Você está na página 1de 6

Probabilidade e Estatı́stica

Soluções

Solução 1. Seguindo os dados da tabela, conseguimos plotar a reta de regressão linear:

Portanto, a resposta é:


y(9) + y(10) = 44, 78.
Logo, a previsão de demanda para os próximos dois meses é de 4478 peças, letra e).

Solução 2. Temos proporção populacional p = 0, 61 e n = 200. Logo,

n · p = 122 > 10

e
n · (1 − p) = 78 > 10.
Nesse caso, a distribuição da proporção amostral é aproximadamente normal, pelo Teorema do
Limite Central.

q
Assim, µp̂ = 0, 61 e σp̂ = p(1−p)
n = 0, 0011895 = 0, 03448. Agora podemos responder com base
nessa distribuição normal:

(i) P (−0, 5 ≤ Z ≤ 0, 5) = 0, 85294 = 85, 294%;

(ii) P (Z > 0, 65) = 0.123 = 12, 3%;

(iii) P (Z < 0, 58) = 0, 1921 = 19, 21%.

1
Portanto, a resposta é a letra e).

Solução 3. Com base na amostra coletada na tabela de 25 alunos dentre os 1000, calculamos o
intervalo de confiança com α = 0.05: [15.92, 16.64]. Portanto, a resposta é a letra a).

Solução 4. Vamos utilizar a probabilidade da união:

P (E1 ∪ E2 ) = P (E1 ) + P (E2 ) − P (E1 ∩ E2 ).


154 125
Temos: P (E1 ∪ E2 ) = 1, P (E1 ) = 460 e P (E2 ) = 460 , logo:

279
P (E1 ∩ E2 ) = 1 − = 0, 3934 = 39, 34%.
460
Portanto, não há alternativa correta no enunciado da questão.

Solução 5. Vamos resolver:

(i) A frequência acumulada relativa a Ótimo e Bom é:


154 87 241
+ = = 85, 16%.
283 283 283

(ii) A frequência simples relativa ao Ruim é:


10
= 3, 53%.
283

Portanto, a resposta é a letra b).

Solução 6. Os únicos corretos são I, II e III.


Portanto, a resposta é a letra d).

Solução 7. A partir dos dados de frequência por grupo da tabela, obtemos:

• Variância: 5743, 8775;

• Desvio-padrão: 75, 7883.

Portanto, a resposta é a letra e).

Solução 8. A partir dos dados de frequência de faltas da tabela, obtemos:

• Variância: 2, 4126;

• Desvio-padrão: 1, 5532.

Portanto, a resposta é a letra c).

Solução 9. Temos uma distribuição binomial com p = 0, 1154, n = 12 e k = 4, logo:


 
12
P (k = 4) = (0, 1154)4 · (0, 8846)8 = 0, 03291 = 3, 291%.
4

Portanto, a resposta é a letra c).

Solução 10. Basta obtermos a reta de regressão linear:

2
Assim, calculamos:
y(x) = 10 ⇔ x = 7, 26.
Portanto, a resposta é a letra e).

Vamos assumir que (an )n≥1 é uma sequência de números positivos e lim an+1 existe. Então, usando
n→∞ an
o teorema de Stolz:
 
1/n ln(an )  an+1
lim ln(an ) = lim = lim ln(an+1 ) − ln(an ) = lim ln ,
n→∞ n→∞ n n para∞ n→∞ an
de onde imediatamente
an+1 √
lim = lim n an .
n→∞ an n→∞

Nota: Para o caso em que limn→∞ an+1


an = 0 a prova ainda é válida, ainda obtemos que
√ √
limn→ inf ty ln( an ) = −∞, o que pode acontecer se e somente se limn→∞ an = 0.
n n

1 1
Escolha duas sequências Tn = n e Sn = n+π . A diferença deles vai para zero quando n vai para o
infinito. Mas
n+π−n n+π+n π
|f (Sn ) − f (Tn )| = |2 sin( ) cos( )| = |2 cos(n + )| = |2 sin(n)| > 0
2 2 2
para n ∈ N, então a função não é uniformemente contı́nua.

Enunciado. A função xn não é uniformemente contı́nua.


———-

Demonstração. Defina as sequências (xk )k∈N e (yk )k∈N por


1
xk := k + ,
k n−1
yk := k.
Então
1
xk − yk = → 0 as k → ∞,
k n−1

3
mas
1 n
  
n
lim (xnk − ykn ) = lim kn
1+ n − 1 = lim k n cdotp n = n ,
k→∞ k→∞ k k→∞ k
mostrando que xn não é uniformemente contı́nuo em [0, +∞).

———-

1
Enunciado. f (x) = x definida em (−1, 0) ∪ (0, 1) é ilimitada superior e inferiormente.

Vamos assumir que f (x) = 1/x é limitado, portanto existe M > 0 tal que f (x) ≤ M quando
x ∈ (0, 1). Sem perda de generalidade, podemos supor que M > 1 (já que se M fosse menor que 1,
qualquer número maior que 1 também seria um limite).
Isso significa que,

1/x ≤ M ⇒ 1 ≤ M x
A equação acima é válida para qualquer x ∈ (0, 1) e desde M > 1, M + 1 > 1 e M1+1 < 1. Em
particular M1+1 ∈ (0, 1), então se escolhermos x = 1/(M + 1) a desigualdade acima diz que 1 ≤ MM+1 .
Mas também sabemos que M < M + 1 e portanto MM+1 < 1 Isso contradiz a desigualdade acima.
Portanto f (x) não é limitado.

Teorema 1 (Teorema Fundamental da Aritmética). Seja a > 1 um número inteiro. Então existem
k1 , . . . , kn números primos e p1 , . . . , pn > 0 tais que

a = k1p1 · · · knpn

e essa escrita é única, a menos da ordem.

q p1 · · · pn + 1
=
p1 p1
q p1 · · · pn 1
= +
p1 p1 p1
q 1
= p2 · · · pn +
p1 p1

q = p1 · · · pn + 1

**Proposição.** A função xn não é uniformemente contı́nua em [0, +∞) para n ∈ (1, +∞).
———-
*Prova 1.* Defina as sequências (xk )k∈N e (yk )k∈N por
1
xk := k + ,
k n−1

4
yk := k.
Então
1
xk − yk = → 0 as k → ∞,
k n−1
mas
1 n
  
n
lim (xnk − ykn ) = lim kn
1+ n − 1 = lim k n cdotp n = n ,
k→∞ k→∞ k k→∞ k
mostrando que xn não é uniformemente contı́nuo em [0, +∞).

Comecemos definindo as sequências ln , un , onde os nomes das variáveis representam ”inferior”e


”superior”. E seja xn ≡ (ln + un )/2.
l0 ≡ 0, u0 ≡ 1
Agora defina indutivamente lk , uk : Se f (xk−1 )xk−1 , defina uk ≡ xk−1 , lk ≡ lk−1 (desloque o limite
superior para baixo) . Se f (xk−1 ) > xk−1 , defina uk ≡ uk−1 , lk ≡ xk−1 (desloque o limite inferior
para cima)
(E se f (xk−1 ) = xk−1 terminamos, então podemos ignorar este caso).
Esta parte é como o teorema do valor intermediário, onde continuamos estreitando a busca por nosso
alvo.
O conjunto f ([lk , uk ]) está no quadrado [lk , uk ] × [lk , uk ]. (Usando indução e f está aumentando.
Fica claro se você fizer um desenho.)
Para qualquer k, o quadrado [lk , uk ] × [lk , uk ] intercepta a linha diagonal {(x, x)} já que contém
(lk , lk ), então se a sequência de quadrados aninhados converge, ela converge para um ponto na
diagonal.
Mas converge, já que [lk , uk ] converge para algum conjunto singleton {a}.
Juntando tudo, ∀k, f (a) ∈ f ([lk , uk ]) ⊂ [lk , uk ] × [lk , uk ].
f ([a]) ∈ ∩k [lk , uk ] × [lk , uk ].
f ([a]) ∈ {(c, c)}.
f (a) = a.

5
Se h(0) = 0, então a = 0; se h(1) = 1, então a = 1; caso contrário, deixe a0 = h(0), b0 = h(1) e, para
n = 1, 2, . . . , repita o seguinte.
**(1)** Seja ∆n = an−1 +b 2
n−1
,
**(2)** Se h (∆n ) = ∆n , então x = ∆n e terminamos.
**(3)** Se h (∆n ) < ∆n , defina an = an−1 , bn = ∆n .
**(4)** Se h (∆n ) > ∆n , defina an = ∆n , bn = bn−1 .
Isso leva à construção de uma sequência monotonicamente crescente (an )n∈Z+ e uma sequência
monotonicamente decrescente (bn )n∈Z+ , tal que

0 = a0 ≤ a1 ≤ · · · ≤ an · · · ≤ bn · · · ≤ b1 ≤ b0 = 1,

com
h(bn ) < bn , (1)
e
h(an ) > an . (2)
além disso temos
1
bn − an ≤ . (3)
2n
Então, por limitação e monotonicidade as duas sequências convergem (aqui a Completude entra em
jogo), e por (3), elas convergem para o mesmo número α ∈ [0, 1].
Suponha agora h(α) > α. Então, para n suficientemente grande,

α ≤ bn < h(α),

que, junto com (1) dá


h(bn ) < bn < h(),
contradizendo a monotonicidade de h. Da mesma forma, se hh(α) < α, então, para n suficientemente
grande,
h(α) < an ≤ α,
de forma que, usando (2), a desigualdade

h(an ) > an > h(α)

leva novamente a uma contradição. Portanto, deve ser h(α) = α.


—-

Você também pode gostar