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Memorex TRE – AJAJ – Rodada 01

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Memorex TRE – AJAJ – Rodada 01

Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos
TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua
aprovação.

Você está tendo acesso agora à Rodada 01. As outras 05 rodadas serão
disponibilizadas na sua área de membros conforme o cronograma abaixo:

Material Data
Rodada 01 Disponível Imediatamente
Rodada 02 12/12/2022
Rodada 03 19/12/2022
Rodada 04 26/12/2022
Rodada 05 02/01/2023
Rodada 06 09/01/2023

Convém mencionar que todos que adquirirem o material completo irão receber TODAS AS
RODADAS já disponíveis, independente da data de compra.

Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois,
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no
resultado final.

Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO.

Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada
uma das dicas.

Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas
para: atendimento@pensarconcursos.com

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ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4


INFORMÁTICA .................................................................................................................... 11
REGIMENTO INTERNO DO TSE.................................................................................. 14
NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES FEDERAIS ................................... 18
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ........................................................................................ 23
DIREITO CONSTITUCIONAL ....................................................................................... 38
DIREITO ADMINISTRATIVO ....................................................................................... 46
DIREITO CIVIL ................................................................................................................... 51
DIREITO PROCESSUAL CIVIL .................................................................................... 58
DIREITO TRIBUTÁRIO ................................................................................................... 64
DIREITO PENAL ................................................................................................................. 70
PROCESSO PENAL............................................................................................................. 75
DIREITO ELEITORAL ....................................................................................................... 23

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LÍNGUA PORTUGUESA

DICA 01
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

Coerência: Relação de ideias, lógica textual, ausência de contradição.

Sentido do texto/Semântica: Significado das palavras.

Morfologia: Estrutura, Forma e classificação das palavras. Classificadas como


substantivos, artigos, adjetivos, verbos, pronomes, advérbios, preposição, numeral,
conjunção, interjeição.
Sintaxe: Função das palavras, o que a palavra faz dentro de cada frase, oração,
período. Sujeito, Predicado, adjunto adverbial, complemento do verbo, complemento
nominal.
DICA 02

DICIONÁRIO DAS PALAVRAS-CHAVE NO ENUNCIADO (COMANDO) DAS


QUESTÕES DE LÍNGUA PORTUGUESA

ASSOCIAR (relacionar)  Estabelecer uma correspondência (ligação entre os


elementos). Unir ideias que apresentem traços comuns.

CARACTERIZAR  Distinguir aspectos, assinalar traços, pôr em evidência os


elementos de destaque.

COMENTAR (discutir)  Expressar opiniões, posicionar-se com argumentação,


desenvolver um assunto com desenvoltura.

CONTRAPOR (confrontar)  Expressar as diferenças, mostrar traços diferenciados,


pontos adversos.

DETERMINAR  Afirmar com clareza, distinguir com exatidão os elementos.

ESTABELECER PARALELO  Organizar elementos (ideias) com base em


diferenças ou semelhanças, conforme a natureza do assunto abordado.

EXEMPLIFICAR  Citar, mencionar com exemplos, interpretar com palavras de


quem escreve, basear-se no texto.

EXPLICAR  Expor com clareza as intenções, motivos, razões (porquês),


objetivos e até causas acerca de um assunto.

DICA 03
ERROS COMUNS NAS ASSERTIVAS – COMO ELIMINÁ-LAS?

Extrapolam o texto, ACRÉSCIMO de informações alheias ao texto.

Limitam o texto, CARÊNCIA de informações essenciais.

NÃO ABORDAM o texto!

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CONTRADIZEM o texto.

Emitem JUÍZO DE VALOR DIVERSO do autor  parcialidade!


DICA 04

AFIRMAÇÕES FALSAS E AFIRMAÇÕES VERDADEIRAS

São consideradas afirmações falsas quando:

Generaliza;

Extrapola;

Tom desprezível junto ao raciocínio do autor do texto em tela.

São consideradas afirmações verdadeiras quando:

Especifica o pensamento, usando pronomes demonstrativos;

Literalidade, usando sinônimos;

Geralmente a afirmação condiz com a conclusão do texto, ou seja, o último parágrafo.


DICA 05
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

Compreensão: No caso de compreensão de texto, o leitor deve visualizar dentro do


texto e se limitar a responder as questões conforme aquilo que está explicitamente
escrito.
Exemplos de comandos de compreensão de texto:

De acordo com o texto...

Segundo o texto...

Na linha...

Interpretação: No caso de interpretação de texto, o leitor deve olhar para fora do


texto, uma vez que a interpretação vai além do texto.
Exemplos de comandos de interpretação de texto:

Interpreta-se...

Infere-se...

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DICA 06
CONCEITOS

Para o estudo de texto são importantes três conceitos:

TEXTO

Conjunto de palavras e frases encadeadas (ou elementos imagéticos) visando a


transmissão de uma mensagem.

CONTEXTO

Relação semântica (de significação e sentidos) dos diversos elementos que formam um
texto, considerando a situação de comunicação.

DICA: Se uma frase é analisada isoladamente, fora de seu contexto original,


essa poderá assumir um significado diferente, por isso o contexto é tão importante.

COMPREENSÃO DE TEXTO

Consiste em analisar o que realmente está escrito, ou seja, coletar dados do texto.

INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

Consiste em saber o que se infere (conclui) do que está escrito.

DICA 07
COMPREENSÃO DE TEXTOS
Os conceitos de compreensão e interpretação são importantes para que o candidato
entenda o que identificar no texto de acordo com o enunciado da questão.
Questões de compreensão exigem que o candidato assinale a resposta a partir das
informações expressas no texto, para responder não é preciso buscar informações fora
do texto.

QUESTÃO.
Texto I
“A maior alegria do brasileiro é hospedar alguém, mesmo um desconhecido que lhe
peça pouso, numa noite de chuva.”
(Cassiano Ricardo, in O Homem Cordial)
1) Segundo as ideias contidas no texto, pode-se afirmar que o brasileiro:
a) põe a hospitalidade acima da prudência.
b) hospeda qualquer um, mas somente em noites chuvosas.
c) dá preferência a hospedar pessoas desconhecidas.
d) não tem outra alegria senão a de hospedar pessoas, conhecidas ou não.
e) não é prudente, por aceitar hóspedes no período da noite.
Gabarito: Letra A.

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Comentário: Pois no desejo de ser hospitaleiro, o brasileiro hospeda, não mantendo
prudência, abrigando pessoas desconhecidas.

DICA 08
COMPREENSÃO DO TEXTO
FIQUE ATENTO!

Nas provas, a compreensão do texto costuma ser cobrada com enunciados que
utilizam as seguintes expressões:

De acordo com o texto...

Segundo o texto...

O texto informa que...

O no texto...
Tendo em vista o texto...
OBS.: A resposta deverá levar em conta o que está escrito literalmente no texto
a ser avaliado.
DICA 09
INTERPRETAÇÃO
As questões de interpretação exigem que o candidato deduza, ou seja, levante
hipóteses acerca das informações presentes no texto, para responder é necessário que o
candidato consulte (mentalmente) seus conhecimentos prévios (conhecimentos de
mundo), processo chamado inferência.

QUESTÃO.
Texto II
“Salustiano era um bom garfo. Mas o jantar que lhe haviam oferecido nada teve de
abundante.
- Quando voltará a jantar conosco? - perguntou-lhe a dona da casa.
- Agora mesmo, se quiser.”
(Barão de Itararé, in Máximas e Mínimas do Barão de Itararé)
1) A partir do texto, é possível deduzir que o personagem Salustiano:
a) come pouco.
b) é uma pessoa educada.
c) ficou insatisfeito com o jantar.
d) é um grande amigo da dona da casa.
e) decidiu não mais comer naquela casa.
Gabarito: Letra c.
Comentário: Pois ele era bom de garfo (comia bastante) e a comida era pouca, motivo
que o levou a querer repeti-la, assim, aceitando o convite.

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DICA 10
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
FIQUE ATENTO!
Geralmente nos enunciados de questões sobre interpretação de texto são usadas
expressões como:
Podemos deduzir...
Ao falar sobre X...
O autor quis dizer que...
Com o apoio do texto...
Infere-se que...
Diante do que foi exposto...
Pode-se concluir que...
O texto nos permite entender que...
O texto encaminha o leitor para...
DICA 11
TIPOLOGIA TEXTUAL - TIPOS TEXTUAIS X GÊNEROS TEXTUAIS
A tipologia textual é a classificação de um texto de acordo com as informações
que aparecem nele, considerando suas características internas.
Já, os gêneros textuais são a classificação de acordo com a relação entre a
função do texto na sociedade e as características internas desse texto.

GÊNEROS TIPOS TEXTUAIS

Notícia Narrativo, Descritivo

Receita culinária Injuntivo

Bula de remédio Injuntivo, Descritivo

Reportagem Narrativo, Dissertativo

DICA 12
TIPO NARRATIVO
Na narração, o objetivo do autor é contar um fato, relatar acontecimentos (reais ou
imaginários).
Há a predominância de verbos no pretérito perfeito, mas poderá haver verbos no
presente, referindo-se ao passado (presente histórico).
Há evolução cronológica (antes e depois).

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Existem duas características que ajudarão você a identificar um tipo narrativo:
Evolução cronológica: independentemente se o verbo está no passado ou no
presente.
Intenção do autor: contar uma história!

QUESTÃO, 2010.
Campanha ataca os abusos do “juridiquês”
“Encaminhe o acusado ao ergástulo público.” Com essa frase o juiz Ricardo Roesler
determinou a prisão de um assaltante de Barra Velha, comarca de Santa Catarina. Dois
dias depois, a ordem não tinha sido cumprida. Ninguém havia compreendido onde era o
tal do “ergástulo”, palavra usada como sinônimo de cadeia.
Quando Roesler descobriu que nem seus subordinados entendiam o que ele falava,
decidiu substituir os termos pomposos e os em latim por palavras mais simples. Isso foi
há 17 anos. Hoje, presidente da Associação dos Magistrados Catarinenses, ele é um dos
defensores da linguagem coloquial nos tribunais.
Preocupada com o excesso de “juridiquês”, a Ajuris (Associação dos Juízes do Rio
Grande do Sul) organizou um guia destinado a leigos para tentar desmitificar o jargão
da Justiça. O presidente da entidade, Carlos Rafael dos Santos Júnior, tem estimulado
os magistrados a participarem de debates em escolas com pais e alunos.
A ideia, encampada pela AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), é uma gota num
oceano de discursos herméticos que tomam conta dos tribunais, onde o simples talão
de cheque vira “cártula chéquica”, o viúvo, “cônjuge supérstite”, e a denúncia (peça
formal), “exordial acusatório”.
(Folha de S. Paulo, 23 jan. 2005 / com adaptações)
De acordo com os aspectos tipológicos predominantes no texto, prevalecem as
seguintes características:
Alternativas:
A) Injuntivas.
B) Argumentativas.
C) Narrativas.
D) Expositivas.
E) Descritivas.
Gabarito: Letra c.

DICA 13
TIPO DESCRITIVO
Na descrição há características de uma pessoa, de um objeto, de uma paisagem, de
uma situação. Há detalhamentos e simultaneidade.
Ex.: O amor estava de chambre azul, recostado no sofá cheio de almofadas coloridas.
Existem duas características que ajudarão você a identificar um tipo descritivo:
Simultaneidade: não há antes e depois.
Intenção do autor: caracterizar pessoas, objetos, situações...

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DICA 14
TIPO INJUNTIVO
O tipo injuntivo possui a finalidade de instruir e orientar o leitor. Desse modo é
utilizado verbo no imperativo, no infinitivo ou presente do indicativo, com
indeterminação do sujeito.
Onde podemos encontrar textos injuntivos? Em manuais de instruções, receitas, bulas,
regulamentos, editais, códigos e leis.

RESUMO DAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:

Verbo no imperativo;
Utilização de pronomes de tratamento e verbos modalizadores, como “dever”, “ter
que”, “precisar”.
Predominância da coordenação.
Sequências de instruções ou comandos.

DICA 15
TIPO EXPOSITIVO
O tipo expositivo tem por finalidade informar o leitor por meio da exposição de ideias e
razões de um tema específico.
Não há a intenção de convencer o leitor e é utilizada uma linguagem clara. O intuito é
simplesmente expor pontos de vista e conhecimento sobre o assunto.
Ex.: prova discursiva de Direito; artigo científico; reportagem.

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INFORMÁTICA
DICA 16
WINDOWS 10
É Windows-10 é um sistema operacional desenvolvido e mantido pela Microsoft, sendo
um sistema proprietário, de multisessão (capacidade de operar com várias contas de
usuários) e de multitarefa (execução de várias tarefas simultâneas).

Destaca-se que esse tipo de sistema está disponível nas versões Home, Pro, Education,
Enterprise. Vejamos cada um deles:

Home - Versão mais comum presente em computadores domésticos, conta com a


possibilidade de login facial ou biometria.

Pro - Versão que contém as funcionalidades do Home com dispositivos avançados de


segurança como BitLocker para criptografia de HD e suporte a ingresso no domínio
através do Azure Active Directory.

Enterprise - Engloba as funcionalidades da versão Pro e inclui outras opções


avançadas como como o AppLocker.

Education - Versão geralmente utilizada para grandes ambientes de ensino, conta com
as opções da versão enterprise, porém sem algumas opções de configuração de
atualização.
DICA 17
OPÇÕES DE ENCERRAMENTO DO WINDOWS
O Windows possui algumas opções de encerramento. As opções são acessíveis através do
menu iniciar, porém também é possível acessá-las utilizando o atalho ALT + F4 na área
de trabalho.

As opções são:

Desligar - Fecha todos os aplicativos e desliga o computador.

Reiniciar - Fecha todos os aplicativos, desliga o computador e liga-o novamente.

Suspender - O computador permanece ligado, mas com baixo consumo de energia. Os


aplicativos ficam abertos, assim, quando o computador é ativado, voltará ao ponto em
que estava.

Trocar Usuário - Troca de usuário sem fechar aplicativos.

Sair - Fecha todos os aplicativos e faz logoff do usuário.


DICA 18
CONCEITO DE PASTAS, DIRETÓRIOS, ARQUIVOS
As pastas são utilizadas para agrupar itens, sendo, portanto, uma forma de organização.
Assim, um diretório, por exemplo, tem a mesma função que uma pasta.

Um arquivo é um componente que tem conteúdo, que tem informação. Ele pode ser do
tipo:

Texto;
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Dado;

Binário;

Executável etc.
No Windows, pastas e arquivos têm permissão de acesso, que é definido no menu de
contexto na opção propriedades ao clicar com botão direito sobre o item, na aba
segurança.
É importante destacar que os arquivos têm extensões, as quais representam qual o tipo
de arquivo e facilitam qual programa pode abri-lo.

Por exemplo Arquivo1.docx é um arquivo do Word.


Executavel.exe é um arquivo que será executado pelo Windows.
DICA 19
MOVIMENTAÇÃO DE ARQUIVOS NO EXPLORER, COPIAR, COLAR
O gerenciamento de arquivos no Windows é feito através do Windows Explorer. É possível
copiar (CTRL + C) arquivos e colá-los (CTRL + V) para outras pastas. Também é
possível mover arquivos e pastas.

Caso um arquivo seja copiado para dentro de uma pasta onde já exista um arquivo com
o mesmo nome, o Windows irá perguntar se deseja:

Substituir o arquivo no destino;

Ignorar este arquivo;

Comparar informações para ambos os arquivos.


No caso de copiar um arquivo e colar na mesma pasta em que o arquivo foi copiado, será
feita uma cópia do arquivo e o nome será alterado para “nome do arquivo - Copia”
É possível copiar arquivos utilizando o botão direito do mouse. Será necessário arrastá-
lo com o botão direito do mouse até a pasta de destino. Terá as seguintes opções: Copiar
Aqui, Mover para Cá, Criar atalhos aqui.
DICA 20
MOVIMENTAÇÃO DE ARQUIVOS NO EXPLORER, MOVER E RECORTAR
A opção de recortar (CTRL + X) um arquivo se assemelha com a de mover, quando se
recorta um arquivo, este irá para a área de transferência e quando for colado no
destino, o arquivo inicial deixará de existir, existindo, agora, somente no destino.
Porém, faz-se necessário uma ressalva, caso a opção de mover seja a escolhida, isto é, o
arquivo seja arrastado utilizando-se o botão esquerdo do mouse de uma pasta para
outra, caso o arquivo esteja em outra partição, ele não será excluído e será feita uma
cópia na partição de destino. Caso o arquivo seja arrastado utilizando o botão direito do
mouse e a opção Mover para Cá seja escolhida, o arquivo também deixará de existir na
pasta de origem.

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DICA BÔNUS
MOVIMENTAÇÃO DE ARQUIVOS, EXCLUSÃO
Para excluir um arquivo, basta selecionar o arquivo e pressionar a tecla delete. Assim, o
arquivo será enviado para a Lixeira e deste modo pode ser recuperado posteriormente.
Porém, caso deseje excluir o arquivo definitivamente, pressione em conjunto as teclas
SHIFT + DEL. Assim, o arquivo não será enviado para a Lixeira. Caso um atalho seja
deletado, utilizando a tecla DEL ou a combinação SHIFT+ DEL, isto não irá afetar os
arquivos originais, apenas o atalho será excluído.
Ao deletar um arquivo de um Pen-Drive ou outra mídia externa, mesmo utilizando apenas
a tecla DEL, o arquivo não será enviado a Lixeira, será excluído definitivamente. Sendo
possível somente a sua recuperação com ferramentas especializadas.

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REGIMENTO INTERNO DO TSE
DICA 21
TSE: ORGANIZAÇÃO DO TRIBUNAL

O Tribunal Superior Eleitoral, com sede na Capital da República e jurisdição em todo


o País, compõe-se:

Mediante eleição em escrutínio secreto:

→ de dois juízes escolhidos pelo Supremo Tribunal Federal dentre os seus Ministros:
→ de dois juízes escolhidos pelo Tribunal Federal de Recursos dentre os seus Ministros;
→ de um juiz escolhido pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal dentre os seus
Desembargadores.

Por nomeação do Presidente da República, de dois dentre seis cidadãos de notável


saber jurídico e reputação Ilibada, que não sejam incompatíveis por lei, indicados pelo
Supremo Tribunal Federal.

ATENÇÃO!

Haverá sete substitutos dos membros efetivos, escolhidos na mesma ocasião e pelo
mesmo processo, em número igual para cada categoria.

DICA 22
TSE: ORGANIZAÇÃO DO TRIBUNAL
Os juízes, e seus substitutos, salvo motivo justificado, servirão OBRIGATORIAMENTE
por dois anos, e nunca por mais de dois biênios consecutivos.

→ E mais: Não serão computados para a contagem do primeiro biênio os períodos de


afastamento por motivo de licença.
Quanto ao parentesco: Não podem fazer parte do Tribunal pessoas tenham entre si
parentesco, ainda que por afinidade, até o 4º grau, excluindo-se; neste caso, a que tiver
sido escolhida por último.
DICA 23
TSE: TRIBUNAL - SESSÃO PÚBLICA
O Tribunal funciona em sessão pública, com. a presença mínima de quatro dos seus
membros, além do Presidente.
IMPORTANTE:
As decisões que importarem na interpretação do Código Eleitoral em face da Constituição,
cassação de registro de partidos políticos, anulação geral de eleições ou perda de
diplomas, só poderão ser tomadas com a presença de todos os membros do Tribunal.

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DICA 24
TSE: ATRIBUIÇÕES DO TRIBUNAL

São atribuições do Tribunal:

elaborar seu Regimento Interno;

organizar a sua secretaria, cartório e demais serviços, propondo ao Congresso Nacional


a criação ou a extinção dos cargos administrativos e a fixação dos respectivos
vencimentos;

adotar ou sugerir ao Governo providências convenientes à execução do serviço eleitoral,


especialmente para que as eleições se realizem nas datas fixadas em lei e de acordo
com esta se processem;

fixar as datas para as eleições de Presidente e Vice-Presidente da República, senadores


e deputados federais, quando não o tiverem sido por lei;

requisitar a força federal necessária ao cumprimento da lei e das suas próprias decisões,
ou das decisões dos Tribunais Regionais que a solicitarem;

ordenar o registro e a cassação de registro de partidos políticos;

ordenar o registro de candidatos aos cargos de Presidente Vice-Presidente da República,


conhecendo e decidindo, em única instância, das arguições de inelegibilidade para esses
cargos;

apurar, pelos resultados parciais, o resultado geral da eleição para os cargos de


Presidente e Vice-Presidente da República, proclamar os eleitos e expedir-lhes os
diplomas;

elaborar a proposta orçamentária da Justiça Eleitoral e apreciar os pedidos de créditos


adicionais (art. 199, e parágrafo único do Código Eleitoral), autorizar os destaques à
conta de créditos globais e julgar as contas devidas pelos funcionários de sua
Secretaria;

responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas pelos Tribunais
Regionais, por autoridade pública ou partido político registrado, este por seu Diretório
Nacional ou delegado credenciado junto ao Tribunal;

decidir os conflitos de jurisdição entre Tribunais Regionais e juízes eleitorais de Estados


diferentes;

decidir os recursos interpostos das decisões dos Tribunais Regionais, nos termos do art.
121 da Constituição Federal;

decidir originariamente de habeas-corpus, ou de mandado de segurança, em matéria


eleitoral, relativos aos atos do Presidente da República, dos Ministros de estado e dos
Tribunais Regionais.

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processar e julgar os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos, cometidos
pelos juízes dos Tribunais Regionais, excluídos os desembargadores;

julgar o agravo a que se refere o art. 48, § 2º.

processar e julgar a suspeição dos seus membros, do Procurador Geral dos funcionários
de sua Secretária;

conhecer das reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos partidos políticos;

propor ao Poder Legislativo o aumento do número dos juízes de qualquer Tribunal


Eleitoral, indicando a forma desse aumento;

propor a criação de um Tribunal Regional na sede de qualquer dos territórios;

conceder aos seus membros licença, e, por motivo justificado, dispensa das funções
(Constituição, art. 114), e o afastamento do exercício dos cargos efetivos;

conhecer de representação sobre o afastamento dos membros dos Tribunais Regionais,


nos termos do art. 194, S 1º, letra b, do Código Eleitoral;

expedir as instruções que julgar conveniente à execução do Código Eleitoral e à


regularidade do serviço eleitoral em geral;

publicar um "Boletim Eleitoral".

DICA 25
TSE: ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE

Compete ao Presidente do Tribunal:

dirigir os trabalhos, presidir às sessões, propor as questões, apurar o vencido e


proclamar o resultado;

convocar sessões extraordinárias;

tomar parte na discussão, e proferir voto de qualidade nas decisões do Plenário, para
as quais o Regimento Interno não preveja solução diversa, quando o empate na votação
decorra de ausência de Ministro em virtude de impedimento, suspeição, vaga ou licença
médica, e não sendo possível a convocação de suplente, e desde que urgente a matéria e
não se possa convocar o Ministro licenciado, excepcionado o julgamento de habeas corpus
onde proclamar-se-á, na hipótese de empate, a decisão mais favorável ao paciente.
(Redação dada pela Resolução nº 23.226/2009)

dar posse aos membros substitutos;

distribuir os processos aos membros do Tribunal, e cumprir e fazer cumprir as suas


decisões;

representar o Tribunal nas solenidades e atos oficiais, e corresponder- se, em nome


dele, com o Presidente da República, o Poder Legislativo, os órgãos do Poder Judiciário, e
demais autoridades;

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determinar a remessa de material eleitoral às autoridades competentes, e, bem assim,
delegar aos presidentes dos Tribunais Regionais a faculdade de providenciar sobre os
meios necessários à realização das eleições;

nomear, promover, exonerar, demitir e aposentar, nos termos da Constituição e das


leis, os funcionários da Secretaria; (Redação dada pela Resolução nº 8.129/1967)

dar posse ao Diretor Geral e aos diretores de serviço da Secretaria;

conceder licença e férias aos funcionários do quadro e aos requisitados;

designar o seu secretário, o substituto do Diretor Geral e os chefes de seção;

requisitar funcionários da administração pública quando o exigir o acúmulo ocasional ou


a necessidade do serviço da Secretaria, e dispensá-los;

superintender a Secretaria, determinando a instauração de processo administrativo,


impondo penas disciplinares superiores a oito dias de suspensão, conhecendo e decidindo
dos recursos interpostos das que forem aplicadas pelo Diretor Geral, e relevando faltas de
comparecimento;

rubricar todos os livros necessários ao expediente;

ordenar os pagamentos, dentro dos créditos distribuídos, e providenciar sobre as


transferências de créditos, dentro dos limites fixados pelo Tribunal.

ATENÇÃO!

Sobre esta matéria: Por ser um material pré edital, estamos trabalhando aqui com o
Regimento Interno do Tribunal Superior Eleitoral. Conforme sair o edital, faremos
atualizações nesta disciplina, de acordo com o TRE de cada estado aderente ao concurso
unificado.
Atenciosamente,
Equipe Pensar Concursos.

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NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES FEDERAIS
DICA 26
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990
A Lei 8.112, de 11 de dezembro de 1990, trata-se do Regime Jurídico Único para os
Servidores Públicos Federais da administração direta, autárquica e fundacional é uma
Lei Federal e, portanto, aplica-se exclusivamente à União. Logo, os Estados e
Municípios devem possuir leis próprias estabelecendo o regramento para os seus
servidores públicos.
As regras da Lei 8.112/1990 só alcançam os órgãos da administração direta, das
autarquias e das fundações públicas, não se aplicando às empresas públicas e às
sociedades de economia mista, cujos empregados públicos submetem-se às regras da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Essa Lei é chamada de Estatuto dos Servidores Públicos, os chamados servidores
estatutários, pois sua relação profissional se dá por meio das regras previstas em um
estatuto que, no caso, é a Lei 8.112/1990.
Tal Lei é chamada de Estatuto dos Servidores Públicos da União (Regime Jurídico).
Sabe-se que o vínculo dos empregados públicos é contratual (Sociedade de economia
mista e empresa pública), e a relação entre os servidores públicos e o poder público é
legal.
DICA 27
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990
O servidor público não tem direito adquirido ao regime jurídico, o que, consequentemente,
significa que não há violação a direito, quando se altera a jornada de trabalho
anteriormente fixada por lei.

Art. 2º- Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida em
cargo público.

Logo, servidor é toda pessoa legalmente investida em cargo público.

Art. 3º - Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas


na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.

Os cargos públicos são acessíveis a todos os brasileiros e são criados por lei, com
denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em
caráter efetivo ou em comissão.
Portanto, cargos públicos são providos em caráter efetivo ou em comissão(efecom).
DICA 28
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990
Dessa forma, tanto os servidores aprovados em concurso público (efetivos) quanto os
chamados servidores comissionados (em comissão) submetem-se às disposições do
Regime Estatutário (efecom).

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Os militares se submetem ao Estatuto dos Militares, os ocupantes de emprego
público (Banco do Brasil, Petrobras, Caixa econômica Federal) seguem a Consolidação das
Leis Trabalhistas e os servidores temporários, que seguem legislação própria;
O concurso público poderá ser de provas ou de provas e títulos, podendo ser realizado em
duas etapas, conforme dispor a lei do respectivo plano de carreira.
O prazo de validade do concurso público será de até dois anos, podendo ser prorrogado
uma única vez, por igual período.
DICA 29
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990

Estabelece o artigo 5º:

Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo público:


I- a nacionalidade brasileira;
II- o gozo dos direitos político;
III- a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
IV- o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
V- a idade mínima de dezoito anos;
VI- aptidão física e mental;
§ 1º As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos
estabelecidos em lei;

Assim, não é admissível, por ato administrativo, restringir, em razão da idade, inscrição
em concurso para cargo público.
Somente por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo
público.
Devem ser reservadas até 20% das vagas oferecidas no concurso público para pessoas
portadoras de necessidades especiais.
DICA 30
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990
O provimento dos cargos públicos será feito mediante ato da autoridade competente
de cada Poder e a investidura em cargo público ocorrerá com a posse.

Art. 8º São formas de provimento de cargo público:

→ nomeação;
→ promoção;
→ readaptação;

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→ reversão;
→ aproveitamento;
→ reintegração;
→ recondução.

As formas de provimento dividem-se em provimento originário e provimento derivado.


O Provimento Originário é o que se faz através da nomeação, constituindo o
preenchimento inicial do cargo sem que haja qualquer vínculo anterior com a
administração.

→ A nomeação é a única forma de provimento originário.


DICA 31
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990
Todos os outros tipos de provimento, com exceção da nomeação, constituem hipóteses
de provimento derivado, pois pressupõem a existência de prévio vínculo com a
Administração.

No provimento derivado, há uma modificação na situação de serviço da pessoa


provida, que já possuía um vínculo anterior com o poder público. São formas de
provimento derivado previstas na Lei 8.112/1990, a promoção, a readaptação, a reversão,
o aproveitamento, a reintegração e a recondução.

Ex.: A reintegração é forma de provimento derivado, prevista no art. 41, §2º, da


CF, em que o servidor estável é reintegrado ao serviço público em decorrência de
invalidação de sua demissão. Nesse caso, o servidor estável foi reintegrado ao
serviço público, ou seja, já existia uma prévia relação com o poder público, procedendo-
se apenas a invalidação de sua demissão, com consequente reintegração.
É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se,
sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que
não integra a carreira na qual anteriormente investido.
DICA 32
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990

Nomeação é a única forma de provimento originário admitida em nosso


ordenamento jurídico, podendo dar-se para provimento de cargo efetivo ou em
comissão (efecom).
A nomeação como forma de provimento originário independe de prévio vínculo com a
Administração e em regra, o nomeado não possui nenhum vínculo com o Poder Público
antes de sua nomeação.
Existirão situações em que a pessoa já ocupará algum cargo, de provimento efetivo ou em
comissão, mas isso não muda a natureza de provimento originário da nomeação. Isso
porque a nova nomeação não possui nenhuma relação com o vínculo anterior.
No caso de cargo efetivo, a nomeação dependerá de prévia aprovação em concurso
público de provas ou de provas e títulos.
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Memorex TRE – AJAJ – Rodada 01
Já quando for para provimento de cargo em comissão, não depende de aprovação
em concurso, uma vez que se trata de cargo de livre nomeação ou exoneração.
DICA 33
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990
O candidato aprovado em concurso público, dentro do número de vagas previstas no
edital, possui direito subjetivo à nomeação.

Promoção é forma de provimento derivado existente nos cargos organizados em


carreiras, em que é possível que o servidor ascenda sucessivamente aos cargos de nível
mais alto da carreira, por meio dos critérios de antiguidade e merecimento. A promoção
deve ocorrer dentro de uma mesma carreira.

Readaptação é forma de provimento derivado constante no art. 24 da Lei 8.112/90,


representando a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades
compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental
verificada em inspeção médica.
Assim, na readaptação, o servidor público estava investido em determinado cargo, mas
posteriormente veio a sofrer alguma limitação em sua capacidade física ou mental,
devidamente verificada em inspeção médica. Nesse caso, o servidor será investido em
outro cargo, que possua compatibilidade com a sua limitação.
DICA 34
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990

Reversão é forma de provimento derivado, constante no art. 25 da Lei 8.112/1990,


consistindo no retorno à atividade de servidor aposentado.

Existem duas modalidades de reversão no Estatuto dos Servidores da União:

reversão de ofício: quando junta médica oficial declarar que deixaram de existir os
motivos que levaram à aposentadoria por invalidez permanente;

reversão a pedido: aplicável ao servidor estável que se aposentou voluntariamente e,


daí, solicitou a reversão de sua aposentadoria;
Na reversão a pedido, ou seja, no interesse da administração, o servidor que se
aposentou voluntariamente faz o pedido para retornar à ativa, e depende dos
seguintes requisitos: o servidor deve solicitar a reversão, a aposentadoria tenha sido
voluntária, o servidor era estável quando estava na atividade, a aposentadoria tenha
ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação, desde que haja cargo vago e o
servidor tenha menos de 70 anos de idade.
No caso de reversão de ofício a decisão da administração é vinculada, já na reversão a
pedido a decisão é discricionária, ou seja, a administração pode ou não conceder a
reversão ao servidor público.
DICA 35
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990

O aproveitamento é forma de provimento derivado com previsão na Constituição


Federal (art. 41, §3º) e na Lei 8.112/1990 (arts. 30 a 32).

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O art. 41, §3º da CF/88 estabelece que uma vez extinto o cargo ou declarada a sua
desnecessidade, o servidor estável que o ocupava o cargo ficará em disponibilidade,
com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento
em outro cargo.
O aproveitamento é o retorno à atividade do servidor que estava em disponibilidade,
devendo ocorrer em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente
ocupado.
Sabe-se que para o servidor estável, se for extinto seu cargo público, ele não poderá
ser demitido, com isso a Constituição lhe assegura o direito à disponibilidade, isto é,
o direito a ficar sem exercer suas funções temporariamente, mantendo-se o vínculo com a
Administração e assegurando-lhe o direito a receber remuneração proporcional ao tempo
de serviço, até que seja adequadamente aproveitado em outro cargo.

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DIREITO ELEITORAL

DICA 36

ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA ELEITORAL

São órgãos da Justiça Eleitoral:


Tribunal Superior Eleitoral;
Tribunais Regionais Eleitorais;
Juízes Eleitorais;
Juntas Eleitorais.

ATENÇÃO!

Além de um juiz eleitoral, as Junta Eleitorais são compostas de dois ou quatro cidadãos
de notória idoneidade, nomeados pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral, após
aprovação pela Corte Regional.

A Junta é sempre presidida por um magistrado, o juiz eleitoral. Sua existência é


provisória, já que é constituída apenas nas eleições, sendo extinta após o término dos
trabalhos de apuração de votos.

ATENÇÃO!

Nas eleições municipais a Junta permanece formada até a diplomação dos eleitos.

DICA 37
COMPOSIÇÃO DO TSE – TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL

O Tribunal Superior Eleitoral é composto de 7 membros titulares e outros 7 substitutos


chamados de Ministros:
03 Ministros são escolhidos mediante eleição por voto secreto dentre os Ministros do
Supremo Tribunal Federal (STF);
02 Ministros são também escolhidos mediante eleição por voto secreto dentre os
Ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ);
02 Ministros são nomeados pelo Presidente da República dentre uma lista de seis
advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral indicados pelo Supremo
Tribunal Federal.

ATENÇÃO!

O Presidente e o Vice-Presidente são eleitos dentre os Ministros do STF e o Corregedor


Eleitoral, dentre os Ministros do STJ.

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DICA 38
COMPOSIÇÃO DOS TRE’s - TRIBUNAIS REGIONAIS ELEITORAIS

Há um TRE na Capital de cada Estado e no Distrito Federal, e são compostos de:


02 Desembargadores são escolhidos mediante eleição por voto secreto dentre os
Desembargadores do Tribunal de Justiça.
02 Juízes de direito são escolhidos mediante eleição por voto secreto dentre juízes
de direito escolhidos pelo Tribunal de Justiça.
01 Juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou Distrito
Federal, escolhido pelo Tribunal Regional Federal respectivo.
02 Juízes nomeados pelo Presidente da República dentre uma lista de seis
advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral indicados pelo Tribunal de
Justiça.

ATENÇÃO!

O Presidente e o Vice-Presidente são eleitos dentre os Desembargadores.

Nos TRE’s os Vice-Presidentes são os Corregedores.


DICA 39
JUÍZES ELEITORAIS

JUÍZES ELEITORAIS: Os juízes eleitorais atuam na primeira instância da Justiça


Eleitoral.

ATENÇÃO!

Constituição é expressa ao dizer que devem ser juízes de direito (artigo 121, parágrafo
primeiro).

Embora a Justiça Eleitoral seja um ramo especializado do Judiciário e seja considerada


uma Justiça Federal, na primeira instância a totalidade de seus membros é formada por
juízes de direito de carreira do Judiciário Estadual.
DICA 40
DIREITO ELEITORAL

DIREITO ELEITORAL: conjunto de normas jurídicas referente às eleições e às


consultas populares (plebiscito e referendo).
O Direito Eleitoral tem relação direta com a democracia representativa.

Democracia representativa: regime no qual o povo elege representantes para, em


seu nome, exercer o poder.

Fazem parte do Direito Eleitoral as disposições acerca de: direitos políticos, sistemas
eleitorais, partidos políticos, alistamento de eleitores, sufrágio, voto, elegibilidades e
inelegibilidades, abuso de poder econômico, propaganda eleitoral, financiamento e
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prestações de contas de campanha, condutas proibidas aos agentes públicos e crimes
eleitorais.
DICA 41
DE QUEM É A COMPETÊNCIA PARA LEGISLAR SOBRE DIREITO ELEITORAL?
Pela Constituição Federal, as normas de Direito Eleitoral são de competência Federal.
Importante! São vedadas para regulamentar matéria eleitoral: Lei Delegada (art. 68,
§1º, inciso II), bem como a Medida Provisória (artigo 62, §1º, inciso I, “a”).
Estados só poderão legislar sobre questões específicas de Direito Eleitoral se houver
lei complementar da União autorizando.
OBS.: Atualmente não há este tipo de lei complementar da União autorizando.
Importante! Municípios NÃO podem legislar sobre matéria eleitoral.

JURISPRUDÊNCIA

As chamadas “posturas municipais” são válidas para impor limitações à propaganda


eleitoral (Resp. n.º 34.515/2011 - TSE).

DICA 42
FONTES NORMATIVAS DO DIREITO ELEITORAL

São fontes normativas do direito eleitoral:


Constituição da República Federativa do Brasil;
Emendas Constitucionais;
Código Eleitoral (Lei n.º 4.737/65);
Lei das Eleições (Lei n.º 9.504/97;
Lei das Inelegibilidades (Lei Complementar 64/90, modificada pela Lei da Ficha Limpa –
Lei Complementar 135/2010);
Lei dos Partidos Políticos (Lei n.º 9.096/95);
Resoluções do Tribunal Superior Eleitoral – que não podem restringir direitos ou impor
sanções diversas daquelas previstas em lei (artigo 105, da Lei n.º 9.504/97);
Consultas às Cortes Eleitorais (artigo 23, inciso XII e artigo 30, inciso VII, todos do
Código Eleitoral) - sem caráter vinculante e não podem se referir a casos concretos;
Regimentos internos dos Tribunais.

ATENÇÃO!

Sobre a Constituição da República Federativa do Brasil, são normas materialmente


constitucionais aquelas que tratam sobre o modo de escolha dos representantes
do povo.

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O povo é o titular da soberania (artigo 1º, parágrafo único, da Constituição).
DICA 43
NORMAS ELEITORAIS NA CONSTITUIÇÃO

As normas eleitorais encontradas na Constituição Federal, e os respectivos artigos que


tratam dessas normas, são as seguintes:
Pluralismo político (artigo 1º, inciso V);
Democracia representativa (artigo 1º, parágrafo único);
Perda e suspensão de direitos políticos (artigo 5º, VIII e artigo 15);
Exercício dos direitos políticos ativos e passivos (artigo 14);
Inelegibilidades (artigo 14, parágrafos 7º e 9º);
Partidos políticos (artigo 17);
Sistema eleitoral (artigos 45 e 46);
Justiça Eleitoral (artigos 118 a 121);
Voto direto, secreto, universal e periódico como cláusula pétrea (artigo 60, parágrafo
4º, inciso II);
Prazo dos mandatos e o momento no qual as eleições deverão ocorrer (artigos 44 a 46
e 77).
Princípio da Anualidade Eleitoral (artigo 16).
Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (artigo 14, parágrafo 10).
DICA 44
POVO, HABITANTES, NACIONAIS, CIDADÃOS E ELEITORES

POVO: Pessoas que possuem vínculos linguísticos, culturais, históricos e


afetivos com uma comunidade.

HABITANTES (ou Aqueles que permanentemente ou em caráter precário residem no


população): país, sejam brasileiros ou não.

NACIONAIS: Incluem os brasileiros natos e naturalizados.

CIDADÃOS: → São cidadãos em sentido amplo todos aqueles que vivem sob
a proteção constitucional brasileira, mesmo que residam fora de
nosso território ou sejam estrangeiros em solo nacional.

→ Em sentido restrito constituem apenas os eleitores.

ELEITOR: É o brasileiro com capacidade eleitoral ativa.

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IMPORTANTE!

Na Constituição o conceito de CIDADÃO é utilizado nos dois sentidos:


AMPLO: artigo 1º, inciso I.
RESTRITO: artigo 5º, inciso LXXIII.
DICA 45
RELEMBRANDO NACIONALIDADE - NATA X NATURALIZADA

Brasileiros Natos:
Os nascidos no Brasil, mesmo que de pais estrangeiros, desde que estes não
estejam a serviço de seu país;
Os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que
qualquer deles esteja a serviço do Brasil;
Os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que
sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir no
Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira;

Brasileiros Naturalizados:
Os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos
originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto
e idoneidade moral;
Os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes no Brasil há mais de quinze
anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade
brasileira.

ATENÇÃO

BRASILEIROS NATOS BRASILEIROS NATURALIZADOS

Nascidos no Brasil (solo) = pais brasileiros Portugueses e outros lusófonos (nacionais


ou estrangeiros (que não estejam a de países que falam português) precisam
serviço de seus países). residir apenas um ano ininterrupto +
idoneidade moral.

Nascidos no estrangeiro (sangue) = pai ou Outras nacionalidades estrangeiras:


mãe brasileiros (qualquer um a serviço do residência por mais quinze anos
Brasil). ininterruptos + ausência condenação
penal.

Nascidos no estrangeiro (sangue) = pai ou


mãe brasileiros + registro em repartição
brasileira + opção a qualquer tempo após
a maioridade.

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DICA 46
PARTICIPAÇÃO POPULAR NA CONSTITUIÇÃO

As formas de participações populares na Constituição Federal são:


Plebiscito (artigo 14, inciso I)
Referendo (artigo 14, II)
Iniciativa popular (artigo 14, III)
OBS.: Plebiscito e Referendo NÃO podem ser convocados pelos eleitores.
IMPORTANTE!
Apenas o Congresso Nacional pode convocar a consulta aos cidadãos antes da adoção de
alguma medida legislativa (PLEBISCITO) ou depois dela, como condição para sua
eficácia ou aplicabilidade (REFERENDO).

ATENÇÃO!

plebiscitos não necessários para subdivisão de Estados e Municípios, desmembramento


de áreas para a formação de novas unidades ou incorporação de umas nas outras
(artigo 18, parágrafos 3º e 4º, da Constituição).

DICA 47
EXISTÊNCIA, VALIDADE E EFICÁCIA DAS NORMAS JURÍDICAS

norma existente: Presentes seus elementos nucleares.

Ex.: norma promulgada pelo órgão competente que seguiu os requisitos previstos para
sua elaboração.

norma válida: Presentes seus elementos complementares. Trata-se de norma vigente.

norma eficaz: Presentes seus elementos integrativos, a norma pode produzir efeitos.
Ou seja, a norma PODE gerar efeitos por tempo limitado (leis temporárias ou
excepcionais) ou ilimitado (até que seja revogada por outra norma).

ATENÇÃO!

As normas jurídicas podem ser existentes ou inexistentes:


As existentes podem ser válidas ou inválidas.
Tanto as normas válidas quanto as inválidas podem ser eficazes ou ineficazes.

DICA 48
INICIATIVA POPULAR
Concede ao cidadão comum o direito de deflagrar um processo legislativo sem o
intermédio direto de um representante.

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REQUISITOS (artigo 61, §2º, da Constituição):
1º. Subscrição de 1% do eleitorado nacional;
2º. Distribuído por ao menos 5 Estados;
3.º Pelo menos 0,3% dos eleitores de cada Estado.

Exemplo: O Brasil tem um eleitorado apto em 2022 de 156.454.011.


Logo, um projeto de lei de iniciativa popular precisa ser subscrito por ao menos
1.564.540.
Se o projeto colher assinaturas de eleitores dos Estados do Rio de Janeiro (12.827.296),
São Paulo (34.667.793), Minas Gerais (16.290.870), Espírito Santo (2.921.506) e Paraná
(8.475.632), precisará que pelo menos 0,3% de seus eleitores assinem. Ou seja, no
mínimo 38.482 (RJ), 104.003 (SP), 48.873 (MG), 8.765 (ES) e 25.427 (PR) eleitores.
DICA 49
LEIS DE INICIATIVA POPULAR COM CONTEÚDO ELEITORAL

Lei 9.840/1999: Inclusão do artigo 41-A na Lei n.º 9.504/97 - Captação ilícita de
sufrágio - a popular “compra de votos”.
Este dispositivo permite a cassação do registro de candidatura a cargo eletivo daquele
que oferece vantagens em troca do voto dos eleitores.

Lei Complementar n.º 135/2010 (Lei da Ficha Limpa):


Aprimorou o sistema de inelegibilidades para melhorar a proteção da moralidade e
probidade administrativas.
DICA 50
AÇÃO POPULAR
Meio para proteção do meio ambiente, do patrimônio histórico, da moralidade e do
patrimônio público.
Legitimado ativo (quem pode propor): qualquer eleitor (precisa ter inscrição eleitoral,
ou seja, título de eleitor).

ATENÇÃO!!

NÃO cabe ação popular perante a Justiça Eleitoral.


Se a administração ofender o patrimônio público, a moralidade administrativa ou o
patrimônio histórico e cultural de bens públicos ligados à Justiça Eleitoral, o
conhecimento de eventual ação popular competirá à Justiça Federal.

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DICA 51
CLÁUSULA DE BARREIRA

ATENÇÃO!!

Reintroduzida no ordenamento jurídico pela Emenda Constitucional n.º 97.


Limita o acesso aos recursos do fundo partidário e à propaganda gratuita no rádio
e na televisão aos partidos políticos que NÃO contarem (válido a partir de 2030):
1. nas eleições para a Câmara dos Deputados, com no mínimo, 2,5% (dois e meio por
cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da
Federação, com um mínimo de 1,5% (um e meio por cento) dos votos válidos em
cada uma delas; ou
2. tiverem elegido pelo menos treze Deputados Federais distribuídos em pelo menos
um terço das unidades da Federação.

ATENTE-SE!!

O Congresso eleito em 2022 precisou se adequar às regras abaixo:

nas eleições para a Câmara dos Deputados, atingir no mínimo, 2% (dois por cento)
dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação,
com um mínimo de 1% (um por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou

tiverem elegido pelo menos onze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um
terço das unidades da Federação.
DICA 52
SOBERANIA
A Soberania é exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor
igual para todos.

Sufrágio é um direito e ao mesmo tempo seu modo de exercício. Significa que os


representantes não serão escolhidos por um sorteio ou competição, mas com a coleta da
opinião dos eleitores.

Sufrágio universal significa que todos votam.


Embora haja restrições (idade, por exemplo), não existem restrições discriminatórias
forjadas para retirar o direito das minorias.

ATENÇÃO!!

Sufrágio censitário: exige capacidade econômica para votar.


Sufrágio capacitário: exige condição intelectual para o voto.

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DICA 53
VOTO DIRETO

Voto direto significa que os representantes do povo são escolhidos sem intermediários.

Exceção: eleição indireta para Presidente da República se o cargo ficar vago nos dois
últimos anos do mandato (artigo 81, parágrafo primeiro, da Constituição). O Congresso
Nacional é que escolherá o novo Presidente para completar o mandato.

Voto de valor igual para todos significa que cada voto equivale exatamente a um,
não havendo pesos diferentes entre os votos dos eleitores.
DICA 54
VOTO SECRETO
Voto secreto significa que somente o eleitor é senhor da informação sobre sua escolha.
CUIDADO: o eleitor pode revelar seu voto se quiser, porém, não pode filmar o ato do
voto.
Proibição de o eleitor portar aparelhos de gravação dentro da cabina de votação (artigo
91-A, parágrafo único, da Lei n.º 9.504/97).
Violação do sigilo do voto e sua tentativa constituem crime com pena de detenção de até
dois anos (artigo 312 do Código Eleitoral).

EXCEÇÃO: A Lei Brasileira de Inclusão (Lei n.º 13.146/2015) assegura às pessoas


com deficiência o pleno recurso a auxílios, inclusive tecnológicos, para assegurar seu
direito à participação política.
Além disso, prevê em seu artigo 75, parágrafo primeiro, que sempre que necessário e a
seu pedido, a pessoa com deficiência pode ser auxiliada na votação por pessoa de
sua escolha. Esta pessoa poderá, inclusive, digitar o voto na urna para a pessoa com
deficiência.
DICA 55
PERIODICIDADE DO VOTO
A periodicidade do voto tem previsão constitucional (artigo 60, parágrafo 4º) e é uma
cláusula pétrea.

ATENÇÃO!!

Cláusulas pétreas são dispositivos da Constituição que não podem ser abolidos por
Emenda Constitucional. Não pode haver sequer deliberação no Congresso.
Como o maior mandato eletivo previsto na Constituição é o dos Senadores, com oito
anos, a maioria dos autores entendem que o voto periódico corresponde àquele exercido
em intervalos regulares menores ou iguais a este prazo (oito anos).

DICA 56
ALISTAMENTO ELEITORAL

É o ato de inscrição no cadastro eleitoral.


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Art. 14, CF. (....)


§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são:
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

O brasileiro naturalizado tem o prazo de um ano após a naturalização para se


alistar como eleitor, sob pena de multa.

O alistamento eleitoral obrigatório é anterior ao voto obrigatório. O Código de


1932 previa o alistamento obrigatório, mas não aplicava punição para o não exercício do
voto.
DICA 57
MULTA POR ALISTAMENTO ELEITORAL TARDIO
O artigo 8º do Código Eleitoral prevê a aplicação de multa por alistamento eleitoral tardio.
Atualmente essa multa corresponde em seu valor máximo a R$ 3,51 (três reais e
cinquenta e um centavos).

ATENÇÃO!!

Casos de dispensa da aplicação de multa por alistamento tardio (artigo 33, parágrafo
primeiro da Resolução TSE n.º 23.659/2021)
Brasileiro nato que requerer sua inscrição eleitoral até o 151º dia anterior à eleição
subsequente à data em que completar 19 anos;
Brasileiro naturalizado que requerer sua inscrição eleitoral até o 151º dia anterior à
eleição subsequente à data em que se completar um ano de sua opção pela
nacionalidade;
Pessoa que se alfabetizar após a idade de 18 anos;
Pessoa que declarar, perante qualquer juízo eleitoral, sob as penas da lei, seu estado
de pobreza.
Indígenas também estão dispensados do recolhimento da multa por alistamento
tardio (Ac. TSE, de 6.12.2011, PA n.º 180681).

DICA 58
DOMICÍLIO ELEITORAL
O alistamento eleitoral deve ser feito no local de residência do eleitor. Se tiver mais de
uma, poderá optar por uma delas.

Domicílio: residência com ânimo definitivo.

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Memorex TRE – AJAJ – Rodada 01

Domicílio eleitoral: residência escolhida pelo eleitor em relação a qual ficará


vinculado para votar.

Para fins de fixação do domicílio eleitoral no alistamento e na transferência, deverá


ser comprovada a existência de vínculo residencial, afetivo, familiar, profissional,
comunitário ou de outra natureza que justifique a escolha do município (artigo 23 da
Resolução do TSE n.º 23.659/2021).
DICA 59
TRANSFERÊNCIA DE DOMICÍLIO ELEITORAL
A transferência de um eleitor só pode ser realizada após um ano de permanência no local
original e três meses de residência no novo endereço.

EXCEÇÕES: servidor público civil, militar ou autárquico que tiver sua lotação
alterada (artigo 55, parágrafo segundo, do Código Eleitoral) e seus familiares que o
acompanharem na mudança.

ATENÇÃO!!

Nos anos eleitorais, as alterações no cadastro eleitoral cessam 150 dias antes das
eleições (artigo 91, caput, da Lei n.º 9.504/97).
Isso significa que tanto o alistamento eleitoral quanto as transferências não podem ser
realizadas nesse período.

DICA 60
VEDAÇÕES AO ALISTAMENTO ELEITORAL
Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros (artigo 14, parágrafo segundo, da
Constituição).

Exceção: portugueses residentes no Brasil podem votar e ser votados (artigo 12,
parágrafo primeiro, da Constituição e artigo 17 do Decreto n.º 3.927/2003 - Tratado de
Amizade, Cooperação e Consulta).

A Constituição prevê que os cargos a seguir são privativos (ou seja, só podem ser
ocupados) por brasileiros NATOS:

Presidente e Vice-Presidente da República;

Presidente da Câmara dos Deputados;

Presidente do Senado Federal;

Ministro do Supremo Tribunal Federal;

Carreira diplomática;

Oficial das Forças Armadas.

Ministro de Estado da Defesa.

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DICA 61
CONSCRITOS (SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO)
Não podem alistar-se como eleitores os conscritos (artigo 14, parágrafo segundo, CF).

Conscritos são aqueles que estão no período de serviço militar obrigatório (duração de
12 meses).

ATENÇÃO!!

Lei do Serviço Militar (Lei n.º 4.375/64):


Art. 5º A obrigação para com o Serviço Militar, em tempo de paz, começa no 1º dia
de janeiro do ano em que o cidadão completar 18 (dezoito) anos de idade e subsistirá
até 31 de dezembro do ano em que completar 45 (quarenta e cinco) anos.
Art. 6º O Serviço Militar inicial dos incorporados terá a duração normal de 12 meses.

DICA 62
VOTO OBRIGATÓRIO

Fundamentos: artigo 14, parágrafo primeiro, inciso I, da Constituição e artigo 6º,


caput, do Código Eleitoral.

EXCEÇÕES: analfabetos, maiores de 70 anos e maiores de 16 e menores de 18 anos.


O artigo 7º do Código Eleitoral prevê a justificativa perante o juiz eleitoral até 30 (trinta)
dias após a realização da eleição e a possibilidade do recolhimento de multa
(atualmente fixada em seu valor máximo em R$3,51 por turno eleitoral perdido).
DICA 63
CANCELAMENTO DO ALISTAMENTO ELEITORAL

Art. 71, do Código Eleitoral. São causas de cancelamento:


I - a infração dos artigos. 5º e 42;
II - a suspensão ou perda dos direitos políticos;
III - a pluralidade de inscrição;
IV - o falecimento do eleitor;
V - deixar de votar em 3 (três) eleições consecutivas.

CUIDADO:
O inciso I não é compatível com a Constituição de 1988. Neste caso, diz-se que a
norma NÃO foi RECEPCIONADA pelo Novo Ordenamento Constitucional.
O inciso acima previa a proibição do alistamento de analfabetos e pessoas com
deficiência que não conseguiam se exprimir na língua nacional.

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DICA 64
VOTO NO EXTERIOR
Possível apenas para os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República
(artigo 225, do Código Eleitoral).

ATENÇÃO!!

Quem gerencia as seções eleitorais instaladas no exterior é o Tribunal Regional


Eleitoral do Distrito Federal (artigo 232, do Código Eleitoral).
A Resolução do TSE mais recente a regulamentar a questão é a Resolução n.º 23.669,
de 14 de dezembro de 2021.
Segundo o artigo 65 desta Resolução, para instalação de seção eleitoral no
exterior, é necessário que, na circunscrição sob a jurisdição da missão diplomática ou
da repartição consular, haja, no mínimo, 30 eleitores inscritos.
Caso o número de eleitores supere 800, instala-se uma nova seção eleitoral.
Se o número de eleitores da seção no exterior não atingir o mínimo de 100, NÃO
serão instaladas urnas eletrônicas, devendo a eleição ocorrer com cédulas.

DICA 65
SEÇÕES ELEITORAIS
Os Tribunais Regionais Eleitorais podem propor a subdivisão de sua circunscrição (Estado,
Município) em zonas eleitorais e organizar os eleitores em seções eleitorais.

Limites das seções eleitorais (art. 117 do Código Eleitoral): 400 eleitores nas
capitais e 300 eleitores nas demais localidades.
As seções não podem contar com menos de 50 eleitores (neste caso, as seções são
agregadas a seções maiores).
OBS: Os limites acima podem ser ultrapassados em casos excepcionais, autorizados
pelo Tribunal Regional respectivo.

ATENÇÃO!!

A Resolução do TSE mais recente a regulamentar a questão é a Resolução n.º 23, de 19


de abril de 2022. Segundo ela:
Art. 4º O limite máximo de eleitoras ou eleitores por seção, para efeito de agregação e
Transferência Temporária de Eleitores (TTE) de ofício, será de 350 para o interior e de
450 para a capital.

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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
DICA 66
ASPECTOS GERAIS DA ADMINISTRAÇÃO - CONCEITOS BÁSICOS

Para iniciarmos o estudo é importante entender que Administração é um conceito


bem abrangente e pode ter várias aplicações. Vejamos:

Conceito objetivo: entendido como o conjunto dos elementos que compõem o


processo administrativo (planejamento, organização, direção e controle);

Conceito subjetivo: a administração como um corpo dirigente de uma organização


responsável pela tomada de decisões estratégicas.

E o conceito como centro administrativo: que trata a administração como o local


nas organizações onde se tomam providências administrativas, como as relativas a
aspectos legais e registros.

A definição mais usual de administração é a seguinte:

“O processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso de recursos a fim


de alcançar objetivos organizacionais.”

DICA 67
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A Administração Pública é o conjunto de órgãos e entidades que integram a estrutura
administrativa do Estado, com o objetivo de efetivar a vontade política para cumprimento
do interesse público.
O Governo decide qual política adotar e a máquina pública (Administração Pública)
executa o rumo adotado.

Sentido material/objetivo: é a atividade estatal exercida sob um regime jurídico, por


meio de serviço público, polícia administrativa, fomento à iniciativa privada ou
intervenção.
Sentido formal/subjetivo: são os sujeitos que atuam em nome da Administração
Pública, se dividindo em Administração Pública Direta (entes da federação) e
Administração Pública Indireta (órgãos e entidades).
DICA 68
PRINCÍPIOS EXPLÍCITOS

Estão previstos no caput do artigo 37, são eles:


L egalidade
I mpessoalidade
M oralidade “L I M P E”
P ublicidade
E ficiência

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Esses princípios balizam a atuação de toda Administração Pública, seja:

Direta (União, Estados, Distrito Federal e Munícipios); ou

Indireta (autarquia, fundação pública, sociedade de economia mista e empresa


pública) dos três Poderes (Judiciário, Executivo e Legislativo).
DICA 69
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Trata-se de expoente máximo do Estado Democrático de Direito. Traduz a submissão do
Poder Público à lei.

O princípio da legalidade possui dupla acepção, uma que diz respeito à Administração
Pública e outra aos particulares, vejamos:

Particulares: é permitido fazer tudo aquilo que a lei não proíbe.

Administração pública: pode fazer apenas o que a lei determina (ato vinculado) ou
autoriza (ato discricionário).
Em que pese ser o expoente máximo do Estado Democrático de Direito, o princípio da
legalidade, excepcionalmente, pode ser relativizado, permitindo que o Poder Público ladeie
às disposições legais. Nos casos de decretação do estado de defesa e de sítio; e de edição
de medida provisória, o Chefe do Poder Executivo detém maior liberdade de atuação.
DICA 70
PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE
É conhecido também como Princípio da Isonomia e Princípio da Finalidade.

Possui 03 acepções, vejamos:

Finalidade: a finalidade precípua da Administração Pública é buscar satisfazer o


interesse público. Caso o ato seja praticado com finalidade distinta a essa, restará
NULO por desvio de finalidade.
Em sentido amplo, o princípio da impessoalidade busca o atendimento do interesse
público. Já em sentido estrito, visa atender a finalidade específica prevista em lei para o
ato administrativo.

Vedação à promoção pessoal: não é permitido ao agente público se valer de


realizações da Administração Público como se fossem próprias. Assim, é vedado, por
exemplo, constar símbolo de partido político em obra pública. Trata-se de proibição
expressamente prevista no parágrafo 1º, do artigo 37, da CF/88.
§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não
podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de
autoridades ou servidores públicos.

Isonomia: a Administração Pública deve se relacionar com os particulares de forma


imparcial.

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DIREITO CONSTITUCIONAL
DICA 71
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS - FUNDAMENTOS DA REPÚBLICA

A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e


Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem
como fundamentos:

Soberania; Mnemônico:
Cidadania;
SO-CI-DI-VA-PLU
Dignidade da pessoa humana;

Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

Pluralismo político.
FIQUE ATENTO!
Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou
diretamente, nos termos da Constituição Federal.

QUESTÃO.
Sobre os poderes do Estado, é CORRETO afirmar que
a) emanam das Forças Armadas.
b) emanam do povo.
c) pertencem às autoridades que o exercem.
d) somente podem ser exercidos pelo povo indiretamente, através de representantes
eleitos.
Gabarito: B.
Comentário: No caso dessa questão, o candidato deveria saber que, segundo o artigo
1º, parágrafo único, da Constituição de 1988, todo o poder emana do povo, que o
exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta
Constituição.
Desse modo, por eliminação seria possível encontrar a resposta da questão.

Independência e Harmonia Dos Poderes: São Poderes da União, independentes e


harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
DICA 72
PRINCÍPIOS DE REGEM AS RELAÇÕES INTERNACIONAIS DA REPÚBLICA
FEDERATIVA DO BRASIL

A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos


seguintes princípios:

Independência nacional;

Prevalência dos direitos humanos;


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Autodeterminação dos povos;

NÃO-INTERVENÇÃO;

Igualdade entre os Estados;

Defesa da paz;

Solução pacífica dos conflitos;

Repúdio ao terrorismo e ao racismo;

Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;

CONCESSÃO DE ASILO POLÍTICO.


FIQUE ATENTO!
A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural
dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-
americana de nações.
DICA 73
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS - DIREITO À VIDA
O direito à vida compreende a extrauterina e a intrauterina. Nota-se que nem mesmo
o direito à vida é absoluto. Isso porque, por exemplo, no Brasil, em caso de guerra
declarada, admite-se a pena de morte, portanto, não o direito à vida não é um direito
absoluto. De mais a mais, o aborto, por sua vez, é permitido em casos excepcionais.

Para sua prova do TSE, é importante que você conheça essas terminologias. Veja só:

Aborto terapêutico ou necessário: ocorre quando o médico interrompe a gravidez


quando não há outra forma de salvar a vida da gestante.

Aborto sentimental ou humanitário: é a interrupção da gravidez praticada por


médico nos casos de estupro, desde que haja autorização da gestante ou de seu
representante legal quando a gestante dor menor de 18 (dezoito) anos.

Aborto eugenésico ou eugênico: É aquele realizado para evitar o nascimento de uma


criança com grave deformidade genética.

DICA 74
IGUALDADE/ISONOMIA
O principal dispositivo constitucional sobre o direito de liberdade é o art. 5º, inciso I, da
CF, que assim dispõe: “homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos
termos desta Constituição”.
O objetivo deste dispositivo não é somente garantir a igualdade formal, mas
principalmente a igualdade material ou substancial.
A igualdade formal busca tratar todos os indivíduos da mesma maneira, garantindo-se
os mesmos direitos e deveres. Contudo, a igualdade material busca o mesmo

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tratamento igualitário, com a observação de que todos devem ser tratados de maneira
igual, na medida das suas desigualdades.
Nesse sentido, a própria Constituição em algumas situações já materializa a igualdade
material ou substancial, como no art. 5º, inciso L, da CF: “às presidiárias serão
asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de
amamentação”.
Com base também no princípio da igualdade material é que se legitima as chamadas
ações afirmativas, que representam medidas de compensação para grupos com
realidade histórica de marginalização ou discriminação. São exemplos de ações
afirmativas: Cotas raciais, PROUNI e a lei maria da penha.

JURISPRUDÊNCIA

A lei que veda o exercício da atividade de advocacia por aqueles que desempenham,
direta ou indiretamente, atividade policial, não afronta o princípio da isonomia. STF.
Plenário. ADI 3541/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 12/2/2014 (Info 735).

DICA 75
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
O princípio da reserva legal impõe a necessidade de que determinadas matérias sejam
disciplinadas por LEI FORMAL, ou seja, aquelas espécies normativas encontradas no
artigo 59, da CF/88. O princípio da legalidade, por sua vez, traduz a necessidade de
obediência à lei em SENTIDO AMPLO.
A expressão “lei” deve ser interpretada em sentido amplo, de modo que a legalidade
abranja todas as espécies normativas previstas no artigo 59, da CF/88, decreto autônomo
(artigo 84, inciso VI, da CF/88), os regimentos internos dos tribunais, as resoluções do
Tribunal Superior Eleitoral e resoluções do Conselho Nacional de Justiça.

A reserva legal pode ser classificada em:

Absoluta: a norma constitucional necessita lei formal para sua regulamentação.

Relativa: em que pese a necessidade de lei formal, é possível a edição de espécies


infralegais para regulamentação da norma constitucional.
O princípio da irretroatividade das leis preconiza que a lei penal NÃO retroagirá,
exceto em benefício do réu.
Para o indivíduo, o princípio da legalidade significa que ele não será obrigado a fazer ou
deixar de fazer algo, senão em virtude de lei. Em outras palavras, o indivíduo apenas fará
ou não fará algo se tiver uma lei obrigando ou desobrigando a fazer tal coisa.
Em relação ao Estado, o princípio da legalidade apresenta outro significado, na medida em
que a Administração Pública poderá fazer apenas o que a lei permitir. A doutrina chama
esse princípio de legalidade estrita.
Dessa forma, a Administração Pública deve atuar nos limites da lei, não sendo legítimo
atuar em situações não reguladas em lei.

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DICA 76
LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA E DE CRENÇA

Nos termos da Constituição (art. 5º), é assegurado:

VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre


exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de
culto e a suas liturgias;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas
entidades civis e militares de internação coletiva;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção
filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos
imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;

O Brasil é um país leigo, laico ou não confessional, o que significa a separação oficial
entre o Estado e a religião. Assim, o Estado não permite a interferência de correntes
religiosas em assuntos estatais.

JURISPRUDÊNCIA

A imposição legal de manutenção de exemplares de Bíblias em escolas e


bibliotecas públicas estaduais configura contrariedade à laicidade estatal e à
liberdade religiosa consagrada pela Constituição da República de 1988. STF.
Plenário. ADI 5258/AM, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 12/4/2021 (Info 1012).

É constitucional a obrigatoriedade de imunização por meio de vacina que,


registrada em órgão de vigilância sanitária, (i) tenha sido incluída no Programa
Nacional de Imunizações ou (ii) tenha sua aplicação obrigatória determinada em lei ou
(iii) seja objeto de determinação da União, estado, Distrito Federal ou município, com
base em consenso médico-científico. Em tais casos, não se caracteriza violação à
liberdade de consciência e de convicção filosófica dos pais ou responsáveis,
nem tampouco ao poder familiar. STF. Plenário. ARE 1267879/SP, Rel. Min.
Roberto Barroso, julgado em 16 e 17/12/2020 (Repercussão Geral – Tema 1103)
(Info 1003).

É constitucional a lei de proteção animal que, a fim de resguardar a liberdade


religiosa, permite o sacrifício ritual de animais em cultos de religiões de matriz
africana. STF. Plenário. RE 494601/RS, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac.
Min. Edson Fachin, julgado em 28/3/2019 (Info 935).

CF/88 prevê que “o ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina


dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental.” (art. 210, § 1º).
[...] O STF julgou improcedente a ADI e decidiu que o ensino religioso nas
escolas públicas brasileiras pode ter natureza confessional, ou seja, pode sim
ser vinculado a religiões específicas. A partir da conjugação do binômio Laicidade
do Estado (art. 19, I) e Liberdade religiosa (art. 5º, VI), o Estado deverá assegurar o
cumprimento do art. 210, § 1º da CF/88, autorizando na rede pública, em igualdade
de condições o oferecimento de ensino confessional das diversas crenças, mediante
requisitos formais previamente fixados pelo Ministério da Educação. Assim, deve ser
permitido aos alunos, que expressa e voluntariamente se matricularem, o pleno
exercício de seu direito subjetivo ao ensino religioso como disciplina dos horários
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normais das escolas públicas de ensino fundamental, ministrada de acordo com os
princípios de sua confissão religiosa, por integrantes da mesma, devidamente
credenciados a partir de chamamento público e, preferencialmente, sem qualquer
ônus para o Poder Público. Dessa forma, o STF entendeu que a CF/88 não proíbe
que sejam oferecidas aulas de uma religião específica, que ensine os dogmas
ou valores daquela religião. Não há qualquer problema nisso, desde que se
garanta oportunidade a todas as doutrinas religiosas. STF. Plenário.ADI
4439/DF, rel. orig. Min. Roberto Barroso, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes,
julgado em 27/9/2017 (Info 879).

JURISPRUDÊNCIA

“[...] nos termos do artigo 5º, VIII, da Constituição Federal é possível a realização de
etapas de concurso público em datas e horários distintos dos previstos em edital, por
candidato que invoca escusa de consciência por motivo de crença religiosa, desde que
presentes a razoabilidade da alteração, a preservação da igualdade entre todos os
candidatos e que não acarrete ônus desproporcional à Administração Pública, que
deverá decidir de maneira fundamentada”.

DICA 77
LIBERDADE DE MANIFESTAÇÃO DO PENSAMENTO, DE CONSCIÊNCIA E DE
EXPRESSÃO (INCS. IV, V e IX)
É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano
material, moral ou à imagem.
ESQUEMATIZANDO:

Aplica-se a pessoas físicas e


pessoas jurídicas.

DIREITO DE RESPOSTA É proporcional ao agravo.

Pode ser acumulado com


indenização por dano material,
moral ou à imagem.

DICA 78
SIGILO DE CORRESPONDÊNCIA E COMUNICAÇÕES

A Constituição Federal dispõe: “É inviolável o sigilo da correspondência e das


comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último
caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de
investigação criminal ou instrução processual penal.”
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A inviolabilidade de sigilo abrange quatro situações: correspondências, comunicações


telegráficas, comunicações de dados e comunicações telefônicas.
O próprio dispositivo da Constituição excepciona a regra, ao afirmar que o sigilo das
comunicações telefônicas pode sofrer restrição por ordem judicial para fins de
investigação criminal ou instrução processual penal, nos termos da lei.

ATENÇÃO!

A exceção que a Constituição Federal traz corresponde apenas a comunicações


telefônicas.

O fato de a Constituição Federal trazer apenas exceção quanto às comunicações


telefônicas, NÃO significa que as outras inviolabilidades são ABSOLUTAS, pois NÃO
existem direitos fundamentais absolutos.
A título de exemplo, as inviolabilidades de correspondência e de comunicações telegráficas
podem ser restringidas nas hipóteses de decretação de estado de defesa e de sítio (art.
136, §1º, inciso I; e art. 139, inciso III, ambos da CF).
DICA 79
LIBERDADE DE REUNIÃO
Segundo o inciso XVI, do art. 5º, todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em
locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem
outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio
aviso à autoridade competente.

As condições para o exercício do direito de reunião são as seguintes:

Locais abertos ao público;


Finalidade pacífica;

Não pode frustrar reunião já convocada para o mesmo local;

Ausência de armas;

Prévia comunicação às autoridades competentes.

ATENÇÃO!

Não confundir prévio AVISO com prévia AUTORIZAÇÃO.


Sobre o requisito do AVISO, o STF, através do Recurso Especial n° 806339/SE, cujo
Relator foi o Ministro Marco Aurélio, já entendeu que tal aviso seja cumprido, não há
nenhum tipo de forma pré estabelecida, bastando apenas que chegue o conhecimento
da reunião ao Poder Público. A saber: “A exigência constitucional de aviso prévio
relativamente ao direito de reunião é satisfeita com a veiculação de informação
que permita ao poder público zelar para que seu exercício se dê de forma
pacífica ou para que não frustre outra reunião no mesmo local”. STF. Plenário. RE
806339/SE, Rel. Min. Marco Aurélio, redator do acórdão Min. Edson Fachin, julgado
em 14/12/2020 (Repercussão Geral – Tema 855) (Info 1003).

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Um grande exemplo desse aviso (sem nenhuma forma em si), com base no
entendimento firmado pelo STF, seria uma reunião agendada e amplamente divulgada
através das redes sociais, as quais, a maioria da sociedade tem acesso. Assim, dada a
alta veiculação, obviamente, o Poder Público teria conhecimento.

Sobre isso, redobre a atenção! Caso a Banca cobre a literalidade da Constituição, precisa
apenas que haja o aviso prévio (sem especificar de que maneira). Entretanto, caso a
banca cobre o recente entendimento jurisprudencial, o aviso não precisa ser
necessariamente formal, bastando apenas que, de alguma forma, chegue ao
conhecimento do Poder Público.
DICA 80
LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO
Segundo o inciso XV, do art. 5º, é livre a locomoção no território nacional em tempo de
paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair
com seus bens.
Durante a excepcionalidade do estado de sítio, defesa ou intervenção federal, o direito de
liberdade de locomoção pode ser cerceado.
Qualquer pessoa, brasileiro ou estrangeiro, pode transitar livremente pelo território
nacional com seus bens.
O “habeas corpus” é o remédio adequado para combater cerceamento ilegais do direito da
liberdade de locomoção.
DICA 81
PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA

Presunção de inocência ou presunção de não culpabilidade: tem o objetivo de evitar


condenações criminais precipitadas.

JURISPRUDÊNCIA

Quanto a este tema, importante ressaltar a orientação atual do STF quanto à execução
provisória da pena. Atualmente, o STF NÃO admite a execução provisória da pena,
uma vez que o cumprimento da pena somente pode ter início com o esgotamento de
todos os recursos.
Sobre concursos públicos, o STF também tem jurisprudência pacificada, no sentido de
que “Sem previsão constitucionalmente adequada e instituída por lei, não é legítima a
cláusula de edital de concurso público que restrinja a participação de candidato
pelo simples fato de responder a inquérito ou a ação penal.”. (STF – RE
560.900/DF - Tema 22 - Tese).

DICA 82
CRIMES INAFIANÇÁVEIS, IMPRESCRITÍVEIS E INSUSCETÍVEIS DE GRAÇA OU
ANISTIA

Crimes inafiançáveis e imprescritíveis – Racismo e Ação de grupos armados contra


a ordem constitucional e o Estado Democrático.

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Para lembrar, basta pensar na RAÇÃO (Racismo e Ação de grupos armados).

Crimes Inafiançáveis e Insuscetíveis de Graça ou Anistia:


Utiliza-se a sigla 3TH:

3T T Tortura

T Tráfico de drogas

T Terrorismo

H H Crimes Hediondos

Podemos encontrar mandados de criminalização nos seguintes incisos:

XLII – a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível;


XLIII – a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça, anistia e
indulto a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o
terrorismo e os crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores
e os que, podendo evitá-los, se omitirem.
XLIV – constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armado civis ou
militares, contra a ordem constitucional e o estado democrático.

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DIREITO ADMINISTRATIVO
DICA 83
ATO ADMINISTRATIVO - CONTROLE DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

Ato Administrativo: São as manifestações de vontade da Administração Pública por


meio de decretos, resoluções, portarias, circulares, etc.
É uma declaração unilateral da vontade do Estado, de nível inferior à lei, para atender ao
interesse público.

Cria, restringe, declara ou extingue direitos.

São sujeitos ao controle judicial.

Controle dos atos administrativos:

São duas as formas de controle dos atos administrativos:


Quando realizado pela própria Administração trata-se de controle interno ou
autotutela;
O princípio da autotutela é a obrigação da Administração Pública em controlar os atos
editados, para retirar do ordenamento jurídico os ilegítimos ou inoportunos.

→ ILEGÍTIMOS são os atos ilegais ou nulos, tendo a Administração a obrigação de


retirá-los do sistema.

→ INOPORTUNOS são os atos que, em que pese não serem ilegais, se tornaram
inoportunos ou inconvenientes, tendo a Administração a prerrogativa de revogar os
que entender se enquadrarem em tais características.

Os fundamentos acima estão consolidados pelo STF, nas Súmulas 346 e 473:

SÚMULA 346 STF

A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.

SÚMULA 473 STF

A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam
ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência
ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a
apreciação judicial.

Quando realizado pelo poder judiciário se apresenta o controle externo.


Em respeito ao Princípio da Separação dos Poderes, o Judiciário e Legislativo, quando
apreciarem atos administrativos, deverão limitar-se aos aspectos da legalidade, não
lhes competindo analisar o mérito, conveniência ou oportunidade.

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IMPORTANTE: Sobre a súmula 346 do STF, foi fixada a seguinte tese:

Tese de Repercussão Geral:


Ao Estado é facultada a revogação de atos que repute ilegalmente praticados; porém,
se de tais atos já tiverem decorrido efeitos concretos, seu desfazimento deve ser
precedido de regular processo administrativo.

DICA 84
ANULAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
Anulação tem como fundamento a ilegalidade do ato, sendo realizada pela própria
Administração ou pelo Poder Judiciário.
A anulação acarreta efeito ex tunc (retroage à situação original), eliminando, por
consequência, todos os atos gerados pelo ato durante sua vigência.
Não possibilita, em regra, a invocação de direitos adquiridos, em razão da ilegalidade
apresentada, com exceção dos que constituíram direitos de boa-fé.
O prazo (decadencial) que a Administração possuí para anulação dos seus atos é de 5
anos, conforme prescrito no artigo 54 da Lei nº 9.784/99.
Se praticado o ato com má-fé, o prazo de 5 anos não se aplica.
DICA 85
REVOGAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
Revogação tem como fundamento a conveniência e oportunidade, não se tratando de
retirada do ato em razão de ilegalidade.
A revogação acarreta efeito ex nunc, ou seja, a partir da revogação, sendo mantidos os
direitos adquiridos em respeito ao Princípio da Segurança Jurídica.
Não há prazo para revogação, podendo ocorrer a qualquer momento, conforme o
interesse público assim se apresente.
Alguns atos não podem ser revogados, quais sejam, aqueles que já se consumaram.

Ex.: Licitação já consumada com a celebração do contrato com o vencedor.

A anulação e revogação dos atos administrativos se encontram prescritos no artigo 53


da Lei nº 9.784/99:

Artigo 53 – A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício
de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos.

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DICA 86
ANULAÇÃO X REVOGAÇÃO
QUADRO RESUMO:

ANULAÇÃO REVOGAÇÃO

MOTIVO Ilegalidade Conveniência e Oportunidade

TITULAR Administração e Judiciário Administração

EFEITOS Ex Tunc Ex Nunc

PRAZO 5 anos, salvo má-fé Sem prazo

DICA 87
COMPETÊNCIA

Características:

Irrenunciável – o agente não pode recusar sua competência.

Improrrogável – Ato praticado por agente incompetente, mesmo sem alegação de


qualquer interessado, não torna esse agente competente pelo decurso do tempo.

Imprescritível – Não se perde a competência pelo decurso do tempo.


Somente a lei pode retirar uma competência, assim como somente a lei estipula
competência.

Inderrogável – A competência não pode ser transferida por simples vontade das
partes.
DICA 88
VÍCIOS DE COMPETÊNCIA

Excesso de Poder: ocorre quando o agente público, embora competente, se


excede no exercício de suas atribuições.

Usurpação de Função: Quando uma pessoa se apropria de uma função para praticar
atos inerentes a essa função. A pessoa se apodera da função sem ter sido investida
legalmente nela.

Ex.: Um irmão gêmeo de um servidor toma seu lugar e pratica um ato administrativo.

Agente Putativo: ocorre quando uma pessoa é irregularmente investida na função


pública.

Ex.: fraude num concurso público, com vazamento de gabarito, beneficiando o infrator
com a aprovação no concurso.

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DICA 89
FINALIDADE
É o objetivo almejado com a prática do ato administrativo, lembrando que o objetivo
deve ser sempre voltado para satisfazer o interesse público.
A finalidade é definida em lei, não havendo liberdade para o agente praticar o ato.
Em regra, a finalidade é vinculada, porém, mediante autorização legislativa, o agente
poderá praticar o ato com certo grau de liberdade de escolha (discricionariedade).
Se não respeitada a finalidade pública restará configurado o desvio de finalidade.
DICA 90
FORMA
É como o ato se materializa, ou seja, é a manifestação de vontade sendo concretizada.
É como o ato vem ao mundo. Pode ser escrito (regra), verbal ou sons.

Ex.: emissão de carteira de motorista para quem se habilita – o ato administrativo vem
ao mundo através da emissão do documento (carteira de motorista).
DICA 91
MOTIVO
É a situação de fato ou de direito que autoriza a prática do ato administrativo.

A situação de fato é o acontecimento que gera a expedição do ato administrativo.

Ex.: excesso de velocidade gera um ato administrativo – multa.

Situação de direito é aquela que está na lei. A lei descreve a situação.

Ex.: aposentadoria compulsória. Está prevista em lei e, quando atingida a idade, ocorre
a aposentadoria.
DICA 92
OBJETO
É o efeito prático pretendido com o ato administrativo. É aquilo que o ato produz, o seu
resultado.

Ex.: o objeto de um ato administrativo de desapropriação é extinguir o direito de


propriedade do particular em favor do Estado. Ao ser praticado o ato, o objeto é a
desapropriação.
DICA BÔNUS
DISCRICIONARIEDADE DO ATO ADMINISTRATIVO
Ato discricionário é aquele que permite ao agente público realizar um juízo de
conveniência e oportunidade, podendo decidir o melhor ato a ser praticado.
A lei confere ao administrador certa margem de liberdade para escolha.
No ato discricionário há mérito administrativo.

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Ex.: realização de concurso público pelo prazo de 2 anos, prorrogável por igual
período. O administrador, utilizando do juízo de conveniência e oportunidade decidirá
se prorrogará ou não o concurso.
O ato discricionário é passível de controle pelo Poder Judiciário, não podendo o
Judiciário analisar o mérito (conveniência e oportunidade), mas sim analisar sua
legalidade.

Vinculação do ato administrativo: Ato vinculado é aquele em que todos os


requisitos ou elementos estão em lei, não havendo margem de liberdade para o agente
público.
Nos atos vinculados não há mérito administrativo, é a lei quem determina a forma e
o conteúdo.

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DIREITO CIVIL
DICA 93
LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO (LINDB)
A LINDB é estudada no âmbito do Direito Civil, mas a sua aplicação vai muito além dele,
abrangendo assim os mais variados ramos do direito: tributário, civil, empresarial, penal
etc.
Essa lei foi recepcionada como Lei Ordinária e podemos chamá-la de norma de
sobredireito, tendo em vista seu caráter introdutório, que disciplina princípios,
aplicação, vigência, interpretação e integração, itens relacionados a todo o direito e não
somente ao Código Civil.

Para uma lei ser criada há um procedimento próprio que está definido na
Constituição Federal (Processo Legislativo) e que envolve outras etapas como:

→ a tramitação no legislativo;

→ a sanção pelo executivo;

→ a sua promulgação e por último;

→ a publicação.

Destaca-se que é a partir da publicação que a LINDB começa a ser aplicada.


Quando uma Lei tem vigência, significa dizer que ela tem força obrigatória, tem
executoriedade, que já pode produzir efeitos para os casos concretos nela previstos. Como
se a lei fosse um ser vivo e que, enquanto vigente, tem vida.

A vigência da lei pode ser abordada por 2 aspectos, que são:

→ o tempo (quando começam e quando terminam seus efeitos) e;

→ o espaço (o território em que a lei terá validade).

DICA 94
LINDB

Vacatio legis é o período dado pelo nosso ordenamento jurídico para que a sociedade e
os operadores de direito possam adaptar-se devidamente a nova lei. Para seu melhor
entendimento:

Vacatio legis
Publicação oficial lei nova

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ORIENTAÇÕES PARA ESTUDO

Assuntos mais relevantes da LINDB:


Art. 1º - Vacatio legis;
Art. 2º - Revogação;
Art. 3º - Princípio da obrigatoriedade da Lei;
Art. 4º - Lacuna (omissão) da lei;
Art. 5º - Função social da Lei;
Art. 6º - Irretroatividade;
Art. 7º - Territorialidade.

DICA 95
VIGÊNCIA DA LEI
A Lei só começará a vigorar depois de sua publicação no Diário Oficial. Ao finalizar o
processo de sua produção, a norma já é considerada válida, mas ainda não vigente. A
vigência é um aspecto temporal da norma (prazo que demarca o seu período de
aplicação.

Art. 1º. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país 45 dias
depois de oficialmente publicada;

O período entre a publicação e a vigência é o que chamamos de vacância, ou vacatio


legis, e serve para que os textos legais tenham uma melhor divulgação, um alcance
maior, contemplando, dessa forma, prazo adequado para que da lei se tenha amplo
conhecimento.
A lei pode indicar outro prazo de vigência, que pode ser na data da publicação da lei,
inferior ou superior aos 45 dias citados na LINDB. Se for constatado que a lei tem um
prazo específico, dispondo em contrário à LINDB, esta é que prevalecerá.
Logo, a publicação indicará o início da vigência da lei e tem a finalidade de tornar a lei
conhecida.
DICA 96
VIGÊNCIA DA LEI
É importante destacar que quando a obrigatoriedade da lei brasileira for admitida em
Estados estrangeiros, ela se inicia 3 (três) meses depois de oficialmente publicada e
será nos casos por exemplo de registro civil de pessoas naturais no estrangeiro. Os
brasileiros residentes no exterior podem registrar seus filhos no estrangeiro, para que
sejam brasileiros natos. Se uma lei sobre o registro civil for publicada no Brasil, sem
especificação de vacatio legis, ela será aplicada em 45 dias, no Brasil, e em 3 meses,
nesse país.

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Art.1º. §1. Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando


admitida, se inicia 3 meses depois de oficialmente publicada;

De mais a mais, caso haja uma lei já publicada, mas que ainda não está em vigor e,
portanto, ainda está no período de vacatio legis. Se essa lei for republicada para
correção (devido a erros materiais, omissões ou até mesmo falhas de ortografia), o
prazo recomeçará a ser contado a partir dessa nova publicação. Assim, vejamos o que a
LINDB diz:

§3º. Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada
a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova
publicação;

§4º. As correções a texto de lei já em vigor consideram-se Lei nova, ou seja, caso a
vacatio legis já tenha sido superado, já tenha transcorrido o prazo de 45 dias, ou outro
que a lei determine, estando, desta forma, a lei em sua plena vigência. Nesse caso a
correção a texto será considerada como lei nova;

DICA 97
VIGÊNCIA DA LEI – ART. 1º, §1º AO §4º
É importante destacar que quando a obrigatoriedade da lei brasileira for admitida em
Estados estrangeiros, ela se inicia 3 (três) meses depois de oficialmente publicada e será
nos casos por exemplo de registro civil de pessoas naturais no estrangeiro. Os brasileiros
residentes no exterior podem registrar seus filhos no estrangeiro, para que sejam
brasileiros natos. Se uma lei sobre o registro civil for publicada no Brasil, sem
especificação de vacatio legis, ela será aplicada em 45 dias, no Brasil, e em 3 meses,
nesse país.
Vejamos:

Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se


inicia 3 meses depois de oficialmente publicada;
De mais a mais, caso haja uma lei já publicada, mas que ainda não está em vigor e,
portanto, ainda está no período de vacatio legis. Se essa lei for republicada para correção
(devido a erros materiais, omissões ou até mesmo falhas de ortografia), o prazo
recomeçará a ser contado a partir dessa nova publicação. Assim, vejamos o que a LINDB
diz:

Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a
correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova
publicação;
As correções a texto de lei já em vigor consideram-se Lei nova, ou seja, caso a vacatio
legis já tenha sido superado, já tenha transcorrido o prazo de 45 (quarenta e cinco) dias,
ou outro que a lei determine, estando, desta forma, a lei em sua plena vigência. Nesse
caso a correção a texto será considerada como lei nova.

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DICA 98
ESTADO DA PESSOA NATURAL

O estado pode ser:

INDIVIDUAL: é o modo de ser do indivíduo no que diz respeito ao sexo, à idade, à


cor, à saúde... O Estado Individual se refere a aspectos da constituição orgânica do
indivíduo que possuem influência sobre a capacidade civil, se ele é homem ou mulher, se
é maior de idade, entre outros.

FAMILIAR: O Estado Familiar tem a ver com a situação do indivíduo no que diz
respeito ao matrimônio, se ele é solteiro, casado, viúvo... e tem a ver com o parentesco,
se ele é filho, pai, irmão...

POLÍTICO: diz respeito à posição da pessoa na sociedade política, que pode ser
nacional (nato ou naturalizado) e estrangeiro.
DICA 99
CARACTERÍSTICAS DO ESTADO DA PESSOA NATURAL

INDISPONIBILIDADE:
O estado civil NÃO pode ser comercializado. É INALIENÁVEL e IRRENUNCIÁVEL.
Contudo, pode mudar. O solteiro pode passar a ser casado. O casado pode passar a
ser divorciado...

IMPRESCRITIBILIDADE:
O estado NÃO se perde, tampouco se adquire o estado pela prescrição. Não é possível
obtê-lo por usucapião.

INDIVISIBILIDADE:
Regra: Ninguém pode ser casado e solteiro ao mesmo tempo, por exemplo.
EXCEÇÃO: dupla nacionalidade.

DICA 100
INCAPACIDADES

ABSOLUTAMENTE INCAPAZES RELATIVAMENTE INCAPAZES

Apenas os menores de 16 anos. Não Maiores de 16 anos e menores de 18


existem maiores de idade que sejam anos;
absolutamente incapazes. (art. 3º CC) Ébrios habituais e viciados em tóxicos;
Pessoas que, por causa transitória ou
definitiva, não puderem expressar
vontade;
Pródigos. (art. 4º, CC)

OBS.: Os absolutamente incapazes devem ser representados enquanto os


relativamente incapazes devem ser assistidos.
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DICA 101
PESSOA E PERSONALIDADE

PESSOA: é o ser físico ou coletivo, que pode adquirir direitos e contrair obrigações. A
pessoa é sujeito de direito;

PESSOA NATURAL: é dotada de personalidade e capacidade;

PESSOA JURÍDICA: sujeito das relações jurídicas. Por ser a PJ um objeto, ela pode ser
vendida;

PERSONALIDADE: aptidão de adquirir direitos e possuir obrigações. Toda pessoa


possui personalidade jurídica;

CAPACIDADE DE DIREITO: CAPACIDADE NÃO É PERSONALIDADE!


A capacidade de direito é condição do próprio homem. Todos os indivíduos possuem,
sem distinção.

O artigo 1º do Código Civil dispõe que: “Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na
ordem civil.”
DICA 102
CAPACIDADE

A Capacidade pode ser:

De direito ou gozo: todos possuem pelo simples fato de serem humanos.

De fato ou exercício: somente alguns indivíduos possuem. Em regra, é adquirida aos


18 anos.

Capacidade Plena: capacidade de direito + capacidade de fato.

Capacidade Limitada: só capacidade de direito.

Artigo 543 do CC: Se o donatário for absolutamente incapaz, dispensa-se a aceitação,


desde que se trate de doação pura.

VEJA COMO ESSE TEMA JÁ FOI COBRADO:

QUESTÃO, 2018.
Joaquim, de 10 anos, é contemplado, em testamento deixado por seu tio avô, Antônio,
com um pequeno apartamento no Município de Florianópolis. Surpresos com a deixa, os
genitores de Joaquim procuram assistência jurídica.
Nesse caso, Joaquim:
a) não poderá receber a propriedade do imóvel, visto ser absolutamente incapaz;
b) não possui personalidade civil, assim seus pais receberão a propriedade do bem;
c) poderá receber a propriedade do imóvel, mediante a assistência dos pais;

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d) poderá receber a propriedade do bem, já que possui capacidade de direito;
e) poderá receber a propriedade do bem quando atingir a maioridade civil.
Gabarito: Letra d.
Comentário: CERTO, pois Joaquim possui capacidade de direito e não de fato. Ainda,
está de acordo com o artigo 543 do CC: Se o donatário for absolutamente incapaz,
dispensa-se a aceitação, desde que se trate de doação pura.

DICA BÔNUS
ABSOLUTAMENTE E RELATIVAMENTE INCAPAZES

ABSOLUTAMENTE INCAPAZES: RELATIVAMENTE INCAPAZES:

São absolutamente incapazes de exercer São incapazes, relativamente a certos


pessoalmente os atos da vida atos ou à maneira de os exercer:
civil os menores de 16 (dezesseis) anos. I - os maiores de dezesseis e menores
de dezoito anos;
II - os ébrios habituais e os viciados em
tóxico;
III - aqueles que, por causa transitória
ou permanente, não puderem exprimir
sua vontade;
IV - os pródigos.

Veja como já foi cobrado:

QUESTÃO FGV, 2011.


Três irmãos pretendem comprar juntos um automóvel: Caio, 20 anos, pessoa com leve
deficiência mental; Joana, 16 anos, graduada em Turismo; e Natália, 17 anos, casada
civilmente com Jorge.
Para a celebração do negócio, deve-se levar em conta que Caio, Joana e Natália são,
respectivamente:
a) absolutamente capaz, absolutamente capaz e absolutamente capaz;
b) absolutamente incapaz, absolutamente capaz e absolutamente incapaz;
c) relativamente incapaz, relativamente incapaz e absolutamente incapaz;
d) absolutamente incapaz, absolutamente capaz e relativamente incapaz;
e) relativamente incapaz, absolutamente incapaz e absolutamente capaz.
Gabarito: Letra a.

DICA BÔNUS
MAIORES DE 16 ANOS E MENORES DE 18 ANOS
Os maiores de 16 anos e menores de 18 anos podem participar das relações jurídicas,
até mesmo assinando documentos. Entretanto, não podem fazê-lo sozinhos, mas
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assistidos por seu representante legal, assinando ambos os documentos que se referem
ao ato ou negócio jurídico.
No que se refere a ações judiciais, os maiores de 16 anos e menores de 18 anos
precisam de assistência, devendo ser citados, quando forem réus, juntamente com o seu
assistente. Em algumas situações, inclusive, precisam constituir procurador junto com o
assistente.

ATENÇÃO!

Art. 1.692, CC: Sempre que no exercício do poder familiar colidir o interesse dos pais
com o do filho, a requerimento deste ou do Ministério Público o juiz lhe dará curador
especial.

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
DICA 103
DA JURISDIÇÃO

Em relação à matéria de Processo Civil, a Jurisdição é um dos temas mais


importantes. Vejamos alguns pontos importantes:

Art. 16. A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo o
território nacional, conforme as disposições deste Código;

Esse artigo deixa claro que o processo é civil, vale dizer, o CPC se insere dentro das
matérias cíveis, a excluir, inicialmente, a jurisdição penal. Além disso, dentro da área
cível, o CPC disciplina diretamente um procedimento para resolução de conflitos civis, que
envolve relações entre privados, sujeitas à Justiça Comum (federal ou estadual). Nesse
contexto, é importante compreender que temos outras matérias cíveis – como a Eleitoral
e a do Trabalho – cuja aplicação do CPC é subsidiária.
A necessidade da jurisdição se justifica na medida em que apenas a previsão de direitos e
deveres nas leis não é suficiente para evitar ou solucionar conflitos. Desse modo, é
necessário existir instrumento capaz, justo e efetivo de solucionar os conflitos, para
restabelecer a harmonia nas relações sociais. Nesse contexto, a partir da divisão de
poderes, o Estado cria um poder específico para exercer a função jurisdicional, cuja
atuação é voltada para promoção dessa harmonia social.
DICA 104
JURISDIÇÃO
A jurisdição pode ser compreendida como atuação do Estado por intermédio do
processo, do qual o juiz necessariamente irá participar, para aplicar o direito objetivo ao
caso concreto. O resultado do exercício da jurisdição é a solução da lide existente entre as
partes, com a pretensão última de que ambos (autor e réu) saiam do processo satisfeitos
com a solução adotada. Pode-se afirmar, por tanto, que a satisfação faz parte do conceito
de jurisdição;

O escopo jurídico da jurisdição é a solução da crise jurídica e espera-se a conformação


das partes (escopo social).
Portanto, Jurisdição envolve formas estatal de resolução de conflitos, por intermédio do
qual aplica-se o direito objetivo ao caso concreto como forma de por fim, de forma
definitiva, à crise jurídica, gerando a pacificação social.
DICA 105
PRINCÍPIOS DA JURISDIÇÃO
Os princípios mais comuns da jurisdição são a investidura, territorialidade,
indelegabilidade, inevitabilidade, inafastabilidade e o juiz natural;

O princípio da investidura envolve a transmissão do poder jurisdicional ao juiz, que


exercerá a atividade jurisdicional. Vale dizer que o princípio implica a necessidade de que
a jurisdição seja exercida pela pessoa legitimamente investida na função jurisdicional;

O princípio da territorialidade é conhecido também como princípio da aderência ao


território;
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O princípio da indelegabilidade é um dos mais relevantes, podendo ser analisado
sob duas perspectivas: a) externa; e b) interna;
Pela perspectiva externa, o princípio da indelegabilidade remete à ideia de que o Poder
Judiciário não poderá outorgar a sua competência a outros poderes. Dito de forma
simples, não pode o Poder Judiciário delegar a atribuição de julgar os processos aos
poderes Executivo ou Legislativo.
Pela perspectiva interna, o princípio da indelegabilidade entende que a jurisdição é
fixada por intermédio de um conjunto de normas gerais, abstratas e impessoais, não
sendo admissível a delegação da competência para julgar de um Juiz para outro;
DICA 106
AÇÃO

O tema ação é muito importante para sua prova. Por isso, vejamos alguns pontos
importantes:

Art. 17. Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade;

Caso o juiz entenda que não há interesse ou legitimidade, indeferirá a petição inicial com
extinção do processo sem resolução do mérito. Trata-se da denominada sentença
terminativa, que não produz coisa julgada material;

Art. 20. É admissível a ação meramente declaratória, ainda que tenha ocorrido a
violação do direito, ou seja, a parte poderá pleitear tão somente ação declaratória,
mesmo que o receio de insegurança jurídica tenha evoluído para uma lesão a direito.
De acordo com a doutrina, esse dispositivo prestigia a autonomia individual;

Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando
autorizado pelo ordenamento jurídico;
Parágrafo único. Havendo substituição processual, o substituído poderá intervir como
assistente litisconsorcial;

Elementos da Ação: para que se tenha uma ação será necessário haver partes (pelo
menos um autor e um réu), essas partes pretendem um objeto (que se materializa na
ação pelo pedido). Para que a prestação da tutela jurisdicional lhe seja favorável deverão
trazer fatos consistentes e fundamentá-los juridicamente, ou seja, irão expor a causa de
pedir;
DICA 107
ESPÉCIES DE AÇÃO

Ação real envolve relação jurídica de direito real;


Ação pessoal envolve relação jurídica de direito pessoal;

Ação mobiliária envolve bens móveis;

Ação imobiliária envolve bens imóveis;

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Ação de conhecimento certificação de direito;

Ação de execução efetivação de direito

Ação cautelar proteger a efetivação de um direito;


Ação condenatória aquela em que se afirma a titularidade de um direito a uma
prestação e pela qual se busca a certificação e a efetivação desse mesmo direito, com a
condenação do réu ao cumprimento da prestação devida;

Ação constitutiva aquela que tem por objetivo obter uma certificação e efetivação de
um direito potestativo;

Ação declaratória aquela que tem o objetivo de certificar a existência, a inexistência


ou o modo de ser de uma relação jurídica;
DICA 108
DAS CONDIÇÕES DA AÇÃO
O interesse processual e a legitimidade ad causam são as chamadas condições da ação.

O interesse processual, também chamado de interesse de agir, é formado por um


binômio:
Necessidade: que é a necessidade de intervenção jurisdicional para satisfazer
determinada pretensão advinda de um dano ou perigo de dano.
Utilidade: a ação, através do procedimento adequado, deve ser capaz de propiciar
uma melhora na situação jurídica da parte. Quando há inadequação da via eleita, não
há utilidade para a parte e configura-se carência de ação.
Quanto a legitimidade ad causam, para que se faça presente é necessário que os
sujeitos da relação jurídica de direito material sejam os mesmos da relação jurídica de
direito processual.
A legitimidade pode ser dada a qualquer indivíduo, bastando ser este titular do direito,
não fazendo distinção entre ser o sujeito capaz ou não.
A legitimidade pode ser dividida em:
ordinária: parte postula direito próprio em nome próprio.
extraordinária (substituição processual): parte pleiteia direito alheio em nome
próprio. Sendo necessária autorização legal.
O substituído poderá intervir no processo na qualidade de assistente litisconsorcial,
conforme previsão do art. 18, do CPC, o qual prevê que, “ninguém poderá pleitear
direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico.
Parágrafo único. Havendo substituição processual, o substituído poderá intervir como
assistente litisconsorcial.”

ATENÇÃO!!

Não confundir substituição processual com sucessão processual, a sucessão ocorre


quando há a saída de uma parte para a entrada de outra.
Ex.: quando há morte de uma das partes e o direito discutido é transmissível.

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DICA 109
DOS ELEMENTOS DA AÇÃO
Os elementos são a verdadeira marca da ação, a partir deles é que se poderá analisar a
existência de ações idênticas, distintas ou semelhantes.

ATENÇÃO!!

Não confundir os elementos da ação com as condições da ação (interesse


processual e legitimidade ad causam).

São elementos da ação:

Partes: que são todos os sujeitos que participam do processo.

Causa de Pedir: essa por sua vez se subdivide em causa de pedir próxima que são os
fundamentos jurídicos e causa de pedir remota que são os fatos.
Quanto a causa de pedir, o CPC adota a chamada teoria da substanciação, segundo a
qual é necessário explicitar os fundamentos jurídicos e os fatos, ou seja, a causa de
pedir próxima e remota.

Pedido: em regra deve ser certo (expresso), salvo em alguns casos em que o pedido é
implícito: juros, correção monetária, verbas de sucumbência (incluídos os honorários
advocatícios) e prestações vincendas. O pedido também deve ser, em regra,
determinado. Quando se fala em determinação do pedido, está-se falando em liquidez,
ou seja, no aspecto quantitativo da petição.

Existem situações, entretanto, que se autoriza o pedido genérico:


ações universais: são as que se pleiteia uma universalidade de bens.

Ex.: pedido para que o réu entregue uma biblioteca, com todos os livros contidos
nesta;

impossibilidade de se determinar as consequências do ato ou do fato:

Ex.: ação que pleiteia perdas e danos por atropelamento, na qual não é possível
quantificar inicialmente os lucros cessantes por estar a vítima hospitalizada.

a apuração do valor ou do objeto depende de ato a ser praticado pelo réu:

Ex.: muito utilizado é a ação de exigir contas. Somente sendo possível definir o valor
que o autor faz jus após a prestação de contas do réu.
DICA 110
DA CUMULAÇÃO DE PEDIDOS
O CPC traz a possibilidade de cumulação de pedidos contra um mesmo réu, ainda que não
haja conexão entre esses pedidos, não precisando os pedidos decorrerem de um
mesmo fato.

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Cumulação própria: possibilidade de o autor obter procedência simultânea de dois ou


mais pedidos.

Cumulação própria simples: pedidos independentes. Juiz pode conceder, qualquer


deles ou ambos.
Ex.: danos materiais cumulados com danos morais.

Cumulação própria sucessiva: o segundo pedido só pode ser analisado se procedente


o primeiro.
Ex.: investigação de paternidade cumulada com alimentos. Neste caso, os alimentos
somente serão analisados se resolvida a questão da paternidade.

Cumulação imprópria: não há possibilidade de procedência simultânea de dois ou


mais pedidos. Na verdade, não há propriamente uma cumulação uma vez que o autor
não deseja os dois pedidos.

Cumulação imprópria subsidiária: juiz conhece o segundo pedido após não conhecer
o primeiro.
Ex.: pede-se a anulação do casamento, subsidiariamente (se não der) pede o divórcio.

Cumulação imprópria alternativa: autor formula mais de um pedido para que o juiz
acolha qualquer deles. É como se o autor dissesse que tanto faz qual o juiz acolher,
sem que exista uma ordem de preferência.

DICA 111
DA POSSIBILIDADE DE MODIFICAÇÃO DO PEDIDO
O art. 329 do CPC tratou da possibilidade de o autor modificar o pedido apresentado na
inicial. Existindo três possibilidades a depender do momento:

Pedido de modificação feito antes da citação do réu: possibilidade de alteração do


pedido ou causa de pedir, sendo desnecessário o consentimento do réu, afinal ele não foi
citado.

Pedido de modificação feito após a citação do réu: é possível modificar o pedido


ou causa de pedir. Porém, nesse momento, é necessário o consentimento do réu que já
fora citado.

Após a fase de saneamento do processo: não é mais possível qualquer alteração


no pedido ou causa de pedir.
DICA 112
DO PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO
Possui previsão constitucional no art. 5º, LV da CF. O CPC, também trouxe tal princípio
em seu art. 7º, afirmando que cabe ao juiz zelar pelo efetivo contraditório. Esse
contraditório efetivo (também chamado de dinâmico), é diferente do chamado
contraditório estático e se firma em três pilares:

Direito de ação e reação/bilateralidade de audiência: é a ideia clássica deste


princípio, sendo basicamente o direito de dizer e desdizer.

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Poder de influência: não basta a ação e reação, as partes devem ter o poder de
influenciar o ato decisório.

Proibição de decisão surpresa: juiz não pode surpreender as partes com as


chamadas decisões de terceira via, ou seja, juiz não pode decidir com fundamento
sobre o qual não tenha dado às partes oportunidade de manifestação, mesmo se
tratando de matéria sobre a qual deva decidir de ofício. É a previsão do art. 10 do CPC.

A regra é que o contraditório seja antecipado, conforme previsão do art. 9º do


CPC.

Entretanto, o próprio dispositivo legal traz situações que excepcionam esta regra:

tutela provisória de urgência;

às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311;


à decisão prevista no art. 701. (ação monitória)

Contraditório inútil: ocorre quando a decisão é proferida sem a oitiva da parte, mas
é favorável a ela.

Contraditório eventual: exercido em outro processo.

Ex.: Embargos à execução, na qual a defesa da execução se dá em ação própria para


exercício do seu contraditório.
DICA BÔNUS
DO PRINCÍPIO DA BOA-FÉ
Quando se trata da boa-fé, importa ao direito processual a chamada boa-fé objetiva,
que é aquela que não analisa a intenção do sujeito.

ATENÇÃO!

A verificação da violação à boa-fé objetiva dispensa a comprovação do


animus do sujeito processual. (En. 1, CJF).

VENIRE CONTRA FACTUM PROPRIUM: a boa-fé impede a adoção de


comportamentos contraditórios. Não podendo a parte no curso do processo adotar um
comportamento que indica certa postura e, posteriormente, um comportamento
contraditório.
Ex.: expresso no CPC é o art. 1000, que prevê que a parte que aceitar expressa ou
tacitamente a decisão não poderá recorrer.

DUTY TO MITIGATE THE LOSS: esse princípio é um dever, fundado na boa-fé, de


mitigação pelo credor de seus próprios prejuízos. Deve o credor, diante do
inadimplemento do devedor, adotar medidas razoáveis para diminuir suas perdas.

Enunciado 169, CJF:

O princípio da boa-fé objetiva deve levar o credor a evitar o agravamento do próprio


prejuízo.

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DIREITO TRIBUTÁRIO
DICA 113
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA – INTRODUÇÃO
A competência tributária é a habilitação para criar (instituir) tributos por meio de lei. A
competência tributária, desse modo, é uma espécie de competência legislativa sendo
exercida somente pelo Parlamento. Também são manifestações do exercício da
competência tributária a modificação, redução e extinção de tributos.
Sendo uma competência do tipo legislativa, a competência tributária é atribuída, de forma
exclusiva pela Constituição Federal, não havendo qualquer possibilidade de ser conferida
ou modificada por leis, constituições estaduais ou qualquer outro veículo normativo.
A competência tributária é atribuída pela Constituição Federal (arts. 145, 147, 148, 149,
149-A, 153, 155, 156 e 195) só às entidades federativas. Assim, a titularidade da
competência tributária é exclusiva de pessoas jurídicas de direito público integrantes da
Administração Direta (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), sendo insuscetível de
delegação a outras pessoas.

Como isto pode cair na sua prova:

QUESTÃO SIMULADA
Sobre a competência tributária, é correto afirmar que é:
a) A titularidade da competência tributária é exclusiva de pessoas jurídicas de direito
público e de direito privado.
b) A competência tributária é atribuída somente por lei ordinária.
c) A titularidade da competência tributária é exclusiva de pessoas jurídicas de direito
público integrantes da Administração Direta (União, Estados, Distrito Federal e
Municípios), sendo insuscetível de delegação a outras pessoas.
d) A titularidade da competência tributária é exclusiva às seguintes pessoas jurídicas de
direito público integrantes da Administração Direta: A União, Estados e Distrito Federal,
porém sendo suscetível de delegação a outras pessoas.
Gabarito: Letra c.

DICA 114
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA X CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA
A competência tributária é a aptidão para criar tributos por meio de lei. Não se
confunde, portanto, com capacidade tributária ativa. Capacidade tributária ativa é a
aptidão administrativa para cobrar ou arrecadar tributos. Assim, enquanto a competência
tributária é exercida pelo Legislativo, a capacidade tributária desenvolve-se por meio do
exercício de função estatal tipicamente administrativa consistente em realizar os atos
concretos de arrecadar, fiscalizar e promover a cobrança do tributo.
Embora a competência tributária seja indelegável, nada impede a delegação legal da
capacidade tributária ativa. Muito pelo contrário, o art. 7º do CTN normatiza a delegação
por meio de lei da capacidade tributária ativa, denominada “parafiscalidade”. É o que
acontece, por exemplo, com as contribuições arrecadadas pelos sindicatos (art. 7º da CF)
e com as contribuições cobradas pelos conselhos de classe (art. 149 da CF).

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DICA 115
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA X CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA-
PARAFISCALIDADE
CUIDADO: A parafiscalidade somente não poderá favorecer empresas privadas voltadas
à obtenção de lucro, sob pena de transformar-se em uma vantagem competitiva frente
aos demais agentes no mercado violando o princípio da livre concorrência (art. 170, IV, da
CF).

Competência Tributária: É o poder de criar/instituir o tributo. A competência é


indelegável, de cunho taxativo e é exclusiva das pessoas políticas.

Capacidade Tributária Ativa: É a aptidão para exigir o tributo. Esta aptidão é


delegável inclusive para pessoas privadas.
DICA 116
COMPETÊNCIA PRIVATIVA DA UNIÃO

São de competência privativa da União:

Empréstimos compulsórios;

Contribuições especiais (exceto iluminação pública e previdência de servidores);

Imposto de Importação (II);

Imposto de Exportação (IE);

Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);

Imposto sobre Operações Financeiras (IOF);

Imposto Territorial Rural (ITR);

Imposto de Renda (IR);


Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF – não regulamentado).

ATENÇÃO!!

É de competência extraordinária da União criar imposto em caso de guerra externa ou


sua iminência.

DICA 117
COMPETÊNCIA PRIVATIVA DOS ESTADOS

São de competência privativa os seguintes impostos:

Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA);

Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS);

Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD).


Importante: Os estados, municípios, e Distrito Federal têm competência concorrente
para criação de taxas e contribuições de melhoria, sempre em decorrência de sua
especifica competência administrativa.

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DICA 118
COMPETÊNCIA PRIVATIVA DOS MUNÍCIPIOS E DO DISTRITO FEDERAL

São de competência privativa dos munícipios:

Imposto sobre Serviço (ISS);

Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU); e


Imposto sobre Transmissão de Bens Inter-vivos (ITBI).
Também é competência privativa dos munícipios a contribuição sobre iluminação
pública.

E o Distrito Federal: O Distrito Federal soma as competências estaduais e municipais,


podendo cobrar todos impostos estaduais e municipais.
DICA 119
O QUE ACONTECE QUANDO HÁ CONFLITOS DE COMPETÊNCIA, EM MATÉRIA
TRIBUTÁRIA, ENTRE OS ENTES FEDERATIVOS?
Conforme nos traz o art. 146, I da CF/88, cabe à lei complementar dispor sobre conflitos
de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios.

Há também posicionamento do STF a respeito deste assunto, vamos ver a seguir:

CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE:

ICMS e repulsa constitucional à guerra tributária entre os Estados-membros:


o legislador constituinte republicano, com o propósito de impedir a "guerra tributária"
entre os Estados-membros, enunciou postulados e prescreveu diretrizes gerais de
caráter subordinados a compor o estatuto constitucional do ICMS. (...) justificam a
edição de lei complementar nacional vocacionada a regular o modo e a forma como os
Estados-membros e o Distrito Federal, sempre após deliberação conjunta, poderão, por
ato próprio, conceder e/ou revogar isenções, incentivos e benefícios fiscais.
[ADI 1.247 MC, rel. min. Celso de Mello, j. 17-8-1995, P, DJ de 8-9-1995.]

DICA 120
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE TRIBUTÁRIA
O princípio da anterioridade tributária – ou princípio da eficácia diferida – está
normatizado nas alíneas b e c do inciso III do art. 150 da CF.
A alínea b fala sobre a anterioridade anual ou anterioridade de exercício. A alínea c, por
sua vez, inserida pela EC n.º 42/2003, refere-se à anterioridade nonagesimal.
O Princípio da Anterioridade Tributária tem como objetivo assegurar que o contribuinte
não seja pego de surpresa pelo Fisco, indo ao encontro da necessidade de o contribuinte
se preparar para o evento compulsório da tributação, seja disponibilizando recursos, seja
consultando um advogado especializado, que poderá orientar o contribuinte de forma
devida.

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DICA 121
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE NONAGESIMAL- NOMENCLATURA JÁ COBRADA
EM OUTRO CONCURSO
O Princípio da Anterioridade Nonagesimal também pode ser chamado de “anterioridade
privilegiada”, “anterioridade qualificada”, “anterioridade mínima” ou, ainda, “Princípio da
Carência*” (esta, uma expressão de José Afonso da Silva).

*A expressão foi cobrada em prova realizada pela Esaf, para o cargo de Analista de
Finanças e Controle (CGU), em 2012.
DICA 122
O PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E O DIREITO FUNDAMENTAL DO
CONTRIBUINTE: UMA CLÁUSULA PÉTREA
O princípio da anterioridade tributária é inequívoca garantia individual do contribuinte,
implicando que sua violação produzirá irremissível vício de inconstitucionalidade. Assim se
posicionou o STF quando, ao analisar o art. 2º, § 3º, da EC n. 3, de 1993, que afastara o
princípio da anterioridade tributária anual do antigo IPMF, entendeu que teria havido, com
tal medida, uma violação à “garantia individual do contribuinte” (STF, ADI n. 939-7, rel.
Min. Sydney Sanches, j. em 15-12-1993).

Já foi tema de prova:

Para o cargo de Juiz de Direito Substituto do Amazonas (TJ/AM), em 2013 ,a seguinte


alternativa considerada CORRETA: “O STF já julgou hipótese em que a EC n. 3
autorizou a instituição, por meio de lei complementar, de um novo tributo (diverso
daqueles até então previstos na CF/88). A mesma Emenda dispôs que o novo tributo
não estaria sujeito ao princípio da anterioridade. Sobre esse caso, a decisão do STF
retrata que o novo tributo é constitucional, mas está sujeito à observância do princípio
da anterioridade, que, como garantia individual, não poderia ser afastado sequer por
Emenda”.
Neste sentido , a limitação decorrente do princípio da anterioridade, por configurar
cláusula pétrea da Constituição da República, não pode ser elidida por emenda
constitucional.

DICA 123
CONCEITO LEGISLATIVO DE TRIBUTO
O conceito está normatizado no art. 3º do Código Tributário Nacional, que fala o seguinte:
“Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante
atividade administrativa plenamente vinculada”.
BÔNUS: Ao prescrever que o tributo é sempre prestação pecuniária, o art. 3º do CTN
excluiu do direito brasileiro as figuras do “tributo in labore” (prestações de serviço) e do
“tributo in natura” (entrega de bens).

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DICA 124
FUNÇÃO DOS TRIBUTOS
A função principal do tributo é gerar recursos financeiros para o Estado. É a função
chamada fiscal.
O tributo também pode ter função extrafiscal (interferência no domínio econômico, a
exemplo das alíquotas de importação) ou parafiscal (arrecadação de recursos para
autarquias, fundações públicas, sociedades de economia mista, empresas públicas ou
mesmo pessoas de direito privado que desenvolvam atividades relevantes, mas que não
são próprias do Estado, a exemplo dos sindicatos, do Sesi etc.).
DICA 125
EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO
Normatizados no art. 148 da Constituição Federal, os chamados empréstimos
compulsórios são tributos restituíveis de competência exclusiva da União. Importante você
também saber que é incabível a criação de empréstimo compulsório, ainda que mediante
delegação, pelos Estados, Distrito Federal ou Municípios.
Importante: Os valores obtidos com o empréstimo compulsório não integram o
patrimônio público. Por ser restituível, o empréstimo compulsório não chega a transferir
riquezas do setor privado para o Estado.
DICA 126
A CRIAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIO
Os empréstimos compulsórios são criados e disciplinados por lei complementar federal,
sendo proibida sua disciplina por meio de leis ordinárias ou medidas provisórias,
conforme alude o art. 64, § 1º, III, da CF/88.

Lembrando sempre que a nossa CF/88 prevê as seguintes hipóteses para a instituição
do Empréstimo Compulsório:

calamidade pública (inciso I);

guerra externa ou sua iminência (inciso I); ou

investimento público relevante (inciso II).


DICA 127
MINISTÉRIO PÚBLICO NÃO PODE AJUIZAR AÇÃO CIVIL PÚBLICA SOBRE
RESTITUIÇÃO DE EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO
O STJ decidiu recentemente que o Ministério Público não tem legitimidade ativa para
ajuizar ação civil pública objetivando a restituição de valores indevidamente recolhidos a
título de empréstimo compulsório sobre a compra de automóveis de passeio e utilitários.
"Dessa forma, reconhece-se a ilegitimidade ativa do Ministério Público para ajuizar ação
civil pública objetivando a restituição de valores indevidamente recolhidos a título de
empréstimo compulsório sobre aquisição de automóveis de passeio e utilitários, nos
termos do Decreto-Lei 2.288/1986", concluiu o relator do REsp 1.709.093.

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DICA BÔNUS
PODE HAVER COBRANÇA SIMULTÂNEA DO EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO COM O
IMPOSTO EXTRAORDINÁRIO DE GUERRA?
Segundo a doutrina majoritária, sim. Se o ordenamento jurídico pátrio não proíbe
bitributação e bis in idem envolvendo empréstimos compulsórios, a possibilidade de sua
exigência simultânea junto com outros tributos alcança também os impostos
extraordinários de guerra (art. 154, II, da CF).
Sendo assim, diante da hipótese de guerra externa ou sua iminência, pode a União
instituir simultaneamente empréstimo compulsório e imposto extraordinário para fazer
frente aos gastos com o conflito internacional.

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DIREITO PENAL
DICA 128
DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL - PRINCÍPIOS APLICADOS
A aplicação da Lei Penal é regida por dois princípios, da legalidade e da anterioridade,
que estão expressos na Constituição Federal, no art. 5º, inciso XXXIX, que diz “não haverá
crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal”.
Isso significa que só será crime se a previsão em lei estiver sido criada antes do fato
praticado;
Outro princípio que rege a aplicação da lei penal é o princípio da irretroatividade da lei
penal, previsto no art. 5º, XL, da CF/88, segundo o qual “a lei penal não retroagirá, salvo
para beneficiar o réu”.

Quando a lei retroage, ela se aplica aos fatos praticados antes de sua criação.
DICA 129
SUCESSÃO DE LEIS PENAIS NO TEMPO
Segundo o disposto no CP, Art. 2º, Parágrafo único: A lei posterior que, de qualquer
modo, favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por
sentença condenatória transitada em julgado.
Uma lei nova que modifica o regime anterior, melhorando ou beneficiando a situação do
sujeito, aplica-se aos fatos anteriores, mesmo que já tenha o trânsito em julgado da
sentença condenatória.
Se a lei piorar de qualquer forma, só vai se aplicar aos fatos posteriores.

Abolitio Criminis: ocorre quando uma conduta deixa de ser crime (RETROAGE);

Novatio Legis Incriminadora: ocorre quando uma conduta que era lícita passa a ser
crime (NÃO RETROAGE, pois é prejudicial);

Novatio Legis In Pejus: lei que torna a lei mais gravosa de alguma forma (NÃO
RETROAGE)

Novatio Legis In Mellius: beneficia, de alguma forma, a situação do acusado


(RETROAGE)

DICA 130
EXCEÇÃO AO PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE

Aplica-se o princípio da ultratividade;

A lei se aplica ao período determinado seja melhor ou pior que a anterior ou posterior;

Hipóteses: lei TEMPORÁRIA ou EXCEPCIONAL

A lei TEMPORÁRIA tem data de início e final determinadas, por exemplo, de 1º de


Junho de 2021 a 30 de Junho de 2021;
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A lei EXCEPCIONAL não tem data certa, pois vige uma determinada SITUAÇÃO, ou
seja, a lei vigorará ENQUANTO durar a pandemia;

Dica para memorizar se a LEI é melhor ou pior

NOVATIO LEGIS IN MELLIUS: M de MELHOR

NOVATIO LEGIS IN PEJUS: P de PIOR

LEX MITIOR: M de MELHOR

LEX GRAVIOR: lei mais GRAVE

DICA 131
LEI PENAL NO TEMPO

Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime,
cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.

Abolitio criminis: descriminalização da conduta – não necessariamente legaliza a


conduta. Ex.: adultério.

Efeito penal da sentença condenatória.

Principal Execução da pena


Efeito da sentença
penal condenatória Reincidência,
Secundário antecedentes
criminais, etc

FIQUE ATENTO!
A abolitio criminis não cessa os efeitos extrapenais: art. 91, 91-A e 92 do CP - reparação
de dano, perda do mandato, perda do poder familiar, etc.
DICA 132
RETROATIVIDADE DA LEI PENAL

Art. 2º, Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente,
aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada
em julgado.

Desdobramento do princípio da legalidade;

Cláusula pétrea, uma vez que também está previsto no art. 5º da CF/88;

Se houver o trânsito em julgado quem aplica a lei nova é o juízo da execução.

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STF/STJ:

Não é possível combinação de leis. Analisa-se a nova lei no todo, pois senão o juiz
estaria aplicando uma terceira lei que resultaria na junção de duas leis, atuando como
legislador positivo.

SÚMULA 611-STF:

Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao juízo das execuções a


aplicação de lei mais benigna.

SÚMULA 471-STJ:

Os condenados por crimes hediondos ou assemelhados cometidos antes da vigência da


Lei n. 11.464/2007 sujeitam-se ao disposto no art. 112 da Lei n. 7.210/1984 (Lei de
Execução Penal) para a progressão de regime prisional.

SÚMULA 501-STJ:

É cabível a aplicação retroativa da Lei n. 11.343/2006, desde que o resultado da


incidência das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o advindo
da aplicação da Lei n. 6.368/1976, sendo vedada a combinação de leis.

DICA 133
TEMPO E LUGAR DO CRIME
O TEMPO do crime será considerado no momento de sua ação ou omissão (teoria da
atividade);
O LUGAR do crime será considerado no momento da ação ou da omissão ou o lugar
onde o resultado aconteceu ou deveria ter acontecido (teoria da ubiquidade);

L Lugar

U Ubiquidade

T Tempo

A Atividade

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DICA 134
APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO ESPAÇO
Em regra a lei penal brasileira se aplica aos fatos praticados no território nacional;
Excepcionalmente, pode se aplicar a fatos praticados fora do país, são os casos de
extraterritorialidade;
A extraterritorialidade pode ser incondicionada, quando a lei brasileira de aplica em
qualquer hipótese, até mesmo se o agente já tiver sido condenado ou absolvido no
exterior, ou condicionada quando depender de alguns requisitos;
As aeronaves ou embarcações do GOVERNO brasileiro são consideradas extensão do
BRASIL, ou seja, se aplica o princípio da territorialidade.
DICA 135
EXTRATERRITORIALIDADE INCONDICIONADA

Crime contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;

Crime contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado,


de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia
ou fundação instituída pelo Poder Público;

Crime contra a administração pública, por quem está a seu serviço;

Crime de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil;


DICA 136
EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA

O agente não pode ter sido perdoado, absolvido ou já ter cumprido a pena no
estrangeiro;

O agente deve entrar no brasil após praticar o crime;

O fato deve ser crime nos dois países;

O crime deve autorizar a extradição;

Hipóteses:

Crimes reprimidos em tratado ou Convenção pelo Brasil;

Ou crimes praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de


propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados;

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DICA 137
MNEMÔNICO – “PAG A BET”

INCONDICIONADA

P Presidente

A Administração

G Genocídio

CONDICIONADA

B Brasileiro

E Embarcação ou Aeronave privada

T Tratado ou Convenção

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PROCESSO PENAL

DICA 138

GARANTIAS DO INVESTIGADO NO INQUÉRITO POLICIAL - COMUNICAÇÃO DA


PRISÃO
De acordo com o art. 5º, inciso LXII, da Constituição de 1988 [...] "a prisão de qualquer
pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz
competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada".
O referido inciso define que a prisão deverá ser publicizada, no sentido de se tornar
pública ao juiz competente e à família do preso, ou à pessoa por ele indicada.
Trata-se de um direito de extrema relevância para o Estado Democrático de Direito.
DICA 139
DAS GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO PENAL - DIREITO AO
SILÊNCIO
Segundo o artigo 5º, inciso LXIII, da Constituição de 1988 [...] "o preso será informado de
seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a
assistência da família e de advogado".
Verifica-se que o referido dispositivo constitucional consagra o direito fundamental ao
silêncio, uma das implicações do princípio nemo tenetur detegere, segundo o qual
ninguém será obrigado a produzir provas contra si, modalidade da autodefesa
passiva.
DICA 140
DAS GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO PENAL - IDENTIFICAÇÃO
DOS RESPONSÁVEIS PELA PRISÃO
Um dos direitos constitucionais garantidos ao preso, considerado inclusive uma garantia
fundamental, é o de ter a identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu
interrogatório policial. Veja só, na íntegra:

Artigo 5º, inciso LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por
sua prisão ou por seu interrogatório policial;

Assim, quando da sua prisão, é seu direito saber quem o prendeu ou quem o interrogou e,
inclusive, a não observância desse direito no primeiro caso, pode ensejar ao
relaxamento da prisão, ao passo que no segundo, na nulidade do procedimento.
Resumindo:
Fui preso? Tenho direito de ser informado sobre quem me prendeu ou interrogou.
DICA 141
DA INCOMUNICABILIDADE
Era a possibilidade de que o preso no IP não tivesse contato com terceiros, em favor da
eficiência da investigação.

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Requisitos:

Ordem judicial motivada;

Prazo de 3 dias;

Acesso do advogado.

Filtro constitucional: com o advento do art. 136, § 3º, IV, CF que inadmite a
incomunicabilidade mesmo no Estado de Defesa, conclui-se que o art. 21 do CPP não foi
recepcionado (interpretação lógica).
DICA 142
DO INQUÉRITO POLICIAL - CONCEITO DO INQUÉRITO POLICIAL
O inquérito consiste num conjunto de diligências visando elucidar os fatos, as fontes de
prova. Além disso, possui caráter preparatório, pois através dele a polícia investigativa
possibilita que o titular da ação penal (ex.: Ministério Público) possa ingressar com a Ação
Penal.

Natureza do inquérito: O inquérito policial possui a natureza de um procedimento


administrativo, preparatório, presidido pela autoridade policial (delegado de polícia).
NÃO é um processo ou procedimento judicial!

Condução do inquérito: Vejam o art. 2º §1º da Lei 12.830/2013, que prevê que cabe
ao delegado de polícia a condução do inquérito policial, o que reforça a sua natureza
administrativa, e não jurisdicional.
DICA 143
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL

CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL

Procedimento As peças do inquérito devem ser reduzidas a escrito.


ESCRITO
(art. 9º, CPP)

Procedimento O inquérito é dispensável à propositura da Ação Penal. O MP


DISPENSÁVEL dispensará o inquérito se com a representação forem
oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação penal.
(art. 39, §5, CPP)

Uma vez instaurado, a autoridade policial NÃO pode


mandar arquivar os autos do inquérito policial.
Procedimento O delegado pode até concluir que o fato apurado não é crime,
INDISPONÍVEL mas não pode arquivar o inquérito.
(art. 17, CPP) Quem o faz é o Ministério Público, titular da ação penal,
observando o procedimento do art. 28 do CPP.

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A autoridade deve assegurar o SIGILO no inquérito,


necessário à elucidação do fato.
Procedimento
SIGILOSO Imaginem se cair no conhecimento popular que um
determinado chefe do tráfico está sendo objeto de uma
(art. 20)
interceptação telefônica. A medida ficaria sem efeito, correto?
É por isso que o inquérito é um procedimento SIGILOSO.

DICA 144
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL: PROCEDIMENTO INQUISITIVO
No inquérito policial há concentração de poder em autoridade única. Logo, há o
afastamento do contraditório e da ampla defesa. (NESTOR TÁVORA)
FIQUE ATENTO!
A título de conhecimento, ressalte-se que é possível que o inquérito tenha Contraditório
e Ampla Defesa. Havendo desejo político, é possível a regulação de inquéritos com
contraditório e ampla defesa, a exemplo do inquérito para a expulsão do estrangeiro
regulado na Lei de Migração (Art. 58, Lei 13.445/2017).
DICA 145
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL: PROCEDIMENTO
DISCRICIONÁRIO
O Delegado preside a investigação da forma que entender mais estratégico, adequando o
Inquérito Policial a realidade do crime apurado.
TOME NOTA!
Os arts. 6º e 7º do CPP, de forma não exaustiva, apontam diligências que podem ou
devem ser cumpridas, para melhor aparelhar o Inquérito Policial.
As diligências requeridas pela vítima ou pelo suspeito podem ser negadas, salvo o
exame de corpo de delito quando a infração deixar vestígios (arts. 14, 158 e 184 do CPP).
DICA 146
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL: PROCEDIMENTO SIGILOSO
Cabe ao delegado de polícia velar pelo sigilo em favor da eficiência da investigação (art.
20, CPP).

Princípio da presunção de inocência: Informações do Inquérito Policial não serão


apontadas na certidão de antecedentes criminais.
DICA 147
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL: PROCEDIMENTO ESCRITO
Prevalece a forma documental, sendo que os atos orais serão reduzidos a termo (art.
9º, CPP).

O delegado deve rubricar todas as laudas do Inquérito Policial.

As novas ferramentas tecnológicas podem ser empregadas na documentação, o que


envolve captação de som e imagem, assim como a estenotipia (técnica de resumo de
palavras por símbolos).
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DICA BÔNUS
CONTRADITÓRIO DURANTE O INQUÉRITO POLICIAL
O contraditório é um dos princípios bases do processo penal, expressamente consagrado
na Constituição Federal. Contudo, o inquérito policial é um procedimento sigiloso.
Então, como fazer para conciliar essas duas previsões?
Regra geral, não há contraditório pleno no âmbito do inquérito policial. Trata-se de
um procedimento de característica inquisitorial, em que o contraditório e a estrutura
dialética, típica da ampla defesa e dos processos judiciais, não é observada.
O Estatuto da OAB prevê que é direito do advogado examinar, mesmo sem procuração,
os autos do inquérito policial (art. 7º, inciso XIV, Estatuto da OAB).
A forma que a jurisprudência encontrou de compatibilizar isso é permitindo ao advogado o
amplo acesso aos elementos de prova que já tiverem sido documentadas no inquérito
policial. As diligências ainda em curso não serão permitidas o acesso ao advogado.

É isso o que quer dizer a Súmula Vinculante n. 14:

Súmula Vinculante n. 14

“é direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos


de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão
com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa”.

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