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Reatores I

3. Projeto de Reatores Ideais


Isotérmicos
Capítulos 2, 3 e 4 – Fogler (4ª edição)
Capítulos 3 e 4 - Roberts
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3. PROJETO DE REATORES IDEAIS ISOTÉRMICOS

3.1. Balanço molar

3.2. Reatores ideais


3.2.1. Reator Batelada
3.2.2. Reator CSTR
3.2.3. Reator PFR
3.2.4. Características gerais dos reatores ideais
3.2.5. Reator batelada a volume constante
3.2.6. Reação de 1ª ordem irreversível em um reator batelada
3.2.7. Reação de 1ª ordem reversível em um reator batelada
3.2.8. Reação de ordem n irreversível em um reator batelada
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3.3. Equações de projeto para reatores ideais
3.3.1. Reator batelada em termos da conversão
3.3.2. Reator CSTR em termos da conversão
3.3.3. Reator PFR em termos da conversão

3.4. Interpretação gráfica das equações de projeto

3.5. Associação de reatores em série


3.5.1. Algumas definições adicionais

3.6. Estrutura para projeto de reatores isotérmicos

3.7. Projeto de reatores com reciclo


3.7.1. Reatores PFR com reciclo
4
3.8. Operação de reatores em estado não-estacionário
3.8.1. Reator semibatelada
3.8.2. Partida de um CSTR
3.8.3. Destilação reativa

Exemplos
1. Após item 3.3
2. Antes item 3.3.1
3. Após exemplo 2
4. Antes item 1.6
5. Após exemplo 4
6. Após exemplo 5
7. Antes item 3.6
8. Após item 3.6
9. Após exemplo 8
5
REATOR BATELADA

SISTEMA DE AGITAÇÃO
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REATOR CSTR
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REATOR PFR

REATOR PBR (leito fixo)


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REATORES DE HIDROTRATAMENTO (trifásico)


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REATOR ESFÉRICO EM SÉRIE 1. Possui leito fixo 4. Suporta altas pressões
2. Alimentação axial 5. Não possui agitação
3. Área variável

Principais • Indústrias petroquímicas.


Utilizações • Reações a altas pressões.
• A conversão de produtos por volume do catalisador é grande.
Vantagens • Pode-se trabalhar em pressões altas.
• Custo benefício relativamente baixo.
Desvantagens • Alto custo de construção
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3.2.4. Características gerais dos reatores ideais

REATOR FASES PRESENTES OPERAÇÃO CUSTO CONVERSÃO


gás alta
Batelada líquida descontínua baixo (depende do tempo
líquida+sólido(catalisador) de residência)
líquida
baixa
CSTR gás + líquida contínua médio (por unidade de
líquida + sólido volume do reator)
(nunca opera somente com gás)
essencialmente
PFR reações em fase contínua alto alta
gasosa
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ESCALA DE
REATOR MANUTENÇÃO USO RECOMENDADO
PRODUÇÃO
- obter produtos intermediários;
Batelada pequena e média média - obter quantidades pré-
determinadas de produtos.
- quando a agitação é requerida;
- utilização em série para
CSTR média e alta média
diferentes concentrações de
correntes.
- reações homogêneas ou
PFR média e alta fácil heterogêneas a alta
temperatura.
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REATOR VANTAGENS DESVANTAGENS
- alta conversão por unidade de
- alto custo operacional;
volume por carga;
- qualidade do produto variável
Batelada - flexibilidade operacional;
quando comparado às operações
- facilidade para limpeza e
contínuas.
manutenção;
- bom controle, principalmente
de temperatura;
- menor conversão por unidade de
- fácil adaptação para reações
volume dentre os reatores;
bifásicas;
CSTR - possibilidade de ocorrer by-pass
- simplicidade de construção;
ou canais preferenciais de
- baixo custo operacional;
escoamento se a agitação for ruim.
- facilidade para limpeza e
manutenção.
- podem existir gradientes térmicos
- alta conversão por unidade de
indesejáveis;
volume;
PFR - controle de temperatura ruim;
- baixo custo operacional;
- paradas, partidas e manutenção
- boa transferência de calor;
podem ser caras.
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3.2.5. Reator batelada a volume constante

O balanço molar para um reator batelada, operando a volume


constante, pode ser escrito como:

Se o reator for isotérmico e poucos componentes estão


envolvidos, as leis de velocidade são simples, possibilitando soluções
analíticas para os balanços molares.
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3.2.6. Reação de 1ª ordem irreversível em um reator batelada

Para uma cinética de 1ª ordem e irreversível:

, com CA = CA0 quando t = 0

Cuja solução da EDO fornece:

Nesta equação:
• A concentração de A decresce
exponencialmente a partir do seu
valor inicial para zero;
• A constante cinética determina a
forma de decaimento exponencial
da concentração.
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3.2.7. Reação de 1ª ordem reversível em um reator batelada
Para uma cinética de 1ª ordem e reversível:

, com CA = CA0 quando t = 0

Da tabela estequiométrica sabe-se que:

Para um reator a volume constante: V = V0, logo:

Cuja solução da EDO fornece:


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3.2.8. Reação de ordem “n” irreversível em um reator batelada

Para uma cinética de ordem “n” e irreversível:

, com CA = CA0 quando t = 0

Cuja solução da EDO fornece:


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3.3. Equações de projeto para reatores ideais
3.3.1. Reator batelada em termos da conversão

dN j
Balanço Molar: r jV=
dt
Nj0 − Nj N j = N j0 − N Xj
Conversão: Xj = j0
N j0
NA = NA0 - NA0 X
Diferenciando: dNj = −Nj0 dX j
dNA = dNA0 – (X dNA0 + NA0 dX)
Substituindo no Balanço Molar: dNA = - NA0 dX
dX j
− N j0 = r jV
dt
dX j Equação de Projeto para Reator Batelada em
N j0 = −r j V termos de Conversão
dt

Integrando: Xj
dX j
t = N j0∫
0 −r j V
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3.3.2. Equação de projeto para reator CSTR em termos da conversão

F j0
Fj0 − F j
Balanço Molar: V=
−r j

Conversão:
Fj0 − F j Fj0 − F j = Fj0 X j
Xj =
F j0
Fj = Fj0 – Fj0*X F
j

Substituindo no Balanço Molar:

Fj0 X j Equação de Projeto para Reator CSTR em


V=
−r j termos de Conversão
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3.3.3. Equação de projeto para reator PFR em termos da conversão

F F
j V j V+ΔV

dF j
Balanço Molar: = rj ΔV
dV
Fj0 − F j
Conversão: Xj =
F j0
Diferenciando: dFj = −F j0 dX j

Substituindo no Balanço Molar:


dX j
−F j0 = rj
dV
dX j
Equação de Projeto para Reator PFR em
F j0 = −r j
dV termos de Conversão

Xj
Integrando: dX j
V = F j0∫
0 −r j
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Resumo das informações obtidas (em termos da conversão):


Reator Diferencial Algébrica Integral Gráfica

Xj Xj
dX j -
t = N j0∫
dX j
Batelada N j0 = −rj V
0 −r j V
dt
t

Xj
Fj0 X j
V=
CSTR - −r j -

Xj Xj
V = F j0∫
dX j dX j
PFR Fj0 = −rj -
0 −r j
dV
V
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3.8 Operação de reatores em estado não-estacionário*

Reator Batelada Reator Semi-Batelada


A
Sistema Fechado Adição intermitente de um
A reagente

C A0 C
Partida de CSTR Destilação Reativa
Sistema Aberto Remoção contínua de um
produto da reação
CA
A, B Calor

* Conteúdo baseado no material do Prof. Dirceu Noriler


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3.8.1 Reator Semibatelada
B

Operação:
Neste tipo de reator, um dos reagentes (B) é
A adicionado gradualmente ao reator, o qual foi
previamente carregado com o reagente (A).

Este tipo de reator é indicado quando:


• Reações paralelas ocorrem para altas concentrações do reagente “B”;
• Reações altamente exotérmicas: regulando a taxa de alimentação do
reagente “B”, a taxa de reação e a temperatura podem ser
controladas;
• Quando um dos reagentes é um gás com solubilidade limitada.
Exemplos: Reações de amonólise, hidrólise e cloração.
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Balanço Molar:
B
Para o reagente A, as seguintes hipóteses são válidas:
- Sem entrada e saída;
- Mistura Perfeita;
- O número de mols de A no interior do reator varia com o tempo.
A

Portanto:

A + B → C +D
Para o reagente B, assume-se que:
- Taxa molar de entrada constante;
- Mistura Perfeita;
- O número de mols de B no interior do reator varia com o tempo.

Portanto:
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É importante observar que, pelo fato do reator ser
alimentado continuamente pelo reagente B, o volume V varia com
o tempo. B

O volume do reator em qualquer tempo “t” pode ser


encontrado a partir de um balanço de massa global:
A

A + B → C +D
Para um sistema de massa específica constante, ρ0 = ρ, tem-se que:

integrando
V = V0 + v0 t

Volume de um reator Semicontínuo


em função do tempo
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Escrevendo as equações do Reator Semibatelada em termos de


Concentrações:

Substituindo na equação do balanço molar para o reagente A:


B

Como a concentração e o volume são funções do tempo: A

A + B → C +D
Do balanço de massa global:

Substituindo:
rearranjando
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Escrevendo as equações do Reator Semibatelada em termos de


Concentrações:

Substituindo na equação do balanço molar para o reagente B:

Como a concentração e o volume são funções do tempo: A

A + B → C +D
Do balanço de massa global:

Substituindo:
rearranjando
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Escrevendo as equações do Reator Semibatelada em termos de Conversão:

Considere a reação:

Se o reagente limitante é o reagente A:


mols mols mols

Então, para o reagente B:


mols mols mols mols

Para uma vazão de alimentação constante de B:


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O número de mols e as concentrações de todas as espécies são apresentadas


na Tabela Estequiométrica:
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Do balanço molar:

Combinando equação de projeto, a Lei de velocidade, a equação para a


variação do volume e a tabela estequiométrica, pode-se determinar a conversão
como uma função do tempo para o reator Semibatelada:

Para uma reação reversível de segunda ordem para a qual a lei de velocidade é:

Tem-se que:

, NC0=ND0=0
3.8.2 Partida de um CSTR
O Startup de um reator CSTR é examinado a fim de avaliar o tempo
necessário para que o estado estacionário seja atingido.

Lembrando que:
Para um reator um CSTR em Estado Estacionário: C
A0

CA = CAS

Durante a partida do reator CSTR é necessário considerar a variação do


número de mols com o tempo. Assim, as hipóteses adotadas e o balanço molar são:

C
Hipóteses: Balanço Molar:
A0

- Sistema Aberto;
- Mistura Perfeita;
- Reação Instantânea;
CA = C A (t) - Com acúmulo.

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Sabendo que:

Assumindo que o volume do sistema reacional não varia com o tempo, e


ainda que v = v 0 (reações em fase líquida e ou em fase gasosa sem variação do
número de mols totais), o balanço molar pode ser escrito em termos de
concentração:

dividindo por V

Definindo: (tempo de residência)

Substituindo a lei de velocidade, a EDO pode ser integrada a fim de se obter o


tempo necessário para que a concentração no estado estacionário seja atingida, para
um dado volume e vazão volumétrica:
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3.8.3 Destilação Reativa
Operação:
Neste tipo de reator, os reagentes são carregados
simultaneamente e um dos produtos é vaporizado e
retirado continuamente.
Vantagens:
Desloca o equilíbrio da reação no sentido da
formação dos produtos, aumentando a conversão final
acima da que seria atingida se o produto não tivesse sido
removido.

Adicionalmente, a remoção de um dos produtos concentra os reagentes,


produzindo, consequentemente, um aumento na velocidade de reação e diminuindo
o tempo de processamento.

Exemplos: Reações de Acetilação e deEsterificação.


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Balanço Molar:

Considerando a reação:

Para o reagente A, as seguintes hipóteses são válidas:


• Sem entrada e saída;
• Mistura Perfeita;
• O número de mols de A no interior do reator varia com o tempo.

Portanto: ou

Definindo a conversão em termos de A:


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Um balanço para a espécie C, fornece:

As concentrações das espécies são dadas por:


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O volume também deve ser determinado com uma função da conversão ou


do tempo. Um balanço de massa global fornece que:

Onde PM é o peso molecular.

Para um sistema com massa específica constante:

Esta equação deve ser combinada à equação de projeto, à lei de velocidade e


à tabela estequiométrica, a fim de se obter a conversão como função do tempo.

No entanto, para resolver o conjunto de equações, é necessário ainda


especificar a velocidade de evaporação FC.
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