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de caminhão
Publicado por bsoft em 8 de junho de 2021 Marcações Categorias
Uma das primeiras regras é a respeito do limite máximo de carga que um caminhão pode suportar. Desrespeitar esse
limite aumenta os riscos de acidentes e sujeita a empresa a penalidades, que podem ser severas.
Neste post, vamos mostrar a capacidade de carga de cada tipo de caminhão e apresentar outras informações
relevantes. Venha conferir!
Antes de falarmos sobre cada tipo de caminhão, vale explicar alguns termos:
Peso Bruto Total Combinado (PBTC): peso do caminhão (Tara) + peso da carga (Lotação) + peso
dos cavalos mecânicos do reboque, ou peso da carreta.
O Peso Bruto Total Combinado é calculado em veículos como bitrem articulado e rodotrem, como veremos mais abaixo
nos tópicos a seguir.
VUC
O VUC é menor e circula tanto em rodovias quanto pelo perímetro urbano. Suas dimensões se restringem a 2,2 metros
de largura por 6,3 metros de comprimento, sendo que a capacidade total de carga pode atingir até 3 mil quilos.
Toco
O caminhão Toco, por sua vez, tem dois eixos na carroceria, na frente e na traseira do veículo. Ele pode alcançar até 14
metros de comprimento. Sua capacidade de carga chega a 6 mil quilos (a Lotação sempre é dada em quilos). O PBT é
de 16 toneladas (O Peso Bruto Total sempre é expresso em toneladas).
Ele é usado para transportar carga em geral e em mudanças, para transportar móveis, eletrodomésticos e outros bens.
Truck
Há ainda o caminhão Truck, que é chamado de 6/2. As dimensões de comprimento são as mesmas do caminhão Toco,
mas em relação aos eixos, ele apresenta um diferencial importante: um deles recebe a força diretamente do motor
para melhorar o desempenho do caminhão e isso permite transportar cargas com mais peso.
Ele aguenta de 10 a 14 mil quilos e seu Peso Bruto Total pode atingir até 23 toneladas.
Bitruck
Esse tipo de caminhão dispõe de quatro eixos. Sua capacidade de carga máxima é de 22 mil quilos e o PBT é de 29
toneladas.
É muito utilizado para transportar cargas secas, mas se presta também para diferentes operações de logística, sendo
bastante versátil.
A mercadoria depende da carroceria que é usada no veículo. As carrocerias podem ser de grade baixa,
refrigerada, porta contêiner, baú e outras.
Carreta LS
Também é chamada de “cavalo mecânico”, tem três eixos ou trucado (um eixo dianteiro e dois atrás). Suporta carga
máxima de 32 mil quilos e seu Peso Bruto Total é de 41,5 toneladas.
Quando as rodas se encontram em contato com o chão, a carreta consegue menor pressão. É um veículo que pode ser
utilizado com diferentes tipos de carroceria e costuma atravessar todo o país com diferentes mercadorias.
Bitrem articulado
Esse modelo é formado por um caminhão trator trucado e dois semirreboques ligados entre si. Tem sete eixos e o
Peso Bruto Total Combinado é de 57 toneladas.
Seu comprimento máximo é de 19,8 metros e dispensa a AET (Autorização Especial de Trânsito) para efetuar o
transporte de carga.
Rodotrem
Esse veículo é composto por um caminhão trator trucado e por dois semirreboques integrados por outro veículo que é
chamado de Dolly.
O Peso Bruto Total Combinado é de 74 toneladas, que são distribuídas por nove eixos. Para transportar carga, o veículo
precisa da AET.
A Lei da Balança
A Lei da Balança de�ne os limites do peso da carga de um caminhão para que ele possa circular pelas rodovias. A
legislação �cou conhecida popularmente como Lei da Balança e está fundamentada nas Resoluções nº 210/2006 e nº
211/2006 do CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito).
Desse modo, a condução do veículo não se compromete, sendo possível manter a conservação das rodovias. Se o
veículo fosse além do peso permitido, o responsável pode ser multado. E transitar com peso além do permitido ajuda
no desgaste do caminhão e contribui para consumir mais combustível.
A Lei da Balança é um tanto �exível e, por isso, faz algumas concessões em relação ao sobrepeso. Quando falamos de
PBT, a tolerância é de 5%. Ultrapassado esse percentual, o responsável �ca sujeito à multa e ao transbordo para que o
veículo retome sua jornada.
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Por meio delas, o CONTRAN regulamentou os artigos 99 e 100 do CTB (Código de Trânsito Brasileiro), em que constam
os limites para as dimensões, o peso bruto e o peso por eixo, que devem ser considerados para todos os veículos de
carga que transitam pelas rodovias do país.
Conforme a lei, a limitação pode ser realizada por eixo. Dividir da forma adequada o peso por eixo é muito importante
para diminuir os impactos que o caminhão provoca no solo. Um veículo com peso excessivo sobre o eixo tende a gerar
impactos mais prejudiciais ao solo, aumentando os desgastes das estradas.
Outra tabela importante é a da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). A Tabela da ANTT �xa preços
mínimos para as cargas de lotação — são fretes relacionados à ocupação total da capacidade de carga do caminhão.
Alguns talvez não saibam, mas a carga em excesso consome mais combustível, pois exige mais desempenho do
veículo. Vamos analisar detalhadamente alguns perigos envolvendo peso excessivo na carroceria.
Risco de acidentes
A distribuição irregular do peso na carroceria do veículo deixa-o sem estabilidade, fazendo com que o veículo
sobrecarregado �que mais vulnerável a acidentes, inclusive tombamentos ou colisões.
Os tombamentos acontecem quando o centro de gravidade do veículo �ca muito alto ou se desloca para um dos lados
do caminhão.
Cobrança de multas
Mesmo que esteja dentro do limite de peso, se a distribuição da carga estiver irregular, o caminhão pode ser multado
por ultrapassar os limites por eixo. É o que fala o artigo 6º da Resolução nº 258/2007 do Contran.
Além de receber a multa, o caminhão só poderá seguir viagem depois que �zer o remanejamento de carga na
carroceria para remover o excesso de peso sobre o eixo. O valor da multa aumenta à medida que o peso ultrapassa os
limites, o que gera mais prejuízos ao motorista ou à transportadora.
Em alguns casos de excesso de peso, além das multas, podem ocorrer apreensões do veículo. Para liberar o caminhão,
geralmente é necessário enfrentar alguma burocracia e despender mais dinheiro.
Mercadorias danificadas
Sem a devida supervisão, a carga pode �car distribuída de forma satisfatória, mas sem apoio ou amarração.
Consequentemente, as mercadorias �cam balançando quando o caminhão faz curvas, dá freadas ou arrancadas. Elas
entram em choque umas contra as outras e podem sofrer avarias. Sem a amarração �rme, elas podem até cair do
veículo.
Sobrecarga do implemento
Outro problema da distribuição irregular da carga sobre a carroceria é a sobrecarga do implemento, o que pode
acontecer sobre os eixos ou entre eles.
Se o peso estiver sobre as rodas, os pneus sofrerão muito desgaste, bem como a suspensão. A concentração de peso
entre os eixos tende a causar danos ao chassi da carroceria, causando empenamentos e trincas.
Caso o volume da carga não seja su�ciente para preencher toda a carroceria, o correto é deixar espaço tanto na
dianteira quanto na traseira, excetuando-se as cargas de maior densidade ou indivisíveis.
Desse modo, se estiver carregando um mesmo tipo de mercadoria, o certo é distribuí-la uniformemente. Caso os
produtos sejam de naturezas diferentes, o correto é organizar os mais pesados perto do assoalho da carroceria. Dessa
maneira, o centro de gravidade do veículo �ca mais baixo e melhora a estabilidade.
O respeito à capacidade de carga do caminhão continua se mantendo um critério preponderante, mas como fazer a
distribuição uniforme?
O primeiro cuidado é se certi�car de que o veículo é realmente o mais adequado para o transporte daquela carga. Se
for adequado, você deve dispor a carga deitada e com o lado mais pesado voltado para baixo e situado mais ao centro
da carroceria.
Se for, �que ciente que pouco volume já alcançará a capacidade de carga máxima que o caminhão suporta. Não se
deve concentrar a carga entre os eixos da carroceria, pois pode causar empenamentos ou trincas. O mais correto é
dividir em dois volumes e colocá-los sobre os eixos proporcionalmente.
Considere o exemplo a seguir: você precisará transportar uma carga de elevada densidade em uma carreta de três
eixos e cavalo trucado. O ideal é dividir a carga em duas partes. Há três eixos da carreta e dois do cavalo para dividir a
carga, somando cinco eixos no total. Uma sugestão é dispor três quintos do peso sobre os três eixos da carreta e dois
quintos sobre os do cavalo.
Conhecer e respeitar a capacidade de carga de cada caminhão ajuda a evitar acidentes e prejuízos �nanceiros. Além
disso, a empresa ganha mais credibilidade diante dos clientes, que preferem fazer negócios com empresas que
garantem segurança no transporte das mercadorias.
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