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Grupo 2
Alunos:
Filipe Caus Teodoro 9270590
João Victor Paulino Paladino 8669199
Luis Guilherme Foresto 9002735
Rodrigo Aparecido da Silva 7965292
Lorena
2018
LISTA DE FIGURAS
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 4
1.1 Destilação diferencial ........................................................................................................... 4
2. MATERIAS E MÉTODOS................................................................................................. 7
2.1 Materias empregados ............................................................................................................ 7
4. CONCLUSÃO .................................................................................................................. 15
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 15
1. INTRODUÇÃO
Este tipo de destilação, como mencionado anteriomente, consiste em apenas uma etapa
de vaporização e condensação. A mistura é aquecida sobre uma taxa constante de calor e seu
vapor é condensado no topo do sistema e armazenado em recipiente acoplado ao final do
condensador (Figura 1) e, consequentemente, as composições das fases e a temperatura do
sistema são alteradas com o decorrer do tempo de destilação (COULSON et al., 2002).
A vaporização da mistura se dá pelo aumento rápido da temperatura ou,
alternativamente, pela redução de sua pressão. É importante monitorar a temperatura durante
todo o processo, pois ela tem a tendência de estacionar inicialmente no ponto de ebulição da
substância mais volátil e, no caso de misturas com vários componentes, nota-se que ela
mudará no momento em que a maioria da substância mais volátil estiver no destilado e, após
esse momento, a segunda substância mais volátil começará a se concentrar no destilado e
assim por diante (COULSON et al., 2002).
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Uma alternativa é a troca do reservatório de destilado sempre que a temperatura
começar a se alterar após ter permanecido constante durante um tempo considerável, assim
obtem-se destilados concentrados nos diferentes compostos da mistura inicial.
Entretanto, os graus de pureza dos destilados obtidos não são muito elevados e como
alternativa pode-se fazer suscessivas destilações do destilado. Como esse processo é
demorado e trabalhoso, utiliza-se comumente em seu lugar a destilação fracionada
(COULSON et al., 2002).
Figura 1: Esquema da Destilação Diferencial
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Assim, é possível construir uma igualdade através de um balanço de massa para o
componente mais volátil assumindo que a quantidade que havia dele no tempo “t” deve ser
igual à quantidade que permaneceu na fase líquida no tempo “t+dt” somada a quantidade do
mesmo componente na fase vapor no tempo “t+dt” (Equação 1) (COULSON et al., 2002).
N. x = N − dN . x − dx + y. dN (1)
Resolvendo a equação diferencial (Equação 1) e assumando que a mistura binária seja
ideal (Equação 2), obtemos a equação 3 que modela o fenômeno da destilação diferencial.
α. x
y= (2)
1 + α − 1 .x
1
α α −1
N x 1 − x0 (3)
=
N0 x0 1 − x
Na equação 2 é apresentado o parâmetro admensional (volatilidade relativa) que
relaciona as pressões de vapor dos componentes da mistura binária através da razão da
pressão de vapor do componente mais volátil pelo do componente menos volátil (Equação 4).
PA0
αA,B = 0 (4)
PB
Por outro lado, ao final da destilação é possível medir a fração molar do componente
mais volátil no destilado e através do balanço de massa por componente (Equação 5) e global
(Equação 6) determinar a fração molar do mesmo componente na mistura que permanenceu
no balão que fora aquecido.
N0 . x0 = N. x + V. y (5)
N0 = N + V (6)
Onde “V” representa a quantidade de matéria em mols do destilado e y a fração molar
do componente mais volátil no destilado.
No experimento proposto foi utilizado como mistura binária para a destilação
diferencial, a mistura etanol-água e como o etanol é mais volátil que a água todos os cálculos
efetuados estão em função deste componente. Sabe-se que está mistura não apresenta uma
grande diferença entre as temperaturas de ebulição de seus componentes o que dificulta a
obtenção de destilados com altos graus de purificação e, além disso, esta mistura apresenta
um ponto azeotrópico (Figura 2) que limita sua separação por destilação e, portanto, a
indústria emprega a extração líquido-líquido quando se deseja obter altas concentrações de
etanol.
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Figura 2: Diagrama equilíbrio líquido-vapor (ELV) à pressão constante de 1,019 bar (pressão de
Lorena). A curva superior representa a curva do ponto de orvalho e a curva inferior representa a curva
do ponto de bolha. Entre as frações molares de 0.8 e 1.0 de etanol é possível notar a presença de um
ponto azeotrópico.
1.2 Objetivo
Este experimento tem por objetivo comprovar o modelo proposto para a destilação
diferencial (Equação 3) para a mistura binária etanol-água aproximando-a a uma mistura
ideal.
2. MATERIAS E MÉTODOS
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Água da torneira;
Álcool etílico 96º GL;
Densímetro digital;
Alcoômetro.
Embora tenha se utilizado preferencialmente o densímetro digital para se medir o grau
GL da mistura por ser mais preciso, também foi utilizado o alcoômetro com o objetivo de se
entender o funcionamento deste medidor e verificar que ele também apresenta uma boa
aproximação.
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Figura 3: Fotos dos medidores da razão volumétrica em graus Gay-Lussac (GL) para a mistura
etanol-água. a) Densímetro digital progamado para a medição da fração volumétrica de etanol em
graus GL para a mistura etanol-água empregado no experimento. b) Alcoômetro utilizado para
verificação do princípio de medição baseado no empuxo e verificação de seu funcionamento.
Fonte: Do Autor
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Figura 4: Foto do destilador diferencial empregado neste experimento. Observa-se que o
termômetro está acoplado a entrada do condensador de forma a medir a temperatura neste ponto. Todo
sistema foi vedado para evitar qualquer saída de vapor para o ambiente. O condensador foi acoplado
às mangueiras transportando corrente de água fria da torneira que serviu como fluído de resfriamento
para o vapor condensar e o condensado foi retirado ao final do condesador e reservado em proveta.
Fonte: Do Autor
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Dados termodinâmicos para o etanol e a água a pressão de 1 atm que é uma boa
aproximação para a pressão de Lorena são apresentados na Tabela 1 e serão utilizados para o
calculo de N0 e x0 . Aferiu-se que a temperatura do laboratório era de 24,3ºC através do
densímetro digital.
Tabela 1: Propriedades termodinâmicas do etanol e água a 1 atm. A densidade dos componentes à
24,3ºC foram calculadas através da interpolação dos dados obtidos em tabela à 20ºC e 25ºC para a
mesma pressão.
Com os dados da Tabela 4 podemos notar que o etanol é mais volátil que a água e,
portanto, podemos calcular a volatilidade relativa do etanol com relação à água nas
temperaturas de 70ºC e 91ºC e determinarmos a volatilidade relativa média (Tabela 5).
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Tabela 5: Volatilidade relativa do etanol com relação a água. O símbolo 𝛂 representa a
volatilidade relativa média entre as volatilidades relativas calculadas nas temperaturas de interesse.
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3.1 Cálculo da fração molar de etanol através da modelagem
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Figura 5: Foto do script do algoritmo utilizado no software Wolfram Mathematica para o cálculo
da fração molar de etanol da mistura final presente no balão. O comando Clear foi utilizado
primeiro para limpar qualquer eventual variável que o programa possa já ter atribuído algum valor, os
comentários aparecem entre “(* *)” e o valor de estimativa inicial utilizado foi 0.03.
Fonte: Do Autor
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4. CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
COULSON, J. M.; RICHARDSON, J. F.; BACKHURST, J. R.; HARKER, J. H. Chemical Engineering: Particle
Technology and Separation processes. Fifth ed. [s.l: s.n.]
LEI, Z.; LI, C.; CHEN, B. Extractive Distillation: A Review. Separation & Purification Reviews, v. 32, n. 2,
p. 121–213, 12 jan. 2003. Disponível em: <http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1081/SPM-
120026627>.
PERRY, R. H.; GREEN, D. W. Perry’s Chemical Engineers’ Handbook. Seventh ed. [s.l:
s.n.]
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