Aula 05– Operações

Unitárias
Professor: Gabriel Bastos Braga

Curso: Engenharia da Produção

Disciplina: Operações Unitárias

 Escopo da Aula

-Objetivos do Peneiramento
-Eficiência do Peneiramento
-Dificuldades Operacionais
-Equipamentos Industriais

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 Separação de Sólidos
-A necessidade de separar sólidos prende-se a
duas finalidades:
-Dividir o sólido granular em frações
homogêneas
-Obter frações de partículas de mesmo
tamanho

-Raramente se atinge os dois objetivos

simultaneamente
-2º objetivo - Peneiramento - Mais
econômica

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 Peneiramento
-Uma peneira:
-Frações não classificadas

-Várias peneiras:
-Frações classificadas (Classificação
granulométrica)

-Na aula passada fizemos a Análise

Granulométrica, a qual consiste em
quantificar o sólido em função das peneiras.

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 Objetivos do Peneiramento
-O objetivo do peneiramento é separar, com a maior nitidez possível, a alimentação “A”
nas frações de finos “F” e nas frações de grossos “G”;
-A (100%) = F (30%) + G (70%)

-Numa operação ideal, a maior partícula da fração fina é menor do que a menor
partícula da fração grossa;

-Geralmente, o diâmetro de corte é escolhido em função do fim visando a operação,

podendo, ou não, coincidir com a abertura de uma peneira padrão.

-O diâmetro de corte, Dc, limita o tamanho das partículas na fração fina e o mínimo na
fração grossa.

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 Operações Reais
-Algumas partículas maiores que Dc passam pela
peneira e se incorporam a corrente F, enquanto as
menores do que Dc ficam retidas na corrente G

-Xa – fração acumulada de grossos (d > Dc) na

corrente A
-Fração de grosso Total

-Xf – fração do peso total da corrente F que é

constituída de partículas maiores que Dc
-Fração de grosso no FINO

-Xg – fração de grossos (d>Dc) na corrente G.

-Fração de grosso no GROSSO

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 Operações Reais
-As possíveis causas de retenção de fino (d < Dc) nos grossos (d > Dc) é devido a:
1. Aderência do pó às partículas grandes;
2. Aglomeração de várias partículas pequenas;
3. Malhas irregulares;
4. Mecanismo de operação

-O movimento das partículas é paralelo ao plano de abertura das malhas e, se o

movimento for muito rápido, as partículas finas podem saltar de um fio para outro da
malha sem jamais atingir a abertura.

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 Operações Reais
-A passagem dos grossos através das malhas deve-se a:
1. Irregularidade das malhas
2. Se as partículas grossas tiverem dimensão aproximada de Dc
3. Carga excessiva na peneira

-Eficiência:
-Comparação entre as operações real e ideal

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 Cálculo da Eficiência do Peneiramento
-A eficiência de peneiramento é a qualidade de separação que a peneira nos fornece. Esta
eficiência pode ser expressa em termos de:

a. Eficiência de remoção dos passantes

-Escolha das partículas não passantes.
-O produto considerado válido é o material retido na tela. Neste caso, a intenção é
recuperar o máximo do material retido, existente na alimentação.

b. Eficiência de recuperação dos passantes

-O material fino que passa pela tela.
-O produto considerado é o material passante na tela. Neste caso, deseja-se recuperar o
máximo possível do material passante existente na alimentação

c. Eficiência de peneira (processo)

-Os produtos considerados são o material passante e não passante.
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 Eficiência de Peneiramento
𝑃 ∙ 𝑋𝐷,𝑃 𝑃 ∙ 1 − 𝑋𝐷,𝑃
𝐸= × 1−
𝐴 ∙ 𝑋𝐷,𝐹 𝐴 ∙ 1 − 𝑋𝐷,𝐹

Sendo:
-P = Massa do produto obtido no peneiramento
-A= Massa de alimentação
-XD,P = Fração desejada no produto
-XD,F = Fração desejada na alimentação

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 Exemplo 01
-Uma peneira é alimentada com 500 kg de cevada moída que apresenta 30% da fração
desejada (partículas menores que a abertura da peneira em análise). Após o processo
de peneiramento verifica-se que o produto apresenta uma massa de 170 kg com uma
quantidade de partículas desejadas de 140 kg. Calcular a eficiência da peneira.

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 Exemplo 01
1. Cálculo de XD,P
140
𝑋𝐷,𝑃 = = 0,824
170

2. Cálculo de XD,F
𝑋𝐷,𝐹 = 30%

3. Cálculo da Eficiência E
170 ∙ 0,824 170 ∙ 1 − 0,824
𝐸= × 1−
500 ∙ 0,300 500 ∙ 1 − 0,300

𝐸 = 0,85 = 85%

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 Cálculo da Eficiência do Peneiramento
-O cálculo também pode ser realizado em função das frações de grossos (Xa, Xf e Xg)
-Xa = fração de grossos na alimentação
-Xf = fração de grossos nos finos (d<Dc)
-Xg = fração de grossos nos grossos

-O balanço de massa de grossos e o balanço global podem ser escritos como:

𝐴 =𝐹+𝐺

𝐴 ∙ 𝑋𝑎 = 𝐹 ∙ 𝑋𝑓 + 𝐺 ∙ 𝑋𝑔

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 Cálculo da Eficiência do Peneiramento
-Combinando as equações temos:

𝑋𝑔 − 𝑋𝑎
𝐹 =𝐴∙
𝑋𝑔 − 𝑋𝑓

𝑋𝑎 − 𝑋𝑓
𝐺 =𝐴∙
𝑋𝑔 − 𝑋𝑓

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 Cálculo da Eficiência do Peneiramento
-A fração de grossos alimentados à peneira e que chegam finalmente ao produto grosseiro G
é uma medida da eficiência de recuperação de grossos (Eg):

𝐺 ∙ 𝑋𝑔
𝐸𝐺 =
𝐴 ∙ 𝑋𝑎

-Por outro lado, a quantidade de finos na alimentação “A ∙ (1 − 𝑋𝑎 )” e a quantidade que

chega à fração fina “F∙ (1 − 𝑋𝑓 )” permite determinar a eficiência de recuperação de finos

𝐹 ∙ (1 − 𝑋𝑓 )
𝐸𝐹 =
𝐴 ∙ 1 − 𝑋𝑎

-A eficiência do peneiramento é dado por:

𝐸 = 𝐸𝑔 ∙ 𝐸𝐹

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 Exemplo 02
-É adicionada a uma peneira uma mistura com massa total de 100 g, que contém 64%
de sólidos com d>Dc. Após o processo de peneiramento, verificou-se que o produto
que passou pela peneira apresentou uma massa de 38 g com uma
quantidade de partículas finas de 34,2 g.
-Como que tem mais massa que o máximo de finos???
-Porque passou os grosseiros também
-OU seja, passou 38 – 34,2 = 3,8 g de sólidos grosseiros nos sólidos finos.
-(38 – 34,2)/38 →3,8/38→10%
-𝐴 ∙ 𝑋𝑎 = 𝐹 ∙ 𝑋𝑓 + 𝐺 ∙ 𝑋𝑔
𝐴∙𝑋𝑎 −𝐹∙𝑋𝑓
- = 𝑋𝑔
𝐺

-Calcular a eficiência da peneira.

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