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Aula 5

Nível Médio
1 - Um snowboard desliza na neve em uma superfície horizontal sem atrito segurando uma mochila
de 4,0 kg. Seu deslocamento é linear, e sua velocidade é constante módulo de 3,0 m/s. Em certo
momento, ela lança a mochila exatamente para frente, na mesma direção e sentido do seu
deslocamento, com velocidade de 8,0 m/s em relação ao solo.

Desprezando-se a influência da resistência do ar sobre o sistema snowboard - mochila, e sendo a


massa do snowboard igual a 72 kg, é correto afirmar que a velocidade do snowboard em relação
ao solo, logo após o lançamento, é de:

a( ) 3,0 m/s, para trás.

b ( X ) 2,72 m/s, para frente.

c( ) 0,30 m/s, para trás.

d( ) 0,30 m/s, para frente.

e( ) 2,9 m/s, para frente.

Resolução:

Teremos dois momentos importantes para analisar, o momento antes do lançamento da mochila e um momento
depois do lançamento da mochila, observe a figura.

Como prevê a teoria, o momento linear do sistema snowboard- mochila deve ser conservado entre os instantes antes
e depois do lançamento.

Podemos escrever:

𝑃𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 = 𝑃𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠

Antes do lançamento o snowboard e a mochila deslocam-se juntos com a mesma velocidade, logo:

𝑃𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 = (𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎𝑠𝑛𝑜𝑤𝑏𝑜𝑟𝑑 + 𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎𝑚𝑜𝑐ℎ𝑖𝑙𝑎 ) . 𝑣

Mas depois do lançamento, cada um descreve movimentos distintos, logo o momento linear será dado por:
𝑃𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 = (𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎𝑠𝑛𝑜𝑤𝑏𝑜𝑟𝑑 ). 𝑣𝑠𝑛𝑜𝑤𝑏𝑜𝑎𝑟 + (𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎𝑚𝑜𝑐ℎ𝑖𝑙𝑎 ) . 𝑣𝑚𝑜𝑐ℎ𝑖𝑙𝑎

Logo, igualando:

(𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎𝑠𝑛𝑜𝑤𝑏𝑜𝑟𝑑 + 𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎𝑚𝑜𝑐ℎ𝑖𝑙𝑎 ) . 𝑣 = (𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎𝑠𝑛𝑜𝑤𝑏𝑜𝑟𝑑 ). 𝑣𝑠𝑛𝑜𝑤𝑏𝑜𝑎𝑟 + (𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎𝑚𝑜𝑐ℎ𝑖𝑙𝑎 ) . 𝑣𝑚𝑜𝑐ℎ𝑖𝑙𝑎

Substituindo valores:

(72 + 4,0) . 3,0 = (72). 𝑣𝑠𝑛𝑜𝑤𝑏𝑜𝑎𝑟 + (4,0) . 8,0

(72 + 4,0) . 3,0 − (4,0) . 8,0 𝑚


𝑣𝑠𝑛𝑜𝑤𝑏𝑜𝑎𝑟 = = 2,72
72 𝑠

Como o resultado da velocidade foi positivo, significa que o sentido do movimento do snowboard continua para frente.

Exercício adaptado - Livro- Sears e Zemansky – Física I – exercício 8.1 - pág 275
Nível Fácil
2 – O navio brasileiro Baependi foi um navio de carga e de passageiros, que foi torpedeado e
afundado no dia 15 de agosto de 1942, pelo submarino alemão U-507, no litoral do estado
de Sergipe. O seu torpedeamento consistiu, até então, na maior tragédia brasileira na Segunda
Guerra Mundial, com 270 mortos. O ataque causou tamanha comoção nacional, que levou o país
a sair da sua neutralidade formal para declarar guerra à Alemanha e à Itália no final de agosto de
1942.
O navio Baependi possuía 4801 kg de massa, com casco feito de aço e propelido por
motores de quádrupla expansão, alimentados por turbinas a vapor e uma hélice, conferindo-lhe
uma velocidade média de 18 km/h.
O torpedo utilizado para bombardeá-lo possuía uma massa de 150 kg e velocidade de 56
km/h.
a) Qual o módulo do momento linear do navio Baependi quando viaja a velocidade média?
b) Qual deve ser a velocidade do torpedo para que ele tenha o mesmo momento linear do navio?

a ( x ) p = 24005 kg.m/s; v = 160 m/s


b ( ) p = 86418 kg.m/s; v = 576,12 m/s
c ( ) p = 24005 kg.m/s; v = 576,12 m/s
d ( ) p = 86418 kg.m/s; v = 160 m/s

Resolução:

Primeiramente devemos transforma a unidade de velocidade para m/s.

𝑘𝑚 𝑚
𝑣 = 18 ÷ 3,6 = 5
ℎ 𝑠
a) O momento linear do navio será dado por:
𝑝 = 𝑚. 𝑣
𝑚
𝑝 = 4801 . 5 = 24005 𝑘𝑔.
𝑠
b) A velocidade do torpedo para que ele possua a mesmo momento linear que o navio será:
24005 = 150 . 𝑣

24005 𝑚
𝑣= = 160
150 𝑠
Exercício adaptado - Livro- Sears e Zemansky – Física I – exercício 8.4 - pág 275
Nível Médio
3 – Em uma competição masculina de arremesso de peso, o peso possui massa de 7,30 kg e é
liberado com uma velocidade escalar de 15,0 m/s formando um ângulo de 40º acima do plano
horizontal, veja a figura. Quais são os componentes vertical e horizontal iniciais do momento linear
desse peso?

a ( ) px = 109,5 kg.m/s; py = 83,9 kg.m/s;


b ( ) px = 70,4 kg.m/s; py = 83,9 kg.m/s;
c ( ) px = 109,5 kg.m/s; py = 109,5 kg.m/s;
d ( x ) px = 83,9 kg.m/s; py = 70,4 kg.m/s;

Resolução:
O momento linear total no momento do arremesso será dado por:
𝑝 = 𝑚. 𝑣
𝑘𝑔. 𝑚
𝑝 = 7,30 . 15,0 = 109,5
𝑠

Como o momento linear é uma grandeza vetorial, devemos decompor o momento linear nos eixos x e y para calcular
os componentes retangulares.
Pela regra da trigonometria, a componente horizontal (eixo x), será:
𝑝𝑥 = 𝑝. 𝑐𝑜𝑠𝜃
𝑘𝑔. 𝑚
𝑝𝑥 = 109,5. 𝑐𝑜𝑠 40𝑜 = 83,9
𝑠
E a componente vertical (eixo y)

𝑝𝑦 = 𝑝. 𝑠𝑒𝑛𝜃
𝑘𝑔. 𝑚
𝑝𝑦 = 109,5. 𝑠𝑒𝑛 40𝑜 = 70,4
𝑠

Exercício adaptado - Livro- Sears e Zemansky – Física I – exercício 8.8 - pág 276
Nível Fácil
4 – Uma bola de beisebol possui massa igual a 0,145 kg. a) Sabendo que a velocidade da bola
arremessada é de 45,0 m/s e a velocidade da bola rebatida é de 55,0 m/s na mesma direção, mas
em sentido contrário, calcule o módulo da variação do momento linear e do impulso aplicado pelo
bastão sobre a bola. b) Se o bastão e a bola permanecem em contato durante 2,0 ms, qual é o
módulo da força média do bastão sobre a bola?

a( ) Δp = 10,5 kg.m/s; F = 8390 N


b ( ) Δp = 12,4 kg.m/s; F = 7550 N
c ( X ) Δp = 14,5 kg.m/s; F = 7250 N
d ( ) Δp = 16,9 kg.m/s; F = 7040 N

Resolução:
Como o impulso é igual a variação do momento linear, temos:

𝐽⃗ = ∆𝑝⃗ = 𝑝⃗𝑓 − 𝑝⃗𝑖


Como:
𝑝⃗ = 𝑚. 𝑣⃗
𝐽⃗ = ∆𝑝⃗ = 𝑚. 𝑣𝑓 − 𝑚. 𝑣𝑖
𝐽⃗ = ∆𝑝⃗ = 0,145 . (−55) − 0,145 . 45
𝑘𝑔. 𝑚
𝐽⃗ = ∆𝑝⃗ = −14,5
𝑠

Logo:
𝑘𝑔. 𝑚
|𝐽⃗| = 14,5
𝑠
Sabendo-se que:
𝐽⃗ = 𝐹⃗ . ∆𝑡
−14,5 = 𝐹⃗ . 2. 10−3
−14,5
𝐹⃗ = = −7250 𝑁
2. 10−3
|𝐹⃗ | = 7250 𝑁

Exercício adaptado - Livro- Sears e Zemansky – Física I – exercício 8.28 - pág 277
Nível Difícil
5 – O cinturão de asteroides é uma região do Sistema Solar compreendida entre
as órbitas de Marte e Júpiter. Os quatro maiores asteroides do cinturão
são Ceres, Vesta, Palas e Hígia. Eles compõe mais da metade da massa total do cinturão.
Contudo, a maioria de corpos que compõem o cinturão são muito menores. Dois asteroides de
grande tamanho podem chocar entre si, formando o que é conhecido como "famílias de asteroides",
que possuem composições e características similares. Suponha que dois asteroides (A e B) de
igual massa colidam entre si com um estouro luminoso. O asteroide A, que se deslocava
inicialmente a 40,0 m/s é desviado em 30,0º da sua direção original, enquanto o asteroide B que
estava em repouso, agora se desloca a 45,0o da direção original de A, veja a figura. Ache a
velocidade escalar de cada asteroide após a colisão.

a ( ) VA = 25,80 m/s; VB = 28,38 m/s


b ( ) VA = 26,49 m/s; VB = 35,91 m/s
c ( x ) VA = 28,38 m/s; VB = 25,80 m/s
d ( ) VA = 35,38 m/s; VB = 26,80 m/s
Resolução:
É um exercício de colisão inelástica, portanto neste caso teremos conservação do momento linear, mas haverá perda
de energia cinética.
Teremos dois instantes importantes, o instante antes da colisão e o instante depois da colisão.
Nestes dois instantes o momento linear total do sistema deve se conservar, ou seja, essas quantidades devem ser
iguais.

Portanto:
𝑝⃗𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 = 𝑝⃗𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠

Como o momento linear é uma grandeza vetorial, devemos decompor as velocidades depois da colisão em
componentes retangulares.
Para o asteroide A
𝑣𝐴𝑥𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 = 𝑣𝐴𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 . 𝑐𝑜𝑠40𝑜
𝑣𝐴𝑦𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 = 𝑣𝐴𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 . 𝑠𝑒𝑛40𝑜
Para o asteroide B
𝑣𝐵𝑥𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 = 𝑣𝐵𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 . 𝑐𝑜𝑠45𝑜
𝑣𝐵𝑦𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 = 𝑣𝐵𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 . 𝑠𝑒𝑛45𝑜
Aplicando a conservação do momento linear para o eixo x nos instantes antes de depois da colisão, temos:
𝑚𝐴 . 𝑣𝐴𝑥𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 + 𝑚𝐵 . 𝑣𝐵𝑥𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 = 𝑚𝐴 . 𝑣𝐴𝑥𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 + 𝑚𝐵 . 𝑣𝐵𝑥𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠

Substituindo valores conhecidos:


𝑚𝐴 . 40,0 + 𝑚𝐵 . 0 = 𝑚𝐴 . 𝑣𝐴𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 . 𝑐𝑜𝑠40𝑜 + 𝑚𝐵 . 𝑣𝐵𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 . 𝑐𝑜𝑠45𝑜

Como as massas são iguais, reescrevendo a equação, temos:


40,0 − 𝑣𝐴𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 . 𝑐𝑜𝑠40𝑜 = 𝑣𝐵𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 . 𝑐𝑜𝑠45𝑜

Aplicando a conservação do momento linear para o eixo y nos instantes antes de depois da colisão, temos:
𝑚𝐴 . 𝑣𝐴𝑦𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 + 𝑚𝐵 . 𝑣𝐵𝑦𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 = 𝑚𝐴 . 𝑣𝐴𝑦𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 + 𝑚𝐵 . 𝑣𝐵𝑦𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠

Substituindo valores conhecidos e como a componente da velocidade para o asteroide B aponta para o lado negativo
do eixo y, ela é negativa:
𝑚𝐴 . 0 + 𝑚𝐵 . 0 = 𝑚𝐴 . 𝑣𝐴𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 . 𝑠𝑒𝑛40𝑜 − 𝑚𝐵 . 𝑣𝐵𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 . 𝑠𝑒𝑛45𝑜

Reescrevendo a equação, temos:


0 = 𝑚𝐴 . 𝑣𝐴𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 . 𝑠𝑒𝑛40𝑜 − 𝑚𝐵 . 𝑣𝐵𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 . 𝑠𝑒𝑛45𝑜
Como as massas são iguais,
𝑣𝐴𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 . 𝑠𝑒𝑛40𝑜 = 𝑣𝐵𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 . 𝑠𝑒𝑛45𝑜
𝑣𝐵𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 . 𝑠𝑒𝑛45𝑜
𝑣𝐴𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 =
𝑠𝑒𝑛40𝑜
Substituindo na equação para o eixo x,
𝑣𝐵𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 . 𝑠𝑒𝑛45𝑜
40,0 − . 𝑐𝑜𝑠40𝑜 = 𝑣𝐵𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 . 𝑐𝑜𝑠45𝑜
𝑠𝑒𝑛40𝑜
𝑣𝐵𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 . 𝑠𝑒𝑛45𝑜
𝑜
𝑣𝐵𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 . 𝑐𝑜𝑠45 + . 𝑐𝑜𝑠40𝑜 = 40,0
𝑠𝑒𝑛40𝑜
Resolvendo o seno e cosseno e isolando a velocidade do asteroide B depois da colisão,
𝑣𝐵𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 . 0,7071
𝑣𝐵𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 . 0,7071 + . 0,7660 = 40,0
0,6428

𝑣𝐵𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 . 1,55 = 40,0

40,0 𝑚
𝑣𝐵𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 = = 25,80
1,55 𝑠
Substituindo esse valor em:

𝑣𝐵𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 . 𝑠𝑒𝑛45𝑜
𝑣𝐴𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 =
𝑠𝑒𝑛40𝑜
25,80. 𝑠𝑒𝑛45𝑜
𝑣𝐴𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 =
𝑠𝑒𝑛40𝑜
𝑚
𝑣𝐴𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 = 28,38
𝑠
Exercício adaptado - Livro- Sears e Zemansky – Física I – exercício 8.42 - pág 278
Nível Difícil
6 – Um cavaleiro de 0,150 kg move-se a 0,80 m/s da esquerda para direita sobre um trilho de ar
horizontal sem atrito. Ele colide frontalmente com um cavaleiro de 0,300 kg que se move a 2,20
m/s da direita para esquerda, veja a figura. Supondo colisão elástica, determine o módulo, a direção
e o sentido de cada cavaleiro depois da colisão.

a( ) Va = 3,2 m/s, da esquerda para direita; Vb = 0,2 m/s, da esquerda para direita.
b( ) Va = 0,2 m/s, da direita para esquerda; Vb = 3,2 m/s, da direita para esquerda.
c( ) Va = 0,8 m/s, da esquerda para direita; Vb = 2,2 m/s, da direita para esquerda.
d(x ) Va = 3,2 m/s, da direita para esquerda; Vb = 0,2 m/s, da direita para esquerda.
Resolução:
Como a colisão é elástica, informação que foi dada no enunciado, deve haver conservação do momento linear e
também conservação da energia cinética entre os instantes antes e depois da colisão.
Portanto, para o momento linear:
𝑝⃗𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 = 𝑝⃗𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠
𝑚𝑎 . 𝑣𝑎𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 + 𝑚𝑏 . 𝑣𝑏𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 = 𝑚𝑎 . 𝑣𝑎𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 + 𝑚𝑏 . 𝑣𝑏𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠
0,150. 0,80 + 0,300. (−2,20) = 0,150. 𝑣𝑎𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 + 0,300. 𝑣𝑏𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠
Observe que a velocidade do cavaleiro b é negativa pois ele se desloca em sentido negativo do eixo x, fazendo os
cálculos possíveis e rearranjando a equação, temos:
0,150. 𝑣𝑎𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 + 0,300. 𝑣𝑏𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 = − 0,54
Dividindo toda equação por 0,150,
𝑣𝑎𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 + 2. 𝑣𝑏𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 = − 3,6
Esta equação apresenta duas incógnitas, 𝑣𝑎𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 , 𝑣𝑏𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 . para podermos dar solução para ela precisamos de mais
uma equação com as mesmas duas incógnitas, isso é possível se analisarmos a conservação da energia cinética entre
os instantes antes e depois da colisão, logo:
𝐾𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 = 𝐾𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠
2 2
2 2
𝑚𝑎 (𝑣𝑎𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 ) 𝑚𝑏 (𝑣𝑏𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 ) 𝑚𝑎 (𝑣𝑎𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 ) 𝑚𝑏 (𝑣𝑏𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 )
+ = +
2 2 2 2
0,802 (− 2,20)2 𝑣𝑎2𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 𝑣𝑏2𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠
0,150 + 0,300 = 0,150 + 0,300
2 2 2 2
Como a grandeza velocidade na equação da energia cinética está ao quadrado, mesmo que ela seja negativa, quando
for elevado ao quadrado ficará positiva, e como todos os termos estão divididos por 2, podemos simplificar:
0,150 . 𝑣𝑎2𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 + 0,300 . 𝑣𝑏2𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 = 1,548
Dividindo toda equação por 0,150,
𝑣𝑎2𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 + 2 . 𝑣𝑏2𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 = 10,32
Temos portanto um sistema de equações:

𝑣𝑎𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 + 2. 𝑣𝑏𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 = − 3,6

𝑣𝑎2𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 + 2 . 𝑣𝑏2𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 = 10,32

Isolando a velocidade do cavaleiro a na primeira equação temos:


𝑣𝑎𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 = − 3,6 − 2. 𝑣𝑏𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠
Substituindo na segunda equação:
2
(− 3,6 − 2. 𝑣𝑏𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 ) + 2 . 𝑣𝑏2𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 = 10,32

12,96 + 14,4 . 𝑣𝑏𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 + 4. 𝑣𝑏𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 2 + 2 . 𝑣𝑏2𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 = 10,32

O resultado é uma equação do segundo grau.


6. 𝑣𝑏𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 2 + 14,4 𝑣𝑏𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 + 2,64 = 0

Resolvendo por Bhaskara,

− 14,4 ± √14,42 − 63,36


𝑣𝑏𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 =
12

− 14,4 ± √144
𝑣𝑏𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 =
12

− 14,4 ± 12
𝑣𝑏𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 =
12
𝑚 𝑚
𝑣𝑏𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 = − 0,2 𝑣𝑏𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 = − 2,2
𝑠 𝑠

𝑚
A solução quando 𝑣𝑏𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 = − 2,2 só irá ocorrer quando não houver colisão, caso a colisão ocorra, a velocidade do
𝑠
cavaleiro b será – 0,2 m/s, ou seja, o cavaleiro b terá velocidade de módulo 0,2 m/s, da direita para esquerda.

Substituindo a velocidade do cavaleiro b na primeira equação:

𝑣𝑎𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 + 2. (− 0,2) = − 3,6


𝑚
𝑣𝑎𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 = − 3,6 + 0,4 = − 3,2
𝑠
Portanto o cavaleiro ‘a’ irá inverter seu sentido de movimento, passando a se mover da direita para esquerda, com
velocidade de módulo 3,2 m/s.

Exercício adaptado - Livro- Sears e Zemansky – Física I – exercício 8.50 - pág 279
Nível Fácil
7 - Um carro utilitário ecológico elétrico de 1200 kg desloca-se a 12,0 m/s ao longo de uma rua
retilínea. Um Renault Duster de 1800 kg e se deslocando a 20,0 m/s, tem seu centro de massa
situado a uma distância de 40,0 m na frente do centro de massa do utilitário, veja figura. Calcule a
posição do centro de massa do sistema constituído pelos dois carros

a( ) 13,0 m atrás do utilitário ecológico.

b ( X ) 24,0 m, a frente do utilitário ecológico.

c( ) 30,0 m atrás do Renault Duster .

d( ) 33,0 m, a frente do Renault Duster.

Resolução:

Considerando o utilitário elétrico como referência do eixo x, x = 0, a coordenada do centro de massa no eixo x será
dada por:

𝑚1 𝑥1 + 𝑚2 𝑥2
𝑥𝑐𝑚 =
𝑚1 + 𝑚2

1200 . 0 + 1800 . 40,0


𝑥𝑐𝑚 =
1200 + 1800

72000
𝑥𝑐𝑚 = = 24 𝑚
3000

Portanto o centro de massa entre os dois carros encontra-se a 24 m a frente do utilitário ecológico elétrico.

Exercício adaptado - Livro- Sears e Zemansky – Física I – exercício 8.50 - pág 279
Nível Fácil
8 - Um carro utilitário ecológico elétrico de 1200 kg desloca-se a 12,0 m/s ao longo de uma rua
retilínea. Um Renault Duster de 1800 kg e se deslocando a 20,0 m/s, tem seu centro de massa
situado a uma distância de 40,0 m na frente do centro de massa do utilitário, veja figura. Calcule o
módulo do momento linear total do sistema constituído pelos dois carros.

a( ) 15,0 x 103 kg.m/s

b( ) 30,4 x 103 kg.m/s

c( ) 40,3 x 103 kg.m/s

d ( X ) 50,4 x 103 kg.m/s

Resolução:

O momento linear total será dado por:

𝑝𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑝𝑢 + 𝑝𝑑

𝑝𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑚𝑢 . 𝑣𝑢 + 𝑚𝑑 . 𝑣𝑑

𝑝𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 1200. 12 + 1800. 20

𝑚 𝑚
𝑝𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 14400 + 36000 = 50400 𝑘𝑔. = 50,4 × 103 𝑘𝑔.
𝑠 𝑠

Exercício adaptado - Livro- Sears e Zemansky – Física I – exercício 8.50 - pág 279
Nível Fácil
9 - Um carro utilitário ecológico elétrico de 1200 kg desloca-se a 12,0 m/s ao longo de uma rua
retilínea. Um Renault Duster de 1800 kg e se deslocando a 20,0 m/s, tem seu centro de massa
situado a uma distância de 40,0 m na frente do centro de massa do utilitário, veja figura. Calcule a
velocidade do centro de massa total do sistema.
a( ) 10,3 m/s

b ( X ) 16,8 m/s

c( ) 40,3 m/s

d( ) 54,2 m/s

Resolução:

A velocidade do centro de massa será dada por:

𝑚1 𝑣1 + 𝑚2 𝑣2
𝑣𝑐𝑚 =
𝑚1 + 𝑚2

1200 . 12 + 1800 . 20 14400 + 36000


𝑣𝑐𝑚 = = = 16,8 𝑚/𝑠
1200 + 1800 3000

Exercício adaptado - Livro - HALLIDAY, David, RESNICK, Robert, WALKER, Jearl. Fundamentos de
Física - Vol. 1 - Mecânica, 9ª edição. LTC.– exercício 25 - pág 239
Nível Médio
10 – Uma bola de 1,2 kg cai verticalmente em um piso com velocidade de 25 m/s e ricocheteia com
uma velocidade inicial de 10 m/s. (a) Qual é o impulso recebido pela bola durante o contato com o
piso? b) se a bola fica em contato com o piso por 0,020 s, qual é a força média exercida pela bola
sobre o piso?
a ( x ) J = 42 N.s; Fméd = 2,1 kN
b ( ) J = 30 N.s; Fméd = 1,5 kN
c ( ) J = 18 N.s; Fméd = 0,9 kN
d ( ) J = 12 N.s; Fméd = 0,6 kN

Resolução:
a) Sendo o impulso igual a variação do momento linear da bola entre os instantes antes e depois da colisão com
o piso, temos:

𝐽⃗ = 𝑝⃗𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 − 𝑝⃗𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠

𝐽⃗ = 𝑚 . 𝑣⃗𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 − 𝑚 . 𝑣⃗𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠

𝐽⃗ = 1,2 . 10 − 1,2 . (− 25)

𝐽⃗ = 12 + 30 = 42 𝑁. 𝑠

b) Como o impulso é numericamente igual ao produto da força plicada pelo tempo de aplicação da força, temos:

𝐽⃗ = 𝐹⃗𝑚é𝑑 . ∆𝑡

42 = 𝐹𝑚é𝑑 . 0,020
42
𝐹𝑚é𝑑 = = 2100 𝑁 = 2,1 𝑘𝑁
0,020

Exercício adaptado - HEWITT, Paul G. Física Conceitual, 11ª edição. Bookman, 01/2011.– Pausa
para teste - pág 85
Nível Fácil
11 – Em relação ao momento linear e ao impulso, analise as afirmativas abaixo.
I - Se compararmos um carro de 1 tonelada, movendo-se a 100 km/h com um caminhão de 2
toneladas movendo-se a 50 km/h, o que possui maior momento linear é o caminhão.
II - Um objeto em movimento possui impulso.
III - O impulso é o que um objeto pode produzir ou o que ele pode receber quando interage com
algum outro objeto. Um objeto não pode possuir impulso, assim como não pode possuir força.
IV - Um objeto em movimento possui momento linear em relação a um certo sistema de
referência, que frequentemente é tomado como sendo a superfície da Terra.
V - Gerando a mesma força, um canhão de cano longo fornece maior impulso a uma bala que um
canhão de cano curto.
Assinale a alternativa correta:
a( ) Apenas I, III, IV estão corretas
b( ) Apenas II, IV e V estão corretas
c ( X ) Apenas III, IV e V estão corretas
d( ) Apenas I, II e III estão corretas.

Exercício adaptado - HEWITT, Paul G. Física Conceitual, 11ª edição. Bookman, 01/2011.– Pausa
para teste - pág 85
Nível Fácil
12 - Um carro transporta um boneco de testes de 75 kg que colide a 25 m/s com uma parede e
atinge o repouso em 0,1 s. Qual o módulo da força média exercida pelo cinto de segurança sobre
o boneco?

a( ) 7,26 kN

b( ) 10,31 kN

c( ) 16,80 kN

d ( X ) 18,75 kN

Resolução:

Como o impulso é dado por:

𝐽⃗ = ∆𝑝⃗

𝐽⃗ = 𝑝⃗𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑝⃗𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
E também:

𝐽⃗ = 𝐹⃗𝑚 . ∆𝑡

Podemos igualar as duas equações e obter:

𝐹⃗𝑚 . ∆𝑡 = 𝑝⃗𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑝⃗𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙

𝐹⃗𝑚 . ∆𝑡 = 𝑚 . 𝑣𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑚 . 𝑣𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙

𝐹⃗𝑚 . 0,1 = 75 . 0 − 75 . 25
− 75 . 25
𝐹⃗𝑚 = = − 18750 𝑁 = −18,75 𝑘𝑁
0,1

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