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José Carlos da Silva Pereira | Recursos para Matemática

EXAME NACIONAL DE MATEMÁTICA A

2.ª FASE | 2023 | PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

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EXAME NACIONAL DE MATEMÁTICA A

2.ª FASE | 2023

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

Exame Nacional Matemática A | 2023 | 2.ª Fase | Proposta de Resolução | 1


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1. A resposta correcta é a D, dado que:

n n
 2  −2  −2
▪ lim 1 −  = lim 1 +  =e
 n   n 

 n2 + 1   n2 1  1
▪ lim  −  = lim  − −  = − (+ ) − = − − 0 = −
 + 
 n   n n 

 3 3
n 4+  4+
4n + 3  n +  4+0 4
▪ lim = lim = = =
3n + 4  4 4 3 + 0 3
n 3 +  3 +
 n +

▪ se n é par, então lim


( −1)
n
1
= lim =
1
= 0 e se n é ímpar, então lim
( −1) = lim −1 = −1 = 0 , pelo que
n

n n + n n +

( −1)
n

lim =0.
n
Resposta: D

2. Seja ( un ) a sucessão que dá o perímetro do n − ésimo triângulo. Assim, como os triângulos são equiláteros e como
para obter cada triângulo, à excepção do primeiro, unem-se os pontos médios do triângulo anterior, vem que lado de cada
triângulo é metade do anterior, e portanto, o perímetro de cada triângulo é metade do anterior, isto é:

1 u 1
un +1 = un  n +1 = ,  n 
2 un 2

1
Logo que ( un ) é uma progressão geométrica de razão .
2

Assim, como u1 = 3 AB = 3  1 , vem que a soma dos perímetros dos n triângulos da sequência é dada por:

n n
1 1
1−   1−     1 n 
Sn = u1    = 3    = 6  1 −   
2 2
1 1  2 
1−  
2 2

1
n
1
n
1
n
 1 
n
Como    0 ,  n  , vem que −    0  1 −    1  6  1 −     6 , pelo que se conclui que
2 2 2  2 
 
para todo o n  a soma dos perímetros dos n triângulos da sequência é inferior a 6 .

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3. Das seis posições possíveis escolhem-se duas para os dois 5 , o número de maneiras de o fazer é 6C2 .

Para as restantes quatro posições temos oito possibilidades para cada uma delas, qualquer um dos algarismos, 1 , 2 ,
3, 4, 6, 7, 8 e 9.

Logo, o total de números de cinco algarismos que se podem formar com os algarismos de 1 a 9 , com exactamente dois
cincos é 6C2  84 = 61440 .
Resposta: B

4. Tem-se que:

(
P ( A B)  B ) = P (( A  B )  ( B  B )) = P (( A  B )  ) = P ( A  B )
(
P ( A B) B = ) P ( B) P ( B) P ( B) P ( B)

Assim:

▪ como A e B são equiprováveis, vem que P ( B ) = P ( A ) , pelo que:

P ( A ) = 0,6  1 − P ( A ) = 0,6  P ( A ) = 0, 4  P ( B ) = 0, 4

▪ P ( A  B ) = 0,7  P ( A) + P ( B ) − P ( A  B ) = 0,7  P ( A ) + 1 − P ( B ) − P ( A) + P ( A  B ) = 0,7 


P ( A ) − P ( A B )

 +1 − 0, 4 + P ( A  B ) = 0,7  P ( A  B ) = 0,7 − 1 + 0, 4  P ( A  B ) = 0,1

P ( A  B)
(
Logo, P ( A  B ) B = ) P ( B)
=
0,1 1
= .
0, 4 4

5. Cada hexágono tem seis vértices, pelo que, como são n hexágonos, vem que existem 6n vértices nos n hexágonos.
Como se escolhem dois pontos do conjunto formado pelo ponto V e pelos 6n vértices, vem que o número de casos
possíveis é:

( 6n + 1)! = ( 6n + 1)  6n  ( 6n − 1)! = 3n 6n + 1
6 n +1
C2 = ( )
2!( 6n + 1 − 2 )! 2  ( 6n − 1)!

O número de casos favoráveis é n  6C2 = 15n , que é o número de maneiras de escolher dois vértices de um dos n
hexágonos.

15 n 5 5 5
Assim, para n  , tem-se, =  =  6n + 1 = 49  6n = 48  n = 8 .
3 n ( 6n + 1) 49 6n + 1 49
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6. Como os pontos de coordenadas (1,5 ) e ( 2,7 ) pertencem ao gráfico de f , vem que f (1) = 5 e f ( 2 ) = 7 , pelo
que:

 f (1) = 5 eb = 5 − a
a + eb1 = 5 e = 5 − a e = 5 − a
b b

     
 f ( 2 ) = 7 ( )
a + ( 5 − a ) = 7
2
a + eb2 = 7
2
 a + eb = 7 a + 25 − 10a + a 2 = 7

eb = 5 − a
e = 5 − a
b
 e = 5 − a
b

  
a 2 − 9a + 18 = 0 a = 9  ( −9 ) − 4  1  18
2
a = 3  a = 6
 2 1

Assim, para a = 3 , vem que eb = 5 − 3  eb = 2  b = ln 2 , e para a = 6 , vem que eb = 5 − 6  eb = −1 , que é


uma equação impossível, pelo que a = 3 e b = ln 2 .

0
sen ( 2 x )
 
0 2sen x cos x sen x
7. lim = lim = lim  lim ( 2cos x ) = 1  2cos ( 0 ) = 1  2 1 = 2 .
x →0 x x →0 x x →0 x x →0

Resposta: D

8.

8.1. O centro da superfície esférica é o ponto médio do segmento de recta  AG  , isto é:

 13 
 4 + 12 0 + 2 0 + 2   13 
M  AG   , ,  , ou seja, M  AG   8, ,1
 2 2 2   4 

2
 13  169 441 21
A medida do raio é dada por AM = ( 4 − 8) +  0 −  + ( 0 − 1) = 16 +
2 2
+1 = =
 4 16 16 4

Assim, a equação da superfície esférica de diâmetro  AG  é dada por:

2 2 2

( x − 8) +  y −  + ( z − 1) =    ( x − 6 ) +  y −  + ( z − 1) =
2 13 2 21 2 13 2 441
 4  4  4 16

Resposta: A

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8.2. Como o prisma é hexagonal e recto, vem que recta FG é paralela à recta EL , pelo que um vector director da recta
FG é o vector de coordenadas r ( 3, 4,0 ) .

Assim, como a recta FG , contém o ponto G , vem que uma equação vectorial da recta FG é:

( x, y, z ) = 12,
13 
, 2  + k ( 3, 4,0 ) , k 
 2 

 13 
Logo, as coordenadas do ponto F são da forma F 12 + 3k , + 4k , 2  .
 2 

Mas os vectores AF e r são perpendiculares, pelo que AF  r = 0 .

 13   13 
Como AF = F − A = 12 + 3k , + 4k , 2  − ( 4,0,0 ) =  8 + 3k , + 4k , 2  , tem-se que:
 2   2 

 13   13 
AF  r = 0   8 + 3k , + 4k , 2   ( 3, 4,0 ) = 0  3 (8 + 3k ) + 4  + 4k  + 2  0 = 0 
 2  2 

 24 + 9k + 26 + 16k = 0  25k = − 50  k = − 2

 13   3 
Logo, F 12 + 3  ( − 2 ) , + 4  ( − 2 ) , 2  , ou seja, F  6, − , 2  .
 2   2 

+
9. Seja a  , a abcissa do ponto A . Assim, OA = a .

Assim:

OA a a 
▪ como OD = , vem que OD = e como D pertence ao eixo Ox , vem que D  ,0 
3 3 3 

OA a a
▪ como OC = , vem que OC = , vem que a ordenada de E é .
4 4 4

OA a 2a 2a  2a a 
Por outro lado, CE = OA − EB = OA − =a− = , vem que a abcissa de E é , e portanto E  , 
3 3 3 3  3 4

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a
3



a 

4
 a
 3 a
2a
3
a

Tem-se que:

 a a   a a
▪ DC = C − D =  0,  −  ,0  =  − , 
 4 3   3 4

 2a a   a   a a 
▪ DE = E − D =  ,  −  ,0  =  , 
 3 4 3  3 4

 a a a a a2 a2 7a 2
Portanto, DC  DE = − 7   − ,    ,  = − 7  − + = −7  − = − 7  7 a 2 = 7  144 
 3 4   3 4  9 16 144

 a 2 = 144  a = 144  a = 12
a 0

∴ OA = 12

10.

I. A função g é diferenciável em \ −1,1 , pelo que também o é em x = 0 , pelo que é contínua em x = 0. Logo,
lim g ( x ) = g ( 0 ) e, portanto, como g ( 0 )  0 , vem que lim g ( x )  0 . Logo, o gráfico da opção I não pode
x →0 x →0

representar a função g dado que o limite quando x tende para zero por valores à esquerda é positivo.

II. Dado que g  ( x )  0 para todo o x   − , −1 , vem que g é decrescente em  − , −1 , pelo que o gráfico da
opção II não pode representar a função g , visto que a função representada neste gráfico é crescente em  − , −1 .

III. Como a função g é par e como lim− g ( x ) = +  , vem que lim + g ( x ) = +  , pelo que o gráfico da opção III
x →1 x →−1

não pode representar o gráfico de g , dado que nesta opção o limite quando x tende para − 1 à sua direita é −  .

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11. Tem-se que um argumento de z1 é e, dado que o triângulo  ABC  é equilátero, um argumento de z 2 é
2
 2 7
+ = .
2 3 6

Assim, sendo r a medida do raio da circunferência, vem que OA = OB = r e:

( z1 )  z2 = re
2 ( )  re
i
 2
2
i
7
6 = r 2e 
 
i  2 
2
 re
i
7
6

i +
= r 3e 
7 

6 
= r 3e
i
13
6
 13
i
= r 3e  6

− 2 

= r 3e
i

6


pertence ao primeiro quadrante, vem que o afixo de ( z1 )  z2 pertence ao
2
Logo, como o ângulo de amplitude
6
primeiro quadrante.
Resposta: A

12. Como o afixo de z pertence ao quatro quadrante e satisfaz a condição Re ( z ) = − Im ( z ) , isto é, o seu afixo pertence

também à bissectriz dos quadrantes pares, vem que um argumento de z é − .
4

Tem-se que:

 
i − 
▪ 2i = 2i  i = 2  1  ( − i ) = − 2i = 2 e
11 8 3  2

( )
2
( −1) = 1 + 3 = 4 = 2 e sendo  um argumento de −1 − 3i , vem que:
2
▪ − 1 − 3i = + − 3

− 3  4
tg  = = 3 e  pertence ao terceiro quadrante  +  =
−1 3 3

4
i
Logo, −1 − 3i = 2 e 3

 
i −    4   11 
11 i  2  i i − + − i  −
2i e 2e e  
Assim, z = = 4
=e 2 3 
=e 6 

−1 − 3i i
3
2e

11  11  19


Portanto,  − = − + 2 k , k    = − + 2 k , k    = + 2 k , k 
6 4 6 4 12

19
∴= (k =0)
12

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13. Tem-se que se a taxa duplica, então o juro a pagar é dado por p ( 2 j ) .

Assim, pretende-se determinar j  0 tal que p ( 2 j ) = p ( j ) + 120

y = p(2y)

25

y = p ( j ) + 120

O  3, 281 j

Logo, j  3, 281 %.

14.

14.1.

Assimptotas verticais

lim+ f ( x ) = lim+
ln x + 2 x  ln x 2 x
= lim+  + =
( )
 ln 0
+
−
+ 2 = + + 2 = − + 2 = −
x →0 x →0 x →0
 +
x  x x  0 0

Logo, a recta de equação x = 0 é assimptota vertical ao gráfico de f .

Como f é contínua em  0, +   , o seu gráfico não tem mais assimptotas verticais.

Assimptota horizontal


 
ln x + 2 x   ln x 2 x  ln x
lim f ( x ) = lim = lim  +  = xlim +2=0+2=2
x →+  x→+ x→+ →+  x
x  x x 
Limite notável

Logo, a recta de equação y = 2 é assimptota horizontal ao gráfico de f , quando x → +  .

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14.2. Tem-se que:

1 
   + 2   x − ( ln x + 2 x )  1
 ln x + 2 x  ( ln x + 2 x )  x − ( ln x + 2 x )  x 
=
x 
▪ f ( x) =   = =
 
2
x x x2

x
+ 2x − ln x − 2 x
x 1 − ln x
= 2
=
x x2

1 − ln x
▪ f ( x) = 0  2
= 0  1 − ln x = 0  x 2  0  − ln x = −1  x  0  ln x = 1  x  0 
x

 x = e1  x  0  x = e  x  0

Elaborando um quadro de sinal de f  e relacionando com a monotonia de f , vem:

x 0 e +

1 − ln x n.d. + 0 −

x2 n.d. + + +

f ( x) n.d. + 0 −

f n.d. máx.

A função f é crescente em  0,e  , é decrescente em  e, +   e tem máximo em x = e , que é:

ln e + 2e 1 + 2e 1 2 e 1
f (e) = = = + = +2
e e e e e

15. Consideremos a figura:


−
2

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AC  OB 2 OA  OB
A área do triângulo  ABC  é dada por = = OA  OB .
2 AC = 2 OA 2

Como a recta AB é tangente à circunferência no ponto T , vem que os triângulos OTA e OTB  são rectângulos
em T , pelo que:

OT 2 2
▪ cos  =  cos  =  OA =
OA OA cos 

  OT 2 2
▪ cos  −   =  sen  =  OB =
 2  OB OB sen 
= sen 

Portanto, a área de  ABC  é dada, em função de  , por:

AC  OB 2 OA  OB 2 2 4 4 2 8
= = OA  OB =  = = =
2 AC = 2 OA 2 cos  sen  sen  cos  2 sen  cos  sen ( 2 )
= sen ( 2 )

16. Seja a a abcissa dos pontos P e Q .

Assim, como P e Q pertencem aos gráficos de f e g , respectivamente, vem que:

 k  k
P ( a, f ( a ) ) , ou seja, P  a,  e Q ( a, g ( a ) ) , ou seja, P  a, − 
 a  a

 k  k   x − k  x 0  x − k  1 k  k   k  k
Tem-se que f  ( x ) =   = = = − e g  ( x ) =  −  = −   = 2
 x x2 x2 x2  x  x x

Logo:

k k
▪ sendo s a recta tangente ao gráfico de f no ponto de abcissa a , vem que ms = − 2
, pelo que s : y = − 2 x + b1
a a

 k k k k k 2k
Como P  a,  pertence à recta s , vem que = − 2  a + b1  b1 = +  b1 =
 a a a a a a

1 2k
Portanto, s : y = − 2
x+
a a

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k k
▪ sendo t a recta tangente ao gráfico de g no ponto de abcissa a , vem que ms = 2
, pelo que s : y = 2 x + b2
a a

 k k k k k 2k
Como Q  a, −  pertence à recta s , vem que − = 2  a + b2  b2 = − −  b2 = −
 a a a a a a

1 2k
Portanto, t : y = 2
x−
a a

▪ determinando as coordenadas do ponto de intersecção das rectas s e t , vem que:

k 2k k 2k 2k 2k k k 4k 2k 2x
− 2
x+ = 2 x−  + = 2 x+ 2 x = 2 x4=  4 a = 2 x  x = 2a
a a a a a a a a a a a

k 2k 2k 2k
A ordenada do ponto de intersecção é y = 2
2a − = − = 0  R ( 2a,0 )
a a a a

k P
a
f

R
O a 2a x
g
k

a Q

A altura do triângulo  PQR  é dada por 2a − a = a , pelo que a área do triângulo  PQR  é dada por:

1 PQ  a 1  k  k   1 k k 1 2k
 =  −  −  a =  +  a =   a =k
2 2 2  a  a  2 a a 2 a

FIM
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