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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Esco la de Eng enh a ria de Lo ren a – EEL

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA

LABORATÓRIO DE ENGENHARIA QUÍMICA III

DESTILAÇÃO DIFERENCIAL DE SIMPLES ESTÁGIO

Relatório de Laboratório de Engenharia Química III


Turma 20182D2

Grupo 2

Alunos:
Filipe Caus Teodoro 9270590
João Victor Paulino Paladino 8669199
Luis Guilherme Foresto 9002735
Rodrigo Aparecido da Silva 7965292

Lorena

2018
LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Esquema da Destilação Diferencial ........................................................................ 5


Figura 2: Diagrama equilíbrio líquido-vapor (ELV) a pressão constante de 1,019 bar
(pressão de Lorena) .................................................................................................................. 7
Figura 3: Fotos dos medidores da razão volumétrica em graus Gay-Lussac (GL) para a
mistura etanol-água .................................................................................................................. 9
Figura 4: Foto do destilador diferencial empregado neste experimento ........................... 10
Figura 5: Foto do script do algoritmo utilizado no software Wolfram Mathematica para o
cálculo da fração molar de etanol da mistura final presente no balão .............................. 14
LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Propriedades termodinâmicas do etanol e água a 1 atm ................................... 10


Tabela 2: Dados calculados dos componentes e da mistura inicial. ................................... 11
Tabela 3: Constantes da Equação de Antoine para pressões de vapor para espécies
puras ........................................................................................................................................ 11
Tabela 4: Dados calculados das pressões de vapor para os componentes da mistura nas
tempeturas de bolha e final da destilação............................................................................. 11
Tabela 5: Volatilidade relativa do etanol com relação a água ............................................ 12
Tabela 6: Razões volumétricas em graus GL medidos durante a destilação .................... 12
Tabela 7: Dados calculados dos componentes da mistura de destilados ........................... 12
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 4
1.1 Destilação diferencial ........................................................................................................... 4

1.2 Objetivo...... .......................................................................................................................... 7

2. MATERIAS E MÉTODOS................................................................................................. 7
2.1 Materias empregados ............................................................................................................ 7

2.2 Metodologia empregada ....................................................................................................... 8

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO ...................................................................................... 10


3.1 Cálculo da fração molar de etanol através da modelagem ................................................. 13

3.2 Cálculo da fração molar de etanol através do balanço de massa. ....................................... 13

4. CONCLUSÃO .................................................................................................................. 15
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 15
1. INTRODUÇÃO

A destilação é uma técnica de separação de líquidos empregada há muito tempo pelo


homem e a principal alternativa escolhida pelas indústrias para se purificar misturas nos
componentes de interesse (LEI; LI; CHEN, 2003).
Esta técnica se baseia no príncipio da mudança de estado de líquido para vapor dos
componentes da mistura e posterior liquefação da mistura concentrada no componente de
interesse. Entretanto, ao se fornecer energia a mistura é praticamente impossível que apenas o
composto que se deseja adquirir em grande concentração no destilado venha a mudar de
estado para o vapor sem a presença de nenhum vapor dos outros compostos da mistura inicial
e, portanto, a destilação se torna mais eficiente quando os componentes da mistura inical
apresentam uma grande diferença em seus pontos de ebulição (COULSON et al., 2002).
Dentre as destilações mais empregadas podemos destacar a destilação diferencial,
flash e a retificação. A última mencionada caracteriza como sendo a mais adequada para
compostos com pequenas diferenças em seus pontos de ebulição e difere das demais por se
utilizar de uma corrente de refluxo de parte do vapor que é condensado formando, assim,
vários equilíbrios termonidâmicos ao longo da torre de destilação. Já na destilação flash ou
diferencial, todo vapor é removido e condensado como produto (destilado) (COULSON et al.,
2002).

1.1 Destilação diferencial

Este tipo de destilação, como mencionado anteriomente, consiste em apenas uma etapa
de vaporização e condensação. A mistura é aquecida sobre uma taxa constante de calor e seu
vapor é condensado no topo do sistema e armazenado em recipiente acoplado ao final do
condensador (Figura 1) e, consequentemente, as composições das fases e a temperatura do
sistema são alteradas com o decorrer do tempo de destilação (COULSON et al., 2002).
A vaporização da mistura se dá pelo aumento rápido da temperatura ou,
alternativamente, pela redução de sua pressão. É importante monitorar a temperatura durante
todo o processo, pois ela tem a tendência de estacionar inicialmente no ponto de ebulição da
substância mais volátil e, no caso de misturas com vários componentes, nota-se que ela
mudará no momento em que a maioria da substância mais volátil estiver no destilado e, após
esse momento, a segunda substância mais volátil começará a se concentrar no destilado e
assim por diante (COULSON et al., 2002).

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Uma alternativa é a troca do reservatório de destilado sempre que a temperatura
começar a se alterar após ter permanecido constante durante um tempo considerável, assim
obtem-se destilados concentrados nos diferentes compostos da mistura inicial.
Entretanto, os graus de pureza dos destilados obtidos não são muito elevados e como
alternativa pode-se fazer suscessivas destilações do destilado. Como esse processo é
demorado e trabalhoso, utiliza-se comumente em seu lugar a destilação fracionada
(COULSON et al., 2002).
Figura 1: Esquema da Destilação Diferencial

Fonte: (MUNIZ, 2015)

O sistema em questão pode ser modelado através de um balanço de massa


considerando que no início da destilação havia uma mistura binária com uma quantidade de
matéria total em mols denominada N0 de composição molar x0 para o componente mais
volátil. Em um tempo qualquer entre o início e o final da destilação dizemos que a mistura
binária líquida contém uma quantidade de matéria N e uma composição molar x (COULSON
et al., 2002).
Se considerarmos um tempo qualquer “t” e, portanto, no recipiente há N mols com
composição x e considerarmos um intervalo diferencial de tempo “dt” entre o tempo t e outro
no futuro, podemos dizer que uma quantidade diferencial “dN’ da mistura de vapor deixou o
sistema com composição y.

5
Assim, é possível construir uma igualdade através de um balanço de massa para o
componente mais volátil assumindo que a quantidade que havia dele no tempo “t” deve ser
igual à quantidade que permaneceu na fase líquida no tempo “t+dt” somada a quantidade do
mesmo componente na fase vapor no tempo “t+dt” (Equação 1) (COULSON et al., 2002).
N. x = N − dN . x − dx + y. dN (1)
Resolvendo a equação diferencial (Equação 1) e assumando que a mistura binária seja
ideal (Equação 2), obtemos a equação 3 que modela o fenômeno da destilação diferencial.
α. x
y= (2)
1 + α − 1 .x

1
α α −1
N x 1 − x0 (3)
=
N0 x0 1 − x
Na equação 2 é apresentado o parâmetro admensional  (volatilidade relativa) que
relaciona as pressões de vapor dos componentes da mistura binária através da razão da
pressão de vapor do componente mais volátil pelo do componente menos volátil (Equação 4).
PA0
αA,B = 0 (4)
PB
Por outro lado, ao final da destilação é possível medir a fração molar do componente
mais volátil no destilado e através do balanço de massa por componente (Equação 5) e global
(Equação 6) determinar a fração molar do mesmo componente na mistura que permanenceu
no balão que fora aquecido.
N0 . x0 = N. x + V. y (5)

N0 = N + V (6)
Onde “V” representa a quantidade de matéria em mols do destilado e y a fração molar
do componente mais volátil no destilado.
No experimento proposto foi utilizado como mistura binária para a destilação
diferencial, a mistura etanol-água e como o etanol é mais volátil que a água todos os cálculos
efetuados estão em função deste componente. Sabe-se que está mistura não apresenta uma
grande diferença entre as temperaturas de ebulição de seus componentes o que dificulta a
obtenção de destilados com altos graus de purificação e, além disso, esta mistura apresenta
um ponto azeotrópico (Figura 2) que limita sua separação por destilação e, portanto, a
indústria emprega a extração líquido-líquido quando se deseja obter altas concentrações de
etanol.

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Figura 2: Diagrama equilíbrio líquido-vapor (ELV) à pressão constante de 1,019 bar (pressão de
Lorena). A curva superior representa a curva do ponto de orvalho e a curva inferior representa a curva
do ponto de bolha. Entre as frações molares de 0.8 e 1.0 de etanol é possível notar a presença de um
ponto azeotrópico.

Fonte: (CHECALC, 2011)

1.2 Objetivo

Este experimento tem por objetivo comprovar o modelo proposto para a destilação
diferencial (Equação 3) para a mistura binária etanol-água aproximando-a a uma mistura
ideal.

2. MATERIAS E MÉTODOS

2.1 Materias empregados

Os materias utilizados para se construir o destilador diferencial foram:


 Balão de vidro para destilação;
 Manta de aquecimento;
 Condensador de serpentina encamisado;
 Proveta de 250 mL;
 Proveta de 100 mL;
 Termômetro;
 Pedaços ocos cilíndricos de vidro.
Os materias empregados para a destilação etanol-água e medição foram:

7
 Água da torneira;
 Álcool etílico 96º GL;
 Densímetro digital;
 Alcoômetro.
Embora tenha se utilizado preferencialmente o densímetro digital para se medir o grau
GL da mistura por ser mais preciso, também foi utilizado o alcoômetro com o objetivo de se
entender o funcionamento deste medidor e verificar que ele também apresenta uma boa
aproximação.

2.2 Metodologia empregada

Inicialmente encheu-se o balão com 400 mL de água da torneira medidos em proveta,


adicionaram-se os pedações ocos cilíndricos de vidro ao balão e 200 mL de etanol etílico
previamente determinado os graus Gay-Lussac (GL) com densímetro digital e alcoômetro
(Figura 3).
È importante a utilização dos pedaços ocos cilíndricos de vidro, pois eles evitam a
formação de bolhas grandes no líquido durante a vaporização, o que poderia levar a ruptura
do frasco e, além disso, esses pedaços aumentam a superfíicie de contato de trocar térmica e,
portanto, aumentam a dissipação do calor no líquido.

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Figura 3: Fotos dos medidores da razão volumétrica em graus Gay-Lussac (GL) para a mistura
etanol-água. a) Densímetro digital progamado para a medição da fração volumétrica de etanol em
graus GL para a mistura etanol-água empregado no experimento. b) Alcoômetro utilizado para
verificação do princípio de medição baseado no empuxo e verificação de seu funcionamento.

Fonte: Do Autor

Posteriormente, o destilador foi montado (Figura 4) acoplando o termômetro a entrada


do condensador e estes ao balão volumétrico, o qual foi coberto pela manta térmica. Neste
momento, ligou-se a manta de aquecimento.
Para medir a temperatura de bolha, mediu-se a temperatura assim que a primeira gota
de destilado foi coletada na proveta de 100 mL acoplada ao final do condensador.
Após ser coletado 100 mL de destilado mediu-se o seu grau GL e continuou-se a
detilação reservando destilado em outra proveta de 100 mL. O mesmo procedimento foi
efetuado até adquirir-se 250 mL de destilado, o qual foi misturado em proveta de 250 mL e
aferido o grau GL desta última mistura de destilados.
No momento em que se totalizou 250 mL de destilado, mediu-se a temperatura no
termômetro e a manta foi desligada. Esperou-se esfriar o sistema para desmontar as vidrarias,
descartar adequadamente o resíduo e reservar os produtos de interesse.

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Figura 4: Foto do destilador diferencial empregado neste experimento. Observa-se que o
termômetro está acoplado a entrada do condensador de forma a medir a temperatura neste ponto. Todo
sistema foi vedado para evitar qualquer saída de vapor para o ambiente. O condensador foi acoplado
às mangueiras transportando corrente de água fria da torneira que serviu como fluído de resfriamento
para o vapor condensar e o condensado foi retirado ao final do condesador e reservado em proveta.

Fonte: Do Autor

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Dados termodinâmicos para o etanol e a água a pressão de 1 atm que é uma boa
aproximação para a pressão de Lorena são apresentados na Tabela 1 e serão utilizados para o
calculo de N0 e x0 . Aferiu-se que a temperatura do laboratório era de 24,3ºC através do
densímetro digital.
Tabela 1: Propriedades termodinâmicas do etanol e água a 1 atm. A densidade dos componentes à
24,3ºC foram calculadas através da interpolação dos dados obtidos em tabela à 20ºC e 25ºC para a
mesma pressão.

Densidade à Densidade à Densidade à Massa molar


Componente
20ºC (g/cm³) 24,3ºC (g/cm³) 25ºC (g/cm³) (g/mol)
Etanol 0,789 0,784 0,783 46
Água 0,998 0,997 0,997 18
Fonte: (PERRY; GREEN, 1997; SMITH; VAN NESS; ABBOT, 2007)
10
Com o densímetro digital verificou-se que a razão volumétrica do álcool etílico
empregado era de 94,8º GL e como a mistura inicial foi preparada com 200 mL deste álcool e
400 mL de água. Obtemos os volumes empregados de etanol e água e, consequentemente,
suas quantidades de matéria em mol na mistura inicial (Tabela 2).
Tabela 2: Dados calculados dos componentes e da mistura inicial.

Componente Volume (mL) Massa (g) Númeo de mols


Etanol 189,60 148,64 3,23
Água 410,40 409,17 22,73
Mistura inicial 600,00 557,81 25,96
Fonte: Do Autor

Portanto, obtemos que N0 = 25,96 mols e x0 = 0,1244.


Para o cálculo do  médio entre a temperatura de bolha e a temperatura final da
destilação devemos utilizar as constantes da equação de Antoine para o etanol e água (Tabela
3).
Tabela 3: Constantes da Equação de Antoine para pressões de vapor para espécies puras. Os
parâmetros A, B e C devem ser empregados para a seguinte equação:
𝐁
𝐥𝐧 𝐏 𝒔𝒂𝒕 /𝐤𝐏𝐚 = 𝐀 −
𝐓/°𝐂 + 𝐂

Parâmetros para a Equação de Antoine


Componente
A B C
Etanol 16,8958 3795,17 230,918
Água 16,3872 3885,70 230,170
Fonte: (SMITH; VAN NESS; ABBOT, 2007)

Com os dados da Tabela 3 podemos calcular as pressões de vapor do etanol e da água


(Tabela 4) na temperatura de bolha aferida em 70ºC pelo termômetro e na temperatura final
da destilação aferida em 91ºC.
Tabela 4: Dados calculados das pressões de vapor para os componentes da mistura nas
tempeturas de bolha e final da destilação.

Componente 𝐏 𝒗𝒂𝒑 à 70ºC (kPa) 𝐏 𝒗𝒂𝒑 à 91ºC (kPa)


Etanol 72,5173 165,1007
Água 31,2557 72,8660
Fonte: Do Autor

Com os dados da Tabela 4 podemos notar que o etanol é mais volátil que a água e,
portanto, podemos calcular a volatilidade relativa do etanol com relação à água nas
temperaturas de 70ºC e 91ºC e determinarmos a volatilidade relativa média (Tabela 5).

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Tabela 5: Volatilidade relativa do etanol com relação a água. O símbolo 𝛂 representa a
volatilidade relativa média entre as volatilidades relativas calculadas nas temperaturas de interesse.

Componente  (70ºC)  (91ºC) 𝛂


Etanol-Água 2,32 2,26 2,29
Fonte: Do Autor

As razões volumétricas dos destilados estão apresentadas na Tabela 6 em graus GL e o


grau GL da mistura final será utilizada para se calcular a quantidade de materia em mol da
mistura de destilado de 250 mL.
Tabela 6: Razões volumétricas em graus GL medidos durante a destilação. Para o destilado 1 e 2
foram recolhidos 100 mL da mistura inicial e para o destilado 3 foi recolhido 50 mL, totalizando 250
mL que nesta tabela é denominada mistura dos destilados.

Propriedade Destilado 1 Destilado 2 Destilado 3 Mistura


Graus GL 76,5º 68,8º 49,9º 66,6º
Fonte: Do Autor

Da Tabela 6 pode-se observar que os graus GL dos destilados diminuiram ao decorrer


da destilação o que é esperado, pois como o etanol é mais volátil espera-se que os primeiros
vapores sejam ricos em etanol e conforme a destilação avança, a temperatura aumenta, e os
próximos vapores deixam de serem tão ricos em etanol e passam a conterem maiores
quantidade de água.
Com o grau GL da mistura de destilados podemos obter os volumes de etanol e água
que a compõem e, consequentemente, suas quantidades de matéria (Tabela 7).
Tabela 7: Dados calculados dos componentes da mistura de destilados

Componente Volume (mL) Massa (g) Número de mols


Etanol 166,50 130,53 2,84
Água 83,50 83,25 4,62
Mistura de Destilados 250,00 213,78 7,46
Fonte: Do Autor

Com o número de mols da mistura de destilado, V = 7,46 mols, podemos determinar


o número de mols N que ficou no balão ao final da destilação através da Equação 6. Portanto,
N = 18,5 mols.
Com os dados calculados até o momento podemos determinar a fração molar x da
mistura final que ficou no balão através da Equação 5 que nos fornecerá, portanto, o x medido
ou através da Equação 3 que modela o sistema e nos fornecerá o x calculado.

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3.1 Cálculo da fração molar de etanol através da modelagem

Os dados calculados até o momento foram exportados para o software Wolfram


Mathematica que nos permitiu utilizar o comando “FindRoot” para encontrar o valor da
fração molar de etanol da mistura final que ficou no balão (Figura 5). Como se esperava que a
fração molar de etanol fosse menor que a fração molar inicial, oferecemos como estimativa
inicial ao programa o valor de x = 0.03.
Obtemos como resultado da resolução da Equação 3, o valor de xmodelagem = 0.0882
que é um valor plausível pois se encontra entre o intervalo de 0 e 1 e é menor que a fração
molar incial de etanol. Entretanto, para confirmarmos o modelo devemos calcular o valor de x
a partir do balanço de massa por componente (Equação 5) e compararmos o seu valor com o
valor obtido pela modelagem.

3.2 Cálculo da fração molar de etanol através do balanço de massa.

Com os valores de V, N, N0 , x0 e y podemos retirar o valor de x da Equação 5, sendo


que y pode ser calculado através dos valores da Tabela 7. Efetuando essas contas obteremos o
valor de xmedido = 0.0211.
Podemos calcular o erro absoluto (Equação 7) com relação ao x calculado pelo
balanço de massa, pois ele seria nossa referência, e analisar os resultados.
ε = xmodelagem − xmedido (7)
Assim, obtemos ε = 0.0671. Nota-se uma grande defasagem entre o valor calculado
pela modelagem e o valor medido e calculado pelo balanço de massa. Tal diferença pode ser
justificada pelo fato da mistura etanol-água não ser na realidade uma mistura ideal, por termos
utilzado água da torneira que apresenta grandes variações no volume molar comparado com a
água destilada e pelo manuseio das provetas e suas medições de volume que não são tão
precisas comparado a outras vidrarias de medição. Levando tudo isso em consideração, é
notável que os valores estão condizentes com o que se esperava e o modelo pode ser usado
para modelagem do sistema dependendo da precisão que se deseja obter.

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Figura 5: Foto do script do algoritmo utilizado no software Wolfram Mathematica para o cálculo
da fração molar de etanol da mistura final presente no balão. O comando Clear foi utilizado
primeiro para limpar qualquer eventual variável que o programa possa já ter atribuído algum valor, os
comentários aparecem entre “(* *)” e o valor de estimativa inicial utilizado foi 0.03.

Fonte: Do Autor

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4. CONCLUSÃO

Os valores medidos da fração molar de etanol do início e do final da destilação


diferencial nos informaram que foi possível praticamente duplicar a concentração de etanol da
mistura que permaneu no balão ao final da destilação comparada com a inicial mostrando a
eficiência desta prática relativamente simples e efetuada há tantos anos pelo homem. Além
disso, não foi possível obter um valor confiável para o erro de forma que poderíamos afirmar
que o modelo proposto é eficiente, mas os materias utilzados não foram exatamente os ideias
para que o modelo pudesse ser aplicado. Por fim, este experimento pôde nos proporcionar
uma visão pratica dos estudos adquiridos em termodinâmica e apresentar uma opção
relativamente simples para quando necessitarmos realizar a separação de misturas líquidas
miscíveis.

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REFERÊNCIAS

CHECALC. Binary VLE. Disponível em: <https://checalc.com/solved/binary_vle.html>. Acesso em: 6


out. 2018.

COULSON, J. M.; RICHARDSON, J. F.; BACKHURST, J. R.; HARKER, J. H. Chemical Engineering: Particle
Technology and Separation processes. Fifth ed. [s.l: s.n.]

LEI, Z.; LI, C.; CHEN, B. Extractive Distillation: A Review. Separation & Purification Reviews, v. 32, n. 2,
p. 121–213, 12 jan. 2003. Disponível em: <http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1081/SPM-
120026627>.

MUNIZ, E. Curso de Farmácia. Operações Unitárias em Indústria. Disponível em:


<https://docplayer.com.br/5598846-Curso-de-farmacia-operacoes-unitarias-em-industria-prof-
a-msd-erica-muniz-6-7-periodo-destilacao.html>. Acesso em: 6 out. 2018.

PERRY, R. H.; GREEN, D. W. Perry’s Chemical Engineers’ Handbook. Seventh ed. [s.l:
s.n.]

SMITH, J. M.; VAN NESS, H. C.; ABBOT, M. M. Introdução à Termodinâmica da


Engenharia Química - 7aed - Smith, Van Ness, Abbott.pdf, 2007. .

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