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MA502-2o Semestre
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Ou seja, ∀n > n0 , ||xn | − |L|| < ε. Demonstra-se assim lim |xn | = |L|.
Critério:
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Solução alternativa: A afirmação é falsa e vou provar. Todos os subcon-
juntos de I3 são ∅, {1}, {2}, {3}, {1, 2}, {1, 3}, {2, 3}, {1, 2, 3} e só há 8 deles.
Critério:
• +0,1 por cada resposta correta (verdadeiro ou falso)
• +0,4 por cada justificativa correta e completa
∞
ai · 10−i! , com 0 ≤ ai ≤ 9, ∀i, e com
P
3. Encontrar uma bijeção entre {
i=1
∞ ai 6= 9} e (0, 1). Concluir que o primeiro não é enumerável.
Solução: Seja RT o conjunto do enunciado. Afirmamos que f : RT → (0, 1)
∞ ∞
(ai · 10−i! ) 7→ (ai · 10−i ) é bijeção. (Sim, só muda o fatorial.)
P P
dada por
i=1 i=1
∞ ∞
(ai · 10−i ) = (bi · 10−i ) implica ai = bi ∀i.
P P
Suponha que f (a) = f (b).
i=1 i=1
Então segue que a função é injetiva. A sobrejetividade também segue da so-
brejeção da representação em base 10, a saber, que todo real no intervalo (0, 1)
∞
ai · 10−i com 0 ≤ ai ≤ 9 e ∞ ai 6= 9. Agora, suponha
P
se escreve na forma
i=1
por absurdo que RT fosse enumerável. Compondo a bijeção f : RT ⇒ N com
a bijeção g : (0, 1) ⇒ RT , terı́amos g f˙ : (0, 1) ⇒ N logo (0,1) seria enumerável,
absurdo pela Diagonal de Cantor! Comentários: Gabarito do T1 tinha essa
solução.
Critério:
• 2,0 pontos se exibir uma bijeção correta com demonstração
• 0,5 ponto por conluir não-enumerabilidade.
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intervalo [1, +∞) é considerado fechado não porque tem pontas, mas porque
se pegarmos uma sequência de pontos dele, o limite também pertence a ele.
Compare com an = n1 no intervalo aberto (0, 1).
Muitas pessoas utilizaram diretamente o fato de que sup A é menor que
todas as cotas superiores diretamente, e não por contradição como a solução.
Essas também estão corretas, e são equivalentes.
Muitas pessoas deram contra-exemplos da seguinte forma: N\{1}, N\{1, 2}, · · ·
Esses exemplos não servem pois falam de N e não de R, estamos falando de in-
tervalos e não só de conjuntos. Mas a ideia é similar. Ver critério para mais
detalhes.
Critério:
• 2,0 pontos pela solução total, divididos em
1. Provar que o supremo dos ai existe (1,0)
2. Provar que o supremo dos ai é menor que todos os bj e portanto está
no conjunto. (1,0)
• 0,3 por cada exemplo correto, mas 0,5 (e não 0,6) pelos 2 exemplos
• 0,2 por um exemplo incorreto em N que generaliza naturalmente para R
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• f (x) = soma dos expoentes na fatoração de x (ou quantidade de divisores
ou fatores primos)
• f (x) = distância ao quadrado perfeito mais próximo
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Solução: Seja Aε o conjunto {n t.q. |xn − L| ≥ ε}. A definição de limite
equivale portanto a provar que cada Aε é finito (e portanto tem um maior
elemento, que será N-1, a partir do qual |xn − L| < ε).
Suponha portanto que K = Aε seja infinito para algum ε fixado. Tome
n1 ∈ K, como K é infinito ∃x2 ∈ K, x2 > x1 + x1 !. Da mesma forma, como
K é infinito ∃x3 ∈ K, x3 > x2 + x2 !. Continuando obtemos uma subsequência
xn que não converge para L pois todos os seus termos distam pelo menos ε de
L. Absurdo! Logo se toda subsequência especial converge, a sequência também
converge.
A ida é mais simples, pois toda subsequência de uma seq. convergente
também converge para o mesmo valor. De fato, se ai é subsequência crescente,
nk ≥ k então partindo de
∀ε, ∃N t.q. n > N ⇒ |xn − L| < ε
conseguimos
∀ε, ∃N t.q. n > N ⇒ an > N ⇒ |xai − L| < ε.
Comentários: Vale uma versão mais forte da recı́proca: Se todas as sub-
sequências especiais convergem (não necessariamente para o mesmo valor) então
a sequência também converge. Isso ocorre pois dadas duas sequências de ı́ndices
especiais an , bn com limites diferentes, existe uma sequência especial cn que al-
terna entre termos de an e termos de bn (Prove!) e portanto ela gera uma
subsequência que não convergiria (tendo duas subsequências com limites distin-
tos).
Critério:
• 0,5 ponto pela volta (sem parciais)
• 1,5 por provar que todo conjunto infinito contém uma sequência especial
• 1,0 por acabar. (2,5 pela ida completa independentemente do método)
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Para o contra-exemplo, seja bn = 1 se n = 1, e bn = 0 caso contrário.
bn converge mas a yn associada à sobrejeção ϕ : N → N dada por 2n 7→ n;
2n + 1 7→ 1 não converge.
Comentários: Dada xn convergente estritamente crescente, o mesmo argu-
mento acima mostra que xϕ(n) converge se e somente se ϕ−1 (x) é finito ou se ϕ
é constante a partir de um ponto. Tente adaptar a demostração para esse fato.
Outro comentário importante: yn não necessariamente é subsequência
de xn . Para ser uma subsequência os ı́ndices têm que crescer, e isso nem sempre
acontece com uma injeção. (Por exemplo a que troca os pares com os ı́mpares
antecessores)
Critério
• 1,5 pela ida, divididos em 1,0 por provar o Lema ou equivalente e 0,5 por
concluir
• 1,0 pelo exemplo