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Universidade de Aveiro

Departamento de Matemática

Cálculo II – Agrupamento 1 2021/2022

Folha Prática 1
Séries de Potências e Fórmula de Taylor

Exercı́cios Propostos

1. Determine o raio de convergência e o domı́nio de convergência das seguintes séries de potências,


indicando os pontos onde a convergência é simples ou absoluta.
∞ ∞ ∞ ∞
X
n
X (2x)n X xn+1
n
X (2x − 3)n
(a) n(n + 1)x ; (b) ; (c) (−1) ; (d) ;
(n − 1)! n+1 2n + 4
n=1 n=1 n=1 n=1
∞ ∞ ∞ ∞
X n2 X n!(x − 2)n X ln n X 3n
(e) xn ; (f) ; (g) (x + 2)n ; (h) xn ;
n! n−1 n 2 + n3
n=1 n=2 n=3 n=1
+∞ 3n +∞ +∞ +∞
X x X (−1)n n
X n+1 n
X (−2)n n
(i) ; (j) (3x − 2) ; (k) (x − 2) ; (l) √ x ;
ln n n6n 2n 2n + 1
n=2 n=1 n=0 n=1
+∞ +∞ +∞
X 1 X (−1)n+1 x2n+1 X 2
(m) x2n ; (n) ; (o) xn .
(−2)n 5n n
n=1 n=1 n=0

2. Mostre que:
+∞
X
(a) se an xn é absolutamente convergente num dos extremos do seu domı́nio de convergência,
n=0
então também é absolutamente convergente no outro extremo;
+∞
X
(b) se o domı́nio de convergência de an xn é ] − r, r], então a série é simplesmente convergente
n=0
em x = r.

3. Determine os polinómios de Taylor seguintes:

(a) T03 (x3 + 2x + 1); (b) Tπ3 (cos x); (c) T13 (xex );
(d) T05 (sen x); (e) T06 (sen x); (f) T1n (ln x) (n ∈ N).
4. Considere f (x) = ex .

(a) Escreva a fórmula de MacLaurin de ordem n da função f .


(b) Mostre que o polinómio de MacLaurin de ordem n permite aproximar ex no intervalo ] − 1, 0[,
1
com erro absoluto inferior a (n+1)! .
(c) Escolha um dos polinómios de MacLaurin de f e use-o para obter uma aproximação de √1 ,
e
indicando uma estimativa para o erro absoluto cometido nessa aproximação.

5. Usando o resto de Lagrange, determine um majorante para o erro absoluto cometido na aproximação
de sen(3) quando se usa o polinómio de Taylor de ordem 5 em torno do ponto a = π.

6. Mostre que o polinómio de MacLaurin de ordem 7 da função seno permite aproximar os valores desta
função, no intervalo [−1, 1], com erro absoluto inferior a 21 × 10−4 .
1
7. (a) Obtenha o polinómio de Taylor de ordem n ∈ N da função f (x) = no ponto c = 1.
x
(b) Determine um valor de n para o qual se garanta que o polinómio T1n x1 , obtido na alı́nea


anterior, aproxime x1 no intervalo [0.9, 1.1], com erro absoluto inferior a 10−3 .

8. Determine o menor valor de n tal que o polinómio de MacLaurin de ordem n da função f (x) = ex
aproxime f (1) com erro absoluto inferior a 10−3 .

9. Mostre, usando a fórmula de Taylor, que ln(1 + x) ≤ x, para todo x > −1.
1
10. Considere a representação em série de potências da função 1−x dada por

+∞
1 X
= xn , −1 < x < 1.
1−x
n=0

Determine uma representação em série de potências para cada uma das seguintes funções (indicando
o intervalo onde tal é válida):

1 2 1 1 − x2
(a) ; (b) ; (c) ; (d) .
1 − 3x 2+x x 4−x

1
11. Desenvolva a função f (x) = em série de potências de x − 3, indicando o maior intervalo onde
x+1
o desenvolvimento é válido.

12. Considere a seguinte série de potências


+∞
X 4n
(x − 1)n .
n+1
n=0

(a) Calcule o raio de convergência da série.


(b) Determine o seu domı́nio de convergência.

13. Seja f (x) = ln x, x ∈ R+ .


(a) Determine o polinómio de Taylor de f de ordem 3 centrado em c = 1, isto é, T13 f (x).
(b) Mostre que o erro absoluto cometido ao aproximar ln( 23 ), usando T13 f ( 23 ) é inferior a 1
64 .

Exercı́cios Resolvidos

1. Determine o domı́nio de convergência da série de potências


+∞
1 x−2 n
X  
.
n 4
n=0

Resolução: Usando o Critério da Raiz,


s 
x − 2 n

n 1

L = lim n
n→+∞ 4
|x − 2|
= lim √
n→+∞ 4 n n
|x − 2|
= .
4
Assim, a série é convergente para valores de x, tais que L < 1 e divergente para valores de x, tais
que L > 1. Como
|x − 2|
L<1 ⇔ < 1 ⇔ −2 < x < 6,
4
o intervalo de convergência da série é I = ]−2, 6[. Podem ainda pertencer ao domı́nio de convergência
os pontos x = −2 e x = 6.
Para x = −2, obtém-se
+∞
X (−1)n
,
n
n=1
trata-se da série harmónica alternada que é (simplesmente) convergente, usando o Critério de Leibniz.
Para x = 6, obtém-se
+∞
X 1
,
n
n=1
trata-se da série harmónica que é divergente.
Conclui-se que o domı́nio de convergência da série é D = [−2, 6[.
Nota: Em alternativa, podia determinar o intervalo de convergência I, mediante o cálculo do raio
de convergência R, recorrendo aos coeficientes da série an = n41n 6= 0, n ∈ N, isto é,
1 1 √
R = lim p
n
= lim q = lim 4 n n = 4
n→+∞ |an | n→+∞ n 1 n→+∞
n4n

e tendo em atenção que o centro da série é c = 2. Logo I = ]c − R, c + R[ = ] − 2, 6[.

2. (a) Escreva a fórmula de Taylor de 2.a ordem no ponto 1 da função f (x) = ln(x).
(b) Calcule um valor aproximado de ln(1.2), usando o polinómio de Taylor de ordem 2 obtido na
alı́nea anterior e mostre que o erro absoluto cometido é inferior a 3 × 10−3 .
Resolução:
(a) Como

f (x) = ln(x), f (1) = 0,


1
f 0 (x) = , f 0 (1) = 1,
x
1
f 00 (x) = − 2 , f 0 (1) = −1,
x
(3) 2
f (x) = 3 , f (3) (θ) = θ23 ,
x
o polinómio de Taylor de ordem 2 no ponto 1 e o resto de Lagrange de ordem 2 correspondente
são, respetivamente,
−1
T12 f (x) = 0 + 1(x − 1) + (x − 1)2
2
1
= (x − 1) − (x − 1)2 ,
2
2
θ3
R12 f (x) = (x − 1)3
3!
1
= (x − 1)3 , para algum θ entre x e 1.
3θ3
A fórmula de Taylor pedida é
1 1
ln(x) = (x − 1) − (x − 1)2 + 3 (x − 1)3 , para algum θ entre x e 1 .
2 3θ
(b) Se x = 1.2, vem

ln(1.2) ' T12 f (1.2)


1
= 0.2 − (0.2)2
2
= 0.2 − 0.02
= 0.18,

sendo o erro absoluto cometido nesta aproximação |R12 f (1.2)| e


2
θ3
|R12 f (1.2)| = (0.2)3
3!
8
= 10−3 , para algum θ entre 1 e 1.2 ,
3θ3
8
< × 10−3
3
< 3 × 10−3 .

Soluções

1. (a) R = 1, D =] − 1, 1[, sendo absolutamente convergente em todos os pontos desse intervalo.


(b) R = +∞, D = R, sendo absolutamente convergente em todos os pontos desse intervalo.
(c) R = 1, D =] − 1, 1], sendo simplesmente convergente em x = 1 e absolutamente convergente
nos restantes pontos.
(d) R = 21 , D = [1, 2[, sendo simplesmente convergente em x = 1 e absolutamente convergente nos
restantes pontos.
(e) R = +∞, D = R, sendo absolutamente convergente em todos os pontos desse intervalo.
(f) R = 0, D = {2}, sendo absolutamente convergente nesse ponto.
(g) R = 1, D = [−3, −1[, sendo simplesmente convergente em x = −3 e absolutamente convergente
nos restantes pontos.
(h) R = 31 , D = − 13 , 31 , sendo absolutamente convergente em todos os pontos desse intervalo.
 

(i) R = 1, D = [−1, 1[, sendo simplesmente convergente em x = −1 e absolutamente convergente


nos restantes pontos.
(j) R = 2, D = − 34 , 38 , sendo simplesmente convergente em x = 83 e absolutamente convergente
 

nos restantes pontos.


(k) R = 2, D = ]0, 4[, sendo absolutamente convergente em todos os pontos desse intervalo.
(l) R = 21 , D = − 21 , 12 , sendo simplesmente convergente em x = 12 e absolutamente convergente
 

nos restantes pontos.


√  √ √ 
(m) R = 2, D = − 2, 2 , sendo absolutamente convergente em todos os pontos do intervalo.
√  √ √  √ √
(n) R = 5, D = − 5, 5 , sendo simplesmente convergente em x = 5, em x = − 5 e
absolutamente convergente nos restantes pontos.
(o) R = 1, D = ]−1, 1[, sendo absolutamente convergente em todos os pontos do intervalo.

2. —

3. (a) T03 (x3 + 2x + 1) = x3 + 2x + 1;


(x−π)2
(b) Tπ3 (cos x) = −1 + 2 ;
(c) T13 (xex ) = e + 2e(x − 1) + 32 e(x − 1)2 + 32 e(x − 1)3 ;
x3 x5
(d) T05 (sen x) = x − 3! + 5! ;
x3 x5
(e) T06 (sen x) = x − 3! + 5! ;
(−1)n−1
(f) T1n (ln x) = (x − 1) − 21 (x − 1)2 + 13 (x − 1)3 + · · · + n (x − 1)n .

x2 xn eθ
4. (a) ex = 1 + x + + ··· + + xn+1 , para algum θ entre 0 e x.
2! n! (n + 1)!
(b) —
(c) Por exemplo, √1 ' T02 f (− 12 ) = 1 − 1
+ 1
= 5
= 0.625, com erro inferior a 16 .
e 2 8 8

(3−π)6
5. |R5 (sen 3)| ≤ 6! .

6. —
1
7. (a) T1n = 1 − (x − 1) + (x − 1)2 + · · · + (−1)n (x − 1)n ,

x n ∈ N.
(b) n = 3 (ou outro superior a este).

8. n = 6.

9. —

X
10. (a) 3n xn para − 13 < x < 13 ;
n=0

X (−1)n n
(b) x para −2 < x < 2;
2n
n=0
X∞
(c) (−1)n (x − 1)n para 0 < x < 2;
n=0
∞ 
X bn n 1, n = 0, 1,
(d) x com bn = para −4 < x < 4.
4n+1 −15, n ≥ 2,
n=0

X (−1)n
1
11. = (x − 3)n , x ∈] − 1, 7[.
x+1 4n+1
n=0

12. (a) R = 41 .
(b) 34 , 54 .
 

13. (a) T13 f (x) = x − 1 − 12 (x − 1)2 + 13 (x − 1)3 .


(b) —

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