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Memorex TRE UNIFICADO – TJAA – Rodada 04

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Memorex TRE UNIFICADO – TJAA – Rodada 04

Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos
TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua
aprovação.

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Rodada 05 02/01/2023
Rodada 06 09/01/2023

Convém mencionar que todos que adquirirem o material completo irão receber TODAS AS
RODADAS já disponíveis, independente da data de compra.

Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois,
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no
resultado final.

Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO.

Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada
uma das dicas.

Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas
para: atendimento@pensarconcursos.com

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ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4


INFORMÁTICA .................................................................................................................... 12
NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES FEDERAIS ................................... 15
DIREITO CONSTITUCIONAL ....................................................................................... 20
DIREITO ADMINISTRATIVO ....................................................................................... 28
DIREITO ELEITORAL ....................................................................................................... 35
ARQUIVOLOGIA ................................................................................................................. 51

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LÍNGUA PORTUGUESA

DICA 01
ACENTUAÇÃO GRÁFICA - PALAVRAS QUE NÃO SÃO MAIS ASSINALADAS COM O
ACENTO GRÁFICO

Vejamos:

PARA (verbo) PARA (preposição)

PELA (verbo e sustantivo) PELA (a união da preposição com o artigo)

PELO (verbo) PELO (substantivo)

POLO (extremidade) POLO (filhote de gavião ou a união antiga e


popular de “por” e “lo”)

PERA (substantivo) PERA (preposição arcaica que significa “para”)

Para Facilitar: Só lembrar que não são mais acentuadas conforme o novo acordo
ortográfico!
DICA 02
EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS - MORFOLOGIA

Em se tratando de estudos de Língua Portuguesa, esse tópico é um dos mais


importantes.
Através da morfologia é que se dá o estudo do emprego das classes de palavras. Para
tanto, é importante saber quais são essas classes.

Existem as classes:

Variáveis: essas admitem flexão, ou seja, podem variar em gênero, número e grau.

Ex.: substantivo, artigo, adjetivo, pronome, numeral e verbo.

Invariáveis: Não admitem flexão, ou seja, não variam em gênero, número ou


grau.

Ex.: palavra denotativa, preposição, conjunção, interjeição.

SUBSTANTIVO, ARTIGO E PRONOME

SUBSTANTIVO

Dá nome aos objetos, aos seres, aos lugares, às ações, entre outros.

O substantivo pode ser flexionado em número (singular ou plural), em


gênero (feminino ou masculino) e em grau (diminutivo ou aumentativo).
Exemplos: caderno, fadas, cidade.

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ARTIGO

Particulariza o sentido do substantivo.


Os artigos são: O, A, OS, AS, UM, UNS, UMA, UMAS.

PRONOME

O pronome possui a função de substituir ou de retomar alguma coisa.


Exemplos: lhe, cujo.

DICA 03
SUBSTANTIVO

É a classe gramatical de palavras variáveis que nomeia todas as coisas reais e irreais.
O substantivo possui as classificações seguintes:
Primitivo: é o substantivo que dá origem a novas palavras.

Ex.: carta, pedra.


Derivado: é o substantivo formado a partir de outro.

Ex.: carteiro, pedreiro.


Concreto: é o substantivo que nomeia seres animados (com vida) e inanimados
(sem vida).

Ex.: cobra, fada.


Abstrato: é o substantivo que nomeia conceitos abstratos, os quais não podem ser
vistos, definidos ou desenhados sozinhos.

Ex.: viagem, saudade, amor. Tente imaginar a palavra “amor”. Você não consegue
imaginá-la sozinha. Provavelmente, você imaginou um casal se abraçando ou se beijando.
Por isso, ela é abstrata.
Simples: quando existe um termo um uma só palavra.

Ex.: telefone, livro.


Composto: quando existem mais de um termo ou mais de uma palavra.

Ex.: beija-flor, abelha-rainha.


Comum: não atribui uma qualidade especial aos objetos, lugares ou seres.

Ex.: cidade, menino.


Próprio: Dá nome a um ser único, específico, diferenciando ele do restante do
grupo.

Ex.: Joana, Brasil.


Coletivo: é a palavra que dá nome a uma coleção ou grupo.

Ex.: alcateia, cardume.


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DICA 04
SUBSTANTIVO
Os substantivos são classes de palavras que nomeiam os seres, fenômenos, lugares,
objetos, qualidades, ações, entre outros.
Substantivo comum: Os substantivos comuns indicam os seres da mesma espécie
(casa, cachorro...). Ainda, podem ser coletivos (matilha, manada...).

Substantivo próprio: O substantivo próprio é grafado em letra maiúscula e


particulariza alguém pertencente a determinado conjunto ou espécie, como: Maria;
Brasil.

Substantivo simples: Os substantivos simples são formados somente por uma


palavra: apartamento; veículo.

Substantivo composto: O substantivo composto é formado por mais de um radical,


ou seja, mais de uma palavra: beija-flor; couve-flor.

Substantivo concreto: O substantivo concreto designa as palavras reais,


concretas.

Ex.: garoto, mulher, flor.

Substantivo abstrato: é aquele que está relacionado aos sentimentos, estados,


qualidades e ações (realidade e elementos imateriais). Apenas existem em função de
outros.

Ex.: amor; inveja.

Substantivo primitivo: Os substantivos primitivos, como o próprio nome indica, são


aqueles que dão origem a outras palavras: carta, folha.

Substantivo derivado: Os substantivos derivados são aquelas palavras que derivam


de outras, ou seja, são formados a partir dos substantivos primitivos: carteiro (derivado
de carta), folhagem (derivado de folha).

ATENÇÃO!

Palavras de outras classes gramaticais podem ser substantivadas:


“O morrer não pertence a mim.” “Morrer” é verbo, mas neste exemplo, ele é um
substantivo.

DICA 05
PLURAL DOS SUBSTANTIVOS SIMPLES
Em regra, acrescentar “s” ao final da palavra no singular: amigo – amigos; degrau –
degraus; sofá – sofás.

Substantivos terminados em “r”, “z”, “s”, acrescenta-se “es” ao final da palavra


no singular: voz – vozes; mulher – mulheres; gravidez – gravidezes; país – países.

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ATENÇÃO!

EXCEÇÃO: Substantivos terminados em “s” que são paroxítonos, o plural fica


invariável: lápis – lápis; vírus – vírus.

Substantivos terminados em “ão”, poderão ficar no plural com a terminação “ões”,


“ãos”, “ães”: opinião – opiniões; cidadão – cidadãos; capitão – capitães.

ATENÇÃO!

Existem substantivos terminados em “ão” que admitem mais de 1 forma no plural:


ancião – anciões, anciãos, anciães; vilão -> também tem 3 formas no plural;
guardião – guardiões, guardiães.

Substantivos singulares terminados em al, el, ol, ul, no plural têm a terminação ais, éis,
óis, uis: aluguel – aluguéis; lençol – lençóis.
DICA 06
PLURAL DOS SUBSTANTIVOS SIMPLES
CUIDADO: Substantivos singulares terminados em “x” ficam com a mesma
terminação no plural: tórax – tórax; ônix – ônix.
Substantivo singular terminado em il, no plural termina em is, eis: fuzil – fuzis; fóssil –
fósseis.
Substantivo no singular terminado em m, no plural termina em ns: jardim – jardins.
Substantivo no singular terminado em n, o plural termina em “ns” ou “nes”: abdômen
– abdomens, abdômenes; hífen – hifens; hífenes.
DICA 07
PLURAL DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS
Regra geral: O substantivo, o adjetivo e o numeral são VARIÁVEIS. O verbo e o
advérbio são INVARIÁVEIS: Segundas-feiras (numeral + subst.); Guarda-roupas (verbo
+ subst.).
Palavras repetidas e onomatopeias, só o último elemento ficará no plural: bem-te-
vis; reco-recos.
CUIDADO - caso as palavras repetidas sejam verbos, pode-se escolher entre
colocar todos os elementos no plural ou apenas o último no plural: piscas-piscas ou
pisca-piscas.
Estruturas ligadas por preposição, somente o 1º elemento ficará no plural: pores do sol;
canas-de-açúcar.
DICA 08
PLURAL DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS
Substantivo + substantivo em que o segundo termo limita o sentido do primeiro
termo, o 1º elemento ficará no plural: decreto-lei = decretos-lei; elemento-chave =
elementos-chave; banana-maçã = bananas-maçãs.

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OBS: Nesses substantivos pode haver plural nos dois elementos: decretos-leis;
elementos-chaves; bananas-maçãs.

Substantivos compostos formados com grão, grã, bel, o último elemento ficará no
plural: grão-duque = grão-duques; grã-fino = grã-finos; bel-prazer = bel-prazeres.
DICA 09
ADVÉRBIO, NUMERAL E CONJUNÇÃO

ADVÉRBIO

Modificam um verbo, um adjetivo ou outro advérbio.


Os advérbios podem ser de: MODO, LUGAR, TEMPO, INTENSIDADE...
Exemplos: hoje, ontem, rapidamente, não.

NUMERAL

Termo que indica posição, multiplicação, quantidade ou fração.


Exemplos: três, terço.

CONJUNÇÃO

A conjunção conecta orações ou palavras de igual valor gramatical,


criando uma relação entre eles.
Exemplos: embora, mas, e.

QUESTÃO, 2021.
“Um homem de 44 anos foi preso na noite desta quinta-feira (16), após tentar furtar
uma residência, localizada na rua Duque de Caxias entre Rafael Vaz e Silva e
Guanabara, em Porto Velho. A Polícia Militar foi informada que o criminoso, usando um
alicate grande, teria cortado o cadeado do portão da residência, porém, o cachorro da
casa começou a latir e o homem fugiu. Populares seguiram o criminoso, acionaram a
Polícia Militar, ele recebeu voz de prisão e foi encaminhado para a Central de
Flagrantes.” (Rondoniagora, 17/09/2021)
Na frase “o cachorro da casa começou a latir e o homem fugiu”, a conjunção E mostra o
mesmo valor em:
a) O ladrão chegou perto da casa e observou o cenário;
b) O bandido usou o alicate e cortou o cadeado;
c) A Polícia Militar chegou e o bandido ficou com medo;
d) O meliante foi preso e encaminhado para a delegacia;
e) Os assaltos e furtos são comuns nas grandes cidades.
Gabarito: Alternativa C.
Comentário: Alternativa correta, pois há uma relação de causa e consequência, assim
como na frase do enunciado.

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DICA 10
ADVÉRBIO
O advérbio é uma palavra invariável que pode se referir a um verbo, a um advérbio ou
a um adjetivo.
Expressa uma circunstância.

Ex.: As crianças falavam calmamente (advérbio de modo).

QUESTÃO, 2017.
Na frase “e torcer para eles sumirem logo”, o termo ‘logo’ funciona como:
a) advérbio de lugar.
b) advérbio de tempo.
c) conjunção conclusiva.
d) conjunção explicativa.
Gabarito: Letra b. CERTO, pois “logo” expressa um valor temporal.

DICA 11
CIRCUNSTÂNCIAS DO ADVÉRBIO
Lugar: Atrás, embaixo, ali, lá, aqui, longe, perto.
Tempo: Amanhã, hoje, outrora, breve, cedo, logo, ainda (até agora).
Ordem: Primeiramente, depois, ultimamente.
Intensidade: Tão, pouco, muito, mais, menos.
Modo: Bem, mal, melhor, pior, rapidamente, devagar.
Afirmação: Sim, realmente, certamente.
Negação: Não, nunca, nem, tampouco.
Dúvida: Provavelmente, talvez, possivelmente.
Inclusão: Ainda, também, mesmo.
Exclusão: Salvo, apenas, senão, só, unicamente.

Um exemplo das circunstâncias do advérbio:

Maria dormiu.
→ ONDE ela dormiu? (no quarto) → lugar
→ QUANDO ela dormiu? (ontem) → tempo
→ COMO ela dormiu? (sentada) → modo
OBS.: As circunstâncias adverbiais são infinitas.
OBS.: “Dormir” é VI (verbo intransitivo). Então, tudo o que for adicionado
após o verbo é apenas um acréscimo de circunstância.

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DICA 12
CIRCUNSTÂNCIAS DO ADVÉRBIO

LUGAR Atrás, embaixo, ali, lá, aqui, longe, perto.

TEMPO Amanhã, hoje, outrora, breve, cedo, ainda (até agora).

ORDEM Primeiramente, depois, ultimamente.

INTENSIDADE Tão, pouco, muito, mais, menos.

MODO Bem, mal, melhor, pior, rapidamente, devagar.

AFIRMAÇÃO Sim, realmente, certamente.

NEGAÇÃO Não, nunca, nem, tampouco.

DÚVIDA Provavelmente, talvez, possivelmente.

INCLUSÃO Ainda, também, mesmo.

EXCLUSÃO Salvo, apenas, senão, só, unicamente.

DICA 13
NUMERAL

Numeral: É responsável por ordem, quantidade e fração. Desse modo, os numerais


podem apresentar valor de substantivo ou adjetivo:
Numerais substantivos: caracterizados pelos numerais multiplicativos.

Ex.: A inflação subiu o dobro no ano passado.


Numerais adjetivos: são os numerais cardinais, ordinais, coletivos e fracionários,
indicando valor adjetivo. Exemplo: A carne que eu comprei é de segunda (indica a
qualidade da carne).
DICA 14
ARTIGO

Artigo: É a palavra que se antepõe ao substantivo e indica se ele está sendo


empregado de forma indefinida ou definida.

ARTIGOS DEFINIDOS ARTIGOS INDEFINIDOS

O, A, OS, AS. UM, UMA, UNS, UMAS.

Ex.: Comprei o vestido vermelho. Ex.: Comprei um vestido vermelho.


→ Exprime a ideia de um vestido
vermelho específico.
→ Exprime a ideia de um vestido vermelho
qualquer.

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DICA 15
ADJETIVO

Palavra que expressa qualidade ou característica do ser.

Classificação do adjetivo:

Restritivo: Denota qualidade que pode ser retirada do substantivo. Por exemplo,
nem todo o homem é inteligente. “Inteligente” é um adjetivo restritivo que diz respeito
ao homem.

Explicativo: Denota qualidade que não pode ser retirada do substantivo. Por
exemplo, todo o fogo é quente, não existe fogo frio. “Quente” é um adjetivo explicativo
que diz respeito ao fogo.
DICA BÔNUS
ADJETIVO
Quanto a sua formação, o adjetivo pode ser:

Simples: formado por um só radical.

Ex.: magro, verde.

Composto: formado por mais de um radical.

Ex.: castanho-escuro.

Primitivo: dá origem a outros adjetivos.

Ex.: bom, feliz.

Derivado: deriva de substantivos, verbos e até de outro adjetivo.

Ex.: magrelo, bondoso.

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INFORMÁTICA
DICA 16
CONCEITOS E TECNOLOGIAS RELACIONADOS À INTERNET - CONCEITOS DE URL

URL: Uniform Resource Locator é o endereço que digitamos na barra do navegador


para acessar algo. Segue um padrão: https://pensarconcursos.com

HTTPS: é o protocolo que é utilizado para acessar a página. Pode ser HTTP ou HTTPS,
neste último caso, significa que a comunicação entre quem está acessando e o site é
criptografada.

CAMINHO: é o endereço que deseja acessar, neste caso, pensarconcursos (dizemos


que pensarconcursos é o nome do domínio) por fim o TLD, que é o nome de domínio
de alto nível. pode ser .com .org .net. No nosso caso, é .com

NOME DE DOMÍNIO: deve ser observado para evitarmos problemas com criminosos,
por exemplo, um site falso poderia ser https://penssarconcursos.com parece verdadeiro, mas
o SS torna o site falso.
Muitos endereços de sites maliciosos podem se aproveitar dos encurtadores de URL. Para
evitar URL longa, é comum utilizarmos encurtadores, porém, esses encurtadores podem
esconder um site malicioso. Por exemplo, no caso acima, o encurtador esconderia o erro
do SS.
DICA 17
INTRANET E EXTRANET
A intranet é uma rede privada que só permite acesso a pessoas autorizadas.
Desta forma, tem principalmente caráter corporativo. É através da Intranet que se tem
acesso aos sistemas corporativos. Sistemas esses que, geralmente, não ficam públicos e
só podem ser acessados dentro da organização. Utiliza os mesmos protocolos e padrões
que a internet, sua grande distinção é o fato de ser exclusiva e restrita, razão pela
qual, para acessar a Intranet o usuário deve se autenticar.
Já a Extranet trata-se da conexão à rede da intranet por meio externo, tendo se
tornado bastante comum devido ao Home Office (Teletrabalho). É também chamada
como uma extensão da intranet, que também terá seu acesso controlado.
Destaca-se que é bastante comum o uso de VPN para acessar de fora da rede da
organização.
DICA 18
SÍTIOS DE BUSCA E PESQUISA NA INTERNET - BUSCAS AVANÇADAS
Ao realizar buscas é possível colocar elementos que nos auxiliem a encontrar mais
rapidamente o que queremos.
Alguns destes elementos são:
Colocar o termo entre aspas: “CONCURSO” o buscador irá entender para buscar
exatamente essa sequência de palavras nos links que encontrar;
Utilizar o asterisco (*) como palavra incompleta, isto é, Bolo de * trará resultados
como Bolo de Chocolate, Bolo de Milho etc;

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Quando queremos que uma palavra não apareça na lista de resultados utilizamos o
traço (-). Ex.: exemplos de -sucesso irá buscar links que tenham exemplos de porém
sem nenhuma associação a sucesso.
Destaca-se que esses elementos podem ser combinados.

Há alguns outros elementos que valem a nossa atenção, segue abaixo:

intitle: Buscar por palavras no título;

allintitle: Garantir que todas as palavras da busca estejam no título;

allinurl: buscar por palavras na URL;

allintext: irá restringir a exibição apenas para páginas onde os textos tenham todos os
termos escolhidos;

allinanchor: Para buscar determinada palavra nos links das páginas;

location: Pesquisar por páginas em uma localidade específica;

@: direciona para redes sociais.


DICA 19
NAVEGAÇÃO ANÔNIMA
É uma forma de navegar sem deixar muitos rastros no computador utilizado.
Durante a navegação anônima os arquivos temporários, cookies e histórico não serão
mantidos. Porém, downloads e favoritos serão mantidos. O atalho para abrir uma
janela anônima no Google Chrome é CTRL + SHIFT + N.

ATENÇÃO

Veja-se que apenas os arquivos temporários, cookies e histórico não são mantidos,
ao passo que os downloads e favoritos são mantidos no navegador, ainda que nesse
tipo de navegação. Isso, inclusive, pode ser objeto de questionamento na sua prova,
portanto, não caia em pegadinhas!

QUESTÃO, 2018.
Recurso do navegador Google Chrome 63.0, versão português, que permite abrir uma
nova janela para navegar com privacidade sem salvar seu histórico de navegação,
cookies e dados de sites:
a) Nova janela anônima.
b) Nova janela privada.
c) Nova janela secreta.
d) Nova janela segura.
Gabarito: A.

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DICA 20

NAVEGADORES DE INTERNET - GOOGLE CHROME


Ao se clicar com o botão direito do mouse sobre uma guia do programa de navegação
Google Chrome opção “Fixar Guia”, ao ser escolhida, coloca a guia no canto
superior esquerdo da janela. Essa função serve para manter a guia aberta sempre
que você abrir o Chrome (acesso direto). Essa é uma boa função para e-mail e outros
sites importantes que necessitam de uma checagem contínua.
Essa opção pode ser acessada clicando-se com o botão direito na guia desejada.

Na linha de endereço do Chrome podemos digitar diretamente alguns caminhos


para acessar alguns recursos como em:

chrome://history/ Acessa o histórico de navegação

chrome://downloads/ Acessa o gerenciador de downloads.

chrome://settings/ Acessa as configurações do navegador.

chrome://bookmarks/ Acessa os favoritos.

chrome://extensions/ Acessa as extensões.

DICA BÔNUS
GOOGLE CHROME - ATALHOS

Abrir uma nova aba CTRL + T

Fechar uma aba CTRL + W

Abrir janela anônima CTRL + SHIFT + N

Atualizar página F5

Tela Cheia F11

Fechar Janela ALT + F4

Selecionar todo o texto CTRL + A

Abrir Downloads CTRL + J

Buscar na Página CTRL + F

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NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES FEDERAIS
DICA 21
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990 - SERVIDOR
FEDERAL INATIVO QUE NÃO GOZOU LICENÇA-PRÊMIO POR QUALQUER MOTIVO
DEVE RECEBER EM DINHEIRO
A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) fixou, sob o rito dos recursos
repetitivos, a tese de que o servidor federal inativo, independentemente de prévio
requerimento administrativo, tem direito à conversão em dinheiro da licença-prêmio não
usufruída durante a atividade funcional nem contada em dobro para a aposentadoria, sob
pena de enriquecimento ilícito do ente público.
Baseado na redação original do artigo 87, parágrafo 2º, da Lei 8.112/1990 e no artigo 7º
da Lei 9.527/1997, o colegiado definiu, também, que não é necessário comprovar que a
licença não tenha sido tirada por necessidade do serviço.
DICA 22
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990 - PLANO DE
SEGURIDADE SOCIAL

O Plano de Seguridade Social visa a dar cobertura aos riscos a que estão sujeitos o
servidor e sua família, e compreende um conjunto de benefícios e ações que atendam às
seguintes finalidades:

garantir meios de subsistência nos eventos de doença, invalidez, velhice, acidente em


serviço, inatividade, falecimento e reclusão;

proteção à maternidade, à adoção e à paternidade;

assistência à saúde.
DICA 23
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990 - PLANO DE
SEGURIDADE SOCIAL

Os benefícios do Plano de Seguridade Social do servidor compreendem:

Quanto ao servidor:

aposentadoria;

auxílio-natalidade;

salário-família;

licença para tratamento de saúde;

licença à gestante, à adotante e licença-paternidade;

licença por acidente em serviço;

assistência à saúde;

garantia de condições individuais e ambientais de trabalho satisfatórias;

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Quanto ao dependente:

pensão vitalícia e temporária;

auxílio-funeral;

auxílio-reclusão;

assistência à saúde.
DICA 24
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990 -
APOSENTADORIA

O servidor será aposentado:

por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando decorrente de acidente


em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificada
em lei, e proporcionais nos demais casos;

compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo


de serviço;

voluntariamente:

aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, e aos 30 (trinta) se mulher, com
proventos integrais;

aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em funções de magistério se professor, e 25


(vinte e cinco) se professora, com proventos integrais;

aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e aos 25 (vinte e cinco) se mulher, com
proventos proporcionais a esse tempo;

aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e aos 60 (sessenta) se mulher,


com proventos proporcionais ao tempo de serviço.
DICA 25
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990 - DA
APOSENTADORIA COMPULSÓRIA E VOLUNTÁRIA
A aposentadoria compulsória será automática, e declarada por ato, com vigência a
partir do dia imediato àquele em que o servidor atingir a idade-limite de permanência no
serviço ativo.
Já a aposentadoria voluntária ou por invalidez vigorará a partir da data da publicação
do respectivo ato.
DICA 26
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990 - DOENÇAS
GRAVES, CONTAGIOSAS OU INCURÁVEIS
Consideram-se doenças graves, contagiosas ou incuráveis, a que se refere o inciso I do
artigo 186 desta lei, tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia
maligna, cegueira posterior ao ingresso no serviço público, hanseníase, cardiopatia grave,
doença de Parkinson, paralisia irreversível e incapacitante, espondiloartrose anquilosante,
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nefropatia grave, estados avançados do mal de Paget (osteíte deformante), Síndrome de
Imunodeficiência Adquirida - AIDS, e outras que a lei indicar, com base na medicina
especializada.
DICA 27
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990- Auxílio-
Natalidade
O auxílio-natalidade é devido à servidora por motivo de nascimento de filho, em quantia
equivalente ao menor vencimento do serviço público, inclusive no caso de natimorto. Na
hipótese de parto múltiplo, o valor será acrescido de 50% (cinqüenta por cento), por
nascituro.
O auxílio será pago ao cônjuge ou companheiro servidor público, quando a parturiente não
for servidora.
DICA 28
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990- DOS
BENEFÍCIOS – DO SALÁRIO-FAMÍLIA
Renda Inicial no salário-família será:

De equivalente a uma cota para cada filho de até 14 anos de idade, se inválido,
independerá da idade.

Pago ao trabalhador com remuneração de até R$ 1.503,25.

Valor vigente em 2021: R$ 51,27 por cota.

Pode ser inferior a 1 salário-mínimo.


(É pago somente aos trabalhadores de baixa renda).

ATENÇÃO!

O salário-família é pago de forma proporcional aos dias trabalhados no mês em que


foi admitido ou demitido.
Em caso de trabalhador avulso, o pagamento deverá ser feito de forma integral
(mês inteiro).

TOME NOTA: O salário-família não terá a sua cota incorporada ao salário ou ao


benefício.
DICA 29
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990 - DOS
BENEFÍCIOS – DO SALÁRIO-FAMÍLIA
O salário-família deve ser pago:

a partir da data de apresentação da certidão de nascimento do filho ou equiparado;

Obrigatória apresentação do cartão de vacinação (com vacinas em dia) para filhos de


até 6 anos de idade;

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Obrigatória comprovação semestral de frequência escolar para crianças a partir de 4
anos de idade. Antes, a idade era de 7 anos, atualmente, conforme Decreto 10.410/2020,
passou a ser 4 anos de idade.
TOME NOTA: A falta de apresentação dos referidos documentos, no prazo definido
pelo INSS, o pagamento do benefício será suspenso.

ATENÇÃO!

É possível o recebimento de dois salários-família pelo mesmo filho, desde que ambos
os pais sejam responsáveis pela criança, e sejam individualmente de baixa renda.
Após a suspensão do benefício, caso o segurado comprove a vacinação ou frequência
escolar da criança, será devido pagamento da cota relativa do período suspenso.

DICA 30
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990 - PAI E MÃE
SERVIDORES PÚBLICOS
Quando o pai e mãe forem servidores públicos e viverem em comum, o salário-família
será pago a um deles; quando separados, será pago a um e outro, de acordo com a
distribuição dos dependentes.
Importante: Ao pai e à mãe equiparam-se o padrasto, a madrasta e, na falta destes, os
representantes legais dos incapazes.
DICA 31
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990- SALÁRIO
FAMÍLIA – DISPOSIÇÕES FINAIS
O salário-família não está sujeito a qualquer tributo, nem servirá de base para qualquer
contribuição, inclusive para a Previdência Social.
Importante: O afastamento do cargo efetivo, sem remuneração, não acarreta a suspensão
do pagamento do salário-família.
DICA 32
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990- LICENÇA PARA
TRATAMENTO DE SAÚDE
Será concedida ao servidor licença para tratamento de saúde, a pedido ou de ofício, com
base em perícia médica, sem prejuízo da remuneração a que fizer jus.
Inexistindo médico no órgão ou entidade no local onde se encontra ou tenha exercício em
caráter permanente o servidor, e não se configurando as hipóteses previstas nos
parágrafos do art. 230 desta lei, será aceito atestado passado por médico particular.
DICA 33
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990 - LICENÇA
PARA TRATAMENTO DE SAÚDE
A licença que exceder o prazo de 120 (cento e vinte) dias no período de 12 (doze) meses
a contar do primeiro dia de afastamento será concedida mediante avaliação por junta
médica oficial.
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A licença para tratamento de saúde inferior a 15 (quinze) dias, dentro de 1 (um) ano,
poderá ser dispensada de perícia oficial, na forma definida em regulamento.
DICA 34
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990 – PERÍCIA
OFICIAL
A perícia oficial para concessão da licença de que trata o caput deste artigo, bem como
nos demais casos de perícia oficial previstos nesta Lei, será efetuada por cirurgiões-
dentistas, nas hipóteses em que abranger o campo de atuação da odontologia. O servidor
que apresentar indícios de lesões orgânicas ou funcionais será submetido a inspeção
médica.
DICA 35
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS – LEI 8.112/1990- DA LICENÇA
À GESTANTE
Será concedida licença à servidora gestante por 120 (cento e vinte) dias consecutivos,
sem prejuízo da remuneração. A licença poderá ter início no primeiro dia do nono mês de
gestação, salvo antecipação por prescrição médica.
No caso de nascimento prematuro, a licença terá início a partir do parto.

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DIREITO CONSTITUCIONAL
DICA 36
DISPOSIÇÕES GERAIS SOBRE OS PARTIDOS POLÍTICOS

A Constituição Federal dispõe sobre os partidos políticos no art. 17. Vejamos algumas
das regras mais importantes:

Vigora o Princípio da Liberdade de Organização Partidária, pois é livre a criação,


fusão, incorporação e extinção de partidos políticos.

Essa liberdade, contudo, é mitigada. Devem ser respeitadas a soberania nacional, o


regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana.

Não confundir o PLURIPARTIDARISMO, com o FUNDAMENTO DA REPÚBLICA (art.


1º, da CF) PLURALISMO POLÍTICO.

Além disso devem ser observados os seguintes preceitos:

caráter nacional;

proibição de recebimento de recursos financeiros estrangeiros;

prestação de contas à Justiça Eleitoral;

funcionamento parlamentar de acordo com a lei.

vedação da utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar.

Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado e a sua existência legal
ocorre com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro.

Na CF há disposição expressa de que os partidos políticos deverão registrar seus


estatutos no Tribunal Superior Eleitoral – TSE.

ATENÇÃO!

Os partidos políticos adquirem personalidade jurídica com a inscrição dos atos


constitutivos no registro de pessoas jurídicas. NÃO é o registro do estatuto no TSE
que dá personalidade jurídica aos partidos políticos.
O ato do TSE que analisa o pedido de registro partidário não tem caráter
jurisdicional, mas tem natureza meramente administrativa.

Dispõe ainda o art. 17, §5º, da CF - Ao eleito por partido que não preencher os requisitos
previstos no § 3º deste artigo é assegurado o mandato e facultada a filiação, sem perda
do mandato, a outro partido que os tenha atingido, não sendo essa filiação considerada
para fins de distribuição dos recursos do fundo partidário e de acesso gratuito ao tempo
de rádio e de televisão.

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JURISPRUDÊNCIA

INAPLICABILIDADE da regra de perda do mandato por infidelidade partidária


ao sistema eleitoral majoritário. As características do sistema proporcional, com sua
ênfase nos votos obtidos pelos partidos, tornam a fidelidade partidária importante para
garantir que as opções políticas feitas pelo eleitor no momento da eleição sejam
minimamente preservadas. Daí a legitimidade de se decretar a perda do mandato do
candidato que abandona a legenda pela qual se elegeu. O sistema majoritário,
adotado para a eleição de presidente, governador, prefeito e senador, tem
lógica e dinâmica diversas da do sistema proporcional. As características do sistema
majoritário, com sua ênfase na figura do candidato, fazem com que a perda do
mandato, no caso de mudança de partido, frustre a vontade do eleitor e vulnere a
soberania popular (CF, art. 1º, parágrafo único; e art. 14, caput). [ADI 5.081, rel. min.
Roberto Barroso, j. 27-5-2015, P, DJE de 19-8-2015.]

DICA 37
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES NO ESTADO DO PODER LEGISLATIVO -
DISPOSIÇÕES GERAIS
O tema sobre o Poder Legislativo corresponde aos artigos 44 ao 58, da Constituição
Federal.
O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, o qual é composto pela
Câmara dos Deputados e Senado Federal.

A legislatura é o período de trabalhos das Casas Legislativas (Congresso, Câmara e


Senado) e tem duração de 4 anos.

CÂMARA DOS DEPUTADOS SENADO FEDERAL

Composta pelos Deputados Federais Composto pelos Senadores

Representantes do povo Representantes dos Estados e do Distrito


Federal

A escolha dos deputados federais respeita o A escolha dos senadores respeita o


sistema proporcional sistema majoritário

O número de deputados varia de acordo Cada um deles elegerá o número fixo de


com a população, devendo respeitar o 3 (três) senadores.
número mínimo de 8 (oito) e o máximo de
Cada senador é eleito com 2 (dois)
70 (setenta).
suplentes.

Os Territórios elegerão 4 (quatro)


deputados.

Mandato de 4 (quatro) anos. Mandato de 8 anos, sendo renovado de


quatro em quatro anos,
alternadamente por um e dois terços (ou
seja, em uma eleição escolhe-se 1
senador, em outra são escolhidos 2).
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IMPORTANTE!
A função do Poder Legislativo é a de controle externo da administração pública, que
compreende a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial
da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade,
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, que será
exercida com auxílio do tribunal de contas.
DICA 38
COMISSÃO PARLAMENTARES DE INQUÉRITO
Outro assunto que ganhou bastante visibilidade no cenário nacional nos últimos meses foi
a CPI da COVID. Por isso, é um assunto que pode ser cobrado na sua prova, pois é uma
importante ferramenta do Poder Legislativo de fiscalização e apuração.
Por esta razão, vale conferir o que a Constituição Federal dispõe sobre o tema:

Art. 58, §3º - As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de


investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos
das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal,
em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros,
para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o
caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou
criminal dos infratores.

Do dispositivo constitucional, vale ressaltar:


CPI detém poderes de investigação próprios das autoridades judiciais;
Criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, conjunta ou
separadamente;
Requerimento de 1/3 no mínimo de seus membros;
Apuração de fato determinado e por prazo certo;
As conclusões serão encaminhadas ao Ministério Público para que promova as
responsabilidades civil e/ou criminal dos infratores.
A composição dos integrantes da CPI deve respeitar o princípio da representação
proporcional de partidos e blocos partidários.

CPI

PODE NÃO PODE

→Quebrar sigilo bancário, fiscal, de →Determinar de indisponibilidade de


dados e telefônico (não confundir com bens do investigado.
interceptação telefônica);
→Decretar a prisão preventiva (pode
→Requisitar informações e decretar somente prisão em flagrante);
documentos sigilosos diretamente às
instituições financeiras ou através do
→Determinar o afastamento de cargo
ou função pública durante a
BACEN ou CVM, desde que previamente
aprovadas pelo Plenário da CD, do Senado investigação; e

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ou de suas respectivas CPIs (Artigo 4º, § →Decretar busca e apreensão
1º, da LC 105); domiciliar de documentos.
→Ouvir testemunhas, sob pena de →Decretar interceptação telefônica
condução coercitiva;

→ Ouvir investigados ou indiciados.

As regras acima são válidas para CPIs instauradas em âmbito federal e estadual.

As CPIs instauradas nos municípios apresentam poderes mais restritos.

ATENÇÃO!!

A CPI municipal não poderá ter poderes próprios de autoridade judiciária, pois
isto seria atribuir ao município uma competência que não lhe foi dada pela constituição,
em razão de não ter Poder Judiciário Municipal.
O STF já decidiu que CPI municipal não pode determinar condução coercitiva de
testemunha.

DICA 39
PRERROGATIVAS PARLAMENTARES - IMUNIDADES DOS CONGRESSISTAS
Os membros do Poder Legislativo possuem algumas prerrogativas. Atenção para o fato de
que as prerrogativas estão vinculadas ao cargo e não ao indivíduo que o exerce!
Tais garantias são irrenunciáveis justamente porque se vinculam ao cargo e não à
pessoa do congressista.

Foro por prerrogativa de função: essa prerrogativa garante ao parlamentar o


julgamento perante órgão específico do Poder Judiciário, e é aplicada para casos de
infrações penais comuns, não se aplica a toda demanda judicial.
Os Deputados Federais e Senadores serão julgados no STF.

Imunidade Material: Os deputados e senadores são invioláveis, civil e penalmente,


por quaisquer de suas opiniões palavras e votos.

Imunidade Formal: essa imunidade se refere à prisão e ao processo por crime


praticado pelo parlamentar.
As seguintes prerrogativas (foro por prerrogativa de função, imunidade material e
imunidade formal) começam após a diplomação do parlamentar.
DICA 40
IMUNIDADE MATERIAL E FORMAL
Em se tratando de prerrogativa dos parlamentares, há dois tipos de imunidade: a
material e a formal. Vejamos cada uma:

A imunidade material está relacionada ao conteúdo das manifestações dos


parlamentares.

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É importante definir se a manifestação do parlamentar ocorreu dentro ou fora do
Congresso Nacional (entenda-se Câmara dos Deputados e Senado Federal também);

→ Manifestação fora do Congresso Nacional: só estarão protegidas as declarações se


guardarem conexão com o exercício da função de parlamentar.

→ Manifestação dentro do Congresso Nacional: a manifestação não precisa


guardar relação com o exercício da função parlamentar.

Já, a imunidade formal relacionada à prisão significa que os parlamentares não


poderão ser presos, salvo em caso de flagrante de crime inafiançável.
TODAVIA, os parlamentares poderão ser presos caso tenha sentença penal condenatória
transitada em julgado. Portanto, o que se veda é a prisão cautelar, exceto o flagrante de
crime inafiançável.
A imunidade formal relacionada ao processo significa que, quando o STF recebe a
denúncia contra o parlamentar, deve dar ciência à Casa que o parlamentar integra, e
por iniciativa do partido político nela representado, e pelo voto da maioria dos membros,
poderá sustar o andamento da ação penal.
Caso a Casa decida pela sustação da ação penal, também estará suspensa a prescrição
do crime, com o objetivo de não gerar a impunidade.

RESUMINDO

O parlamentar NÃO pode ser preso, salvo em caso de flagrante delito inafiançável; e o
processo por crime cometido após a diplomação pode ser SUSTADO.

DICA 41
IMUNIDADES DOS DEPUTADOS, SENADORES E VEREADORES
Os Deputados Federais, Estaduais e Distritais (DF) e os Senadores gozam de
prerrogativa de foro, imunidade material e imunidade formal.
O foro por prerrogativa de função depende do cargo exercido:
Deputados Federais e Senadores – STF.
Deputados Estatuais e Distritais – o foro depende do crime praticado e do bem
jurídico atingido, podendo ser o Tribunal de Justiça do Estado ou do Distrito Federal; TRF
ou TRE.
Em relação aos vereadores é importante destacar que esses integrantes do Poder
Legislativo Municipal e, possuem apenas imunidade material, a qual é restrita aos
limites do município onde exercem a função (art. 29, VIII, da CF).

SÚMULA VINCULANTE Nº 25:

“A competência constitucional do tribunal do júri prevalece sobre o foro por prerrogativa


de função estabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual.”

Assim, se um vereador praticar um crime da competência do Tribunal do Júri e tiver


foro por prerrogativa de função estabelecido na Constituição Estadual, deverá ser julgado
no juízo do tribunal do júri.

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SINTETIZANDO:

IMUNIDADES PARLAMENTARES

Deputados Senadores Deputados Vereadores


Federais Estaduais e
Distritais

Foro por SIM SIM SIM Fixado na


prerrogativa de Constituição
função Estadual

Imunidade material SIM SIM SIM SIM, mas nos


limites do
município

Imunidade formal SIM SIM SIM NÃO

DICA 42
FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Conceito (Ministro Alexandre de Moraes): “conjunto ordenado de disposições que
disciplinam o procedimento a ser obedecido pelos órgãos competentes na produção de leis
e atos normativos que derivam diretamente da própria constituição”.

O processo legislativo compreende a elaboração de:

emendas à Constituição;

leis complementares;

leis ordinárias;

leis delegadas;

medidas provisórias;

decretos legislativos;

resoluções.

ATENÇÃO!!

As medidas provisórias, teoricamente, não deveriam estar elencadas no art. 59 da


CF/88, pois, trata-se de atos do Poder Executivo, uma vez que são criadas pelo
Presidente da República e não pelo processo legislativo.

Lei complementar disporá sobre a:

elaboração;

redação;

alteração; e

consolidação das leis.


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DICA 43
PODER EXECUTIVO - NOÇÕES GERAIS
O Poder Executivo do Brasil adota o sistema Presidencialista, sendo que o Presidente
da República exerce as funções de CHEFE DE ESTADO e CHEFE DE GOVERNO.
Ao contrário do que ocorre no Parlamentarismo, na situação em que o Chefe de Estado é o
presidente/monarca e o Chefe de Governo é o Primeiro-Ministro.
Nesses casos, o Primeiro-Ministro é vinculado ao programa de governo aprovado pelo
Parlamento e a ligação entre o Executivo e o Parlamento é mais íntima que no
Presidencialismo.
O Presidente da República, como o nome diz, segue a Forma de Governo REPÚBLICA, na
qual há a responsabilização do Presidente pelos seus atos e há eleições periódicas
para a sua escolha, não predominando a hereditariedade.
DICA 44
ELEIÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA E VICE
A eleição do Presidente da República implica, automaticamente, na eleição do Vice-
Presidente. Essa situação, apesar de hoje em dia ser lógica, é uma inovação da atual
Constituição.
O Presidente da República e o Vice são eleitos segundo o critério majoritário, o que
significa que será eleito o candidato com a MAIORIA ABSOLUTA dos votos válidos, ou
seja, NÃO SE COMPUTAM VOTOS EM BRANCO E OS NULOS.
A eleição ocorrerá no primeiro domingo de outubro e, se não houver candidato que
obtenha a maioria absoluta, o segundo turno ocorrerá no último domingo de outubro.
Serão votados no segundo turno os dois candidatos mais votados. No segundo turno,
não será necessário a obtenção da maioria absoluta dos votos, basta a maioria simples.
DICA 45
POSSE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA E VICE
O Presidente da República e o Vice tomarão posse em sessão conjunta do Congresso
Nacional.
Se decorridos 10 dias da data fixada para a posse, o Presidente e o Vice não tiverem
assumido o cargo, salvo motivo de forca maior, o cargo será declarado VAGO.
Caso o Presidente ou o Vice não tenham tomado posse, serão convocadas NOVAS
ELEIÇÕES no prazo de 90 dias da vacância.
É importante destacar que é o CONGRESSO NACIONAL que possui a competência para
declarar os cargos vagos, não é o TSE e nem o STF.
DICA BÔNUS
SUBSTITUIÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
A Substituição do Presidente da República ocorre nos casos de impedimento, que são
causas temporárias (viagens, férias etc.).

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São substitutos do Presidente, nesta ordem:

Vice-Presidente;

Presidente da Câmara;
Presidente do Senado;
Presidente do STF.
ESSA ORDEM É DE OBSERVÂNCIA OBRIGATÓRIA.

ATENÇÃO!

O Presidente da Câmara vem antes do Presidente do Senado na ordem de


substituição, tendo em vista que a Câmara dos Deputados é a Casa representante do
povo, e o Senado a Casa que representa os estados e DF.

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DIREITO ADMINISTRATIVO
DICA 46
ATOS ADMINISTRATIVOS - ESPÉCIES - ATOS NORMATIVOS E ORDINATÓRIOS

As espécies de atos podem ser representadas pelo Mnemônico:

N Normativos

O Ordinários

N Negociais

E Enunciados

P Punitivos

Atos Normativos: São atos que possuem comando para correta aplicação da lei.

Ex.: Decretos, Instruções Normativas, Regimentos e Resoluções.

Atos Ordinatórios: São atos que disciplinam o funcionamento da administração e


dos seus agentes.

Ex.: Instruções, Circulares, Portarias, Avisos, Ordens de Serviço, Ofícios e Despachos.


DICA 47
ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS

Atos Negociais: São atos praticados mediante declaração de vontade do Poder


Público, em atendimento a pretensão do particular.

Ex.: Licença, Autorização e Permissão.

Atos Enunciativos: São atos que a Administração se limita a certificar ou atestar


um fato ou emitir opinião sobre determinado assunto.

Ex.: Certidões, Atestados e Pareceres.

Atos Punitivos: São atos que constituem sanção imposta pela Administração em
relação à infração de disposições legais.

Ex.: multa, interdição, demolição.


DICA 48
AGENTES PÚBLICOS
O agente público é todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de
investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função na administração pública
direta ou indireta;

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Os agentes públicos se classificam em:

Agentes políticos: titulares dos cargos estruturais à organização política do


Estado. São agentes políticos: Chefes dos Poderes executivos, Senadores, Deputados,
Vereadores, membros da Magistratura e do Ministério Público.

Servidores públicos:

Em sentido amplo: pessoas físicas que prestam serviços ao Estado e às entidades


da Administração Indireta, com vínculo empregatício e mediante remuneração paga pelos
cofres públicos.

Estatutários ou servidor público em sentido estrito: titulares de cargo público


efetivo e em comissão, com regime jurídico estatutário, integrantes da Administração
Direta, autarquias e fundações públicas com personalidade jurídica de Direito Público.

Empregados públicos: regidos pela CLT, não ocupam cargo público e não
possuem estabilidade, mas submetem-se às normas constitucionais referentes a
requisitos do cargo, investidura, acumulação, vencimentos entre outros. Enquadram-se no
regime geral da previdência tais como comissionados e temporários. Com exceção das
funções de direção e de confiança das pessoas jurídicas da Administração Indireta, os
empregados públicos são admitidos mediante concurso público ou processo seletivo;

Temporários: exercem função sem vinculação a cargo ou emprego público e são


submetidos a regime jurídico especial a ser disciplinado em lei de cada unidade da
federação.

Militares: pessoas físicas que prestam serviços às Forças Armadas (Exército,


Marinha e Aeronáutica), e às Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares
dos Estados, Distrito Federal e Territórios, com vínculo estatutário sujeito a regime
jurídico próprio, mediante remuneração paga pelo Governo.

Particulares em colaboração com o poder público: exercem função pública,


entretanto, não deixam de ser particulares. São os requisitados, que exercem munus
público e são os recrutados para o serviço militar obrigatório; os jurados e os que
trabalham nos cartórios eleitorais; os concessionários e os permissionários de serviços
públicos;

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DICA 49
ESPÉCIES E CLASSIFICAÇÃO

Uma segunda classificação pode ser encontrada, embora menos usual:

Agentes administrativos: aqueles que estão sujeitos a uma hierarquia constitucional,


independente de a administração pública ser direta ou indireta. Os servidores públicos e
empregados públicos em geral são exemplos de agentes administrativos;

Agentes delegados: recebem um encargo estatal com a finalidade de prestação de


prestação de determinado serviço. Como exemplo de agentes delegados temos os
leiloeiros e os concessionários;

Agentes honoríficos: aqueles requisitados para temporariamente desempenharem


uma função pública. Os mesários e os jurados são exemplos desse tipo de agente;

Agentes credenciados: são os que recebem a incumbência da administração para


representá-la em determinado ato ou praticar certa atividade específica, mediante
remuneração do poder público credenciante. São exemplos de agentes credenciados os
professores substitutos e os médicos credenciados.
DICA 50
PROVIMENTO X INVESTIDURA

Provimento: é o ato pelo qual se atribui um titular ao cargo público.


O provimento do cargo público se dá, originariamente, com a nomeação, contudo, pode
se dar de forma derivada;

No geral, são formas de provimento vigentes:

Nomeação;

Promoção;

Readaptação;

Reversão;

Aproveitamento;

Reintegração;

Recondução;

Investidura: ato unilateral da Administração decorrente da POSSE, pela toma o


servidor já nomeado, lugar ou assento na Administração, ocupando efetivamente o cargo;

PROVIMENTO: NOMEAÇÃO

INVESTIDURA: POSSE

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DICA 51
PROVIMENTO ORIGINÁRIO
O provimento originário se dá por meio da NOMEAÇÃO, sendo esta a única forma de
ingresso primário no cargo público existente no ordenamento jurídico atual. Pode ser em
caráter efetivo ou em comissão;
Em caráter efetivo, a nomeação se dará após aprovação prévia em concurso público
de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo
ou emprego;
No cargo em comissão, não é precedido de concurso público, sendo um ato
discricionário da autoridade competente. São declaradas em lei de livre nomeação e
exoneração, não necessitando de motivação para sua efetivação;
A nomeação é ato unilateral da administração pública e o nomeado apenas terá
vínculo com a administração pública com a posse, que deve ocorrer no prazo de trinta
dias da nomeação.
DICA 52
PROVIMENTO DERIVADO
O servidor público pode, além das formas originárias de ingresso no serviço público,
ocupar um cargo por meio de provimento derivado.

São as modalidades de provimento derivado:

Promoção: forma de provimento derivado vertical nos cargos da administração


pública. É quando ocorre o provimento na carreira de cargos sucessivos e ascendentes.
Por exemplo, o inspetor evolui da classe II para se tornar inspetor classe I.
CUIDADO: A ascensão foi considerada INCONSTITUCIONAL!

Readaptação: quando o servidor sofre uma limitação em sua capacidade física


ou mental, mas ainda pode trabalhar, não sendo o caso de aposentadoria. Caso o
servidor seja considerado incapaz para o serviço público, ocorrerá a aposentadoria do
respectivo agente público.

Reversão: retorno à atividade do servidor anteriormente aposentado, desde que


atendidas as regras estabelecidas pelo Poder Executivo e desde que o servidor não tenha
atingido a idade de 70 anos.

Aproveitamento: o chamado, feito pela administração pública, para que o servidor


público em disponibilidade volte a exercer suas atividades.

Recondução: forma de provimento em que ocorre o retorno do servidor ao cargo


anteriormente ocupado, como por exemplo no caso de inabilitação em estágio
probatório relativo a outro cargo ou reintegração do anterior ocupante.

Reintegração: consiste no retorno do servidor anteriormente demitido ao cargo


anteriormente ocupado ou no cargo resultante de sua transformação, com ressarcimento
de todas as vantagens.
OBS.: há doutrina que classifica a reversão como modo de ingresso originário, uma
vez que o servidor aposentado retorna para o MESMO cargo anteriormente ocupado.

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DICA 53
INGRESSO SEM CONCURSO PÚBLICO
Pode haver ingresso em cargo público sem concurso? sim! Nas hipóteses de cargos
em comissão.
Contudo, é importante não confundir o cargo em comissão com a função de confiança;
O cargo em comissão pode ser ocupado por qualquer pessoa e não depende de
concurso, pois é de livre nomeação e exoneração;
A função de confiança também não depende de concurso público, todavia, devem ser
exercidas apenas por servidores ocupantes de cargo efetivo;
Importante saber também que parte dos cargos em comissão devem ser preenchidos por
servidores de carreira, em percentual definido em lei;
Vamos à esquematização?

CARGO EM COMISSÃO FUNÇÃO DE CONFIANÇA

Prescinde de concurso público Prescinde de concurso público

Podem ser ocupados por qualquer pessoa,


Exercidas EXCLUSIVAMENTE por
mas parte dos cargos será reservado a
ocupantes de cargo efetivo
servidores de carreira (cargo efetivo)

Atribuições de direção, chefia e Atribuições de direção, chefia e


assessoramento assessoramento

DICA 54
PERDA DO CARGO PÚBLICO

O servidor público estável PODERÁ perder o cargo, contudo, em apenas quatro


hipóteses:

em virtude de sentença judicial transitada em julgado;

mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;

mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei


complementar, assegurada ampla defesa.

Perda do cargo por excesso de gastos com folha de pessoal (Lei de Responsabilidade
Fiscal e art. 169, §§ 3º e 4º, da CF), incluindo os ativos e os inativos.

CUIDADO!
Especialmente nas três primeiras hipóteses, muita atenção às palavras grifadas, pois
quando suprimidas deixam a assertiva incompleta e, portanto, errada.

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DICA 55
VACÂNCIA DO CARGO PÚBLICO
A vacância do cargo público é o ato que torna o cargo vago, podendo ser ocupado por
outro servidor.

O cargo público pode se tornar vago em sete hipóteses, conforme Mnemônico: PARE
PDF.

P Promoção

A Aposentadoria

R Readaptação

E Exoneração

P Posse em cargo inacumulável

D Demissão

F Falecimento

DICA BÔNUS
RESUMO PROVIMENTO E VACÂNCIA

PROVIMENTO DICA MODO

Nomeação Entrada no serviço público Originário

Promoção Evolução na carreira Derivado

Readaptação Limitação física ou mental Derivado

Reversão Volta do aposentado Derivado

Volta do que estava em


Aproveitamento Derivado
disponibilidade

Volta do injustamente
Reintegração Derivado
demitido

Recondução Retorno ao cargo anterior Derivado

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VACÂNCIA DICA

Promoção Evolução na carreira

Aposentadoria Idade ou invalidez

Readaptação Limitação física ou mental

Exoneração A pedido ou compulsória

Posse em cargo inacumulável Saída de um cargo para outro

Demissão Processo judicial

Falecimento

PROVIMENTO VACÂNCIA

Nomeação Aposentadoria

Promoção Promoção

Readaptação Readaptação

Reversão Exoneração

Aproveitamento Posse em cargo inacumulável

Reintegração Demissão

Recondução Falecimento

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DIREITO ELEITORAL
DICA 56
FASES DO PROCESSO ELEITORAL
A sequência de atos que levam à escolha dos representantes por meio das eleições,
finalizando com a diplomação dos candidatos e o julgamento das ações eleitorais.

Os principais autores apontam as seguintes etapas do processo eleitoral: 1) convenções


partidárias; 2) registro de candidaturas; 3) propaganda eleitoral; 4) preparação das
eleições; 5) votação; 6) apuração; 7) diplomação.

ATENÇÃO!

Há duas fases no processo eleitoral – uma pré-eleitoral que se inicia com a realização
das convenções partidárias e a escolha das candidaturas, prolongando-se até a
propaganda eleitoral. A fase pós-eleitoral começa com a apuração e contagem dos
votos e termina com a diplomação dos candidatos eleitos (bem como seus suplentes).

CUIDADO!
Quando o STF julgou a constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa, ampliou o conceito de
processo eleitoral, alcançando atos anteriores às convenções partidárias,
praticados em ano eleitoral (HC 104286).
DICA 57
CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS
Segundo a Lei das Eleições (artigo 8º, caput, da Lei n.º 9.504/97) a escolha dos
candidatos pelos partidos e a deliberação sobre coligações deverão ser feitas no período
de 20 de julho a 5 de agosto do ano em que se realizarem as eleições.

ATENÇÃO!

cada partido poderá registrar candidatos para a Câmara dos Deputados, Câmara e
Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais no total de até 100% do número de
lugares a preencher mais um (artigo 10, caput, da Lei n.º 9.504/97).

CUIDADO!
Cada partido ou coligação preencherá o mínimo de 30% (trinta por cento) e o máximo de
70% (setenta por cento) para candidaturas de cada sexo (artigo 10, parágrafo terceiro, da
Lei n.º 9.504/97).
DICA 58
COLIGAÇÕES PARTIDÁRIAS
É na convenção que o partido resolve se vai disputar eleições isoladamente ou se fará
coligações.

ATENÇÃO!

A Emenda Constitucional n.º 97, da 2017 proibiu a coligação para as eleições


proporcionais. Apenas nas eleições majoritárias são admitidas coligações.
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CUIDADO!
Em 21/6/22, o TSE julgou a consulta 0600591-69.2021.6.00.0000, definindo que os
partidos políticos que formarem coligação para a disputa de governo estadual em 2022
deveriam respeitar esse acordo na definição das candidaturas para o Senado Federal.
Embora eles possam lançar candidatos independentes, não podem se coligar a legendas
diferentes com vista ao mandato parlamentar.
DICA 59
FEDERAÇÕES PARTIDÁRIAS
Dois ou mais partidos políticos podem se reunir em federação, registrada perante o TSE, a
qual atuará como se fosse uma única agremiação partidária (artigo 11-A, Lei n.º
9.096/95).

ATENÇÃO!

Os partidos reunidos em federação deverão permanecer filiados por no mínimo quatro


anos (artigo 11-A, inciso II, Lei n.º 9.096/95).

Se o partido sair da federação ficará proibido de ingressar em outra federação, de


celebrar coligação nas duas eleições seguintes e até completar o prazo mínimo
remanescente da federação, de utilizar o fundo partidário (artigo 11-A, parágrafo quarto,
Lei n.º 9.096/95).
CUIDADO!
Se houver desligamento de um ou mais partidos, a federação prosseguirá em
funcionamento até a eleição seguinte, desde que nela permaneçam dois ou mais
partidos (artigo 11-A, parágrafo quinto, Lei n.º 9.096/95).

O partido que se desligar da federação poderá participar da eleição isoladamente se


a ruptura ocorrer até seis meses antes do pleito. Caso a extinção da federação seja
motivada pela fusão ou incorporação entre os partidos, nenhuma das penalidades será
aplicada.

A Resolução TSE n.º 23.670, de 14 de dezembro de 2021 regulamenta as federações


de partidos políticos.
DICA 60
REGISTRO DE CANDIDATURAS
É um processo complexo instaurado para que o partido formalize na Justiça Eleitoral
pedido ou requerimento de registro de candidatura de seus filiados escolhidos em
convenção que concordaram em disputar as eleições.
CUIDADO!
No Recurso Especial Eleitoral n° 0600938-72.2022.6.25.0000/SE (julgado em
03/11/2022), o Tribunal Superior Eleitoral, por unanimidade, reafirmou o caráter
jurisdicional dos processos de registro de candidatura, mesmo quando não impugnados.
Ou seja, esgotados os prazos recursais das decisões proferidas nestes processos, sem que
haja recurso, configurar-se-á coisa julgada, não podendo ser proferida outra decisão que
modifique a anteriormente prolatada.

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ATENÇÃO!

Até 20 dias antes das eleições TODOS os pedidos de registro de candidaturas deverão
estar JULGADOS pelas instâncias ordinárias, com as decisões devidamente publicadas
(artigo 16, parágrafo primeiro, da Lei n.º 9.504/97).

Os processos de registro de candidaturas terão PRIORIDADE sobre quaisquer outros


(artigo 16, parágrafo segundo, da Lei n.º 9.504/97).
DICA 61
CANDIDATURA NATA
O artigo 8º, parágrafo primeiro, da Lei n.º 9.504/97 prevê que aos detentores de mandato
de Deputado Federal, Estadual ou Distrital, ou de Vereador, e aos que tenham exercido
esses cargos em qualquer período da legislatura que estiver em curso, é assegurado o
registro de candidatura para o mesmo cargo pelo partido a que estejam filiados.
CUIDADO!
O dispositivo acima, conhecido como “CANDIDATURA NATA” foi objeto da Ação Direta
de Inconstitucionalidade (ADI) 2530 e no dia 18/08/2021, o Supremo Tribunal Federal
(STF) declarou por UNANIMIDADE a inconstitucionalidade do dispositivo.

ATENÇÃO!

O STF entendeu que o dispositivo viola a isonomia entre os pretendentes a cargos


legislativos e a autonomia partidária.

DICA 62
SUBSTITUIÇÃO DE CANDIDATOS
Os partidos ou coligações podem substituir candidato que for considerado inelegível,
renunciar ou falecer após o termo final do prazo do registro ou, ainda, tiver seu registro
indeferido ou cancelado.
PRAZO: Segundo o parágrafo terceiro do artigo 13, da Lei n.º 9.504/97, até vinte dias
antes das eleições (exceto em caso de falecimento, quando a substituição poderá
ultrapassar esse prazo).
CUIDADO!
O registro do substituto deverá ser requerido até dez dias contados do fato ou da
notificação do partido da decisão judicial que deu origem à substituição (artigo 13,
parágrafo primeiro, da Lei n.º 9.504/97).

PERGUNTA: E se o falecimento ocorrer às vésperas das eleições, como fica a


substituição?
Na consulta n.º 1204, de 08/06/2006, o TSE decidiu que se o evento morte ocorrer após a
convenção partidária e até o dia do primeiro turno da eleição, a substituição poderá ser
requerida até vinte e quatro horas antes da eleição, desde que observado o prazo de
dez dias, contados do fato.

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DICA 63
MORTE DE CANDIDATO DO PROPORCIONAL NÃO SUBSTITUÍDO
Se o candidato a deputado (ou vereador) falece antes das eleições e não é substituído,
seus votos são considerados nulos para todos os efeitos e NÃO integram o quociente
partidário.

ATENÇÃO!

Embora o sistema adotado no Brasil seja o proporcional de lista aberta, no qual os votos
de todos os candidatos do partidos são computados para o cálculo do quociente
partidário, os votos dados ao candidato falecido (o mesmo vale para os casos de
indeferimento do registro ou renúncia) não são considerados votos válidos.

JURISPRUDÊNCIA

O TSE já se pronunciou nesse sentido:


“Recurso contra a expedição de diploma. Art. 262, III, do CE. Art. 175, § 3º, do Código
Eleitoral. Candidato a deputado falecido quatro dias antes da eleição. Votos nulos para
todos os efeitos. O falecimento do candidato antes do pleito importa considerar nulos os
votos a ele conferidos, conforme preceitua o art. 175, § 3º, do Código Eleitoral. [...]”
(Ac. nº 578, de 11.5.99, rel. Min. Eduardo Alckmin.)

DICA 64
SUBSTITUIÇÃO DE CANDIDATO MAJORITÁRIO - COLIGAÇÕES

ATENÇÃO!

Nas eleições majoritárias, se o candidato for de coligação, a substituição deverá


fazer-se por decisão da maioria absoluta dos órgãos executivos de direção dos
partidos coligados, podendo o substituto ser filiado a qualquer partido dela
integrante, desde que o partido ao qual pertencia o substituído renuncie ao direito
de preferência.

Ou seja, a substituição precisa ser decidida por metade mais um dos dirigentes partidários
integrantes da coligação. O filiado ao mesmo partido do substituído tem preferência para
exercer a substituição. Caso renuncie a este direito, o substituto poderá ser filiado a
qualquer partido integrante da coligação (artigo 13, parágrafo terceiro, da Lei n.º
9.504/97).
CUIDADO!
A escolha do substituto é feita na forma estabelecida pelo estatuto do partido ao qual
pertence o substituído (artigo 13, parágrafo 1º, da Lei n.º 9.504/97).
Ou seja, se o Candidato X, do Partido A falecer, a forma de escolha e os critérios
adotados serão aqueles presentes no estatuto do Partido A, mesmo que seja decidido
que o substituto será o Candidato Y, do Partido B.

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Se a substituição ocorrer após a preparação das urnas, o substituto concorrerá com o
nome, o número e a fotografia do substituído, cabendo-lhe os votos a este atribuídos.
DICA 65
SUBSTITUIÇÃO E UNICIDADE DA CHAPA
No segundo turno das eleições, por determinação constitucional expressa, não é possível
a substituição de candidato (artigo 77, parágrafo quarto, da Constituição Federal).
A norma é reproduzida no artigo 2º, parágrafo segundo, da Lei n.º 9.504/97: “(...)§2º Se,
antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de
candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação”.
COMO ACONTECE? Convoca-se o terceiro colocado, desfazendo-se a chapa vitoriosa no
primeiro turno, mas que, para o segundo, ficou desfalcada de um de seus integrantes. Se
houver empate no terceiro lugar, prevalecerá o mais idoso.
CUIDADO!
No caso de o candidato a “vice” ser o substituído, o TSE já entendeu não haver
impedimento à substituição.
“Consulta. Candidato a vice-governador de estado. Substituição anterior ao segundo turno
por morte, desistência ou impedimento legal. Hipótese de aplicação do art. 13, § 2o, da
Lei no 9.504/97 [...]” (TSE – Ac. no 20.141, de 26-3-1998 – JURISTSE 7:243).
Desta forma, a chapa só seria desfeita se o substituído fosse o titular.

ATENÇÃO!

Isso configura uma exceção ao Princípio da Unidade ou Unicidade da Chapa visto


anteriormente.

DICA 66
FINANCIAMENTO DE CAMPANHA

As fontes de arrecadação de recursos de campanha podem ser: a) recursos próprios; b)


doações de pessoas físicas; c) doações de outros candidatos ou partidos políticos; d)
recursos do fundo partidário; e) comercialização de bens ou realização de eventos.
IMPORTANTE! não é admitida a entrega de dinheiro em espécie diretamente aos
candidatos.
As doações somente podem ser realizadas por meio de cheque cruzado e nominal,
transferência bancária ou depósito bancário devidamente identificado. É admitida, ainda, a
doação por pagamento de boleto bancário, cartão de crédito e débito.

ATENÇÃO!

O artigo 22-A, parágrafo terceiro da Lei n.º 9.504/97 permite que desde 15 de maio do
ano eleitoral os pré-candidatos realizem arrecadação prévia de recursos através de
instituições que promovam técnicas e serviços de financiamento coletivo por meio de
sítios na internet, aplicativos eletrônicos e outros recursos similares (crowdfunding, as
chamadas “vaquinhas virtuais”).

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CUIDADO!
A liberação dos recursos é condicionada ao registro da candidatura, com a realização
despesas de campanha dentro do calendário eleitoral.
DICA 67
DOAÇÕES DE PESSOAS FÍSICAS - ESTIMÁVEIS
Pessoas físicas poderão fazer doações em dinheiro ou estimáveis em dinheiro para
campanhas eleitorais, desde que as contribuições e doações não ultrapassem 10% dos
rendimentos brutos auferidos pelo doador no ano anterior à eleição (artigo 23, parágrafo
primeiro, da Lei n.º 9.504/97.
Doação estimável é aquela que envolve serviços ou bens do doador que devem
ser valorados em dinheiro.
CUIDADO!
Para doações estimáveis em dinheiro nas quais sejam utilizados bens móveis ou imóveis
de propriedade do doador, não se aplica o limite de 10% dos rendimentos brutos.
Porém, o valor estimado não pode ultrapassar R$40.000,00 (quarenta mil reais) por
doador (artigo 23, parágrafo sétimo, da Lei n.º 9.504/97).

Exemplo: um doador pode ceder imóveis para que o candidato instale comitês de
campanha, porém, o valor relativo aos alugueres que deveriam ser pagos (estimados em
dinheiro) não pode ultrapassar R$40.000,00.
DICA 68
DOAÇÕES DE PESSOAS FÍSICAS – FINANCEIRAS
As doações financeiras de valor igual ou superior a R$1.064,10 (mil e sessenta e
quatro reais e dez centavos) só poderão ser realizadas mediante transferência
eletrônica entre as contas bancárias do doador e do beneficiário ou por meio de cheque
cruzado e nominal (artigo 21, parágrafo primeiro, da Resolução TSE n.º 23.607/2019).
CUIDADO!
Ainda que o doador faça diversas doações no mesmo dia de valor inferior a R$
1.064,10, elas serão somadas e, se alcançarem R$ 1.064,10 ou valor superior, TODAS
deverão ser feitas por transferência eletrônica (artigo 21, parágrafo segundo, da
Resolução TSE n.º 23.607/2019).

ATENÇÃO!

Doações realizadas em desacordo com a legislação devem ser recolhidas ao Tesouro


Nacional, pois configuram Recursos de Origem Não Identificada (RONI), na forma do
artigo 32, da Resolução TSE n.º 23.607/2019 e artigo 24, parágrafo quarto, da Lei n.º
9.504/97.

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DICA 69
DOAÇÕES DE PESSOAS FÍSICAS – COMISSIONADOS

Partidos (e candidatos) não podem receber doações (nem mesmo estimáveis em


dinheiro) de pessoas físicas que exerçam função ou cargo público de livre nomeação e
exoneração, ou cargo ou emprego público temporário, com exceção dos filiados ao
partido político (artigo 31, inciso V, da Lei n.º 9.096/95).

Cargos em comissão estão previstos no artigo 37, inciso II, da Constituição Federal e são
aqueles declarados em lei, de livre nomeação e exoneração.
CUIDADO!
Se o servidor for filiado a partido político poderá realizar a doação, desde que respeitando
os limites previstos em Lei.
DICA 70
DOAÇÕES DE SERVIÇOS

Pessoas físicas que exerçam atividade que depende de permissão pública não podem
realizar doações a partidos e candidatos (artigo 24, inciso III, da Lei n.º 9.504/97).

CUIDADO!
Os gastos advocatícios e de contabilidade referentes a consultoria, assessoria e
honorários, relacionados à prestação de serviços em campanhas eleitorais e em favor
destas, bem como em processo judicial decorrente de defesa de interesses de candidato
ou partido político, não estão sujeitos a limites de gastos ou a limites que possam
impor dificuldade ao exercício da ampla defesa.
Desta forma, doações de serviços advocatícios ou de contabilidade estimáveis em dinheiro
não estão submetidos aos limites legais.
DICA 71
RECURSOS PRÓPRIOS

O candidato poderá utilizar recursos próprios em sua campanha até o total de 10%
(dez por cento) dos limites previstos para gastos de campanha no cargo em que
concorrer (artigo 23, parágrafo 2º-A, da Lei n.º 9.504/97).

ATENÇÃO!

A portaria n.º 647, de 12 de julho de 2022, do TSE disciplinou os limites para gastos de
campanha nas Eleições de 2022. Para Presidente da República, por exemplo, o limite de
gastos no Primeiro Turno foi de 70 milhões de reais. Assim, um candidato a presidente
que desejasse alocar recursos próprios em sua campanha poderia fazê-lo até o limite de
7 milhões de reais.

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DICA 72
GASTOS DE CAMPANHA

São considerados gastos eleitorais (artigo 26, da Lei n.º 9.504/97):


1. confecção de material impresso de qualquer natureza e tamanho;
2. propaganda e publicidade direta ou indireta, por qualquer meio de divulgação,
destinada a conquistar votos;
3. aluguel de locais para a promoção de atos de campanha eleitoral;
4. despesas com transporte ou deslocamento de candidato e de pessoal a
serviço das candidaturas;
5. correspondência e despesas postais;
6. despesas de instalação, organização e funcionamento de Comitês e serviços
necessários às eleições;
7. remuneração ou gratificação de qualquer espécie a pessoal que preste serviços às
candidaturas ou aos comitês eleitorais;
8. montagem e operação de carros de som, de propaganda e assemelhados;
9. a realização de comícios ou eventos destinados à promoção de candidatura;
10. produção de programas de rádio, televisão ou vídeo, inclusive os destinados à
propaganda gratuita;
11. realização de pesquisas ou testes pré-eleitorais;
12. custos com a criação e inclusão de sítios na internet e com o impulsionamento de
conteúdos contratados diretamente com provedor da aplicação de internet com sede
e foro no País.

ATENÇÃO!

Os adesivos de propaganda poderão ter a dimensão máxima de 50cm por 40cm (artigo
38, parágrafo terceiro, da Lei n.º 9.504/97).

CUIDADO!
Há um limite de 20% do total do gasto de campanha com aluguel de veículos
automotores.
Obs.: As despesas com consultoria, assessoria e pagamento de honorários realizadas
em decorrência da prestação de serviços advocatícios e de contabilidade no curso das
campanhas eleitorais serão consideradas gastos eleitorais, mas serão excluídas do
limite de gastos de campanha (artigo 26, parágrafo quarto, da Lei n.º 9.504/97).

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DICA 73
DÍVIDAS DE CAMPANHA
Os gastos de campanha são de responsabilidade dos candidatos, não havendo
responsabilidade solidária entre estes e o partido ao qual estejam vinculados.

ATENÇÃO!

Existe a possibilidade de o partido assumir a dívida de campanha de candidatos (artigo


29, parágrafo terceiro, da Lei n.º 9.504/97).

Neste caso, é necessário que o órgão de direção nacional do partido autorize o diretório da
circunscrição em que ocorreram as eleições a assumir a dívida. O partido assumirá a
condição de devedor solidário.
LEMBRANDO: há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um
credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda (artigo
264, do Código Civil). Ou seja, havendo assunção da dívida pelo partido, o candidato
prosseguirá devedor solidário.
DICA 74
FUNDO PARTIDÁRIO E FINANCIAMENTO DE CANDIDATURAS FEMININAS E
NEGRAS

Para o financiamento de candidaturas femininas e de pessoas negras, a representação


do partido político na circunscrição das eleições deverá destinar percentuais relativos aos
seus gastos contratados com recursos do Fundo Partidário, da seguinte forma (artigo 19,
da Resolução TSE n.º 23.607/2019):
1) para as candidaturas femininas o percentual corresponderá a proporção dessas
candidaturas em relação a soma das candidaturas masculinas e femininas do partido, não
podendo ser inferior a 30% (trinta por cento);

Lembrando que cada partido ou coligação deverá registrar o mínimo de 30% e o


máximo de 70% para candidaturas de cada sexo. Ou seja, pode ser formada uma chapa
com 70% de mulheres e 30% de homens, ou o inverso (artigo 10, parágrafo terceiro, da
Lei n.º 9.504/97).
2) para as candidaturas de pessoas negras o percentual corresponderá à proporção
de: a) mulheres negras e não negras do gênero feminino do partido; e b) homens negros
e não negros do gênero masculino do partido.
3) os percentuais de candidaturas femininas e de pessoas negras será obtido
pela razão dessas candidaturas em relação ao total de candidaturas da
representação do partido político na circunscrição.

ATENÇÃO!

A verba do Fundo Partidário destinada ao custeio das campanhas femininas e de


pessoas negras deve ser aplicada exclusivamente nestas campanhas, sendo ilícito o
seu emprego no financiamento de outras campanhas não contempladas nas cotas a que
se destinam.

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CUIDADO!
É permitido o pagamento de despesas comuns com candidatos do gênero masculino e de
pessoas não negras, desde que haja benefício para campanhas femininas e de pessoas
negras (artigo 19, parágrafo sexto, da Resolução TSE n.º 23.607/2019).
Ou seja, o dinheiro do fundo partidário destinado a candidaturas femininas ou de pessoas
negras pode ser utilizado para o pagamento de despesas comuns com candidatos do
gênero masculino e de pessoas não negras, desde que comprovado que houve
benefício às campanhas dos titulares da reserva de valores (mulheres e pessoas
negras).

As mesmas regras são aplicáveis quanto à distribuição do Fundo Especial de


Financiamento de Campanha (FEFC) – artigo 17, da Resolução TSE n.º 23.607/2019.

DICA 75
FUNDO ESPECIAL DE FINANCIAMENTO DE CAMPANHA (FEFC)
LEMBRANDO: O Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) é um fundo
público destinado ao financiamento das campanhas eleitorais dos candidatos (artigos 16-C
e 16-D, da Lei nº 9.504/1997). As regras de gestão e distribuição dos recursos do FEFC
são regidas pela Resolução TSE n.º 23.504/2019.

Para a eleição de 2022 o valor do FEFC foi de: R$4.961.519.777,00.


CUIDADO!
Não havendo candidatura própria ou em coligação na circunscrição das eleições, fica
vedado o repasse dos recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC)
para outros partidos políticos ou candidaturas desses mesmos partidos (artigo 17,
parágrafo primeiro, da Resolução TSE n.º 23.607/2019).

ATENÇÃO!

A regra acima foi questionada pelos Partidos União Brasil, Partido Liberal, Republicanos
e Progressistas, na ADI 7214, a qual foi julgada IMPROCEDENTE por
UNANIMIDADE, em 03/10/2022. Para o STF, a vedação a coligação em eleições
proporcionais do artigo 17, parágrafo primeiro, da Constituição Federal não permite o
repasse de recursos a partidos políticos e candidatos não pertencentes à mesma
coligação ou não coligados.

DICA 76
PROPAGANDA ELEITORAL

O conceito de propaganda eleitoral é bastante consolidado no âmbito do Tribunal


Superior Eleitoral: (...) o ato que leva ao conhecimento geral, ainda que de forma
dissimulada, a candidatura, mesmo que apenas postulada, a ação política que se pretende
desenvolver ou razões que induzam a concluir que o beneficiário é o mais apto ao
exercício de função pública(...) – (AgRgREspe n.º 18667).

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ATENÇÃO!

A propaganda só é permitida após o dia 15 de agosto do ano das eleições (artigo 36,
caput, da Lei n.º 9.504/97).

Multa por propaganda eleitoral antecipada vai de cinco a vinte e cinco mil reais ou o
equivalente ao custo da propaganda, se este for maior (artigo 36, parágrafo terceiro, da
Lei n.º 9.504/97).

CUIDADO!
Segundo o artigo 36-A, da Lei n.º 9.504/97, não configuram propaganda eleitoral
antecipada, desde que não envolvam pedido explícito de voto, a menção à pretensa
candidatura, a exaltação das qualidades pessoais dos pré-candidatos.

Além disso, não configuram propaganda eleitoral antecipada:


a participação de filiados a partidos políticos ou de pré-candidatos em entrevistas,
programas, encontros ou debates no rádio, na televisão e na internet, inclusive com a
exposição de plataformas e projetos políticos, observado pelas emissoras de rádio e de
televisão o dever de conferir tratamento isonômico;
a realização de encontros, seminários ou congressos, em ambiente fechado e a
expensas dos partidos políticos, para tratar da organização dos processos eleitorais,
discussão de políticas públicas, planos de governo ou alianças partidárias visando às
eleições, podendo tais atividades ser divulgadas pelos instrumentos de comunicação
intrapartidária;
a realização de prévias partidárias e a respectiva distribuição de material informativo, a
divulgação dos nomes dos filiados que participarão da disputa e a realização de debates
entre os pré-candidatos;
a divulgação de atos de parlamentares e debates legislativos, desde que não se faça
pedido de votos;
a divulgação de posicionamento pessoal sobre questões políticas, inclusive nas redes
sociais;
a realização, a expensas de partido político, de reuniões de iniciativa da sociedade civil,
de veículo ou meio de comunicação ou do próprio partido, em qualquer localidade, para
divulgar ideias, objetivos e propostas partidárias;
campanha de arrecadação prévia de recursos (vaquinhas virtuais).

ATENÇÃO!

É proibida a confecção, utilização, distribuição por comitê, candidato, ou com a sua


autorização, de camisetas, chaveiros, bonés, canetas, brindes, cestas básicas ou
quaisquer outros bens ou materiais que possam proporcionar vantagem ao eleitor.

E TAMBÉM: é proibida a realização de showmício e de evento assemelhado para


promoção de candidatos, bem como a apresentação, remunerada ou não, de artistas com
a finalidade de animar comício e reunião eleitoral.

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DICA 77
PROPAGANDA INTRAPARTIDÁRIA
Permite-se a realização na quinzena anterior à escolha pelo partido político, de
propaganda intrapartidária visando à indicação de seu nome, inclusive por meio de
afixação de faixas e cartazes em local próximo da convenção, com mensagem aos
convencionados, vedado o uso do rádio, televisão e outdoor (artigo 36, parágrafo
primeiro, da Lei n.º 9.504/97).
CUIDADO!
Se a propaganda se estender a pessoas indeterminadas, configurará propaganda eleitoral
antecipada.

ATENÇÃO!

Partidos poderão utilizar gratuitamente prédios públicos para a convenção de escolha


de candidatos (artigo 8º, parágrafo segundo, da Lei n.º 9.504/97).

DICA 78
PROPAGANDA EM BENS PÚBLICOS
A lei impede a realização de atos de propaganda em bens públicos ou abertos ao público e
de uso comum, tais como postes de iluminação pública, sinalização de tráfego, viadutos,
passarelas, pontes, paradas de ônibus. Não são permitidas pichações, inscrição a tinta e a
afixação de placas, estandartes, faixas, cavaletes, bonecos e assemelhados (artigo 37,
caput, da Lei n.º 9.504/97).
RELEMBRANDO: bens públicos de uso comum do povo (artigo 99, inciso I, do Código
Civil) são bens do Estado, mas destinados ao uso da população, tais como como rios,
mares, estradas, ruas e praças.

ATENÇÃO!

A lei equiparou bens privados de abertos ao público aos bens públicos quanto à
vedação de veiculação de propaganda eleitoral. Sendo assim, no interior de
estabelecimentos comerciais é vedada a veiculação de propaganda eleitoral (artigo 37,
parágrafo quarto, da Lei n.º 9.504/97).

JURISPRUDÊNCIA

O TSE já se manifestou nesse sentido no AgR-Respe n.º 060503530:


[...] são suficientes para demonstrar a materialidade da conduta ilícita, pois
demonstram, de forma inequívoca, os representados cumprimentando eleitores e
distribuindo panfletos no interior de diversos estabelecimentos comerciais (mercearia,
loja de sapatos, loja de presentes, lanchonete, drogaria, cafeteria e padaria), em
patente violação da norma proibitiva’”.

CUIDADO: embora os táxis sejam bens particulares, são considerados pelo TSE
bens de uso comum, sendo vedada sua utilização para afixação de propaganda eleitoral
(Respe n.º 76996 e Ag. n.º 2890)
Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.
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Memorex TRE UNIFICADO – TJAA – Rodada 04
LEMBRE-SE: É vedada a propaganda eleitoral mediante outdoors, inclusive
eletrônicos. Os partidos, coligações e candidatos, bem como a empresa responsável ficam
sujeitos à imediata retirada da propaganda irregular e ao pagamento de multa no valor de
R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 15.000,00 (quinze mil reais), conforme determina o
artigo 39, parágrafo oitavo, da Lei n.º 9.504/97.
DICA 79
PROPANGANDA ELEITORAL PERMITIDA
São permitidas a utilização de bandeiras ao longo de vias públicas, desde que móveis e
que não dificultem o bom andamento do trânsito de pessoas e veículos; bem como a
fixação de adesivo plástico em automóveis, caminhões, bicicletas, motocicletas e janelas
residenciais, desde que não exceda a 0,5 m² (meio metro quadrado).

ATENÇÃO!

O candidato pode instalar mesas para distribuição de material de campanha, bem como
utilizar bandeiras ao longo das vias públicas, desde que móveis e que não dificultem o
bom andamento do trânsito de pessoas e veículos (artigo 37, parágrafo sexto, da Lei n.º
9.504/97).

CUIDADO!
A aferição da mobilidade fica caracterizada com a colocação e a retirada dos meios de
propaganda entre as seis horas e as vinte e duas horas (artigo 37, parágrafo sétimo,
da Lei n.º 9.504/97).
LEMBRE-SE: é proibido colar propaganda eleitoral em veículos, salvo adesivos
microperfurados até a extensão total do para-brisa traseiro e, em outras posições,
adesivos até a dimensão máxima de 50 (cinquenta) centímetros por 40 (quarenta)
centímetros.
DICA 80
MATERIAL IMPRESSO DE PROPAGANDA ELEITORAL
Não é necessária licença municipal ou autorização da Justiça Eleitoral para veiculação de
propaganda eleitoral pela distribuição de folhetos, adesivos, volantes e outros impressos,
os quais devem ser editados sob responsabilidade do partido, coligação ou candidato
(artigo 38, caput, da Lei n.º 9.504/97).

ATENÇÃO!

Todo material impresso de campanha eleitoral deverá conter o número de inscrição


no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ ou o número de inscrição no
Cadastro de Pessoas Físicas - CPF do responsável pela confecção, bem como de
quem a contratou, e a respectiva tiragem (artigo 38, parágrafo primeiro, da Lei n.º
9.504/97).

CUIDADO:
O material impresso tem que obedecer a limitação máxima de 50 (cinquenta)
centímetros por 40 (quarenta) centímetros (artigo 38, parágrafo terceiro, da Lei n.º
9.504/97).

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Memorex TRE UNIFICADO – TJAA – Rodada 04
LEMBRE-SE: os candidatos são obrigados a se inscrever no Cadastro Nacional da
Pessoa Jurídica – CNPJ. Após o recebimento do pedido de registro de candidatura, a
Justiça Eleitoral deverá fornecer em até 3 (três) dias úteis o número de registro de CNPJ
(artigo 22-A, caput e parágrafo primeiro, da Lei n.º 9.504/97).
Após a apresentação do registro de candidatura à Justiça Eleitoral, a Receita Federal do
Brasil atribui, automaticamente, um número de CNPJ ao candidato.
DICA 81
USO DE ALTO-FALANTES E AMPLIFICADORES DE SOM

Somente é permitido de alto-falantes ou amplificadores de som entre as oito e as vinte


e duas horas, sendo vedados a instalação e o uso destes equipamentos em distância
inferior a duzentos metros: 1) das sedes dos Poderes Executivo e Legislativo da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, das sedes dos Tribunais Judiciais, e dos
quartéis e outros estabelecimentos militares; 2) dos hospitais e casas de saúde; 3) das
escolas, bibliotecas públicas, igrejas e teatros, quando em funcionamento (artigo 39,
parágrafo terceiro, da Lei n.º 9.504/97).
LEMBRE-SE: a violação da norma anterior gera providência administrativa para fazer
cessá-la (poder de polícia), porém, não há incidência de multa, por ausência de
previsão legal (Respe n.º 35724, TSE).

ATENÇÃO!

A realização de comícios e a utilização de aparelhagens de sonorização fixas são


permitidas no horário compreendido entre as 8 (oito) e as 24 (vinte e quatro) horas.

CUIDADO!
O comício de encerramento da campanha poderá ser prorrogado por mais 2 (duas)
horas (parágrafo quarto, do artigo 39, da Lei n.º 9.504/97).
DICA 82
PODER DE POLÍCIA – FISCALIZAÇÃO DE PROPAGANDA ELEITORAL

JURISPRUDÊNCIA

Compete ao Juiz Eleitoral, no regular exercício do poder de polícia, decretar medidas


que visem coibir a prática de propaganda ilícita (RO n.º 3558 – TSE).

ATENÇÃO!

O Código Tributário Nacional conceitua o que é poder de polícia em seu art. 78:
“Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando
ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou
abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à
higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de
atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à
tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou
coletivos.”

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Memorex TRE UNIFICADO – TJAA – Rodada 04
LEMBRE-SE: o poder de polícia no Direito Eleitoral constitui atividade exercida pelo
Juiz Eleitoral no sentido de disciplinar direito, interesse ou liberdade, regulando a prática
de abstenção de atos em razão do interesse público manifestado em Lei.
O artigo 249 do Código Eleitoral prevê que “o direito de propaganda não importa restrição
ao poder de polícia quando este deva ser exercido em benefício da ordem pública”.
O poder de polícia restringe-se às providências necessárias para inibir práticas
ilegais (artigo 41, parágrafo segundo, da Lei n.º 9.504/97).
DICA 83
CARROS DE SOM
Até às vinte e duas horas do dia que antecede às eleições são permitidas a
distribuição de material gráfico, a realização de caminhadas, carretas, passeatas e a
utilização de carros de som que transitem pela cidade divulgando jingles ou mensagens
dos candidatos (artigo 39, parágrafo nono, da Lei n.º 9.504/97).

ATENÇÃO!

É proibida a utilização de trios elétricos em campanhas, exceto para comícios (artigo


39, parágrafo décimo, da Lei n.º 9.504/97).

CUIDADO!
A circulação de carros de som ou minitrios com propaganda eleitoral é permitida em
carreatas, caminhadas, passeatas ou durante reuniões e comícios, desde que
observado o limite de oitenta decibéis de nível de pressão sonora, medido a sete metros
de distância do veículo (artigo 39, parágrafo onze, da Lei n.º 9.504/97).
LEMBRE-SE: a utilização alto-falantes, amplificadores de som ou a promoção de
comícios ou carreatas no dia das eleições constitui crime, punível com detenção de seis
meses a um ano (com alternativa de prestação de serviços à comunidade) e multa no
valor de cinco mil a quinze mil UFIR.
DICA 84
PROPAGANDA NO DIA DAS ELEIÇÕES

O artigo 39-A, caput, da Lei n.º 9.504/97 prevê que é permitida, no dia das eleições, a
manifestação individual e silenciosa da preferência do eleitor por partido político,
coligação ou candidato, revelada exclusivamente pelo uso de bandeiras, broches,
dísticos e adesivos.

Ou seja, o eleitor pode entrar na seção para votar enrolado em uma bandeira de seu
partido e cheio de broches e adesivos. Só não pode manifestar-se de forma a incomodar
aos demais eleitores.

ATENÇÃO!

No dia das eleições, até o término do horário da votação, fica proibida a aglomeração
de pessoas portando vestuário padronizado, bem como os instrumentos de
propaganda (bandeiras, broches, dísticos e adesivos), de modo a caracterizar
manifestação coletiva, com ou sem utilização de veículos (artigo 39-A, parágrafo

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primeiro, da Lei n.º 9.504/97).

CUIDADO!
Fiscais partidários nos trabalhos de votação só podem utilizar crachás nos quais constem o
nome e a sigla do partido político ou coligação a que sirvam, sendo proibida a
padronização do vestuário (o artigo 39-A, parágrafo terceiro, da Lei n.º 9.504/97).
Fiscais não podem ostentar no crachá o número do partido pois isto configura propaganda
irregular.
DICA 85
PROPAGANDA ELEITORAL NA IMPRENSA
São permitidas até a antevéspera das eleições, a divulgação paga, na imprensa escrita e a
reprodução na internet do jornal impresso, de até 10 (dez) anúncios de propaganda
eleitoral, por veículo, em datas diversas, para cada candidato, no espaço máximo,
por edição, de 1/8 (um oitavo) de página de jornal padrão e de 1/4 (um quarto)
de página de revista ou tabloide.

ATENÇÃO!

No anúncio deverá constar, de forma visível, o valor pago pela inserção.

Em caso de descumprimento das regras anteriores, os responsáveis pelos veículos de


divulgação e os partidos políticos, coligações ou candidatos beneficiados ficarão sujeitos a
multa no valor de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 10.000,00 (dez mil reais) ou
equivalente ao da divulgação da propaganda paga, se este for maior.
CUIDADO: mesmo que o candidato beneficiado não tenha sido o responsável pela
veiculação da propaganda paga, poderá sofrer a condenação em multa (AgR-AI n.º 27205
– TSE).

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ARQUIVOLOGIA
DICA 86
SISTEMA DOS ACERVOS DOCUMENTAIS PRIVADOS DOS PRESIDENTES DA
REPÚBLICA
O sistema atuará de forma integrada aos sistemas nacionais de arquivos, bibliotecas e
museus.
O sistema dos acervos documentais privados dos presidentes da República terá
participação do Arquivo Nacional, Instituto Brasileiro do Patrimônio Cultural (IBPC), Museu
da República, Biblioteca Nacional, Secretaria de Documentação Histórica do Presidente da
República e, mediante acordo, de outras entidades públicas e pessoas físicas ou jurídicas
de direito privado que detenham ou tratem de acervos documentais presidenciais.
DICA 87
ARQUIVOLOGIA- LEI 8.394/1991- DOS MANTENEDORES DOS ACERVOS
DOCUMENTAIS PRIVADOS DE PRESIDENTES DA REPÚBLICA
As entidades públicas ou privadas, ou as pessoas físicas mantenedoras de acervos
documentais presidenciais privados, poderão solicitar dos órgãos públicos orientação ou
assistência para a sua organização, manutenção e preservação e pleitear apoio técnico e
financeiro do poder público para projetos de fins educativos, científicos ou culturais.
Os documentos só poderão sofrer restrições adicionais de acesso, por parte do
mantenedor, pelo prazo de até trinta anos da data de sua publicação ou, no caso de
revelação constrangedora à honra ou à intimidade, pelo prazo de até cem anos da data de
nascimento da pessoa mencionada.
DICA 88
ARQUIVOLOGIA- DECRETO 1799/96
Aqui trataremos unicamente do microfilme e microfilmagem. Entende-se por microfilme,
para fins deste Decreto, o resultado do processo de reprodução em filme, de documentos,
dados e imagens, por meios fotográficos ou eletrônicos, em diferentes graus de redução.
A microfilmagem será feita em equipamentos que garantam a fiel reprodução das
informações, sendo permitida a utilização de qualquer microforma.
DICA 89
ARQUIVOLOGIA - DECRETO 1799/96

Na microfilmagem de documentos, cada série será precedida de imagem de abertura,


com os seguintes elementos:

identificação do detentor dos documentos, a serem microfilmados;

número do microfilme, se for o caso;

local e data da microfilmagem;

registro no Ministério da Justiça;

ordenação, identificação e resumo da série de documentos a serem microfilmados;

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Memorex TRE UNIFICADO – TJAA – Rodada 04
menção, quando for o caso, de que a série de documentos a serem microfilmados é
continuação da série contida em microfilme anterior;

identificação do equipamento utilizado, da unidade filmadora e do grau de redução;

nome por extenso, qualificação funcional, se for o caso, e assinatura do detentor dos
documentos a serem microfilmados;

nome por extenso, qualificação funcional e assinatura do responsável pela unidade,


cartório ou empresa executora da microfilmagem.
DICA 90
ARQUIVOLOGIA- DECRETO 1799/96- EMPRESAS E OS CARTÓRIOS QUE SE
DEDICAREM A MICROFILMAGEM DE DOCUMENTOS DE TERCEIROS

As empresas e os cartórios que se dedicarem a microfilmagem de documentos de


terceiros, fornecerão, obrigatoriamente, um documento de garantia, declarando:

que a microfilmagem foi executada de acordo com o disposto neste Decreto;

que se responsabilizam pelo padrão de qualidade do serviço executado;

que o usuário passa a ser responsável pelo manuseio e conservação das microformas.
DICA 91
ARQUIVOLOGIA- DECRETO 1799/96- SISTEMA DE GESTÃO DE DOCUMENTOS E
ARQUIVOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL
As atividades de gestão de documentos no âmbito dos órgãos e entidades da
administração pública federal ficam organizadas sob a forma de sistema denominado
Sistema de Gestão de Documentos e Arquivos – Siga, são tratados neste decreto.
Os órgãos setoriais do SIGA vinculam-se ao órgão central para os estritos efeitos do
disposto neste Decreto, sem prejuízo da subordinação ou vinculação administrativa
decorrente de sua posição na estrutura organizacional dos órgãos e entidades da
administração pública federal.
DICA 92
ARQUIVOLOGIA- TERMINOLOGIAS IMPORTANTES

Depósito: Ato pelo qual arquivos ou coleções são colocados, fisicamente, sob custódia
de terceiros, sem que haja transferência da posse ou propriedade.

Protocolo: Denominação geralmente atribuída ao setor encarregado do


recebimento, registro, distribuição e movimentação de documentos em curso.
DICA 93
ARQUIVOLOGIA- TERMINOLOGIAS IMPORTANTES

Tabela de Temporalidade: Instrumento de destinação que determina os prazos de


guarda em que os documentos devem ser mantidos nos arquivos.

Notação: Elemento de identificação das unidades de arquivamento, constituída de


números, letras, ou combinação de números e letras, que permite sua localização.

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DICA 94
TESAUROS (OU THESAURUS)
Tesauro é um vocabulário controlado que serve para traduzir a linguagem natural
utilizada nos documentos, bem como aquela dos indexadores e usuários, em uma nova
forma de representação que, por ser uniforme e padronizada, permite a recuperação pelos
sistemas de busca.
Um exemplo é o Thesaurus da UNESCO, que é uma lista controlada e estruturada de
termos para análise temática e busca de documentos e publicações nos campos da
educação, cultura, ciências naturais, ciências sociais e humanas, comunicação e
informação. Continuamente expandida e atualizada, sua terminologia multidisciplinar
reflete a evolução dos programas e atividades da UNESCO.
DICA 95
TESAURO DA JUSTIÇA ELEITORAL
Os termos do Tesauro da Justiça Eleitoral são utilizados na indexação de acórdãos e
resoluções, de forma a facilitar a recuperação das informações jurisprudenciais, bem como
permitir a rápida compreensão do inteiro teor das decisões.
Um ponto que merece atenção: Também é função de um tesauro permitir aos
pesquisadores a recuperação da informação que procura.
DICA 96
TERMINOLOGIAS ARQUIVÍSTICAS: ACUMULAÇÃO E ADITAMENTO

Acumulação: É a reunião de documentos produzidos e/ou recebidos no curso das


atividades de uma entidade coletiva, pessoa coletiva ou família.

Aditamento: É a informação acrescentada a um documento para alterá-lo, explicando


ou corrigindo seu conteúdo.
DICA 97
TABELA DE TEMPORALIDADE
A tabela de temporalidade é o instrumento de destinação aprovado por autoridade
competente, que determina prazos e condições de guarda tendo em vista a transferência,
recolhimento, descarte ou eliminação de documentos.
O trabalho arquivístico é realizado com base no conteúdo do documento, o qual reflete a
atividade que o gerou e determina o uso da informação nele contida. A classificação
define, ainda, a organização física dos documentos arquivados, constituindo-se em
referencial básico para sua recuperação.
DICA 98
FUNDO
O fundo é o conjunto de documentos, independente de sua forma ou suporte,
organicamente produzido e/ou acumulado e utilizado por um indivíduo, família ou
entidade coletiva no decurso das suas atividades e funções.

O fundo aberto é o fundo ao qual podem ser acrescentados novos documentos em


função do fato de a entidade produtora continuar em atividade.

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Memorex TRE UNIFICADO – TJAA – Rodada 04
Já o fundo fechado é o fundo que, não recebe acréscimo de documentos, em função
de a entidade produtora não se encontrar mais em atividade.
DICA 99
DOCUMENTO ESPECIAL E DOSSIÊ
É o documento em linguagem não-textual, em suporte não convencional, ou, no caso de
papel, em formato e dimensões excepcionais, que exige procedimentos específicos para
seu processamento técnico, guarda e preservação.
Já o dossiê é o conjunto de documentos relacionados entre si por assunto (ação, evento,
pessoa, lugar, projeto), que constitui uma unidade de arquivamento.
DICA 100
QUADRO DE ARRANJO
É o esquema estabelecido para o arranjo dos documentos de um arquivo a partir do
estudo das estruturas, funções ou atividades da entidade produtora e da análise do
acervo. Expressão adotada em arquivos permanentes.
Segundo Bellotto, “a operação do arranjo se resume à ordenação dos conjuntos
documentais obedecendo a critérios que respeitem o caráter orgânico dos conjuntos,
interna e externamente”.
DICA 101
ARQUIVOLOGIA E LGPD
A LGPD já está vigente, e a sua implementação no ordenamento jurídico veio impactar
todo o ordenamento jurídico. No caso da matéria de arquivologia, a LGPD veio causar um
grande impacto.
Uma de suas disposições, por exemplo, é a elaboração do chamado Data Mapping ou
mapeamento dos dados pessoais nos processos da empresa. Também chamado de ROPA.
Processo de rastreamento e inventários dos dados coletados e tratados dentro das
empresas e das repartições.
DICA 102
ARQUIVOLOGIA, GESTÃO DE DOCUMENTOS E LGPD
Como já pudemos observar, a LGPD fez a determinação do mapeamento de dados. É de
suma importância, pela LGPD, que haja transparência na coleta, no tratamento e na
aplicação dos dados dos usuários, fazendo com que eles estejam seguros e só sejam
coletados com consentimento. Também é importante que haja a confidencialidade das
informações.
DICA 103
A LGPD NO SETOR PÚBLICO
Em relação ao setor público, no texto da lei existe uma base fundamental para o correto
processamento de dados pessoais dentro do setor. É a chamada “Base de Interesse
Público”. É ela quem dita as principais regras que a administração pública deve seguir,
para exercer atividades de tratamento e uso compartilhado de dados necessários à
execução das mais diversas políticas públicas.

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Memorex TRE UNIFICADO – TJAA – Rodada 04
A LGPD também se relaciona com a Lei de Acesso à Informação e com princípios
constitucionais, como o de que “todos têm direito a receber dos órgãos públicos
informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, ressalvadas
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado”.
DICA 104
A LGPD E O PODER PÚBLICO
O termo “Poder Público” é definido pela LGPD de forma ampla e inclui órgãos ou entidades
dos entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) e dos três Poderes
(Executivo, Legislativo e Judiciário), inclusive das Cortes de Contas e do Ministério Público.

Assim, os tratamentos de dados pessoais realizados por essas entidades e órgãos


públicos devem observar as disposições da LGPD, ressalvadas as exceções previstas no
art. 4º da lei. Também se incluem no conceito de Poder Público:
(i) os serviços notariais e de registro (art. 23, § 4º); e
(ii) as empresas públicas e as sociedades de economia mista (art. 24), neste último caso,
desde que não estejam atuando em regime de concorrência; ou
(.ii) operacionalizem políticas públicas, no âmbito da execução destas.
DICA 105
LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO - RESTRIÇÕES DE ACESSO À INFORMAÇÃO
Não poderá ser negado acesso à informação necessária à tutela judicial ou administrativa
de direitos fundamentais.
As informações ou documentos que versem sobre condutas que impliquem violação dos
direitos humanos praticada por agentes públicos ou a mando de autoridades
públicas não poderão ser objeto de restrição de acesso.
DICA 106
LEI Nº 12.527, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2011

A Lei n° 12.527 regula o acesso à informação. E estão subordinados ao seu regime:

Os órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes Executivo,


Legislativo, os Tribunais de Contas, e Judiciário e do Ministério Público;

As autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia


mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito
Federal e Municípios.
OBS: E no que couber, às entidades privadas sem fins lucrativos que recebam, para
realização de ações de interesse público, recursos públicos diretamente do orçamento ou
mediante subvenções sociais, contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordo,
ajustes ou outros instrumentos congêneres.

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DICA 107
DAS DIRETRIZES

Os procedimentos que visam assegurar o direito fundamental de acesso à informação e


devem ser executados em conformidade com os princípios básicos da administração
pública e com as seguintes diretrizes:

Observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como exceção

Divulgação de informação de interesse público, independentemente de solicitação

Utilização de meios de comunicação viabilizados pela tecnologia da informação

Fomento ao desenvolvimento da cultura de transparência na Administração

Desenvolvimento do controle social da Administração Pública

DICA 108
TERMOS IMPORTANTES

São termos importantes a serem considerados no entendimento da Lei:

Informação: dados, processados ou não, que podem ser utilizados para produção e
transmissão de conhecimento, contidos em qualquer meio, suporte ou formato.

Documento: unidade de registro de informações, qualquer que seja o suporte ou


formato.

Informação pessoal: aquela relacionada à pessoa natural identificada ou identificável;

Tratamento da informação: conjunto de ações referentes à produção, recepção,


classificação, utilização, acesso, reprodução, transporte, transmissão, distribuição,
arquivamento, armazenamento, eliminação, avaliação, destinação ou controle da
informação;

Disponibilidade: qualidade da informação que pode ser conhecida e utilizada por


indivíduos, equipamentos ou sistemas autorizados;

Autenticidade: qualidade da informação que tenha sido produzida, expedida, recebida


ou modificada por determinado indivíduo, equipamento ou sistema;

Integridade: qualidade da informação não modificada, inclusive quanto à origem,


trânsito e destino;

Primariedade: qualidade da informação coletada na fonte, com o máximo de


detalhamento possível, sem modificações.

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É dever do Estado garantir o direito de acesso à informação, que será franqueada,
mediante procedimentos objetivos e ágeis, de forma transparente, clara e em linguagem
de fácil compreensão.
DICA 109
LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO - COMISSÃO MISTA DE REAVALIAÇÃO DE
INFORMAÇÕES

É instituída a comissão mista de reavaliação de informações, que decidirá, no


âmbito da administração pública federal, sobre o tratamento e a classificação de
informações sigilosas e terá competência para:

requisitar da autoridade que classificar informação como ultrassecreta e secreta


esclarecimento ou conteúdo, parcial ou integral da informação;

rever a classificação de informações ultrassecretas ou secretas, de ofício ou mediante


provocação de pessoa interessada, observado o disposto no art. 7º e demais dispositivos
desta Lei; e

prorrogar o prazo de sigilo de informação classificada como ultrassecreta, sempre por


prazo determinado, enquanto o seu acesso ou divulgação puder ocasionar ameaça externa
à soberania nacional ou à integridade do território nacional ou grave risco às relações
internacionais do País, observado o prazo previsto no § 1º do art. 24 desta lei.
DICA 110
GESTÃO DOCUMENTAL E O CNJ
A Gestão Documental é regida por princípios, diretrizes e normas elencados na Resolução
CNJ nº 324/2020, os quais são essenciais para o embasamento e a atuação na área, não
se restringindo a disposições de caráter meramente programático.
Lembrando que o acesso à informação é direito fundamental que precisa ser garantido a
todos os cidadãos para o exercício de direitos e cidadania.
DICA BÔNUS
DIFERENÇA ENTRE ARQUIVOLOGIA E BIBLIOTECONOMIA
Biblioteconomia é diferente de Arquivologia. A primeira trata de documentos individuais e
a Arquivística, de conjuntos de documentos. A biblioteconomia trabalha com livros,
revistas, teses.
A diferença básica entre o trabalho do arquivista e o do bibliotecário é o suporte: Os
documentos organizados por quem faz arquivologia podem ser impressos, em sons,
documentos virtuais entre outros.

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