Você está na página 1de 8

Lista 3 de Cálculo III

Abril 2023

1
Questão 1
a) Temos que limn→∞ f (n) = 0, logo f (n) converge para zero.
b) Temos que
√ √ 1
lim n + 1 − n = lim √ √
n→∞ n→∞ n+1+ n
√ √
Como n + 1 + n → ∞ para n → ∞, temos que limn→∞ f (n) = 0, logo f (n) converge
para zero.

Questão 2
a) Utilizando a definição de limite de uma sequência, temos que para n ≥ N, |an − L| < ϵ,
ϵ > 0 onde L é o limite da sequência, o qual facilmente obtemos valer 0. Assim,
1 1
|aN | < ϵ ⇒ <ϵ⇒N >
N ϵ
b) Utilizando a definição de limite de uma sequência, temos que para n ≥ N, |an − L| < ϵ,
ϵ > 0 onde L é o limite da sequência, o qual facilmente obtemos valer 0. Assim,
2N 2 2 1
|aN | < ϵ ⇒ < ϵ ⇒ N > −
N3 + 1 ϵ N
2 2 1 2
Portanto, N > sup( ϵ − n ), n ∈ N, o qual vale ϵ (basta fazer n tender ao infinito), logo
r
2
N>
ϵ

Questão 3
a) Note que
1 1 1
− =
2(2n − 1) 2(2n + 1) (2n − 1)(2n + 1)
1
, logo ∞
P
Logo a série é telescópica para bn = 2(2n−1) n=1 an = b1 − L, onde L é o limite de
bn , o qual é fácil ver que vale zero, logo

X 1
an =
n=1
2
b) Note que a série dada é resultado da soma de duas PGs com razões entre −1 e 1, logo
basta calcularmos a série de cada uma separadamente e somá-las.
∞ 1
X 1 3 1
n
= 1 =
n=1
3 1 − 3
2
∞ 1
X 1
n
= 2 1 =1
n=1
2 1− 2

2
Logo, nossa resposta é
1 3
+1=
2 2
c) Note que
1 1 2n + 1
2
− 2
= 2
n (n + 1) n (n + 1)2
P∞
Logo a série é telescópica para bn = n12 , que obviamente converge para zero, logo n=1 an =
b1 − L, onde L é o limite de bn , assim:

X
an = 1
n=1

d) Note que √ √
1 1 n+1− n
√ −√ = √ √
n n+1 n n+1
Logo a série é telescópica para bn = √1n , que obviamente converge para zero, logo
P∞
n=1 an = b1 − L, onde L é o limite de bn , assim:


X
an = 1
n=1

Questão 4
a) Pela regra de Leibniz, temos que

X 2(−1)n
n=1
3n

converge pois a sequência associada à série é monótona decrescente (PG de razão com módulo
menor que 1). Além disso,

X 1
n=1
2n
converge por ser PG com a mesma propriedade. A soma de duas séries convergentes é
convergente, logo a sequência em questão converge.
b) Temos que

X n
n=1
2n
an+1
converge pelo teste da razão (verifique que limn→∞ an
= 12 ), além disso

X 1
n=1
2n

3
converge por ser PG de razão com módulo menor que 1, logo, como a soma de duas séries
convergentes é convergente, temos que a série em questão converge.
c) Para s ≤ 0 é óbvio que a dada série diverge pois o termo an para n → ∞ não converge
para zero. Para s > 0, façamos o teste da comparação pela razão com a série bn = n1 , assim
1
n (ln n)s
lim 1 = lim = 0,
n→∞
(ln n)2
n→∞ n
sendo um limite fundamental.
Logo, como bn diverge, temos que a série pedida também diverge.
d) Façamos pelo teste da razão. Temos que:
an+1 n + 1 −2n−1
lim = lim ·e
n→∞ an n→∞ n
Como limn→∞ n+1 n
= 1 e limn→∞ e−2n−1 = 0, o limite inicial vale 0, logo, a série é conver-
gente.
e) Basta escrever o termo geral como

1 n
an = 3 + 3
n + 3n + 3n n + 3n2 + 3n
2

Temos que
1 1
n3 + 3n2 + 3n < n2 ⇒ 2
> 3
n n + 3n2 + 3n
Como n12 tem série associada convergente, temos que a série associada à n3 +3n1 2 +3n também
o será.
Analogamente, n5/2 + 3n3/2 + 3n1/2 > n2 e fazendo o mesmo caminho temos que essa série
também converge, portanto, a soma de duas séries convergente é também convergente e a
série dada é convergente.

f) Fazendo x = u e usando integração por partes obtemos que:
Z n+1 √
e− x dx = bn − bn+1
n

− n

Onde bn = 2e ( n + 1).
√ √
Temos que o limite dessa sequência vale
− n
limn→∞ bn = limn→∞ 2e ( n + 1) = 0, aplicando o limite fundamental duas vezes.
Logo, a série inicial converge.
g) Temos que n(n + 1) < (n + 1)2 , logo √ 1 > n+11 1
, como a série associada a n+1
n(n+1)
diverge (série harmônica), temos que a série dada diverge.
h) Temos que
ln n ln n
√ < 3
n n+1 n2
1
Vamos fazer o teste da comparação da sequência majorante com bn = n4/3
, a qual sabemos
ser convergente pelo expoente ser maior que 1. Assim,

4
ln n
n2
3 ln n
lim = lim = 0,
n→∞ 14
1
n→∞ n6
n3
limite fundamental, logo nossa sequência original converge.

Questão 5
−s−1
Verifique que f ′ (n) = − (ln(x)) n2 )(s+ln n)
Dessa forma, sempre existe um menor valor de x a partir do qual a derivada é sempre
menor que zero, e, portanto a funçaõ é estritamente decrescente. Como a função também é
sempre positiva, podemos aplicar o teste da integral.
Temos que, resolvendo a integral dada (basta fazer u = ln n)
Z b
(ln b)1−s (ln a)1−s
f (n)dn = −
a 1−s 1−s
, com a = a(s)
Logo, devemos ter 1 − s < 0 ⇒ s > 1.

Questão 6
a) Pelo teste da razão (sequência positiva) verifique que limn→∞ an+1
an
= 14 < 1, logo a série
converge.
b) Pelo teste da razão (sequência positiva) verifique que limn→∞ an+1
an
= 0 < 1, logo a série
converge.
c) Pelo teste da razão (sequência positiva) verifique que limn→∞ an+1
an
= 2e < 1, logo a série
converge.
1
d) Para n ≥ 2 ⇒ nn > ln n ⇒ (ln1n) n > n1 , como a série harmônica diverge, a série pedida
diverge pelo teste da comparação.
e) Vamos fazer o teste da comparação por razão com a sequência harmônica (esta no
numerador), a qual sabemos que diverge.
1 1
lim 1
 = lim 2 = 1
n→∞ 1 − ne−n
−n2
n→∞ n n
−e
Logo essa série também diverge.
f) Teste da razão é imediato.

Questão 7
a) Pela Regra de Leibniz, é convergente. Mas temos que o módulo da série não será
convergente pois a série do módulo da série associada não converge, pelo fato de o módulo
do expoente ser menor que 1. Portanto, a série é condicionalmente divergente.

5
b) Para s > 0, pelo critério de Leibniz, será condicionalmente convergente, conforme o
interior.
Para s > 1, temos que a série associada ao módulo da sequência converge, logo será
absolutamente convergente.
Logo, para s ≤ 0 e s = 1, diverge, 0 < s < 1 é condicionalmente convergente, e para
s > 0 é absolutamente convergente.
c) Pelo teste da razão com a série associada ao módulo da sequência, o qual tem resultado
no limite igual a um, temos que a série é absolutamente convergente.
d) Graficamente podemos vizualizar que
Z n+1 −x
e e−n
dx < = bn
n x n
e−n
. Logo a série dada é menor que ∞
P
n=1 n , e, pelo teste da razão, temos que

bn+1 1
lim = <1
n→∞ bn e
Logo essa série converge e, portanto, a série original converge.
e) Temos que
̸ ∃ lim sin(ln n)
n→∞

Logo a série é divergente.


1 sin x
f) Temos que n sin  n < 1, pois 1x < 1 se x > 0.
1
Logo, ln n sin n = − ln n sin n
1
Vamos usar o teste da comparação através da razão com a série n2
, a qual sabemos ser
convergente.
Temos que;

− ln n sin n1 1
lim 1 = >0
n→∞
n2
6
(Faça a mudança k = n1 e aplique L’Houpital duas vezes)
Portanto, a série original converge.

Questão 8
Temos que a soma dos ı́ndices ı́mpares converge. De fato, como a soma dos inversos dos
quadrados dos números naturais converge, temos que
∞ ∞
X 1 X 1 C
2
=C⇒ 2
=
n=1
n n=1
(2n) 4

Logo a soma dos ı́mpares vale 3C


4
.
Por outro lado, a soma dos termos pares pode ser escrita como o simétrico de

6
∞ ∞
X 1 1X1
=
n=1
2n 2 n=1 n
Como a série harmônica diverge, a soma dos pares diverge, logo a série original diverge,
por ser a soma de uma sequência convergente e uma divergente.

Questão 9
2n+1
ln
Vamos usar o teste de Dirichlet, com an = z n e bn = √n
n
É fácil achar que bn tende a zero e, após fazer uma derivada (ou apenas subtrair dois
P termos
consecutivos), achamos que bn é monótona. Logo, basta garantirmos que |An | = | ∞ n=1 an | é
limitado.
Se |z| > 1, obviamente An diverge. Se |z| = 1 e z = 1, novamente, An diverge. Se |z| = 1
e z ̸= 1, temos que |An | converge (está provado nas notas de aula), logo nossa sequência
original converge por Dirichlet.
Se |z| < 1 temos uma PG com razão de módulo menor que um, logo é limitada e mais
uma vez a sequência é convergente.

Questão 10
a) Vamos aplicar o teste da comparação pela razão com n1 , cuja integral imprópria de 1
a +∞ diverge, como sabemos.
Note que, de 0 a 1, a integral da função da questão original converge para um valor, isto
é, existe, já que a função é contı́nua nesse intervalo. Assim, vamos analisar a convergência
no intervalo [1, +∞) através do teste a seguir.
Assim,
√ x
4 1
lim x1 +1 = lim q =1
n→∞ n→∞ 1
x 1 + x4
Logo, como a integral nesse intervalo diverge, a integral imprópria dada diverge.
b) Chegamos a ver em cálculo II o valor dessa integral e calculá-lo, mas enfim, vamos só
provar que converge.
2 2
Para x > 1, temos que e−x < xe−x .
Note também que como a função dada no integrando é par, temos que:
Z +∞ Z +∞
−x2 2
e =2 e−x
−∞ 0

Note que a integral de 0 a 1 existe, pois a função é contı́nua nesse intervalo. Assim, vamos
analisar a convergência em [1, +∞)
Z +∞ Z +∞
−x2 2
e < xe−x =
1 1 e

7
Com esta última integral imprópria facilmente feita por partes.
Logo, a integral dada converge.

Questão 11
Temos que, ao resolver a integral (não é difı́cil):
Z b
c(ln(b2 + 1) − ln 5) ln(2b + 1) − ln 5)

cx 1
− = −
2 x2 + 1 2x + 1 2 2
Note que a parte que nos interessa de tudo isso é a que varia com b:

(b2 + 1)c
c ln(b2 + 1) − ln(2b + 1) = ln
2b + 1
Como queremos que esse limite exista para b → +∞, temos que o expoente predominante
no numerador deve ser igual ao denominador, logo c = 21 , e assim a integral imprópria valerá:
Z +∞  
x 1 1 5
2
− = ln
2 2(x + 1) 2x + 1 4 4

Você também pode gostar