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Memorex PF (Agente) - Rodada 05

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Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos
TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua
aprovação.

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RODADAS já disponíveis, independente da data de compra.

Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois,
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no
resultado final.

Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO.

Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada
uma das dicas.

Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas
para: atendimento@pensarconcursos.com

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ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4


CONTABILIDADE GERAL ............................................................................................... 18
ESTATÍSTICA ....................................................................................................................... 23
LEGISLAÇÃO ESPECIAL ................................................................................................. 25
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO ........................................................... 34
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL............................................................ 39
NOÇÕES DE DIREITO PENAL ...................................................................................... 45
NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL ....................................................... 54
RACIOCÍNIO LÓGICO ..................................................................................................... 60
INFORMÁTICA .................................................................................................................... 62

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LÍNGUA PORTUGUESA

DICA 01
PARA MEMORIZAR!
Essas dicas vão te ajudar tanto na prova de português quanto na redação!
Regência NOMINAL:
* Aflito com, por
* Atencioso com, para
* Desgostoso com, de
* Diferente de
* Dificuldade com, de, em, para
* Digno de
* Discordância com, de, sobre
* Disposição para
* Acatado de, por, em
* Dotado de
* Dúvida em, sobre, acerca de
* Empenho de, em, por
* Escasso de
* Essencial para
DICA 02

ENDOFÓRICA (Dentro do texto) - Se divide em anafórico e catafórico


ANAFÓRICO (esse, essa, aquilo) - É o termo que precede, evita repetição.
Ex.: Ana brigou comigo. Ela não vem mais aqui.
* Ana = Referente
* Ela = Anafórico.
CATAFÓRICO (este, esta, isto) - É o termo que se segue, anuncia o referente.
Ex.: Ele afirmou-me isto: que você é mentiroso.
* Isto = Catafórico
* que você é mentiroso = referente.
Bizu:
* ANafórico = ANterior
* CATAfórico = CATApulta (lança pra frente)

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DICA 03

COESÃO EXOFÓRICA (externa ao texto) - Referem-se aos dêiticos = referente fora do


texto.
*Consistem em elementos que possuem como objetivo localizar o fato no tempo e espaço
sem defini-lo. Alguns pronomes demonstrativos podem ser expressões dêiticas, bem como
certos advérbios.
Ex.: Lá, cá, onde, aqui, etc.
Ex.2: Os planos das autoridades responsáveis por esses centros são de ampliar o número
de vagas para 54 mil alunos ainda este ano. (Qual ano? Não havendo referentes no texto,
a função do pronome demonstrativo é dêitica. No caso, por exemplo, apenas saberíamos
se, por exemplo, fora do contexto do texto, observássemos a data na qual o texto fora
elaborado)

 E JÁ CAIU NA BANCA CESPE...

(Ano: 2017 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Prefeitura de São Luís - MA Prova: CESPE -
2017 - Prefeitura de São Luís - MA - Professor Nível Superior/PNS-A - Língua Portuguesa)

... Na terceira estrofe do texto 10A1BBB, os vocábulos “cá” e “lá” são elementos:
R: dêiticos.
DICA 04

TOME NOTA! Existem orações sem sujeito (OU SUJEITO INEXISTENTE), PORÉM
NUNCA SEM PREDICADO!
* CASOS DE ORAÇÃO SEM SUJEITO:
-HAVER com valor existencial;
-HAVER/FAZER/ESTÁ indicando tempo decorrido ou fenômeno natural (Ex.: Está
tarde.);
- Fenômenos naturais;
-Verbo SER indicando data/hora/distância. Ex. são (Verbo intransitivo) duas horas
(adjunto adverbial de tempo)

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-Chega de/ basta de/ passa de.


DICA 05

NÃO ESQUECER! No caso de oração sem sujeito, O AUXILIAR NÃO VARIA!


Ex.: Vai fazer três anos que não vejo Lucas.
FIQUEM ATENTOS! Quando os verbos são usados de forma figurada, pode haver
sujeito!
Ex.: Choveram rosas no casamento da Luiza.
DICA 06

Quando o sujeito for um número percentual o verbo pode concordar tanto com o número,
quanto com o termo posposto:

Ex.: 92% da população mundial vivem em áreas.

Ex.: 92% da população mundial vive em áreas.

ATENÇÃO! 1% do grupo saíram em viagem; ===> CORRETO: Saiu.

DICA 07

Se o numeral vier precedido de determinante, o verbo concordará apenas com o


numeral.

Ex.: Os 92% da população mundial vivem em áreas

ATENÇÃO PARA A PEGADINHA!

* No Brasil, apenas 1% têm tudo. Às vezes passa imperceptível, por isso temos que ler
com calma a questão e sempre marcar os verbos acentuados no plural como é o caso
de têm, vêm!

* O correto seria “tem”, usa-se o plural quando o percentual for a partir de 2%.

DICA 08

NUMERAIS PERCENTUAIS OU FRACIONÁRIOS

Numeral + determinante ===> concordância lógica/atrativa

EX. 0,9 dos produtos ===> estragou (concordância com o número) estragaram
(concordância com os produtos)

OBS: se o número for decimal ou fração, o que está antes da vírgula e o numerador,
respectivamente, que rege a concordância.

 E COMO A BANCA CESPE JÁ COBROU...


(Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Prefeitura de São Cristóvão - SE Prova:
CESPE / CEBRASPE - 2019 - Prefeitura de São Cristóvão - SE - Professor de Educação
Básica)

Na oração “no mínimo um terço das crianças morriam” (l.22), a concordância verbal está
feita com o termo “crianças”, mas poderia ser feita com “um terço” — um terço das crianças
morria —, sem prejuízo da correção gramatical do texto.

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(X) Certo  A justificativa está acima!

( ) Errado

Ex.1: 1/3 dos produtos estragou (concordância com 1/3), estragaram (concordando com os
produtos)

Ex.2: 1/3 da produção estragou. Já que produção está no singular.

Ex.3: 1,9 da produção estragou. Já que produção está no singular.

Ex. 4: 1,5 milhão.

ATENÇÃO! Como na regra dos percentuais, se o numeral vier precedido de


determinante, a concordância será sempre com o numeral.

Ex.: Este 1/3 dos produtos estragou.

OU

Se o numeral não tiver determinante, concorda com o número!

Ex. 1,5 milhão foi gasto no setor.

Ex.2: 2,5 milhões foram gastos.

DICA 09

EXPRESSÕES PARTITIVAS + DETERMINANTES → CONCORDÂNCIA


LÓGICA/ATRATIVA

*A maioria, a minoria, grande parte, parte de, pequeno número de, grande número de... →
podem determinar concordância lógica ou atrativa.

Ex.: A maioria das pessoas tem/têm problemas.

CONCORDÂNCIA ATRATIVA – “têm” concorda com pessoas → plural.

CONCORDA LÓGICA – “tem” concorda com a maioria → singular.

Outros exemplos:

1 - A maioria dos telespectadores não (gostou ou gostaram) da apresentação.

2 - Uma porção de clientes (reclamou ou reclamaram) dos serviços prestados.

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3 - Grande número dos candidatos (conseguiu ou conseguiram) a aprovação.

DICA 10

PRONOME DE TRATAMENTO (NO SUJEITO): VERBO E FORMAS AUXILIARES FICAM


SEMPRE NA 3A PESSOA DO SINGULAR OU PLURAL

OBS: O pronome de tratamento, embora seja de 2a pessoa (refere-se ao ouvinte),


concordam sempre em 3a pessoa.

Ex1.: Vossa Excelência sabe de vossas obrigações


Vossa Excelência sabe de suas obrigações.
Ex2.: Preciso dizer a você que te amo.
Preciso dizer a você que o/a amo.
ATENÇÃO! Neste caso não pode usar “LHE”, pois o lhe é OI e o verbo amar é VTD, e não
pode usar o TE, pois ele é 2a pessoa.

DICA 11

ATENÇÃO! “EM ANEXO” é EXPRESSÃO INVÁRIÁVEL!

Ex.: As petições seguirão em anexo.

TODAVIA, “anexo” tem valor adjetivo, determinante de substantivo e, por isso, VARIA,
concordando com o termo a que se refere, assim como: quite, obrigado, incluso, próprio,
nenhum...

Ex.: Seguem anexas as fotos.


Ex.2: Eles não são nenhuns coitados.

DICA 12

AUXILIARES DE VERBOS IMPESSOAIS: TAMBÉM FICAM SEMPRE NA 3A PESSOA DO


SINGULAR → A IMPESSOALIDADE É TRANSMITIDA PARA O VERBO AUXILIAR

→VERBOS IMPESSOAIS:

- HAVER (EXISTENCIAL)
- HAVER ou FAZER (TEMPO)
-FENÔMENOS DA NATUREZA

Ex.1: PODE HAVER problemas no setor.

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Ex.2: DEVE FAZER uns cinco anos que o conheço.

Ex.3: Conflitos entre gerações até PODE HAVER, mas podemos lidas com eles se fizermos
essa opção.
DICA 13

Regra especial dos verbos PODE ou DEVER + SE (PA – Partícula


apassivadora) + verbo no infinitivo

→ O verbo PODER / DEVER são auxiliares e concordam com o sujeito *a incidência


nas bancas é enxergar esses verbos como auxiliares, e concordam com o sujeito.

Ex.: Podem-se resolver conflitos.


PA VTD sujeito
verbo auxiliar verbo principal

Ex2.: Devem-se (PA) discutir os prazos (sujeito)


Verbo auxiliar VTD (verbo principal)

→ Ou são principais e apresentam sujeito oracional → vão ficar na 3a pessoa


do singular

Ex.: Pode-se resolver conflitos.

VTD PA SUJEITO ORACIONAL


- Verbo principal
- Quem pode, pode algo→ VTD

Ex.: Deve-se discutir os prazos.

VTD PA SUJEITO PACIENTE ORACIONAL


- Quem discute, discuta algo →VTD

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RESUMO: regra especial dos verbos PODE ou DEVER + SE (PA) + verbo no


infinitivo
*Podem participar de dois tipos de construção:
→ O verbo PODER / DEVER são auxiliares e concordam com o sujeito *a
incidência nas bancas é enxergar esses verbos como auxiliares, e concordam
com o sujeito.
OU
→ São principais e apresentam sujeito oracional → FICAM na 3a pessoa do
singular.

DICA 14

- Nenhum (a), de/dos/das... → o verbo estará sempre na 3a pessoa do singular, se


esse termo for no sujeito! → NÃO ACEITA CONCORDÂNCIA ATRATIVA!!!*

Ex.: Nenhum de nós quer briga.


Ex2.: Nenhuma delas diz o que pensa

- Cada um(a), de/dos/das... → o verbo estará sempre na 3a pessoa do singular,


se esse termo for no sujeito!→ NÃO ACEITA CONCORDÂNCIA ATRATIVA!!!*

Ex.: Cada um de nós tem propósitos.

- Aposto resumitivo → enumeração + pronome indefinido singular → o verbo fica


sempre na 3a pessoa do singular.

Ex.: Amor, dinheiro, amizade, nada lhe agradava.

pronome indefinido resumindo a enumeração

- Um (a) dos/das que: caso de dupla concordância, pode usar tanto o singular ou
plural.

Ex.: Ele foi um daqueles rapazes que contribuiu.


Ex2: Ele foi um daqueles rapazes que contribuíram.

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- Mais de um (a): Em regra, essa expressão o verbo é usado no singular.

Ex.: Mais de um rapaz avaliou a cena.

***Existem duas exceções:


1- Se tiver duplicada: usa o verbo no plural.
Ex.: Mais de um homem, mais de uma mulher estiveram no local.

2- Ou se indicar reciprocidade: usa o verbo no plural.


Ex.: Mais de um aluno se cumprimentaram no dia da prova.

DICA 15

ATENÇÃO NESSE CASO DE CONCORDÂNCIA:


Ex.: Podem até existir conflitos entre gerações
OBS.: quando o verbo principal variar, vai contaminar o verbo auxiliar. Mas quando tiver
locução verbal (verbo principal + verbo auxiliar) somente o verbo auxiliar que vai
ser flexionado, em função do verbo principal.
DICA 16

PERÍODO COMPOSTO
CARACTERÍSTICA: existência de DOIS VERBOS, dois fatos declarados.
No período composto, a oração principal é um tipo de oração que no período composto
não exerce nenhuma função sintática e tem a si associada uma oração subordinada.
DICA 17

Período Composto por COORDENAÇÃO (composto por orações INDEPENDENTES):

→Assindéticas: NÃO apresentam conjunção coordenativa.


→Sindéticas: Apresentam conjunção coordenativa, sendo elas:

• Aditivas: relação de SOMA, de ADIÇÃO.


Conjunções coordenativas aditivas: e, nem, não só ..., as também, tanto ... quanto etc.
Ex.: Luiz não estuda (oração coordenada assindética) nem trabalha, (oração
coordenada sindética aditiva).

• Adversativas: relação de ADVERSIDADE, OPOSIÇÃO, CONTRASTE.


Conjunções coordenativas adversativas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no
entanto. Ex.: Luiz não estuda (oração coordenada assindética), mas aprende.
(oração coordenada sindética adversativa).

• Alternativas: relação de ALTERNÂNCIA, ESCOLHA. ATENÇÃO! A alternância


ocorre quando a ocorrência de um fato implicar a não ocorrência de outro.
Conjunções coordenativas alternativas: ou... ou, ora... ora, quer... quer, já... já, seja...
seja. Ex.: Ajude Maria (oração coordenada assindética) ou Deus não o ajudará
(oração coordenada sindética alternativa).

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• Explicativas: relação de EXPLICAÇÃO, JUSTIFICATIVA, CONFIRMAÇÃO.


Conjunções coordenativas explicativas: pois (antes do verbo), porque, que. Ex.: Não
fique brava (oração coordenada assindética), pois só você ficará abalada.
(oração coordenada sindética explicativa).

• Conclusivas: relação de CONCLUSÃO em relação à outra oração.


Conjunções coordenativas conclusivas: logo, portanto, por conseguinte, pois (depois
do verbo). Ex.: Não saiu cedo (oração coordenada assindética), logo chegou
tarde (oração coordenada sindética explicativa).

 E COMO A BANCA CESPE COBRA...

(Ano: 2020 Banca: MS CONCURSOS Órgão: Câmara de Três Rios - RJ Prova: MS


CONCURSOS - 2020 - Câmara de Três Rios - RJ - Agente Administrativo)

... Na primeira estrofe, o terceiro verso (E das bocas unidas fez-se a espuma), temos uma
oração coordenada:
R: SINDÉTICA ADITIVA.
DICA 18

Período Composto por SUBORDINAÇÃO

→ SUBSTANTIVAS: subjetivas, objetivas diretas, objetivas indiretas, completivas


nominais, predicativas, apositivas.
→ ADJETIVAS: restritivas e explicativas.
→ ADVERBIAIS: causais, condicionais, comparativas, conformativas, concessivas,
consecutivas, temporais, proporcionais, finais.

DICA 19

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS

- Oração subordinada substantiva subjetiva - OSSS (oração que exerce a função de


sujeito da outra oração)
Ex.: É provável / que ele viaje ainda hoje.

Oração Principal OSSS

- Oração subordinada substantiva Objetiva Direta - OSSOD (oração que exerce a


função de objeto direto do verbo da oração principal)
Ex.: Desejo / que passe no concurso.

Oração Principal OSSOD

- Oração subordinada substantiva Objetiva Indireta – OSSOI (oração que exerce a


função de objeto indireto do verbo da oração principal)

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Ex.: Necessito / de que você me auxilie.

Oração Principal OSSOI


- Oração subordinada substantiva Completiva Nominal – OSSCN (oração que exerce
a função de complemento nominal de um nome da oração principal)
Ex.: Tenho a impressão / de que alguém me segue.

Oração Principal OSSCN

- Oração subordinada substantiva Predicativa – OSSP (oração que exerce a função de


predicativo do sujeito da oração principal, aparece depois do verbo SER, completando-a)
Ex.: Meu castigo foi / que todos me deixaram.

Oração Principal OSSP

- Oração subordinada substantiva Apositiva – OSSA (oração que exerce a função


sintática de aposto de um nome da oração principal)
Ex.: Contou-me algo horrível: / que havia insetos no banheiro.

Oração Principal OSSA

DICA: A ORAÇÃO APOSITIVA VEM SEPARADA DE SUA PRINCIPAL POR DOIS


PONTOS, VÍRGULA OU TRAVESSÃO.

 QUESTÃO FRESQUINHA DA BANCA CESPE...

(Ano: 2021 Banca: CETREDE Órgão: Prefeitura de Frecheirinha - CE Prova: CETREDE - 2021
- Prefeitura de Frecheirinha - CE - Professor PEB I)
... “E um dia os homens descobrirão que esses discos voadores estavam apenas
estudando a vida dos insetos.” Mário Quintana
A oração grifada é uma oração:
R: SUBORDINADA ADVERBIAL.
Indo mais a fundo, apesar de a questão não ter pedido...
Trata-se de uma oração subordinada adverbial OBJETIVA DIRETA, a oração em destaca
exerce a função de objeto direto do verbo da oração principal “descobrirão”.
DICA 20

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS

- São sempre introduzidas por CONJUNÇÕES SUBORDINADAS ≠ CONJUNÇÕES


INTEGRANTES (orações substantivas)

CAUSAL: indica causa, motivo que determina ou provoca um acontecimento.


Ex.: Marcelo foi reprovado, / porque (= porquanto) não estudou.

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Oração Principal Or. Sub. Adv. Causal.

Na ordem direta, a vírgula é obrigatória!

COMPARATIVA: exprime uma conjuntura de comparação. Ou seja, ato de confrontar dois


elementos com o objetivo de estabelecer semelhanças ou diferenças entre eles.
Ex.: Rômulo é forte / como um leão.

Oração Principal Or. Sub. Adv. Comparativa.

Nas comparativas não pode colocar vírgulas e não pode inverter!

CONCESSIVA: indica ato de conceder, de permitir, de não negar, de admitir ideias


contrárias.
Ex.: Embora (= conquanto, ainda que) chovesse muito, / ele não levou guarda-chuva.

Or. Sub. Adv. Concessiva. Oração Principal

Vírgula OBRIGATÓRIA, pois a ordem está invertida!

CONDICIONAL: Exprime condição; obrigação que se aceita ou imposta para que dado fato
se realize.

Ex.: Se (= caso, contanto que, desde que, etc.) você for, / eu irei.

Or. Sub. Adv. Condicional. Oração Principal

Quando estiver invertida, a vírgula é OBRIGATÓRIA!

CONFORMATIVA: Indica adequação, não-contradição.


Ex.: Ele agiu / como (= conforme, segundo, de acordo) a lei exige.

Oração Principal Or. Sub. Adv. Conformativa

Na ordem direta a vírgula → é FACULTATIVA!


Na ordem deslocada/invertida a vírgula → é OBRIGATÓRIA!

DICA 21

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS

CONSECUTIVA: Exprime circunstância de consequência, resultado ou efeito de uma ação


qualquer.
Ex.: Falou tanto (=tão, tal) / que ficou rouco.

Oração Principal Or. Sub. Adv. Consecutiva

Toda causal e toda consecutiva possui causa e consequência.

Tão → advérbio
Que → conjunção

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TEMPORAL: Indica relação de tempo.


Ex.: Quando (= sempre que, desde que, logo que) se aborreceu, /ele saiu.

Or. Sub. Adv. Temporal Oração Principal

Na ordem deslocada/invertida a vírgula → é OBRIGATÓRIA!

PROPORCIONAL: Indica circunstância de proporção; relação que existe entre duas coisas,
de modo que a alteração que recai em uma dela atinge também a outra.
Ex.: À medida (= à proporção que) que caminhava, / mais se cansava.

Or. Sub. Adv. Proporcional Oração Principal

FINAL: Objetiva a destinação de um fato.


Ex.: Fiz-lhe um sinal / para que se calasse.

Oração Principal Or. Sub. Adv. Proporcional


DICA 22

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS

RESTRITIVA: limita, precisa a significação do substantivo (ou pronome) antecedente.


Ex.: O livro/que o professor recomendou/estava esgotado.

Pronome relativo
- “que o professor recomendou” = oração subordinada adjetiva restritiva, restringe porque
não se aplica a todos os livros, apenas aquele que o professor recomendou!
ATENÇÃO! NÃO SEPARADAS POR VÍRGULAS, ALTERAÇÃO DE SENTIDO!

EXPLICATIVA: acrescenta ao antecedente uma qualificação acessória, esclarece melhor


sua significação, à semelhança de um aposto.
Ex.: Tio Gabriel, que é advogado, confia muito em mim.

Pronome relativo
- “que é advogado” = oração subordinada adjetiva explicativa.
DICA 23

* NAS ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS, a separação por vírgulas, altera o


SENTIDO. Observe-se:

1. Luiza telefonou para a irmã que mora na França.

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Oração subordinada adjetiva restritiva


2. Luiza telefonou para a irmã, que mora na França.

Oração subordinada adjetiva explicativa


* que = pronome relativo

Explicando...
- No primeiro caso cria-se um limite, com certeza Luiza tem outras irmãs, mas ligou somente
para a que mora na França.
- No segundo caso, a oração explica que Luiza tem apenas uma irmã e ela mora na França.
DICA 24

CONJUNÇÕES COORDENATIVAS: CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS:

Conclusivas: logo, pois, então, Temporais: Quando, enquanto,


portanto, assim, enfim, por fim, por apenas, mal, desde que, logo que,
conseguinte, conseguintemente, até que, antes que, depois que,
consequentemente, donde, por assim que, sempre que, senão
onde, por isso. quando, ao tempo que.

Adversativas: mas, porém, Proporcionais: quanto mais...tanto


contudo, todavia, no entanto, mais, ao passo que, à medida que,
entretanto, senão, não obstante, quanto menos...tanto menos, à
aliás, ainda assim. proporção que.

Aditivas: e, nem, também, que, Causais: já que, porque, que, visto


não só...mas também, não que, uma vez que, sendo que,
só...como, tanto...como, como, pois que, visto como.
assim...como.
Condicionais: se, salvo se, caso,
Explicativa: isto é, por exemplo, a sem que, a menos que, contanto
saber, ou seja, verbi gratia, pois, que, exceto se, a não ser que, com
pois bem, ora, na verdade, depois, tal que.
além disso, com efeito que, porque,
ademais, outrossim, porquanto. Conformativa: consoante,
segundo, conforme, da mesma
Alternativa: ou...ou, já...já, maneira que, assim como, com que.
seja...seja, quer...quer, ora...ora,
agora...agora. Finais: Para que, a fim de que, que,
porque.

Comparativa: como, tal como, tão


como, tanto quanto, mais...(do)
que, menos...(do) que, assim como.

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Consecutiva: tanto que, de modo


que, de sorte que, tão...que, sem
que.

Concessiva: embora, ainda que,


conquanto, dado que, posto que,
em que, quando mesmo, mesmo
que, por menos que, por pouco que,
apesar de que.

DICA 25

PRONOMES RELATIVOS: fazem referência a um nome antecedente, e, sintaticamente,


são responsáveis por introduzir uma oração subordinada adjetiva.
* Que
* Quem
* Onde
* Cujo (a)(s)
* Quando
* Como
* O qual
* A qual
* Os quais
* As quais
DICA BÔNUS

- Usa-se preposição antes do pronome relativo sempre que o termo posposto a ele
exigir.

- Pronomes relativos QUE e QUEM só admitem preposição monossilábica!

Ex.: a moça A QUEM me refiro é especial.


- QUEM → Só para pessoas OU entes personificados.
Ex. A Justiça, a quem o cidadão recorre, deve atendê-lo prontamente.
Ex. A moça contra quem lutava → pois contra é preposição dissílaba, e o pronome relativo
QUE e QUEM só podem com preposição monossílaba→ PORTANTO, deve-se consertar a
frase, o certo será: A moça contra a qual lutava.
- ONDE e AONDE referem-se a LUGAR FÍSICO. ATENÇÃO!

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CONTABILIDADE GERAL

DICA 26

Balanço Patrimonial – Patrimônio Líquido

Representam fontes de recursos para financiar as atividades das empresas bancos,


investidores, fornecedores e capital próprio.

Bancos vez que a empresa pode conseguir empréstimos e financiamentos, investidores que
podem agir como financiadores iniciais e aceleradores tendo em vista o respectivo nicho de
mercado, os fornecedores, vez que ao se adquirir uma mercadoria de um fornecedor, esta
pode ser vendida com uma margem de lucro, podendo também ser um insumo para a
produção e operação da empresa. Por fim, o capital próprio investido pelos próprios
acionistas do empreendimento.

DICA 27

VARIAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO E RESULTADO

O resultado de uma determinada entidade normalmente é medido pela diferença entre o


Patrimônio Líquido anterior e atual a determinado lapso temporal. As principais
causas de variação do Patrimônio Líquido são a subscrição de capital feito a Entidade com
aumentos e desinvestimentos posteriores e, principalmente, o resultado obtido do
confronto entre contas de receitas e despesas no período contábil.
Quando as receitas obtidas superam as despesas incorridas, o resultado do período será
positivo, incorrendo em lucro e aumentando, por sua vez, o Patrimônio Líquido da entidade.
Do contrário, caso as despesas forem maiores que as receitas, o resultado do período será
negativo, incorrendo em prejuízo, de modo que diminuirá o Patrimônio Líquido.
A informação do Resultado destas operações deve ser fornecida em intervalos regulares,
podendo ser anual, semestral ou até mensal. Neste sentido, contabilidade registra e resume
as mudanças que ocorreram no Patrimônio Líquido no período e apresenta o resultado.
O resultado que demonstra a situação patrimonial e financeira da Entidade no lapso
temporal de um ano é denominado de exercício social.
Todas as Entidades, pelo menos uma vez ao ano, devem fazer a apuração do resultado,
averiguando se houve lucro ou prejuízo e procedendo o encerramento das contas de
resultado em conta denominada resultado.
DICA 28

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO E FINALIDADES

Além da conta da razão denominada resultado, no qual é registrado as contrapartidas das


contas de despesa e receita encerradas no fim do exercício existe a obrigação a fazer a
Demonstração do resultado do exercício - DRE. A DRE tem um papel importante na tomada
de decisões por parte dos gestores das empresas, vez que concentra de maneira
detalhada as contas de receita, despesa e o lucro ou prejuízo líquido da Entidade.
O lucro apurado por meio da Demonstração do Resultado do Exercício é considerado
razoavelmente correto, vez que o lucro exato somente pode ser mensurado no fim da vida
da Entidade, após a venda de todo o seu ativo e pagamento de suas obrigações. Não
obstante, é muito importante a análise frequente do resultado das operações da Entidade.
Dentre as finalidades do DRE podemos citar:

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- Apresentação dos lucros ou prejuízos das operações aos acionistas e quotistas;


- Serve aos bancos para análise da rentabilidade da Entidade e aprovar serviços como
financiamentos e empréstimos;
- Interesse dos investidores de ações e debêntures;
- A análise dos administradores para medir a eficiência do negócio e possível
planejamento estratégico.
DICA 29

Demonstração do Resultado do Exercício

CPC-26 Lei 6.404/76 (Lei das S/A)


Receitas de Vendas
(-) Devoluções, Descontos
Incondicionais, Abatimentos
(-) Tributos Sobre Vendas
Receitas Líquidas Receitas Líquidas
(-) CMV (-) CMV
Lucro Bruto Lucro Operacional Bruto
(-) Despesas com vendas, financeiras,
administrativas e gerais
(+/-) Outras Receitas ou Despesas (+/-) Outras Receitas ou Despesas
Operacionais Operacionais
Resultado Antes das Receitas e
Lucro Operacional Líquido
Despesas Financeiras
(+/-) Receitas ou Despesas (+/-) Outras Receitas ou Despesas -
Financeiras ganhos ou perdas de capital
Resultado Antes dos Tributos Lucro Antes do Imposto de Renda
(-) Tributos sobre o lucro (-) IR e CSLL
Resultado das Operações
Lucro Após IR e CSLL
Continuadas
(+/-) Resultado Líquido das
(-) Participações
Operações Descontinuadas
Resultado Líquido do Período Lucro Líquido do Exercício

DICA 30

DRE: Classificação da Despesa de acordo com CPC-26

A entidade deve apresentar uma análise das despesas utilizando uma classificação baseada
na sua natureza, se permitida legalmente, ou na sua função dentro da entidade,
proporcionando informação confiável e mais relevante, obedecidas as determinações
legais.

→ Método da Natureza da Despesa: as despesas são agregadas na demonstração do


resultado de acordo com a sua natureza (por exemplo, depreciações, compras de materiais,
despesas com transporte, benefícios aos empregados e despesas de publicidade), não sendo
realocados entre as várias funções dentro da entidade.

→ Método da Função da Despesa (ou método do “custo dos produtos e serviços


vendidos”): as despesas são classificadas de acordo com a sua função como parte do custo
dos produtos ou serviços vendidos ou, por exemplo, das despesas de distribuição ou das
atividades administrativas. No mínimo, a entidade deve divulgar o custo dos produtos e
serviços vendidos segundo esse método separadamente das outras despesas.

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As entidades que classificarem os gastos por função devem divulgar informação


adicional sobre a natureza das despesas, incluindo as despesas de depreciação e de
amortização e as despesas com benefícios aos empregados.

DICA 31

CPC 00: CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL


O objetivo da Contabilidade é a obtenção de informações sobre o patrimônio de uma
Entidade e suas mutações com o máximo de detalhamento para tomadas de decisões dos
seus gestores. As demonstrações contábeis são responsáveis por cumprir esse papel.
Além disso, é importante a veracidade dessas informações para que ela possa ser útil e
representar de maneira fidedigna as transações das entidades. Neste sentido, o Comitê de
Pronunciamentos Contábeis - CPC apresenta as características qualitativas que dão utilidade
a informação:
A Estrutura Conceitual apresenta dois tipos de Características Qualitativas:
1) Características Qualitativas Fundamentais, e
2) Características Qualitativas de Melhoria;
Dentre as características qualitativas fundamentais estão:

Relevância: a informação contábil-financeira é capaz de fazer diferença nas decisões da


Entidade;

Representação Fidedigna: Precisa ser completa, neutra e livre de erros.


Já as características qualitativas de melhoria estão:

Comparabilidade: Permite a compreensão e identificação de similaridades dos itens que


estão sendo observados e diferenças entre eles;

Verificabilidade: Ajuda a assegurar que a informação representa fidedignamente o


fenômeno econômico que se propõe a apresentar;

Tempestividade: Ter a informação disponível para as tomadas de decisão em tempo hábil;

Compreensibilidade: Pressupõe classificar, caracterizar e apresentar as informações com


clareza para que seja compreensível.
DICA 32

Reserva de Lucros a Realizar

De acordo com o art. 197 da Lei das S/A, “no exercício em que o montante do dividendo
obrigatório, calculado nos termos do estatuto ou do art. 202, ultrapassar a parcela
realizada do lucro líquido do exercício, a assembleia-geral poderá, por proposta dos
órgãos da administração, destinar o excesso à constituição de reserva de lucros a
realizar.”

Veja como calcular a parcela realizada do lucro líquido do exercício:


Lucro Líquido do Exercício
(-) Resultado positivo na equivalência patrimonial

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(-) Lucro com realização financeira de Longo Prazo

A Reserva de Lucros a Realizar somente poderá ser utilizada para pagamento do


dividendo obrigatório ou para compensação de prejuízos de períodos
subsequentes.
DICA 33

Demonstrações Contábeis Obrigatórias

De acordo com o art. 176 da Lei das S/A, são obrigatórias as seguintes demonstrações
Contábeis:

→ Balanço patrimonial (BP);

→ Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)

→ Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA);

→ Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) – Apenas Companhias Abertas e


Companhias Fechadas com PL ≥ R$ 2.000.000,00;

→ Demonstração do valor adicionado (DVA) – Apenas Companhias Abertas.

Atenção: De acordo com a Lei das S/A, não são obrigatórias a Demonstração do
Resultado Abrangente (DRA) e a Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL).
A Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) deixou de ser exigida com a
Lei nº 11.638/07.
DICA 34

Notas Explicativas
As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros
analíticos ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da situação
patrimonial e dos resultados do exercício.

Veja o que a Lei das S/A traz de obrigatoriedade para as notas explicativas:

“Art. 176- [...]

§ 5º- As notas explicativas devem:

I – apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações financeiras e


das práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para negócios e eventos
significativos;

II – divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil que não
estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações financeiras;

III – fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias demonstrações financeiras
e consideradas necessárias para uma apresentação adequada; e

IV – indicar:

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a) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente estoques,


dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de constituição de provisões para
encargos ou riscos, e dos ajustes para atender a perdas prováveis na realização de
elementos do ativo;

b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes (art. 247, parágrafo único);

c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações (art. 182, §3º);

d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a terceiros e


outras responsabilidades eventuais ou contingentes;

e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo prazo;

f) o número, espécies e classes das ações do capital social;

g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício;

h) os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, §1º); e

i) os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que tenham, ou possam


vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros da companhia.”

DICA 35

Ações em Tesouraria

Ações em tesouraria são ações da empresa adquiridas pela própria empresa. De acordo com
o §5º do art. 182 da Lei das S/A, “as ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço
como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos
aplicados na sua aquisição”.

É vedada a distribuição de dividendos e o direito a voto às ações em tesouraria (art. 30,


§4º).

O saldo da conta ações em tesouraria fica limitado ao saldo de lucros acumulados e


reservas, exceto a reserva legal (art. 266, §1º).

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ESTATÍSTICA

DICA 36

Uma variável pode ser classificada em:

- qualitativa, quando não assume valores numéricos, podendo ser dividida em categorias.

- quantitativa, quando puder assumir diversos valores numéricos.

As variáveis quantitativas podem ser ainda divididas em:

Contínuas: quando a variável pode assumir infinitos valores entre dois números.

Discretas: quando a variável só pode assumir uma quantidade finita de valores entre
dois números.

DICA 37

As variáveis aleatórias podem ser classificadas em:

- variáveis nominais: são aquelas definidas por “nomes”, não podendo ser colocadas em
uma ordem crescente.

- variáveis ordinais: são aquelas que podem ser colocadas em uma ordem crescente, mas
não é possível (ou não faz sentido) calcular a diferença entre um valor e o seguinte.

DICA 38

Mediana

É a observação “do meio” quando os dados são organizados do menor para o maior. Abaixo
da mediana encontram-se 50% (metade) das observações, e a outra metade encontra-
se acima da mediana.

DICA 39

As diferentes formas de se apresentar um CONJUNTO DE DADOS

DADOS BRUTOS: correspondem aos dados desorganizados, antes de sofrerem qualquer


tratamento.

DADOS EM ROL: corresponde a uma lista de observações, em ordem crescente

DADOS AGRUPADOS POR VALOR: é uma forma de agrupar os dados, para consolidar
valores que se repetiram

DADOS AGRUPADOS EM CLASSE: é uma forma de agrupar ainda mais os dados, em


faixas de valores.

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DICA 40

PROBABILIDADE CONDICIONAL

Probabilidade condicional refere-se à probabilidade de um evento ocorrer com base


em um evento anterior.

A probabilidade de A acontecer, dado que B já aconteceu, é representada por 𝑷(𝑨|𝑩) e é


calculada pela seguinte expressão:

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LEGISLAÇÃO ESPECIAL

DICA 41

POLÍTICA DE PRIMEIRA INFÂNCIA – art. 8º do ECA

*É ASSEGURADO A TODAS AS MULHERES o acesso aos programas e às políticas de


saúde da mulher e de planejamento reprodutivo e, às gestantes, nutrição
adequada, atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério e atendimento
pré-natal, perinatal e pós-natal integral no âmbito do Sistema Único de Saúde.

- O atendimento pré-natal será realizado por profissionais da atenção primária.

- Os profissionais de saúde de referência da gestante garantirão sua vinculação, no


último trimestre da gestação, ao estabelecimento em que será realizado o parto,
garantido o direito de opção da mulher.  OPÇÃO DA MÃE em escolher, nos
ÚLTIMOS 3 MESES DE GESTAÇÃO, o local em que o parto será realizado

- Os serviços de saúde onde o parto for realizado assegurarão às mulheres e aos seus
filhos recém-nascidos alta hospitalar responsável e contrarreferência na atenção
primária, bem como o acesso a outros serviços e a grupos de apoio à amamentação.

- Incumbe ao poder público proporcionar assistência psicológica à gestante e à


mãe, no período pré e pós-natal, inclusive como forma de prevenir ou minorar as
consequências do estado puerperal. Deverá ser prestada também a gestantes e
mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para adoção, bem
como a gestantes e mães que se encontrem em situação de privação de liberdade.

- A gestante e a parturiente têm direito a 1 (um) acompanhante de sua preferência


durante o período do pré-natal, do trabalho de parto e do pós-parto imediato.

- A gestante DEVERÁ RECEBER ORIENTAÇÃO sobre aleitamento materno,


alimentação complementar saudável e crescimento e desenvolvimento infantil, bem
como sobre formas de favorecer a criação de vínculos afetivos e de estimular o
desenvolvimento integral da criança.

- A gestante tem direito a acompanhamento saudável durante toda a gestação e a parto


natural cuidadoso, estabelecendo-se a aplicação de cesariana e outras
intervenções cirúrgicas por motivos médicos.

- A atenção primária à saúde fará a BUSCA ATIVA DA GESTANTE que não iniciar ou
que abandonar as consultas de pré-natal, bem como da puérpera que não comparecer
às consultas pós-parto.

- Incumbe ao PODER PÚBLICO GARANTIR, à gestante e à mulher com filho na


primeira infância que se encontrem sob custódia em unidade de privação de

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liberdade, ambiência que atenda às normas sanitárias e assistenciais do Sistema Único


de Saúde para o acolhimento do filho, em articulação com o sistema de ensino
competente, visando ao desenvolvimento integral da criança.

DICA 42

CASTIGO FÍSICO E TRATAMENTO CRUEL OU DEGRADANTE

A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados SEM O USO DE


CASTIGO FÍSICO OU DE TRATAMENTO CRUEL OU DEGRADANTE, como formas de
correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da
família ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas
socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los
ou protegê-los.

CASTIGO FÍSICO - Ação de natureza disciplinar ou punitiva


aplicada com o uso da força física sobre a
criança ou o adolescente que resulte em:
a) sofrimento físico; ou
b) lesão.

- Conduta ou forma cruel de tratamento


TRATAMENTO CRUEL OU em relação à criança ou ao adolescente que:
DEGRADANTE a) humilhe; ou
b) ameace gravemente; ou
c) ridicularize.

DICA 43

PROGRAMAS DE APADRINHAMENTO

A criança e o adolescente em programa de acolhimento institucional ou familiar


poderão participar de programa de apadrinhamento.

 O apadrinhamento consiste: em estabelecer e proporcionar à criança e ao adolescente


vínculos externos à instituição para fins de convivência familiar e comunitária e
colaboração com o seu desenvolvimento nos aspectos social, moral, físico,
cognitivo, educacional e financeiro.

DICA 44

REQUISITOS PARA SER PADRINHOS/MADRINHAS:

- pessoas maiores de 18 (dezoito) anos


- NÃO inscritas nos cadastros de adoção
- NECESSÁRIO que cumpram os requisitos exigidos pelo programa de
apadrinhamento de que fazem parte.

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ATENÇÃO! Pessoas jurídicas podem apadrinhar criança ou adolescente a fim de


colaborar para o seu desenvolvimento.

ATENÇÃO2! O perfil da criança ou do adolescente a ser apadrinhado será definido no


âmbito de cada programa de apadrinhamento, COM PRIORIDADE PARA CRIANÇAS OU
ADOLESCENTES COM REMOTA POSSIBILIDADE de reinserção familiar ou colocação em
família adotiva.

DICA 45

FAMÍLIA NATURAL

Consiste na comunidade formada pelos pais ou


qualquer deles + seus descendentes.

DICA 46

FAMÍLIA EXTENSA OU AMPLIADA

Consiste naquela que se estende para além da unidade


pais e filhos ou da unidade do casal, formada por
parentes próximos com os quais a criança ou
adolescente convive e mantém vínculos de afinidade
e afetividade.

DICA 47

FAMÍLIA SUBSTITUTA

*A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou adoção,


independentemente da situação jurídica da criança ou adolescente, nos termos desta Lei.

*Sempre que possível, a criança ou o adolescente será previamente ouvido por equipe
interprofissional, respeitado seu estágio de desenvolvimento e grau de compreensão
sobre as implicações da medida, e terá sua opinião devidamente considerada.

*Tratando-se de maior de 12 (doze) anos de idade, será necessário seu


consentimento, colhido em audiência.

*A colocação da criança ou adolescente em família substituta será precedida de sua


preparação gradativa e acompanhamento posterior, realizados pela equipe
interprofissional a serviço da Justiça da Infância e da Juventude, preferencialmente com o
apoio dos técnicos responsáveis pela execução da política municipal de garantia do direito
à convivência familiar.

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*A colocação em família substituta estrangeira constitui medida excepcional,


SOMENTE ADMISSÍVEL NA MODALIDADE DE ADOÇÃO.

DICA 48

FAMÍLIA SUBSTITUTA

*Na apreciação do pedido levar-se-á em conta o grau de parentesco e a relação de


afinidade ou de afetividade, a fim de evitar ou minorar as consequências decorrentes da
medida.

*Os grupos de irmãos serão colocados sob adoção, tutela ou guarda da MESMA
família substituta, ressalvada a comprovada existência de risco de abuso ou outra
situação que justifique plenamente a excepcionalidade de solução diversa, procurando-se,
em qualquer caso, evitar o rompimento definitivo dos vínculos fraternais.

DICA 49

FAMÍLIA SUBSTITUTA – REQUISITOS ADICIONAIS PARA CRIANÇA OU


ADOLESCENTE INDÍGENA OU PROVENIENTE DE COMUNIDADE REMANESCENTE DE
QUILOMBO

I - Que sejam consideradas e respeitadas sua identidade social e cultural,


os seus costumes e tradições, bem como suas instituições, desde que não sejam
incompatíveis com os direitos fundamentais reconhecidos por esta Lei e pela
Constituição Federal;

II - Que a colocação familiar ocorra PRIORITARIAMENTE no seio de sua


comunidade ou junto a membros da mesma etnia;

III - A intervenção e oitiva de representantes do órgão federal


responsável pela política indigenista, no caso de crianças e adolescentes
indígenas, e de antropólogos, perante a equipe interprofissional ou multidisciplinar
que irá acompanhar o caso.

DICA 50

TUTELA

*A tutela será deferida, NOS TERMOS DA LEI CIVIL, a pessoa de até 18 (dezoito)
anos incompletos.

*O deferimento da tutela pressupõe a prévia decretação da perda ou suspensão do poder


familiar e implica necessariamente o dever de guarda.

DICA 51

É PROIBIDO QUALQUER TRABALHO a menores de quatorze anos de idade, salvo


na condição de aprendiz.

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DICA 52

Ao ADOLESCENTE empregado, aprendiz, em regime familiar de trabalho, aluno


de escola técnica, assistido em entidade governamental ou não-
governamental, É VEDADO TRABALHO:

I - NOTURNO, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas


do dia seguinte; (22h – 5h)

II - PERIGOSO, INSALUBRE OU PENOSO;

III - realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento


físico, psíquico, moral e social;

IV - realizado em horários e locais que não permitam a freqüência à escola.

DICA 53

Toda criança ou adolescente que estiver INSERIDO EM PROGRAMA DE ACOLHIMENTO


FAMILIAR OU INSTITUCIONAL terá:

- Sua situação reavaliada, NO MÁXIMO, A CADA 3 (TRÊS) MESES, devendo a


autoridade judiciária competente, com base em relatório elaborado por equipe
interprofissional ou multidisciplinar, decidir de forma fundamentada pela
possibilidade de reintegração familiar ou pela colocação em família substituta, em
quaisquer das modalidades previstas no art. 28 desta Lei.

DICA 54

ATENÇÃO! A permanência da criança e do adolescente em PROGRAMA DE


ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL não se prolongará POR MAIS DE 18 (DEZOITO
MESES), salvo comprovada necessidade que atenda ao seu superior interesse,
devidamente fundamentada pela autoridade judiciária.

DICA 55

A gestante ou mãe que manifeste interesse em entregar seu filho para adoção,
ANTES OU LOGO APÓS O NASCIMENTO, será encaminhada à Justiça da Infância e da
Juventude.

PONTOS:

A busca à família extensa respeitará O PRAZO MÁXIMO DE 90 (NOVENTA) DIAS,


prorrogável por igual período.

Na hipótese de não haver a indicação do genitor e de não existir outro


representante da família extensa apto a receber a guarda, a autoridade judiciária
competente deverá decretar a extinção do poder familiar e determinar a colocação
da criança sob a guarda provisória de quem estiver habilitado a adotá-la ou de entidade
que desenvolva programa de acolhimento familiar ou institucional.

Após o nascimento da criança, a vontade da mãe ou de ambos os genitores, se houver


pai registral ou pai indicado, deve ser manifestada na audiência a que se refere o §
1 o do art. 166 desta Lei, garantido o sigilo sobre a entrega.

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Na hipótese de não comparecerem à audiência nem o genitor nem representante


da família extensa para confirmar a intenção de exercer o poder familiar ou a guarda, a
autoridade judiciária SUSPENDERÁ o poder familiar da mãe, e a criança será colocada
sob a GUARDA PROVISÓRIA de quem esteja habilitado a adotá-la.

 Os detentores da guarda possuem o PRAZO DE 15 (QUINZE) DIAS para propor a


ação de adoção, contado do dia seguinte à data do término do estágio de
convivência.

 NA HIPÓTESE DE DESISTÊNCIA PELOS GENITORES - manifestada em audiência ou


perante a equipe interprofissional - da entrega da criança após o nascimento, a criança será
mantida com os genitores, e será determinado pela Justiça da Infância e da Juventude o
acompanhamento familiar PELO PRAZO DE 180 (CENTO E OITENTA) DIAS.

DICA 56

SERÃO CADASTRADOS PARA ADOÇÃO:

 Recém-nascidos e crianças acolhidas não procuradas por suas famílias NO


PRAZO DE 30 (TRINTA) DIAS, contado a partir do dia do acolhimento.

DICA 57

GUARDA

*A guarda obriga a PRESTAÇÃO DE ASSISTÊNCIA MATERIAL, MORAL E


EDUCACIONAL à criança ou adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-
se a terceiros, inclusive aos pais.

PONTOS

Destina-se a regularizar a posse de fato, podendo ser deferida, liminar ou


incidentalmente, nos procedimentos de tutela e adoção, exceto no de adoção por
estrangeiros.

 EXCEPCIONALMENTE, deferir-se-á a guarda, fora dos casos de tutela e adoção,


para atender a situações peculiares ou suprir a falta eventual dos pais ou
responsável, podendo ser deferido o direito de representação para a prática de atos
determinados.

 Confere à criança ou adolescente a CONDIÇÃO DE DEPENDENTE, para todos os fins


e efeitos de direito, inclusive previdenciários.

 Poderá ser revogada a qualquer tempo, mediante ATO JUDICIAL FUNDAMENTADO,


ouvido o Ministério Público.

DICA 58

Salvo expressa e fundamentada determinação em contrário, da autoridade


judiciária competente, OU quando a medida for aplicada em preparação para
adoção:

 O deferimento da guarda de criança ou adolescente a terceiros NÃO IMPEDE O


EXERCÍCIO DO DIREITO DE VISITAS PELOS PAIS, ASSIM COMO O DEVER DE
PRESTAR ALIMENTOS, que serão objeto de regulamentação específica, a pedido do
interessado ou do Ministério Público.

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DICA 59

O PODER PÚBLICO estimulará, por meio de assistência jurídica, incentivos fiscais e


subsídios, o acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente afastado
do convívio familiar.

ATENÇÃO! A inclusão da criança ou adolescente em programas de acolhimento familiar


TERÁ PREFERÊNCIA a seu acolhimento institucional, observado, em qualquer caso, o
caráter temporário e excepcional da medida, nos termos desta Lei.

ATENÇÃO2! Poderão ser utilizados recursos federais, estaduais, distritais e


municipais para a manutenção dos serviços de acolhimento em família acolhedora,
FACULTANDO-SE O REPASSE DE RECURSOS PARA A PRÓPRIA FAMÍLIA
ACOLHEDORA.

DICA 60

ADOÇÃO

A adoção de criança e de adolescente É MEDIDA EXCEPCIONAL E IRREVOGÁVEL, à qual


se deve recorrer apenas quando esgotados os recursos de manutenção da criança
ou adolescente na família natural ou extensa.

ATENÇÃO! É VEDADA a adoção POR PROCURAÇÃO.

ATENÇÃO2! Em caso de conflito entre direitos e interesses do adotando e de outras


pessoas, inclusive seus pais biológicos, DEVEM PREVALECER OS DIREITOS E OS
INTERESSES DO ADOTANDO.

DICA BÔNUS

O adotando deve CONTAR COM, NO MÁXIMO, DEZOITO ANOS à data do pedido, salvo
se já estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes.

DICA BÔNUS

QUEM PODE ADOTAR? QUEM NÃO PODE ADOTAR?

 Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, independentemente do estado civil.

 Não podem adotar os ascendentes e os irmãos do adotando.

PONTOS

 Para ADOÇÃO CONJUNTA, é indispensável que os adotantes sejam casados


civilmente ou mantenham união estável, comprovada a estabilidade da família.

 O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos mais velho do que o adotando.

 Os divorciados, os judicialmente separados e os ex-companheiros PODEM adotar


conjuntamente, contanto que acordem sobre a guarda e o regime de visitas e desde
que o estágio de convivência tenha sido iniciado na constância do período de
convivência e que seja comprovada a existência de vínculos de afinidade e
afetividade com aquele não detentor da guarda, que justifiquem a excepcionalidade

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da concessão. OBS.: Desde que demonstrado efetivo benefício ao adotando, será


assegurada a guarda compartilhada, conforme art. 1584 previsto no 2002.

 A adoção poderá ser deferida ao adotante que, após inequívoca manifestação de


vontade, vier a falecer no curso do procedimento, ANTES DE PROLATADA A
SENTENÇA.

DICA BÔNUS

LEI Nº 10.446/2002

Disposições gerais

Esta Lei, como trata o art. 1° trata da possibilidade de a Polícia Federal apurar infrações
penais quando houver:

➢ repercussão interestadual ou internacional; e


➢ exijam repressão uniforme.

“Art. 1o Na forma do inciso I do § 1o do art. 144 da Constituição, quando houver


repercussão interestadual ou internacional que exija repressão uniforme, poderá o
Departamento de Polícia Federal do Ministério da Justiça, sem prejuízo da
responsabilidade dos órgãos de segurança pública arrolados no art. 144 da Constituição
Federal, em especial das Polícias Militares e Civis dos Estados, proceder à investigação,
dentre outras, das seguintes infrações penais”:

Dispõe o inciso I, §1º do art. 144 da Constituição o seguinte:

“Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é


exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do
patrimônio, através dos seguintes órgãos: [...]

§ 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido
pela União e estruturado em carreira, destina-se a:

I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens,


serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim
como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e
exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei”;

DICA BÔNUS

POLÍCIA FEDERAL

➢ Conforme prevê o art. 1º, o Departamento da Polícia Federal pertence ao Ministério


da Justiça;
➢ A Polícia Federal tem caráter subsidiário na investigação de crimes, vez que, em
regra, compete a Polícia Civil.
➢ Não há prejuízo da atribuição da Polícias Civis e Militares pela atuação da
Polícia Federal.

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DICA BÔNUS

INFRAÇÕES PENAIS APURADOS PELA PF

As infrações penais apuradas pela Polícia Federal são as seguintes:

I – sequestro, cárcere privado e extorsão mediante sequestro (arts. 148 e 159 do


Código Penal), se o agente foi impelido por motivação política ou quando praticado
em razão da função pública exercida pela vítima;

II – formação de cartel (incisos I, a, II, III e VII do art. 4º da Lei nº 8.137, de 27 de


dezembro de 1990); e

III – relativas à violação a direitos humanos, que a República Federativa do Brasil se


comprometeu a reprimir em decorrência de tratados internacionais de que seja parte; e

IV – furto, roubo ou receptação de cargas, inclusive bens e valores, transportadas


em operação interestadual ou internacional, quando houver indícios da atuação de
quadrilha ou bando em mais de um Estado da Federação.

V - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins


terapêuticos ou medicinais e venda, inclusive pela internet, depósito ou distribuição do
produto falsificado, corrompido, adulterado ou alterado (art. 273 do Decreto-Lei nº 2.848,
de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal). (Incluído pela Lei nº 12.894, de 2013)

VI - furto, roubo ou dano contra instituições financeiras, incluindo agências bancárias


ou caixas eletrônicos, quando houver indícios da atuação de associação criminosa em
mais de um Estado da Federação. (Incluído pela Lei nº 13.124, de 2015)

VII – quaisquer crimes praticados por meio da rede mundial de computadores que
difundam conteúdo misógino, definidos como aqueles que propagam o ódio ou a
aversão às mulheres. (Incluído pela Lei nº 13.642, de 2018)

DICA BÔNUS

AUTORIZAÇÃO OU DETERMINAÇÃO PELO MINISTRO DE ESTADO DA JUSTIÇA

O Departamento de Polícia Federal procederá à apuração de outros casos, desde que tal
providência seja autorizada ou determinada pelo Ministro de Estado da Justiça.

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NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO

DICA 61

Quanto à natureza do órgão controlador, o controle pode ser administrativo, legislativo


e judicial.

O controle administrativo é aquele exercido pela Administração Pública com base do


poder de autotutela, segundo o qual a Administração deve rever seus atos quando estes
se tornarem inconvenientes/inoportunos (revogão) ou forem verificadas ilegalidades
(anulação). Ainda como decorrência do controle administrativo, a Administração Pública
atua sobre os atos de pessoas jurídicas que lhe são vinculadas, como as entidades da
Administração Pública indireta, por meio do exercício da tutela administrativa.

O controle legislativo é realizado pelo Poder Legislativo sobre os atos dos outros poderes,
muitas vezes com o auxílio dos Tribunais de Contas.

Já o controle judicial é realizado pelo Poder Judiciário, quando seus tribunais avaliam os
atos da Administração Pública de acordo com os princípios a ela atinentes (legalidade,
impessoalidade, moralidade, dentre outros) e demais normas vigentes. Só nas decisões do
Poder judiciário há a definitividade da coisa julgada – decisão definitiva de determinado
litígio.

DICA 62

Segundo a CF/88, os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma


integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:

I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos


programas de governo e dos orçamentos da União;

II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão


orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal,
bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;

III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos
e haveres da União;

IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

DICA 63

Quanto ao aspecto a ser controlado podemos classificar o controle em controle de


legalidade e controle de mérito.

O controle de legalidade é realizado tendo como parâmetros a legalidade e as demais


normas vigentes, quando a Administração poderá atuar de ofício (iniciativa própria) ou
provocada por terceiro.

Já o controle de mérito é aquele exercido sempre no âmbito do controle interno com o


objetivo de aferir se determinado ato é ainda conveniente para a sociedade ou deve
ser revisto, respeitados os direitos adquiridos.

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DICA 64

Quanto à amplitude o controle pode ser classificado em hierárquico ou finalístico.

O controle hierárquico é aquele realizado por órgãos dentro do mesmo Poder,


subordinados um ao outro. Esse controle é ilimitado pois o órgão que controla pode avaliar
tanto os aspectos legais quanto o mérito administrativo.

Já o controle finalístico é aqueles realizado pela Administração Pública direta sobre a


indireta, sempre baseado em previsão legal. Aqui dizemos que há vinculação e não
hierarquia entre a Administração direta e a indireta. Esse controle é restrito/limitado
ao previsto em lei.

DICA 65

Quanto ao momento quando é realizado, podemos classificar o controle em prévio,


concomitante ou corretivo.

O controle prévio, preventivo ou a priori é aquele realizado enquanto os atos que


serão controlados ainda não ocorreram.

O controle concomitante ou sucessivo é realizando durante a prática do ato.

Por último o controle corretivo, subsequente ou a posteriori é realizado após a


realização dos atos.

DICA 66

Quanto à iniciativa o controle é classificado em controle de ofício (ex ofício) ou


provocado.

O controle de ofício é realizado quando a Administração Pública atua de forma


espontânea, sem provocação de nenhum agente estranho ao seu corpo funcional. Um
exemplo disso ocorre quando é anulado um ato que se verificou ser ilegal.

No controle provocado algum agente externo à Administração provoca (questiona,


solicita, denuncia, representa) a atuação Estado para que alguma situação seja tratada. A
denúncia de um cidadão ao Ministério Público de que está ocorrendo desvio de recursos
públicos é um exemplo de tal controle.

DICA 67

Controle do Judiciário e Ministério Público

Foram criados na PEC 45/05 o Conselho Nacional de Justiça e o Conselho Nacional do


Ministério Público. Tais conselhos realizam o controle administrativo, financeiro e
disciplinar do Poder Judiciário e do Ministério Público. A diferença é que o primeiro é
órgão do próprio Poder Judiciário e por isso mesmo realiza controle interno. Já o Conselho
Nacional do Ministério Público está localizado fora da estrutura do MP e por isso realiza
controle externo. É importante ressaltar que nenhum dos dois órgãos realiza controle
das atividades típicas (julgamento) do Poder Judiciário.

DICA 68

Recurso de Ofício

Em certas situações a autoridade que julgou determinada questão é obrigada a remeter


(encaminhar) sua própria decisão a uma autoridade/ órgão revisor. Apesar de ser chamado

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de recurso de ofício trata-se de uma remessa forçada/ necessária. É preciso que haja
previsão legal para que a autoridade tome tal providência.

DICA 69

Os recursos podem ter efeitos devolutivos ou suspensivos. O recurso devolutivo é aquele


onde a matéria é devolvida (encaminhada) para nova análise. No silêncio da lei os recursos
têm efeitos apenas devolutivos.

Os efeitos suspensivos são aqueles que possibilitam que os efeitos da decisão sejam
suspensos até que a nova decisão seja proferida. Para que um recurso tenha tais
características é necessário expressa previsão legal.

DICA 70

O controle legislativo é realizado pelo Poder Legislativo sobre os atos do Poder Executivo e
do Poder Judiciário, esse último apenas na sua função administrativa – O Legislativo não
atua sobre os atos típicos do Poder Judiciário. É um controle externo – um Poder
atuando sobre outro Poder.

O controle realizado pelo Legislativo sobre a Administração Pública é aquele definido na


CF/88. Não é legítimo que outros atos infraconstitucionais definam outras formas de
controle além das previstas na Constituição.

O controle legislativo divide-se em controle político e controle financeiro, este último


exercido com o auxílio dos tribunais de contas.

DICA 71

Segundo a CF/88, as comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de


investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos
regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado
Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus
membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas
conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a
responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

DICA 72

O STF considerou inconstitucional norma estadual que previa que o julgamento das contas
da Assembleia Legislativa fosse realizado pela própria Assembleia, pois se trataria de uma
usurpação de competência do TCE do estado.

DICA 73

Pela teoria dos poderes implícitos, se determinada competência é atribuída a um órgão,


este passa a ter também os poderes necessários para o exercício dessa competência. Se é
dada a missão, os meios para realizá-la também devem ser concedidos.

DICA 74

Fundos Constitucionais e fiscalização do TCU

Segundo o STF, o papel do TCU com relação aos fundos constitucionais é apenas de
verificar se efetivamente os recursos que deveriam foram destinados para o fundo.
Não cabe ao TCU, mas sim ao ente político recebedor, zelar pela adequada aplicação dos
recursos.

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DICA 75

O controle judicial é aquele realizado sobre os atos do Executivo, do Legislativo e do


próprio Judiciário no exercício da função administrativa.

No Brasil vigora o sistema inglês ou de monopólio de jurisdição, onde apenas o Poder


Judiciário pode decidir em caráter definitivo os litígios. Define nossa Constituição que a
lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.

O controle judicial se limita à análise das ações tendo como referência as normas e
princípios vigentes no direito pátrio. Não poderá, entretanto, aferir o mérito administrativo
nos atos discricionários de outros Poderes. Os atos da Administração Pública que o Judiciário
considerar ilegítimos serão por ele sempre anulados e nunca revogados.

DICA 76

A função fiscalizatória exercida pelos tribunais de contas dos estados inclui-se entre as
hipóteses de controle do Poder Legislativo sobre os atos da administração pública.

DICA 77

A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de
deficiência e definirá os critérios de sua admissão.

DICA 78

Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, se determinado concurso público


destinar-se ao provimento de duas vagas, não será possível que uma dessas vagas
seja destinada exclusivamente a pessoa portadora de necessidades especiais.

DICA 79

As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo


efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos
casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições
de direção, chefia e assessoramento

DICA 80

Súmula Vinculante nº 13 do STF

“A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade,


até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa
jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de
cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração
pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a
Constituição Federal.”

Em regra, o nepotismo não alcança a nomeação dos chamados agentes políticos.

DICA 81

Segundo a CF/88 é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical.
É uma norma autoaplicável.

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Cumpre-se ressaltar que os servidores militares estão proibidos de se sindicalizar.

Com relação ao julgamento dos litígios entre os servidores públicos federais e a


Administração Pública, tais situações serão julgadas na Justiça Federal e não na Justiça
do Trabalho.

DICA 82

O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os


Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio
fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono,
prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer
caso, o disposto no art. 37, X e XI.

DICA 83

Teto Constitucional

1. Municípios - O teto é o subsídio do Prefeito

2. Estados e DF

Executivo - Subsídio do Governador


Legislativo - Subsídio dos deputados estaduais e distritais
Judiciário/ Ministério Público/ Procuradores e Defensores Públicos - Subsídio dos
desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a 90,25% do subsídio dos Ministros do
STF

DICA 84

Limite aos vencimentos dos Poderes Legislativo e Judiciário.

Com relação aos servidores do Legislativo e Judiciário, deve-se observar que os vencimentos
dos seus cargos não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo (CF/88, art.
37, inc. XII).

DICA 85

Súmula 473 do STF

A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem
ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência
ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a
apreciação judicial.

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NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL

DICA 86
Entendimentos do STF sobre a licitude/ilicitude de provas:

1) É ilícita a prova obtida por meio de interceptação telefônica sem autorização


judicial. A interceptação telefônica depende de autorização judicial.

2) São ilícitas as provas obtidas por meio de interceptação telefônica determinada a


partir apenas de denúncia anônima, sem investigação preliminar. Com efeito, uma
denúncia anônima não é suficiente para que o juiz determine a interceptação telefônica;
caso ele o faça, a prova obtida a partir desse procedimento será ilícita.

3) São ilícitas as provas obtidas mediante gravação de conversa informal do indiciado com
policiais, por constituir-se tal prática em "interrogatório sub-reptício", realizado sem as
formalidades legais do interrogatório no inquérito policial e sem que o indiciado seja
advertido do seu direito ao silêncio.

4) São ilícitas as provas obtidas mediante confissão durante prisão ilegal. Ora, se a
prisão foi ilegal, todas as provas obtidas a partir dela também o serão.

5) É lícita a prova obtida mediante gravação telefônica feita por um dos interlocutores
sem a autorização judicial, caso haja investida criminosa daquele que desconhece que a
gravação está sendo feita. Nessa situação, tem-se a legítima defesa.

6) É lícita a prova obtida por gravação de conversa telefônica feita por um dos
interlocutores, sem conhecimento do outro, quando ausente causa legal de sigilo ou de
reserva da conversação.

7) É lícita a prova consistente em gravação ambiental realizada por um dos interlocutores


sem o conhecimento do outro.

DICA 87
Segundo o STF, o duplo grau de jurisdição não consubstancia princípio nem garantia
constitucional, uma vez que são várias as previsões, na própria Lei Fundamental, do
julgamento em instância única ordinária.

Logo, a Constituição Federal de 1988 não estabelece obrigatoriedade de duplo grau


de jurisdição.

É de se ressaltar, todavia, que o duplo grau de jurisdição é princípio previsto na Convenção


Americana de Direitos Humanos, que é um tratado de direitos humanos com hierarquia
supralegal regularmente internalizado no ordenamento jurídico brasileiro.

DICA 88
São legitimados a impetrar mandado de injunção coletivo:

a) Partido político com representação no Congresso Nacional: para assegurar o exercício


de direitos, liberdades e prerrogativas de seus integrantes ou relacionados com a finalidade
partidária.

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b) Organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída


e em funcionamento há pelo menos um ano: para assegurar o exercício de direitos,
liberdades e prerrogativas em favor da totalidade ou de parte de seus membros ou
associados, na forma de seus estatutos e desde que pertinentes a suas finalidades,
dispensada, para tanto, autorização especial.

d) Ministério Público: quando a tutela requerida for especialmente relevante para a


defesa da ordem jurídica, do regime democrático ou dos interesses sociais ou individuais
indisponíveis.

e) Defensoria Pública: quando a tutela requerida for especialmente relevante para a


promoção dos direitos humanos e a defesa dos direitos individuais e coletivos dos
necessitados.

DICA 89
O mandado de injunção visa solucionar um caso concreto. São, portanto, três pressupostos
para o seu cabimento:

a) Falta de norma que regulamente uma norma constitucional programática


propriamente dita ou que defina princípios institutivos ou organizativos de natureza
impositiva;

b) Nexo de causalidade entre a omissão do legislador e a impossibilidade de exercício de


um direito ou liberdade constitucional ou prerrogativa inerente à nacionalidade, à soberania
e à cidadania;

c) O decurso de prazo razoável para elaboração da norma regulamentadora


(retardamento abusivo na regulamentação legislativa).

DICA 90
O mandado de injunção é um remédio constitucional disponível para qualquer pessoa
prejudicada pela falta de norma regulamentadora que inviabilize o exercício dos direitos e
liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, soberania e
cidadania.

É cabível não só para omissões de caráter absoluto ou total como também para as
omissões de caráter parcial.

DICA 91
O STF considera inadmissível a impetração sucessiva de habeas corpus, ou seja, de
apreciação de um segundo habeas corpus quando ainda não foi definitivamente julgado o
anterior.

No entanto, essa proibição é flexibilizada em situações excepcionais, caso haja


ilegalidade flagrante e prontamente evidente.

DICA 92
Após a Reforma Trabalhista (Lei nº 13.467/2017), a contribuição sindical passou a ser
obrigatoriamente recolhida apenas daqueles empregados que assim autorizaram.

Segundo o STF, uma vez que a Carta Magna assegura a livre associação profissional ou
sindical, a contribuição sindical não deveria ser imposta a trabalhadores e

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empregadores não filiados ao sindicato. Por isso, o fim da obrigatoriedade da


contribuição sindical não ofenderia a Constituição.

DICA 93
O STJ considera que o juiz pode determinar o bloqueio e o sequestro de verbas
públicas como forma de garantir o fornecimento de medicamentos pelo Poder Público.
Assim, caso a Administração Pública se negue a cumprir decisão judicial que determinou o
fornecimento de medicamentos, o juiz poderá determinar o bloqueio e o sequestro de verbas
públicas.

O bloqueio e sequestro de verbas públicas deve ser encarado, todavia, como uma medida
de caráter excepcional, aplicável somente quando ficar configurado que o Estado não
está cumprindo sua obrigação de fornecer os medicamentos e de que essa demora está
trazendo riscos à saúde e à vida do doente.

DICA 94
RESERVA DO (FINANCEIRAMENTE) POSSÍVEL
→ Os direitos sociais assegurados na Constituição Federal devem ser efetivados pelo poder
público, porém, na medida em que isso seja possível (viável, em especial, financeiramente).

MÍNIMO EXISTENCIAL
→ Impõe o dever do poder público de garantir o mínimo necessário para a existência digna
da população.

DICA 95
Colisão de direitos fundamentais

Os direitos fundamentais são dotados de conteúdos nucleares abertos e variados, os quais


são revelados apenas no caso concreto e nas interações entre si ou quando relacionados
com outros valores consagrados na Constituição.

Destarte, os direitos fundamentais entram em colisão entre si, ou podem colidir com outros
valores protegidos constitucionalmente.

Os direitos fundamentais se apresentam com maior frequência na forma de princípios. E,


havendo conflito entre princípios, deve-se buscar a conciliação entre eles, aplicando-se cada
um deles em extensões variadas, conforme a relevância que apresentarem no caso
concreto.

Assim, na busca por soluções conciliadoras diante das colisões de direitos fundamentais,
será necessário o manuseio do princípio da proporcionalidade e da técnica de
ponderação.

DICA 96
Gerações (dimensões) de direitos fundamentais

Primeira geração

1) Nasceram no contexto histórico das Revoluções Liberais do século XVIII;


2) São direitos que visavam impor restrições ao poder absoluto do Estado;

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3) São direitos civis (ligados ao valor liberdade) e políticos (que viabilizaram a participação
das pessoas na vida política do Estado);
4) Tais direitos são marcadamente de caráter negativo, pois impõem um dever de
abstenção do Estado, impedindo a intromissão indevida na vida dos indivíduos.

Segunda geração

1) Nasceram no contexto histórico das Revolução Industrial do século XIX;


2) Exigiam a atuação (um fazer) do Estado para melhorar as condições das classes menos
favorecidas;
3) Instituíram direitos sociais (ligados ao valor igualdade);
4) Tais direitos são de caráter positivo, pois impõem um dever de atuação do Estado para
garantir direitos básicos e as condições mínimas de igualdade para todos.

Terceira geração

1) Nasceram no contexto histórico do pós-Segunda Guerra Mundial (segunda metade do


século XX);
2) Resultaram da reflexão da comunidade internacional a respeito do saldo lamentável dos
conflitos do século XX e da necessidade de proteger as gerações futuras;
3) Instituíram direitos difusos ou metaindividuais (ligados ao valor fraternidade ou
solidariedade);
4) Tais direitos não são titularizados por uma pessoa ou um grupo de pessoas determinado,
mas por toda a coletividade.

DICA 97
Destinatários dos direitos e garantias fundamentais

- Todas as pessoas, nacionais ou estrangeiras (com ou sem domicílio no Brasil), são


possuidoras de todas as prerrogativas básicas que lhe assegurem a preservação da
dignidade.

- As pessoas jurídicas também são titulares de certos direitos e garantias elencados


no texto constitucionais que sejam compatíveis com sua natureza.

DICA 98
Conceito e distinção: “direitos fundamentais” e “direitos humanos”

- Fundamentais são aqueles direitos considerados indispensáveis à existência digna


de todo e qualquer ser humano.

- A ideia de direitos humanos é considerada mais ampla e mais abstrata do que a ideia
de direitos fundamentais. Isto porque os direitos humanos estão relacionados ao gênero
humano como um todo e são válidos para todos os povos, sem distinção.

- Os direitos humanos correspondem aos direitos fundamentais previstos em normas de


Direito Internacional.

- Consideram-se direitos fundamentais o conjunto de direitos e liberdades que foram


institucionalmente reconhecidos e garantidos pelo Estado em seu ordenamento interno.

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DICA 99
As regras da fidelidade partidária só são aplicáveis às eleições proporcionais (deputados
e vereadores). Assim, nas eleições majoritárias (Chefes do Executivo e senadores),
pode haver a troca de partido político sem a perda do mandato, não se discutindo justa
causa (ADI n. 5.081, STF).

DICA 100
O povo é o soberano, porque é o dono de todo o poder que legitima o governo democrático.
Esse poder é exercido através do sufrágio e, nos termos da lei, por instrumentos como o
plebiscito, o referendo e a iniciativa popular.

DICA 101
Eficácia Plena – São de aplicação direta e imediata e independem de uma lei que venha
mediar os seus efeitos. As normas de eficácia plena também não admitem que uma lei
posterior venha a restringir o seu alcance.

Eficácia Contida – Assim como a plena é de aplicação direta e imediata não precisando de
lei para mediar os seus efeitos, porém, poderá ver o seu alcance limitado pela
superveniência de uma lei infraconstitucional, por outras normas da própria constituição
estabelece ou ainda por meio de preceitos ético-jurídicos como a moral e os bons costumes.

Eficácia Limitada – São de aplicação indireta ou mediata, pois há a necessidade da


existência de uma lei para “mediar” a sua aplicação. Caso não haja regulamentação por
meio de lei, não são capazes de gerar os efeitos finalísticos (apenas os efeitos jurídicos que
toda norma constitucional possui). Pode ser:

a) Normas de princípio programático (normas-fim) - Direcionam a atuação do Estado


instituindo programas de governo.

b) Normas de princípio institutivo - Ordenam ao legislador a organização ou instituição


de órgãos, instituições ou regulamentos.

DICA 102
Normas de eficácia limitada não estão aptas a produzir todos os seus efeitos, necessitando
assim, de uma norma regulamentadora. Porém alguns efeitos estão presentes em todas as
normas constitucionais, são eles:

- Efeito Revogatório - A norma constitucional irá revogar (não recepcionar) as normas


anteriores a ela que forem incompatíveis materialmente.

- Efeito Inibitório- impede a produção em sentido contrário à sua disposição.

- Efeito Irradiante - Indica que a norma constitucional será parâmetro de


constitucionalidade, além de funcionar como fundamento de validade e interpretação para
as demais normas jurídicas.

DICA 103

Direito ao esquecimento

O “direito ao esquecimento” refere-se ao direito de impedir que um fato, mesmo que


verídico, seja relembrado e massivamente exposto ao público tempos depois de

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ocorrido, causando ao sujeito dor, sofrimento, prejuízo moral e, em se tratando de fatos


criminosos, impossibilidade ou dificuldade de ressocialização.

Em nosso país, o direito ao esquecimento encontra-se amparado na Constituição Federal


como uma decorrência do direito à vida privada (privacidade), intimidade e honra,
consagrados pela CF/88 (art. 5º, X), e também pelo Código Civil (art. 21). Seu fundamento
teórico igualmente pode ser extraído da dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, da
CF/88).

Não estando expressamente previsto, é considerado doutrinariamente como um


direito fundamental implícito.

DICA 104
Inalistável é aquele que não pode se alistar como eleitor, isto é, não poderá exercer a
capacidade eleitoral ativa. Nosso texto constitucional proíbe expressamente o alistamento
dos conscritos (que são aqueles brasileiros que estão prestando serviço militar
obrigatório) e dos estrangeiros (art. 14, § 2º, CF/88).

DICA 105
O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os
Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser
reeleitos para um único período subsequente.

Assim, em razão do princípio democrático que busca a alternância de poder, a reeleição é


autorizada uma só vez para o mesmo cargo de chefia do Executivo. Vale ressaltar que
a Constituição não proibiu o indivíduo de exercer o mesmo cargo de chefia no Executivo
três (ou mais) vezes, mas sim que ocupasse o mesmo cargo três vezes consecutivas.

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NOÇÕES DE DIREITO PENAL

DICA 106

NEXO CAUSAL

O nexo causal é o vínculo formado entre a conduta praticada pelo autor e o resultado por
ele produzido. Está previsto no art. 13 do Código Penal:

“Art. 13, CP - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a


quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não
teria ocorrido”.

NEXO CAUSAL

CONDUTA RESULTADO

DICA 107

TEORIA DA EQUIVALÊNCIA DOS ANTECEDENTES

A teoria da equivalência dos antecedentes adotada pelo Brasil (sine qua non)
entende que toda ação/omissão que leva a um resultado, independente do grau de
contribuição é considerado equivalente dos antecedentes.

Pelo método de eliminação, sem a causa antecedente do caso concreto, o resultado não
aconteceria. Nada obstante, a referida teoria é limitada por elementos subjetivos, isto é:

➢ Dolo: vontade de atingir o resultado; e


➢ Culpa: ação descuidada.

DICA 108

CONCAUSAS DEPENDENTES

A concausa pode ser definida como um acontecimento/fato paralelo à conduta do


agente e que contribui para o resultado.

A concausa dependente é aquela que decorre da conduta do agente, dependendo da


conduta anterior.

Um exemplo seria o sujeito que dá uma facada em uma pessoa, que morre de hemorragia
interna. Ou seja, a hemorragia é uma concausa dependente da facada e que contribuiu para
resultado, sem ela a morte não teria acontecido.

DICA 109

CONCAUSAS INDEPENDENTES

A concausa, definida como acontecimento/fato paralelo à conduta do agente e que contribui


para o resultado, possui a classificação das concausas independentes absolutas e
relativas, além das concausas dependentes.

A concausa independente é um acontecimento imprevisível que se desdobra durante


o nexo causal e que corrobora para o resultado.

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➢ A concausa ABSOLUTAMENTE independente rompe o nexo causal,


tornando-se a única responsável pelo resultado. Se, por exemplo, o sujeito
ministra veneno para o seu desafeto, mas antes de produzir efeito a pessoa
morre em razão de um tiro que levou de um terceiro e, que foi a causa efetiva
de sua morte, o sujeito responde pela tentativa de homicídio.

➢ A concausa RELATIVAMENTE independente apesar de um acontecimento


externo, o resultado origina-se da própria conduta do agente. Um exemplo
seria o sujeito que disfere um tiro no pé de uma pessoa que vem morrer, não
em decorrência do tiro, mas em decorrência de ser hemofílico e não suportar
grande perda de sangue.

DICA 110

CONCAUSA RELATIVAMENTE INDEPENDENTE SUPERVENIENTE QUE POR SI SÓ


PRODUZIU O RESULTADO

 VAMOS VER COMO A BANCA CESPE JÁ COBROU...

Art. 13. § 1º, CP - “A superveniência de causa relativamente independente exclui a


imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto,
imputam-se a quem os praticou”.

O presente dispositivo possui três desdobramentos para a configuração do tipo penal:

➢ A Concausa relativamente independente apesar de um acontecimento externo


origina-se da própria conduta do agente;
➢ Superveniente a concausa ocorre após a conduta do agente; e
➢ Por si só produz o resultado significa que a causa superveniente por si só produziu
o resultado independendo do fato anterior mesmo que este tenha sido relevante para
a produção do resultado.
Se A desfere um tiro em B, que é socorrido por uma ambulância, e esta durante o trajeto
até o hospital se envolve em um acidente e B morre em decorrência do acidente de trânsito,
A responderá apenas por tentativa de homicídio.

Neste caso, a teoria da equivalência dos antecedentes é excepcionada.

(CEBRASPE (CESPE) - Oficial Bombeiro Militar (CBM DF)/2007)

... No que tange aos crimes hediondos e aos crimes contra a pessoa, julgue o item
que se segue.

Armando, tencionando matar João, disparou vários tiros contra o desafeto,


produzindo-lhe ferimentos graves. João foi socorrido por populares e levado ao
hospital, onde faleceu em virtude de infecção hospitalar advinda da intervenção

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cirúrgica em virtude dos disparos. Nessa situação hipotética, Armando deve responder
por lesão corporal grave, pois não deu causa à morte de João.

( ) Certo

(X) Errado

(CEBRASPE (CESPE) - Procurador Federal/2004)

... No item a seguir, é apresentada situação hipotética, seguida de assertiva a se


julgada. Antônio, após ter sido ferido mortalmente por Pedro, foi transportado para
um hospital, onde faleceu em virtude de queimaduras provocadas em um incêndio.
Nessa situação, a causa provocadora da morte é relativamente independente em
relação à conduta de Pedro, que responderá apenas pelos atos praticados, ou seja,
por tentativa de homicídio.

(X) Certo

( ) Errado

DICA 111

QUADRO ESQUEMÁTICO – ART. 13 CÓDIGO PENAL

CONCAUSAS

Concausas Concausas
independentes dependentes

Absolutamente Relativamente
independentes independentes

Preexistentes Preexistentes
Não
responde Art. 13, caput, CP
pelo
Art. 13, caput, Concomitantes resultado Concomitantes
Responde
pelo
resultado
Supervenientes Supervenientes

Por si só Não produziu


produziu o o resultado
resultado por si só

Parágrafo 1º art. 13, CP

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DICA 112

TEORIA DA IMPUTAÇÃO OBJETIVA


A teoria da imputação objetiva limita a aplicação da teoria da equivalência dos antecedentes.
A partir da análise do nexo causal, valora-se se a causa antecedente demonstra um risco
proibido ao bem jurídico tutelado, isto é, se a conduta criou um risco proibido para a
produção do resultado.
Neste caso, o resultado somente será imputado a pessoa que criou um risco
proibido ou, pelo menos, aumentou um risco proibido já existente, não sendo
possível a responsabilização penal por um comportamento socialmente aceito como
permitido.

VAMOS ANALISAR UMA QUESTÃO?!

... O indivíduo “B” descobre que a companhia aérea “X” é a que esteve envolvida no maior
número de acidentes aéreos nos últimos anos. O indivíduo “B” então compra, regularmente,
uma passagem aérea desta companhia e presenteia seu pai com esta passagem, pois tem
interesse que ele morra para receber sua herança. O pai recebe a passagem e durante o
respectivo voo ocorre um acidente aéreo que ocasiona sua morte. Diante dessas
circunstâncias, é correto afirmar que

a) o indivíduo “B” será responsabilizado pelo crime de homicídio culposo se for demonstrado
que o piloto do avião em que seu pai se encontrava agiu com culpa no acidente que o
vitimou.

b) o indivíduo “B” será responsabilizado pelo crime de homicídio doloso se for demonstrado
que o piloto do avião em que seu pai se encontrava agiu com culpa no acidente que o
vitimou.

c) o indivíduo “B” será responsabilizado pelo crime de homicídio culposo, tendo em vista
que sem a sua ação o resultado não teria ocorrido.

d) o indivíduo “B” não praticou e não poderá ser responsabilizado pelo crime de homicídio.
RESPOSTA!

e) o indivíduo “B” será responsabilizado pelo crime de homicídio doloso, tendo em vista que
sem a sua ação o resultado não teria ocorrido.

No caso acima, o sujeito não pode ser punido por uma conduta socialmente aceita como
permitida.

DICA 113

DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA

Art. 339. Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial,


instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade
administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente:
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
*A pena é AUMENTADA de sexta parte, se o agente se serve de anonimato ou de nome
suposto.

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*A pena é DIMINUÍDA de metade, se a imputação é de prática de contravenção.


DICA 114

COMUNICAÇÃO FALSA DE CRIME OU DE CONTRAVENÇÃO

Art. 340 - Provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou


de contravenção que sabe não se ter verificado:

Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.

DICA 115

DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA X COMUNICAÇÃO FALSA DE CRIME OU DE


CONTRAVENÇÃO

A diferença alarmante entre esses dois tipos penais é que na denunciação caluniosa o
agente tem a INTENÇÃO DE PREJUDICAR A VÍTIMA, IMPUTAR-LHE UM FATO QUE
NÃO PRATICOU. No segundo tipo, o agente NÃO IMPUTA o fato a alguém, apenas
comunica falsamente a ocorrência de crime ou contração, sabendo que tais
infrações não ocorreram.

DICA 116

PECULATO:
Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel,
público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em
proveito próprio ou alheio:
Pena - reclusão, de DOIS A DOZE ANOS, e multa.
Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do
dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito
próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de
funcionário.
ATENÇÃO!

*Peculato-desvio: o agente já tem a posse do bem, em razão do cargo, e o desvia.


*Peculato-furto: o agente não tem a posse do bem, mas vale-se da facilidade
proporcionada em razão do cargo para furtar.

 VAMOS VER COMO A BANCA CESPE JÁ COBROU...

(Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: EMAP)


Julgue o item seguinte, a respeito dos crimes contra a administração pública.
“Constitui crime de peculato na modalidade de desvio a aplicação de recurso para o alcance
de finalidade diversa da prevista em lei, ainda que tal aplicação atenda ao interesse público.”
( ) Certo
(X) Errado

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JUSTIFICATIVA... O tipo penal tratado na questão é o previsto no art. 315 do CP,


EMPREGO IRREGULAR DE VERBAS OU RENDAS PÚBLICAS!
Art. 315, CP - Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da estabelecida
em lei:

Pena - detenção, de um a três meses, OU multa.


DICA 117

FUNCIONÁRIO PÚBLICO
*Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora
transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.
*Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em
entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço
contratada ou conveniada para a execução de ATIVIDADE TÍPICA da Administração
Pública.
*A pena será AUMENTADA DA TERÇA PARTE quando os autores dos crimes previstos no
CAPÍTULO DOS CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO CONTRA A
ADMINISTRAÇÃO EM GERAL forem ocupantes de cargos em comissão ou de função
de direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de
economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público.
DICA 118
ADVOCACIA ADMINISTRATIVA

Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública,


valendo-se da qualidade de funcionário:

Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.

Se o interesse é ilegítimo:

Pena - detenção, de três meses a um ano, além da multa.

DICA 119

CONCUSSÃO X CORRUPÇÃO PASSIVA


CONCUSSÃO
Art. 316 - EXIGIR, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da
função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.
PALAVRA-CHAVE: EXIGIR
ATENÇÃO! A Lei 13.964/2019 (PACOTE ANTICRIME) aumentou a pena desse delito.

REDAÇÃO ANTERIOR REDAÇÃO ATUAL

Art.316 (...) Art.316 (...)

Pena - reclusão, de 2 a 8 anos, e Pena - reclusão, de 2 a 12 anos, e


multa. multa.

CORRUPÇÃO PASSIVA

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Art. 317 - SOLICITAR OU RECEBER, para si ou para outrem, direta ou indiretamente,


ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem
indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.
PALAVRA-CHAVE: SOLICITAR OU RECEBER
DICA 120

FALSO TESTEMUNHO OU FALSA PERÍCIA

Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito,
contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito
policial, ou em juízo arbitral:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
*As penas AUMENTAM-SE de um sexto a um terço, se o crime é praticado mediante
suborno ou se cometido com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em
processo penal, ou em processo civil em que for parte entidade da administração
pública direta ou indireta.
*ATENÇÃO! O fato deixa de ser punível SE, ANTES DA SENTENÇA NO PROCESSO EM
QUE OCORREU O ILÍCITO, o agente se retrata ou declara a verdade.
Art. 343. Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou qualquer outra vantagem a
testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete, para fazer afirmação falsa,
negar ou calar a verdade em depoimento, perícia, cálculos, tradução ou
interpretação:
Pena - reclusão, de três a quatro anos, e multa.
*As penas AUMENTAM-SE de um sexto a um terço, se o crime é cometido com o fim de
obter prova destinada a produzir efeito em processo penal ou em processo civil em que for
parte entidade da administração pública direta ou indireta.
DICA 121

NOS CRIMES DE FALSO TESTEMUNHO OU FALSA PERÍCIA É CABÍVEL O CONCURSO


DE PESSOAS?

No crime de falso testemunho só CABE PARTICIPAÇÃO.

No crime de falsa perícia CABE PARTICIPAÇÃO E COAUTORIA.

DICA 122

DOS CRIMES CONTRA AS FINANÇAS PÚBLICAS


(Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)***


***FIQUEM LIGADOS NESSES CRIMES, POIS FAZEM PARTE DOS CRIMES CONTRA
A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA!!!

AUMENTO DE DESPESA TOTAL COM PESSOAL NO ÚLTIMO ANO DO MANDATO OU


LEGISLATURA

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Art. 359-G, CP. Ordenar, autorizar ou executar ato que acarrete AUMENTO DE
DESPESA TOTAL COM PESSOAL, nos CENTO E OITENTA DIAS ANTERIORES ao final
do mandato ou da legislatura:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
DICA 123

DOS CRIMES CONTRA AS FINANÇAS PÚBLICAS


(Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)

CONTRATAÇÃO DE OPERAÇÃO DE CRÉDITO

Art. 359-A, CP. Ordenar, autorizar ou realizar operação de crédito, interno ou externo,
sem prévia autorização legislativa:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 2 (dois) anos.
🡪 INCIDE NA MESMA pena quem ordena, autoriza ou realiza operação de crédito, interno
ou externo:
I – COM INOBSERVÂNCIA de limite, condição ou montante estabelecido
em lei ou em resolução do Senado Federal;
II – quando o montante da dívida consolidada ultrapassa o limite
MÁXIMO autorizado por lei.
DICA 124

DESCAMINHO

Art. 334. Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela
entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria.

Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.

*Incorre na mesma pena quem:

I - pratica navegação de cabotagem, fora dos casos permitidos em lei;


II - pratica fato assimilado, em lei especial, a descaminho;
III - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer forma, utiliza em
proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria
de procedência estrangeira que introduziu clandestinamente no País ou importou
fraudulentamente ou que sabe ser produto de introdução clandestina no território
nacional ou de importação fraudulenta por parte de outrem;
IV - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no exercício de
atividade comercial ou industrial, mercadoria de procedência estrangeira,
desacompanhada de documentação legal ou acompanhada de documentos que
sabe serem falsos.

*Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos do crime de descaminho, qualquer


forma de comércio irregular ou clandestino de mercadorias estrangeiras, INCLUSIVE O
EXERCIDO EM RESIDÊNCIAS.

*A pena aplica-se EM DOBRO se o crime de descaminho é praticado em transporte


aéreo, marítimo ou fluvial.

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 VAMOS VER COMO A BANCA CESPE JÁ COBROU...

(Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PRF Prova: CESPE / CEBRASPE - 2020 - PRF
- Policial Rodoviário Federal - Curso de Formação - 3ª Turma - 1ª Prova)

... Tanto o crime de contrabando quanto o crime de descaminho têm como fim específico a
regularidade fiscal.

( ) Certo

(X) Errado

JUSTIFICATIVA... DICA RÁPIDA!

Contrabando  Mercadoria PROIBIDA!

Descaminho  Existe sonegação de IMPOSTOS; irregularidade fiscal!

DICA 125

Atenção! Com relação ao crime de DESCAMINHO, apesar de se tratar de crime contra a


Administração Pública, é um crime que ataca especificamente a ordem tributária, por isso
STF e STJ admitem a aplicação do P. da Insignificância.

PATAMARES (JURISPRUDÊNCIA):

ATUALMENTE, TANTO STJ COMO STF têm como patamar R$ 20.000,00 (vinte mil
reais).
DICA BÔNUS

PREVARICAÇÃO

Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo


contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu
dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que
permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.

ATENÇÃO! Para a configuração do crime de prevaricação NÃO É NECESSÁRIO um ajuste


de vontade entre o agente do Estado e o beneficiário do seu ato.

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NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL

DICA 126
REPRODUÇÃO SIMULADA DOS FATOS

Art. 7º, CPP. Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado
modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que
esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública.

A reprodução simulada dos fatos é realizada para entender a dinâmica criminosa, no


entanto, não pode contrariar a moralidade ou a ordem pública.

A presença do investigado é obrigatória, mas este não é obrigado a contribuir nem


participar da reprodução para não caracterizar a produção de prova contra si mesmo.

DICA 127
DILIGÊNCIAS DO DELEGADO

Estas diligências podem ser realizadas no decorrer do andamento do Inquérito Policial.

Art. 13, CPP. Incumbirá ainda à autoridade policial:

I - fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à instrução e


julgamento dos processos;

II - realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público;

III - cumprir os mandados de prisão expedidos pelas autoridades judiciárias;

IV - representar acerca da prisão preventiva.

VAMOS ANALISAR UMA QUESTÃO?!

Nos literais e expressos termos do art. 13 do CPP, incumbe à autoridade policial, entre
outras funções:

A) providenciar o comparecimento do acusado preso, em Juízo, mediante prévia requisição.

B) manter a guarda de bens apreendidos e objetos do crime até o trânsito em julgado da


ação penal.

C) fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à instrução e


julgamento dos processos.

D) cumprir as ordens de busca e apreensão e demais decisões cautelares que tenha


requisitado.

E) servir como testemunha em ações penais quando arrolada por qualquer das partes.

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DICA 128
REQUISIÇÃO DE DADOS CADASTRAIS

Art. 13-A, CPP. Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e 149-A, no § 3º do art. 158 e no
art. 159 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), e no art. 239
da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), o membro
do Ministério Público ou o delegado de polícia poderá requisitar, de quaisquer órgãos
do poder público ou de empresas da iniciativa privada, dados e informações
cadastrais da vítima ou de suspeitos.

Parágrafo único. A requisição, que será atendida no prazo de 24 (vinte e quatro) horas,
conterá:

I - o nome da autoridade requisitante;

II - o número do inquérito policial; e

III - a identificação da unidade de polícia judiciária responsável pela investigação.

A requisição de dados e informações cadastrais pelo delegado de polícia ou membro do MP


pode ser feita no rol taxativo de crimes apresentados no dispositivo do art. 13-A. São
eles:

➢ Art. 148 - Sequestro e cárcere privado;


➢ Art. 149 - Redução à condição análoga à de escravo;
➢ Art. 149-A - Agenciar, aliciar, recrutar, transportar, transferir, comprar, alojar ou
acolher pessoa, mediante grave ameaça, violência, coação, fraude ou abuso, com a
finalidade de remover-lhe órgãos, tecidos ou partes do corpo; submetê-la a trabalho
em condições análogas à de escravo; submetê-la a qualquer tipo de servidão; adoção
ilegal ou exploração sexual;
➢ Art. 158, §3º - Extorsão mediante restrição da liberdade da vítima (sequestro
relâmpago);
➢ Art. 159 - Extorsão mediante sequestro;
➢ Art. 239 do ECA - Promover ou auxiliar a efetivação de ato destinado ao envio de
criança ou adolescente para o exterior com inobservância das formalidades legais ou
com o fito de obter lucro.

ATENÇÃO! A requisição de dados cadastrais pode ser feita tanto para a vítima como
suspeitos, independentemente de ordem judicial do Juiz.

A negativa da entrega dessas informações incorre em crime previsto no art. 21 da


Lei nº 12.850/13 (obstrução de justiça).

DICA 129
REQUISIÇÃO DE DADOS DE LOCALIZAÇÃO

Art. 13-B. Se necessário à prevenção e à repressão dos crimes relacionados ao


tráfico de pessoas, o membro do Ministério Público ou o delegado de polícia poderão
requisitar, mediante AUTORIZAÇÃO JUDICIAL, às empresas prestadoras de serviço
de telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem imediatamente os meios
técnicos adequados – como sinais, informações e outros – que permitam a localização da
vítima ou dos suspeitos do delito em curso.

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ATENÇÃO! Nos crimes relacionados ao tráfico de pessoas, o MP ou o delegado de polícia


podem requisitar dados de localização tanto da vítima quanto do suspeito, mediante
ordem judicial às empresas de dados telefônicos e telemáticos.

A negativa da entrega dessas informações incorre em crime previsto no art. 21 da


Lei nº 12.850/13 (obstrução de justiça).

DICA 130
VALOR PROBATÓRIO DO INQUÉRITO POLICIAL

Uma das características do inquérito policial é de que ele não produz provas, é um
procedimento de caráter relativo. Isto porque entre os requisitos da produção de prova
está a judicialidade, o contraditório e a ampla defesa.

Este, na verdade, produz elementos de informação e servem principalmente para


convencer o Ministério Público dos indícios de autoria e materialidade do crime.

Neste sentido, o inquérito policial não embasa condenação, salvo se for para absolver.

DICA 131
EXCEÇÃO AO VALOR PROBATÓRIO DO INQUÉRITO POLICIAL

NAS DICAS JÁ TRATAMOS DO ARTIGO 155 do Código de Processo Penal “O juiz formará sua
convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo
fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na
investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas”.

CONTUDO... VAMOS DESTRINCHAR as exceções?!

Como dito acima, as exceções ao valor probatório do inquérito policial, isto é, que são
colhidos na investigação criminal e PODEM EMBASAR CONDENAÇÃO são:

➢ Provas cautelares: provas que necessitam de urgência e podem se perder no


processo. Exemplo: interceptação telefônica.
➢ Provas irrepetíveis: diligências que em razão de sua complexidade não são
repetidas no processo (Perícias)
➢ Provas antecipadas: Possuem risco de não poderem ser realizadas futuramente,
como a oitiva de testemunhas com idade avançada.

***Nestes casos, o contraditório é diferido/postergado.

DICA 132
VÍCIOS NO INQUÉRITO POLICIAL

Os vícios presentes no inquérito policial não anulam o inquérito, tampouco contaminam


a ação penal, VEZ QUE SE TRATA DE PROCEDIMENTO DISPENSÁVEL, ISTO É,
DESNECESSÁRIO PARA A PROPOSITURA DA AÇÃO PENAL.

***Além disso, o Ministério Público pode utilizar apenas parte do inquérito para embasar a
denúncia. SABIAM?!

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 E A BANCA CESPE COBRA...

(Ano: 2003 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-RR Prova: CESPE / CEBRASPE - 2003 -
PC-RR - Agente Carcerário)

Vícios formais verificados no inquérito policial ensejam a nulidade da respectiva ação penal.

( ) Certo

(X) Errado ... SIMPLES ASSIM...

DICA 133
INQUÉRITOS EXTRAPOLICIAIS

Os inquéritos extrapoliciais tratam-se das investigações de crimes por autoridades distintas


da Polícia Judiciária.

➢ Inquéritos Militares: são presididos por Oficiais Militares de Carreira.


➢ Inquéritos Parlamentares: presididos pelos parlamentares através de CPIs
(Comissão Parlamentar de Inquérito)
➢ Inquérito Judicial: presididos pelo Presidente do Tribunal
➢ Inquéritos Ministeriais: presididas por membro do Ministério Público.

DICA 134

INQUÉRITO MINISTERIAL

O inquérito MINISTERIAL, diferente do policial, é presidido por Membro do Ministério


Público.

O STF reconheceu a legitimidade do Ministério Público para promover, por


autoridade própria, investigações de natureza penal, mas ressaltou que essa
investigação deverá respeitar alguns parâmetros (requisitos), segundo a teoria dos
poderes implícitos.

O Inquérito policial e o inquérito ministerial conviverão harmonicamente. Nada


impede que o presidente do Inquérito Ministerial ofereça a denúncia, ainda que para ele
mesmo.

DICA 135

NO SENTIDO DA DICA ACIMA, A SÚMULA 234 DO STJ PACIFICOU O ENTENDIMENTO DE


QUE “A PARTICIPAÇÃO DE MEMBRO DO MINISTÉRIO PÚBLICO NA FASE INVESTIGATÓRIA
CRIMINAL NÃO ACARRETA O SEU IMPEDIMENTO OU SUSPEIÇÃO PARA O
OFERECIMENTO DA DENÚNCIA”.

DICA 136

DOCUMENTOS HÁBEIS A DAR ABERTURA AO INQUÉRITO

São documentos hábeis a dar abertura ao inquérito a portaria, o ofício e o auto de prisão
em flagrante:

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Requerimento Portaria
Requisição Ofício
Representação Ofício
Delação Portaria
Flagrante Auto de Prisão em Flagrante

DICA 137

PRAZOS RELACIONADOS A REQUISIÇÃO DE DADOS DE LOCALIZAÇÃO

Nos crimes relacionados ao tráfico de pessoas, o MP ou o delegado de polícia podem


requisitar dados de localização TANTO DA VÍTIMA QUANTO DO SUSPEITO, mediante
ordem judicial às empresas de dados telefônicos e telemáticos.

➢ Como depende da autorização do juiz, este tem 12 horas para expedir o mandado.
Não atendido o prazo, o delegado pode realizar a diligência mediante comunicação.
➢ O inquérito policial deve ser instaurado no prazo máximo de 72 horas quando
envolver a diligência de identificação de sinal.
➢ O acesso aos dados de localização requisitada pela autoridade policial ou MP as
empresas de telecomunicação tem o prazo máximo de 30 dias podendo ser
prorrogada por mais 30.
➢ O prazo acima pode ser aumentado mediante autorização judicial.

Art. 13-B, CPP. § 2o Na hipótese de que trata o caput, o sinal:

I - não permitirá acesso ao conteúdo da comunicação de qualquer natureza, que dependerá


de autorização judicial, conforme disposto em lei;

II - deverá ser fornecido pela prestadora de telefonia móvel celular por período não
superior a 30 (trinta) dias, renovável por uma única vez, por igual período;

III - para períodos superiores àquele de que trata o inciso II, será necessária a apresentação
de ordem judicial.

§ 3o Na hipótese prevista neste artigo, o inquérito policial deverá ser instaurado no prazo
máximo de 72 (setenta e duas) horas, contado do registro da respectiva ocorrência
policial.

§ 4o Não havendo manifestação judicial no prazo de 12 (doze) horas, a autoridade


competente requisitará às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações
e/ou telemática que disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados
– como sinais, informações e outros – que permitam a localização da vítima ou dos
suspeitos do delito em curso, com imediata comunicação ao juiz.

DICA 138

Art. 243, CPP. O MANDADO DE BUSCA deverá:

I - indicar, o mais precisamente possível, a casa em que será realizada a diligência e


o nome do respectivo proprietário ou morador; ou, no caso de busca pessoal, o
nome da pessoa que terá de sofrê-la ou os sinais que a identifiquem;

II - mencionar o motivo e os fins da diligência;

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III - ser subscrito pelo escrivão e assinado pela autoridade que o fizer expedir.

§ 1o Se houver ordem de prisão, constará do próprio texto do mandado de busca.

§ 2o Não será permitida a apreensão de documento em poder do defensor do acusado,


salvo quando constituir elemento do corpo de delito.

DICA 139

A BUSCA PESSOAL independerá de mandado, no caso de prisão ou quando houver


fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetos ou papéis
que constituam corpo de delito, ou quando a medida for determinada no curso de busca
domiciliar.

DICA 140

A BUSCA EM MULHER será feita POR OUTRA MULHER, se não importar retardamento
ou prejuízo da diligência.

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RACIOCÍNIO LÓGICO

DICA 141

Sequências numéricas

- caso os números estejam aumentando, você pode buscar uma regra relacionada com
operações de SOMA ou de MULTIPLICAÇÃO, ou mesmo as duas coisas juntas;

- caso os números estejam diminuindo, você pode buscar uma lógica envolvendo
SUBTRAÇÕES ou DIVISÕES, ou mesmo as duas coisas juntas.

- considere a possibilidade de que a lógica da sequência tenha relação com a sonoridade,


com a formação dos números, com os significados que os números possam passar etc.

- lembre-se: o padrão encontrado deve ser capaz de explicar TODA a sequência!

DICA 142

Sequências de letras e palavras

- busque uma lógica baseada na posição das letras no alfabeto;

- pense também que as letras podem representar as iniciais de palavras;

- quando as sequências vão pulando letras, é interessante observar quais e quantas letras
são puladas;

- nas sequências de palavras, tome cuidado para encontrar uma lógica que leve a uma
ÚNICA alternativa de resposta;

DICA 143

Princípio Fundamental da Contagem

FÓRMULA

Possibilidades 1 x
Possibilidades 2 x ... x
Possibilidades n

Usar em eventos sucessivos e independentes, o total de maneiras deles acontecerem é a


multiplicação das possibilidades de cada evento.

DICA 144

Para negar uma proposição composta pelo conectivo “ou”, negue os componentes e troque
o conectivo pelo “e”.

Para negar uma proposição composta pelo conectivo “e”, negue os componentes e troque
o conectivo pelo “ou”.

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DICA 145

Princípio da identidade

Se uma proposição qualquer é verdadeira, então ela é verdadeira.


"Cada coisa é aquilo que é." (Gottfried Leibniz)

O princípio da identidade afirma que uma proposição não pode ser “mais” verdadeira
do que outra. Não existem patamares de verdade. Na Lógica Aristotélica, todas as
proposições verdadeiras, assim como todas as proposições falsas, estão em um mesmo
nível.

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INFORMÁTICA

DICA 146

Uma das funções do SGBD (sistema de gerenciamento de banco de dados) é realizar o


controle de acesso ao banco (ou base) de dados. Esse controle visa restringir o acesso
de pessoas não autorizadas a um determinado objeto (uma tabela específica, por exemplo),
a conjuntos de objetos ou até mesmo ao banco de dados inteiro.

DICA 147

Em sistemas gerenciados de banco de dados, a independência dos dados refere-se à


capacidade de modificar a estrutura lógica ou física do banco, sem a necessidade de
uma reprogramação dos programas de aplicativos.

DICA 148

O catálogo de um sistema de gerenciamento de banco de dados relacional armazena a


descrição da estrutura do banco de dados e contém informações a respeito de cada
arquivo, do tipo e formato de armazenamento de cada item de dado e das restrições
relativas aos dados.

DICA 149

ASSERTIVA: O SGBD proporciona um conjunto de programas que permite o acesso aos


dados sem exposição dos detalhes de representação e armazenamento de dados, por
meio de uma visão abstrata dos dados, conhecida como independência de dados.

Em computação, quando falamos de abstração, estamos nos referindo a um conceito que


permite relevar os detalhes técnicos de um determinado conceito em favor de uma visão
mais ampla, mais próxima do contexto do usuário.

Assim, quanto maior o grau de abstração, menos detalhes intrínsecos às maquinas


e sistemas são levados em consideração. Nesse caso específico, em outras palavras, a
independência de dados é a característica de abstrair os detalhes da representação e
armazenamento dos dados. Não deixa de estar correto, já que o programa de aplicação
releva os detalhes da implementação do BD, trazendo assim a possibilidade de se realizar
alterações no banco sem precisar alterar o programa.

DICA 150

Classificando os atributos quanto à natureza do dado

São os tipos de atributos:

➢ Descritivos: atributos que são capazes de representar as características associadas a


um objeto, como por exemplo data de nascimento, idade, sexo...

➢ Nominativos: são aos atributos que também são descritivos, mas adicionalmente são
capazes de nomear ou identificar as entidades representadas. Ex.: nome, código de
matrícula, CPF, etc.

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➢ Referenciais: são aqueles atributos que não pertencem à entidade propriamente dita,
mas estão associados a ela para fazer referência a alguma outra entidade. Isso vai servir
para permitir a realização de ligações entre as entidades.

DICA 151

Principais Elementos

➢ Relações

▪ Tabelas dos BDs relacionais, guardam dados estruturados;


▪ Coleção de tuplas, organizadas em linhas e colunas (tuplas e atributos);
▪ Grau: quantidade de atributos em uma relação, varia de 0-N;
▪ As tuplas em uma relação não têm uma ordem.

➢ Tuplas

▪ Todo atributo de uma tupla tem exatamente um valor para cada um de seus atributos;
▪ Na modelagem relacional, não há ordenação da esquerda para a direita nos componentes
de uma tupla, já que os conjuntos matemáticos não possuem ordenação;
▪ Contudo, para o SGBD, a ordem dos atributos em uma tupla tem algumas implicações,
não podendo ser considerada irrelevante;
▪ Todo subconjunto de uma tupla é uma tupla;
▪ O grau de uma tupla varia de 0-N, dado pela quantidade de atributos. É o mesmo grau da
relação da qual a tupla faz parte.

➢ Atributos

▪ Valores atômicos;
▪ Quando o atributo está ausente ou não se aplica: NULL;

➢ Domínio

▪ Todos os valores possíveis para um atributo;


▪ Forte relação com o tipo e tamanho dos dados;
▪ NULL não faz parte do domínio.

DICA 152

Chaves e Relacionamentos

➢ Chave Primária (PK)

▪ Valor que identifica unicamente uma tupla, selecionado dentre chaves candidatas;
▪ Não pode ser NULL;
▪ Pode ser chave natural ou substituta;
▪ Pode ser simples ou composta.

➢ Chave estrangeira (FK)

▪ Identifica unicamente um registro de outra tabela;

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▪ Tem relação lógica geralmente com a PK da tabela referenciada, mas pode referenciar
outros atributos únicos (chaves candidatas);
▪ Se a participação da entidade não for total, atributos que compõem a chave estrangeira
podem ser NULL.

DICA 153

Relativo a noções de mineração de dados, big data e aprendizado de máquina. Pode-se


definir mineração de dados como o processo de identificar, em dados, padrões válidos,
novos, potencialmente úteis e, ao final, compreensíveis.

DICA 154

Um algoritmo comumente usado para se identificar as regras de associação é o Apriori.


Esse algoritmo funciona identificando os itens que são frequentes em um conjunto de dados,
e depois ir aumentando os tamanhos dos conjuntos. Para dizer se uma determinada
associação é “frequente” ou não, se utiliza justamente os valores de confiança e suporte,
comparados a um determinado padrão definido pelo usuário.

DICA 155

O aprendizado de máquina é uma parte da área de inteligência artificial que envolve a


utilização de um conjunto de técnicas e algoritmos com o objetivo de fazer o sistema
aprender a realizar determinada tarefa de maneira relativamente autônoma, permitindo
também a melhoria do desempenho nesta tarefa ao longo do tempo.

No aprendizado de máquina, o programador não define explicitamente todos os passos a


serem realizados na tarefa. Por exemplo, se considerarmos a tarefa da classificação, o
programador mostra alguns exemplos à máquina, mas é a máquina que vai analisar as
características dos dados e os exemplos para poder identificar quais são as regras e
padrões que estão implícitos ali. Uma vez realizado o aprendizado e identificados esses
padrões, a máquina irá criar um modelo capaz de classificar as demais ocorrências dos
dados de forma autônoma.

DICA 156

Técnicas de pré-processamento

Algumas tarefas de pré-processamento dos textos podem incluir algumas atividades, dentre
as quais podemos destacar:

• Tokenização: separar os textos em partes menores (por exemplo, separar parágrafos


em frases, frases em palavras individuais, etc.)

• Stemming: consiste na remoção dos afixos das palavras, transformando as palavras


derivadas na palavra original – por exemplo, a palavra “empobrecer” poderia ser convertida
“pobre”

• Lematização: consiste na remoção das flexões de uma palavra, transformando-a em seu


lema. Por exemplo: “estudei” e “estudava” retornariam à forma do verbo no infinitivo
“estudar”

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• Remoção de stop words: stop words são palavras muito utilizadas que não trazem
muito significado para o texto, como vários artigos e preposições (ex.: “a”, “o”, “de”, “da”)

• Utilização de sinônimos: para transformar palavras com o mesmo significado em uma


• Outras transformações, que vão incluir a filtragem de termos irrelevantes, transformação


de números em formato textual, remover pontuações, parágrafos e outros elementos
estruturais, dentre outras que vão permitir eliminar tudo o que não contribui com o
significado do texto ou que atrapalha a realização da mineração

DICA 157

O FTP (File Transfer Protocol) é o protocolo da camada de aplicação usado para


transferência de arquivos de ou para um hospedeiro remoto.

Para acessar o hospedeiro remoto, o usuário autentica-se através de identificação e


senha e quando autorizado pelo servidor, copia um ou mais arquivos armazenados no
sistema de arquivo local para o sistema de arquivo remoto (ou vice-versa).

O FTP usa duas conexões TCP paralelas para transferir o arquivo:

▪ Conexão de dados: usada para efetivamente transferir o arquivo.


Utiliza a porta 20.

▪ Conexão de controle: usada para enviar informações de controle. Fala-se em


controle fora da banda. Usa a porta 21.

O servidor FTP mantém informações de estado sobre o usuário.

DICA 158

O DNS funciona da seguinte forma:

1. A aplicação que precisa traduzir um endereço chama o lado cliente do DNS,


especificando o nome de hospedeiro que precisa ser traduzido.

2. O DNS do hospedeiro do usuário assume o controle, enviando uma mensagem de


consulta para dentro da rede.

3. Após um atraso na faixa de milissegundos a segundos, o DNS no hospedeiro do


usuário recebe uma mensagem de resposta DNS fornecendo o mapeamento desejado,
que é, então, passado para a aplicação que está interessada.

DICA 159

O protocolo SNMP (Simple Network Management Protocol) é um protocolo da


camada de aplicação usado no gerenciamento da rede. Por meio deste protocolo
é possível obter informações de estado em diferentes nós da rede, permitindo
que os administradores da rede possam gerenciar e monitorar o desempenho dos
dispositivos (servidores, switches, roteadores).

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O protocolo SNMP opera na porta UDP 161 por padrão. A porta UDP 162 é
denominada SNMPTRAP. Um trap SNMP é usado para reportar uma notificação ou
para outros eventos assíncronos sobre o subsistema gerido.

DICA 160

DHCP (Dynamic Host Configuration Protocol) é o protocolo da camada de


aplicação para configuração dinâmica de host. Sua função principal é permitir a
atribuição automática de endereços IP. O servidor DHCP é responsável por oferecer
informações de configuração de hosts. Ele também pode ser usado para definir
informações acerca dos hosts, como a configuração de endereços IP fixos. O DHCP
utiliza a porta UDP 67 para requisições e a UDP 68 para respostas.

DICA 161

O Telnet é o protocolo da camada de aplicação cuja função é proporcionar acesso


remoto. Por meio deste protocolo, é possível acessar uma máquina remotamente (à
distância, via rede) e executar comandos como se a estivesse operando diretamente.

A máquina acessada é o servidor (executa o protocolo como um servidor), e a máquina


que realiza o acesso é o cliente. É um clássico uso do modelo cliente-servidor de uma
rede.

DICA 162

O SSH (Secure Shell) é o protocolo da camada de aplicação que também possui a


função de acesso remoto, como o Telnet. Porém, com uma funcionalidade adicional
de criptografia, proporcionando um degrau de segurança na comunicação.

O protocolo SSH possui outra funcionalidade muito importante, a capacidade de


realizar tunelamento. Tunelamento trata-se da criação de um túnel entre dois
pontos, por meio do qual é possível redirecionar dados. Por meio de um túnel, um
usuário de fora da rede é capaz de acessá-la de modo seguro, utilizando a infraestrutura
da Internet para fazê-lo.

DICA 163

O SMTP (Simple Mail Transfer Protocol) é o protocolo da camada de aplicação


que atua diretamente na aplicação de correio eletrônico. Este protocolo é usado para
envio de correio e troca de mensagens entre servidores de correio.

A troca de mensagens entre servidores de correio ocorre por meio de uma conexão
TCP. Esta função permite a comunicação entre os servidores de correio dos usuários
que trocam mensagens, o transmissor e o destinatário.

DICA 164

O POP3 (Post Office Protocol) é o protocolo da camada de aplicação também usado


na aplicação de correio eletrônico. É um protocolo de acesso de correio extremamente
simples, para busca de mensagens no servidor de email. Este protocolo utiliza as
portas TCP 110 (porta padrão) ou TCP 995 (conexão criptografada via SSL).

O POP3 permite que todas as mensagens contidas numa caixa de correio eletrônico
possam ser transferidas sequencialmente para um computador local. Após

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buscar as mensagens a conexão pode ser desfeita, procedendo-se à leitura das


mensagens sem precisar estar conectado ao servidor. Como é necessário realizar o
download das mensagens, esse protocolo é muitas vezes referenciado como protocolo
offline.

O POP3 não fornece meios para criar pastas remotas e designar mensagens a pastas.
Ademais, o servidor POP3 mantém alguma informação de estado; em particular,
monitora as mensagens do usuário marcadas para apagar. Contudo, não mantém
informação de estado entre sessões POP3.

DICA 165

O IMAP (Internet Message Access Protocol) é um protocolo da camada de


aplicação também para acesso a correio eletrônico, porém com mais recursos que
o POP3. Utiliza, por padrão, as portas TCP 143 ou 993 (conexão criptografada via
SSL).

Um servidor IMAP associa cada mensagem a uma pasta. Quando uma mensagem
chega a um servidor pela primeira vez, é associada a pasta INBOX (ENTRADA) do
destinatário, que, então, pode transferir a mensagem para uma nova pasta criada por
ele, lê-la, apagá-la e assim por diante.

DICA 166

O TCP (Transmission Control Protocol) é um protocolo da camada de transporte,


que juntamente com o protocolo IP, forma a base da Internet.

Sua função principal é oferecer comunicação confiável entre origem e destino.


Isso envolve controle de erros fim a fim, controle de fluxo fim a fim e controle de
congestionamento.

DICA 167

As características fundamentais do TCP são:

▪ Orientado à conexão: a aplicação envia um pedido de conexão para o destino e usa


a "conexão" para transferir dados.

▪ Ponto a ponto: uma conexão TCP é estabelecida entre dois pontos.


▪ Confiabilidade: o TCP usa várias técnicas para proporcionar uma entrega confiável
dos pacotes de dados que, dependendo da aplicação, gera uma grande vantagem que
tem em relação ao UDP.

▪ Full duplex: é possível a transferência simultânea em ambas direções (cliente-


servidor) durante toda a sessão.

▪ Entrega ordenada: a aplicação faz a entrega ao TCP de blocos de dados com um


tamanho arbitrário num fluxo (ou stream) de dados, tipicamente em octetos.

▪ Controle de fluxo: o TCP usa o campo janela ou window para controlar o fluxo.

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▪ Controle de congestionamento: baseado no número de mensagens de


reconhecimentos ACK (=Acknowledgement) recebidos pelo remetente por unidade de
tempo calculada com os dados do tempo de ida e de volta, ou em inglês RTT (Round
Trip Travel), o protocolo prediz o quanto a rede está congestionada e diminui sua
taxa de transmissão de modo que o núcleo da rede não se sobrecarregue.

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