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UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI

Thiago Vinicius Freitas Santos

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA

BRITAGEM

Docente

Bárbara Gonçalves Rocha

Elaborado e apresentado para a unidade curricular Tratamento de Minérios I

(EMIN006)

JANAÚBA

2021/2
1- Introdução

A britagem consiste na etapa primária da cominuição, subsequente ao desmonte


na lavra. A britagem é, geralmente, realizada a seco e em diversos estágios (até
quatro) com pequena relação de redução em cada estágio. A relação de redução
representa a relação entre o tamanho da alimentação e o tamanho do produto.
Genericamente, britagem pode ser definida como conjunto de operações que
objetiva a fragmentação de blocos de minérios vindos da mina, levando-os a
granulometria compatíveis para utilização direta ou para posterior processamento.

A britagem é um estágio no processamento de minérios, que utiliza, em


sucessivas etapas, equipamentos apropriados para a redução de tamanhos
convenientes, ou para a liberação de minerais valiosos de sua ganga. É aplicada a
fragmentos de distintos tamanhos, desde rochas de 1000 mm até 10 mm. Não existe
um circuito padrão para britar os diferentes tipos de minério. Geralmente a operação
de britagem é feita dentro dos estágios convenientes. Normalmente, para haver uma
liberação satisfatória do mineral valioso, é necessário que o minério seja reduzido a
uma granulometria fina.

Nestas condições, a fragmentação desenvolve-se por meio de três estágios, isto


é, grossa, intermediária e fina ou moagem. Nos dois primeiros estágios, a
fragmentação é realizada em britadores e no último estágio, em moinhos.
(CETEM/MCT). Não há rigidez quanto aos estágios de britagem, porém,
normalmente se usa a classificação mostrada na Figura 1.

Figura 01: Estágios da Britagem

Fonte: CETEM
Britagem Primária: Os britadores empregados são os de grande porte e sempre operam
em circuito aberto e sem o descarte (escalpe) da fração fina contida na alimentação.

Britagem Secundária: Entende-se por britagem secundária, de forma geral, todas as


gerações de britagem subsequentes à primária. Tem como objetivo, na maioria dos
casos, a redução granulométrica do material para a moagem.

Britagem Terciária: Em geral é o último estágio de britagem, no entanto, existem


usinas com mais de três estágios, cujo fato está ligado às características de fragmentação
do material, ou à granulometria do produto final. (CETEM/MCT).

Associadas à fragmentação estão sempre operações de separação por tamanho,


seja para evitar a entrada nos equipamentos de fragmentação de partículas já abaixo do
tamanho desejado, seja para encaminhar partículas de determinados tamanhos para os
equipamentos que possam fazer sua fragmentação com maior eficiência. A
fragmentação pode ser feita em circuito aberto ou circuito fechado.

Tem-se, como regra geral, fazer o último estágio de cada etapa de cominuição
em circuito fechado (BERALDO, 1987). Na britagem o circuito é em geral fechado com
peneiras como ilustrado na Figura 2.

Figura 02: Circuitos de britagem: fechado normal e fechado reverso

Fonte: CETEM
Na britagem em circuito fechado o material britado é descarregado em uma
peneira que o divide em duas frações: undersize, que é o produto britado final, e o
oversize, que retorna ao britador para ser rebritado, constituindo a carga circulante.

Faz-se necessário determinar a carga circulante dos circuitos fechados para


avaliar a eficiência de uma planta de britagem, ou mesmo para se projetar um circuito
de britagem, na seleção dos equipamentos e preparo dos fluxogramas. A definição do
melhor circuito de britagem dependerá, essencialmente, da capacidade da instalação,
características granulométricas e físicas da alimentação, características granulométricas
desejadas para o produto e características dos equipamentos. Abaixo, na Figura 3 temos
um esquema do processo de britagem (BERALDO, 1987).

Figura 03: Esquema de circuito de britagem

Fonte: CETEM

2- Objetivo
O objetivo da britagem é obter o minério dentro das especificações granulométricas
exigidas pelo mercado, ou prepará-lo para o último estágio de redução onde se atingirá
o tamanho de liberação, adequado ao processo de concentração.
3- Metodologia

Para o entendimento sobre o conteúdo das técnicas de quarteamento utilizou-se


como base principal de estudos os vídeos encontrados no YouTube, intitulados “Prática
Britagem”. Nas práticas foram realizados o processo de britagem.

A prática foi realizada em laboratório, nessa prática realizou-se a britagem primária,


pra esse processo foi utilizado o britador de mandíbula (Figura 04), com a configuração
Dodge, essa configuração apresenta somente um eixo centríco pra fazer o movimento de
britagem com a mandibula móvel. Na parte interior temos a madibula fixa, em baixo
temos coleta do material já fragmentando, logo a mandibula móvel vai rotacionar em
movimentos cirulares em torno do eixo centríco localizado na parte superior. Para
realização da prática foi necessário o uso dos seguintes EPIs: máscara, óculos e protetor.
Abaixo temos uma ilustração desse britador.

Figura 04: Britador Mandíbula

Fonte: Canal You Tube / Britador de mandíbulas de laboratório modelo 120080 da


Engendrar
De início,o objetivo da prática é investigar como a abertura do britador pode
influenciar no produto da fragementação e calcular a energia necessária para fragmentar
o material utilizando esse britador, é necessário obter no final da etapa de britagem um
tamanho de partícula que seja 100% parssante em 3.35 milimetros. Então vai fragmentar
na abertura posição fechada que já é fixa e vai determinar qual abertura posição fechada
para ter o produto em 3.35 mm e a energia associada para alcançar essa tamanho
máximo de partícula. Durante o exeperimento, conseguese fazer a medição da corrente
que esta alimentando o britador e apartir disso calcula a potência consumida por ele.

Com base na potencia consumida e no tempo em que esta sendo consumida


consegue-se então calcular a energia em kW/h, sabendo qual a massa que foi alimentada
da para calcular a energia que foi consumida por tonelada/hora dessa maneira é possível
obter a energia utilizada e consegue calibrar a equação do modelo de quips, modele este
que correlaciona o tamanho de partícula da alimentação por tamanho de partícula do
produto da britagem. Assim, tendo essa contante uma vez calibrada, é possível então
definir qual vai ser a energia gasta para obter o produto passante em 3.35mm.

A amostra é composta de alguns fragmentos que vão ser britados, é preciso


inicialmente antes de britar é preciso saber a granulometria dos fragmentos, ou seja qual
distribuição granulométrica da amostra compostas por fragmentos. A medição não foi
feita em uma peneira, mas sim uma estimativa dessa granulometria individualmente
para cada partícula. Para cada uma das partícula é necessário medir a massa delas, e
com base na densidade iremos aproximar o tamanho desssas particulas por uma
representação de uma esfera. Logo, sabendo a densidade consegue-se distribuir o
volume dela no formato de uma esfera. Esse proceso é feito para cada umas das
partículas e ao final das medições, já com todas as massas obtém-se o cálculo do
diâmetro de cada uma dessas esferas, que vai representar o tamanho da partícula, em
outras palavras será a abertura em uma malha de peneira, se no caso tivesse peneiras
exatamente com o tamanho da partícula. Assim, aspós as medições e os cálculos
consegue-se construís uma curva de parssante para a amostra de alimentação do
processo de britagem. Realizando a britagem, vai ser adicionado uma partícula , por
vez, como mostrado na Figura 05, até que elas sejam britadas totalmente, para que não
haja afogamento do equipamento.
Figura 05: Iustração da fragementação da partícula

Fonte: Canal You Tube / Britador de mandíbulas de laboratório

Assim, após a fragmentação, foi britado dois fragmentos, o produto da fragmentação


é levado para análise granulométrica com as peneiras de 50x50cm, elas são quadradas e
conseguem processar uma maior quantidade de material, também apresentam abertura
de 31.7 até a abertura inferior de 3.35mm, num total de 9 peneiras com diferentes
classes granulométricas.

Nessa prática a série foi dividida em duas, a mais grosseira, onde é analisado o
material retido em cada uma delas, o produto parssante na última peneira é levado para
a série de peneiras mais finas, foi analisado o material retido em cada uma delas. Assim
o produto da parte mais grosseira da série vai alimentar a parte mais fina.

Para britagem com base em peneiras, conclui-se então a analise granulométrica por
meio da britagem. Para utilização da peneira usa-se também os EPIs. Primeiramente a
amostra foi adicionada na peneira superior da amostra, e liga o peneirador. Após o
peneiramento temos o produto da fragmentação, como demostrado abaixo na Figura 06.
Figura 06: Iustração da utilização das peneiras

Fonte: Canal You Tube / VideoAula Britador

Subsequente ao peneiramento, separou os produtos nas nove faixa


granulométricas, mais o passante de 3.35, que fica retido no fundo. A partir das medidas
das massas obtidas do produto, é obtido a partir da distribuição granulometrica o P80
(cálculo da energia) e P100 que é o (tamanho da maior partícula presente na amostra).

4- Conclusão

Muitas são as aplicações dos minérios ou minerais em nosso cotidiano, e eles


aparecem em praticamente todos os momentos de nosso dia a dia, nos lembrando de sua
importância. Os minérios são minerados da subsuperfície através de minas a céu aberto
ou subterrâneas, mas para que ele chegue até o usuário final ou consumidor, ele precisa
passar por várias etapas de processamento, dentro estas etapas está a britagem, é
considerada fundamental para obter o minério dentro das especificações
granulométricas exigidas pelo mercado.

5- Referências Bibliográficas

BERALDO, J.L. Moagem de Minérios em Moinhos Tubulares. Pró-Minério; Secretaria de


Estado da Indústria, Comércio, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo, Editora Edgard
Blücher Ltda, 1987.

CETEM/MCT
CONCHA, F. Fundamentos de las operaciones mecanicas. Chile: Universidad de Concepción.
Escuela de Ingenieria, 1971.

TARJAN, G. Mineral Processing. Budapest: Akademia Kudo, 1981. vol.1.

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