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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS

Cálculo com Geometria Analítica II


Disciplina:
Semestre: 2012-2 Turma: M1 Prof.: Germán Suazo
Gabarito da Primeira Prova Escrita
Nome: ..............................................................................................................

1. (2 ptos.) No triângulo retângulo


XYZ mostrado na figura ao lado,
π
z = 3 u.c. e θ= . Encontre o
3
comprimento total dos segmentos
oblíquos:
| Yy1 | + | x1 y2 | + | x2 y3 | + | x3 y4 | + L

Solução:
Temos que | Yy1 |= z ⋅ sen (θ ) .
Agora, considerando o triângulo Yy1 x1 , temos que o ângulo x1Yy1 é θ , e
então | x1 y1 |=| Yy1 | ⋅sen(θ ) = z ⋅ sen 2 (θ ) .
Considerando o triângulo x1 y1 y2 , temos que o ângulo x1 y1 y2 é θ , e então
| x1 y2 |=| x1 y1 | ⋅sen(θ ) = z ⋅ sen 3 (θ ) .
Considerando o triângulo x1x2 y2 , temos que o ângulo x2 x1 y2 é θ , e então
| x2 y2 |=| x1 y2 | ⋅sen (θ ) = z ⋅ sen 4 (θ ) .
Considerando o triângulo x2 y2 y3 , temos que o ângulo x2 y2 y3 é θ , e então
| x2 y3 |=| x2 y2 | ⋅sen (θ ) = z ⋅ sen 5 (θ ) . E assim pela frente.
Logo, temos uma série geométrica com termo inicial z ⋅ sen (θ ) e razão
sen 2 (θ ) :
| Yy1 | + | x1 y2 | + | x2 y3 | + | x3 y4 | +L = z ⋅ sen (θ ) + z ⋅ sen 3 (θ ) + z ⋅ sen 5 (θ ) + L
z ⋅ sen (θ ) 3 ⋅ sen (π / 3)
= =
1 − sen (θ ) 1 − sen 2 (π / 3)
2

3 3/2
= = 6 3 u.c.
1− 3/ 4

2. (2 ptos.) Determine a convergência ou divergência das séries a seguir,


justificando sua resposta:

n 2 + sen (n) ∞
1
a. ∑ 4
; b. ∑ 3
.
n =1 n +1 n = 2 n ⋅ ln (n )
Solução:
a. Vamos aplicar o critério de comparação ao limite com a série

1
∑n =1 n
2
(que converge, pois é a série p com p = 2 ). Temos que
sen (n)
 n 2 + sen (n) n 2  1+
n 4 + n 2 sen (n ) n2
lim  4
⋅  = lim 4
= lim
n → +∞
 n +1 1  n → +∞ n +1 n → +∞ 1
1+ 4
n
=1> 0
sen (n) 1 sen (n ) 1
pois lim 2
= 0 , desde que − 2 ≤ ≤ 2.
n → +∞ n n n2 n
Assim, pelo critério de comparação ao limite, a série

n 2 + sen (n)
∑n =1 n4 + 1
converge.

b. Vamos aplicar o critério da integral. Temos que


x = +∞
+∞ 1 1  1 
∫2 x ln 3 ( x) dx = − 2 ln 2 ( x) = 0 −  − 2 ln 2 (2)  ,
x =2
sendo que esta última expressão é um número finito. Portanto, a
+∞ 1
integral ∫ dx converge. Desta maneira, também, a série
2 x ln 3 ( x )


1
∑ n ⋅ ln
n =2
3
(n )
converge.

3. (2 ptos.)
x2
a. Encontre a série de MacLaurin ( x0 = 0 ) da função f ( x) = .
(1 − x)2
b. Sem derivar, calcule o valor de f ( 20) (0) .
Solução:
1
a. Temos que = 1 + x + x 2 + L + x n + L , para | x | < 1 , e derivando termo
1− x
1
a termo resulta = 1 + 2 x + 3 x 2 + L + n x n −1 + L , para | x | < 1, e
(1 − x )2
multiplicando por x 2 temos
x2
2
= x 2 + 2 x 3 + 3 x 4 + L + n x n +1 + L , para | x | < 1 .
(1 − x )
x2
b. Como a série de MacLaurin para f ( x) = tem a forma:
(1 − x)2
f ' (0) f ' ' (0) 2 f ' ' ' (0) 3 f ( n ) (0 ) n
f ( x) = f (0) + x+ x + x +L+ x +L
1! 2! 3! n!
f ( n ) (0)
temos, por comparação, que = n − 1 , para n ≥ 1 . Desta maneira,
n!
f ( 20) (0)
= 19 , ou seja, f ( 20) (0) = 19 ⋅ (20!) .
20!
4. (2 ptos.) Identifique a seção cônica representada pela equação
x 2 − 4 y 2 − 2 x − 8 y − 7 = 0 , e determine o(s) vértice(s), foco(s) e centro, se
houver.
Solução:
Fazemos a completação de quadrados no lado direito da equação:
x 2 − 4 y 2 − 2 x − 8 y − 7 = ( x 2 − 2 x ) − (4 y 2 + 8 y ) − 7
= ( x 2 − 2 x + 1) − 4( y 2 + 2 y + 1) − 7 − 1 + 4
= ( x − 1) 2 − 4( y + 1) 2 − 4
e então x 2 − 4 y 2 − 2 x − 8 y − 7 = 0 é equivalente a
( x − 1) 2 − 4( y + 1) 2 − 4 = 0 ,
ou
( x − 1) 2 − 4( y + 1) 2 = 4 ,
e colocando a equação na forma padrão temos
( x − 1) 2 ( y + 1)2
− = 1,
4 1
que representa uma hipérbole com eixo focal paralelo ao eixo x , com
centro no ponto C = (1,−1) , e com valores dos parâmetros a = 2 , b = 1 ,
c = 4 + 1 = 5 . Desta maneira os vértices são V1, 2 = (1 ± 2,−1) e os focos
F1, 2 = (1 ± 5 ,−1) (veja a figura).

5. (2 ptos.) Determine a equação cartesiana da elipse com excentricidade


1
e= , centro em (1,1) . O eixo menor é horizontal e tem comprimento
10
2 99 u.c. Forneça, também, as coordenadas dos vértices e focos.
Solução:
Como o eixo menor é horizontal, então o eixo focal é vertical, ou seja,
paralelo ao eixo y . Então a equação da elipse terá a forma
( y − y0 ) 2 ( x − x0 ) 2
+ = 1 . Já temos as coordenadas do centro e então só
a2 b2
1 c 1
faltam os valores de a e b . Como e = , então = , ou seja, a = 10c .
10 a 10
Por outro lado, 2b = 2 99 , e portanto, b = 99 . Também temos a relação
a 2 = b 2 + c 2 , ou seja, 100c 2 = 99 + c 2 , de onde, c = 1 . Assim, a = 10 .
Colocando esta informação na equação resulta
( y − 1)2 ( x − 1)2
+ =1.
100 99
As coordenadas dos vértices são V1, 2 = (1,1 ± 10) .
As coordenadas dos focos são F1, 2 = (1,1 ± 1) .
Veja a figura:

Pelotas, 18 de dezembro de 2012

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