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Memorex TRE – AJAJ – Rodada 02

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Memorex TRE – AJAJ – Rodada 02

Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos
TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua
aprovação.

Você está tendo acesso agora à Rodada 02. As outras 04 rodadas serão
disponibilizadas na sua área de membros conforme o cronograma abaixo:

Material Data
Rodada 01 Disponível Imediatamente
Rodada 02 Disponível Imediatamente
Rodada 03 19/12/2022
Rodada 04 26/12/2022
Rodada 05 02/01/2023
Rodada 06 09/01/2023

Convém mencionar que todos que adquirirem o material completo irão receber TODAS AS
RODADAS já disponíveis, independente da data de compra.

Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois,
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no
resultado final.

Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO.

Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada
uma das dicas.

Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas
para: atendimento@pensarconcursos.com

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ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA .................................................................... 4


INFORMÁTICA ............................................................................... 10
REGIMENTO INTERNO DO TSE ....................................................... 13
NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES FEDERAIS ........................ 15
DIREITO ELEITORAL...................................................................... 19
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ............................................................ 32
DIREITO CONSTITUCIONAL ........................................................... 34
DIREITO ADMINISTRATIVO ........................................................... 41
DIREITO CIVIL .............................................................................. 47
DIREITO PROCESSUAL CIVIL ......................................................... 53
DIREITO TRIBUTÁRIO ................................................................... 58
DIREITO PENAL............................................................................. 65
PROCESSO PENAL.......................................................................... 70

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LÍNGUA PORTUGUESA

DICA 01
TIPOLOGIA TEXTUAL - TIPO EXPOSITIVO

O texto expositivo se estrutura assim:


Introdução: há a apresentação e contextualização do tema, com o relato do
objetivo do texto.

Desenvolvimento: há uma explicação clara e objetiva do assunto.

Conclusão: o assunto é reafirmado, com um resumo dos conteúdos apontados


durante o texto.
DICA 02
TIPO PREDITIVO E DIALOGAL

Tipo Preditivo: Como o próprio nome já diz, o tipo preditivo “prediz”, “diz antes”.
Indica uma previsão ou informação sobre o futuro, antecipando os eventos que, de acordo
com o enunciador, acontecerão.

Ex.: horóscopo e profecias.


Por isso, é predominante o uso de verbos no futuro. Os interlocutores discordam,
concordam, concluem, justificam e exemplificam suas conversas.

Tipo Dialogal: Como o próprio nome já diz, no tipo dialogal há um diálogo entre
interlocutores.

Ex.: entrevista, conversa telefônica, chat do Instagram ou Facebook, conversa no


Whatsapp.
DICA 03
TIPO ARGUMENTATIVO
Possui o objetivo de persuadir e convencer o leitor a concordar com a tese defendida.

Ex.: manifestos, abaixo-assinados, artigos de opiniões.


A apresentação e defesa da tese são estruturadas por meio de uma introdução,
desenvolvimento e conclusão.

Na introdução: Há a apresentação da tese que será defendida sobre o tema


escolhido. A tese é apresentada de forma clara e objetiva, estando bem definida. Aqui,
não é feita argumentação da tese.

No desenvolvimento: O autor explora todos os argumentos relacionados a sua tese,


apresentando os pontos positivos e os pontos negativos do tema. Poderá focar em um
argumento que queira sustentar. A linguagem precisa ser clara e coerente. Deve haver
uma sequência lógica. Há o uso de dados estatísticos, fatos comprovados, alusões
históricas...

Na conclusão: Há a retomada da tese inicial, a qual foi defendida pelos argumentos


apresentados no desenvolvimento. Pode apresentar soluções viáveis ou de propostas de
intervenção.
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DICA 04
ORTOGRAFIA OFICIAL
Conjunto de regras a fim de orientar a escrita em norma culta (correta, de acordo
com os preceitos da Gramática Normativa). Pode ser dividida em três partes:
Ortografia I: Auxilia na grafia de muitas palavras que possuem fonemas que
podem ser representados por mais de uma letra.
(revisar regras de usos do S, Z, SS, Ç; G ou J, x ou CH e E ou I).
Ortografia II: Orienta o emprego correto de palavras ou expressões em
determinados contextos.
DICA VALIOSA: Revise o uso de mais/mas, onde/aonde, mau/mal, a/à/há,
seção/sessão/ceção e uso dos porquês).
Ortografia III: Corresponde às regras de acentuação gráfica (que será abordada
em uma seção individual neste material).
DICA 05
ORTOGRAFIA OFICIAL
Os usos mais cobrados em provas:

EMPREGO DO SS EMPREGO DO S (som de EMPREGO DO Z


z)

Nos substantivos Gentílicos, títulos de Nos sufixos ez e eza em


derivados de verbos que nobreza e palavras substantivos abstratos
apresentam -mir, -der, - derivadas de derivados de adjetivos,
dir e -tir: substantivos, com S. com Z.

Ex.: pobre- pobreza,


Ex.: exprimir – belo- beleza.
expressão, ceder – cessão, Ex.: baronesa, princesa,
agredir – agressão, inglesa.
permitir – permissão.

Depois de ditongo, COM


S.
Ex.: causa, coisa,
paisagem.

OBS: Uma boa escrita e conhecimento de ortografia correta das palavras podem ser
adquiridos naturalmente por meio do hábito da LEITURA, desse modo, o cérebro
internaliza automaticamente a escrita correta. Por isso é importante ler constantemente.

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DICA 06
ORTOGRAFIA OFICIAL
Regrinhas que são mais cobradas:

O emprego dos PORQUÊS:

POR QUE POR QUÊ PORQUE PORQUÊ

Perguntas diretas final de frases Equivale a como Precedido de artigo


ou indiretas interrogativas. ou pois. ou de outra palavra
(motivo ou razão). determinante.

Ex.: Você não Ex.: Tirou boa


Ex.: Por que veio por quê? nota porque (Dica: substituir pelas
(razão) você não estudou palavras motivo ou
veio? bastante. razão)

Ex.: Quero
saber o porquê de
tanta discórdia.

ATENÇÃO!

Equivale também a pelo qual e flexões:


Ex.: Este é o caminho por que passa todos os dias.

DICA 07

MAS/MAIS E MAL/MAU

O emprego de MAS/MAIS:
Mas - conjunção adversativa (ideia de oposição); e
Mais - advérbio de intensidade, também pode dar ideia de adição; é o oposto de
menos.

O emprego de MAL/MAU:
Mal - advérbio de modo (antônimo de BEM); e
Mau – um adjetivo (antônimo de BOM).
DICA: Na dúvida, basta substituir por bem ou mal.
DICA 08
SE NÃO X SENÃO
Essas palavras têm som idêntico, mas a escrita e significado são diferentes.

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O SENÃO poderá ser usado quando tiver o significado de:

MAS SIM: O anel não era de ouro, senão de prata.

CASO CONTRÁRIO: Devo trabalhar, senão venderei o carro.

EXCETO: Todos, senão meus irmãos, podiam entrar na festa.

Já, o SE NÃO, é uma conjunção condicional e quando está junto com o advérbio “não”
poderá ser utilizada quando tiver o significado de:

CASO NÃO: Se não for possível sair hoje, avise seu chefe.

QUANDO NÃO: Havia duas pessoas no parque brincando, se não três.


DICA 09
ONDE X AONDE

Onde: faz referência a um lugar concreto. Dá a ideia de lugar fixo.


Ex.: Onde Jonas mora?

Quero ficar onde está minha vó.

Aonde: é utilizado quando o verbo expressa movimento. É usado com verbos que
pedem a preposição “a”.

Ex.: Aonde estamos indo?


Ela foi aonde ontem de madrugada?
DICA 10
ACERCA DE X CERCA DE

Acerca de: possui o mesmo sentido de “sobre” ou “a respeito de”.

Ex.: Eu e meu marido estávamos comentando acerca da festa de casamento.

→ “sobre” a festa de casamento.

A cerca de: possui o mesmo sentido de “aproximadamente”.

Ex.: Gravataí fica a cerca de trinta minutos de Porto Alegre.

→ “aproximadamente” trinta minutos de Porto Alegre.


DICA 11
HÁ X A
Essas palavras possuem o mesmo som, porém são escritas de maneira diferente e
possuem significados diferentes.
O “HÁ” vem do verbo “haver” e é utilizado quando a oração é sem sujeito, ou seja,
impessoal, e o verbo significa “existir”.

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CUIDADO! Mesmo que a frase esteja no plural, o “há” ficará no singular.

Ex.: Há um homem elegante no bar – Existe um homem elegante no bar


Há homens elegantes no bar – Existem homens elegantes no bar
Ainda, o “HÁ” é usado para frases que se referem ao passado.

Ex.: Há anos que não visito minha mãe – Faz anos que não...

→ O “A” pode ser artigo.


Ex.: A jovem chora muito.

→ O “A” pode ser uma preposição.


Ex.: Vani mora a um quilômetro de distância da escola José Martins.

→ Também pode indicar futuro.


Ex.: Daqui a cinco anos estarei divorciada.

QUESTÃO, 2020.
Um grande empresário moderno declarou: “O mundo está progredindo e os recursos
tornam-se mais abundantes. Prefiro entrar em uma mercearia hoje a ir ao banquete de
um rei à cem anos”.
(Questão adaptada) A modificação necessária para que esse texto fique correto é:
“à cem anos” deve ser substituído por “há cem anos”.  CERTO

DICA 12
DEMAIS X DE MAIS

“De mais” é uma locução adjetiva e exprime quantidade. É o contrário de “de


menos”.

Ex.: Há pimenta de mais na massa que você serviu.


Tenho tema de mais para fazer.
Havia gente de mais na loja.

“Demais” poderá ser um advérbio de intensidade (indicando um excesso) ou


poderá ser um pronome indefinido (terá o significado de “os outros”).

Ex.: Rimos demais durante a festa. – advérbio


É cedo demais para levantar – advérbio
Aqueles que fizeram a lição podem ficar na sala, os demais podem sair.

→ “os outros” podem sair. – pronome indefinido

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DICA 13
MAIS X MAS

“Mas” é uma conjunção que exprime adversidade. Você poderá trocá-la por: porém,
contudo, entretanto.

Ex.: Eu olhei vários vestidos, mas não quis comprar nenhum.

→ “porém não quis comprar nenhum”.


Ela tem tantos pijamas, mas não para de comprar outros.

→ “entretanto não para de comprar outros”.


Geralmente, o “MAIS” será um advérbio de intensidade (antônimo de “menos”).

Ex.: Lola tem mais amigos do que inimigos.


DICA 14
A FIM X AFIM

“A FIM DE” é uma locução prepositiva e possui o mesmo significado de “com a


finalidade de”.

Ex.: Terminei o tema cedo a fim de ir ao teatro.

→ “com a finalidade de” ir ao teatro.


TOME NOTA: Utiliza-se “a fim” para dizer que possui interesse em alguém.

Ex.: Estou a fim de um menino ruivo na escola.

“AFIM” poderá ser um adjetivo e se referir a coisas que são semelhantes. Ainda,
poderá ser um substantivo, indicando pessoas que são parentes.

Ex.: Eu e meu marido temos metas afins. = metas semelhantes


Os afins não comparecerão à reunião.
DICA 15
ABSOLVER E ABSORVER

ABSOLVER X ABSORVER

A palavra ABSORVER, geralmente, significa “consumir”; “sorver”.


Ex.: O pano que comprei absorve toda a sujeira do Chão.Ainda,
pode significar “concentrar-se”.
Ex.: Mônica absorve-se no trabalho.

A palavra ABSOLVER significa “perdoar”; “isentar”; “desobrigar”.


Ex.: O júri absolveu o réu.

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INFORMÁTICA
DICA 16
WINDOWS 10 - ELEMENTOS

O Windows contém elementos que auxiliam o usuário. Vejamos:

Barra de Tarefas - Mostra os programas ativos e permite iniciar novos programas


fixadas na barra de tarefas;
Barra de Ferramentas - Permite iniciar um endereço, um link, atalhos da área de
trabalho ou arquivos uma pasta específica escolhida pelo usuário. Pode ser habilitada ou
desabilitada clicando com o botão direito do mouse na barra de tarefas e ir até barra de
ferramentas. Localizada na parte inferior da tela;
Central de Ações - Na central de ações ficam localizadas as notificações do Windows
relativas ao e-mail, sistema, microsoft store;
Menu Iniciar - Contém opções de desligamento, de usuário, lista de programas
ordenados alfabeticamente, e é possível adicionar atalhos de programas na tela do menu
iniciar em forma de quadrados e organizá-los em grupos.

QUESTÃO, 2019.
Com relação a sistemas operacionais e ferramentas de edição de texto e planilhas,
julgue o item a seguir.
Programas e arquivos que estejam abertos e em uso no ambiente Windows podem ser
acessados pelo Painel de controle, que é uma barra horizontal localizada na parte
inferior da tela.
Gabarito: Errado.

DICA 17
CORTANA
O Windows 10 trouxe inúmeros recursos que facilitam nosso dia a dia, sendo um deles a
Cortana, a qual é a assistente de produtividade pessoal da Microsoft que tem o intuito de
fazer o usuário economizar tempo e se concentrar no que é mais importante.

Para ativar esse recurso, veja só como se faz:

1º: Clique no ícone da Cortana na barra de tarefas;

2º: Clique em configurações: ;


3º: Após, clique em “Conversar com a Cortana”:
4º: Depois, em Conversar com a Cortana, alterne a palavra de ativação para
ativado.

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DICA 18
DISPONIBILIDADE E FUNCIONALIDADES DA CORTANA
A Cortana está disponível apenas em determinados países/regiões, e alguns de seus
recursos talvez não estejam disponíveis em todos os lugares, inclusive, sobre isso há uma
lista das regiões e idiomas nos quais a Cortana está disponível pode ser encontrada no
próprio site da Microsoft.

O recurso da Cortana traz inúmeras funcionalidades ao usuário do Windows, veja


algumas delas:
Gerenciar seu calendário e manter sua agenda atualizada;
Participar de uma reunião no Microsoft Teams ou descobrir com quem será a sua
próxima reunião;
Criar e gerenciar listas;
Configurar alarmes e lembretes;
Localizar dados, definições e informações;
Abrir aplicativos no computador.
DICA 19
WINDOWS EXPLORER
O Windows Explorer provê uma interface gráfica ao usuário para acessar os arquivos do
sistema. É formado pelo Painel de Navegação a esquerda, Barra de comandos
(Arquivo, Inicio, Compartilhar, Exibir), Barra de Pesquisa, Barra de endereço e a
Barra de Status.
Na guia Início, estão os comandos de copiar, colar, mover, excluir, propriedades. Na guia
compartilhar estão comandos como Compartilhar, E-mail, Zip, Segurança Avançada. Na
guia Exibir estão comandos como Painéis, Layout, Exibição atual, Mostrar/ocultar e opções
de pasta.
Na barra de Pesquisa de arquivos, podemos buscar arquivos por tipo colocando apenas a
extensão do arquivo que queremos encontrar. Também é possível utilizar coringas como o
* (asterisco) que servirá como uma espécie de “qualquer coisa”. Por exemplo, caso
deseje buscar por arquivos que terminem com a.pdf, colocamos no campo de pesquisa
*a.pdf. Isso é válido tanto no início do arquivo como no final, caso coloque *a.p* ele
retornará qualquer arquivo que tenha no nome a sequência a.p, por exemplo, aula.pdf
pasta.pptx vaga.pcx.
No Windows 10, o Windows Explorer ganhou um novo nome. A partir de agora será
chamado de File Explorer, Explorador de Arquivos, em português.
DICA 20
ATALHOS DE ARQUIVOS E INICIALIZAÇÃO DO WINDOWS 10
Um atalho de um arquivo é um link para o arquivo original. Caso o arquivo original seja
excluído, o atalho não será mais aberto. Um atalho é indicado pela presença do seguinte

ícone no arquivo . Para encontrar a localização do arquivo original, utilize o botão


direito do mouse no arquivo, opção propriedades e então abrir local do arquivo.

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Para que um programa seja iniciado assim que o usuário faça login na máquina, este
deverá pertencer à lista de programas de Inicialização. É possível visualizar os programas
pertencentes a inicialização através do gerenciador de tarefas, na aba Inicializar.
DICA BÔNUS
TIPOS DE VISUALIZAÇÃO NO WINDOWS EXPLORER

No Windows Explorer é possível escolher a forma como os arquivos são mostrados, as

opções são: ícones extra grandes , ícones grandes , ícones médios ,

ícones pequenos , lista , detalhes , blocos , conteúdo .


A opções Detalhes é a mais completa e mostra várias informações sobre os arquivos
como Nome, Data de modificação, Tipo, tamanho etc. A opção conteúdo mostra a data
de modificação, tipo, tamanho. A opção Blocos mostra apenas o tipo do arquivo ou
alguma outra informação relevante. As demais opções não mostram nenhuma informação
sobre o arquivo.

É possível habilitar no Windows Explorer também o painel de visualização que


mostra uma prévia do arquivo, quando possível e o painel de detalhes do arquivo.
Ambos ficam localizados a direita no Windows Explorer.

O painel de Navegação tem as seguintes opções: Expandir até a pasta aberta,


Mostrar Todas as pastas, Mostrar Bibliotecas, Mostrar Favoritos.
DICA BÔNUS
ÍCONES DO WINDOWS EXPLORER

Nas tabelas abaixo, seguem representações de alguns ícones:

ÍCONES DA ABA INÍCIO

Selecionar Tudo Limpar Seleção Inverter Seleção

Novo Item Fácil Acesso copiar caminho

ÍCONES DA ABA EXIBIR

Classificar por Agrupar por Adicionar colunas

Dimensionar todas as
Opções -------------------
colunas para caber

ÍCONE DO PAINEL DE NAVEGAÇÃO

Acesso rápido

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REGIMENTO INTERNO DO TSE
DICA 21
TSE: ATRIBUIÇÕES DO VICE-PRESIDENTE
Ao Vice-Presidente compete substituir o Presidente em seus impedimentos ou faltas
ocasionais.
Ausente por mais de 10 dias, o Vice-Presidente será substituído de acordo com o
único. Ok, mas o que diz este parágrafo único? Olhe:

Regula a antiguidade no Tribunal:


a posse;
a nomeação ou eleição;
a idade.

DICA 22
TSE: PROCURADOR GERAL
O Procurador Geral será substituído, em suas faltas ou impedimentos, pelo Sub-
Procurador Geral da República e, na falta deste, pelos respectivos substitutos legais.
E mais: O Procurador Geral PODERÁ designar outros membros do Ministério Público
da União com exercício no Distrito Federal, e sem prejuízo das respectivas funções, para
auxiliá-lo no Tribunal, onde, porém, não poderão ter assento.
CUIDADO: Poderá não é o mesmo que deverá. Lembre-se disto, ok?! v

:

DICA 23

TSE: COMPETÊNCIAS DO PROCURADOR GERAL

Compete ao Procurador Geral:

assistir às sessões do Tribunal e tomar parte nas discussões;

exercer a ação pública e promovê-la, até final, em todos os feitos de competência


originária do Tribunal;

oficiar, no prazo de cinco dias, em todos os recursos encaminhados ao Tribunal, e nos


pedidos de mandado de segurança;

manifestar-se, por escrito ou oralmente, sobre todos os assuntos submetidos à


deliberação do Tribunal, quando solicitada a sua audiência por qualquer dos juízes, ou, por
iniciativa própria, se entender necessário:

defender a jurisdição do Tribunal;

representar ao Tribunal sobre a fiel observância das leis eleitorais, especialmente


quanto à sua aplicação uniforme em todo o País;

requisitar diligências, certidões e esclarecimentos necessários ao desempenho de suas


atribuições;

expedir instruções aos órgãos do Ministério Público janto aos Tribunais Regionais;
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representar ao Tribunal: a) contra a omissão de providência, por parte de Tribunal
Regional, para a realização de nova eleição em uma circunscrição, município ou distrito;
b) sobre a conveniência de ser examinada a escrituração dos partidos políticos, ou de
ser apurado ato que viole preceitos de seus estatutos referentes à matéria eleitoral;
c) sobre o cancelamento do registro de partidos políticos, nos casos do art. 148 e
parágrafo único do Código Eleitoral.
DICA 24
TSE: PROCURADORES REGIONAIS ELEITORAIS
Os procuradores regionais eleitorais atuam perante os Tribunais Regionais Eleitorais nos
estados e pertence exclusivamente a eles a prerrogativa de dirigir e conduzir os trabalhos
do Ministério Público Eleitoral nos estados. O procurador regional eleitoral é um
procurador da República (ou um procurador regional da República nos estados onde
existem Procuradorias Regionais da República).
IMPORTANTE: Integram o Ministério Público Eleitoral o Procurador-Geral Eleitoral, os
Procuradores Regionais Eleitorais e os Promotores Eleitorais.
O Procurador-Geral Eleitoral, o Vice-Procurador-Geral Eleitoral e os Procuradores
Regionais Eleitorais pertencem ao Ministério Público Federal (MPF).
DICA 25
TSE: SERVIÇO EM GERAL
Os processos e as petições serão registrados no mesmo dia do recebimento, na seção
própria, distribuídos por classes, mediante sorteio, por meio do sistema de computação de
dados, e conclusos, dentro de 24 horas, por intermédio do secretário judiciário, ao
presidente do Tribunal.
Entre quem será feita a distribuição? A distribuição será feita entre TODOS os
Ministros.
DICA BÔNUS
TSE: DISTRIBUIÇÃO
Haverá compensação quando o processo for distribuído por dependência.

Nos processos considerados de natureza urgente, estando ausente o Ministro a quem


couber a distribuição, o processo será encaminhado ao substituto, observada a ordem
de antiguidade, para as providências que se fizerem necessárias, retornando ao ministro
relator assim que cessar o motivo do encaminhamento. Ausentes os substitutos,
considerada a classe, o processo será encaminhado ao integrante do Tribunal, titular, que
se seguir ao ausente em antiguidade.
E se houver impedimento do relator?
Em caso de impedimento do relator, será feito novo sorteio, compensando-se a
distribuição.

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NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES FEDERAIS
DICA 26
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990 - DIÁRIAS
O servidor que, a serviço, afastar-se da sede em caráter eventual ou transitório para outro
ponto do território nacional ou para o exterior, fará jus a passagens e diárias destinadas a
indenizar as parcelas de despesas extraordinária com POUSADA, ALIMENTAÇÃO E
LOCOMOÇÃO URBANA, conforme dispuser em regulamento.
IMPORTANTE:
A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade quando o
deslocamento não exigir pernoite fora da sede, ou quando a União custear, por meio
diverso, as despesas extraordinárias cobertas por diárias.
DICA 27
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990- CASOS ONDE O
SERVIDOR NÃO FARÁ JUS A DIÁRIAS
Os casos em que o deslocamento da sede constituir exigência permanente do cargo, o
servidor não fará jus a diárias.
Também não fará jus a diárias o servidor que se deslocar dentro da mesma região
metropolitana, aglomeração urbana ou microrregião, constituídas por municípios limítrofes
e regularmente instituídas, ou em áreas de controle integrado mantidas com países
limítrofes, cuja jurisdição e competência dos órgãos, entidades e servidores brasileiros
considera-se estendida, salvo se houver pernoite fora da sede, hipóteses em que as
diárias pagas serão sempre as fixadas para os afastamentos dentro do território nacional.
O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por qualquer motivo, fica
obrigado a restituí-las integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias.
DICA 28
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990- INDENIZAÇÃO
DE TRANSPORTE
Se concede a indenização de transporte ao servidor que realizar despesas com a utilização
de meio próprio de locomoção para a execução de serviços externos, por força das
atribuições próprias do cargo, conforme se dispuser em regulamento.
Em outras palavras: A indenização de transporte é um benefício de caráter
indenizatório paga ao servidor destinado a subsidiar as despesas do servidor que, por
opção e condicionada ao interesse da Administração, utilizar meios próprios de locomoção
para execução de serviços externos, por força das atribuições do cargo.
DICA 29
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990- AUXÍLIO-
MORADIA
O auxílio-moradia consiste no ressarcimento das despesas comprovadamente realizadas
pelo servidor com aluguel de moradia ou com meio de hospedagem administrado por
empresa hoteleira, no prazo de um mês após a comprovação da despesa pelo servidor.

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Conceder-se-á auxílio-moradia ao servidor se atendidos os seguintes requisitos:


não exista imóvel funcional disponível para uso pelo servidor;

o cônjuge ou companheiro do servidor não ocupe imóvel funcional;

o servidor ou seu cônjuge ou companheiro não seja ou tenha sido proprietário,


promitente comprador, cessionário ou promitente cessionário de imóvel no Município
aonde for exercer o cargo, incluída a hipótese de lote edificado sem averbação de
construção, nos doze meses que antecederem a sua nomeação;

nenhuma outra pessoa que resida com o servidor receba auxílio-moradia;

o servidor tenha se mudado do local de residência para ocupar cargo em comissão ou


função de confiança do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, níveis 4, 5 e
6, de Natureza Especial, de Ministro de Estado ou equivalentes;

o Município no qual assuma o cargo em comissão ou função de confiança não se


enquadre nas hipóteses do art. 58, § 3o, em relação ao local de residência ou domicílio do
servidor;

o servidor não tenha sido domiciliado ou tenha residido no Município, nos últimos doze
meses, aonde for exercer o cargo em comissão ou função de confiança, desconsiderando-
se prazo inferior a sessenta dias dentro desse período; e

o deslocamento não tenha sido por força de alteração de lotação ou nomeação para
cargo efetivo.
O valor mensal do auxílio-moradia é limitado a 25% (vinte e cinco por cento) do valor do
cargo em comissão, função comissionada ou cargo de Ministro de Estado ocupado.
DICA 30
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990-
GRATIFICAÇÕES E ADICIONAIS

Além do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, serão deferidos aos
servidores as seguintes retribuições, gratificações e adicionais:

retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento;


gratificação natalina;

adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas;


adicional pela prestação de serviço extraordinário;

adicional noturno;
adicional de férias;

outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho.


gratificação por encargo de curso ou concurso.

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DICA 31
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990- GRATIFICAÇÃO
NATALINA
A gratificação natalina corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração a que o
servidor fizer jus no mês de dezembro, por mês de exercício no respectivo ano.
A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será considerada como mês integral. Por fim,
a gratificação será paga até o dia 20 (vinte) do mês de dezembro de cada ano.
IMPORTANTE:
A gratificação natalina não será considerada para cálculo de qualquer vantagem
pecuniária.
DICA 32
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990 - ADICIONAIS
DE INSALUBRIDADE, PERICULOSIDADE OU ATIVIDADES PENOSAS
Os servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres ou em contato
permanente com substâncias tóxicas, radioativas ou com risco de vida, fazem jus a um
adicional sobre o vencimento do cargo efetivo.
O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e de periculosidade deverá optar
por um deles. O direito ao adicional de insalubridade ou periculosidade cessa com a
eliminação das condições ou dos riscos que deram causa a sua concessão.

Sobre as gestantes e lactantes: A servidora gestante ou lactante será afastada,


enquanto durar a gestação e a lactação, das operações e locais previstos neste artigo,
exercendo suas atividades em local salubre e em serviço não penoso e não perigoso.
DICA 33
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS - LEI 8.112/1990 - ADICIONAL
POR SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO
O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50% (cinquenta por cento)
em relação à hora normal de trabalho.
Um ponto que merece sua atenção é que somente será permitido serviço extraordinário
para atender a situações excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo de 2
(duas) horas por jornada.
DICA 34
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990 -
GRATIFICAÇÃO POR ENCARGO DE CURSO OU CONCURSO

A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso é devida ao servidor que, em caráter


eventual:

atuar como instrutor em curso de formação, de desenvolvimento ou de treinamento


regularmente instituído no âmbito da administração pública federal;

participar de banca examinadora ou de comissão para exames orais, para análise


curricular, para correção de provas discursivas, para elaboração de questões de provas ou
para julgamento de recursos intentados por candidatos;

Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.


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participar da logística de preparação e de realização de concurso público envolvendo
atividades de planejamento, coordenação, supervisão, execução e avaliação de resultado,
quando tais atividades não estiverem incluídas entre as suas atribuições permanentes;

participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar provas de exame vestibular ou de concurso


público ou supervisionar essas atividades.
DICA 35
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990 – FÉRIAS-
PONTOS INTRODUTÓRIOS

O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas, até o máximo de
dois períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja
legislação específica. Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze)
meses de exercício.

IMPORTANTE: É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.

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DIREITO ELEITORAL

DICA 36

DIREITOS POLÍTICOS ATIVOS E PASSIVOS

DIREITOS POLÍTICOS ATIVOS OU CAPACIDADE ELEITORAL


POSITIVOS ATIVA

DIREITOS POLÍTICOS PASSIVOS CAPACIDADE ELEITORAL


OU NEGATIVOS PASSIVA

Capacidade Eleitoral Ativa: significa o direito de votar, de eleger representantes


(artigo 14, parágrafo primeiro, da Constituição).
Capacidade Eleitoral Passiva: também chamada ius honorum ou cidadania passiva –
o direito de ser votado, de ser eleito, de ser escolhido em processo eleitoral.

DICA 37
ELEGIBILIDADE
Condições de elegibilidade são as exigências ou requisitos legais e constitucionais que
devem, obrigatoriamente, ser preenchidos por aqueles que queiram registrar
candidatura e receber votos validamente.

Segundo o artigo 14, parágrafo terceiro da Constituição, as condições de


elegibilidade são:

Art. 14, §3º (...)


I - A nacionalidade brasileira;
II - O pleno exercício dos direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral;
IV - O domicílio eleitoral na circunscrição;
V - A filiação partidária;
VI - A idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito,
Vice-Prefeito e juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.

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DICA 38
CRIME DE RESPONSABILIDADE

ATENÇÃO!

Condenação pelo Senado Federal por crime de responsabilidade afasta a


elegibilidade por oito anos (artigo 52, parágrafo único, da Constituição).

→ Os condenados não podem se candidatar (capacidade eleitoral passiva suspensa)


mas podem votar (capacidade eleitoral ativa).
DICA 39
CONDENAÇÃO DE PREFEITOS

ATENÇÃO!

A condenação de Prefeitos Municipais nos crimes previstos no artigo 1º do Decreto-Lei


n.º 201/67 acarreta a perda do cargo público, além da inabilitação, pelo prazo de cinco
anos, para o exercício de cargo ou função pública, eletivo ou de nomeação.

→ São 23 incisos com as mais variadas condutas, julgados pelo Poder Judiciário,
independentemente de pronunciamento pela Câmara dos Vereadores.
DICA 40
DOMICÍLIO ELEITORAL NA CIRCUNSCRIÇÃO E FILIAÇÃO PARTIDÁRIA

A Lei n.º 9.504/97 prevê o prazo mínimo para domicílio eleitoral e filiação partidária em
seu artigo 9º:

“Para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva


circunscrição pelo prazo de seis meses antes das eleições e estar com a filiação
deferida pelo partido no mesmo prazo”

DICA 41
IDADE MÍNIMA EXIGIDA PARA CONCORRER

ATENÇÃO!

A idade mínima estabelecida pela Constituição como condição de elegibilidade deve ser
verificada considerando a data da posse (artigo 11, parágrafo segundo, da Lei n.º
9.504/97).

→ Se a idade mínima for fixada em 18 anos, será verificada na data-limite para o


pedido de registro.

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DICA 42
ELEGIBILIDADE DOS MILITARES

Se o militar é elegível precisa cumprir as seguintes condições (artigo 14, parágrafo


oitavo, da Constituição):

Se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;


Se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se
eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.

LEMBRE-SE!
Militar com menos de dez anos de serviço se não for eleito deverá arrumar nova
ocupação, porque não poderá voltar e ocupar o cargo anterior.

AGREGAÇÃO: é a situação na qual o militar da ativa deixa de ocupar vaga na


escala hierárquica da força militar a qual pertence, nela permanecendo sem número (Lei
n.º 6.880/80 - Estatuto dos Militares, artigo 80).

REVERSÃO: e o militar com mais de dez anos de serviço não for eleito, poderá pleitear
a reversão (artigo 86, Estatuto dos Militares).
IMPORTANTE!
Militares não se submetem à exigência de filiação partidária de seis meses antes das
eleições.
DICA 43
PERDA E SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS

As hipóteses de perda e suspensão dos direitos políticos estão disciplinadas no artigo


15, da Constituição:

HIPÓTESE DE PERDA (Incido I e IV do art. 15 da CF)

→ Cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;


→ Recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos
termos do art. 5º, VIII;

HIPÓTESE DE SUSPENSÃO (Incido III e V do art. 15 da CF)

→ Condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;

A Condenação criminal transitada em julgado decorre da sentença condenatória


contra a qual não caiba mais recurso.
→ Improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.

OBS.: O inciso II do art. 15 foi revogado.


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IMPORTANTE!
É vedada pela Constituição a cassação de direitos políticos.
DICA 44
DIFERENÇA ENTRE PERDA E SUSPENSÃO

A perda significa que não existe mais a situação que autorizava o exercício dos
direitos políticos.

Ex.: perda de nacionalidade brasileira.

Já a suspensão significa que temporariamente não poderão ser exercidos os direitos


políticos.

Ex.: condenação criminal.


DICA 45
PERDA DA NACIONALIDADE BRASILEIRA

LEMBRE-SE!
Brasileiros naturalizados podem perder a nacionalidade brasileira e,
consequentemente, os direitos políticos, quando transitar em julgado ação judicial de
cancelamento de naturalização.

A Lei de Migração (Lei n.º 13.445/2017) prevê em seu artigo 75, que o naturalizado
perderá a nacionalidade em razão de condenação transitada em julgado por
atividade nociva ao interesse nacional.

A ação é ajuizada pelo Ministério Público Federal perante a Justiça Federal.


DICA 46
DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO LEGAL A TODOS IMPOSTA
O descumprimento de alguma obrigação legal a todos imposta pode levar à perda dos
direitos políticos.

Exemplos de obrigações legais: obrigação de prestar testemunho em juízo;


obrigação de ser jurado; obrigação de ser mesário; serviço militar obrigatório.

ATENÇÃO!

É admitida a escusa de consciência. Ou seja, a pessoa pode recusar cumprir


determinada obrigação se isso colidir com um imperativo filosófico, religioso ou de
opinião, desde que cumpra obrigação alternativa prevista em lei.

OBS.: Se não existir lei prevendo serviço alternativo, a maioria dos autores entendem
que não haverá perda dos direitos políticos.

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ATENÇÃO!

A Lei n.º 8.239/91 regulamenta a prestação de serviço alternativo ao serviço militar


obrigatório.

DICA 47
INCAPACIDADE CIVIL

O artigo 15 da Constituição Federal referia-se à incapacidade civil absoluta, prevista


originalmente no artigo 3º do Código Civil.
O artigo 3º do Código Civil foi revogado pela Lei Brasileira de Inclusão (Lei n.º
13.146/2015).

A Lei Brasileira de Inclusão também conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência
trouxe para ordem jurídica nacional da Convenção Internacional sobre os Direitos
das Pessoas com Deficiência.

Segundo o artigo 76º, parágrafo primeiro, do Estatuto, à pessoa com deficiência será
assegurado o direito de votar e de ser votada.

IMPORTANTE!
NÃO há mais incapacidade civil absoluta em decorrência de deficiência, logo, NÃO há
mais suspensão dos direitos políticos por este motivo.
DICA 48
CONDENAÇÃO CRIMINAL
A condenação criminal, transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos,
suspende os direitos políticos.
A suspensão é automática e decorre da condenação transitada em julgado. Ou seja,
não há necessidade de declará-la por sentença.

ATENÇÃO!

Não importa o tipo de sanção penal imposta ao condenado. Se for aplicada multa,
prestação de serviços à comunidade ou pena privativa de liberdade o efeito será
o mesmo quanto aos direitos políticos.

Sursis, suspensão condicional da pena, substituição da pena por medida alternativa ou o


livramento condicional geram suspensão dos direitos políticos. Todas são medidas que
pressupõem a existência de uma pena anterior fixada.
DICA 49
PROCESSOS CRIMINAIS SEM TRÂNSITO EM JULGADO
A suspensão condicional do processo (sursis processual) e a transação penal
previstos na Lei n.º 9.099/95 (Lei dos Juizados Especiais) não suspendem os direitos
políticos. Isso ocorre porque evitam a tramitação do processo e a formação de coisa
julgada condenatória.
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As pessoas presas em flagrante, por prisão temporária ou preventiva ou que não
alcançaram o direito de recorrer da condenação em liberdade mantém seus direitos
políticos.
Logo, estas pessoas podem votar e ser votadas (desde que não ostentem outras
restrições).

JURISPRUDÊNCIA

A Resolução TSE n.º 23.2198/10 dispõe sobre a instalação de seções eleitorais especiais
em estabelecimentos penais e em unidades de internação de adolescentes.

→ As seções eleitorais serão instaladas apenas se houver um mínimo de 20 eleitores


aptos a votar.
DICA 50
CONDENAÇÃO CRIMINAL DE CONGRESSISTAS

O artigo 55, inciso VI, da Constituição prevê a perda do mandato do Deputado ou


Senador que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado.
O parágrafo segundo daquele artigo prevê que a perda do mandato de congressistas
será “decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, por voto
secreto e maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de
partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla
defesa”.

AP 694 e AP 996 do STF

A Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (AP 694, AP 996) aponta que Câmara dos
Deputados e Senado têm competência de DECIDIR, e não meramente declarar, a perda
de mandato de parlamentares das respectivas Casas

DICA 51
APLICAÇÃO DE MEDIDA DE SEGURANÇA
Quando o autor do crime é inimputável por deficiência intelectual ou desenvolvimento
mental incompleto sofrerá uma sentença absolutória imprópria.
Neste caso, o Código Penal prevê em seu artigo 26 que o autor do crime é isento de
pena.
O Código Penal estabelece em seus artigos 96 e 97 que o juiz determinará a internação do
inimputável que comete crime em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico.

→ Neste caso permanecem os direitos políticos do réu? Sim, porque a medida de


segurança não é equivalente a condenação criminal transitada em julgado. Como o
Estatuto da Pessoa com Deficiência aplica-se às pessoas com deficiência mental,
permanece o direito de votar e ser votado.

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DICA 52
CONDENAÇÃO POR IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

A Lei n.º 8.429/92 divide as condutas de improbidade administrativa em três classes


principais:
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Importam Enriquecimento Ilícito (artigo
9º);
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo ao Erário (artigo 10);
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os Princípios da
Administração Pública (artigo 11).

Os prazos de suspensão dos direitos políticos são, respectivamente:


oito a dez anos (enriquecimento ilícito);
cinco a oito anos (prejuízo ao erário);
três a cinco anos (atos contra os Princípios da Administração).
DICA 53
ATO DOLOSO X ATO CULPOSO

ATENÇÃO!

Ato de Improbidade Doloso gera inelegibilidade. Ato de improbidade culposo, NÃO.

ATO DOLOSO ATO CULPOSO

O agente tem a intenção de agir. Quis ou O agente atuou com imprudência,


assumiu o risco de produzir o resultado. negligência ou imperícia.
Segundo o artigo 1º, parágrafo segundo,
da Lei n.º 8.429/90, “Considera-se dolo a
vontade livre e consciente de alcançar o
resultado ilícito (...)”

LEMBRE-SE!
Na negligência, a pessoa deixa de tomar uma atitude ou de realizar uma conduta que
era esperada para a situação.

Ex.: pai que deixa arma carregada com fácil acesso aos filhos menores.
A imprudência, por sua vez, pressupõe uma ação precipitada e sem a cautela mínima
necessária.

Ex.: motorista que dirige em alta velocidade e não para em sinal vermelho atropelando
pedestre.
Por fim, a imperícia é ligada à inaptidão, ignorância, falta de qualificação técnica, teórica
ou prática ou à ausência de conhecimentos elementares e básicos para a ação realizada.
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Ex.: médico não qualificado para determinado procedimento que causa deformidade ao
paciente.
DICA 54
MUDANÇA NA LEI DE IMPROBIDADE E SUSPENSÃO DE DIREITOS POLÍTICOS

JURISPRUDÊNCIA

Recentemente, o Supremo Tribunal Federal decidiu que as mudanças na Lei de


Improbidade não podem ser aplicadas a casos não intencionais (culposos) nos quais
houve condenações definitivas e a processos em fase de execução das penas (Recurso
Extraordinário 0003295-20.2006.4.04.7006).
Foram fixadas quatro teses de repercussão geral, das quais a mais relevante em
termos eleitorais é a segunda:
“2) A norma benéfica da Lei 14.230/2021 revogação da modalidade culposa do ato de
improbidade administrativa, é irretroativa, em virtude do artigo 5º, inciso XXXVI, da
Constituição Federal, não tendo incidência em relação à eficácia da coisa julgada; nem
tampouco durante o processo de execução das penas e seus incidentes;”

→ O condenado por ato de improbidade administrativo culposo que estivesse com os


direitos políticos suspensos não se beneficia da revogação desta modalidade e precisa
cumprir o resto da suspensão que eventualmente sofreu.

JURISPRUDÊNCIA

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal já havia concedido, no dia


01/10/2021, liminar para conferir interpretação conforme à Constituição ao inciso II do
artigo 12 da Lei 8.429/1992, estabelecendo que a sanção de suspensão de direitos
políticos não se aplica a atos de improbidade administrativa CULPOSOS que causem
danos ao Erário.

→ Desde esta decisão não cabia mais a aplicação da sanção de suspensão de direitos
políticos para os atos de improbidade administrativa culposos.
DICA 55
PRINCÍPIO DA ANUALIDADE ELEITORAL

“A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não
se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.” (Artigo 16, da
Constituição)

O artigo determina a vigência imediata, na data da publicação, da lei que alterar o


processo eleitoral.
No entanto, tal lei não tem eficácia plena e imediata, pois não se aplica a eleição que
ocorra até um ano da data de sua entrada em vigor.

→ OU SEJA: A lei é válida, mas não é eficaz se promulgada menos de um ano antes
da eleição.

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DICA 56
SISTEMAS ELEITORAIS

MAJORITÁRIO: é o sistema mais simples de se entender. É eleito o candidato que


obtiver o maior número de votos válidos.

No Brasil, aplica-se aos cargos de:


Presidente da República (artigo 77, da Constituição);
Governador de Estado (artigo 27, §1º, da Constituição);
Prefeito de cidades com mais de 200 mil eleitores (artigo 29, inciso II, da
Constituição).
Se nenhum dos candidatos atingir a maioria dos votos válidos (excluem-se brancos e
nulos), realizar-se-á um segundo turno com os dois mais votados.
E se der empate? Será declarado eleito o mais idoso.

ATENÇÃO!

A eleição de senadores pode ser considerada majoritária, embora eles não precisem
atingir a maioria absoluta dos votos.

→ Senadores representam os Estados da Federação, não os partidos políticos que os


elegem.

ATENÇÃO!

Prefeitos de cidades com menos de 200 mil eleitores são eleitos por maioria SIMPLES.
Ou seja, não precisam atingir a maioria dos votos válidos, bastando superar os demais
candidatos para serem eleitos.

DICA 57
SISTEMAS ELEITORAIS II

Proporcional: é o sistema aplicado nas eleições de deputados federais, estaduais,


distritais e vereadores. Seu principal objetivo é garantir a força eleitoral dos partidos.
Como funciona o cálculo das vagas neste sistema?
1º determinar quantas vagas obteve cada partido.
2º distribuir as vagas entre os candidatos.

ATENÇÃO!

O sistema proporcional no Brasil é o de lista aberta, o que significa dizer que as listas
partidárias não indicam uma ordem de acesso às vagas pré-estabelecidas pelos
partidos. É o eleitor quem ajusta a ordem de acesso às vagas ao dar mais votos para
determinado candidato dentro de um partido.

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Para distribuir as vagas é imprescindível entender os conceitos de quociente eleitoral e
quociente partidário.
DICA 58
QUOCIENTE ELEITORAL
É simplesmente o resultado da divisão do total dos votos válidos pelo número de vagas
em disputa.

ATENÇÃO!

Os votos válidos são apurados mediante a subtração dos votos brancos e nulos do total
de votos daquela eleição.

Exemplo: Neste ano de 2022, o quociente eleitoral (QE) para deputados federais de
São Paulo foi de 332.736 votos. Já o quociente para deputados estaduais foi de 246.245
votos. O cálculo levou em conta o total votos válidos no Estado pelo número de cadeiras
em disputa na Câmara dos Deputados (70) e Assembleia Legislativa (94).
DICA 59
QUOCIENTE PARTIDÁRIO
É o total de votos dado aos candidatos de determinado partido ou ao próprio partido (o
voto de legenda), dividido pelo quociente eleitoral.
Na verdade, o quociente partidário indica o número de vagas a que o partido terá direito.

Exemplo: O Partido Liberal obteve em São Paulo um total de 5.343.667 votos em


2022. Sendo assim, seu quociente partidário será o resultado da divisão destes votos pelo
quociente eleitoral de 332.736. O resultado é 16, ou seja, ao Partido Liberal caberão 16
vagas na Câmara Federal.
DICA 60
CLÁUSULA DE BARREIRA PARA PUXADORES DE VOTOS
O Código Eleitoral prevê em seu artigo 108 que serão eleitos os candidatos que tenham
obtido votos em número igual ou superior a 10% (dez por cento) do quociente eleitoral,
de acordo com a ordem de votação nominal que cada um tenha recebido até completar as
vagas indicadas pelo quociente partidário.
No exemplo de São Paulo, um deputado precisaria atingir ao menos 33.274 para participar
da distribuição das vagas num primeiro momento.

ATENÇÃO!

Esta medida tenta diminuir os efeitos do fenômeno dos “puxadores de votos”,


candidatos extremamente carismáticos que acabavam levando para o Legislativo
pessoas sem expressão política.

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DICA 61
CÁLCULO DAS SOBRAS
No mundo real, a divisão entre o total de votos e o quociente eleitoral não costuma ser
exata, havendo sobras de votos e lugares não preenchidos.

O cálculo dos lugares não preenchidos é previsto no artigo 109 do Código Eleitoral e
segue uma sequência bem definida:
1º divide-se o número de votos válidos atribuídos a cada partido pelo número de
lugares que ele obteve mais 1.
2º o partido com a maior média leva o lugar, desde que tenha candidato que atenda à
votação mínima (10% do quociente eleitoral).

3º o processo é repetido até que todos os lugares vagos sejam ocupados.


4º quando não houver mais partidos com candidatos que atendam à votação mínima,
as cadeiras serão distribuídas aos partidos com as maiores médias.

ATENÇÃO!

O preenchimento dos lugares que cada partido obteve deve ser feito seguindo a ordem
de votação recebida pelos candidatos. Por isso, chamamos o sistema de proporcional de
lista aberta (o eleitor aloca os candidatos de sua preferência e não os líderes partidários
como em outros países).

DICA 62
CÁLCULO DAS SOBRAS II
A Lei n.º 14.211/2021 alterou a Lei das Eleições e o Código Eleitoral trazendo duas
mudanças muito importantes:
Reduziu o número de candidaturas das eleições para a Câmara dos Deputados, a
Câmara Legislativa, as assembleias legislativas e as câmaras municipais para até 100% do
número de lugares a preencher mais um;
Ou seja, cada partido só pode lançar um total de candidatos correspondente a até o total
de lugares a preencher mais um.

Exemplo: no Estado de São Paulo cada partido só pode lançar até 71 candidaturas ao
cargo de Deputado Federal.
Alterou o critério de distribuição das sobras. Com a reforma eleitoral, participam da
distribuição das sobras apenas os partidos que tenham obtido pelo menos 80% do
quociente eleitoral e pelos candidatos que tenham obtido votos em número igual ou
superior a 20% desse quociente.

No exemplo de São Paulo, apenas partidos que tenham atingido o total de 266.189
votos poderão participar da distribuição das sobras de vagas. E neste caso, apenas
candidatos com número de votos igual ou superior a 53.238 votos terão direito a ocupar
as vagas.

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ATENÇÃO!

Outra medida tenta diminuir os efeitos do fenômeno dos “puxadores de votos”.

DICA 63
QUESTÕES CURIOSAS SOBRE DISTRIBUIÇÃO DE VAGAS
E se nenhum partido atingir o quociente eleitoral?

Ocupam-se as vagas com os candidatos por ordem de votação recebida (artigo 111, do
Código Eleitoral).

E se houver empate?

Considera-se eleito o candidato mais idoso (artigo 110, do Código Eleitoral).

E se surgir vaga durante o mandato e não houver suplentes para ocupá-la?


Faz-se nova eleição, exceto se faltarem menos de nove meses para findar o
mandato. Neste caso, fica vago.
DICA 64
INFIDELIDADE PARTIDÁRIA
A Lei dos Partidos Políticos (Lei n.º 9.096/95) prevê no artigo 22-A hipótese de perda de
mandato do parlamentar que se desfiliar sem justa causa do partido pelo qual foi eleito.

Consideram-se justa causa as seguintes hipóteses (parágrafo único do artigo 22):


I - mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário;
II - grave discriminação política pessoal;
III - mudança de partido efetuada durante o período de trinta dias que antecede o prazo
de filiação exigido em lei para concorrer à eleição, majoritária ou proporcional, ao
término do mandato vigente.

ATENÇÃO!

A última hipótese é conhecida como “janela partidária” e ocorre a cada ano par (ano de
eleições) trinta dias antes do prazo de seis meses que a legislação impõe como prazo
mínimo para que um candidato concorra a cargo eletivo por determinado partido.

JURISPRUDÊNCIA

O TSE fixou na Consulta 060015955 que a justa causa para desfiliação por meio da
“janela partidária” somente se aplica ao eleito que esteja no término do mandato
vigente, ou seja, vereador no ano de eleições municipais e deputados no ano de
eleições gerais.

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Memorex TRE – AJAJ – Rodada 02
Ex.: deputado federal eleito em 2022 que pretenda ser candidato a qualquer cargo nas
eleições de 2026 por outro partido poderá durante o mês de março de 2026 realizar a
mudança partidária sem perda do cargo. Lembrando que o prazo mínimo de seis meses
para filiação finda no início de abril, considerando eleições no início de outubro.

LEMBRE-SE!
A punição vale apenas para cargos eleitos no sistema proporcional. Um senador não perde
o cargo caso mude de partido (Súmula 67 do TSE).
DICA 65
NÚMERO DE VEREADORES
A Emenda Constitucional n.º 58, de 2009 alterou o regime anterior quanto ao número de
vereadores, criando 24 faixas para o tamanho das Câmaras Municipais, partindo de
municípios com até 15.000 habitantes, com número máximo de 9 vereadores até
municípios com mais de 8.000.000 de habitantes, com 55.

ATENÇÃO!

Cada município pode fixar em sua lei orgânica o número de vereadores que terá, desde
que respeite os limites máximos do artigo 29, IV, da Constituição (na redação dada pela
EC n.º 58/2009).

IMPORTANTE!
Para o TSE esta alteração no número de vereadores não se sujeita ao princípio da
anualidade eleitoral (Agr. Reg. no RE 30.521).

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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
DICA 66
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA- ESTRUTURAÇÃO DO ESTADO
Os municípios foram incluídos como entes federativos, e ficou definido que os que
contavam com mais de 20 mil habitantes deveriam aprovar um plano diretor. A
partir da promulgação, o Brasil passou a ter três novos estados – Amapá, Roraima e
Tocantins. Os dois primeiros, até então territórios federais, foram elevados à categoria de
ente federado. E o Tocantins surgiu a partir da divisão do Estado de Goiás.

No capítulo destinado à administração pública, o artigo 37 estabeleceu os princípios


que devem nortear a atuação daqueles que desempenham funções junto ao Poder Público:

Legalidade;

Impessoalidade;
Moralidade;

Publicidade; e
Eficiência.

Estabeleceu que o acesso a cargo ou emprego público depende de aprovação prévia


em concurso público, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em
lei de livre nomeação e exoneração, e determinou que a lei estipulasse percentual dos
cargos para as pessoas com deficiência.
DICA 67
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: SERVIÇOS PRÓPRIOS DE ESTADO
Os Serviços próprios do Estado são aqueles que se relacionam intimamente com as
atribuições do Poder Público, como por exemplo, segurança, polícia, higiene e saúde
pública, e para a execução dos quais a Administração usa da sua supremacia sobre os
administrados. Não podem ser delegados a particulares. Tais serviços, por sua
essencialidade, geralmente são gratuitos ou de baixa remuneração.
DICA 68
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: SERVIÇOS IMPRÓPRIOS DE ESTADO
Os Serviços impróprios do Estado são os que não afetam substancialmente as
necessidades da comunidade, mas satisfazem interesses comuns de seus membros, e, por
isso, a Administração os presta de forma remunerada, por seus órgãos ou entidades
descentralizadas.

Ex.: Autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações


governamentais), ou delega sua prestação.
DICA 69
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: SERVIÇOS PÚBLICOS PROPRIAMENTE DITOS
Os Serviços Públicos propriamente dito são os serviços públicos entendidos essenciais,
indispensáveis à própria sobrevivência do homem, sendo que, por isto mesmo, não
admitem delegação ou outorga. A doutrina também os denomina de serviços pró-
comunidade. Ex.: Polícia, saúde.
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DICA 70
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - GESTÃO PÚBLICA: PRINCÍPIO DA
UNIVERSALIDADE

O princípio da universalidade foi estabelecido, de forma expressa, pela Lei 4.320 e


recepcionado pela da Constituição Federal. Assim, determina que a LOA de cada ente
federado deverá conter todas as receitas e despesas de todos os poderes, órgãos,
entidades, fundos e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.

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DIREITO CONSTITUCIONAL
DICA 71
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

Liberdade de Pensamento: Sobre este direito fundamental, encontramos referência


no art. 5º, incisos IV, IX e XIV, da CF:

IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;


IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação,
independentemente de censura ou licença;
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte,
quando necessário ao exercício profissional.

Se de um lado o Estado garante a liberdade de pensamento, de outro responsabiliza


quem exerce tal direito de forma abusiva. Nesse sentido, segue a previsão do art. 5º,
inciso V, da CF:

Art. 5º, inciso V, da CF. “é assegurado o direito de resposta, proporcional ao


agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem”.

A liberdade de pensamento é frequentemente analisada pelo STF quando colide com


outros direitos fundamentais. Vejamos as principais decisões do STF sobre o tema:

Constitucionalidade das manifestações em prol da legalização da maconha (ADPF 187,


DJe de 29.05.2014);

Desnecessidade do diploma para exercício do jornalismo (RE 511.961);

A classificação indicativa das diversões públicas e programas de rádio e TV devem ter


natureza meramente indicativa, não se confundindo com licença prévia (ADI 2.404).

ATENÇÃO!

A liberdade de expressão NÃO abrange os chamados “discursos de ódio”


(manifestações de ódio, desprezo ou intolerância contra determinados grupos,
vinculados a questões de etnia, religião, gênero, deficiência, orientação sexual etc.).

DICA 72
ESCUSA DE CONSCIÊNCIA
O artigo 5º, em seu inciso VIII garante que ninguém terá cerceado seus direitos por
motivo de crença religiosa, de convicção filosófica ou política.
Trata-se de garantia ao direito de liberdade assegurado pela CF/88.
Contudo, caso o indivíduo se exima de obrigação legal a todos impostas e recusar-se a
cumprir prestação alternativa fixada em lei, haverá restrição de seus direitos.

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DICA 73
DIREITO À PRIVACIDADE (INC. X)
Conforme se extrai do inciso em estudo, a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem
das pessoas são invioláveis, caso ocorra alguma violação, será assegurado à vítima o
direito a indenização pelo dano material ou moral sofrido.
As pessoas jurídicas, por serem titulares dos direitos à honra e à imagem, poderão ser
indenizadas por dano moral sofrido. A honra tutelada aqui é a objetiva!!!
DICA 74
DIREITO À PRIVACIDADE (INC. X)
É INEXIGÍVEL O CONSENTIMENTO de pessoa biografada relativamente a obras
biográficas literárias ou audiovisuais, sendo igual desnecessária autorização de pessoas
retratadas como coadjuvantes (ou de seus familiares, em caso de pessoas falecidas).
O direito à privacidade abarca, ainda, a inviolabilidade do sigilo de dados (art. 5º, inc.
XII), conforme se extrai da leitura desse dispositivo, é inviolável o sigilo da
correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, para fins de investigação criminal
ou instrução processual penal.

ATENÇÃO!

O Tribunal de Contas da União (TCU) e os Tribunais de Contas dos Estados (TCE’s)


não podem determinar a quebra do sigilo bancário.

As Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) podem quebrar o sigilo bancário ou fiscal


dos investigados.
O sigilo das comunicações telefônicas somente pode ser quebrado pelo poder
judiciário, trata-se da chamada “reserva de jurisdição”.
DICA 75
DIREITO À PRIVACIDADE (INC. X)
Havendo a necessidade de coleta de prova via gravação ambiental (sendo impossível a
apuração do crime por outros meios) e havendo ordem judicial nesse sentido, é lícita a
interceptação telefônica.
São ilícitas as provas obtidas por meio de interceptação telefônica determinada a partir
apenas de denúncia anônima, sem investigação preliminar.

DICA 76
INVIOLABILIDADE DA CASA
Segundo o inciso XI, do artigo 5º, a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela
podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou
desastre, ou para prestar socorro, ou durante o dia, por determinação judicial.
Dá leitura do dispositivo extraímos que nos casos de flagrante delito, desastre e para
prestar socorro, o agente pode entrar em qualquer horário na residência. Já quando se

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tratar de determinação judicial, o agente somente poderá entrar na residência durante o
dia.

Entende-se como “casa”:


Qualquer compartimento habitado;

Qualquer aposento ocupado de habitação coletiva;

Qualquer compartimento privado não aberto ao público, onde alguém exerce profissão
ou atividade pessoal.

Das exceções apresentadas, ressalta-se a determinação judicial, que somente


poderá ser cumprida durante o dia. As outras exceções podem ocorrer durante o dia
ou a noite.

Conceito de casa: abrange não só o domicílio, quanto o escritório, oficinas, garagens,


quarto de hotéis. A doutrina ainda considera a boleia do caminhão como equiparado à
casa.

JURISPRUDÊNCIA

O ingresso regular da polícia no domicílio, sem autorização judicial, em caso de


flagrante delito, para que seja válido, necessita que haja fundadas razões (justa
causa) que sinalizem a ocorrência de crime no interior da residência. A mera intuição
acerca de eventual traficância praticada pelo agente, embora pudesse autorizar
abordagem policial, em via pública, para averiguação, não configura, por si só, justa
causa a autorizar o ingresso em seu domicílio, sem o seu consentimento e sem
determinação judicial. STJ. 6ª Turma. REsp 1574681-RS, Rel. Min. Rogério Schietti
Cruz, julgado em 20/4/2017 (Info 606).

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DICA 77
LIBERDADE PROFISSIONAL
Segundo o inciso XIII, do art. 5º, é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou
profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer.
É inconstitucional a previsão de cancelamento automático de registro em conselho
profissional por inadimplência da anuidade. Antes, em acatamento ao princípio do
processo legal, deve haver a oitiva do associado.
A inexistência de lei regulamentadora não impede o exercício da profissão.

ATENÇÃO!

Bacharel em Direito que exerce o cargo de assessor de desembargador não pode


exercer a advocacia.

DICA 78
LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO
Encontra-se positivada nos incisos:

é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;


a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de
autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;

as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades


suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;
as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade
para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente.
DICA 79
DIREITO DE PROPRIEDADE
Segundo os incisos XXII e XXIII, do artigo 5º, é garantido o direito de propriedade e essa
deverá atender a sua função social.
O direito de propriedade além de ser um direito individual, é um dos princípios da ordem
econômica.
A propriedade que está cumprindo sua função social goza da proteção estatal não
podendo ser desapropriada. entretanto, com base na tutela do interesse público, e
mediante prévia e justa indenização em dinheiro, a desapropriação poderá ocorrer
nos de necessidade pública, utilidade pública ou interesse social.
Mas, em alguns casos não haverá a indenização em dinheiro quando da desapropriação,
é muito importante que você saiba quais são esses casos, uma vez que pode ser objeto de
questionamento na sua prova.

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Memorex TRE – AJAJ – Rodada 02
São eles:

Desapropriação para fins de reforma agrária;


Desapropriação de imóvel urbano não-edificado que não cumpriu sua função social;
Desapropriação confiscatória.
A declaração de necessidade pública ou interesse social poderá ser feita por todos os
entes federativos (União, Estados, DF e Municípios) e pelos Territórios.
DICA 80
DIREITO DE PROPRIEDADE
Quem possui competência executória sobre desapropriação?
Os entes federativos, os Territórios, concessionários e permissionários públicos! É
importante destacar que essa competência é somente executória.

Pequena propriedade rural: Segundo o inciso XXVI, do artigo 5º, a pequena


propriedade rural, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para
pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os
meios de financiar o seu desenvolvimento.
No caso de débitos estranhos à atividade produtiva, a pequena propriedade rural
trabalhada pela família pode ser objeto de penhora.
Propriedade de bens incorpóreos: artigo 5º, incisos XXVII, XXVIII e XXIX. A CF/88
tutela o direito de propriedade do autor sobre inventos, patentes e marcas.
Para além de garantir o direito de propriedade do autor, é garantido também a
transmissão desse direito a seus herdeiros.
Aos autores de inventos industriais é garantido o privilégio temporário, tendo em
vista o interesse social e desenvolvimento tecnológico e econômico do País.
DICA 81
DIREITO À INFORMAÇÃO
Segundo o inciso XXXIII, do artigo 5º, todos têm direito a receber dos órgãos públicos
informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão
prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo
seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.
É importante destacar que o direito à informação alcança todos os órgãos da
Administração Pública, direta ou indireta.
DICA 82
ESPÉCIES E INDIVIDUALIZAÇÃO DAS PENAS
O inciso XLVI, do artigo 5º, traz o princípio da individualização e espécies de penas,
vejamos o dispositivo em questão:
a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:
privação ou restrição da liberdade;
perda de bens;

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multa;
prestação social alternativa;
suspensão ou interdição de direitos.
É importante destacar esse rol trazido no inciso XLVI, do artigo 5º é meramente
exemplificativo, podendo a lei criar novos tipos de penalidades.

Entretanto, alguns tipos de penas não podem ser criados por vedação expressa do
inciso XLVII, também do artigo 5º, vejamos quais são:
IMPORTANTE!

De morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;

De caráter perpétuo;

De trabalhos forçados;
De banimento;

Cruéis.
DICA BÔNUS
DIREITO DE PETIÇÃO E DIREITO À OBTENÇÃO DE CERTIDÕES

Segundo dispõe o artigo 5º, inciso XXXIV, a todos (brasileiros, estrangeiros ou pessoas
jurídicas) são assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
O direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou
abuso de poder;

A obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e


esclarecimentos de situações de interesse pessoal.

ATENÇÃO!

Direito de petição: defesa de direitos e defesa contra ilegalidade ou abuso de poder;


Direito à obtenção de certidões: defesa de direitos e o esclarecimento de situações
de interesse pessoal.
Diante da negativa da obtenção de certidão o remédio constitucional adequado para
combater a lesão é o MANDADO DE SEGURANÇA, e não o habeas data.

DICA BÔNUS
PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DA JURISDIÇÃO
Segundo o inciso XXXV, do artigo 5º, a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário
lesão ou ameaça a direito.
É defeso ao legislador criar barreiras de acesso da população ao Judiciário, sob pena de
violação da inafastabilidade da jurisdição.
OBS: Apesar da escrita da palavra nos levar a outro sentido, DEFESO, significa
PROIBIDO!

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No Brasil é adotado o Sistema Inglês de jurisdição “una”. Nesse sistema, somente o
Poder Judiciário pode dizer o direito de forma definitiva, por meio da “coisa julgada
material”.
Cabe salientar que não existe a chamada “coisa julgada administrativa”, haja vista
que até mesmo a decisão administrativa que não cabe mais recurso administrativo
submete-se à análise do Poder Judiciário.
Existem alguns casos onde a jurisdição é condicionada, ou seja, somente é possível
buscar o Poder Judiciário após o esgotamento da instância administrativas, quais sejam:
Habeas data;
Controvérsia desportiva;
Reclamação contra o descumprimento de Súmula Vinculante pela Administração
Pública;
Requerimento de benefício previdenciário.

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DIREITO ADMINISTRATIVO
DICA 83
LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA (LEI Nº 8.429/1992 COM REDAÇÃO
DADA PELA LEI Nº 14.230/2021)
A todos os funcionários públicos impõe-se o dever de atuar de forma ética e com
probidade. Trata-se de exigência compelida pelo princípio da moralidade,
expressamente previsto no caput do artigo 37, da CF/88.
Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos,
a perda da função pública, à indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao
erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

Segundo a Lei 8.429/92, serão considerados atos de improbidade administrativa os


seguintes:

Os que importam enriquecimento ilícito;

Os que causam prejuízo ao erário;

Os decorrentes de concessão ou aplicação indevida de benefício financeiro ou


tributário;

Os que atentam contra os princípios da Administração Pública.


DICA 84
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA - DAS CONDUTAS DOLOSAS
As condutas dolosas são as relacionadas com as três espécies de atos de improbidade,
sendo elas, enriquecimento ilícito, prejuízo ao erário e violação aos princípios da
Administração Pública.

Enriquecimento ilícito: o agente público é quem recebe a vantagem indevida.

Prejuízo ao erário: um terceiro (que não o agente público) recebe a vantagem ou


alguma norma prevista em lei ou regulamento não é observada.

Violação aos princípios: situações que não geram, por si só, vantagem indevida ao
agente público ou a terceiros
DICA 85
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA- INTRODUÇÃO
Aos funcionários públicos impõe-se o dever de atuar de forma ética e proba. Trata-se
de exigência intimamente ligada ao princípio da moralidade, expressamente previsto no
caput, do artigo 37, da CF/88.
O ato de improbidade administrativa sempre configura uma violação do princípio
da moralidade, entretanto, nem sempre uma violação ao princípio da moralidade
configura ato de improbidade. Assim, a doutrina alerta para não confundir princípio da
moralidade com improbidade.
Portanto, caso o agente deixe de atuar com a probidade exigida, dar-se-á lugar a
improbidade administrativa.

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DICA 86
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
Para a doutrinadora Maria Sylvia Zanella Di Pietro, sempre que se verificar, em matéria
administrativa, que o comportamento da Administração Pública ou do administrado que
com ela se relaciona juridicamente, embora em consonância com a lei, ofender a
moral, os bons costumes, as regras de boa administração, os princípios de justiça e de
equidade, a ideia de honestidade, restará caracterizada a ofensa ao princípio da
moralidade.
Portanto, é plenamente possível que um ato legal (em consonância com a lei) seja
imoral.
É importante destacar que o processo judicial de apuração e as sanções por improbidade
administrativa possuem natureza jurídica cível. Portanto, não cai na “pegadinha” das
bancas de que o ato de improbidade administrativa é crime, pois não é!

DICA 87
LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
Quando da prática de ato de improbidade administrativa, é possível a aplicação de
demissão do servidor público em âmbito de processo administrativo disciplinar,
sem prejuízo da ação civil pública por improbidade administrativa.
O processo judicial de apuração e as sanções por improbidade administrativa possuem
natureza jurídica cível.
Destaca-se que a Ação Civil Pública (Lei nº. 7.347/85) é a ação adequada para a
apuração dos atos de improbidade administrativa.
Segundo o inciso VIII, do artigo 1º, regem-se pela Lei n. 7.347/85, as ações de
responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados ao patrimônio público e social.

DICA 88
LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
Segundo dispõe o artigo 37, parágrafo 4º, da CF/88, os atos de improbidade
administrativa importarão:

Suspensão dos direitos políticos;


Perda da função pública;

Indisponibilidade dos bens;

Ressarcimento ao erário.

ATENÇÃO!

As bancas adoram confundir o candidato misturando a suspensão dos direitos políticos e


perda da função pública. Não confunda, não se perde os direitos, mas sim a
função!!!

Todas essas sanções acima previstas não trazem prejuízo a eventual sanção penal, caso a
conduta seja também tipificada na esfera penal. Trata-se de aplicação do princípio da
incomunicabilidade de instâncias.
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DICA 89
LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA PENAS APLICÁVEIS

Para facilitar, veja a tabela abaixo:

ENRIQUECIMENTO ILÍCITO PREJUÍZO AO ERÁRIO VIOLAÇÃO AOS


PRINCÍPIOS

Perda dos bens ou valores Perda dos bens ou x


acrescidos ilicitamente ao valores acrescidos
patrimônio ilicitamente ao
patrimônio, se concorrer
esta circunstância

Perda da função pública Perda da função pública x

Suspensão dos direitos políticos Suspensão dos direitos x


até 14 anos políticos até 12 anos

Pagamento de multa civil Pagamento de multa civil Pagamento de multa civil


equivalente ao valor do equivalente ao valor do de até 24 vezes o valor
acréscimo patrimonial dano da remuneração
percebida pelo agente

Proibição de contratar com o Proibição de contratar Proibição de contratar


poder público ou de receber com o poder público ou com o poder público ou de
benefícios ou incentivos fiscais de receber benefícios ou receber benefícios ou
ou creditícios, direta ou incentivos fiscais ou incentivos fiscais ou
indiretamente, ainda que por creditícios, direta ou creditícios, direta ou
intermédio de pessoa jurídica indiretamente, ainda que indiretamente, ainda que
da qual seja sócio majoritário, por intermédio de pessoa por intermédio de pessoa
pelo prazo não superior a 14 jurídica da qual seja sócio jurídica da qual seja sócio
anos majoritário, pelo prazo majoritário, pelo prazo
não superior a 12 anos não superior a 4 anos

VALE LEMBRAR!
A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o
trânsito em julgado da sentença condenatória.
DICA 90
LICITAÇÕES - PRINCÍPIOS
A Lei n° 14.133/21 trouxe uma gama de novos princípios inexistentes na Lei n°
8.666/93.

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Memorex TRE – AJAJ – Rodada 02
Enquanto na antiga lei constam expressamente 12 princípios no Artigo 3º, o novo
diploma legal positiva no Artigo 5º os seguintes princípios:

LEGALIDADE IMPESSOALIDADE MORALIDADE

Publicidade Eficiência Interesse público

Probidade administrativa Igualdade Planejamento

Transparência Eficácia Segregação de funções

Motivação Vinculação ao edital Julgamento objetivo

Segurança jurídica Razoabilidade Competitividade

Proporcionalidade Celeridade Economicidade

Desenvolvimento nacional
Observância da LINDB
sustentável

DICA 91
NOVOS PRINCÍPIOS

Vamos destacar alguns dos princípios novos:

Eficiência: impõe a necessidade de realizar as licitações com o menor dispêndio de


energia e recursos possíveis e observar o melhor aproveitamento possível dos atos já
realizados;

Planejamento: tem como objetivo realizar a correta identificação dos problemas a


serem resolvidos;

Transparência: impõe que todos os atos da administração pública nos procedimentos


licitatórios devem ser acessíveis ao público, órgãos de controle e aos licitantes;

Motivação: exposição correta dos fatos e justificativa legal do processo licitatório;

Segurança jurídica: três linhas de defesa para que o processo não cause danos a
ninguém e respeite os direitos de todos.
DICA 92
DA PUBLICIDADE DOS ATOS PRATICADOS NO PROCESSO LICITATÓRIO
Embora o Princípio da Publicidade esteja previsto no Artigo 5° como um dos norteadores
da aplicação da Lei 14.133/21 existe a possibilidade da decretação de sigilo, como já
mencionado, bem como, da possibilidade de publicidade diferida.

Possibilidade de sigilo:
Os atos praticados no processo licitatório são públicos, ressalvadas as hipóteses de
informações cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, na
forma da Lei 14.133/21.

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Possibilidade de publicidade diferida:

A publicidade será diferida:

→ quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura;


→ quanto ao orçamento da Administração, nos termos do Artigo 24 da Lei
14.133/21.

Art. 24. Desde que justificado, o orçamento estimado da contratação PODERÁ ter
caráter sigiloso, SEM prejuízo da divulgação do detalhamento dos quantitativos e das
demais informações necessárias para a elaboração das propostas, e, nesse caso:
I - O sigilo NÃO prevalecerá para os órgãos de controle interno e externo;

Como visto, no primeiro caso o sigilo quanto ao conteúdo das propostas será suspenso
após o marco de abertura das propostas, já no segundo caso o orçamento da
Administração não será sigiloso para os órgãos de controle interno e externo.

ATENÇÃO!

O sigilo no orçamento da Administração citado acima não é absoluto, ele deve ser
divulgado na abertura da sessão, porém essa previsão NÃO está expressamente
descrita na Lei 14.133/21. Para efeitos do certame público o candidato deverá dar
total prioridade ao que está literalmente positivado em lei.

DICA BÔNUS
MARGEM DE PREFERÊNCIA

No processo de licitação, poderá ser estabelecida margem de preferência para:

bens manufaturados e serviços nacionais que atendam a normas técnicas brasileiras;

bens reciclados, recicláveis ou biodegradáveis, conforme regulamento.

A MARGEM DE PREFERÊNCIA:

será definida em decisão fundamentada do Poder Executivo federal, no caso do


item 1 acima;

poderá ser de até 10% (dez por cento) sobre o preço dos bens e serviços que NÃO se
enquadrem no disposto nos itens 1 e 2 acima;

poderá ser estendida a bens manufaturados e serviços originários de Estados Partes


do Mercado Comum do Sul (Mercosul), desde que haja reciprocidade com o País
prevista em acordo internacional aprovado pelo Congresso Nacional e ratificado pelo
Presidente da República.

poderá ser de até 20% (vinte por cento) para os bens manufaturados nacionais e
serviços nacionais resultantes de desenvolvimento e inovação tecnológica no
País, definidos conforme regulamento do Poder Executivo federal.

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NÃO se aplica aos bens manufaturados nacionais e aos serviços nacionais se a
capacidade de produção desses bens ou de prestação desses serviços no País for
inferior:

à quantidade a ser adquirida ou contratada; ou

aos quantitativos fixados em razão do parcelamento do objeto, quando for o caso.


Os editais de licitação para a contratação de bens, serviços e obras poderão,
mediante prévia justificativa da autoridade competente, exigir que o contratado promova,
em favor de órgão ou entidade integrante da Administração Pública ou daqueles por ela
indicados a partir de processo isonômico, medidas de compensação comercial,
industrial ou tecnológica ou acesso a condições vantajosas de financiamento,
cumulativamente ou não, na forma estabelecida pelo Poder Executivo federal.
Será divulgada, em sítio eletrônico oficial, a cada exercício financeiro, a relação de
empresas favorecidas em decorrência do disposto no art. 26 da Lei 14.133/21 (margem
de preferência), com indicação do volume de recursos destinados a cada uma delas.

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DIREITO CIVIL
DICA 93
DOMICÍLIO
Moradia ≠ Residência ≠ Domicílio
A moradia é o local do repouso da pessoa (física), já quando se tem uma moradia
estável, teremos uma residência, ou seja, a residência é tipo de moradia. Já o
domicilio é o local em que a pessoa pode ser sujeito de direitos e deveres na ordem
privada, ou seja, o domicilio não deve ser, necessariamente, a residência do sujeito.
Qual o domicílio das pessoas sem moradia fixa (como por exemplo os artistas
circenses)? Fala o art. 73 do CC/02 “Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não
tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada”. Este domicílio se chama
domicílio eventual.
Lembrando que o ordenamento jurídico brasileiro não admite a inexistência de domicílio,
sendo assim, todas as pessoas (físicas ou jurídicas) devem ter domicílio.
Domicílio contratual: Ele também é chamado de domicilio de eleição ou de
convenção, está previsto no art. 78 do CC/02:

Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde se exercitem


e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes. Logo, a ideia do art. 327 do
CC/02 (que define que o pagamento de uma obrigação deve ser feito no domicílio do
devedor) é afastada aqui neste caso. O domicílio contratual é um tipo de domicílio
voluntário.

Domicílio necessário ou legal: É o mais comum de cair em provas, o domicilio


necessário é normatizado pelo Código Civil.

PESSOAS QUE DEVEM TER DOMICÍLIO NECESSÁRIO

PARA NÃO ESQUECER: SIM PM


Servidor público;
Incapaz
Marítimo; Preso;
Militar.

IMPORTANTE:
No caso do militar, quando o militar do Exército (ou seja, que atua em solo) é onde ele
servir.

Ex.: Um soldado do Exército que serve na Amazônia tem como domicilio a Amazônia.
Já no caso dos militares insulares (Aeronáutica e Marinha) o domicílio é na sede do
Comando, pois estes militares muitas vezes estão em missão fora do solo.

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47
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CUIDADO: O marítimo não é, necessariamente, só que trabalha no mar, mas pode ser
também uma pessoa que trabalha embarcada em uma embarcação fluvial (de rio).
Exemplo: Um condutor de balsa no Rio Amazonas. Neste caso, domicílio do marítimo será
o local da matrícula da embarcação. Ou seja, o condutor de uma balsa no Rio Amazonas,
cuja a balsa tenha matricula no Pará terá como domicilio o Pará.
IMPORTANTE: No caso do preso, o domicílio será o local em que ele cumpre a
pena (não se aplica ao preso temporário, em flagrante, preso por alimentos ou preso por
prisão preventiva). E no caso do preso que cumpre prisão domiciliar, a residência dele
terá dois domicílios: O necessário e o voluntário.
Existe um tipo de domicílio chamado diplomático (art. 77 CC/02), que é o tipo de
domicílio que apenas agentes diplomáticos podem ter, e isso ocorre quando o agente
diplomático é citado fora do brasil e alega que lá não é seu domicílio
(extraterritorialidade), podendo ser citado no DF ou no último domicílio que ele teve no
Brasil.

DICA 94
MORADA, RESIDÊNCIA E DOMICÍLIO

Morada: lugar temporário;

Residência: lugar habitual. A pessoa pode ter várias residências.

Domicílio: lugar com ânimo definitivo. Domicílio é a junção da residência


(habitualidade) + ânimo definitivo de se estabelecer naquele local.

ATENÇÃO!
Se a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, considerar-
se-á seu domicílio qualquer daquelas residências.
Art. 70, CC: O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua
residência com ânimo definitivo.
Art. 71, CC: Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde,
alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas.

DICA 95
BENS CORPÓREOS E INCORPÓREOS

Os bens corpóreos são os que têm existência física, material e podem ser tangidos
pelo homem, como uma casa, um automóvel...

Já os bens Incorpóreos são os que têm existência abstrata ou ideal, mas valor
econômico, como o direito autoral.

Bens móveis → Se transmite a propriedade com a tradição.


Bens imóveis → Se transmite a propriedade com escritura pública e registro no
Cartório de Registro de Imóveis (CC/02, arts. 108, 1.226 e 1.227).
Os direitos reais sobre imóveis são considerados como bens imóveis.

Bens públicos não são passíveis de usucapião.

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DICA 96
BENS

Conceito de Bens: são coisas imateriais ou materiais que possuem valor econômico e
podem ser objeto de uma relação jurídica.

Classificação dos Bens (os principais): infungíveis, fungíveis, móveis e imóveis.

Infungíveis: não podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e
quantidade.

Fungíveis: podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e


quantidade.

Imóveis: REGRA – solo e aquilo que nele se incorporar, natural ou artificialmente.

Móveis: REGRA – suscetíveis de movimento próprio ou de remoção por força alheia,


sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.

TOME NOTA!
Consideram-se móveis para os efeitos legais, as energias que tenham valor
econômico.

Veja como já foi cobrado em prova:

QUESTÃO, 2019.
A concessionária WYZ instalou algumas torres em imóvel concedido pelo Estado, as
quais têm utilidade de transmitir energia para as residências de determinado bairro.
A energia transmitida, segundo o que dispõe o Código Civil, é considerada
a) bem móvel.
b) bem dominical.
c) bem acessório às torres.
d) bem público de uso comum.
e) bem imóvel.
Gabarito: Letra a.

DICA 97
BENS

Classificação dos Bens (os principais): divisíveis, indivisíveis, singulares, coletivos,


principais e acessórios.

Divisíveis: podem ser fracionados sem alteração na sua substância, diminuição


considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam.

Indivisíveis: quando fracionados, perdem sua qualidade, sua essência.

Singulares: possuem existência independente e autônoma, em relação a outros


bens.
Coletivos: reunião de bens singulares, que pode dar origem a um novo bem.
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Principais: são autônomos, pois não dependem de outros bens.
Acessórios: dependem do principal para a sua existência.

TOME NOTA!
REGRA: o acessório segue o principal, exceto se houver previsão contratual diversa.
DICA 98
BENS

Benfeitorias: são obras realizadas pelo homem em um bem que existe, para fins de
conservação, melhoria ou embelezamento. Exemplo: colocar uma piscina no pátio de
casa é uma benfeitoria (voluptuária).

Espécies de Benfeitorias:

Voluptuárias: são voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o


uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor (art.
96, §1, CC).

Úteis: são úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem (art. 96, §2, CC).
Necessárias: são necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se
deteriore (art. 93, §3, CC).

ATENÇÃO!

Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao


bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor (art. 97, CC).

DICA 99
BEM DE FAMÍLIA
O bem de família surgiu com o intuito de proteger a habitação da família, que é
considerada pelo nosso ordenamento, como base da sociedade.

SÚMULA 486 DO STJ

É impenhorável o único imóvel residencial do devedor que esteja locado a


terceiros, desde que a renda obtida com a locação seja revertida para a
subsistência ou a moradia da sua família.

A dissolução da sociedade conjugal não extingue o bem de família.


DICA 100
BEM DE FAMÍLIA
De acordo com a Lei nº 8.009/90, o imóvel residencial do próprio casal ou da entidade
familiar é considerado um bem de família, não respondendo por qualquer tipo de
dívida contraída pelos cônjuges, pais ou filhos, que sejam proprietários e nele residam.
Há algumas exceções previstas em lei, como os créditos trabalhistas de
trabalhadores da própria residência.

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TOME NOTA:

O bem de família pode ser classificado em duas espécies:

Bem de família voluntário – instituído por ato de vontade da entidade familiar, por
meio da formalização do registro de imóveis, gerando dois efeitos: impenhorabilidade
limitada e inalienabilidade relativa (arts. 1711 a 1717 do CC).

Bem de família legal – refere-se à impenhorabilidade legal do bem de família


independentemente de inscrição voluntária em cartório (Lei nº 8.009/90).
DICA 101
BENS PÚBLICOS

A definição de Bens Públicos está expressamente prevista no artigo 98 do Código Civil,


nos seguintes termos:

Art. 98, CC. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas
jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a
pessoa a que pertencerem.

A supracitada definição corresponde aos bens de qualquer natureza, tais como:


imóveis;

móveis;

semoventes;
corpóreos;

incorpóreos;
créditos;

direitos;

ações.

Importante ressaltar que este conceito é ampliando pelo professor Celso Antônio
Bandeira de Mello, pois, ele ainda inclui como bens públicos os que estejam afetados à
prestação de um serviço público, ainda que seu proprietário possua personalidade
jurídica de direito privado.
A verdade é que há uma discordância sobre a conceituação de bens públicos, para boa
parte dos estudiosos do Direito Civil trata-se de um conceito legal (artigo 98 do Código
Civil), iniciado e findado no próprio texto de lei, já para os doutrinadores do Direito
Administrativo, como visto acima, há uma tentativa de aproximação do regime jurídico
dos bens públicos aos dos bens privados utilizados na prestação de serviços públicos.
Seriam os bens públicos por equiparação.
Visto isso, no momento de realização da prova do certame público, independente dessa
divergência aconselha-se que o candidato opte sempre pelo conceito legal (artigo
98 do Código Civil), caso a assertiva seja puramente sobre a conceituação do tema.

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DICA 102
BENS PÚBLICOS
São Bens Públicos (conforme o artigo 99 do Código Civil):

os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;

os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou


estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os
de suas autarquias;

os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público,


como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.

Titularidade dos bens: os bens públicos pertencem às pessoas jurídicas, e NÃO a


órgãos públicos.

Domínio público: é expressão que comporta vários sentidos. Pode se confundir com
propriedade pública, pode alcançar os bens inapropriáveis e pode tratar de todo o poder
do Estado sobre qualquer patrimônio. Nesse último sentido, o domínio público abrange
não só os bens das pessoas jurídicas de Direito Público Interno, mas, também, os
demais que, por sua utilidade coletiva, merecem a proteção do Direito Público, tais
como as águas, as jazidas e as florestas.

Domínio público eminente: é o poder político pelo qual o Estado submete à sua
vontade todas as coisas de seu território. É manifestação da soberania sobre quaisquer
bens, privados ou públicos. É um poder de dominação ou de regulamentação que o
Estado exerce sobre todos os bens ou coisas inapropriáveis de seu território.

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
DICA 103
DA COMPETÊNCIA – COMPETÊNCIA INTERNA
Em suma, a competência conceitua-se como sendo a capacidade de exercer a
jurisdição. Lembre-se que a jurisdição, como parcela do Poder Estatal, é a capacidade
genérica de dizer o direito de forma definitiva. Portanto, a competência retrata essa
capacidade aplicada ao caso concreto.

Ao passo que a Jurisdição é um poder nacional para dizer o direito, a competência é


o exercício dessa jurisdição no caso concreto. Assim, enquanto todos os magistrados
possuem jurisdição, apenas um deles será competente para resolver determinado caso.

Art. 42. As causas cíveis serão processadas e decididas pelo juiz nos limites de sua
competência, ressalvado às partes o direito de instituir juízo arbitral, na forma da lei;

É importante registrar que o CPC é diretamente aplicável às causas cíveis que


tramitam perante a justiça comum, estadual ou federal e, aplica-se de forma subsidiária
às causas que tramitam perante a justiça especializada, que envolve a justiça eleitoral, do
trabalho e a militar.

Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da


petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito
ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a
competência absoluta;

No art. 43 temos a tratativa do momento em que é determinada a competência, ou seja,


o exato instante em que a jurisdição brasileira deixa de ser genérica, para atribuir
especificamente a competência a determinado magistrado.
DICA 104
CLASSIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA

Vejamos algumas classificações de competência importante para sua prova:

Competência de Foro: O foro deve ser compreendido como o local em que o


magistrado exerce sua competência;

Competência do Juízo: Uma vez definido o local, deve-se perquirir qual é o Juízo
competente, ou seja, qual, entre os vários juízes do foro, é concretamente competente;

Competência Originária: Define o órgão jurisdicional para conhecer o processo pela


primeira vez;
Competência Derivada: Estabelece a responsabilidade de julgar recursos a partir da
decisão do órgão originariamente competente;
Competência Absoluta: Estabelece regras de competência a partir do interesse
público;

Competência Relativa: Fixa regras de competência a partir do interesse particular.

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DICA 105
MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA
Sabe-se que a competência é fixada no momento em que a petição inicial é registrada ou
distribuída.
Uma vez fixada, somente em situações excepcionais seria possível modificá-la. Dito de
outro modo, em casos específicos admite-se que um determinado juízo, que não é
originariamente competente, passe a ter competência para julgar aquela ação.

Logo, a modificação da competência poderá se dar em razão da:


Supressão do órgão judiciário;

Alteração da competência absoluta;

Conexão (art. 55 do CPC) e;

Continência (arts. 56 e 57, ambos do CPC);


DICA 106
MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA

Vejamos algumas formas de modificação da competência, as quais são de extrema


relevância para a sua prova:

Supressão do Órgão Judiciário: é o que ocorre quando a lei de organização


judiciária de determinado Estado decide pela agregação de determinada vara. De duas
varas cíveis, decide-se reduzir para apenas uma. Se isso ocorrer, as ações ajuizadas
perante a vara agregada passam automaticamente para a vara que se manteve. Há,
portanto, modificação de competência já fixada;

Alteração da Competência Absoluta: é a hipótese de criação de varas


especializadas em determinada Comarca. Isso fará com que os processos especializados
sejam concentrados na nova Vara criada, que receberá os processos em cursos e
remeterá os processos que não são da matéria específica às demais varas;

Art. 54. A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela


continência, observado o disposto nesta Seção;

Não haverá modificação da competência por conexão ou continência se fixada em razão


de regra absoluta;
Na conexão e na continência ocorre uma identidade parcial dos elementos da ação.
Se em determinado processo forem identificadas as mesmas partes, a mesma causa de
pedir e o mesmo pedido haverá identidade na demanda (identidade total) e ocorrerá a
litispendência, que leva à extinção do processo sem julgamento do mérito dos processos
litispendentes;

Conexão ocorre quando forem comuns o pedido ou a causa de pedir. Contudo, para
que seja verificada, não é necessário que haja correspondência exata desses elementos,
interessando a identidade da relação material e a conveniência da reunião dos processos a
serem julgados conjuntamente;

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A Continência, por sua vez, assemelha-se à litispendência, pela proximidade dos


elementos da ação. Na continência, há identidade entre as partes e a causa de pedir, mas
o pedido de uma é mais amplo que o da outra.
DICA 107
INCOMPETÊNCIA

Vejamos alguns dispositivos importantes para a sua prova:

Art. 62. A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função


é inderrogável por convenção das partes;

Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território;

Logo, quando a competência for fixada a partir da matéria, da pessoa ou da função, trata-
se de critério absoluto, que não admite flexibilização por vontade das partes.
Já, se a competência for fixada em razão do valor ou do território, como o foi em razão de
interesses privados, haverá maleabilidade, ou seja, o critério é relativo.
PARA FIXAR:

Regras absolutas de competência são fixadas a partir: da matéria, da pessoa ou da


função;

Regras relativas de competência são fixadas a partir: do território e do valor da


causa;
DICA 108
COMPETÊNCIA ABSOLUTA E RELATIVA
Há a competência absoluta e a relativa, vejamos alguns pontos importantes sobre
cada uma:

COMPETÊNCIA ABSOLUTA:

→ Estabelece regras de competência a partir do interesse público;


→ Pode ser reconhecida de ofício;
→ Não pode ser alterada por vontade das partes;
→ Não admite conexão e continência;
→ Abrange as regras e a fixação das competências material, em razão da pessoa e
funcional;
→ Se a ação transitar em julgado é cabível a ação rescisória;
→ Alteração superveniente da competência implica o deslocamento da causa para
outro juízo.

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COMPETÊNCIA RELATIVA:

→ Fixa regras de competência a partir do interesse Particular;


→ Não pode ser reconhecida de ofício;
→ As partes têm a prerrogativa de eleger o foro;
→ Admite conexão e continência;
→ Não cabe ação rescisória, pois há prorrogação da competência;
→ Mudança superveniente de competência relativa não produz efeitos.

DICA 109
CONFLITO DE COMPETÊNCIA
O conflito de competência envolve o fato de dois ou mais juízes se darem por
competentes (conflito positivo) ou incompetentes (conflito negativo) para o julgamento
da mesma causa ou de mais uma causa.
Importante destacar que não há conflito de competência se, entre os juízes, houver
diferença hierárquica.

Art. 66. Há conflito de competência quando:


I. 2 (dois) ou mais juízes se declaram competentes;
II. 2 (dois) ou mais juízes se consideram incompetentes, atribuindo um ao outro a
competência;
III. entre 2 (dois) ou mais juízes surge controvérsia acerca da reunião ou separação de
processos.
Parágrafo único. O juiz que não acolher a competência declinada deverá suscitar o
conflito, salvo se a atribuir a outro juízo.

DICA 110
CONFLITO DE COMPETÊNCIA
Importante registrar que o julgamento do conflito de competência se dá pela autoridade
judiciária superior aos dois ou mais juízes conflitantes e, pelas regras do CPC, será sempre
um tribunal;

Ex.: Se o conflito for entre dois juízes do mesmo estado → competência do TJ;
Se o conflito for entre dois juízes Federais do mesmo TRF → competência do TRF;
Se o conflito for entre juízes estaduais de Estados distintos → competência do STJ;

Se o conflito for entre juízes federais de Estados distintos → competência do STJ;


Se for conflito entre juiz estadual e juiz federal → competência do STJ;

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DICA 111
COOPERAÇÃO NACIONAL
A cooperação decorre da ausência de competência do juízo responsável pela causa.
Nesses casos a transposição dessa dificuldade pode requerer solicitação de auxílio ao juízo
que detém competência efetiva.
O CPC prevê que os órgãos jurisdicionais devem atuar em cooperação recíproca na
condução da atividade jurisdicional, independentemente da instância ou se justiça
estadual ou federal.

Art. 67. Aos órgãos do Poder Judiciário, estadual ou federal, especializado ou comum,
em todas as instâncias e graus de jurisdição, inclusive aos tribunais superiores,
incumbe o dever de recíproca cooperação, por meio de seus magistrados e servidores;

Art. 68. Os juízos poderão formular entre si pedido de cooperação para prática de
qualquer ato processual.

DICA 112
COOPERAÇÃO NACIONAL

É importante destacar o art. 69 do CPC, vejamos:

Art. 69. O pedido de cooperação jurisdicional deve ser prontamente atendido, prescinde
de forma específica e pode ser executado como:
I - auxílio direto;
II - reunião ou apensamento de processos;
III - prestação de informações;
IV - atos concertados entre os juízes cooperantes.

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DIREITO TRIBUTÁRIO
DICA 113
TAXAS
As taxas (art. 145, II, da CF e art. 77 do CTN) são tributos vinculados cobrados com o
intuito de remunerar atividades estatais específicas relativas ao contribuinte. O fato
gerador da taxa está vinculado a uma atividade estatal relacionada ao contribuinte.
IMPORTANTE:
As taxas são criadas e disciplinadas sempre por meio de lei ordinária editada pela
entidade federativa competente para sua instituição. Em âmbito federal, admite-se
também a criação de taxa via medida provisória, na medida que as MPs têm a mesma
potencialidade jurídica das leis ordinárias.
DICA 114
TAXAS DE SERVIÇO
As taxas de serviço são cobradas quando o Estado presta ao contribuinte, ou disponibiliza,
um serviço público específico e divisível uti singuli. As chamadas taxas de serviço são
arrecadadas para que o contribuinte beneficiado retribua o custo da prestação. Todavia, a
Constituição Federal e o CTN não permitem a cobrança de taxa para remunerar todo e
qualquer serviço público. Exige-se que o serviço seja “específico e divisível”, conforme
afirma o art. 145, II, da CF/88.
DICA 115
EXEMPLOS DE TAXAS DE SERVIÇO

São exemplos de taxas de serviço atualmente cobradas no Brasil:

→ taxa de fornecimento de água;


→ taxa judiciária;
→ emolumentos pagos aos cartórios extrajudiciais;
→ pedágio em rodovia explorada diretamente pelo Poder Público;
→ taxa do lixo.
IMPORTANTE: Os emolumentos cobrados pelos serviços notariais e de registro têm
natureza de taxa.
DICA 116
TAXAS DE POLÍCIA

As taxas de polícia são cobradas para remunerar o exercício efetivo do poder de polícia
pelo Estado. São exemplos de taxas de polícia:

taxa de fiscalização ambiental

taxa de licenciamento de veículo;

taxa de licenciamento de elevadores;

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taxa para obtenção de alvarás;

taxa para expedição de certidões e atestados;

taxa para expedição de passaporte;

taxa para renovação da licença de funcionamento do estabelecimento comercial.


DICA 117
STF VALIDA CRIAÇÃO DE TAXAS DE FISCALIZAÇÃO DA MINERAÇÃO POR LEIS
ESTADUAIS
NOVIDADE QUENTINHA PARA VOCÊ:
O STF recentemente validou a criação de taxas de fiscalização da mineração por leis
estaduais. A Corte entendeu que os tributos são proporcionais ao faturamento das
mineradoras, ao grau de poluição potencial ou à utilização de recursos naturais.
Os estados de Minas Gerais, Pará e Amapá e a Assembleia Legislativa dos estados
defenderam a constitucionalidade da taxa. Para eles, o artigo 23, XI, da CF/88 afirma que
é competência comum da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios
registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de
recursos hídricos e minerais em seus territórios.

DICA 118
TAXA SELIC
A Selic é a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento de política
monetária utilizado pelo Banco Central (BC) para controlar a inflação. Ela influencia todas
as taxas de juros do país, como as taxas de juros dos empréstimos, dos financiamentos e
das aplicações financeiras.
A taxa Selic refere-se à taxa de juros apurada nas operações de empréstimos de um dia
entre as instituições financeiras que utilizam títulos públicos federais como garantia. O BC
opera no mercado de títulos públicos para que a taxa Selic efetiva esteja em linha com a
meta da Selic definida na reunião do Comitê de Política Monetária do BC (Copom).

Origem da Taxa Selic: O nome da taxa Selic vem da sigla do Sistema Especial de
Liquidação e de Custódia. Tal sistema é uma infraestrutura do mercado financeiro
administrada pelo BC. Nele são transacionados títulos públicos federais. A taxa média
ajustada dos financiamentos diários apurados nesse sistema corresponde à taxa Selic.

Um exemplo da aplicação desta taxa: Quando a Taxa Selic sobe, os juros cobrados
nos financiamentos, empréstimos e cartões de crédito ficam mais altos.
DICA 119
IMPOSTOS

Segundo o art. 16 do CTN:

art. 16 do CTN “imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte”.

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Ao contrário das taxas e contribuições de melhoria, que remuneram atuações do Estado,
os impostos não possuem um caráter retributivo, e sim contributivo, sendo utilizados para
obter recursos voltados ao custeio de serviços públicos uti universi e outras despesas
estatais gerais.
DICA 120
COMPETÊNCIA PARA CRIAR OS IMPOSTOS
A competência para a instituição dos impostos é atribuída em caráter privativo a cada
uma das entidades federativas, segundo as regras dos artigos 153, 155 e 156 da CF/88.
A natureza privativa é marcada também pela chamada indelegabilidade, impedindo
que uma pessoa política faça a transferência a qualquer outra entidade da competência
para instituir impostos, segundo o disposto art. 7º do Código Tributário Nacional.

Recomendamos também a leitura do artigo seguinte:

Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os


seguintes tributos:
I — impostos; (...)

DICA 121
IMPOSTOS RESIDUAIS

Conforme normatiza o art. 154, I, da CF/88:

Art. 154, I, da CF/88: A União poderá instituir:


I – mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que
sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos
discriminados nesta Constituição.

Trata-se da chamada competência impositiva residual, ou seja, da competência para a


instituição de novos impostos ainda não previstos entre os atualmente atribuídos pela
CF/88 às entidades federativas.

Sendo assim, a criação de novos impostos deverá observar as seguintes regras:


Instituição pela União;

Por meio de lei complementar (sendo vedada edição de medida provisória com esse
fim);

Devem ser não cumulativos;

Não podem bitributar (é proibido que tenham base de cálculo ou fato gerador de
impostos já existentes).
Importante destacar que as regras para criação de novos impostos são dirigidas ao
legislador, não se aplicando a tributos criados pelo poder constituinte derivado (STF,
ADIn 936/DF). Sendo assim, a não cumulatividade e a proibição de bis in idem deixam
de ser observadas quando a criação do imposto ocorrer por meio de emenda
constitucional.
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DICA 122
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA E COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA

Não são sinônimos, são institutos diferentes, conforme podemos ver a seguir:

Competência Legislativa: É o poder de instituir tributo.

Competência Tributária: É a competência para legislar sobre o Direito Tributário.

O que é competência cumulativa?


A competência cumulativa ou múltipla (art. 147 da CF) diz respeito ao poder legiferante
de instituição de impostos pela União, nos Territórios Federais, e pelo Distrito Federal,
em sua base territorial. O dispositivo faz menção tão somente a impostos, porém é
comando plenamente aplicável às demais espécies tributárias.
Dessa maneira, a União pode instituir os impostos federais e estaduais nos Territórios em
qualquer caso. Os impostos municipais, por seu turno, serão de competência da União,
respeitada a inexistência de municípios no Território. Por outro lado, se nos Territórios
houver municípios, serão de responsabilidade dos próprios municípios os impostos
municipais respectivos. Quanto ao Distrito Federal, o art. 147 da CF, em sua parte final,
dispõe que a ele competem os impostos municipais. Sendo assim, competem ao Distrito
Federal os impostos municipais e os estaduais (art. 155, caput, da CF), uma vez que o
Distrito Federal não pode ser dividido em municípios (art. 32 da CF).

DICA 123
IMPOSTO DE RENDA- INTRODUÇÃO
Normatiza o art. 153, III, da CF que compete à União instituir Imposto sobre a Renda e
proventos de qualquer natureza. Atualmente, o Imposto de Renda rege-se pelas Leis nº
8.034/90, 8.166/91, 8.848/94, 8.849/94, 8.981/95, 9.316/96, 9.430/96, 9.532/97 e
especialmente pelo Decreto nº 3.000/99 (Regulamento do Imposto de Renda – RIR).
A função do Imposto sobre a Renda é fiscal, isto é, meramente arrecadatória, na medida
em que finalidade precípua que justifica sua cobrança consiste na pura obtenção de
recursos para custeio dos gastos gerais do Estado.
O fato gerador do IR é “a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica”. Em
resumo: O fato gerador do Imposto de Renda é qualquer acréscimo patrimonial observado
em determinado período de tempo.

A venda não lucrativa de um bem gera a incidência de imposto de renda?


Não, como o fato gerador do Imposto de Renda é o acréscimo patrimonial, não há falar-
se em incidência do imposto se, pela venda não lucrativa de um bem, o contribuinte
apenas substituiu o patrimônio imobilizado por dinheiro.
DICA 124
IMPOSTO DE RENDA E PATRIMÔNIO
Patrimônio o conjunto de direitos e obrigações de titularidade de uma pessoa, formado
pelos seus direitos reais ( ex.: propriedade), direitos pessoais ( ex.: os direitos de
crédito) e os direitos intelectuais ( ex.: direito autoral, de imagem).

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Sobre o imposto de renda e ações: O STJ manteve o imposto de renda sobre
vendas de ações por herdeiros, negando assim a isenção de imposto de renda a herdeiros
sobre ganhos obtidos em vendas de ações do titular.
DICA 125
IMPOSTO DE RENDA- CONTRIBUINTES
São contribuintes do Imposto de Renda todas as pessoas físicas ou jurídicas sujeitas a
acréscimo patrimonial. Nesse sentido, normatiza o art. 45 do CTN:

Art. 45. Contribuinte do imposto é o titular da disponibilidade a que se refere o artigo


43, sem prejuízo de atribuir a lei essa condição ao possuidor, a qualquer título, dos
bens produtores de renda ou dos proventos tributáveis.
Parágrafo único. A lei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou dos proventos
tributáveis a condição de responsável pelo imposto cuja retenção e recolhimento lhe
caibam.

Pessoa Física: Na tributação de pessoas físicas, a lei elegeu a disponibilidade


econômica como fato gerador e não a jurídica. Para que o trabalhador pague IR sobre
salário, não basta ter trabalhado e a ele ter direito, é necessário efetivamente ter
recebido. Seria absurdo, por exemplo, o trabalhador não receber e ainda pagar IR.

Pessoa Jurídica: Não é preciso que uma empresa receba o preço de uma venda para
que seu valor integre a renda tributável. Neste caso, não houve ainda a disponibilidade
econômica, mas ele já conta com a disponibilidade jurídica. Pagará o IR, mesmo que o
comprado fosse inadimplente, sendo necessário para se evitar fraudes.

OBS.: Valores recebidos à título de indenização não sofrem incidência do Imposto de


Renda.

Ex.: Férias remuneradas, 1/3 de férias, indenização por danos morais e etc.
DICA 126
SÚMULAS IMPORTANTES SOBRE IR – STJ

SÚMULA 125, STJ:

O pagamento de férias não gozadas por necessidade do serviço não está sujeito à
incidência do imposto de renda.

SÚMULA 136, STJ:

O pagamento de licença-prêmio não gozada por necessidade do serviço não está sujeito
ao imposto de renda.

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Memorex TRE – AJAJ – Rodada 02

SÚMULA 262, STJ:

Incide o imposto de renda sobre o resultado das aplicações financeiras realizadas pelas
cooperativas.

SÚMULA 394, STJ:

É admissível, em embargos à execução, compensar os valores de imposto de renda


retidos indevidamente na fonte com os valores restituídos apurados na declaração
anual.

SÚMULA 447, STJ:

Os Estados e o Distrito Federal são partes legítimas na ação de restituição de imposto


de renda retido na fonte proposta por seus servidores.

SÚMULA 463, STJ:

Incide imposto de renda sobre os valores percebidos a título de indenização por horas
extraordinárias trabalhadas, ainda que decorrentes de acordo coletivo.

SÚMULA 498, STJ:

Não incide imposto de renda sobre a indenização por danos morais.

DICA 127
SÚMULAS IMPORTANTES SOBRE IR- STF

SÚMULA 586, STF


Incide Imposto de Renda sobre os juros remetidos para o exterior, com base em contrato
de mútuo.

SÚMULA 587, STF

Incide Imposto de Renda sobre o pagamento de serviços técnicos contratados no exteriore


prestados no Brasil.

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Memorex TRE – AJAJ – Rodada 02
DICA BÔNUS
NÃO HÁ INCIDÊNCIA DE IMPOSTO DE RENDA SOBRE JUROS DE MORA NO
PAGAMENTO DE VERBA ALIMENTAR A PESSOA FÍSICA
A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) fixou 3 novas teses de direito
tributário, com a finalidade de compatibilizar entendimentos anteriores do colegiado –
firmados em repetitivos e outros precedentes – com a decisão do Supremo Tribunal
Federal (STF) no Tema 808 da repercussão geral, segundo a qual "não incide Imposto de
Renda (IR) sobre os juros de mora devidos pelo atraso no pagamento de remuneração por
exercício de emprego, cargo ou função".

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Memorex TRE – AJAJ – Rodada 02
DIREITO PENAL
DICA 128
APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO - PENA CUMPRIDA NO ESTRANGEIRO

A pena cumprida no estrangeiro influencia na condenação brasileira pelo mesmo crime


da seguinte forma:

Quando as penas são diversas, atenua a pena imposta no Brasil;

Quando são idênticas nela é computada;

DICA 129

EFICÁCIA DA SENTENÇA ESTRANGEIRA

Se a lei brasileira e estrangeira produz as MESMAS consequências, a sentença


estrangeira poderá ser homologada para:

obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis (aqui


depende de pedido da parte interessada);

sujeitá-lo a medida de segurança (deve haver tratado de extradição ou requisição do


Ministro da Justiça).

DICA 130
CLASSIFICAÇÃO DAS INFRAÇÕES PENAIS

Sintetizando:

RECLUSÃO

CRIMES

DETENÇÃO
INFRAÇÕES
PENAIS

CONTRAVENÇÕES
PRISÃO SIMPLES
("crime anão")

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Memorex TRE – AJAJ – Rodada 02

CRIME CONTRAVENÇÃO

PENA MÁXIMA 40 anos 5 anos

PENA reclusão ou detenção prisão simples

NÃO PODE ser aplicada PODE ser aplicada


MULTA
isoladamente isoladamente

TENTATIVA Cabe NÃO cabe

Todas APENAS pública


AÇÃO PENAL
incondicionada

DICA 131
CRIME E CONTRAVENÇÃO

CRIME:

Infração penal a que a lei comina pena de reclusão ou detenção;

Previsto no código penal e legislação extravagante;

Pena de multa não pode ser aplicada isoladamente;

É possível a tentativa;

Todos os tipos de ação penal.

CONTRAVENÇÃO:

Infração penal a que a lei comina pena de prisão simples;

Lei das Contravenções Penais (Dec-Lei nº 3.688/41);

Pena de multa pode ser aplicada isoladamente;

Não cabe tentativa;

Somente ação penal pública incondicionada.

DICA 132
TEORIA GERAL DO CRIME
Conceito tripartido de crime: O conceito de crime adotado no Brasil é dividido em
três elementos:

Fato típico;

Ilicitude ou antijuridicidade;

Culpabilidade;

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Memorex TRE – AJAJ – Rodada 02
A teoria adotada é a finalista, pois a conduta do agente deve ser dirigida a um fim
(DOLO ou CULPA).

ATENÇÃO!

A punibilidade não integra o conceito de crime, pois é apenas pressuposto para


aplicação da pena.

DICA 133

FATO TÍPICO
O fato típico é composto por:

Conduta: ação ou omissão (dolosa ou culposa)

Resultado: jurídico ou naturalístico

Nexo de causalidade: relação de causa + consequência entre ação/omissão e


resultado;

Tipicidade (adequação formal e material à lei)

MACETE: CRENTI

C CONDUTA

R
RESULTADO
E

N NEXO CAUSAL

T
TIPICIDADE
I

DICA 134

EXCLUDENTES DO FATO TÍPICO


Caso fortuito;

Coação física irresistível; (é diferente de coação moral irresistível, que é excludente de


culpabilidade);

Estado de inconsciência;

Erro de tipo inevitável (escusável ou desculpável);

Movimentos reflexos;

Princípio da Insignificância.
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Memorex TRE – AJAJ – Rodada 02
DICA 135

DOLO

Conceito: Consiste na vontade de concretizar os elementos objetivos do tipo.

Considera-se o crime doloso, quando o agente quis o resultado (teoria da vontade -


dolo direto) ou assumiu o risco de produzi-lo (teoria do consentimento - dolo
eventual)

Teorias do dolo:

Teoria da representação ou possibilidade: dolo é o ato de prever o resultado.

Teoria do consentimento (assentimento): dolo é consentir com a produção do


resultado

Teoria da vontade: dolo é querer o resultado

DICA 136

ABRANGÊNCIA DO DOLO (DIRETO)

O agente quis o resultado pretendido (dolo de 1° grau)

Abrange os meios escolhidos (dolo de 1° grau)

Ex.: veneno, arma, etc.

Consequências secundárias (dolo de 2° grau)

Ex.: sujeito atira no coração de irmãos grudados.

Ex.: Pablo Escobar quando colocou uma bomba no avião para matar um sujeito. Neste
caso, Escobar responderá por dolo direito.

ESPÉCIES DE DOLO:

DOLO DIRETO: DOLO INDIRETO:

Dolo de 1° grau: resultado pretendido e Eventual: agente assumiu o risco de


os meios escolhidos. produzir o resultado
Dolo de 2° grau: consequências Alternativo: o agente prevê a pluralidade
necessárias inerentes aos meiosescolhidos. de resultados e dirige sua conduta na
busca de realizar qualquer um deles
indistintamente.
Ex.: o agente quer praticar lesão
corporal ou homicídio indistintamente. O
agente tem a mesma vontade de um ou
de outro.

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DICA 137

CULPA

Excepcionalidade do Crime Culposo: Como regra, apenas se pune a conduta a título


de dolo, salvo quando a lei expressamente tipificar a forma culposa.

Conceito: Imprudência, negligência ou imperícia (modalidades de culpa).

Imprudência: culpa que se manifesta de forma ativa, por meio de um ato


descuidado, distração.
Imprudência “vem a ser uma atitude positiva, um agir sem a cautela, a atenção
necessária, com precipitação, afoitamento ou inconsideração. É a conduta arriscada,
perigosa, impulsiva”.

Negligência: culpa que se manifesta de forma omissiva. Deixar de adotar alguma


cautela, medida de precaução. Desleixo, a desatenção ou a displicência.
Negligência como “a inatividade (forma omissiva), a inércia do agente que, podendo
agir para não causar ou evitar o resultado lesivo, não o faz por preguiça, desleixo,
desatenção ou displicência”.

Imperícia: culpa que se manifesta no desempenho de uma profissão.

LEMBRE-SE:

IMPRUDÊNCIA Atuação positiva – agir sem cautela

NEGLIGÊNCIA Forma omissiva – deixa de adotar alguma cautela

IMPERÍCIA Culpa - profissão

TOME NOTA: É necessário no crime culposo, além do dever objetivo de cuidado


(imprudência, negligência e imperícia), os seguintes elementos:

Conduta voluntária;

Resultado Involuntário (mas previsível);

Nexo Causal e Tipicidade;

Previsibilidade objetiva (padrão mediano);

Ausência de Previsão;
Ausente esses elementos, o fato será atípico.

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Memorex TRE – AJAJ – Rodada 02
PROCESSO PENAL

DICA 138
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL: PROCEDIMENTO INDISPONÍVEL
O Delegado NUNCA poderá arquivar o inquérito policial. Toda investigação iniciada deve
ser concluída e encaminhada a autoridade competente.

MEMORIZE!

DELEGADO JAMAIS PODERÁ ARQUIVAR O INQUÉRITO


POLICIAL

DICA 139
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL: PROCEDIMENTO DISPENSÁVEL
A deflagração do processo independe da prévia elaboração do inquérito policial (posição
majoritária)
FIQUE ATENTO (A)! Inquérito indispensável (posição minoritária).
Para Henrique Hoffmann, em posição minoritária, o inquérito é indispensável para a
deflagração do processo; afinal, é possível que o inquérito seja a fonte de fornecimento de
justa causa para o ajuizamento da ação penal.
DICA 140
INQUÉRITO POLICIAL CONTRA POLICIAIS PELO USO DAS FORÇAS LETAIS
INOVAÇÃO IMPORTANTE TRAZIDA PELO PACOTE ANTICRIME!
Em regra geral, não se observa o contraditório pleno e efetivo no inquérito policial, dada a
sua estrutura inquisitorial e sigilosa. Mas os advogados possuem acesso às diligências que
já tiverem sido documentadas, conforme súmula vinculante n. 14.
Uma novidade trazida pelo Pacote Anticrime e que de certa forma excepciona essa
restrição ao contraditório no âmbito do inquérito policial está prevista no art. 14-A do CPP.
No caso em que os policiais forem investigados por algum fato relacionado ao uso da
força letal (ex.: arma de fogo), praticados no exercício profissional. O policial investigado
deverá ser citado sobre a instauração do inquérito, podendo constituir defensor no
prazo de 48 horas, contados do recebimento da citação.
Se o prazo de 48 horas acabar sem que o policial tenha constituído advogado, deverá ser
intimado a instituição a que estava vinculado na época dos fatos para que, no
prazo de 48 horas, indique algum defensor para a representação do investigado.
A previsão de citação do investigado acerca da instauração do inquérito é uma novidade, e
que só existe nos crimes em que os policiais forem investigados pelo uso das forças letais.
É uma novidade que de certa forma “fortalece” o contraditório, mesmo em sede de
investigação criminal!

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DICA 141
VALOR PROBATÓRIO DO INQUÉRITO POLICIAL
Não deixe de fazer a redação literal do art. 155 do CPP!!

FORÇA PROBATÓRIA DO INQUÉRITO POLICIAL (ARTIGO 155, CPP)

Sozinhas, NÃO podem


ELEMENTOS DE São colhidos no inquérito policial, sem
embasar a
INFORMAÇÃO a observância do contraditório.
condenação.

São aquelas produzidas sob o São elas que servem


PROVAS contraditório judicial, durante a para embasar a
instrução criminal. condenação.

São eles:
São elementos que, embora colhidos provas cautelares;
ELEMENTOS
durante o inquérito policial, podem provas não
MIGRATÓRIOS
servir para embasar a condenação. repetíveis;
provas antecipadas.

Somente será considerado prova no âmbito do processo penal aquela submetida ao


contraditório judicial, ou seja, aquela colhida durante a instrução processual penal (fase
processual), em que seja dada oportunidade para a parte acusada se manifestar
previamente, participando ativamente da sua colheita.
No âmbito do inquérito policial, isso não ocorre. O Inquérito Policial é um
procedimento sigiloso, em que não se observa o contraditório prévio. A parte
investigada não participa das investigações, não participa da colheita da prova.
Quando o juiz for analisar se condena ou não o acusado, ele deverá observar as provas
produzidas em contraditório judicial. Ele não poderá, como regra, fundamentar a sua
condenação exclusivamente nos elementos informativos colhidos durante a investigação.
Na verdade, esses elementos colhidos pela entidade responsável, durante o inquérito
policial, tecnicamente sequer são chamados de provas, mas sim elementos de
informação. Isso porque tais elementos não se prestam como provas, mas sim como
elemento para que o Ministério Público faça a acusação, bem como para direcionar os
rumos da instrução criminal, na fase processual.
Mas, existem algumas exceções, isso porque muitas vezes os elementos de informação
colhidos na delegacia não poderão ser repetidos durante a instrução criminal, seja
porque às vezes os vestígios desaparecem, ou ainda porque a testemunha que prestou o
depoimento morreu, etc.
É por isso que a lei ressalva as provas cautelares, não repetíveis e as antecipadas.

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Memorex TRE – AJAJ – Rodada 02
Essas provas cautelares, não repetíveis e antecipadas são chamadas de elementos
migratórios. Recebem esse nome porque, embora colhidas durante o inquérito policial,
elas podem, sozinhas, embasar a condenação do juiz.
Prova irrepetível, por exemplo, é aquela que simplesmente desapareceu, como a
constatação da embriaguez, a constatação dos hematomas de uma mulher agredida, etc.
Já Prova cautelar são aquelas pautadas pela necessidade e urgência, como o caso de
uma interceptação telefônica. Não há como o juiz repetir essa prova, concordam?
DICA 142
DURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL - RÉU PRESO
IMPORTANTE!!!!
A duração do inquérito variará de acordo com o réu estar preso ou não. Além disso, há
uma regra específica na Lei de Drogas que é importante vocês saberem!

DURAÇÃO DO INQUÉRITO PARA RÉU PRESO:


Primeiramente, em se tratando de réu preso, o CPP prevê o prazo de 10 dias, contados
do dia em que se executar a ordem de prisão.
Porém, o Pacote Anticrime passou a prever a possibilidade de o juiz prorrogar o
inquérito em se tratando de réu preso, por uma única vez, por mais 15 dias. Se, após
essa prorrogação, ainda não houver concluído as investigações, a prisão deverá ser
imediatamente relaxada.

PORTANTO, PARA RÉU PRESO = 10 DIAS, PRORROGÁVEIS POR MAIS 15 DIAS.

DICA 143
DURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL - RÉU SOLTO

DURAÇÃO DO INQUÉRITO PARA RÉU SOLTO:

Além disso, em se tratando de réu solto, a duração do inquérito é de 30 dias, podendo


haver sucessivas prorrogações na hipótese de o caso ser de difícil elucidação (na prática,
quase todo inquérito com réu solto extrapola esse prazo).

DICA 144
DURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL - LEI DE DROGAS

DURAÇÃO DO INQUÉRITO NA LEI DE DROGAS:

Há uma outra regra específica na Lei de Drogas que é importante você memorize.
Em se tratando de inquérito para apurar os crimes previstos na lei de drogas
(exemplo: tráfico de entorpecentes), a duração do inquérito é de 30 dias para o réu
preso, e de 90 dias para o réu solto, podendo, em ambos os casos, ser duplicados pelo
juiz (ver artigo 51 da Lei de Drogas).

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PRAZO DE RÉU PRESO RÉU SOLTO


CONCLUSÃO

Regra do CPP Prazo de 10 dias, contados da data em que se Prazo de 30 dias,


executar a ordem de prisão (art. 10, CPP) podendo ser
prorrogado.
O pacote anticrime passou a prever a
possibilidade de prorrogação, por uma única
vez, por mais 15 dias. (art. 3º-B, CPP)

Lei de Drogas 30 dias (podendo ser duplicado) 90 dias (podendo


ser duplicado)

ATENÇÃO!

Para complementar os estudos, vale a leitura do art. 155 do CPP!!


Para complementar as informações dessa dica, façam a leitura literal de três
artigos:
artigo 10 do CPP;

art. 3º-B, §2º, do CPP;

art. 51 da Lei de Drogas (Lei 11.343/2006).

DICA 145
FORMAS DE INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL

INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL (ART. 5º, CPP)

Possibilidade de
Espécie de crimes Observação
instaurar

De ofício, pelo A peça inaugural do inquérito será


delegado uma portaria.

Nos crimes de ação


penal pública Mediante Se o requerimento de instauração
INCONDICIONADA requerimento do for indeferido, cabe recurso ao
ofendido Chefe de Polícia.

Ver artigo 5º, CPP Por requisição da Prevalece que a autoridade


autoridade judiciária judiciária requisitar a instauraçãode
e do Ministério inquérito policial ofende o Sistema
Público Acusatório.

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Memorex TRE – AJAJ – Rodada 02

INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL (ART. 5º, CPP)

Possibilidade de
Espécie de crimes Observação
instaurar

Notícia de qualquer É o que chamamos de delatio


Nos crimes de ação pessoa do povo criminis. Na prática, exercida
penal pública através do B.O.
INCONDICIONADA
Ver artigo 5º, CPP

DICA 146
ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL
O pacote anticrime trouxe significativa alterações no que diz respeito à forma de
arquivamento do inquérito policial, com as modificações no art. 28 do CPP.
Por força do caráter indisponível do inquérito, a autoridade policial não pode mandar
arquivar os autos do inquérito. Além disso, o arquivamento também não pode ser
determinado de ofício pelo juiz.
Na verdade, incumbe exclusivamente ao MP avaliar se os elementos de informação
colhidos são ou não suficientes para o oferecimento da denúncia.
O Pacote Anticrime implementou uma mudança na forma de arquivamento do inquérito
policial, implementando o que se chama de arquivamento no âmbito do Ministério
Público.
Agora, caso o MP entenda que é caso de arquivamento do inquérito, deverá realizar a
comunicação à vítima, ao investigado e à autoridade policial. Ainda, deverá encaminhar os
autos para a instância de Revisão Ministerial, para fins de HOMOLOGAÇÃO.

ATENÇÃO!!

Quem homologa o arquivamento do inquérito é um “órgão superior” do próprio


Ministério Público, chamado de instância de Revisão Ministerial.
Antes do pacote anticrime, o MP pedia o arquivamento do inquérito ao juiz, que deveria
homologar o arquivamento. No entanto, caso o juiz discordasse do MP e entendesse
que NÃO seria caso de arquivamento, deveria remeter os autos ao Procurador Geral de
Justiça.
VEJA, PORTANTO, A NOVIDADE: agora o arquivamento não passa pelo crivo
do juiz. O juiz não decide mais se vai ou não arquivar. Se o MP entender que é caso de
arquivamento, faz as comunicações e submete à instância de Revisão Ministerial.
Portanto, se o MP entender que é caso de arquivamento, ele submete à homologação
da instância de Revisão Ministerial. NÃO É MAIS O JUIZ que homologa o
arquivamento!!!
Por fim, se a vítima não concordar com o arquivamento do inquérito, poderá recorrer,
no prazo de 30 DIAS, submetendo a matéria à revisão de instância no âmbito do
Ministério Público.
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ATENÇÃO!

Por conta da concessão de liminar na ADI 6305/DF, pelo Ministro Luiz Fux, está
suspensa “sine die” a alteração constante da lei nº 13.964/2019, no que tange o
procedimento de arquivamento de inquérito policial. Portanto, até o momento, prevalece
a redação anterior desse artigo, ou seja, MP pede arquivamento e encaminha para o
Magistrado, tendo esse a competência de deferir ou não!

Note que aqui, é extremamente importante ter conhecimento a respeito da redação


anterior (ainda vigente) e a suspensão da redação nova, haja vista que a banca
pode cobrar do candidato esse assunto, exigindo que esse tenha conhecimento a respeito
da ADI 6305/DF.
DICA 147
TERMO CIRCUNSTANCIADO
No âmbito dos Juizados Especiais Criminais, não se exige a instauração de inquéritos
policiais. O inquérito é substituído por um procedimento mais simples e mais célere,
chamado de Termo Circunstanciado.
Portanto, o procedimento para investigar crimes de menor potencial ofensivo (pena
máxima menor do que 2 anos) é o Termo Circunstanciado.

Nos termos do art. 69 da Lei 9.099/95:

Art. 69 da lei 9.099/95 - “a autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência


lavrará termo circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao Juizado, com o autor
do fato e a vítima”.

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