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2021-2022
Ficha de Exercı́cios
27. Seja (xn )n∈N uma sucessão de números reais e considere a sucessão (Sn )n∈N de termo geral
Sn = x1 + · · · + xn
n
. Suponha que se tem Sn = n+2 para todo o n ∈ N. Determine:
3 + n2
= lim
n→+∞ n + 3 + 2
n
3
= lim
n→+∞ +∞
=0
n+1
(a) 1 − 2n n∈N
n+1
an = 1 −
2n
n+2
an+1 = 1 −
2n + 2
n+2 n+1
an+1 − an = − +
2n + 2 2n
(n + 1)(2n + 2) − 2n(n + 2)
=
2n(2n + 2)
2
= > 0, ∀n ∈ N
2n(n + 2)
1
n+1
(b) n2 +3
n∈N
n+1
bn =
n2 + 3
n+2
bn+1 =
n2 + 2n + 4
n+2 n+1
bn+1 − bn = 2
− 2
n + 2n + 4 n + 3
(n + 2)(n2 + 3) − (n + 1)(n2 + 2n + 4)
=
(n2 + 2n + 4)(n2 + 3)
−n2 − 3n + 2
= < 0, n ∈ N
(n2 + 2n + 4)(n2 + 3)
cn = n2 − 5
c1 = |−3| = 3
c2 = |−1| = 1
c3 = |4| = 4
(
c3 − c2 =3>0
=⇒ (cn )n∈N não é monótona
c2 − c1 = −2 < 0
dn = sin n
Sejam (dnk )k∈N e (dnl )l∈N subsucessões de (dn )n∈N tal que dnk = sin(2kπ) e dnl = sin(2lπ + 1). Então:
dnk = 0
dnl = 1
Portanto, existem duas subsucessões de (dn )n∈N que tomam um valores constantes e distintos, logo (dn )n∈N não pode ser
monótona.
29. Nos casos seguintes, diga se a sucessão é majorada, minorada, crescente ou decrescente:
an = n2 − 6n + 10
an+1 = n2 − 4n + 5
(
>0 n≥3
an+1 − an = 2n − 5 : =⇒ an não é monótona
<0 n<3
lim an = +∞ =⇒ (an )n∈N não é majorada
n→+∞
a1 = 5
a2 = 2
a3 = 1
n ≥ 3 : an+1 − an > 0 =⇒ an ≥ a3 , ∀n ≥ 3 =⇒ (an )n∈N é minorada por 1
2
a1 = −2
3
a2 =
2
4
a3 = −
( 3
a3 − a2 < 0
=⇒ (an )n∈N não é monótona
a2 − a1 > 0
1 1
n par : a2n+2 − a2n = −
2n + 2 2n
−2
= <0
2n(2n + 2)
3
a2 = ≥ a2n , ∀n ∈ N
2
1
lim a2n = lim 1 + =1
n→+∞ n→+∞ 2n
3
1 ≤ a2n ≤
2
1 1
n ı́mpar : a2n+3 − a2n+1 = − +
2n + 3 2n + 1
2
= >0
(2n + 3)(2n + 1)
a1 = −2 < a2n+1 , ∀n ∈ n ∈ N
1
lim a2n+1 = lim −1 − = −1
n→+∞ n→+∞ 2n + 1
−2 ≤ a2n+1 ≤ −1
n
(i) 2n n∈N
n
an =
2n
n+1
an+1 = n+1
2
n+1 2n
an+1 − an = n+1 − n+1
2 2
1−n
= n+1 ≤ 0, ∀n ∈ N
2
(an )n∈N é decrescente, logo:
a1 ≥ an , ∀n ∈ N
1 1
a1 = =⇒ é majorante
2 2
n
> 0, ∀n ∈ N =⇒ 0 é minorante
2n
1
0 < an ≤ , ∀n ∈ N
2
Logo (an )n∈N é limitado.
(a) que convirja para 1 e cujos termos sejam todos maiores do que 1.
1
an = 1 +
n
3
(b) que não convirja e cujos termos estejam todos entre 1 e 32 .
(−1)n 5
bn = +
8 4
(c) que convirja para um limite que não seja maior do que todos os termos da sucessão nem menor do que todos os termos
da sucessão.
cn = 1
(d) que convirja e não seja crescente nem decrescente.
1
dn = 1 +
n
34. Em cada um dos seguintes casos, indique um exemplo ou mostre que tal exemplo não existe.
(a) Uma sucessão que converge para 1 e cujos cem primeiros termos são maiores do que 2.
(
3 se n ≤ 100
an =
1 se n > 100
(b) Uma sucessão que converge para 1 e que tem infinitos termos maiores do que 2.
(c) Sucessões (an )n∈N e (bn )n∈N que convergem para o mesmo limite e tais que an − bn > 1 para uma infinidade de
ı́ndices n ∈ N.
(d) Uma sucessão que não é crescente a partir de nenhuma ordem e que tende para +∞.
(
n se n é ı́mpar
an =
n + 2 se n é par
an+1 − an ≤ 0 ⇔ an+1 ≤ an , ∀n ∈ N
Disto vem:
an+1 ≤ an ≤ an−1 ≤ · · · ≤ a1
Portanto, (an )n∈N é majorada por a1 , logo a sucessão pedida não existe.
lim an = +∞ e lim bn = −∞
n→+∞ n→+∞
an = n
bn = −n + (−1)n
4
√
3
n sin n!
(e) n+1
n∈N
√ √
n sin n!
3 3
n
lim = lim lim sin n!
n→+∞ n+1 n→+∞ n + 1 n→+∞
1
= lim 2 1 lim sin n!
n→+∞ n 3 + n− 3 n→+∞
1 1
lim 2 1 = 0 ∧ −1 ≤ sin n! ≤ 1 =⇒ lim 2 1 lim sin n! = 0
n→+∞ n + n− 3
3 n→+∞ n 3 + n− 3 n→+∞
2n +1
(g) 3n +n+4
n∈N
2 n
n
+ 13
2n + 1 3
lim = lim
n→+∞ 3n + n + 4 n→+∞ 1 + nn + 4n
3 3
0+0
=
1+0+0
=0
3 1/3
p p (n3 + 2)1/3 − (n3 + 1)1/3 (n + 2)2/3 + (n3 + 2)(n3 + 1) + (n3 + 1)2/3
3 3
lim n3 + 2 − n3 + 1 = lim 1/3
n→+∞ n→+∞ (n3 + 2)2/3 + ((n3 + 2)(n3 + 1)) + (n3 + 1)2/3
n3 + 2 − n3 − 1
= lim 1/3
n→+∞ (n3 + 2)2/3 + ((n3 + 2)(n3 + 1)) + (n3 + 1)2/3
1
= lim 1/3
n→+∞ (n3 + 2)2/3 + ((n3 + 2)(n3 + 1)) + (n3 + 1)2/3
=0
Nota: a3 − b3 = (a − b)(a2 + ab + b2 ).
5
√ √ √
(p) n+1− n n + 3 n∈N
√ √ √
√ √ √ n+1− n n+1+n √
lim n + 1 − n n + 3 = lim √ √ n+3
n→+∞ n→+∞ n+1+ n
n+1−n √
= lim √ √ n+3
n→+∞ n+1+ n
√
n+3
= lim √ √
n→+∞ n+1+ n
q
1 + n3
= lim q
n→+∞
1 + n1 + 1
√
1+0
=√
1+0+1
1
=
2
Qn
(q) ( k=1 (1000 − k))n∈N
n
"1000 # " n #
Y Y Y
lim (1000 − k) = lim (1000 − k) × (1000 − k)
n→+∞ n→+∞
k=1 k=1 k=1001
" 999 # " n
#
Y Y
= lim (1000 − k) × (1000 − 1000) × (1000 − k)
n→+∞
k=1 k=1001
= lim 0
n→+∞
=0
Suponha que bn ̸= 0 para todo n e que limn→+∞ bn = 0. Prove que uma condição necessária para que a sucessão
(a)
an
bn seja limitada é que limn→+∞ an = 0.
n∈N
an
∀n ∈ N, m, M ∈ R : m ≤ ≤ M ⇔ mbn ≤ an ≤ M bn
bn
=⇒ m lim bn ≤ lim an ≤ M lim bn
n→+∞ n→+∞ n→+∞
⇔ 0 ≤ lim an ≤ 0
n→+∞
⇔ lim an = 0
n→+∞
1
an =
n2
1
bn =
n
an 1
=
bn n
6
an
(ii) bn convirja para ℓ ̸= 0
n∈N
1
an =
2n
1
bn =
n
an 1
=
bn 2
an
(iii) bn seja limitada mas sem limite
n∈N
(−1)n
an =
n
1
bn =
n
an
= (−1)n
bn
an
(iv) bn tenha limite −∞
n∈N
1
an = −
n
1
bn =
n2
an
= −n
bn
40.
rn
(d) n n∈N , se r ≥ 0
rn rn
r=0→ = 0 =⇒ lim =0
n n→+∞ n
rn 1 rn 1
0<r<1→ = rn × =⇒ lim = lim rn × = 0 × 0 = 0
n n n→+∞ n n→+∞ n
rn 1 rn
r=1→ = =⇒ lim =0
n n n→+∞ n
rn 1 rn 1
r>1→ = n =⇒ lim = +∞
n r n n→+∞ n =
rn
(e) n! n∈N , se r ≥ 0
rn 0 rn
r=0→ = = 0 =⇒ lim =0
n! n! n→+∞ n!
rn 1 rn
r>0→ = n! =⇒ lim = 0 pelo 41.(b)(ii)
n! rn
n→+∞ n!
√
n
(h) n2 + n n∈N
√ p
n
√
n 1
p
n 1 2
n
n≤ n2 + n ≤ 2n2 ⇔ lim n n ≤ lim n2 + n ≤ lim 2 n × n n
n→+∞ n→+∞ n→+∞
p
n
⇔ 1 ≤ lim n2 + n ≤ 1
n→+∞
p
n
⇔ lim n2 + n = 1
n→+∞
√
n
(i) a n + bn n∈N
p √ p
(max {a, b})n ≤ an + bn ≤ 2(max {a, b})n ⇔ n n
(max {a, b})n ≤ an + bn ≤ n 2(max {a, b})n
p 1
⇔ max {a, b} ≤ n a, b ≤ 2 n max {a, b}
√
n 1
=⇒ lim max {a, b} ≤ lim an + bn ≤ lim 2 n max {a, b}
n→+∞ n→+∞ n→+∞
√
n
⇔ max {a, b} ≤ lim an + bn ≤ max {a, b}
n→+∞
√
n
⇔ lim an + bn = max {a, b}
n→+∞
7
√
n
(j) n!
n∈N
Para n par:
≥1
z }| {
n n n n2
n! = 1 × 2 × · · · × × + 1 × · · · × (n − 1) × n =⇒ n! ≥
2 |2 {z } 2
n
≥ 2
Para n ı́mpar:
≥1
z }| { n+1
n−1 n+1 n+1 2
n! = 1 × 2 × · · · × × × · · · × (n − 1) × n =⇒ n! ≥
2 2 2
| {z }
n+1
≥ 2
Para n par:
√
√
r n n 12
n nn 2 2√
n! ≥ l = = n
2 2 2
√
√
n 2√ √
n
lim n! ≥ lim n =⇒ lim n! = +∞
n→+∞ n→+∞ 2 n→+∞
Para n ı́mpar:
s s
n+1 n2
√
r
n n n+1 2
n n+1 n+1
n! ≥ ≥ =
2 2 2
√ √
r
n n+1 n
lim n! ≥ lim =⇒ lim n! = +∞
n→+∞ n→+∞ 2 n→+∞
41. Seja (an )n∈N uma sucessão de números não nulos tal que existem 0 < C < 1 e N0 ∈ N satisfazendo
an+1
n ≥ N0 =⇒ 0 < ≤C
an
an
(i) limn→+∞ n = +∞ se a > 1
n+1 1
n n+1 an+1 n 1 n+1 an+1 1 1− a
Seja an = an . Então an+1 = a×an . Portanto an = a×a
n = a n . Como limn→+∞ an = a < 1, para ϵ = 2 > 0,
an
1 n+1 1 1
existe N0 ∈ N tal que n ≥ N0 =⇒ a < n × a < a +ϵ = C < 1. Logo, por (a), temos limn→+∞ ann = 0. Como an > 0,
n
então lim an = +∞.
n!
(ii) limn→+∞ an = +∞ se a > 0
an a×an a an+1 a
Seja an = n! . Como a > 0, então an ̸= 0. Temos an+1 = (n+1)×n! = n+1 an , portanto, an = n+1 < a. Para
n
ϵ = 12 , existe N0 ∈ N tal que n ≥ N0 =⇒ a
n+1 < ϵ = C. Logo, por (a), sabemos que limn→+∞ a
n! = 0. Como an > 0, então
limn→+∞ an!n = +∞.
8
n!
(iii) limn→+∞ nn =0
n! n × (n − 1) × · · · × 2 × 1
lim = lim
n→+∞ nn n→+∞ n × n × ··· × n × n
1 2 n
= lim × × ··· ×
n→+∞ n n n
n
i Y i
≤ 1, ∀i ∈ {1, . . . , n} ⇔ ≤1
n i=1
n
n
Y i
⇔ ≤1
i=2
n
n
1 Y i 1
⇔ × ≤
n i=2 n n
n! 1 n!
0 < lim ≤ lim ⇔ 0 < lim ≤0
n→+∞ nn n→+∞ n n→+∞ nn
n!
⇔ lim =0
n→+∞ nn
0 ≤ |sin n| ≤ 1 ⇔ 1 ≤ |sin n| + 1 ≤ 2
1 1 1
⇔ 1 n ≤ (|sin n| + 1) n ≤ 2 n
1 1 1
⇔ lim 1 n ≤ lim (|sin n| + 1) n ≤ lim 2 n
n→+∞ n→+∞ n→+∞
1
⇔ 1 ≤ lim (|sin n| + 1) n
≤1
n→+∞
1
⇔ lim (|sin n| + 1) n
=1
n→+∞
dn
(b) limn→+∞ √
n
, onde dn designa o número de divisores positivos de 3n .
30 , 31 , . . . , 3n dividem 3n =⇒ dn = n + 1
| {z }
n+1
dn n+1
lim √ = lim √
n→+∞ n n→+∞ n
√ 1
= lim n+ √
n→+∞ n
= +∞
P(n)
(c) limn→+∞ n , onde P(n) designa o cardinal do conjunto de primos que dividem n.
ank 1
lim = lim =0
n→+∞ n n→+∞ n
P(n)
pois se k é primo, então é apenas divisı́vel por si próprio, logo P = 1. Portanto, se limn→+∞ n existe, então é 0. Seja
n > 1 um número natural. Então podemos escrevê-lo como o produto de potências de primos:
αk
n = pα α2
1 · p2 · · · pk
1
z k vezes
}| {
n= pα
1
1
· · · pα
k
k
≥2α1
···2 αk
≥ 2 + · · · + 1 = 2k
1
9
1 1
Como n ≥ 2k , então n ≤ 2k
. E como P(n) = k, então:
P(n) k
lim ≤ lim k = 0
n→+∞ n k→+∞ 2
n!
(d)limn→+∞ n+2n
n!
n! 2n
lim = lim n
n→+∞ n + 2n n→+∞ +1
2n
+∞
=
0+1
= +∞
√
n
(f ) limn→+∞ √7
n
√
n
7 0
lim √ =
n→+∞ n +∞
=0
1
(g) limn→+∞ arctan 1
1−e n
1 1
lim e n = e +∞
n→+∞
+
= e0
= 1+
1 1
lim arctan 1 = arctan
n→+∞ 1 − en 1 − 1+
1
= arctan
0−
= arctan(−∞)
π
=−
2
√ √
(h) limn→+∞ n − n+2 n+3
√ √ √ √
√ √ n−
n+2 n+3 n+ n+2 n+3
lim n − n + 2 n + 3 = lim √ √
n→+∞ n→+∞ n+ n+2 n+3
n2 − (n + 2)(n + 3)
= p
n + (n + 2)(n + 3)
−5n − 6
= √
n + n2 + 5n + 6
−5 − n6
= lim q
n→+∞
1 + 1 + n5 + n62
−5 − 0
=
1+1
5
=−
2
43. Seja (xn )n∈N a sucessão de números reais definida recursivamente por:
xn
x1 = 1 e xn+1 = 1 +
2
x1 = 1, x2 = 23 , x3 = 74 , x4 = 15
8 , x5 = 31
16
10
(b) Prove que (xn )n∈N é monótona e limitada.
Sabemos que x1 = 1 < 2. Suponhamos provado para algum n ∈ N se tem xn < 2. Então xn+1 = 1 + x2n < 1 + 22 = 2. Logo,
pelo Princı́pio de Indução Finita, xn < 2, ∀n ∈ N.
Verifiquemos que (xn )n∈N é crescente. Sabemos que xn+1 − xn = 1 − x2n . Como xn < 2, então
−xn > −2 ⇔ − x2n > −1 ⇔ 1 − x2n > 0, ∀n ∈ N. Logo, a sucessão é estritamente crescente, por isso é minorada por x1 = 1.
Concluı́mos que (xn )n∈N é monótona e limitada, portanto converge.
Como (xn+1 )n∈N é uma subsucessão de (xn )n∈N , então os seus limites são iguais. Então, se ambas convergem para ℓ,
temos:
Falsa.
Verdadeira.
Falsa.
Falsa.
Falsa.
Falsa.
Falsa.
11
Verdadeira.
a4n = 4n|sin(2π)| = 0
π
a4n+1 = (4n + 1) sin 2π + = 4n + 1
2
a4n+2 = (4n + 2)|sin(2π + π)| = 0
3
a4n+3 = (4n + 3) sin 2π + π = 4n + 3
2
Seja (a4n+1 )n∈N0 = (4n + 1) sin π2 + 2nπ n∈N0 = (4n + 1)n∈N0 uma subsucessão de (an )n∈N . Então, como esta sub-
sucessão não é majorada e, consequentemente, não é limitada, então (an )n∈N não limitada e não tem supremo. Esta
subsucessão é monótona, mas não é convergente. Como (an )n∈N tem subsucessões com limite +∞, então não é convergente.
Como as subsucessões de (an )n∈N são monótonas crescentes, então (an )n∈N é minorada por
min {inf(a4n ), inf(a4n+1 )n inf(a4n+2 ), inf(a4n+3 )}. Como inf(a4n ) = 0, inf(a4n+1 ) = a1 = 1, inf(a4n+2 ) = 0,
inf(a4n+3 ) = a3 = 3, então min(an ) = 0.
Sejam (a4n )n∈N0 = (4n|sin(2nπ)|)n∈N0 = (0)n∈N0 e (a4n+2 )n∈N0 = ((4n + 2)|sin(π + 2nπ)|)n∈N0 = (0)n∈N0 subsucessões
de (an )n∈N . Então (an )n∈N tem mais do que uma subsucessão constante.
Se (ank )k∈N é uma subsucessão limitada de (an )n∈N , então (nk )k∈N não pode conter infinitos naturais de
{4n + 1 : n ∈ N} ∪ {4n + 3 : n ∈ N}, ou seja, ∃N0 ∈ N : k ≥ N0 =⇒ nk ∈ {naturais pares}, logo ank = 0 ∀k ≥ N0 . E,
portanto, limn→+∞ ank = 0.
(a) Se uma sucessão (an )n∈N tem limite 0, então limn→+∞ min {|a1 |, . . . , |an |} = 0.
(b) Se uma sucessão (an )n∈N tem limite 0, então limn→+∞ min {a1 , . . . , an } = 0.
(c) Seja (an )n∈N uma sucessão convergente para ℓ. Então limn→+∞ max {an , ℓ} = ℓ.
(
an < ℓ + ϵ
limn→+∞ an = ℓ =⇒ ∀ϵ > 0, ∃p ∈ N : n ≥ p =⇒ |max {an , ℓ} − ℓ| < ϵ ⇔ −ϵ + ℓ < max {an , ℓ} <
ℓ<ℓ+ϵ
Logo limn→+∞ max {an , ℓ} = ℓ. Portanto, a afirmação é verdadeira.
(d) Se uma sucessão (an )n∈N converge para sup {an |n ∈ N}, então existe k ∈ N tal que (an )n≥k é crescente.
(
− n1 se n ı́mpar
A sucessão an = nunca é crescente e o limite é o supremo. Portanto, a afirmação é falsa.
0 se n par
(e) Se uma sucessão de inteiros converge, então é constante a partir de certa ordem.
Seja (an )n∈N uma sucessão de inteiros tal que limn→+∞ an = ℓ. Se ϵ = 13 , então
∃p ∈ N : n ≥ p =⇒ ℓ − 13 < an < ℓ + 31 . Este intervalo tem comprimento ℓ + 13 − ℓ − 31 = 23 < 1, logo o intervalo só pode
ter no máximo um inteiro, z0 , e tem de existir no intervalo algum inteiro porque an ∈ Z. Concluı́mos que an = z0 e z0 = ℓ,
logo, a partir de certa ordem, (an )n∈N é constante e igual ao limite. Portanto, a afirmação é verdadeira.
(f ) Dadas sucessões (sn )n∈N e (tn )n∈N , seja (un )n∈N a sucessão definida por u2n = sn e u2n+1 = tn . Então (un )n∈N
converge se e só se (sn )n∈N e (tn )n∈N .
12
Se sn = 0 e tn = 1, então (sn )n∈N e (tn )n∈N convergem, mas (un )n∈N não tem limite. Portanto, a afirmação é falsa.
(a) As sucessões (tm )m∈N e (um )m∈N convergem. Os respetivos limites são representados por
Como (sn )n∈N é limitada, então ∃R > 0 : −R < sn < R ∀n ∈ N. Como tm ≤ sm ≤ um ∀m ∈ N, então (tm )m∈N é
majorada. Nós temos tm = inf {sm , sm+1 , sm+2 , . . . } e tm+1 = inf {sm+1 , sm+2 , . . . }. Como
B = {sm+1 , sm+2 , . . . } ⊂ {sm , sm+1 , sm+2 , . . . } = A, qualquer minorante de A é minorante de B. Em particular, tm é
minorante de B. E portanto, tm ≤ tm+1 . Assim, (tm )m∈N é crescente. Como (tm )m∈N é crescente, é minorada. Já sabemos
que é majorada, portanto é também limitada. Concluı́mos que (tm )m∈N converge.
Analogamente se mostra que −R < um+1 ≤ um , isto é, que (um )m∈R é decrescente e minorada, portanto converge.
Seja (snk )k∈N uma subsucessão de (sn )n∈N convergente para ℓ ∈ R. Então tnk ≤ snk ≤ unk ∀k ∈ N. Como (tnk )k∈N é
uma subsucessão de (tm )m∈N , mas (tm )m∈N converge, então limk→+∞ tnk = limm→+∞ tm = limn→+∞ inf sn . Portanto, por
enquadramente de sucessões, temos:
(c) A igualdade limn→+∞ inf sn = limn→+∞ sup sn verifica-se se e só se (sn )n∈N converge.
Como limn→+∞ inf sn ≤ ℓ ≤ limn→+∞ sup sn , se limn→+∞ inf sn = limn→+∞ sup sn , então
limn→+∞ inf sn = limn→+∞ sup sn = ℓ.
Como ∀m ∈ N tem-se tm ≤ sm ≤ um e limn→+∞ tm = limn→+∞ um , então limm→+∞ tm = limm→+∞ sm = limm→+∞ um =
ℓ.
57. Sejam a0 e b0 números reais não negativos, sendo a0 ≤ b0 . Considere as sucessões definidas por
p an + bn
an+1 = an bn e bn+1 =
| {z } 2 }
média geométrica
| {z
média aritmética
a0 ≤ a1 ≤ a2 ≤ · · · ≤ an ≤ bn ≤ · · · ≤ b2 ≤ b1 ≤ b0
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Sabemos que a0 ≤ b0 . Suponha provado que an ≤ bn . Então:
an ≤ bn ⇔ a2n ≤ an bn
p
⇔ an ≤ an bn
⇔ an ≤ an+1 → (an )n∈N é crescente
an ≤ bn ⇔ an + bn ≤ 2bn
an + bn
⇔ ≤ bn
2
⇔ bn+1 ≤ bn → (bn )n∈N é decrescente
Então temos:
bn ≤ bn−1 ≤ · · · ≤ b1 ≤ b0
a0 ≤ a1 ≤ · · · ≤ an−1 ≤ an
e, como an ≤ bn , temos o seguinte resultado:
a0 ≤ a1 ≤ a2 ≤ · · · ≤ an ≤ bn ≤ · · · ≤ b2 ≤ b1 ≤ b0
(b) Sejam ℓ e L os limites de (an )n∈N e de (bn )n∈N (por que existem?). Conclua que ℓ = L.
(an )n∈N é crescente e majorado por b0 , logo converge para ℓ ∈ R+0 . (bn )n∈N é decrescente e minorado por a0 , logo con-
verge para L ∈ R+ 0 . Para ℓ = L, basta provar que limn→+∞ nb − an = 0:
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