Você está na página 1de 7

Cálculo IV, Semi-Presencial

3a Lista de Exercı́cios
Departamento de Matemática-IM/UFRJ

Supervisão: Prof. S. Hamid Hassanzadeh

Colaborador: Uales Fernandes Bessa Junior


Cálculo IV Cálculo IV, Semi-Presencial Page 2 of 7

Calcule o raio e o intervalo de converência das seguintes séries.


P (−1)n x2n
1) 2n (n!)2
Solução: Pelo teste da razão
an+1 (−1)n+1 x2(n+1) 2n (n!)2 (−1)x2 n!n!
lim = lim = lim =
n→∞ a n→∞ 2n+1 (n + 1)!2 (−1)n x2n n→∞ 2(n + 1)!(n + 1)!
n

(−1)x n!n! 2 (−1)x 2 2


x
= limn→∞ 2(n+1)n!(n+1)n! = limn→∞ 2(n+1) 2 = limn→∞ 2(n+1)2 = 0, logo o raio de

converência emgloba todos os reias, R = ∞, e intervalo (−∞, ∞)

P (−3)n xn
2) √
n+1
Solução: Aplicando o teste da razão
√ √
an+1 (−3)n+1 xn+1 n + 1 n+1
lim = lim √ n n
= lim −3x √ = 3|x|
n→∞ a n→∞ n + 2 (−3) x n→∞ n+2
n

3|x| < 1 |x| < 13 , logo R = n1


Para sabermos o intervalo é necessário analisar as extremidades x = −1/3 e x = 1/3
Para x=-1/3:
X (−3)n (−1/3)n X (−1)n 3n (−1)n (1/3)n X 1
√ = √ = √ ,
n+1 n+1 n+1

n P 1
Como lim √n+1 = 1, comparando com √
n
esta série é uma p-série com p = 1/2 < 1,
então ela diverge.
P 1
Portanto a série √n+1 é divergente.

Para x=1/3:
X (−3)n (1/3)n X (−1)n
√ = √
n+1 n+1
f (x) = √1
n+1
f 0 (x) = √ −1 , sendo f 0 (x) negativa, f (x) é decrescente e
2 (n+1)3

1
lim √ = 0,
n→∞ n+1
então esta série é covergente, pelo teste das series alternativas.
Logo o intervalo de convergência é ( −1 , 1]
3 3

Page 2
Cálculo IV Cálculo IV, Semi-Presencial Page 3 of 7
P (−1)n (2x+3)n
3) nln(n)
Solução: Pelo teste da razão
an+1 (−1)n+1 (2x + 3)n+1 n ln(n) n n ln(n)
lim = n→∞
lim = lim (−1) (2x + 3) =
n→∞ an (n + 1) ln(n + 1) (−1)n (2x + 3)n n→∞ n + 1 ln(n + 1)

n/n ln(n) ln(n)


= limn→∞ (−1)n (2x + 3) n/n+1/n ln(n+1)
= limn→∞ (2x + 3) ln(n+1)

Aplicando l’Hopital:
1/n n+1
lim (2x + 3) = n→∞
lim (2x + 3) =
n→∞ 1/(n + 1) n
 
n 1
= limn→∞ (2x + 3) n
+ n
= |2x + 3| < 1

2|x + 3/2| < 1 |x + 3/2| < 21 , então R = 1/2 e centro em −3/2.

−3 1 −3 1
Verificamos 2
+ 2
= −1 e 2
− 2
= −2

para x=-1:
X (−1)n (1)n X (−1)n
=
n ln(n) n ln(n)
1
Aplicamos o teste da convergencia das series alternativas. Seja f (x) = nln(n)
entao
 
f (x) = − ln(x)+1
0
2x ln(x)
, logo f (x) é decrescente
1
e limn→∞ nln(n) = 0, logo esta série é convergente.

Para x=-2:
(−1)n (−1)n X 1 X
= ,
nln(n) nln(n)
para verificar a convergência podemos aplicar o teste da integral
R ∞ dx 1
1 xlnx , u = ln(x), du = x dx

Z ∞ ∞
1
du = ln(u) = ∞
0 u 0
Entao a serie converge, portanto o intervalo é: (-2,-1].

P (−1)n (x+2)n
4) n2n
Solução: Pelo teste da razão
an+1 (−1)n+1 (x + 2)n+1 n2n (−1)(x + 2) n |x + 2|
lim = lim n+1 n n
= lim = <1
n→∞ an n→∞ (n + 1)2 (−1) (x + 2) n→∞ 2 n+1 2

Page 3
Cálculo IV Cálculo IV, Semi-Presencial Page 4 of 7

|x + 2| < 2, logo R = 2.
Extremos dos intervalos:

para x=-4:

P (−1)n (−2)n P (−1)n (−1)n 2n P1


n2n
= n2n
= n
, divergente

para x=0:

P (−1)n 2n P (−1)n
n2n
= n
1 0 −1 1
f (x) = x
, f (x) = x2
, decrescente. limn→∞ n
= 0, logo converge.

Portanto, o intervalo é (-4,0]

5) Se a série cn 4n for absolutamente convergente, então qual série cn (−2)n ou cn (−4)n


P P P

é convergente. Por que?


cn 4n converge, então pelo teste da razão
P
Solução: Se a série

cn+1 4n+1 cn+1


lim n
≤ 1 i.e. ≤ 1/4,
n→∞ cn 4 cn

cn (−2)n também converge pois:


P
logo a série

cn+1 (−2)n+1 cn+1 cn+1


lim = lim (−2) = 2 ≤ 1/2 < 1
n→∞ cn (−2)n n→∞ cn cn

(−1)n
Porém é possı́vel que cn (−4)n seja divergente, por exemplo: Seja cn =
P
n4n
então
n
cn 4n = (−1)
P P
n
, que é convergente.
n P (−1)n P 4n P1
(−4)n = n4
P
e cn (−4) = n4n n = n
, divergente.

√ −1
6) Mostre que na expansão de Taylor de ln(1 + x) o coeficiente x100 é 200
1
xn = 1−x quando |x| < 1 logo para
P
Solução: Sabendo que a série geométrica
0 < x < 1,
1 √
√ = 1 − x + x − x3/2 = (−x1/2 )n
X
1+ x

Page 4
Cálculo IV Cálculo IV, Semi-Presencial Page 5 of 7

pelo teorema da integrabilidade


1 x−1/2 1X 1X
√ = (−1)n xn/2 x−1/2 = (−1)n x(n−1)/2
21+ x 2 2
√ Z √ 0 1 XZ 1 X (−1)n x(n+1)/2 X (−1)n x(n+1)/2
ln(1+ x) = ln(1+ x) dx = (−1)n x(n−1)/2 dx = =
2 2 (n + 1)/2 n+1
para n=100:
n+1 (−1)199 −1
2
= 100, n = 199, a199 = 200
= 200

7) Calcule a série de Taylor de arctan(x)


R 1
Solução: arctan(x) = 1+x2
dx

∞ ∞
1 2 4 2 n
(−1)n x2n
X X
2
= 1 − x + x ... = (−x ) =
1 − (−x ) n=0 n=0
Pelo teorema da integrabilidade

∞ ∞ Z ∞
Z X
n 2n
X
n 2n
X (−1)n x2n+1
arctan(x) = (−1) x dx = (−1) x dx =
n=0 n=0 n=0 2n + 1

R 1
8) a) Avalie 1+x7
dx como uma série de potencias.
R 1/2
b) Use a) para aproximar 0
1
1+x7
dx com precisão de 10−7 .

1 1
(−1)n x7n convergente quando |x| < 1.
P
Solução: 1+x7
= 1−(−x7 )
=
n=0
∞ R
1
(−1)n x7n dx, no intervalo de convergência.
R P
Pelo teorema da integrabilidade 1+x7
dx =
n=0
∞ Z 1/2 ∞
Z 1/2
1 n 7n (−1)n
(1/2)7n+1 .
X X
dx = (−1) x dx =
0 1 + x7 n=0 0 n=0 7n + 1

(−1)n
(1/2)7n+1 é alternada. Lembramos que para a aproximação de série
P
A série 7n+1
n=0
(−1)n bn é |Rn | = |bn+1 |. Então basta ver quando 1 1
< 10−7 .
P
alternada 7n+1 27n+1

Caso n = 3 1 1
22 222
' 2126 = (2101)2,6 < 1
(103 )2 ,6
= 1
107,8
< 10−7 , logo o que procuramos é
a soma dos 3 primeiros termos
Z 1/2
1 1 1 1
7
dx ≈ − 8
+ ≈ 0, 4995137.
0 1+x 2 8·2 15 · 215

Page 5
Cálculo IV Cálculo IV, Semi-Presencial Page 6 of 7

9) Use a série de potencias para aproximar


Z 1/2
1
dx
0 1 + x5
com precisão de 6 casas decimais.

1 1
(−1)n x5n quando |x| < 1.
P
Solução: 1+x5
= 1−(−x5 )
=
n=0
∞ R
1
(−1)n x5n dx, no intervalo de convergência.
R P
Pelo teorema da integrabilidade 1+x5
dx =
n=0

∞ Z 1/2 ∞
Z 1/2
1 (−1)n
(−1)n x5n dx = (1/2)5n+1 .
X X
dx =
0 1 + x5 n=0 0 n=0 5n + 1

(−1)n
(1/2)5n+1 é alternada. Para a aproximação, basta ver quando
P
A série 7n+1
n=0

1 1
· 5n+1 < 10−6
5n + 1 2

1 1
Caso n = 4: 21 221
≈ 0, 00000002, logo o que procuramos é a soma dos 4 primeiros
termos
Z 1/2
1 1 1 1 1
5
dx ≈ − 6
+ − ≈ 0, 497439.
0 1+x 2 6·2 11 · 2 1 16 · 21 6
1

R 1/3 2
10) Use a série de potências para aproximar 0 x arctan(x)dx com 6 casas decimais.
1 R d(x4 ) R 4x3
então arctan(x4 ) =
R
Solução: arctan(x) = 1+x2
dx, 1+x8
= 1+x8
dx.

∞ ∞
4x3 3 n 8n
(−1)n x8n+3 .
X X
= 4x (−1) x = 4
1 + x8 n=0 n=0

∞ ∞
x2 arctan(x) = 4x2 (−1)n x8n+3 = 4 (−1)n x8n+5 .
X X

n=0 n=0

aplicando a integral:
1/3
∞ ∞ R 1/3 ∞
R 1/3 2 R 1/3 P n 8n+5 P n 8n+5 P 4(−1)n 8n+6
0 x arctan(x)dx = 0 4 (−1) x dx = 0 4(−1) x dx = x
8n+6
=
n=0 n=0 n=0 0

4(−1)n
(1/3)8n+6
P
8n+6
n=0

Page 6
Cálculo IV Cálculo IV, Semi-Presencial Page 7 of 7
1 1 1
Calculando a precisão de 6 casas decimais: Caso n = 1, 8n+6 38n+6
= 14·31 4
≈ 0, 00000001.
logo basta apenas o primeiro termo:
Z 1/3
1
x2 arctan(x)dx ≈ ≈ 0, 000228.
0 6 · 36

2
11) a) Avalie R e−x dx como uma série infinita.
R
2
b) Avalie 01 e−x dx com precisão de 0, 001.

1 n
Solução: Como ex tem expansão de Taylor
P
x n!
para qualquer x, então a expansão
n=0
∞ ∞
2 (−x2 )n (−1)n x2n
de e−x é
P P
n!
= n!
.
n=0 n=0
Integrando,
∞ ∞
Z
2
Z X
(−1)n x2n (−1)n x2n+1
e−x dx =
X
dx = .
n=0 n! n=0 n!(2n + 1)
∞ 1 ∞
Z 1
2 (−1)n x2n+1 (−1)n 12n+1
e−x dx =
X X
= .
0 n=0 n!(2n + 1) 0 n=0 n!(2n + 1)

Lembramos que para a aproximação de série alternada (−1)n bn é |Rn | ≤ |bn+1 |, caso
P
1 1
n = 5, 5!(11) = 1320 < 0, 001. Logo temos que somar os 5 primeiros termos:
Z 1
2 1 1 1 1
e−x dx ≈ 1 − + − + ≈ 0, 74.
0 1!3 2!5 3!7 4!9

Page 7

Você também pode gostar