.
Contabilmente, podemos destacar três métodos de depreciação: método da linha reta,
o método dos saldos decrescentes e o método de unidades produzidas.
→ Método da linha reta: Consiste em se apurar uma despesa constante durante a vida
útil do ativo, caso o seu valor residual não se altere. Calcula-se a depreciação através da
utilização de uma taxa de desvalorização constante sobre o bem que perde o mesmo valor
anualmente, considerando-se a vida útil média do bem. Por exemplo, com um valor inicial
do bem em 100% (0% de desgaste), sendo a sua vida útil de 5 anos, a depreciação linear
do mesmo é 20% ao ano, ou seja 100 / 5.
→ Método dos saldos decrescentes: Este método resulta em despesa decrescente
durante a vida útil. Assim, no início da vida útil de um ativo, o valor da depreciação é maior
do que ao final, visto que ocorre gradualmente a redução do valor da depreciação na medida
em que o bem envelhece. A taxa percentual utilizada para calcular a depreciação é constante
durante os períodos. Como o valor líquido contabilístico não chega a zero por esse método,
ao final da vida útil, a empresa pode mudar a forma de cálculo para o método da linha reta.
→ Método de unidades produzidas: Este método resulta em despesa baseada no uso ou
produção esperados pelo ativo imobilizado. Para determinar o valor da depreciação utiliza-
se a seguinte fórmula:
Depreciação = Valor Original do Bem x Taxa de depreciação
E para encontrar a taxa de depreciação utiliza-se a seguinte fórmula:
Taxa de depreciação = Número de unidades produzidas no período / Número de
unidades estimadas a serem produzidas durante a vida útil do bem.
DICA 31

BALANCETE DE VERIFICAÇÃO

O balancete de verificação trata-se de um demonstrativo contábil que reúne todas as


contas em movimento na empresa e seus respectivos saldos (saldos devedores e
saldos credores). É considerada uma técnica utilizada pela Contabilidade para verificar se
o método das partidas dobradas está sendo utilizado e verificar se os lançamentos contábeis
realizados em um determinado período estão corretos.

Devido ao método das partidas dobradas, o valor total dos saldos credores deve ser
sempre igual ao valor total dos saldos devedores, vez que não há crédito sem débito
correspondente. Do contrário houve um erro na Contabilidade da Empresa.

Geralmente o balancete é disponibilizado mensalmente, servindo de suporte aos gestores


para visualizar a situação da empresa diante dos saldos mensurados, e, portanto não se
destina a publicação.

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Através do balancete é possível chegar a vários resultados importantes para a Contabilidade


de uma empresa num dado período de tempo, bem como elaborar outros demonstrativos
contábeis importantes, como por exemplo, Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)
e Balanço Patrimonial (BP).

É, portanto a relação de Contas extraídas do livro Razão (razonetes) da empresa e,


normalmente possui os saldos do balancete anterior, o movimento de débitos e créditos do
período anterior e o atual, bem como os saldos atuais.

DICA 32

Modelos – balancete de verificação

O balancete de verificação mais simples possui apenas duas colunas apresentando os saldos
devedores e credores, conforme o seguinte exemplo:

No entanto, há outros tipos de balancete de verificação mais completos para a evidenciação


de dados com 4, 6 ou até 8 colunas. O balancete chamado de seis colunas apresenta os
saldos do balancete anterior, o movimento de débitos e créditos do período que medeia o
anterior e o atual e, finalmente os saldos atuais.

O balancete mais completo é o de oito colunas, no qual aparecem os saldos anteriores, o


movimento e os saldos do período e, finalmente, os saltos atuais.

Balancete de 6 colunas:

Balancete de 8 colunas:

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DICA 33

Conceito do balancete de verificação

Em um balancete de verificação, é possível verificar a igualdade entre o total de débitos


e o total de créditos, tendo em vista o método das partidas dobradas.

No entanto, o balancete de verificação não garante a correção dos procedimentos


contábeis adotados. Isso porque podem acontecer lançamentos duplicados, a falta do
lançamento, posição de contas equivocadas, entre outros.

DICA 34

O balanço patrimonial é uma das mais importantes demonstrações contábeis, no qual


apuramos a situação patrimonial e financeira de uma entidade em determinado lapso
temporal. No balanço são evidenciados o Ativo, o Passivo e o Patrimônio Líquido da
entidade.

- Ativo: No ativo ficam compreendidos os bens e direitos da entidade como exemplo, caixa,
bancos, imóveis, veículos, equipamentos, mercadorias e contas a receber de clientes.
Convencionalmente são discriminados no lado esquerdo do Balanço Patrimonial.

- Passivo: No passivo ficam compreendidos as obrigações a pagar, ou seja, as quantias


devidas pela empresa a terceiros. Podemos citar as contas a pagar, os fornecedores, os
salários a pagar, os impostos a pagar e os financiamentos a pagar. Convencionalmente são
discriminados no lado direito do Balanço Patrimonial.

- Patrimônio Líquido: Nada mais é que a diferença entre o valor do ativo e do passivo da
entidade.

DICA 35

Balanço Patrimonial – Dividendos

O registro de dividendos a distribuir deve ser contabilizado a crédito de passivo e


a débito do patrimônio líquido. O passivo e o PL são contas credoras então aumentam
com crédito e diminuem com débito. Os dividendos a distribuir são obrigações da empresa
o que indica um aumento do passivo (creditar) e, como parcela do lucro será distribuída,
haverá uma diminuição do PL (débito).

Na apuração da demonstração de origens e aplicação de recursos,


independentemente da classificação no passivo, a distribuição de dividendos
deverá sempre ser uma aplicação de recursos, para a empresa que distribuiu. A
distribuição de dividendos é uma aplicação de recursos por ser retificadora do PL. As contas

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devedores são aplicações de recursos, enquanto as contas credoras são de origens de


recursos.

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ESTATÍSTICA

DICA 36

FREQUÊNCIAS

Um conceito recorrente em estatística é o conceito de frequência. São de quatro tipos:

- frequência absoluta simples (f);


- frequência absoluta acumulada (F);
- frequência relativa simples (fr);
- frequência relativa acumulada (Fr).

Todas as frequências guardam relação com o número de ocorrências de um valor ou


classe de valores. Em seguida, analisaremos cada tipo de frequência.

DICA 37

FREQUÊNCIAS ABSOLUTAS

A frequência absoluta é o número de vezes que um dado aparece no rol. Os dados são
organizados em categorias.

DICA 38

FREQUÊNCIAS RELATIVAS

A frequência relativa é o número de observações de cada variável divido pelo número


total de observação. Ou seja, é a frequência absoluta de cada variável dividida pela
somatória das frequências absolutas. A frequência relativa é uma porcentagem do todo.

Essa medida é usada para comparar dados.

DICA 39

Distribuição Geométrica

→ A distribuição geométrica também se refere a sucessos e fracassos, mas,


diferentemente da binomial, é a probabilidade de que o sucesso ocorra exatamente no k-
ésimo ensaio.

→ Aqui, a probabilidade de ocorrer o resultado favorável (sucesso) em cada ensaio também


é 𝑝.

DICA 40

A distribuição hipergeométrica refere-se à probabilidade de, ao retirarmos, sem


reposição, 𝑛 elementos de um conjunto com 𝑁 elementos, saiam 𝑘 elementos com o atributo
sucesso, considerando-se que, do total de 𝑁 elementos, 𝑠 possuem esse atributo e, portanto,
𝑁 – 𝑠 possuem o atributo fracasso.

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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

DICA 41

COMÉRCIO ILEGAL DE ARMA DE FOGO *** É CONSIDERADO CRIME HEDIONDO!

ALTERAÇÕES PELO PACOTE ANTICRIME!!!

Art. 17, da Lei nº. 10.826/2003. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar,
ter em depósito, desmontar, montar, remontar, adulterar, vender, expor à venda, ou de
qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade
comercial ou industrial, arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em
desacordo com determinação legal ou regulamentar:

Pena - reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, e multa.

§ 1º EQUIPARA-SE à atividade comercial ou industrial, para efeito deste artigo, qualquer


forma de prestação de serviços, fabricação ou comércio irregular ou clandestino, inclusive
o exercido em residência.

§ 2º Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou


munição, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou
regulamentar, a AGENTE POLICIAL DISFARÇADO, quando presentes elementos
probatórios razoáveis de CONDUTA CRIMINAL PREEXISTENTE.

DICA 42

TRÁFICO INTERNACIONAL DE ARMA DE FOGO *** É CONSIDERADO CRIME


HEDIONDO!

ALTERAÇÕES PELO PACOTE ANTICRIME!!!

Art. 18, da Lei nº. 10.826/2003. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do
território nacional, a qualquer título, de arma de fogo, acessório ou munição, sem
autorização da autoridade competente:

Pena - reclusão, de 8 (oito) a 16 (dezesseis) anos, e multa.

Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo,
acessório ou munição, em operação de importação, sem autorização da autoridade
competente, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios
razoáveis de conduta criminal preexistente.

DICA 43

CAUSAS DE AUMENTO DE PENA

ALTERAÇÕES PELO PACOTE ANTICRIME!!!

Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é AUMENTADA da metade se a
arma de fogo, acessório ou munição forem de uso proibido ou restrito.

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Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é AUMENTADA da
metade se:

I - forem praticados por integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6º, 7º
e 8º desta Lei; ou

II - o agente for reincidente específico em crimes dessa natureza.

***Os crimes de porte ilegal, disparo de arma de fogo, porte ou posse de arma de uso
restrito, assim como o comércio ilegal tem pena aumentada se forem praticados por
integrantes das Forças Armadas, integrantes das guardas municipais das capitais
dos Estados e dos Municípios, agentes operacionais da Agência Brasileira de
Inteligência entre outros.

➢ Também ocorre aumento de pena com reincidência específica em crimes dessa


natureza.

Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 são insuscetíveis de liberdade provisória.
(Vide Adin 3.112-1) ATENÇÃO! Este artigo foi declarado inconstitucional

DICA 44

LEI Nº 7.102/1983 - LEI DE SEGURANÇA EM ESTABELECIMENTOS FINANCEIROS

Funcionamento de estabelecimento financeiro

Art. 1º, da lei nº 7.102/1983. É vedado o funcionamento de qualquer estabelecimento


financeiro onde haja guarda de valores ou movimentação de numerário, que não possua
sistema de segurança com parecer favorável à sua aprovação, elaborado pelo
Ministério da Justiça, na forma desta lei.

§ 1o Os estabelecimentos financeiros referidos neste artigo compreendem bancos oficiais


ou privados, caixas econômicas, sociedades de crédito, associações de poupança,
suas agências, postos de atendimento, subagências e seções, assim como as
cooperativas singulares de crédito e suas respectivas dependências.

DICA 45

ELEMENTOS IMPRESCINDÍVEIS PARA VALIDADE DO SISTEMA DE SEGURANÇA

Art. 2º, da lei nº 7.102/1983 - O sistema de segurança referido no artigo anterior inclui
pessoas adequadamente preparadas, assim chamadas vigilantes; alarme capaz de
permitir, com segurança, comunicação entre o estabelecimento financeiro e outro da mesma
instituição, empresa de vigilância ou órgão policial mais próximo; e, pelo menos, mais um
dos seguintes dispositivos:

I - equipamentos elétricos, eletrônicos e de filmagens que possibilitem a identificação


dos assaltantes;

II - artefatos que retardem a ação dos criminosos, permitindo sua perseguição,


identificação ou captura; e

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III - cabina blindada com permanência ininterrupta de vigilante durante o expediente


para o público e enquanto houver movimentação de numerário no interior do
estabelecimento.

DICA 46

COMPETÊNCIA DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

Art. 6º, da lei nº 7.102/1983. Além das atribuições previstas no art. 20, compete ao
Ministério da Justiça:

I - fiscalizar os estabelecimentos financeiros quanto ao cumprimento desta lei;

II - encaminhar parecer conclusivo quanto ao prévio cumprimento desta lei, pelo


estabelecimento financeiro, à autoridade que autoriza o seu funcionamento;

III - aplicar aos estabelecimentos financeiros as penalidades previstas nesta lei.

Segundo o art. 20 do referido diploma legal:

Art. 20, da lei nº 7.102/1983. Cabe ao Ministério da Justiça, por intermédio do seu órgão
competente ou mediante convênio com as Secretarias de Segurança Pública dos Estados e
Distrito Federal:

I - conceder autorização para o funcionamento:

a) das empresas especializadas em serviços de vigilância;

b) das empresas especializadas em transporte de valores; e

c) dos cursos de formação de vigilantes;

II - fiscalizar as empresas e os cursos mencionados no inciso anterior;

Ill - aplicar às empresas e aos cursos a que se refere o inciso I deste artigo as penalidades
previstas no art. 23 desta Lei;

IV - aprovar uniforme;

V - fixar o currículo dos cursos de formação de vigilantes;

VI - fixar o número de vigilantes das empresas especializadas em cada unidade da


Federação;

VII - fixar a natureza e a quantidade de armas de propriedade das empresas


especializadas e dos estabelecimentos financeiros;

VIII - autorizar a aquisição e a posse de armas e munições; e

IX - fiscalizar e controlar o armamento e a munição utilizados.

X - rever anualmente a autorização de funcionamento das empresas elencadas no inciso I


deste artigo.

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DICA 47

DA SEGURANÇA PRIVADA

Art. 10, da lei nº 7.102/1983. São considerados como segurança privada as atividades
desenvolvidas em prestação de serviços com a finalidade de:

I - proceder à vigilância patrimonial das instituições financeiras e de outros


estabelecimentos, públicos ou privados, bem como a segurança de pessoas físicas;

II - realizar o transporte de valores ou garantir o transporte de qualquer outro tipo


de carga.

§ 1º Os serviços de vigilância e de transporte de valores poderão ser executados por


uma mesma empresa.

DICA 48

DA PROPRIEDADE E DA ADMINISTRAÇÃO

Art. 11, da lei nº 7.102/1983 - A propriedade e a administração das empresas especializadas


que vierem a se constituir são vedadas a estrangeiros.

Art. 12, da lei nº 7.102/1983 - Os diretores e demais empregados das empresas


especializadas não poderão ter antecedentes criminais registrados.

➢ Os proprietários não podem ser estrangeiros;


➢ A administração não pode ser realizada por pessoas que ostentem
antecedentes.

DICA 49

DO EXERCÍCIO DA PROFISSÃO DE VIGILANTE

Art. 16, da lei nº 7.102/1983 - Para o exercício da profissão, o vigilante preencherá os


seguintes requisitos:

I - ser brasileiro;

II - ter idade mínima de 21 (vinte e um) anos;

III - ter instrução correspondente à quarta série do primeiro grau;

IV - ter sido aprovado, em curso de formação de vigilante, realizado em


estabelecimento com funcionamento autorizado nos termos desta lei.

V - ter sido aprovado em exame de saúde física, mental e psicotécnico;

VI - não ter antecedentes criminais registrados; e

VII - estar quite com as obrigações eleitorais e militares.

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Art. 17, da lei nº 7.102/1983. O exercício da profissão de vigilante requer prévio registro
no Departamento de Polícia Federal, que se fará após a apresentação dos documentos
comprobatórios das situações enumeradas no art. 16.

Art. 18, da lei nº 7.102/1983 - O vigilante usará uniforme somente quando em efetivo
serviço.

Art. 19, da lei nº 7.102/1983 - É assegurado ao vigilante:

I - uniforme especial às expensas da empresa a que se vincular;

II - porte de arma, quando em serviço;

III - prisão especial por ato decorrente do serviço;

IV - seguro de vida em grupo, feito pela empresa empregadora.

DICA 50

DO ARMAMENTO

Art. 21, da lei nº 7.102/1983 - As armas destinadas ao uso dos vigilantes serão de
propriedade e responsabilidade:

I - das empresas especializadas;

II - dos estabelecimentos financeiros quando dispuserem de serviço organizado de


vigilância, ou mesmo quando contratarem empresas especializadas.

Art. 22, da lei nº 7.102/1983 - Será permitido ao vigilante, quando em serviço, portar
revólver calibre 32 ou 38 e utilizar cassetete de madeira ou de borracha.

Parágrafo único - Os vigilantes, quando empenhados em transporte de valores, poderão


também utilizar espingarda de uso permitido, de calibre 12, 16 ou 20, de fabricação
nacional.

DICA 51

DAS SANÇÕES APLICÁVEIS

Art. 23, da lei nº 7.102/1983 - As empresas especializadas e os cursos de formação de


vigilantes que infringirem disposições desta Lei ficarão sujeitos às seguintes penalidades,
aplicáveis pelo Ministério da Justiça, ou, mediante convênio, pelas Secretarias de Segurança
Pública, conforme a gravidade da infração, LEVANDO-SE EM CONTA A REINCIDÊNCIA
E A CONDIÇÃO ECONÔMICA DO INFRATOR:

I - advertência;

II - multa de quinhentas até cinco mil Ufirs:

III - proibição temporária de funcionamento; e

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IV - cancelamento do registro para funcionar.

Parágrafo único - Incorrerão nas penas previstas neste artigo as empresas e os


estabelecimentos financeiros responsáveis pelo extravio de armas e munições.

DICA 52

LEI Nº. 8.069/90 (ECA)


EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

FASE CARACTERÍSTICAS PERÍODO (DURAÇÃO)


MARCANTES

ABSOLUTA Inexistiam normas


INDIFERENÇA tutelares tocante aos Finda-se no início do Séc. XVI.
direitos da criança ou do
adolescente.

MERA Almejava tão somente a


IMPUTAÇÃO punição de Início do séc. XVI – sobretudo com a edição
PENAL ações/condutas do Código Mello Matos (1927) ao Código
praticadas por crianças e de Menores (1979).
adolescentes.
ATENÇÃO! No Código de Menores não
foram realizadas distinções entre
crianças e adolescentes.

TUTELAR Promoção da proteção


da criança e adolescente
em situação irregular, Início: Código de Menores (1979).
mediante práticas de Finda-se com a edição da CR/88.
assistencialismo e
segregatórias.

PROTEÇÃO Analisadas sob a


INTEGRAL perspectiva de sujeitos
de direitos, a proteção
das crianças e dos Inicia-se com a edição da CR/88 e
adolescentes, sobretudo prossegue até os dias atuais.
levando-se em
consideração a situação ATENÇÃO! Assim, o ECA estabeleceu no
peculiar de pessoa em Brasil a doutrina da proteção integral.
desenvolvimento, deve (art. 1º, do ECA)
ser assegurada, em
conjunto, pelo Estado,
Sociedade e Famílias –
com máxima prioridade.

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DICA 53

CONSIDERAÇÕES PERTINENTES SOBRE A EVOLUÇÃO HISTÓRICA

* Antes de ser adotada a Teoria da Proteção Integral NÃO SE PREOCUPAVA COM A


CONSERVAÇÃO/MANUTENÇÃO dos vínculos familiares. Não se averiguava a situação dos
vínculos consanguíneos para o objetivo de colocação da criança em família substituta.

* Com relação à ideia da SITUAÇÃO IRREGULAR (Fase Tutelar) o menor era visto e
tratado como um problema a ser revolvido; a criança e o adolescente não eram
considerados sujeitos de direitos.

DICA 54

Na doutrina da proteção integral, a MUNICIPALIZAÇÃO consiste no princípio central do


ECA. EXPLICANDO... O sistema de proteção restou descentralizado e focando-se no
município, pois materializa-se na esfera municipal pela participação direta da
comunidade através do Conselho Municipal de Direitos e do Conselho Tutelar.

O ECA implementa uma cadeia de políticas públicas a serem desenvolvidas por todos os
entes federativos, sobretudo pelo município, haja vista estar mais próximo da realidade de
cada comunidade, em observância ao princípio da municipalização imperante nessa
legislação especial.

DICA 55

ATENÇÃO! PARA OS EFEITOS DO ECA:

CRIANÇA  A pessoa até doze anos de


idade incompletos.

ADOLESCENTE  Aquela entre doze e dezoito


anos de idade.

***Nos casos expressos em lei, aplica-se EXCEPCIONALMENTE o ECA


às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade.

ATENÇÃO! Consoante se vê, o ECA não adotou o critério psicológico para diferenciar
criança de adolescente, mas, sim, CRITÉRIO DE IDADE.

DICA 56

CONSIDERAÇÕES SOBRE O P. ÚNICO DO ART. 2º DO ECA

“Nos casos expressos em lei, aplica-se EXCEPCIONALMENTE o ECA às pessoas entre


dezoito e vinte e um anos de idade. ”

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 Foram muitas as discussões sobre sua revogação ou não. CONCLUSÃO PARA A PROVA
(a que mais é adotada pelas Bancas) – POSICIONAMENTO DO STJ: Distinguindo-se
as esferas cíveis e penais tem-se que:

• Na ESFERA CÍVEL, haja vista o surgimento do CC/02 (redução da maioridade civil para
18 anos), o ECA não é mais aplicado aos maiores de 18 anos.

• Na ESFERA PENAL, é APLICADO, cite-se como exemplo o art. 121, §5º, do ECA, o
qual estabelece liberação compulsória aos 21 anos de idade.

DICA 57

TESE DA PLURIPARENTALIDADE

A PATERNIDADE SOCIOAFETIVA, declarada ou não em registro público, não


impede o reconhecimento do vínculo de filiação concomitante baseado na origem
biológica, com os efeitos jurídicos próprios. (RE 898.061/SC)
EXPLICANDO... Conclui-se que a paternidade socioafetiva não exime a responsabilidade
do pai biológico. Logo, é dever do pai biológico arcar com as despesas do filho ainda que
este último tenha sido criado e nutre laços de afetividade com pessoa diversa –
considerando-a como pai.
DICA 58

A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa


humana, sem prejuízo da PROTEÇÃO INTEGRAL de que trata o ECA, assegurando-se-
lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar
o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de
liberdade e de dignidade.

***Os direitos enunciados no ECA aplicam-se a todas as crianças e adolescentes, SEM


DISCRIMINAÇÃO de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor,
religião ou crença, deficiência, condição pessoal de desenvolvimento e
aprendizagem, condição econômica, ambiente social, região e local de moradia ou
outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em que
vivem. (PRINCÍPIO DA NÃO DISCRIMINAÇÃO)

DICA 59

PRINCÍPIO DA PRIORIDADE ABSOLUTA

É DEVER da FAMÍLIA, DA COMUNIDADE, DA SOCIEDADE EM GERAL E DO PODER


PÚBLICO assegurar, com ABSOLUTA PRIORIDADE, a efetivação dos direitos referentes
à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência
familiar e comunitária.

*** A GARANTIA DE PRIORIDADE compreende:

a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;

b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;

c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;

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d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a


proteção à infância e à juventude.

DICA 60

NENHUMA criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência,


discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei
qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.

DICA BÔNUS

INTERPRETAÇÃO DO ECA – parâmetros interpretativos:

os fins sociais a que ela se


dirige

as exigências do bem comum

os direitos e deveres
individuais e coletivos

a condição peculiar da criança


e do adolescente como
PESSOAS EM
DESENVOLVIMENTO.

DICA BÔNUS

DIREITOS QUE INTEGRAM O DIREITO DE LIBERDADE NO ECA

O DIREITO À LIBERDADE compreende os seguintes aspectos:

I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários,


ressalvadas as restrições legais;

II - opinião e expressão;

III - crença e culto religioso;

IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;

V - participar da vida familiar e comunitária, SEM DISCRIMINAÇÃO;

VI - participar da vida política, NA FORMA DA LEI;

VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.

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NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO

DICA 61

As normas jurídicas que expressam esses valores podem ser classificadas em duas
categorias básicas: regras e princípios.

As regras contemplam previsões de conduta determinadas e precisas. Ou seja, entre várias


alternativas de conduta, as regras determinam como os sujeitos devem (“é obrigatório”),
não devem (“é proibido”) ou podem (“é facultado”) conduzir-se.

Os princípios, por sua vez, determinam o alcance e o sentido das regras, servindo de
parâmetro para a exata compreensão delas e para a própria produção normativa. Eles não
se restringem a fixar limites ou a fornecer soluções exatas, e sim consagram os valores a
serem atingidos. Dessa forma, os princípios não fornecem solução única, mas propiciam um
elenco de alternativas, exigindo, por ocasião de sua aplicação, que se escolha por uma
dentre diversas soluções.

DICA 62

O princípio da supremacia do interesse público fundamenta a existência das


prerrogativas e dos privilégios da Administração Pública, enquanto o princípio da
indisponibilidade do interesse público, em contraponto ao primeiro, fundamenta as
restrições impostas à Administração.

DICA 63

Ao lado do princípio da supremacia do interesse público, o regime jurídico-administrativo


também se fundamenta no princípio da indisponibilidade do interesse público, o qual
impõe restrições à atuação da Administração.

Por esse princípio, a atuação do Poder Público deve ser pautada pela lei, vale dizer, a
Administração só pode atuar conforme a previsão legal. Portanto, é correto dizer que a
elaboração de atos normativos administrativos, bem como a execução de atos
administrativos e ainda a sua respectiva interpretação, devem ser pautados pelo regime
jurídico-administrativo, eis que devem observar os ditames da lei.

DICA 64

Conforme ensinamento de Celso Antônio Bandeira de Mello, a medida provisória, o


estado de defesa e o estado de sítio são exceções ao princípio da legalidade. O primeiro
por ser um diploma normativo de exceção e precariedade, pois só é aplicável em caso de
“relevância e urgência”. Os dois últimos por restringirem direitos em situações
excepcionais.

DICA 65

A respeito do princípio da impessoalidade e sua relação com o princípio da isonomia,


Carvalho Filho assevera que têm sido admitidas exceções para sua aplicação. Como
exemplo, podem-se citar as exigências de altura mínima e de idade em concursos
públicos.

Sobre o tema o STF coloca três critérios necessários para legitimar exigências
discriminatórias em editais de concurso público:

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1) que haja pertinência entre o critério de discriminação e a atividade do cargo;

2) que o critério seja fixado em parâmetros razoáveis;

3) que o critério tenha sido previsto em lei e não apenas no edital do concurso.

Assim, por exemplo, o STF reconheceu que, em se tratando de concurso público para agente
de polícia, mostra-se razoável a exigência, por lei, de que o candidato tenha altura mínima
de 1,60m. A exigência de altura, por sua vez, não seria razoável para o cargo de escrivão
de polícia, dada as atribuições do cargo, para as quais o fator altura é irrelevante.

DICA 66

O princípio da impessoalidade decorre, em última análise, do princípio da isonomia e


da supremacia do interesse público, não podendo, por exemplo, a administração pública
conceder privilégios injustificados em concursos públicos e licitações nem utilizar
publicidade oficial para veicular promoção pessoal.

DICA 67

A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade,


até o terceiro grau, inclusive, da 1) autoridade nomeante ou de 2) servidor da mesma
pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o
exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na
administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas,
viola a Constituição Federal.

DICA 68

O princípio da moralidade administrativa torna jurídica a exigência de atuação ética dos


agentes públicos e possibilita a invalidação dos atos administrativos.

DICA 69

A divulgação nominal da remuneração de autoridades e servidores nas páginas da


internet constitui tema dos mais polêmicos no debate sobre a transparência da
Administração Pública.

A discussão envolve a compatibilização do princípio da publicidade, que assegura o


acesso a informações de interesse geral e coletivo, com o direito fundamental do indivíduo
de não ter informações de cunho estritamente pessoal divulgadas sem o seu prévio
consentimento. A questão foi submetida à apreciação do Supremo Tribunal Federal (STF)
que considerou lícita a divulgação nominal da remuneração dos servidores.
Segundo o entendimento da Suprema Corte, a remuneração bruta, os cargos, as funções e
os órgãos de lotação dos servidores públicos seriam informações de interesse coletivo
ou geral. Assim, “não cabe, no caso, falar de intimidade ou de vida privada, pois os
dados objeto da divulgação em causa dizem respeito a agentes públicos agindo ‘nessa
qualidade’ (§6º do art. 37). E quando a segurança física e corporal dos servidores, seja
pessoal, seja familiarmente, claro que ela resultará um tanto ou quanto fragilizada com a
divulgação nominalizada dos dados em debate, mas é um tipo de risco pessoal e familiar
que se atenua com a proibição de se revelar o endereço residencial, o CPF e a CI de cada
servidor. No mais, é o preço que se paga pela opção por uma carreira pública no seio de
um Estado republicano” (SS 3.902-AgR, de 9/6/2011).

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DICA 70

O cumprimento dos princípios administrativos — especialmente o da finalidade, o da


moralidade, o do interesse público e o da legalidade — constitui um dever do administrador
e apresenta-se como um direito subjetivo de cada cidadão.

DICA 71

Nos termos do art. 50 da Lei 9.784/1999, os atos administrativos deverão ser sempre
motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:

I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;


II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
V - decidam recursos administrativos;
VI - decorram de reexame de ofício;
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres,
laudos, propostas e relatórios oficiais;
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo.

DICA 72

O princípio da proporcionalidade é basicamente fundado na relação de causalidade existente


entre um meio e um fim a ser atingido, ou seja, o princípio da proporcionalidade exige
a melhor escolha de um meio para que determinado fim seja alcançado.

Todavia, para que a escolha deste meio seja juridicamente correta, necessária se faz a
observância de três subprincípios, quais sejam: adequação, necessidade e
proporcionalidade em sentido estrito, ou stricto sensu (e não razoabilidade, daí o
erro).

Adequação, para que o meio empregado na atuação seja compatível com o fim pretendido;
exigibilidade, para que a conduta seja de fato necessária, não havendo outro meio que
cause menos prejuízo aos indivíduos para que se alcance o fim público; e, por fim, a
proporcionalidade em sentido estrito traduz à ideia de que o meio somente não será
desproporcional se as desvantagens que ele ocasionar não virem a superar as vantagens
que ele deveria trazer.

DICA 73

O fenômeno conhecido como deslegalização consiste na permissão do Poder Legislativo


ao Poder Executivo de editar normas de caráter técnico, de maneira inovadora.

A dificuldade de o Poder Legislativo regulamentar determinadas matérias de alta


complexidade técnica leva ao fenômeno da deslegalização, em que a competência para
regular certas matérias é transferida da lei para outras fontes normativas por autorização
do próprio legislador. Ou seja, a normatização sai do domínio da lei para o domínio de
ato regulamentar de órgão ou entidade do poder executivo.

DICA 74

Princípios IMPLÍCITOS ou RECONHECIDOS: possuem a mesma relevância que os


princípios explícitos.

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DICA 75

Resumão dos Princípios Implícitos

Supremacia do interesse público - Fundamenta as prerrogativas da Administração.


Presente de forma direta nas relações jurídicas verticais; e de forma indireta nas
atividades-meio e quando esta atua como agente econômico.

Indisponibilidade do interesse público - Fundamenta as restrições. Ligado ao princípio


da legalidade. Também implica que os agentes não podem deixar de exercitar as
prerrogativas. Presente de forma direta em toda e qualquer atividade administrativa.

- Interesses públicos primários: interesses diretos do povo.

- Interesses públicos secundários: 1) interesses do Estado de caráter


patrimonial (aumentar receitas ou diminuir gastos); e 2) os atos internos de
gestão administrativa. O interesse público secundário só é legítimo quando não
é contrário ao interesse público primário.

Motivação - Indicação dos pressupostos de fato e de direito. Atos vinculados e


discricionários. Permite o controle da legalidade e da moralidade. Assegura ampla defesa
e contraditório. Dispensa motivação: exoneração de ocupante de cargo em comissão.

Razoabilidade e proporcionalidade - Razoabilidade: compatibilidade entre meios e fins


(aferida pelos padrões do homem médio) Proporcionalidade: conter o abuso de poder
(ex: sanções proporcionais às faltas). Doutrina: proporcionalidade constitui um dos
aspectos da razoabilidade.
Três fundamentos: adequação, exigibilidade e proporcionalidade.

Contraditório e ampla defesa - Deve haver em todos os processos administrativos,


punitivos (acusados) e não punitivos (litigantes).

Autotutela - Anular atos ilegais e revogar atos inoportunos e inconvenientes. Pode ser
mediante provocação ou de ofício. Não afasta a apreciação do Judiciário (atos ilegais).
Os atos não podem ser revistos após o prazo decadencial, salvo comprovada má-fé.

Segurança jurídica - Segurança jurídica (aspecto objetivo, estabilidade das relações) X


Proteção à confiança (aspecto subjetivo, crença de que os atos da Administração são legais).
Veda a aplicação retroativa de nova interpretação. Limita a autotutela e a legalidade. Ex:
decadência e prescrição.

Especialidade - Descentralização administrativa. Criação de autarquias, EP e SEM.

Hierarquia - Forma como são estruturados os órgãos da Administração Pública, criando


uma relação de coordenação e subordinação entre uns e outros.

Precaução - Adoção de medidas preventivas para proteger o interesse público dos riscos a
que se sujeita.

Sindicabilidade - Possibilidade de se controlar as atividades da Administração. Controles:


judicial, interno, externo (Legislativo e Tribunais de Contas) e autotutela.

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Subsidiariedade - Atividade privada tem primazia sobre a atividade pública. Limita a


intervenção estatal.

DICA 76

O poder de polícia é a capacidade que detém o Estado de restringir direitos e garantias


individuais em benefício da coletividade, com base no princípio da supremacia do
interesse público.
Em regra, o poder de polícia tem caráter discricionário. Porém há situações em que se
torna vinculado, se a norma que o trata assim definir.
O exercício do poder de polícia é um dos fatos geradores das taxas (espécie de
tributo).

DICA 77

O poder de polícia originário é exercido pelos órgãos dos entes políticos, ou seja,
pela Administração Pública Direta. Já o poder de polícia derivado é exercido pelas
entidades de direito público da Administração Pública Indireta.

DICA 78

A polícia administrativa atua de forma predominantemente preventiva sobre bens,


direito ou atividades em todas as áreas da Administração Pública reprimindo os ilícitos
administrativos.

Já a polícia judiciária exerce seu poder de forma mais repressiva (apesar de também
atuar preventivamente) sobre pessoas coibindo os chamados ilícitos penais.

O exercício do poder de polícia judiciária é privativo de certos órgãos como a polícia civil,
militar e federal.

DICA 79

A multa, como sanção resultante do exercício do poder de polícia administrativa, não


possui a característica da auto executoriedade.

Em relação às multas, há duas situações:

1. A aplicação de uma multa: reflete o atributo da exigibilidade.

2. A cobrança da multa não tem a força da executoriedade, já que é necessária a


utilização dos meios para isso (inclusão em dívida ativa e ação de execução, havendo a
necessidade de participação do Poder Judiciário).

DICA 80

O abuso de poder pode ocorrer tanto por condutas comissivas quanto omissivas e pode
assumir duas formas:

→ Excesso de poder: Se o agente público extrapolar os limites de sua competência, estará


atuando com excesso de poder; e

→ Desvio de poder: Também chamado de desvio de finalidade, ocorre quando o agente


público atua buscando fim diverso do previsto para o ato ou contrário ao interesse público.

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Enquanto o excesso de poder está associado ao vício no elemento competência, o desvio de


poder está ligado o vício no elemento finalidade.

DICA 81

O PODER DE POLÍCIA tem como fundamento o P. da Supremacia do Interesse Público;


consiste na faculdade discricionária da Administração Pública de condicionar e
restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício do interesse
público.

→ ORIGINÁRIO: exercido pela Administração Pública Direta – ENTES POLÍTICOS


(União, Estado e Município)
→ DERIVADO: exercido pela Administração Indireta, mas desde que seja PJ de Direito
Público.
DICA 82

A QUAL ENTE COMPETE O EXERCÍCIO DO P. DE POLÍCIA?


Consegue-se identificar pela ideia da PREDOMINÂNCIA DO INTERESSE.
*Hely Lopes Meirelles explica: “Para esse policiamento há competências exclusivas e
concorrentes das três esferas estatais, dada a descentralização político-administrativa
decorrente do nosso sistema constitucional. Em princípio, tem competência para policiar
a entidade que dispõe do poder de regular a matéria.

Assim sendo, os assuntos de interesse nacional ficam sujeitos a regulamentação e


policiamento da União; as matérias de interesse regional sujeitam-se às normas e à
polícia estadual, e os assuntos de interesse local subordinam-se aos regulamentos
edilícios e ao policiamento administrativo municipal.
Todavia, como certas atividades interessam simultaneamente às três entidades
estatais, pela sua extensão a todo o território nacional (v. g., saúde pública,
trânsito, transportes etc.), o poder de regular e de policiar se difunde entre todas
as Administrações interessadas, provendo cada qual nos limites de sua
competência territorial.
A regra, entretanto, é a exclusividade do policiamento administrativo; a exceção
é a concorrência desse policiamento”.
DICA 83

POLÍCIA ADMINISTRATIVA POLÍCIA JUDICIÁRIA


Caráter preventivo Caráter repressivo
Incide sobre bens, direitos e Incide somente sobre pessoas.
atividades.
Exercida por toda a Administração Privativa dos órgãos auxiliares da
Pública Justiça (Ministério Público e Polícia
em geral).
Regida pelo Direito Administrativo Regida pelo Direito Processual
penal
Infração administrativa Ilícito penal

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DICA 84

ATENÇÃO! O candidato deve se atentar à questão da prova quando mencionar apenas a


palavra “multa”, nesse sentido é aplicado o entendimento de Hely Lopes Meirelles:

“EXCLUEM-SE DA AUTO-EXECUTORIEDADE AS MULTAS, ainda que decorrentes do


poder de polícia, QUE SÓ PODEM SER EXECUTADAS POR VIA JUDICIAL, como as
demais prestações pecuniárias devidas pelos administrados à Administração”.

DICA 85

Pelo entendimento consolidado no STJ, na delegação do Poder de Polícia devem ser


consideradas as quatro atividades relativas:
→Legislação; (INDELEGÁVEL)
→Consentimento; (DELEGÁVEL)
→Fiscalização; (DELEGÁVEL)
→Sanção. (INDELEGÁVEL)

Mnemônico: FIS-CO.

JUSTIFICATIVA (Resp 817.534/MG):

*Legislação e Sanção constituem atividades típicas da Administração Pública.


*Consentimento e Fiscalização NÃO realizam poder coercitivo.

VISUALIZANDO... Exemplo dado pelo STJ que comporta os ciclos: “o CTB estabelece
normas genéricas e abstratas para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação
(legislação); a emissão da carteira corporifica a vontade o Poder Público
(consentimento); a Administração instala equipamentos eletrônicos para verificar se há
respeito à velocidade estabelecida em lei (fiscalização); e também a Administração
sanciona aquele que não guarda observância ao CTB (sanção) ”. (STJ, REsp 817534/MG,
Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, julgado em 10/11/2009).

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NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL

DICA 86
Hipóteses de cabimento de estado de defesa

- ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional

- atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza

A primeira hipótese de cabimento do estado de defesa advém de um componente


essencialmente humano que desencadeia grave instabilidade nas instituições. As razões
determinantes dessa instabilidade podem ser diversas. A instabilidade, contudo, além de
iminente, é grave, não sendo resolvível pelos mecanismos de controle e coerção ordinários.

Já na segunda hipótese predomina a aleatoriedade, o fortuitismo e a força maior da


natureza, que acabam por comprometer a paz e a ordem em dada localidade.

DICA 87
Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o
Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente
restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social [...]

ATENÇÃO: A oitiva do Conselho da República e do Conselho de Defesa Nacional não são


vinculativas, mas sim meramente consultivas.

DICA 88
No estado de defesa, o controle político é apenas concomitante (quando o estado de
exceção já está vigendo) e sucessivo (ao término do estado de exceção).

DICA 89
O estado de defesa poderá ser instituído pelo prazo máximo de 30 dias, prorrogado uma
única vez por mais 30 dias.

DICA 90
Pontos chave do estado de defesa.

Convocação extraordinária do Congresso ➔ Todos os parlamentares deliberam

Prazo de 5 dias ➔ Se a convocação for pelo Presidente, será em 24 horas. Porém, no


início do ano, os parlamentares estão em recesso e é necessário mais tempo para reuni-los

Presidente do Senado Federal ➔ Quem preside a mesa do Congresso Nacional

Maioria absoluta ➔ Regra geral, maioria qualificada (3/5) e 2/3 são necessários apenas
para emendas à Constituição, leis complementares, e medidas de caráter punitivo/coercitivo

DICA 91
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela
Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base
na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e

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destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de


qualquer destes, da lei e da ordem.

DICA 92
Diferentemente de outras instituições, as Forças Armadas pautam-se por um código de
conduta mais rígido, cujas diretrizes são a hierarquia (vínculo de autoridade graduado em
diferentes níveis de subordinação) e a disciplina (estrita observância às condutas impostas
pelos superiores hierárquicos).

DICA 93
Art. 143. O serviço militar é obrigatório nos termos da lei.

§ 1º Às Forças Armadas compete, na forma da lei, atribuir serviço alternativo aos que,
em tempo de paz, após alistados, alegarem imperativo de consciência, entendendo-se
como tal o decorrente de crença religiosa e de convicção filosófica ou política, para se
eximirem de atividades de caráter essencialmente militar.

§ 2º As mulheres e os eclesiásticos ficam isentos do serviço militar obrigatório em tempo


de paz, sujeitos, porém, a outros encargos que a lei lhes atribuir.

DICA 94
A atividade de polícia ostensiva, como o nome sugere, é aquela exposta à população
em geral, visando a alcançar diversas partes do território, contribuindo para a tão falada
“sensação de segurança”. Seus agentes, facilmente identificáveis por símbolos, uniformes
e equipamentos, atuam na manutenção da ordem pública, buscando prevenir ou
reprimir infrações diversas.

Por seu turno, a atividade de polícia judiciária é aquela centrada na investigação policial.

Nos termos do Código de Processo Penal, a polícia judiciária será exercida pelas autoridades
policiais no território de suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das
infrações penais e da sua autoria, o que é formalizado no processo denominado inquérito
policial.

O STF já decidiu em reiteradas oportunidades que o art. 144 da Constituição, ao apontar os


órgãos incumbidos do exercício da segurança pública, estabelece o modelo que deve ser
seguido pelos Estados-membros e Distrito Federal, sendo-lhes vedado criar órgãos de
segurança pública diversos daqueles apresentados (ADI 2.827 e 1.182).

DICA 95
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é
exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do
patrimônio, através dos seguintes órgãos:

I - polícia federal;
II - polícia rodoviária federal;
III - polícia ferroviária federal;
IV - polícias civis;
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.
VI - polícias penais federal, estaduais e distrital.

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DICA 96
Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus
bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei.

As guardas municipais são subordinadas ao Chefe do Executivo local (Prefeito)


cabendo-lhes a proteção de bens, serviços, logradouros públicos municipais e instalações
do Município, aqui entendidos os de uso comum, os de uso especial e os dominicais. Nos
termos da Lei nº 13.022/2014, admite-se que as guardas municipais portem armas
de fogo.

O STF já entendeu ser constitucional a atribuição às guardas municipais do exercício


de poder de polícia de trânsito, inclusive para imposição de sanções administrativas
legalmente previstas (RE 658.570).

DICA 97
É permitido aos Municípios, independentemente do número de habitantes, a constituição
de guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações.

DICA 98

👉 ATENÇÃO A PEGADINHA DO CESPE 👈

A Constituição Federal estabelece como forças auxiliares e reserva do Exército as polícias e


os corpos de bombeiros.

Errado! Atenção para a pegadinha! Não são todas as polícias que são forças auxiliares
e reserva do Exército, apenas a polícia militar. As polícias federais e civil não o são.

DICA 99
A segurança pública, exercida para preservação da ordem pública e da incolumidade das
pessoas e do patrimônio, é responsabilidade de todos.

O item está correto! O caput do art. 144 é categórico em nos dizer que a segurança pública,
ainda que seja um dever do Estado, é (direito e) responsabilidade de todos.

DICA 100
Polícia Federal: é instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela
União, estruturado em carreira e possuidor de funções de polícia judiciária e de polícia
ostensiva. Destina-se a:

I – apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens,


serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim
como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija
repressão uniforme, segundo se dispuser em lei;

II – prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o


descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas
áreas de competência;

III – exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras;

IV – exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União.

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Polícia Rodoviária Federal: órgão permanente, organizado e mantido pela União e


estruturado em carreira, destina-se ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais. Não
exerce funções de polícia judiciária, por ser esta função exclusividade da polícia federal.

Polícia Ferroviária Federal: órgão permanente, organizado e mantido pela União e


estruturado em carreira, destina-se ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais.
Apesar da previsão constitucional, o órgão nunca foi objeto de efetiva criação, em virtude
da lamentável decadência do nosso sistema ferroviário.

Polícia Penal Federal: organizada e mantida pela União, vincula-se ao órgão


administrador do sistema penal federal, que é o DEPEN (Departamento Penitenciário
Nacional), e destina-se à segurança dos estabelecimentos prisionais.

DICA 101
O papel de polícia judiciária na esfera estadual é exercido pelas polícias civis, dirigidas
pelos delegados de polícia de carreira (aproveitando que falamos sobre os delegados,
vale recordar que o STF entende ser inconstitucional a previsão de Constituição estadual
que confere foro por prerrogativa de função para os delegados de Polícia [ADI 2553].

Isso porque não há previsão semelhante para os Delegados Federais na Constituição Federal
[ADI 2587]), as quais incumbem a investigação e a aferição de infrações penais,
excetuando-se as militares e as de competência da polícia federal.

DICA 102
A segurança pública no Distrito Federal

No Distrito Federal temos a particularidade de suas polícias civil, penal, militar e corpo de
bombeiros serem organizadas e mantidas pela União, conforme podemos extrair da
leitura do art. 21, XIV, CF/88, muito embora estejam subordinadas ao Governador do
Distrito Federal (art. 144, § 6º da CF/88).

Daí porque se fala em um regime jurídico híbrido, pois referidos organismos sujeitam-se
à disciplina fixada em lei federal, editada pelo Congresso Nacional, e não pela Câmara
Legislativa do Distrito Federal, no que se refere aos vencimentos de seus membros e à
organização, mas subordinam-se ao Governador do Distrito Federal.

A Constituição também determinou, em seu art. 32, § 4º, que lei federal deverá dispor
sobre a utilização pelo Governo do Distrito Federal de referidas polícias, bem como previu
competência distrital concorrente para legislar sobre organização, garantias, direito e
deveres das polícias civis (art. 24, XVI, CF/88).

DICA 103
O exercício do direito de greve é vedado aos integrantes de todas as carreiras policiais
enunciadas no art. 144, CF, o que significa que os membros das seguintes corporações não
podem fazer greve: Polícia Federal; Polícia Rodoviária Federal; Polícia Ferroviária
Federal; Polícia Civil; Polícia Militar, Polícia Penal e Corpo de Bombeiros militar.

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DICA 104
Segurança viária

- Em julho de 2014 o parágrafo 10 foi incluído no art. 144 pela EC nº 82, dispondo sobre
“segurança viária” – expressão que designa o conjunto de ações planejadas para preservar
a integridade física e patrimonial das pessoas nas vias públicas bem como a ordem
pública, e compreende a educação, a engenharia e a fiscalização de trânsito (além de outras
atividades estabelecidas em lei), que garantam ao cidadão o direito à mobilidade urbana
eficiente.

- Determinou a emenda, ainda, competir, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e


dos Municípios, aos respectivos órgãos ou entidades executivos e seus agentes de
trânsito, estruturados em carreira, na forma da lei.

DICA 105
Segundo o STF, sobre o rol do art. 144 podemos dizer que:

é taxativo (não é exemplificativo; razão pela qual as Guardas Municipais, que não estão
ali citadas, não são responsáveis pela segurança pública);

é de observância compulsória, o que significa que é um dispositivo dirigido também à


organização dos Estados-membros, do que decorre não poderem estes, em suas
constituições estaduais ou leis, alterar ou acrescer o conteúdo substancial do referido artigo
da Constituição Federal.

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NOÇÕES DE DIREITO PENAL

DICA 106

ART. 121, CP – HOMICÍDIO - ESQUEMATIZADO

... Para facilitar a compreensão do candidato ...

Homicídio Simples;

Homicídio privilegiado (§1°);

Homicídio qualificado (§2°); OBS.: Aqui se inclui a figura do


feminicídio! Não esquecer!

Homicídio culposo (§3°);

Homicídio culposo MAJORADO (§4°, primeira parte);

Homicídio doloso MAJORADO (§4°, segunda parte e §§ 6º e 7º);

DICA 107

HOMICÍDIO SIMPLES

Art. 121. Matar alguém:

Pena - reclusão, de seis a vinte anos.

***Caso de DIMINUIÇÃO DE PENA:

§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou


moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação
da vítima, o juiz pode REDUZIR a pena de um sexto a um terço. (HOMICÍDIO
PRIVILEGIADO)
DICA 108

HOMICÍDIO QUALIFICADO

§ 2° Se o homicídio é cometido:

I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;

II - por motivo fútil;

III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio
insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;

IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que


dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido;

V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de


outro crime:

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Pena - reclusão, de doze a trinta anos.

 E COMO A BANCA CESPE JÁ COBROU...


(Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-BA Prova: CESPE / CEBRASPE - 2019 -
TJ-BA - Juiz Leigo)

... Márcio e Pedro eram amigos havia anos. Tendo descoberto que Pedro estava
saindo com a sua ex-esposa, Márcio planejou matar Pedro durante uma
pescaria que fariam juntos. Durante uma tempestade, em alto-mar, Márcio
aproveitou-se de um deslize de Pedro para de fato matá-lo. Logo após a conduta,
Márcio percebeu que na canoa onde estavam só havia um colete salva-vidas e
que, em razão disso, a eliminação de Pedro foi sua única chance de sobreviver.
A canoa afundou e Márcio sobreviveu ao naufrágio.

Pessoal, a nossa querida banca costuma florear a questão com o óbvio intuito de nos distrair,
vamos as alternativas:

Nessa situação hipotética, Márcio

A) cometeu crime de homicídio qualificado. É a resposta.


B) não cometeu crime, porque agiu em legítima defesa da honra.
C) cometeu crime, mas sua conduta será justificada pelo estado de necessidade putativo.
D) não cometeu crime, porque agiu em estado de necessidade.
E) cometeu crime, mas sua pena será diminuída porque agiu em estado de necessidade.

JUSTIFICATIVA... Márcio planejou o crime (“Márcio planejou matar Pedro durante


uma pescaria que fariam juntos.”), o fato de ele perceber depois que a canoa estava
afundando não muda em nada; pois ele o levou com o intuito de matá-lo recaindo no crime
tipificado no art. 121, § 2°, IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou
outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido do CP.

OBS.: Sobre estado de necessidade e legítima defesa vide RODADA 3 do nosso


material.

DICA 109

MOTIVO TORPE X MOTIVO FÚTIL

Em suma, é aquele REPUGNANTE, o Em suma, é aquele BANAL, revelado


qual demonstra, nitidamente, a pela desproporcionalidade entre a
ausência de moral. Ex.: Matar causa e o crime ocorrido. Ex.: Matar
alguém para receber herança. tão somente por ter levado uma
pisada da vítima.

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DICA 110
FEMINICÍDIO – HOMICÍDIO QUALIFICADO

- Contra a mulher por razões da condição de sexo feminino, inserido no CP pela Lei
n. 13.104/2015;

Pena - reclusão, de doze a trinta anos.

*Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve

I - violência doméstica e familiar;

II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

DICA 111
ATENÇÃO!

FEMINICÍDIO X FEMICÍDIO

Homicídio contra a MULHER tendo QUALQUER homicídio contra a


em vista SUA CONDIÇÃO DE mulher.
POSSUIR O SEXO FEMININO.
*Ex.: Imagine que uma mulher mate
*Quais são as hipóteses que devem a outra em uma briga de trânsito.
ser observadas para sua Qual o crime praticado? FEMICÍDIO!
configuração? TOMEM CUIDADO!

1) Violência DOMÉSTICA e
FAMILIAR.

2) Menosprezo ou discriminação
À CONDIÇÃO DE MULHER.

DICA 112
HOMICÍDIO CULPOSO (§3°);

§ 3º Se o homicídio é CULPOSO:

Pena - detenção, de um a três anos.

DICA 113
HOMICÍDIO CULPOSO MAJORADO (§4°, PRIMEIRA PARTE);

§ 4o No homicídio culposo, a pena é AUMENTADA de 1/3 (um terço), se o crime resulta


de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa
de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do
seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante.

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MUITA ATENÇÃO! § 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz PODERÁ deixar de


aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio agente de
forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária.
DICA 114
HOMICÍDIO DOLOSO MAJORADO (§4°, SEGUNDA PARTE E §§ 6º E 7º);

§ 4o (...) Sendo doloso o homicídio, a pena é AUMENTADA de 1/3 (um terço) se o crime
é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos.

§ 6o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado
por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por
grupo de extermínio.

§ 7o A pena do FEMINICÍDIO é AUMENTADA de 1/3 (um terço) até a metade se o


crime for praticado:

I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto;

II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos, com


deficiência ou portadora de doenças degenerativas que acarretem condição limitante
ou de vulnerabilidade física ou mental;

III - na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima;

IV - em descumprimento das medidas protetivas de urgência previstas nos incisos I, II e III


do caput do art. 22 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006.

 COMO SEMPRE DIZEMOS, ATÉ NA BANCA CESPE “LETRA DE LEI” É


FUNDAMENTAL!!!
(Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPE-DF Prova: CESPE - 2019 - DPE-DF
- Defensor Público)

“A circunstância do descumprimento de medida protetiva de urgência imposta ao agressor,


consistente na proibição de aproximação da vítima, constitui causa de aumento de pena no
delito de feminicídio.”

(x) CERTO

( ) ERRADO

DICA 115
ABORTO PROVOCADO PELA GESTANTE OU COM SEU CONSENTIMENTO

Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque:
Pena - detenção, de um a três anos.

ABORTO PROVOCADO POR TERCEIRO

Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da gestante:

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Pena - reclusão, de três a dez anos.

Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante:

Pena - reclusão, de um a quatro anos.

ATENÇÃO! Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de quatorze


anos, ou é alienada ou debil mental, ou se o consentimento é obtido mediante
fraude, grave ameaça ou violência.
DICA 116
LESÃO CORPORAL

Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:

Pena - detenção, de três meses a um ano.

Lesão corporal de natureza grave

§ 1º Se resulta:

I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias;

II - perigo de vida;

III - debilidade permanente de membro, sentido ou função;

IV - aceleração de parto.

Pena - reclusão, de um a cinco anos.

§ 2° Se resulta: (OBS.: trata-se de lesão corporal de natureza gravíssima - DOUTRINA)

I - Incapacidade permanente para o trabalho;

II - enfermidade incurável;

III - perda ou inutilização do membro, sentido ou função;

IV - deformidade permanente;

V – aborto.

Pena - reclusão, de dois a oito anos.

ATENÇÃO! Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente NÃO QUIS


o resultado, NEM ASSUMIU o risco de produzi-lo:

Pena - reclusão, de quatro a doze anos.

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DICA 117

*Honra Subjetiva: sentimento interno, de apreço pessoal, o conceito que a pessoa tem
de si mesmo.

*Honra Objetiva: reputação social, imagem que as pessoas têm do indivíduo.

DICA 118
CALÚNIA – crime contra a honra – Bem jurídico tutelado: HONRA OBJETIVA

Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.

→Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga.

→ATENÇÃO! É punível a calúnia contra os mortos.

→ O crime se consuma com a divulgação da calúnia a terceiros, admite-se TENTATIVA,


ex.: uma carta com a informação caluniosa que não chega nas mãos de terceiros por uma
interceptação de alguém. É crime formal, independe de as pessoas que receberam a
informação acreditaram ou não.

DICA 119
DIFAMAÇÃO – crime contra a honra – Bem jurídico tutelado: HONRA OBJETIVA

Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

→ O crime se consuma com a divulgação da difamação a terceiros, admite-se TENTATIVA,


ex.: uma carta com a informação contendo exposições difamatórias (A traindo B) que não
chega nas mãos de terceiros por uma interceptação de alguém. É crime formal, independe
de as pessoas que receberam a informação acreditaram ou não.

DICA 120
INJÚRIA – crime contra a honra – Bem jurídico tutelado: HONRA SUBJETIVA

Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:

Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.

→ Também é CRIME FORMAL e admite-se a forma TENTADA (escrita).

→ PERDÃO JUDICIAL:

*quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria;

*no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.

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DICA 121
EXCEÇÃO DA VERDADE (EXCEPTIO VERITATIS)

É a possibilidade dada ao sujeito ativo do crime de provar que o fato imputado ao sujeito
passivo realmente ocorreu.

→ CABÍVEL na CALÚNIA, SALVO:

- se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado
por sentença irrecorrível;

- se o fato é imputado contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo


estrangeiro;

- se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença
irrecorrível.

→ CABÍVEL na DIFAMAÇÃO APENAS se o ofendido é funcionário público e a ofensa


é relativa ao exercício de suas funções. ATENÇÃO!

→ NÃO É CABÍVEL NA INJÚRIA!


DICA 122
-INJÚRIA REAL

→ Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio
empregado, se considerem aviltantes:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena correspondente à


violência.

-INJÚRIA QUALIFICADA

→ Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião,


origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência:

Pena - reclusão de um a três anos e multa.

ATENÇÃO! NÃO CONFUNDIR INJÚRIA QUALIIFICADA COM O CRIME DE RACISMO.


Ex. para diferenciar: Se A xinga B, chamando-a de favelada
(origem da pessoa), pratica crime de injúria qualificada. Por sua vez, imagine que A obste
B de adentrar em sua loja, aberta ao público, tão somente pelo fato de esta pessoa ser
negra. Nessa situação, confira-se racismo, pois a ofensa se dá de forma indireta, mediante
a prática de algum ato discriminatório.

ATENÇÃO2: a Doutrina NÃO admite perdão judicial nem na injúria real, sequer na
qualificada.
DICA 123
As penas cominadas para os crimes contra a honra (Calúnia, Difamação e Injúria)
AUMENTAM-SE de um terço, se qualquer dos crimes é cometido:

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I - contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro;

II - contra funcionário público, em razão de suas funções;

III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia,
da difamação ou da injúria.

IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de deficiência,


exceto no caso de injúria.

TOME NOTA! Se o crime é cometido mediante paga ou promessa de recompensa,


aplica-se a pena em dobro. (NOVIDADE TRAZIDA PELO PACOTE ANTICRIME)

DICA 124
RETRATAÇÃO NOS CRIMES CONTRA A HONRA

APENAS:

Calúnia
Difamação

Retratação:

Art. 143, CP - O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia ou


da difamação, fica isento de pena.

Parágrafo único. Nos casos em que o querelado tenha praticado a calúnia ou a difamação
utilizando-se de meios de comunicação, a retratação dar-se-á, se assim desejar o
ofendido, pelos mesmos meios em que se praticou a ofensa.

E por que não é admitida na INJÚRIA? ORA, a injúria protege a HONRA SUBJETIVA
da vítima, seu amor-próprio já restou atingindo. Assim, em simples palavras, não há nada
que faça a situação se reverter.
DICA 125
SÚMULA 714, STF: É CONCORRENTE a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e
do ministério público, condicionada à representação do ofendido, para a ação penal
por crime contra a honra de servidor público em razão do exercício de suas
funções.

SÚMULA 542, STJ: A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de
violência doméstica contra a mulher é PÚBLICA INCONDICIONADA.

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NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL

DICA 126
Quando a infração deixar vestígios, SERÁ INDISPENSÁVEL o exame de corpo de
delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

* Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de delito quando se tratar de crime


que envolva:

I - violência doméstica e familiar contra mulher;

II - violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência.

* Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os


vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.

DICA 127
ATENÇÃO! A jurisprudência firmou-se no sentido que não APENAS a prova testemunhal
pode suprir o exame de corpo de delito na hipótese de impossibilidade de sua realização
quando desaparecidos os vestígios, mas também, como exemplo, provas documentais.
OU SEJA, qualquer prova em direito admitida.
DICA 128
 EXAME DE CORPO DE DELITO DIRETO: como o nome diz, realizado pelo perito
diretamente pelo vestígio deixado.

 EXAME DE CORPO DE DELITO INDIRETO: realizado pelo perito – baseado em


informações verossímeis a ele fornecidas. (NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 350).
NÃO CONFUNDIR JAMAIS COM PROVA TESTEMUNHAL, pois aqui haverá um laudo
técnico firmado por perito!

DICA 129
- O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial,
portador de diploma de curso superior.

- Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas,
portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica,
dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame.

- Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenhar o


encargo.

- Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao


querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico.

- O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a conclusão
dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas
desta decisão.

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 E TEM QUESTÃO CESPE NA ÁREA!

(Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE - 2018 - Polícia
Federal - Delegado de Polícia Federal)

... Na falta de perito oficial para realizar perícia demandada em determinado IP, é suficiente
que a autoridade policial nomeie, para tal fim, uma pessoa idônea com nível superior
completo, preferencialmente na área técnica relacionada com a natureza do exame.

R: ERRADOOOOOOOO! A DICA ACIMA É CLARA: 2 (duas) pessoas idôneas...

VAMOS APROFUNDAR...

OLHA COMO OCORRE NA LEI DE TÓXICOS (E ESSA LEGISLAÇÃO CAI NA SUA


PROVA)

 Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da


materialidade do delito, é suficiente o laudo de constatação da natureza e quantidade da
droga, firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa idônea.

DICA 130
- Se HOUVER DIVERGÊNCIA ENTRE OS PERITOS, serão consignadas no auto do exame
as declarações e respostas de um e de outro, ou cada um redigirá separadamente o seu
laudo, e a autoridade nomeará um terceiro; se este divergir de ambos, a autoridade
poderá mandar proceder a novo exame por outros peritos.

MAS... ATENÇÃO! O juiz não ficará adstrito ao laudo, PODENDO ACEITÁ-LO OU


REJEITÁ-LO, NO TODO OU EM PARTE.

DICA 131
NOVIDADE TRAZIDA COM A LEI 13.964/2019 (PACOTE ANTICRIME)

CADEIA DE CUSTÓDIA

- Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos utilizados


para manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado em locais ou
em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu
reconhecimento até o descarte.

- O INÍCIO DA CADEIA DE CUSTÓDIA dá-se com a preservação do local de crime ou


com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja detectada a existência de
vestígio.

- O agente público que reconhecer um elemento como de potencial interesse para a


produção da prova pericial fica responsável por sua preservação.

- Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou recolhido, que
se relaciona à infração penal.

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DICA 132
NOVIDADE TRAZIDA COM A LEI 13.964/2019 (PACOTE ANTICRIME)

A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas SEGUINTES ETAPAS:

I - reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial interesse


para a produção da prova pericial;

II - isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo isolar e
preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local de crime;

III - fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local de


crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser ilustrada
por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição no laudo
pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento;

IV - coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial,


respeitando suas características e natureza;

V - acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio coletado é


embalado de forma individualizada, de acordo com suas características físicas, químicas
e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora e nome de quem
realizou a coleta e o acondicionamento;

VI - transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro, utilizando as


condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre outras), de modo a
garantir a manutenção de suas características originais, bem como o controle de sua
posse;

VII - recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que deve ser
documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de procedimento e
unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de quem transportou o
vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do vestígio, protocolo,
assinatura e identificação de quem o recebeu;

VIII - processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de acordo


com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e químicas, a fim
de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em laudo produzido por
perito;

IX - armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições


adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de contraperícia,
descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo correspondente;

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X - descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a


legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.

DICA 133
NOVIDADE TRAZIDA COM A LEI 13.964/2019 (PACOTE ANTICRIME)

- Todos os Institutos de Criminalística deverão ter uma central de custódia destinada


à guarda e controle dos vestígios, e sua gestão deve ser vinculada diretamente ao
órgão central de perícia oficial de natureza criminal.

- Toda central de custódia deve possuir os serviços de protocolo, com local para
conferência, recepção, devolução de materiais e documentos, possibilitando a seleção, a
classificação e a distribuição de materiais, devendo ser um espaço seguro e apresentar
condições ambientais que não interfiram nas características do vestígio.

- Na central de custódia, a entrada e a saída de vestígio deverão ser protocoladas,


consignando-se informações sobre a ocorrência no inquérito que a eles se relacionam.

- Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio armazenado deverão ser identificadas e
deverão ser registradas a data e a hora do acesso.

- Por ocasião da tramitação do vestígio armazenado, todas as ações deverão ser registradas,
consignando-se a identificação do responsável pela tramitação, a destinação, a data e
horário da ação.

DICA 134
NOVIDADE TRAZIDA COM A LEI 13.964/2019 (PACOTE ANTICRIME)

- Após a realização da perícia, o material deverá ser devolvido à central de custódia,


devendo nela permanecer.

- Caso a central de custódia não possua espaço ou condições de armazenar


determinado material, deverá a autoridade policial ou judiciária determinar as
condições de depósito do referido material em local diverso, mediante requerimento do
diretor do órgão central de perícia oficial de natureza criminal.
DICA 135
ESTAMOS NA ERA DA TECNOLOGIA, ENTÃO VAMOS DE DICA NESSE SENTIDO... E
QUE JÁ CAIU EM PROVA DA NOSSA QUERIDA BANCA CESPE!

Está correto dizer que uma das ferramentas que pode ser utilizada para documentar o
teor da denúncia, preservando-se a prova, é o print screen.

DICA 136
PRESERVAÇÃO DO LOCAL DO CRIME

ART. 169, CPP. Para o efeito de exame do local onde houver sido praticada a infração, a
autoridade providenciará imediatamente para que não se altere o estado das coisas

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até a chegada dos peritos, que poderão instruir seus laudos com fotografias,
desenhos ou esquemas elucidativos.

Parágrafo único. Os peritos registrarão, no laudo, as alterações do estado das


coisas e discutirão, no relatório, as consequências dessas alterações na dinâmica
dos fatos.

DICA 137
Quando a demora na produção das provas puder prejudicar a busca pela verdade
real, será cabível a produção antecipada de provas. Deve o juiz, para tanto, observar a
necessidade, a adequação e a proporcionalidade da medida.

OBS.: Isso pode ocorrer em razão da grande probabilidade de as testemunhas não se


lembrarem precisamente dos fatos presenciados.

 E QUE FOI OBJETO DE COBRANÇA DA NOSSA QUERIDA BANCA CESPE!

DICA 138
SÚMULA 455 DO STJ: “A decisão que determina a produção antecipada de provas com
base no artigo 366 do CPP deve ser concretamente fundamentada, não a justificando
unicamente o mero decurso do tempo”.

DICA 139
DA BUSCA E DA APREENSÃO

Art. 245, CPP. As buscas domiciliares SERÃO EXECUTADAS DE DIA, salvo se o morador
consentir que se realizem à noite, e, antes de penetrarem na casa, os executores
mostrarão e lerão o mandado ao morador, ou a quem o represente, intimando-o, em
seguida, a abrir a porta.

§ 1o Se a própria autoridade der a busca, declarará previamente sua qualidade e o objeto


da diligência.

§ 2o Em caso de desobediência, será arrombada a porta e forçada a entrada.

§ 3o Recalcitrando o morador, será permitido o emprego de força contra coisas


existentes no interior da casa, para o descobrimento do que se procura.

§ 4o Observar-se-á o disposto nos §§ 2o e 3o, quando ausentes os moradores,


devendo, neste caso, ser intimado a assistir à diligência qualquer vizinho, se
houver e estiver presente.

§ 5o Se é determinada a pessoa ou coisa que se vai procurar, o morador será intimado a


mostrá-la.

§ 6o Descoberta a pessoa ou coisa que se procura, será imediatamente apreendida e posta


sob custódia da autoridade ou de seus agentes.

§ 7o Finda a diligência, os executores lavrarão auto circunstanciado, assinando-o com duas


testemunhas presenciais, sem prejuízo do disposto no § 4o.

 A CESPE JÁ CONSIDEROU CORRETA A ASSERTIVA ABAIXO:

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(Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-DFT Prova: CESPE - 2015 - TJ-DFT -
Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal)

No caso de haver resistência do morador, permite-se o uso da força na busca


domiciliar iniciada de dia e continuada à noite, com a exibição de mandado judicial,
devendo a diligência ser presenciada por duas testemunhas que poderão atestar
a sua regularidade.

DICA 140
Art. 200, CPP. A confissão será DIVISÍVEL E RETRATÁVEL, sem prejuízo do livre
convencimento do juiz, fundado no exame das provas em conjunto.

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RACIOCÍNIO LÓGICO

DICA 141

Negações de proposições categóricas

Proposição Negação

Todo A é B Algum A não é B


Nenhum A é B Algum A é B
Algum A é B Nenhum A é B
Algum A não é B Todo A é B

DICA 142

Leis de De Morgan:

~(p^q) = (~p) v (~q)


~(pvq) = (~p)^(~q)

Precedência de conectivos:

1º - realizar as operações de negação (~)


2º - realizar as operações de conjunção (^)
3º - realizar as operações de disjunção (v)
4º - realizar as operações de condicional (→)

DICA 143

MÉTODO DA SUBSTITUIÇÃO (SISTEMAS LINEARES)

1 - Isolar uma das variáveis em uma das equações;

2 - Substituir esta variável na outra equação pela expressão achada no item anterior.

MÉTODO DA SOMA DE EQUAÇÕES (SISTEMAS LINEARES)

1 - Multiplicar uma das equações por um número que seja mais conveniente para eliminar
uma variável;

2 - Somar as duas equações, de forma a ficar apenas com uma variável.

DICA 144

Questões de Calendários

- semana tem 7 dias. Ela começa em um dia (ex.: quarta) e termina no dia “anterior” (terça
seguinte).

- anos “normais” tem 365 dias, sendo que o mês de fevereiro tem 28 dias.

- nos anos bissextos, temos 29 dias em fevereiro, o que resulta em 366 dias no total.

Os anos bissextos ocorrem de 4 em 4 anos, sempre nos anos que são múltiplos de 4;

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DICA 145

Questões de Orientação Espacial e Temporal

- situações nas quais você precisa colocar uma série de eventos em ordem cronológica de
acontecimentos ou ordem espacial de elementos.

- é fundamental que você seja capaz de esquematizar bem o problema apresentado pelo
enunciado. - pontos cardeais (N – norte, S – sul, L – leste e O – oeste) e pontos colaterais
(NE – nordeste, NO – noroeste, SO – sudoeste e SE – sudeste)

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INFORMÁTICA

DICA 146

O Linux é um sistema case sensitive. Significa que ele consegue diferenciar letras
maiúsculas de letras minúsculas em nomes de arquivos e pastas. Usando esse sistema
podemos ter, por exemplo, as pastas Pablo, PABLO, pablo, pAblo, Pablo... no mesmo local,
afinal de contas, para o Linux esses nomes são completamente diferentes. No Windows
isso não seria possível.

DICA 147

OpenBox, FluxBox, XFCE, Gnome e KDE são nomes de gerenciadores de janelas que são
utilizados no sistema Linux. O Gerenciador de janelas é o responsável por criar um
ambiente gráfico dentro do Linux.
Caso o usuário não queira usar o Linux em modo de texto, será necessário instalar um
gerenciador de janelas para que o ambiente gráfico seja criado (caso a distribuição que
está sendo usado já não o possua).

DICA 148

O Windows é um software classificado como Sistema Operacional e esse, por sua


vez, É O PRINCIPAL SOFTWARE DE UM COMPUTADOR.

- Na verdade, o Sistema Operacional pode ser definido como sendo um conjunto de


programas. Nele estão contidos aplicativos, utilitários e um software especial denominado
Kernel.

DICA 149

Os nomes dos arquivos (nomes.extensão) NÃO PODEM TER MAIS do que 260
caracteres e os seguintes caracteres NÃO PODEM SER USADOS NO NOME E NEM
NA EXTENSÃO: “ : < > / \ | ?*.

Os dois últimos caracteres listados (* e ?) são denominados “caracteres curingas”


e são utilizados na busca de arquivos ou pastas que estejam no computador local
ou em um computador da rede.

DICA 150

A criptografia de unidade bitlocker e é um recurso presente no Windows que


permite criptografar uma unidade de disco.

- Usando o sistema BitLocker, não é possível criptografar arquivos individualmente,


sendo possível somente a criptografia de uma unidade inteira.

- É importante ressaltar que só pode ser criptografada a unidade que contém o


Windows instalado. Mesmo que a unidade de disco esteja criptografada, o usuário
conseguirá acessá-la normalmente usando seu login e senha, mas um cracker encontrará
dificuldades ao tentar acessar arquivos do sistema para descobrir a senha do usuário.

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DICA 151

Desfragmentador de disco é um utilitário usado para regravação das partes de um


arquivo em setores contínuos do disco, a fim de melhorar o desempenho do
computador. Quando os arquivos são alterados, o Windows tende a salvar essas alterações
no maior espaço contínuo disponível no disco rígido, que normalmente se localiza em um
cluster diferente das demais partes do arquivo. O objetivo do desfragmentador de
discos é unir as partes dos arquivos em clusters contínuos para que o arquivo seja
acessado mais rapidamente.

É importante saber que o desfragmentador de discos é uma ferramenta para


organização de dados em disco e não para correção de erros, ou seja, caso haja erros
em um disco qualquer, o desfragmentador de discos não os corrigirá.

DICA 152

A Restauração do Sistema é uma ferramenta que permite ao usuário desfazer


configurações realizadas e restaurar o desempenho do computador.

- A restauração do sistema retorna o computador a uma etapa anterior chamada de


ponto de restauração, sem que documentos sejam excluídos.

- As alterações realizadas pela restauração do sistema são perfeitamente reversíveis.

- O Windows criará pontos de restauração sempre que julgar necessário, como antes
de instalação de um software por exemplo, mas o usuário poderá agendar a criação de
um ponto de restauração ou poderá criar seus pontos de restauração
manualmente, sempre que desejar.

DICA 153

Dentre os softwares que compõem um sistema operacional, o Kernel é o mais


importante!

***TRATA-SE DO NÚCLEO DO SISTEMA OPERACIONAL. Cabe ao Kernel a


responsabilidade pelo gerenciamento do Hardware e dos outros softwares do computador.

DICA 154

Cortana é o nome da assistente digital do Microsoft.

ATENÇÃO! Ela é nativa no Windows 10!!!

*Esse recurso pode ser ativado através do botão , presente na barra de tarefas do
Windows. Permite que o usuário faça pesquisas, saiba informações sobre o clima,
crie lembretes, abra aplicativos, etc. Além da Cortana, da Microsoft, temos a Siri
da Apple, a Alexa da Amazon, etc.

*Os assistentes digitais são ótimas ferramentas de produtividade e acessibilidade.

DICA 155

O Windows 10 possui um recurso chamado Taskview (visão de tarefas). Esse recurso


mostra uma miniatura de todas as janelas abertas e ainda permite que o usuário

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crie áreas de trabalho virtuais com o intuito de melhor organizar essas janelas e o
trabalho cotidiano.

*Esse recurso pode ser ativado através do botão presente na barra de tarefas.

DICA 156

A Filtragem ActiveX no IE oferece a possibilidade de bloquear controles

ActiveX para todos os sites, e desbloqueá-los somente para os sites em que o usuário
entender que são confiáveis. ActiveX é um tipo de tecnologia que é muito utilizada por
programadores para construir sites da Web. Ela pode ser usada para ações como
reproduzir vídeos, exibir animações entre outros. Como a maioria das tecnologias na
Internet, pode também ser utilizada de forma a causar danos aos usuários.

DICA 157

O Endereço IP é o identificador de um dispositivo em uma rede.

ATENÇÃO! Todos os dispositivos que entram em uma rede recebem um endereço IP.

ATENÇÃO2! Na Internet, o IP, por padrão, é dinâmico, ou seja, a cada nova conexão
estabelecida um novo endereço IP é atribuído.

ATENÇÃO3! Dois dispositivos NÃO PODEM usar o mesmo endereço IP simultaneamente.

DICA 158

Os endereços IP são usados para identificar dispositivos tanto em redes públicas quanto
em redes privadas.

Um exemplo de rede pública é a Internet e um exemplo de rede privada é a rede de


um escritório.

Considerando o IPV4 e as regras de formação de uma sequência válida, existem faixas de


endereços que são reservadas a redes públicas e outras que são reservadas a redes
privadas. É importante que você conheça as faixas reservadas para redes privadas.

São elas:

de 10.0.0.0 a 10.255.255.255

de 172.16.0.0 a 172.31.255.255

de 192.168.0.0 a 192.168.255.255

*Qualquer endereço que estiver dentro desses intervalos, só poderão ser usados em redes
privadas. Todos os outros poderão ser usados na Internet e em outras redes públicas.

DICA 159

O IPV4 possui um formato que permite que mais de 4 bilhões de combinações sejam
geradas. Acontece que, como já visto na dica acima, esses endereços devem ser distribuídos

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entre redes públicas e privadas, sendo assim, nem todos esses 4 bilhões de endereços
poderiam ser usados para endereçar dispositivos conectados à Internet.

As faixas de endereços disponíveis para identificar dispositivos em redes públicas


começaram a se esgotar e por isso foi preciso criar um novo padrão de endereçamento
chamado IPV6.

O IPV6 possui as mesmas finalidades do IPV4, porém, possui um formato


diferente, MAIOR e isso possibilita que, com ele, seja possível gerar mais de 300
trilhões de trilhões (trilhões de trilhões mesmo) de combinações.

DICA 160

UPLOAD é o processo pelo qual informações são transferidas do computador cliente


para um servidor da Internet.

DOWNLOAD é o processo pelo qual informações são transferidas de um servidor da


Internet para o computador cliente (computador do usuário).

DICA 161

DIAL UP é o nome oficial de uma das principais modalidades de conexão com a Internet.

- Também conhecida como conexão discada, essa modalidade de conexão já não é tão
utilizada quanto foi na década de 90, mas ainda assim, é muito utilizada.

- Baixa velocidade e alto custo são duas de suas características. Usa a linha
telefônica e a mantém ocupada enquanto a conexão estiver ativa. O modem
utilizado nessa conexão é o fax/modem.

DICA 162

ADSL é uma modalidade de conexão com a Internet.

- Embora use uma linha telefônica para envio e recebimento de dados, não mantem
essa linha ocupada durante a conexão.

- Trata-se de uma CONEXÃO ASSIMÉTRICA, ou seja, apresenta diferentes


velocidades para download e upload.

DICA 163

A conexão via Rádio recebe esse nome devido ao seu modo de transmissão.

- A transmissão por rádio é feita através de estações emissoras, receptoras e


retransmissoras, sendo que elas devem estar em linha da colimação (visada direta).

IMPORTANTE!!! Essa conexão torna-se instável na ocorrência de variações climáticas.

DICA 164

Hoje em dia é comum encontrar redes Wi-Fi em aviões, shoppings, ônibus, pontos turísticos,
hotéis, etc. Os locais que disponibilizam redes desse tipo são denominados HOTSPOTS.

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DICA 165

O domínio é um endereço simbólico que foi criado para facilitar a localização dos recursos
na Web.

- Os recursos encontram-se hospedados em servidores e esses, são identificados por um


endereço IP. Para acessar um site por exemplo, seria necessário digitar o endereço IP do
servidor onde ele se encontra hospedado (armazenado). O problema maior seria memorizar
o endereço IP de cada servidor hospedeiro (host). Para facilitar e agilizar o acesso aos
recursos, foi criado o domínio, que, na verdade, é um endereço amigável e que
está associado ao endereço IP do servidor hospedeiro.

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