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RESOLUÇÃO DOS EXERCÍCIOS

UNIDADE 2

TÓPICO 1
1. Mostre que toda subsequência de uma sequência limitada é limitada.

Seja a sequência x n nN limitada inferior mente por a e superiormente por b, ou seja,

a < x n < b . Seja também x m mM uma subsequência de x n nN . Como todo

elemento x m pertence a x n nN então a < x m < b e consequentemente x m mM é

uma sequência limitada.

2. Decida se as sequências a seguir são limitadas ou não, e justifique sua


resposta.

(
a) x = (- 3)n )n∈N
Ilimitada pois não é possível encontra um c real tal que (- 3)n ≤c

1 1 1
b) x = 1, , ,..., n ,...
3 7 2 -1
1
Sabemos que 2n – 1 ≥ 1 e que portanto 0 ≤ n ≤1 o que pode ser escrito como
2 -1
1 1
-1 ≤ ≤1 e portanto ≤1 assim x é uma sequência limitada.
2n - 1 2n - 1

 8n 
c) x   
 n! 
  nN
Perceba que todos os termos são positivos, logo é limitado inferiormente por zero
0 ≤xn .

8 8n 8 8n +1
x
Note que n +1 = x n · = · =
n + 1 n! n + 1 (n + 1)!
Sendo assim temos que a sequência é crescente até o 7º termo (8 > n+1), que o 8º
termo é igual ao 7º (8 = 7+1) e que a partir do 9º termo a sequência é decrescente (8 >
n+1).

88
Então, o 7º e o 8º termos são os maiores termos da sequência, portanto xn ≤ .
8!
Desta forma:

88 88 88 88
0 ≤ x n ≤ , ou ainda - ≤x n ≤ e xn ≤ . Então x é limitada.
8! 8! 8! 8!

 2 
d) x   7  
 n 4 nN
2
Sabemos que ≤2 e positivo, pois n é um número natural. Sendo assim
n4
2 2
5 ≤ 7- 4
≤7 , ou ainda - 7 ≤ 7 - ≤7 . Portanto x é limitado.
n n4

TÓPICO 2

 n 
1: Encontre o limite da sequência  
 n  1  nN .

Podemos reescrever

n n  1 1 n  1 1 1
    1 .
n 1 n 1 n 1 n 1 n 1

n  1  1
Agora lim  lim 1    1  lim  1 0  1
n   n  1 n   n  1 n n  1

OBS: Existem outras maneiras de encontrar este limite

 2n  1 
2 Encontre o limite da sequência  
 n  nN .

Podemos reescrever
2n + 1 2n 1 1
= + = 2+ .
n n n n

2n + 1 1 1
Agora lim = lim 2 + = lim 2 + lim = 2 + 0 = 2
n→∞ n n→∞ n n→∞ n → ∞n

OBS: Existem outras maneiras de encontrar este limite

3. Analise as sequências a seguir e indique se elas são ou não convergentes:

a) {2, 4, 8, …, 2n , …}

b)  2 
n
nIN não é monótona nem limitada.

c) 1 nnIN é monótona decrescente e limitada, logo convergente.

 n 
d)   é convergente.
 n  1 nIN

 1   1n 
e)  
 não é monótona. Logo, embora seja limitada, não é convergente.
 2 nIN

4. Decida se as sequências a seguir são convergentes. Caso sejam, prove:

 2n  3 
a)  
 n  nIN

2n - 3 2n 3 3
= - = 2-
n n n n

2n - 3 3
Assim lim = lim 2 - = 2 .
n→∞ n n→∞ n

Então a sequência converge para 2.

 n2  3 
b)  2 
 n  nIN

n2 + 3 n2 3 3
2
= 2
+ 2
= 1+
n n n n2

n2 + 3 3
Assim lim 2
= lim 1+ = 1.
n→∞ n n→∞ n2
Então a sequência converge para 1.

  1  3 n 
c)    
 3  
  nN

1+ 3
3 ≤2 1 + 3 ≤3 ≤1
3

n n +1
1+ 3 1+ 3
Portanto ≥ , ou seja, é monótona decrescente e limitada
3 3
superiormente. Temos ainda que todos os termos são positivos, ou seja, limitada
inferiormente. Sendo assim , pelo Teorema 2.2.3 a sequência é convergente.

1 
d)  cos(n) 
  nIN

Basta observar os 1º termos

1 1
x1 = cos(1· ) = -
 

1 1
x2 = cos(2· ) =
 

1 1
x3 = cos(3· ) = -
 

1 1
x4 = cos(4· ) =
 
Note que ocorre uma repetição de valores, a sequência é alternada e seu limite não
existe, portanto não é convergente.

 2n 
e)  51  
 n!  nIN

A partir do segundo termo a sequência é monótona decrescente, como também é


limitada, podemos concluir pelo teorema 2.2.3 que é convergente.
TÓPICO 3

1.Demonstre a Regra do Confronto.

Consideremos três sequências x n nN , y n nN e z n nN tais que x n  y n  z n

para todo n natural e suponhamos também que lim x n  lim z n  a . Então dado
n n

  0 , existem n a e nb tais que xn  a   e zn  a   para todos n  na e n  nb .

Consideremos então n0  max( na , nb ) . Segue que xn  a   e zn  a   para

todo n  n0 . Em particular,   a  zn    a e   a  xn    a . Mas, por hipótese,

x n  y n  z n para todo n natural. Então,   a  xn  yn  zn    a para todo

n  n0 . Segue que yn  a   para todo n  n0 e, portanto, lim y n  a , CQD.


n  

2. Dadas duas sequências x n nN e y n nN tais que lim x n  a e lim y n  b


n   n  

, prove que lim x n  y n   a  b .


n

(a) Seja   0 . Como lim x n  a e lim y n  b , existe um número natural n 0 tal


n   n  

que xn  a   e yn  b   para todo n  n0 . Agora, pelas propriedades de valor

absoluto demonstradas na unidade anterior,

x n  y n   a  b  x n  a  y n  b
 xn  a  yn  b
 xn  a  yn  b
 xn  a  yn  b


 
Assim, basta tomar n1 tal que x n  a  e yn  b  para todo n  n1 . Neste
2 2
caso,
  x n    y n     a    b    x n  a    y n  b
 
    .
2 2

para todo n  n1

3. Dadas duas sequências x n nN e y n nN tais que lim xn  0 e y n nN é


n

limitada, mostre que lim xn  yn   0 .


n

Consideremos duas sequências x n nN e y n nN tais que lim xn  0 e y n nN


n

é limitada, e vamos mostrar que lim xn  yn   0


n

Dado   0 , existe um número natural n 0 tal que xn  0   para todo n  n0 . Por

outro lado, como y n nN é limitada, existe um número real c positivo para o qual

yn  c qualquer que seja n. Analisemos agora xn  yn  0 .

xn  yn  0  xn  yn  xn  yn  c   .


Assim, basta tomar n1 para o qual x n  0  x n  para todo n  n1 Neste caso,
c

xn  yn  0  c    , para todo n  n1 , CQD.
c

4. Prove que lim xn   se, e somente se, lim  xn    .


n n

PRIMEIRA PARTE: Se lim xn   , então lim  xn    .


n n

Seja k um número inteiro positivo. Como lim xn   , é possível encontrar nk para


n

o qual xn  k para todo n  nk . Em particular,  x n  k , para todo n  nk . Como k


foi considerado como sendo qualquer número inteiro positivo, segue que – k é uma
número inteiro negativo qualquer. Pela definição, segue que lim  xn   
n
.SEGUNDA PARTE: Se lim  xn    , então lim xn   .
n n

Seja k um número inteiro negativo. Como lim  x n    , é possível encontrar nk


n

para o qual  x n  k para todo n  nk . Em particular, x n  k , para todo n  nk .


Como k foi considerado como sendo qualquer número inteiro negativo, segue que – k
é uma número inteiro positivo qualquer. Pela definição, segue que lim xn   .
n

5. Dadas duas sequências reais x n nN e y n nN .tais que lim xn   e y n nN
n

é limitada inferiormente. Então lim x n  y n   


n

Seja k >0.

Como y n nN é limitada inferiormente, ou seja, existe c para o qual c  yn qualquer

se seja n N.

k
Por outro lado, lim xn   , e portanto é possível encontrar nk para o qual x n 
n c
k
para todo n  nk . Então, qualquer que seja n  nk , x n  y n   c  k . Como k foi
c
escolhido arbitrariamente, segue que lim x n  y n    , como queríamos demonstrar.
n

6. Suponhamos que x n nN e y n nN sejam sequências de números positivos.

xn
Mostre que existe c > 0 tal que xn  c e se lim yn  0 , então lim   . Por
n n yn

outro lado, se x n nN for limitada e lim yn   , então lim


xn
 0.
n n  yn

Suponhamos inicialmente que exista c > 0 tal que xn  c e que lim yn  0 .


n
1
Então, pela Proposição 3.3.4, lim   . Como consequência da PROPOSIÇÃO
n yn

 1  x
3.3.2 (ii), segue que lim x n     lim n   . Suponhamos agora que x n nN é
n  yn  n yn
limitada e lim yn   . Então existe M>0 tal que x n  x n  M para todo natural n.
n

M
Consideremos agora   0 . Então existe n 0 tal que y n  para todo n  n0 .

 
 M    , para todo n  n0 . Segue que
1 1 1
Portanto,  e xn   xn 
yn M yn yn M

xn
lim  0 , como queríamos demonstrar.
n yn

1 1 
xn   xn   M  
yn yn M

1 1 1
Então   , para todo n. Assim, temos uma sequência limitada
xn xn M

inferiormente e uma sequência convergindo para o infinito. Novamente, pela


 1  y
Proposição 3.3.4 (ii), segue que lim y n     lim n   .
n  xn  n xn
TÓPICO 4

n
3
1. Verifique se a série    converge ou não.
4

A série acima é uma série geométrica de razão menor do que 1, portanto,


convergente.

2. Verifique se a série  2  3n é ou não convergente.

A série acima é divergente, pois é uma série geométrica de razão 3 > 1..

2
3. Verifique se a série  n4 é ou não convergente.

A série acima é convergente, pois é uma p-série, com p = 4 > 1.

12
4. Verifique se a série   n é ou não convergente.
3

 1
A série acima é convergente, pois é uma série geométrica de razão  1      1
 3

4
5. Verifique se a série 3n é ou não convergente.

A série acima é divergente, pois é uma p-série, com p = 1/3 < 1.

n2
6. Verifique se a série  5n 2  4 é ou não convergente.

Não sabemos se esta série converge ou não. Assim, vamos começar verificando o
limite do termo geral da sequência que origina a série quando n tende ao infinito: se for
diferente de 0, podemos concluir que a série é divergente pelo critério de divergência;
se for igual a 0, nada podemos concluir e precisaremos pensar em outra forma de
analisarmos a série.
   
   
 n2   n 2
 1 1 1 1
lim    lim    lim      0.
    50 5
n   5n  4
 n   n 2  5  4   n   5  4
2 4
  5  nlim
   n2   n 2
  n2  

Segue que a série é divergente.

 cosn x 
7. A série    é divergente ou convergente?
 2n 
 

Seja x um numero real qualquer.

Sabemos que  1  cos x  1 e, portanto,  1  cos n x  1 para todo n, ou seja,

1 cosn x 1 1

2 n

2 n

2n
, para todo n. Por outro lado, sabemos que a série  2n é

 cosn x 
convergente. Assim, pelo critério da comparação, segue que    também é
 2n 
 
convergente.

 lnn  
8. A série   n 
 é divergente ou convergente?

Sabemos que ln 1 = 0 e, com uma verificação simples na calculadora, que a partir de n


ln(n) 1
= 3, ln (n ) > 1. Assim,  para todo n > 2. Por outro lado, sabemos que a série
n n
1  lnn  
n é divergente. Segue, portanto, do critério de comparação que   n 

também é divergente.

9. Sejam  yn duas séries convergentes. Mostre que  c  xn e


 xn e

 xn  yn  também são e  c  xn  c   xn , e  xn  yn    xn   yn .


Se  xn e  yn são duas séries convergentes e sn e t n são suas respectivas

somas parciais, existem s e t tais que lim sn  s e lim t n  t .


n n
Consideremos a série xn  yn  . Vamos analisar as suas somas parciais:
w 1  x1  y1   s1  t1

w 2  x1  y1   x 2  y 2 
 x1  x 2   y1  y 2 
 s2  t 2

w 3  x1  y1   x 2  y 2   x 3  y 3 
 x1  x 2  x 3   y1  y 2  y 3 
 s3  t 3


w n  sn  t n

Agora, das propriedades de limite sobre sequências, segue que


lim w n   lim sn  t n   lim sn  lim t n  s  t
n n n n

Portanto, xn  yn    xn   yn .

Consideremos agora a série  c  xn . Vamos analisar as suas somas parciais:


w 1  c  x1  c  s1

w 2  c  x1   c  x 2 
 c  x1  x 2 
 c  s2

w 3  c  x1   c  x 2   c  x 3 
 c  x1  x 2  x 3 
 c  s3


w n  c  sn
Agora, das propriedades de limite sobre sequências, segue que
lim w n   lim c  sn   c  lim sn  c  s
n n n

Portanto, c  xn   c   xn .
n
 2n  3 
10. Teste a convergência da série    .
 3n  2 

Para testar a convergência desta série, vamos utilizar o critério da raiz.

n n
 2n  3   2n  3   2n  3 
lim n    lim n    lim  
n  3n  2  n    3n  2  n   3n  2 

 n  2  3 n  2  3 n  2  1
 lim    lim
n   n  3  2 n  n   3  2 n 3

Segue que esta série é convergente.

3
  1n n .
n
11. Teste a convergência da série
3
Vamos aplicar o teste da razão

 1n1 n n11
3

xn 1 3
lim  lim 3
n xn n
 1 nn
3n
  1n n  13 3n
 lim
n 3  3n  1n n3
 lim
n  13
n 3n3
 n  1 
3
1 1
 lim    1
3 n   n  3

Pelo Teste da Razão, esta série converge.

1
12. Teste a convergência da série n por meio testes da integral.

1
Aplicando o teste da Integral em f ( x )  , temos
x

dx  lim  dx  lim ln x 1t
1 t1
1 x t  1 x t 
 lim ln t  1  
t 

Segue que a integral diverge e, portanto, a série também diverge.

 1n n
13. Verifique se a série  n 1
é convergente.

  1n 1 yn
n
Reescrevendo esta série como , com y n 
, segue que a
n 1
sequência y n nN é claramente não crescente e que o limite do termo geral é 0.
Assim, pelo Critério das séries alternadas, esta série é convergente.

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