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Análise Harmónica

A análise harmónica é o ramo da matemática que estuda a representação de funções ou


sinais como a sobreposição de ondas base. Ela investiga e generaliza as noções das
séries de Fourier e da transformação de Fourier. As ondas básicas são chamadas de
harmónicas, e desde logo o nome de "análise harmónica". Nos passados dois séculos,
tornou-se um tema vasto, com aplicações em áreas tão diversas como o processamento
de sinais, mecânica dos quanta, e ciência neuronal.

Estudo que se ocupa da composição de funções a partir das componentes harmônicas

Na verdade, quando temos mais do que uma onda num mesmo meio, temos de ter em
conta que elas se irão sobrepor.

Vamos imaginar que temos duas ondas sinusoidais, cujo comportamento é descrito por
uma função de onda.

y 1 =Asen ( kx −wt )

e para a onda 2 vamos supor que a única diferença em relação à primeira é uma
diferença de fase φ e que tanto o comprimento de onda como a frequência se mantêm
iguais:

y 2 =Asen ( kx −wt + ϕ )

Aplicando o Princípio da sobreposição (Soma dos valores correspondentes a um


determinado ponto no espaço e no tempo, de cada uma das ondas individuais a estas
ondas obtemos:

y= y 2 + y 1= A [ sen ( kx−wt +ϕ ) + sen ( kx−wt ) ]

Das propriedades trigonométricas sabemos que

sen ( a+b ) =2 cos ( a−b


2 ) sen (
2 )
a+ b

A função de onda para a sobreposição de duas ondas iguais com uma diferença de fase
φ é:

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1. Sucessões Numéricas

Uma função de variável inteira positiva designada por f ( n ) ouu n ou ainda de an onde
n=1,2,3,… chama-se sucessão. Ou seja uma sucessão é uma aplicação de N em R .

Uma sucessão é um conjunto de números u1 ,u 2 , u3 , …dispostos numa certa ordem e


formada segundo uma dada ordem.

1.2 Convergência

Diz-se que uma sucessão real converge para o número real a ou que a é o limite da
sucessão ao tender n para o infinito, quando a todo o E>0 corresponde um número
natural n o=n o (E) tal que para todos os termos de ordem n> no se tenha |an−a|< E

Se as condições são satisfeitas a sucessão diz-se convergente, nlim


→∞
an =a ou a n → a

n
Ex: prove que lim =1
n→∞ n+2

|n+2n −1|< ε
|n+2n −1|=|n−n−2
n+2 | n+2
=
2

2−2 ε
De onde resulta: n> que é a ordem a partir da qual se verifica a condição.
ε

2. Séries numéricas

2.2. Soma de uma série

Seja dada uma sucessão numérica infinita u1 ,u 2 , u3 , … ,u n ,… a expressão


u1 +u2 +u3 +…+ un +… chama-se série numérica, sendo os números u1 ,u 2 , u3 , … ,u n ,… os
termos da série.

A soma dos n primeiros termos da série chama-se soma parcial sn.

sn=u1+ u2+ u3+ …+un

2.3. Convergência e Divergência

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Consideremos as somas parciais:

s1=u 1 ; s2=u 1+u 2 ; s3=u 1+u 2+u 3 ; … ; sn =u1 +u2 +u3 +…+u n

Se a sucessão destas somas parciais é convergente, isto é, se existe um número S, tal

que nlim
→∞
S n=S , Chama-se soma da série e diz-se que a série é convergente. Se o limite

não existe diz-se que a série é divergente e que não tem soma.

Exemplo:


a) ∑ 21n
n =1


b) ∑ (−1)n−1
n =1

2.4. Propriedades Fundamentais

1. Se ∑ u n converge então nlim


→∞
un=0. A recíproca entretanto não é sempre verdadeira,

isto é, se nlim un=0 , ∑ u n, pode ou não convergir. Conclui-se que, se o enésimo termo
→∞

de uma série não tende para zero a série é divergente.

2. Multiplicando cada termo de uma série por uma constante (diferente de zero), a série
contínua convergente ou divergente.

3. Suprimindo (acrescentando) um número finito de termos de (a) uma série, esta


permanece convergente ou divergente.

Séries especiais.


a
1. Série Geométrica: ∑ ar
n−1
, onde a e r são constantes. Converge para S=
n =1 1−r
se |r|< 1 e diverge se |r|≥ 1.

1
2. A série em p, ∑ onde p é uma constante. Converge para p>1 e diverge para
n =1 np
p ≤1. A série com p=1 é a série harmónica.

2.5. Critérios de convergência, para as séries numéricas


2.5.1. Critério de comparação para séries de termos positivos
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Sejam duas séries de termos positivos:

u1 +u2 +u3 +…+ un +… (1)

v1 + v 2+ v 3 +…+ v n+ … (2)

Teorema (1) se os termos da série (1) não forem superiores aos correspondentes termos
da série (2) isto é, se un ≤ v n e se (2) converge a série (1) converge também.

Teorema (2) se os termos da série (1) não forem inferiores aos correspondentes termos
da série (2) isto é, se un ≥ v n e se a série(2) diverge a série(1) diverge igualmente.

2.5.2. Critério de quociente para séries de termos positivos


un
(a) Se un ≥ 0 e v n ≥ 0 e se lim =A ≠ 0 ou ∞ entao ∑ un e ∑ v n convergem ambos ou
n→∞ vn
divergem ambos.
(b) Se A=0 e ∑ v n converge, então ∑ u n converge.
(c) Se A=∞ e ∑ v n diverge, então ∑ u n diverge. Este critério relaciona-se com o
da comparação e muitas vezes é uma útil alternativa deste. Em particular

1
tomando v n=
np
as propriedades da série ∑ n1p nos dão:
n =1

p
Teorema (1) seja nlim
→∞
n ∗un= A . Então:

(i) ∑ u n converge se p>1 e A é finito.


(ii) ∑ u n, diverge se p ≤1 e A ≠ 0 (A podendo ser infinito).
n n 1
Exemplo: ∑
2
converge pois lim n =
4 n −2 4
3 3
4 n −2

1
ln n 2 ln n
∑ √ n+1 diverge pois lim n 1
2
=∞
(n+1)

2.5.3. Critério de integral para séries de termos positivos

Se f ( x) é positiva, continua e monótona decrescente para x ≥ N e é tal que


f ( n )=un , n=N , N +1 , N + 2, … , entao ∑ un converge ou diverge quando

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∞ M

∫ f ( x ) dx= lim
M →∞ N
∫ f ( x ) dx converge ou diverge. Em particular, podemos ter N=1, como é
N

frequente na prática.

∞ M
1 dx 1
Exemplo: ∑ 2 converge pois
lim ∫ 2 = lim (1− ) existe.
n =1 n M→∞ 1 x M→∞ M

2.5.4. Critério para séries alternadas

A série alternada é aquela cujos termos sucessivos são, alternadamente, positivos e


negativos.

Uma série alternada converge quando satisfaz as duas condições seguintes

(a) |u n+1|≤|u n| para n ≥ 1

(b) nlim
→∞
un=0 ou ¿ ¿

Exemplo:

∞ n−1
1 1 1 1 (−1) (−1)n −1 1 1
Para a série 1− + − + −…=∑ temos un = ,|u n|= ,|u n+1|=
2 3 4 5 n=1 n n n n+ 1

para n ≥ 1,|u n+1|≤|u n|. Também nlim


→∞
|un|=0. Portanto a série converge.

2.5.5. Convergência absoluta e condicional.

A série ∑ u n é absolutamente convergente quando ∑ |un| converge. Se ∑ u n converge,

mas ∑ |un| diverge, então ∑ u n é condicionalmente convergente.

Teorema:

Se ∑ |un| converge então ∑ u n converge. Em outras palavras uma série absolutamente


convergente é convergente.

2.5.6. Critério da relação ou regra de Alambert

Seja lim
n→∞ | |
un+1
un
= L , então a série ∑ u n

(a) Converge (absolutamente) se L<1

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(b) Diverge se L>1
(c) Se L=1 falha o critério, também conhecido como critério da razão.
2.5.7. Critério da raiz enésima ou Cauchy

Seja nlim
→∞

n
|un|=L. Então a série ∑ u n

(a) Converge (absolutamente) se L<1


(b) Diverge se L>1
(c) Se L=1 falha o critério.
2.5.8. Critério de Raabe.

Seja lim n 1−
n→∞ ( | |)
un+1
un
=L. Então a série ∑ u n

(a) Converge (absolutamente) se L>1.


(b) Diverge ou converge condicionalmente se L<1.
(c) Se L=1 o critério falha.

Muitas vezes, usa-se este critério quando falha o da relação.

2.5.9. Critério de Gauss.

Se | |
un+1
un
L c
=1− + n2 , onde |c n|< p para todo n>N, então a série ∑ u n
n n

(a) Converge (absolutamente) se L>1


(b) Diverge ou converge condicionalmente se L ≤1

Frequentemente usa-se este critério quando falha o de Raabe.

 Teoremas sobre séries absolutamente convergentes

Teorema1: Os termos de uma série absolutamente convergente, as séries obtidas


convergirão para a mesma soma. Os termos de uma série condicionalmente
convergente, as séries resultantes podem divergir ou convergir para qualquer soma
prefixada.

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Teorema2: Somando (subtraindo ou multiplicando), termo a termo, duas séries
absolutamente convergentes, obtém-se uma série também absolutamente convergente.
Executam-se as operações para um número finito de termos das séries.

Exercícios:

1. Determina a natureza das seguintes series por um critério de comparação:



1
∑ n3+3
a) n=1



n+1
∑ n 2 +1
b) n=1


1

c) n=1 √n (n2+1 )

n √n

d) n=1 (n+1)3 √n 3 +1

π
∑ ( sen( n ))2
e) n=1

2. Estuda a natureza das seguintes series pelo critério da razão ou pelo de


D’Alembert:

n
∑ 3n
a) n=1

∞ 3
∑ nn!
b) n=1

n!
∑ 3 x 5x 5x 7 x... x(2n−1)
c) n=1


2x 4 x 6 x... x(2n)
∑ 2 x5 x 8x .. . x(3 n−1)
d) n=1


nn

e) n=1 (2n)!
3. Estude a natureza das seguintes series pelo critério da raiz ou de Cauchy
n
∞ 2
n
∑ (log( n ))n
a) n=2

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∞ n
∑ kn! ;k ∈ R
b) n=1
n2

( )

n+1
∑ n
c) n=1

( )
∞ n
∑ n1n 1n −1
d) n=1

∑ ( sen( πn ))
∞ n

e) n=1

4. Estude a natureza das seguintes series pelo critério de Raabe:



n
∑ ( 2n+1 ) !
a) n=1

1
∑ n ( n+1 )( n+2 )
b) n=1

∑ √n−1

c) n=1 n

(2 n+1)!

d) n=1 nxn !
5. Usando o critério do integral, estude a natureza das seguintes series:

1
∑ n ( log n )2
a) n=2


1
∑ n log n
b) n=1

1
∑ √n+1−1
c) n=1

∑( )

1 √n
d) n=1 2
6. Determine a natureza das seguintes séries. Em caso de convergente, indique se e
simples ou absoluta:
∞ n n
∑ en n!
a) n=1

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∑ 1n cos ( nπ2 )

b) n=1


n2 +2 n+1
∑ 3 n2 +2
c) n=1

2 cos ( nθ )
∑ 5
n=1 2
d) n
3

∑ (−1 ) n √ n2+1
e) n=0 n+3

3. Sucessões de funções

f
Seja n uma sucessão de funções,
f n : D⊂ R →R .

f
Diz-se que n converge num ponto se a sucessão numérica (f n (a)) é convergente com
limite finito.

Se a sucessão (f n ) converge em todos os pontos de D, pode definir-se uma função


f ( x )=lim f n ( x )
f : D→ R por n→∞ a qual se diz limite de (f n ) em D. Diz-se também que
(f n) converge pontualmente para f em D.

Exemplo:

x
(1+ )n
A sucessão de funções n ,definido em R, converge qualquer que seja x∈ R . A
x
lim(1+ )n =e x
x
função limite é f (x )=e . Ou seja: n

3.1. Convergência uniforme.

Diz-se que a sucessão de funções (f n ) converge uniformemente para f em D⊂ R

( D≠φ ) se ∀ δ >0 ∃ p ∈ Ν :n> p ⇒|f n ( x )−f ( x)|<δ , ∀ x ∈ D .

Esta condição é equivalente a:

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∃ p ∈ Ν : ∀ n> p , sup |f n ( x )−f ( x )|<δ
∀ δ >0 x∈ D

lim sup |f n ( x)−f ( x)|=0


Isto é: n→∞ x ∈D

Se uma sucessão de funções converge uniformemente também converge pontualmente.


Mas a reciproca não é verdadeira:

4. Séries de funções

Chama-se serie de funções a toda a série na qual o termo geral é uma função duma
variável x.

Consideremos a série de funções:

u1 ( x)+u 2 ( x)+u3 ( x)+.. .+un ( x)+.. .

Dando a x diferentes valores numéricos obtém-se diferentes séries numéricas que


podem convergir ou divergir.

Ao conjunto dos valores x para os quais a série de funções converge chama-se domínio
de convergência ou campo de convergência de série.

A função S( x)=lim S n ( x) onde S n (x )=f 1 ( x )+f 2 ( x )+...+f n (x ) e x pertence ao campo

de convergência, recebe o nome de soma da série e Rn (x )=S( x )−S n ( x) de resto da


série.

Para determinar o campo de convergência da série de funções basta aplicar os critérios


de convergência já conhecidos considerando x fixo.

Exemplo:

2 3 n
x +1 ( x+1 ) (x +1 ) ( x+1 )
+ + + .. .+ +.. .
1∗2 2∗22 3∗23 n∗2n

u
Chamando de n o termo da série teremos:

|un+1| |x+1|n+1∗2n n |x+1|


lim =lim n+1 =
|un| 2 (n+1)|x+1|n 2
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Baseando-se no critério de D’Alambert pode-se afirmar que a série é convergente

|x+1|
Se 2
<1
|x+1|<2 ; { x+1<2¿ ¿¿¿ −3<x <1 campo de convergência.

|x +1|
>1 ; ¿ { x +1> 2 ¿ ¿ ¿
A série é divergente se 2 isto é: −∞< x <−3 ou
1< x< ∞ .

4.1. Convergência pontual e uniforme


∞ ∞
∑ fn ∑ f n(a)
Diz-se que a série n=1 converge no ponto a ∈ X se a série numérica n=1 for
convergente.

 Convergência uniforme.


∑ f n( x) f em D≠φ
Diz-se que a série n=1 converge uniformemente para a função D⊂ R

se:

lim sup |f ( x )−S n ( x )|=0


x ∈D .

 Critério de Weierstrass


∑ an
Se existir uma série numérica convergente, de termos positivos, n=1 tal que

|f n ( x)|≤a n ,∀ x∈ D,∀ n∈ N então a série ∑ fn


n=1 é uniformemente convergente em D.

Este critério da uma condição suficiente e não necessária para a convergência uniforme,
isto é, uma série pode ser uniformemente convergente, mesmo quando o critério não é
aplicável.

Exemplo:

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cosnx cosnx 1
∑ 2
| 2 |≤ 2 ∑ n12
n=1 n ; como n n e converge então a série é uniformemente e
absolutamente convergente.

 Critério de Dirichlet

Suponhamos que:

(a) {a n} seja uma sucessão monótona decrescente de constantes positivas, tendo


limite zero;

(b) Exista uma constante p tal que, para a≤x≤b se tenha


|u1 (x )+u2 ( x)+...+u n ( x)|< p;∀ n>N ; então a série


a1 u1 ( x)+a2 u 2 ( x)+. ..+a n un ( x )+.. .= ∑ an un ( x)
n=1 é uniformemente convergente em
a≤x≤b .

 Teoremas sobre séries uniformemente convergente.

Teorema1: se {u n( x)} , são continuas em [a, b] e se ∑ u n( x) converge uniformemente

para a soma S( x) em [a, b], então S( x) é continua em [a, b].

Este teorema estabelece que uma série de funções continuas, que é uniformemente
convergente, é também uma função continua.

Teorema2: se {u n( x)} são continuas em [a, b] e se ∑ u n( x) converge uniformemente


para a soma S( x) em [a, b], então:

b ∞ b
∫ S( x)dx= ∑ ∫ u n( x)dx
a n=1 a

Em resumo, podemos integrar termo a termo, uma série uniformemente convergente de


funções contínuas.

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Teorema3: se {u n( x)} são continuas e possuem derivadas continuas em [a, b] e se

∑ u n( x) converge para S( x) ao passo que ∑ u'n( x) é uniformemente convergente em [a,


b], então, neste intervalo,

S 'n = ∑ u'n ( x )
n=1

{ }
∞ ∞
d d
dx
∑ un( x ) = ∑ un ( x )
n=1 n=1 dx

Esta é a condição para que possamos diferenciar uma série, termo a termo.

Exercícios

1. Para quais valores de x as seguintes séries convergem?

x
n−1


a) n=1 n 3n


(−1)n−1 x 2 n−1
∑ (2n−1)!
b) n=1

n
n( x−1)
∑ 2n(3 n−1)
c)

( )
∞ n
1 x +2
∑ 2 n−1 x−1
d) n=1

x x x
senx +2 sen + 4 senx +…+2 n sen n +…
e) 3 9 3

k k k
2 2 3 3 n
x+ x + x +…+ x n +…
f) 2! 3! n!

5. Séries de potências
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Chama-se série de potências ou série inteira de
x−x 0 a uma série de forma:

∑ a n( x−x0 )n an ∈ R , ∀ n ∈ N
n=0 com

y=x−x 0 , as séries de potências podem reduzir-se a forma


∑ an yn
Fazendo n=0 .

Em geral, uma série de potências converge para |x|<R e diverge para |x|>R , onde a
constante R é o raio de convergência da série. Para |x|=R a série pode ou não convergir.

O intervalo −R< x < R com a possível inclusão de pontos extremos, denomina-se


intervalo de convergência da série.

Podem aparecer dois casos especiais R=0 e R=∞ . No primeiro caso a série converge

somente para x=0 ; para segundo caso converge para todos os valores de x .

Quando falamos em uma série de potências convergente, admite-se R>0 salvo


indicação em contrário.

 Teoremas sobre series de potências

Teorema1: uma série de potências é uniformemente e absolutamente convergente em


todo ponto interior ao seu intervalo de convergência.

Integrais impróprios

Definição

∫ f ( x)dx
A integral a denomina-se integral imprópria se:

(1) a=−∞ ou b=∞ ou ambos. Isto é: um limite de integração é infinito ou ambos o


são.

(2) f (x ) não é limitada em um ou mais pontos de a≤x≤b . Denominam-se tais

pontos de singularidades de f (x ) .

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Chamamos de integrais impróprios da primeira e da segunda espécies
respectivamente, ás integrais correspondentes a (1) e (2). As integrais que satisfazem a
ambas as condições (1) e (2) denominam-se integrais impróprios da terceira espécie.

Integrais impróprias da primeira espécie.

Seja f (x ) limitada e integrável em todo intervalo finito a≤x≤b . Então definimos:

b b

∫ f ( x )dx=lim
b→∞
∫ f ( x )dx
a a

Chamamos a integral do primeiro membro de convergente ou divergente conforme


exista ou não o limite do segundo membro.

Analogamente, definimos:

b b

∫ f ( x)dx=a→−∞
lim ∫ f ( x)dx
a a

Chamamos a integral do primeiro membro de convergente ou divergente conforme


exista ou não o limite do segundo membro.

[ ] ( )
∞ b b
dx dx x−1 1
∫ x2 =lim ∫
b→∞ 1 x
2
=lim
−1 1
=lim − +1 =lim (−0+1 )=1
b
Exemplo 1: 1 portanto a

dx
∫ x2
integral 1 é convergente.

u u


−∞
coxdx= lim ∫ coxdx=lim [ senx ]a =lim ( senu−sena )
a→−∞
u

Exemplo 2: a como este limite não


u

existe a integral −∞
∫ cos xdx é divergente.
Da mesma forma definimos:

x0
∞ ∞

∫ f (x )dx=−∞
−∞
∫ fxdx+∫ f ( x )dx
x0

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Onde
x 0 é um número real. Chamamos a integral de convergente ou divergente
conforme as integrais do segundo membro sejam ou não convergentes.

Integrais impróprias particulares de primeira espécie.


∫ e−tx dx
1. Integral geométrica ou exponencial a onde t é uma constante, converge

se t>0 e diverge se t≤0 .

−t −tx
Note-se a analogia com a série geométrica com r=e de modo que e =r .


dx
∫ xp
2. Integral em p da 1ª espécie a onde p é uma constante e a>0 , converge se
p>1 e diverge se p≤1 . Compare com a série em p .

Critérios de convergência para integrais impróprios da primeira espécie.

Os critérios que se seguem são validos para casos em que um dos limites de integração é
∞ . Para caso de −∞ a mudança da variável x=− y torna o limite em ∞ .

1. Critério de comparação para integral cuja integração não é negativa



∫ g( x)dx
(a) Convergente. Seja g( x )≥0 para todo x≥a e suponhamos que a

∫ f ( x)dx
converge. Então, se 0≤f ( x )≤g ( x ) para todo x≥a , a também
converge.

x
1

1
x
=e−x e−x dx ∫
Exemplo: como e +1 e e integral a converge, também converge a

1
∫ ex +1 dx
integral a .

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∫ g( x)dx
(b) Divergente. Seja g( x )≥0 para todo x≥a e suponhamos que a diverge.

∫ f ( x)dx
Então se f (x )≥g( x ) para todo x≥a , a também diverge.

∞ ∞
dx dx
1 1
> ∫x ∫ ln x
Exemplo: como ln x x para x≥2 e 2 diverge a integral 2 também diverge.

2. Critério de quociente para integral cuja integração é não negativa


∞ ∞

lim
f ( x)
= A≠0 ou ∞ ∫ f ( x)dx ∫ g( x)dx
(a) Se f (x )≥0 e g( x )≥0 e se x → ∞ g( x ) então a e a
convergem ambas ou ambas divergem.
∞ ∞
∫ g( x)dx ∫ f ( x)dx
(b) Se A=0 em (a) e a converge, então a converge.
∞ ∞
∫ g( x)dx ∫ f ( x)dx
(c) Se A=∞ em (a) e a diverge, então a diverge.

As propriedades da integral em p nos dão:

lim x p f ( x )dx= A
Teorema1. Seja x→∞ . Então


∫ f ( x)dx
(i) a converge se p>1 e A é finito.

∫ f ( x)dx
(ii) a Diverge se p≤1 e A≠0 ( A pode ser infinito).
3. Critério da série para integral, cuja integranda não é negativa


∫ f ( x)dx ∑ u n , onde un =f (n) , converge ou
a Converge ou diverge, de acordo com
diverge.

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∫ f ( x)dx
4. Convergência absoluta e condicional a é absolutamente convergente se
∞ ∞ ∞ ∞
∫|f ( x)|dx ∫ f ( x)dx ∫|f ( x)|dx ∫ f ( x)dx
a converge. Se a mas a diverge, então a é
condicionalmente convergente.

∞ ∞
∫|f ( x)|dx ∫ f ( x)dx
Teorema 2. Se a converge, então a converge. Ou seja uma integral
absolutamente convergente é convergente.

Integrais impróprias da segunda espécie

Se f (x ) se torna não – limitada somente no ponto extremo x=a do intervalo a≤x≤b


então definimos

b b

∫ f ( x )dx= lim ∫ f ( x )dx


a ε →0+ a +ε

Se existe o limite do segundo membro a integral do primeiro membro é convergente,


caso contrário é divergente.

Analogamente, se f (x ) se torna não – limitada somente no ponto extremo x=b do

intervalo a≤x≤b então definimos

b b−ε

∫ f ( x )dx= lim ∫ f (x )dx


a ε →0+ a

A integral do primeiro membro converge ou diverge conforme exista ou não o limite do


segundo membro.

Se f (x ) se torna não – limitada somente em um ponto interior


x=x 0 do intervalo
a≤x≤b então definimos

b x0 −ε1 b

∫ f ( x )dx= lim ∫ f ( x )dx + lim ∫ f ( x )dx


a ε 1 →0+ a ε 2→ 0+ x 0+1

Docente: Nasma da Gló ria J. Langa


nasmadagloria@yahoo.com.br/nasmalanga@gmail.com Pá gina 18
A integral do primeiro membro converge ou diverge conforme existam ou não os
limites do segundo membro.

Valor principal de Cauchy

Pode acontecer que os limites do segundo membro da integral anterior não existam

quando ε 1 e ε 2 tendem para zero independentemente.

Neste caso tomando

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