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UNISALES CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO

MARIE CLAIRE ONOFRE LOUREIRO


RAYELI NUNES GORDO GOMES

DEFORMAÇÃO PERMANENTE

VITÓRIA
2022
MARIE CLAIRE ONOFRE LOUREIRO
RAYELI NUNES GORDO GOMES

DEFORMAÇÃO PERMANENTE

Trabalho Da disciplina Protótipo Experimental


de um Equipamento Elástico ou Plástico
apresentado à UNISALES - Centro
Universitário Salesiano, como requisito
obrigatório para obtenção da conclusão da
disciplina do curso de Engenharia Civil.
Orientador (a): Prof(a). MSc. Flávio Lúcio
Santos de Carvalho

VITÓRIA
2022
RESUMO

Levando em consideração do grande impacto que a qualidade das rodovias


afeta o desempenho do transporte rodoviário e na economia do país, já que uma
rodovia com más condições de pavimento aumenta os custos operacionais do
transporte (pois cerca de 65% do transporte de carga é depende da rodovia), reduz
o conforto dos usuários e a segurança das pessoas que nelas transitam.

Com base nessa necessidade, viemos apresentar um dos defeitos mais


comuns em revestimento asfáltico que é a deformação permanente ou também
conhecida como afundamento plástico ou trilho de roda.

A deformação permanente é caracterizada pelo afundamento longitudinal do


pavimento quando submetido ao carregamento de tensões elevadas.

Palavras-chave: Impacto, segurança, caracterizada.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 trilho de roda ............................................................................................... 12


Figura 3 deformação próximo ao sinal ...................................................................... 14
Figura 4 deformação plástica .................................................................................... 15
Figura 5 deformação vista de cima ........................................................................... 15
Figura 6 etapas de restauração................................................................................. 16
Figura 7 Processo de recapeamento ........................................................................ 17
Figura 8 Processo de fresagem ................................................................................ 17
Figura 9 Desperdício de material .............................................................................. 18
Figura 10 custo x beneficio........................................................................................ 19
Figura 11 Conclusão ................................................................................................. 20
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 10
1.1 DEFORMAÇÃO PERMANENTE ..................................................................... 11
1.2 PROBLEMA..................................................................................................... 12
1.3 OBJETIVOS .................................................................................................... 13
1.4 JUSTIFICATIVA .............................................................................................. 13
2 METODOLOGIA ............................................................................................. 14
2.1 OBJETO DE ESTUDO .................................................................................... 14
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO DA PESQUISA............................................. 16
3.1 DESCRIÇÃO DO PROCESSO DE RESTAURAÇÃO ..................................... 16
3.2 APRESENTAÇÃO E ANALISE DOS DADOS ................................................. 18
3.3 ANÁLISE DOS DESPERDÍCIOS DE MATÉRIAS-PRIMAS ............................ 18
4 PROPOSTAS PARA A MELHORIA DO PROCESSO E REDUÇÃO DOS
CUSTOS VISANDO O AUMENTO DA RECEITA .................................................... 19
5 CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................... 20
6 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................... 21
1 INTRODUÇÃO

Com o desenvolvimento urbano no século XIX, houve o aumento no número


de automóveis e com isso houve a necessidade de superfícies duráveis e livres de
poeira. Também com a Segunda Guerra Mundial houve uma demanda por asfaltos
de qualidade para pavimentação de pistas de aeroporto e rodovias, e com a
escassez do cimento teve a necessidade da busca por materiais mais resistentes.
Entre 1870 e 1910, muitos testes foram realizados nos Estados Unidos,
Inglaterra e França buscando estabelecer a melhor mistura. Na virada do século XX,
o uso da mistura betuminosa já era bastante comum e aplicadas manualmente com
regadores, com o passar do tempo esse método de aplicação foi evoluindo,
passando da aplicação por espalhadores e puxados por animais ou pessoas, a
espalhadores pressurizados também puxados por animais que conseguia fazer uma
distribuição do produto mais uniforme do produto aquecidos.
O pavimento tem a função de resistir aos esforços vindo do trafego de
veículos e do clima transmitindo esses esforços para as camadas adjacentes sem
causar danos a estrutura, garantir conforto aos usuários, economia, segurança e
condições de rolamento da via com aderência dos veículos. Resistencia a fadiga e a
deformação permanente da estrutura.
Com o passar do tempo o grande aumento do fluxo de veículos
principalmente os de grande porte, vem causando grande deformação permanente
aos pavimentos, comprometendo a segurança e trafegabilidade dos usuários.
A deformação permanente nada mais é que o afundamento longitudinal nas
trilhas de roda do pavimento asfáltico. É ocasionado pelo grande trafego de veículos
pesados, trafegando a baixas velocidades e tendo que reduzir sempre em um
mesmo ponto do asfalto, causando uma pressão no pavimento, essa patologia
também está ligada a execução errada do pavimento asfáltico, ao aumento do
trafego de veículos pesados para vias onde não foram projetadas para suportar esse
aumento, etc.
Neste intuito, o presente trabalho visa informar sobre a deformação
permanente e trazer soluções para que esse problema possa ser pelo menos
reduzido.
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1.1 DEFORMAÇÃO PERMANENTE

Conforme o estudo “Por que os pavimentos do Brasil não duram?”, as propriedades


dos materiais que compõem o pavimento se alteram a partir do uso, piorando gradualmente.
Essa piora está associada ao tempo de vida do pavimento, mas também às características
do tráfego e às condições climáticas.
A deformação permanente é um dos defeitos estruturais de pavimentos
flexíveis e uma das patologias mais comuns, também pode ser chamada de
afundamento plástico ou trilho de roda, conforme o Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes (DNIT) o afundamento plástico é, deformação
permanente que ocorre em uma ou mais camadas dos pavimentos flexíveis ou semi-
rigidos, ou ainda no subleito. É uma deformação caracterizada pelo afundamento
longitudinal do revestimento asfáltico. Quando a extensão é de ate 6m, denomina-se
de afundamento plástico local e quando as extensões ultrapassam os 6m e sendo
localizado ao longo da trilha de roda, denomina-se afundamento plástico de trilha de
roda.
Um dos fatores que leva a deformação plástica é a densificação adicional
gerada pelo trafego. Quando há um erro no número de passagens do rolo
compactador em camadas granulares ou a compactação fora da umidade ótima,
pode resultar em vazios e depois serão consolidadas pelo trafego onde a passagem
dos eixos dos veículos irão gerar esforços no pavimento e assim reduzindo o volume
de vazios.
Outro fator é a combinação do fluxo da mistura asfáltica com o grande trafego
de veículos pesados, pois na mistura asfáltica o material apresenta um
comportamento viscoelástico ou seja, quando o pavimento é solicitado por uma
carga ocorre a deformação da estrutura, porem logo após a atuação da carga parte
da deformação é recuperada de forma instantânea (no caso é a parcela elástica) e
parte é recuperada em função do tempo (parcela viscosa), mas parte dessa
deformação não é recuperada e se acumula ao longo do tempo.
Nas camadas inferiores do pavimento também podem influenciar no
afundamento plástico, pois com a ação da água pode ocorrer a desestruturação e
um aumento de vazios.
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O grande aumento no trafego de veículos pesados, a necessidade de andar


em baixas velocidades ou até mesmo de frear sempre no mesmo ponto e a falta de
dimensionamento correto das vias para determinado trafego, podem ocasionar as
trilhas de rodas.

1.2 PROBLEMA

Levando em consideração que o modal rodoviário é responsável por cerca de


65% do transporte do país, se faz a necessidade de ter vias que sejam resistentes
as solicitações das cargas impostas durante a sua vida útil. Assim se torna
indispensável a utilização de materiais resistentes, de boa qualidade e que suportem
as fadigas.
A falta de informações de um banco com diferentes tipos de misturas
asfálticas, poderia auxiliar no melhor tipo de pavimento para cada aplicação e que
avaliasse o tipo de deformação permanente que ocorreu.
Principais causas do trilho de roda: fluência plástica de uma ou mais camadas
do pavimento ou do subleito; falha na dosagem de mistura asfáltica – excesso de
ligante asfáltico; falha na seleção de tipo de revestimento asfáltico para a carga
solicitante, excesso de carga para o tipo de asfalto.

Figura 1 trilho de roda


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1.3 OBJETIVOS

O objetivo desse estudo é apresentar um tipo de deformação plástica que é


muito comum. Explicando as possíveis causas e estudando as soluções para essa
patologia que vem causando preocupações principalmente aos usuários das vias e
transtornos para quem precisa passar por elas.

1.4 JUSTIFICATIVA

Assim como estruturas de vigas e pilares tem os critérios de ruptura para o


dimensionamento da estrutura, da mesma forma acontece com os pavimentos,
porem nem sempre ele é dimensionado corretamente e é aí que podem aparecer
algumas das suas patologias.
Com base nisso escolhemos esse tema para mostrar que com recursos
necessários, um bom estudo sobre o local onde será aplicado o revestimento,
analisando o fluxo da via, os grandes empreendimentos a sua volta e que se fazem
a necessidade do transporte de carga, com uma execução correta e com
manutenções, podemos evitar uma grande parte dessas deformações plásticas.
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2 METODOLOGIA

Para o desenvolvimento foi utilizado o método de pesquisa exploratória, com


o intuito de conhecer e entender sobre o problema que cada vez mais, está mais
perto dos usuários das vias. Entender como essas patologias pode afetar todos que
fazem a necessidade de usar a rodovia e até mesmo os órgãos públicos.
A finalidade do estudo é compreender e conseguir trazer soluções para o
problema, visando a redução desse problema da deformação plástica.

2.1 OBJETO DE ESTUDO

Dentre os inúmeros lugares com esse problema, escolhemos um trecho da


Avenida Carlos Lindenberg onde esse problema é bastante evidente.
Temos que levar em consideração que essa avenida foi o primeiro trecho
totalmente asfaltado no Estado em 1951 e era uma via simples, sem acostamento e
somente dez anos depois que houve a duplicação e com um sistema de drenagem
crítico.

Figura 2 deformação próximo ao sinal


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Figura 3 deformação plástica

Figura 4 deformação vista de cima


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3 RESULTADOS E DISCUSSÃO DA PESQUISA

Será necessário preencher os buracos causados pelo afundamento das rodas


e fazer a retirada dos excessos de asfalto que formaram camadas na via. Os
serviços devem ser padronizados, materiais básicos de alta qualidade, custeado
pela empresa que for contratada para tal serviço, caso contrário, o uso de materiais
de baixa qualidade, ou o mal uso de bons materiais, ocasionará novamente o
mesmo problema em pouco tempo.
A conservação, por outro lado, abrange áreas de serviços de rotina que
devem ser executados regularmente para garantir a boa acessibilidade das rodovias,
não só a restauração, como limpeza de vegetação nas bordas das pistas,
manutenção e reparo da sinalização viária e limpeza dos drenos.

3.1 DESCRIÇÃO DO PROCESSO DE RESTAURAÇÃO

A resolução para o objeto de estudo a curto prazo, seria necessária uma


restauração para manter as condições de tráfego da rodovia, reparando os locais
com problemas.

Figura 5 etapas de restauração


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Para a tratamento da deformação plástica são sugeridas duas técnicas: A


primeira alternativa é o recapeamento, que é a construção de uma ou mais camadas
asfálticas sobre o pavimento que já existe afim de trazer de volta a qualidade ao
pavimento em questão.

Figura 6 Processo de recapeamento

A segunda opção é a fresagem, nela é feito um corte ou a retirada do excesso


de material do revestimento asfáltico existente para assim poder fazer a restauração
da qualidade ao rolamento e melhorar a sua capacidade de suporte.

Figura 7 Processo de fresagem


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3.2 APRESENTAÇÃO E ANALISE DOS DADOS

O asfalto de borracha é a sugestão para resolução do problema, tendo em


vista que ele oferece maior durabilidade, o pavimento de asfalto borracha é cerca de
40% mais resistente do que o asfalto convencional. Enquanto o de borracha dura em
média 14 anos, a comum dura apenas 10 anos. Tem maior aderência, isso ajuda a
evitar derrapagens e reduz os deslizamentos causado pelos pneus em dias de
chuvas. Além de ser ecologicamente viável, uma vez que é produzido com materiais
que demorariam anos para se decompor na natureza.

3.3 ANÁLISE DOS DESPERDÍCIOS DE MATÉRIAS-PRIMAS

O afundamento ocorre quando há uma grande área com falta de capacidade


de suporte da estrada. Um trecho longo construído sobre solo mole pode apresentar
afundamento homogêneo ao longo de sua extensão. Na manutenção dessa via,
deve-se atentar a todas as camadas adjacentes e não só a camada externa, uma
vez que resolvendo só superficialmente, logo voltará ocorrer os mesmos problemas,
levando assim ao desperdício de mão de obra, matéria prima, aluguel de
equipamentos, tempo e outros fatores que são necessários para essa restauração.

Figura 8 Desperdício de material


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4 PROPOSTAS PARA A MELHORIA DO PROCESSO E REDUÇÃO DOS


CUSTOS VISANDO O AUMENTO DA RECEITA

Como já foi falado anteriormente essa avenida é bem antiga, já tem cerca de
70 anos e quando a mesma foi construída, não foi projetada para o grande fluxo de
veículos pesados que trafega por ela, tanto porque naquela época ainda se fazia o
uso de bondinhos.
Com o passar tempo ela se tornou uma grande avenida de acesso as cidades
em seu em torno, levando em consideração o crescimento populacional, as
empresas de grande porte que estão localizadas naquelas imediações e a
paralização dos bondinhos.
Hoje em dia ela não suporta mais o trafego de veículos de grande porte que
circula por ela, e só ficar fazer restauração não vai resolver o problema, porque logo
ele vai aparecer de novo e a tendência é cada vez mais piorar pois temos que levar
em consideração que a tendência populacional é aumentar.
A solução mais indica seria refazer a avenida, com projetos,
dimensionamento correto já visando o possível aumento no trafego por aquela via,
por mais que, no momento pareça ser mais oneroso, ela vai ter uma garantia de pelo
menos dez anos usando o material correto e com manutenções preventivas. Já a
restauração é algo mais paliativo tendo em vista que o problema não foi resolvido
desde a raiz e ele voltara e ai sim se torna algo realmente oneroso pois cada m² de
superfície de asfalto pode variar de R$350,00 a R$1.500,00 dependendo do tipo de
asfalto que será utilizado.

Figura 9 custo x beneficio


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5 CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste trabalho abordamos como tema a deformação permanente, de quais as


possíveis causas para essa patologia e como trata-las escolhemos um trecho
especifico para abordar sobre ele e concluímos que por se tratar de uma via antiga a
mesma não suporta mais o tipo de trafego que circula por ela e com isso trazendo
inúmeros problemas.
As soluções que trouxemos provavelmente será apenas paliativa, porque para
a mesma conseguir suportar esse grande trafego de veículos pesados, ela ira
precisar ser refeita, com projetos e dimensionamento correto e uma execução
correta, pois só assim ela ira se adequar com a quantidade de veículos grande porte
que passa por ela.
Esse trabalho foi muito importante para o nosso aprendizado e o
aprofundamento nesse tema, pois é um problema que grande parte das pessoas
passam por ele, mas não entendem o porque daquilo estar acontecendo e assim
nos permitiu aperfeiçoar nossos conhecimentos.

Figura 10 Conclusão
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6 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CAVA, Felipe. Deformação Permanente – Descubra como e porque os


pavimentos afundam! Além da Inércia, 2020. Disponível em:
<https://alemdainercia.com/2020/04/21/deformacao-permanente-descubra-como-e-
por-que-os-pavimentos-afundam/>. Acesso em: 18 abril 2022.

AGENCIA CNT TRANSPORTE ATUAL. Conheça os 13 principais defeitos do


pavimento das rodovias. Estudo “Por que os pavimentos do Brasil não duram?”
explica características e causas das falhas mais comuns identificadas em rodovias
brasileiras. CNT, 2018. Disponível em: <https://www.cnt.org.br/agencia-cnt/conheca-
principais-defeitos-pavimento>. Acesso em: 18 abril de 2022.

DE BARROS, Larissa Montagner. Deformação permanente de misturas


asfálticas: avaliação do desempenho conforme critérios de flow number de
misturas quentes e mornas. Lume, 2017. Disponível em:
<https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/163883/001025290.pdf?sequenc
e=1&isAllowed=y>. Acesso em: 22 abril 2022.

VELOSO, Norwil. A evolução do asfalto. Revista M&T, 2016. Disponível em:


<https://www.revistamt.com.br/Materias/Exibir/a-evolucao-do-asfalto>. Acesso em 22
abril 2022.

VIANA, Dandara. Entenda o que é um pavimento asfáltico. Guia de Engenharia,


2019. Disponível em: <https://www.guiadaengenharia.com/pavimento-
asfaltico/#:~:text=O%20revestimento%20asf%C3%A1ltico%20%C3%A9%20a,melho
rar%20as%20condi%C3%A7%C3%B5es%20de%20rolamento>. Acesso em: 24 abril
2022.
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LINK VIDEO:
https://www.youtube.com/watch?v=54os2w02ow8

Começa a partir do minuto 2:20.

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