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Questão 1 - 2 pontos
a) Sejam f e g duas funções que têm derivadas de todas as ordens. Seja
F = f g. Mostre que F ′′ = f ′′ g + 2f ′ g ′ + f g ′′ .
Resolução: Seja F = f g. Aplicamos a regra do produto uma vez: F ′ =
f ′ g + f g ′ . Aplicamos agora a regra do produto de novo: F ′′ = (f ′ g)′ + (f g ′ )′ .
(f ′ g) = f ′′ g + f ′ g ′ , (f g ′ ) = f ′ g ′ + f g ′′ . Logo F ′′ = f ′′ + 2f ′ g ′ + g ′′ .
b) Seja g uma função que possui derivadas de todas as ordens. Se
g (15) (9) = 3, chamando F (x) = g(4x + 1), encontre F (15) (2).
Resolução: F pode ser escrita como a compusta de duas funções, F =
G ◦ H, onde H(x) = 4x + 1, e G(x) = g(x). Pela regra da cadeia, F ′ (x) =
G′ (H(x))H ′ (x). H ′ (x) = 4 e G′ (x) = g ′ (x).
Finalmente, então:
Questão 2 - 2 pontos
Se a equação
x2 tg(y) + y 10 sec(x) = 2x
dy
definie y implicitamente como uma função de x, encontre dx
.
dy
Resolução: Para simplicar a notação, irei usar a abreviação y ′ = dx .
Temos que derivar toda a equação com relação a x, não esquecendo de
utilizar a regra da cadeia quando formos derivar as funções em y:
1
(x2 tg(y))′ + (y 10 sec(x))′ = (2x)′ .
Lembrando de utilizar a regra do produto na derivação do primeiro e
segundo termo do lado esquerdo da equação acima, ficamos com
2 − 2xtg(y) − y 10 sec(x)tg(x)
y′ = .
x2 sec2 (y) + 10y 9 sec(x)
Questão 3 - 2 pontos
Seja f uma função contı́nua e diferenciável em [−7, 0]. Se f (−7) = −3, e
f ′ (x) ≤ 2, qual o valor máximo possı́vel para f (0)?
Dica: Use o Teorema do Valor Médio.
Resolução: Pelo Teorema do Valor Médio, existe um c ∈ (−7, 0) tal que
f (0) − f (−7) = f ′ (c)(0 − (−7)). Isso nos dá f (0) = f (−7) + 7f ′ (c) =
−3 + 7f ′ (c). Como f ′ (c) ≤ 2,
Questão 4 - 2 pontos
Seja f (x) = ln(x2 + 1).
a) Encontre os intervalos de crescimento e decrescimento de f e seus
pontos de máximo e mı́nimo locais.
2
b) Determine os intervalos onde f é côncava para cima e para baixo e
determine seus pontos de inflexão.
Resolução:
Primeiramente, para estudarmos os intervalos de crescimento e descresci-
mento, bem como os máximos e mı́nimos locais, precisamos estudar a deri-
vada primeira.
Como a função f (x) é a composta das funções x2 +1 e ln(x), para derivá-la
usa-se a regra da cadeia. Assim:
2x
f ′ (x) = .
x2 + 1
Os pontos crı́ticos ocorrem onde a derivada não existe ou onde ela se
anula. Como x2 + 1 ≥ 1 > 0, a derivada sempre existe. Ela se anula onde
2x = 0, ou seja, o único ponto crı́tico é x = 0.
O ponto crı́tico divide a reta real em dois intervalos: (−∞, 0) e (0, ∞).
O sinal da derivada em (−∞, 0) é negativo - e portanto a função decresce
nesse intervalo. O sinal da derivada em (0, ∞) é positivo, então a função
cresce neste intervalo. Pelo Teste da Derivada Primeira, concluı́mos que 0 é
um ponto de mı́nimo local.
Para estudar concavidade e pontos de inflexão, precisamos de f ′′ (x).
Pela regra do quociente:
2(1 − x2 )
f ′′ (x) = .
(x2 + 1)2
Para encontrar os intervalos onde deveremos estudar a concavidade, pri-
meiro encontramos as raı́zes de f ′′ (x). Como o denominador é sempre posi-
tivo, igualamos o numerador 2(1 − x2 ) à 0, obtendo que as raı́zes são 1, −1.
Isto divide a reta em 3 subintervalos: (−∞, −1), (−1, 1), (1, ∞).
Como podemos estudar o sinal de f ′′ (x)? Note que o denominador é
sempre positivo, e portanto o sinal é determinado pelo numerador.
2(1 − x2 ) > 0 se e somente se (1 − x2 ) > 0. Disso concluı́mos que
−1 < x < 1.
2(1 − x2 ) < 0 se e somente se (1 − x2 ) < 0. Disso conluı́mos que x < −1
ou x > 1. Sendo assim:
Em (−∞, −1) o sinal da derivada segunda é negativo, e portanto a função
é côncava para baixo.
3
Em (−1, 1) o sinal da derivada segunda é postivio, e portanto a função é
côncava para cima.
Em (1, ∞), o sinal da derivada segunda é negativo, e portanto a função é
côncava para baixo.
Os pontos onde a concavidade se alterna são −1 e 1. Logo, eles são os
pontos de inflexão.
Questão 5 - 2 pontos
Avalie os limites abaixo usando a regra de L’Hospital e encontre o valor
correspondente.
(a)
lim+ x ln x
x→0
(b)
lim tg(x)cos(x)
x→π/2−
Resolução:
Item a):
O limite em questão é uma indeterminação do time 0.∞. Para aplicar
a regra de L’Hôspital, precisamos transformar numa indeterminação 0/0 ou
∞/∞. Se escrevermos
lnx
xln x = 1 ,
x
Item b):
Temos uma indeterminação do tipo ∞0 . Nós podemos reduzir o cálculo
deste limite da seguinte maneira. Calculamos
lim ln[(tg(x)]cos(x).
x→π/2−
4
lim ln[(tg(x)]cos(x)
x→π/2−
ln[tg(x)]
limx→π/2− .
sec(x)
Este limite é do tipo ∞/∞. Logo, aplicando L’Hôspital temos:
sec2 (x)
tg(x) sec(x)
lim − = lim − .
x→π/2 sec(x)tg(x) x→π/2 tg 2 (x)
Ainda estamos numa indeterminação do tipo ∞/∞. Portanto, aplicamos
L’Hôspital novamente:
sec(x) sec(x)tg(x) 1
lim − 2
= lim − 2
= lim − .
x→π/2 tg (x) x→π/2 2tg(x)sec (x) x→π/2 2sec(x)
Como, à medida que x se aproxima de π/2 à esquerda, sec(x) se aproxima
de infinito, temos que o último limite acima é 0.
Portanto, o limite original é e0 = 1, e esta é a resposta final.