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LOGÍSTICA DOS TRANSPORTES

MÓDULO 4
MODAIS DE TRANSPORTE
1
DETALHAMENTO DOS MODAIS DE TRANSPORTES
2

Nesta secção, são detalhados os diversos modais já


citados, dando-se mais ênfase aos modais rodoviário
e marítimo/fluvial.
Sendo também abordados os modais aéreo,
ferroviário e dutoviário.
A visão das próximas secções é mais técnica,
abrangendo, sobretudo, equipamentos e instalações
de cada modalidade.
DETALHAMENTO DOS MODAIS DE TRANSPORTES
3

Modal Rodoviário
Visão Geral do Modal Rodoviário
O modal rodoviário é aquele que se realiza em
estradas de rodagem, asfaltadas ou não, com
utilização de veículos como camiões e carretas sob
pneus de borracha.
O transporte rodoviário pode ser em território
nacional ou internacional, inclusive utilizando
estradas de vários países na mesma viagem.
VISÃO GERAL DO MODO RODOVIÁRIO
4
O modal rodoviário apresenta alguns pontos positivos, que merecem
destaque:
 1. Um dos mais flexíveis e ágeis no acesso às cargas;
 2. Simplicidade de seu funcionamento;
 3. Rapidez de sua disponibilidade quando exigida pelo embarcador;
 4. Agilidade e rapidez na entrega da mercadoria em curtos espaços a
percorrer;
 5. A unidade de carga chega até a mercadoria, enquanto nos outros
modais a mercadoria deve ir ao encontro da unidade de carga;
 6. Exigência de embalagens a um custo bem menor;
 7. A mercadoria pode ser entregue directamente ao cliente sem que este
tenha que ir buscá-la;
VISÃO GERAL DO MODO RODOVIÁRIO
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Obviamente, não só pontos positivos existem para o modal rodoviário,
existem, também, pontos negativos que são destacados a seguir:
 1. O custo de frete é mais expressivo que os demais modais;
 2. A capacidade de tração de carga é reduzida;
 3. Os veículos utilizados para tração possuem um elevado grau de
poluição ao meio ambiente em comparação com os outros modais;
 4. A malha rodoviária deve estar constantemente em manutenção
ou em construção, gerando custos ao governo ou ao
concessionário.

O transporte rodoviário de carga, TRC, no Brasil caminha para um


mercado que se aproxima do que se denomina um mercado de
concorrência perfeita.
Isto porque não existe nenhum tipo de regulamentação sobre tarifas
mínimas a serem praticadas e não há controle ou exigências para a
CONCEITOS SOBRE PESOS DO CAMIÃO
6
Antes de se iniciar a classificação propriamente dita alguns conceitos
e siglas em relação aos pesos dos veículos rodoviárias devem ser
introduzidos:
 1. O Peso útil, ou carga útil, é o peso da carga que o veículo
transporta;
 2. Lotação (L) é peso útil máximo;
 3. Tara (T) ou Peso morto é peso do veículo sem carga, com
tanque cheio e operadores a bordo;
 4. Peso Bruto Total (PBT) é a soma do Peso útil mais a tara de um
veículo unitário;
 5. PBT máximo é a soma da lotação mais a tara;
 6. Peso Bruto Total Combinado (PBTC) é o peso útil mais a soma
das taras das unidades da combinação, utilizado para veículos
bitrens ou romeu e julieta;
 7. PBTC máximo é a soma da lotação mais a soma das taras das
CONCEITOS SOBRE PESOS DO CAMIÃO
7
Antes de se iniciar a classificação propriamente dita
alguns conceitos e siglas em relação aos pesos
dos veículos rodoviárias devem ser introduzidos
(2):
Por fim, ainda tem-se o conceito de Capacidade
Máxima de Tracção - CMT que é informada pelo
fabricante do cavalo mecânico ou do camião e
que consta do Certificado do Veículo.
Ela é medida em toneladas e indica o peso
máximo que o veículo pode tracionar, puxar.
Está relacionada, portanto, com a potência do
veículo e deve ser informada somente para
CLASSIFICAÇÃO DE VEÍCULOS RODOVIÁRIOS NA
8 TERMINOLOGIA BRASILEIRA
Tipos de camião em função da sua configuração de chassi
limite de carga e eixos motorizados:
1. ¾ (três quartos);
2. Toco;
3. Truck;
4. Carreta;
5. Bitrem;
6. Romeu e Julieta;
7. Tri-trem;
8. Treminhão;
9. Outras.
CLASSIFICAÇÃO DE VEÍCULOS RODOVIÁRIOS NA
9 TERMINOLOGIA BRASILEIRA

O VEÍCULO TIPO ¾ (TRÊS


QUARTOS), V. Slide seguinte, tem
capacidade para 3 toneladas de carga
útil.
Por conta da nova legislação da cidade
de São Paulo que só permite este tipo
de caminhão circular na cidade, ele está
sendo muito procurado para compra a
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CLASSIFICAÇÃO DE VEÍCULOS RODOVIÁRIOS NA
11 TERMINOLOGIA BRASILEIRA
O VEÍCULO DO TIPO TOCO é o camião que
possui apenas um eixo traseiro, com rodagem
simples, dois pneus por eixo, ou de rodagem dupla,
V. Slide seguinte, quatro pneus por eixo.
Os veículos com eixo com rodagem simples têm
capacidade de carga útil de até 6 toneladas.
Os de eixo com rodagem dupla, têm capacidade
para carga útil de até 10 toneladas.
Ambos podem ter PBT máximo de 16 toneladas.
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CLASSIFICAÇÃO DE VEÍCULOS RODOVIÁRIOS NA
13 TERMINOLOGIA BRASILEIRA
Tanto o tipo ¾ quanto o tipo Toco são conhecidos
simplesmente como camião.
O CAMIÃO TIPO TRUCK, V. Slide seguinte,
conhecido como CAMIÃO TRUCADO, possui dois
eixos traseiros, sendo que pelo menos um deles é
o de tracção motriz.
Caso os dois eixos traseiros possuam tracção, ele
é conhecido como camião trucado traçado.
Pode ter os eixos traseiros com rodagem dupla e
PBT máximo de 23 toneladas.
Têm capacidade de carga útil até 14 toneladas.
CLASSIFICAÇÃO DE VEÍCULOS RODOVIÁRIOS NA
14 TERMINOLOGIA BRASILEIRA
Com a maior quantidade de eixos é possível uma
melhor distribuição de peso e menos sobrecarga nos
pneus traseiros, aonde vai a maior carga de peso.
O inconveniente do CAMIÃO TRUCADO é na hora de
fazer a curva quando pelo fato dos dois eixos traseiros
serem fixos, eles acabam arrastando gerando maior
desgaste dos pneus.
Visando a economia dos pneus, o camião trucado não
traçado pode permitir que o eixo que não é motriz seja
levantado automaticamente quando ele está
descarregado, diminuindo, assim, o atrito e
CLASSIFICAÇÃO DE VEÍCULOS RODOVIÁRIOS NA
15 TERMINOLOGIA BRASILEIRA
A CARRETA é o veículo formado por um cavalo
mecânico que puxa um semi-reboque.
O cavalo mecânico é a parte da frente onde ficam o
motor e a cabina.
O semi-reboque é um veículo que se movimenta
articulado e apoiado no cavalo mecânico.
Os cavalos mecânicos podem ter as seguintes
configurações:
Configuração 4 x 2;
Configuração 6 x 2;
Configuração 6 x 4.
CLASSIFICAÇÃO DE VEÍCULOS RODOVIÁRIOS NA
16 TERMINOLOGIA BRASILEIRA
Na configuração 4 x 2, V. Slide seguinte, existem
dois eixos no cavalo mecânico, cada eixo dois
lados, portanto, quatro.
Assim, têm-se quatro rodas, mas somente as duas
de trás têm capacidade motriz.
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CLASSIFICAÇÃO DE VEÍCULOS RODOVIÁRIOS NA
18 TERMINOLOGIA BRASILEIRA
Na CONFIGURAÇÃO 6 X 2, V. Slides seguintes,
existem três eixos no cavalo mecânico, cada eixo
dois lados, portanto, seis.
Assim, têm-se quatro rodas, mas somente as duas
do meio têm capacidade motriz.
São bastante utilizados nas configurações de
Carreta e têm por função fazer uma melhor
distribuição de carga nos eixos.
Estes cavalos são conhecidos, também, como
cavalos trucados.
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 Um semi-reboque próprio para transportar contentores que não tem
o assoalho é denominado BUGGY, V. Slide seguinte.
 O número de eixos do semi-reboque é variado e sua capacidade é
variada de acordo com a configuração de eixos.
 Para a quantidade de eixos no semi-reboque têm os seguintes PBT
máximo: 1 eixo, 26 toneladas; 2 eixos, 33 toneladas e 3 eixos, 41,5
toneladas.
 Todos considerando o cavalo mecânico 4 x 2.
 Se o cavalo mecânico for 6 x 4, os valores mudam para: 33
toneladas; 40 toneladas e 48,5 toneladas respectivamente.
 Tem sido visto um aumento do uso de semi-reboques de um eixo
com vistas a reduzir o valor do pedágio pago, pois o mesmo é
cobrado por eixo.
 Assim, se o peso transportado estiver dentro dos limites do semi-
reboque de um eixo, o mesmo será usado.
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CLASSIFICAÇÃO DE VEÍCULOS RODOVIÁRIOS NA
23 TERMINOLOGIA BRASILEIRA
Uma configuração possível para os eixos é que
eles fiquem afastados onde o mais perto do cavalo
é denominado AUTO-DIRECIONÁVEL, V. Slide
seguinte.
Este tipo de semi-reboque é conhecido como
Vanderléia com PBT máximo de 46 toneladas com
cavalo 4 x 2 e 53 toneladas para cavalo 6 x 4.
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CLASSIFICAÇÃO DE VEÍCULOS RODOVIÁRIOS NA
25 TERMINOLOGIA BRASILEIRA
 O Bitrem, V. Slide seguinte, é uma combinação de um
cavalo mecânico e dois semi-reboques acoplados entre si
através de uma quinta-roda situada na traseira do cavalo
mecânico e na traseira do primeiro semi-reboque.
 Na Figura pode-se ver o detalhe do encaixe, quinta roda, do
primeiro semi-reboque no segundo semi-reboque.
 Esta configuração pode permitir em casos especiais, apesar
de não ser usual, que o veículo circule com apenas um
semi-reboque.
 O Bitrem padrão de 7 eixos com cavalo trucado, permite um
peso bruto total combinado (PBTC) de 57 toneladas, o que
possibilita um incremento de 27% no PBTC, em comparação
com uma combinação tradicional de três eixos com cavalo
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CLASSIFICAÇÃO DE VEÍCULOS RODOVIÁRIOS NA
28 TERMINOLOGIA BRASILEIRA
BITREM COM EIXO TRIPLO, sendo 3 eixos em
cada semi-reboque, totalizando assim 9 eixos,
conhecido como BITRENZÃO, Figura 64.
Tem PBTC máximo de 74 toneladas.
No entanto, sempre que optar por usar estes
veículos, deve ser feita uma análise da legislação,
pois existem restrições a circulação destes
veículos, necessitando portar quando em
circulação a Autorização Especial de Trânsito -
AET.
CLASSIFICAÇÃO DE VEÍCULOS RODOVIÁRIOS NA
29 TERMINOLOGIA BRASILEIRA

O veículo BITREM CO EIXO TRIPLO


FIG 64
PAG 98
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31 TERMINOLOGIA BRASILEIRA
BITREM DE 9 EIXOS + DOLY
Por ter muitos eixos conjuntos, este veículo tende
a arrastar as rodas quando faz uma curva,
principalmente se carregada de muito peso.
Nesta situação, inclui-se entre os dois semi-
reboques um veículo adicional denominado DOLY.
Na Figura 64 pode-se notar o bitrem de 9 eixos
ficou com 11 eixos.
Na Figura 65 pode-se ver o detalhe do
equipamento adicional denominado DOLY.
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32 TERMINOLOGIA BRASILEIRA

O veículo BITREM CO EIXO TRIPLO


FIG 64
PAG 98
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34 TERMINOLOGIA BRASILEIRA

O veículo BITREM CO EIXO TRIPLO


FIG 65
PAG 98
CLASSIFICAÇÃO DE VEÍCULOS RODOVIÁRIOS NA
35 TERMINOLOGIA BRASILEIRA
BITREM DE 9 EIXOS + DOLY
Por
CLASSIFICAÇÃO DE VEÍCULOS RODOVIÁRIOS NA
36 TERMINOLOGIA BRASILEIRA
O VEÍCULO TIPO ROMEU E JULIETA, Figura 66, é
composto por um camião toco ou truck, ou carreta
que acoplado a ela é engatado um reboque, Figura
67.
O reboque se diferencia do semi-reboque porque
possui condição de circular sem se apoiar no
camião ou no semirreboque da frente.
CLASSIFICAÇÃO DE VEÍCULOS RODOVIÁRIOS NA
37 TERMINOLOGIA BRASILEIRA

O veículo BITREM CO EIXO TRIPLO


FIG 66
PAG 99
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O veículo BITREM CO EIXO TRIPLO


FIG 67
PAG 100
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41 TERMINOLOGIA BRASILEIRA

Outra opção de ROMEU E JULIETA é apoiar um


semi-reboque sob um DOLY e acoplá-lo a um
camião truque ou a uma carreta.
Pode-se observar esta composição na Figura 68 e
o detalhe do DOLY na Figura 69.
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O veículo BITREM CO EIXO TRIPLO


FIG 68
PAG 101
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O veículo BITREM CO EIXO TRIPLO


FIG 69
PAG 102
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CLASSIFICAÇÃO DE VEÍCULOS RODOVIÁRIOS NA
46 TERMINOLOGIA BRASILEIRA
Outra configuração muito utilizada é
denominada de TRI-TREM, ou seja, um bitrem
que tem acoplado a ele mais um semi-
reboque, com PBT máx de 74 ton, Figura 70.
Possuem um comprimento de 26,5 metros, o
que gera um impacto muito grande na
circulação das rodovias, pois dificulta as
ultrapassagens e ocupa um espaço na via
muito grande.
EXEMPLO: O transporte de toretes de madeira da
empresa Aracruz Celulose para fabricação de celulose
é realizado pela BR 101 Norte e por estradas vicinais
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47 TERMINOLOGIA BRASILEIRA

O veículo BITREM CO EIXO TRIPLO


FIG 70
PAG 102
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CLASSIFICAÇÃO DE VEÍCULOS RODOVIÁRIOS NA
49 TERMINOLOGIA BRASILEIRA
Popularmente e erroneamente o TRI-TREM é
chamado de treminhão.
No entanto, o TREMINHÃO é a configuração
formada por um caminhão truck mais dois
reboques.
Ou seja, uma configuração Romeu e Julieta
acrescida de mais um reboque.
A legislação vigente vem sendo alterada em
termos de limite de peso visando à preservação
das estradas e buscando um equilíbrio entre os
MODAL MARÍTIMO
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O MODAL MARÍTIMO é realizado por meio de navios,


Figura 71, ou barcaças oceânicas, Figura 72 que
navegam nos mares e oceanos, não necessitando de
construções para que essa via seja criada e usada.
No entanto, para que as cargas possam ser
carregadas e descarregadas, faz-se necessário a
criação de portos, Figura 73, que permitirão que o
navio fique amarrado em terra e permita que estas
operações se realizem.
Os portos podem ser vistos como o grande elo
logístico entre os modais terrestres e os modais
aquaviários, sendo de fundamental importância para
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51 TERMINOLOGIA BRASILEIRA

O veículo BITREM CO EIXO TRIPLO


FIG 71
PAG 103
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O veículo BITREM CO EIXO TRIPLO


FIG 72
PAG 103
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O veículo BITREM CO EIXO TRIPLO


FIG 73
PAG 104
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VISÃO GERAL DO MODAL MARÍTIMO NO BRASIL
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Actualmente no Brasil, na análise de peso e volume,
passam pelo modal marítimo aproximadamente 96%
das exportações e importações.
O Brasil possui um litoral é de 9.198 km e que possui
uma “estrada marítima” enorme que pode e deve ser
explorada e que atualmente é modestamente utilizada
em relação principalmente ao rodoviário e, também,
ao ferroviário.
Um navio é Juridicamente considerado um bem imóvel
e, portanto, deve ser registado, como uma escritura de
imóvel, em um país.
A bandeira de um navio representa o país no qual foi
VISÃO GERAL DO MODAL MARÍTIMO NO BRASIL
58  Tipos de transporte marítimo que existem:
Cabotagem;
Longo Curso.
 A CABOTAGEM é o transporte realizado entre portos de um
mesmo país.
 No caso do Brasil, só pode ser realizado por navios que
tenham a bandeira brasileira. Hoje existem dois grandes
entraves para a efectiva utilização da cabotagem: Poucos
navios de bandeira brasileira e altos custos e ineficiência
dos portos de uma maneira geral.
 O transporte de LONGO CURSO é o transporte entre portos
de diferentes países.
 Ele pode ser realizado por todos os navios, independente da
bandeira do navio, excepto quando existem restrições de
relações diplomáticas entre países.
NAVIOS
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O navio é uma embarcação e é um meio de
transporte que tem a propriedade de flutuar e
se deslocar sobre a água transportando
carga e/ou passageiros.
Os navios modernos são construídos em
aço.
O seu deslocamento, por ser o modal
marítimo ocorre em água salgada, mares e
oceanos.
Na Figura 74, pode-se ver em detalhe do
casco do maior navio porta-contentores do
NAVIOS
60
Os navios modernos possuem, em sua parte
externa, duas paredes de aço e um espaço vazio
entre elas.
Este formato estrutural é devido à necessidade de
se aumentar a segurança.
Caso o navio seja atingido por outra embarcação
ou abalroe uma estrutura fixa, cais, o navio terá
seu casco comprometido, em princípio, na parede
externa e não irá inundar os seus porões, o que
levaria o navio a pique.
NAVIOS
61 O casco possui uma dupla parede, sendo que este
espaço vazio tem por função formar, também, os
TANQUES DE LASTRO.
O lastro, no transporte marítimo, consiste de algum
material que é posto nos porões para dar peso e
equilíbrio ao navio quando ele está sem carga.
Os navios passaram a usar a água como lastro, o que
facilita bastante a tarefa de carregar e descarregar um
navio.
Quando um navio está descarregado, seus tanques
recebem água de lastro para manter sua estabilidade,
balanço e integridade estrutural.
Quando o navio é carregado, a água é lançada ao
mar, permitindo colocar carga no navio sem o afundar
por excesso de peso.
NAVIOS
62 O CONVÉS é a parte superior do navio.
No convés principal, Figura 75, estão localizadas as
coberturas dos porões e, eventualmente, poderão ser
usadas para carregamento de cargas, madeira e
contentores.
Os PORÕES estão localizados na parte interna do
casco e cobertos pelo convés principal. Sua função é
acomodar de forma segura a carga a ser transportada,
protegendo-a da água do mar, do rio, das chuvas,
dentre outros.
Os porões, Figura 75, começam na parte inferior do
convés principal e se estendem, verticalmente, até o
piso do porão.
NAVIOS
63

O CONVÉS
FIG 75
PAG 106
64

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NAVIOS
66  Os porões podem ter dois tipos de abertura para carregamento
principal. Esta abertura que se encontra no nível do convés pode
ser de dois tipos:
Tampa do porão;
Escotilha.
 As tampas são usadas nos navios convencionais e são menores
que a largura e o comprimento do navio.
 A diferença entre a borda da tampa do porão e a parede do porão
é denominada FORA DE BOCA.
 Quanto maior for o fora de boca, maiores dificuldades ocorrerão
na hora de estivar a carga no porão, demandando-se, assim, o
uso de equipamentos dentro do porão, empilhadeiras e/ou bob
cats, para a arrumação da carga.
 Esta situação leva a uma diminuição na capacidade de carga e
descarga do navio fazendo a operação demandar mais tempo de
operação.
 Assim sendo, idealizou-se navios que não tivessem fora de boca.
NAVIOS QUE NÃO TÉM FORA DE BOCA
67
Dois tipos de navio que não possuem fora de boca
são os NAVIOS PORTA-CONTENTORES e os
BOX SHAPE.
Baseado no formato dos porões as embarcações
podem ser classificadas como:
Graneleiro;
Box Shape;
Porta contentores;
Tanque;
Outros.
NAVIOS
68  A TONELAGEM DE PORTE BRUTO, TPB, é também
conhecida pela sigla em inglês DWT, deadweight tonnage.
 Também é conhecido como expoente de carga ou
tonelagem deadweight (deadweight tonnage).
 O TPB é o peso da carga somado aos pesos do
combustível, água potável e de lastro, tripulantes e seus
pertences, rancho e outros. Este peso é o máximo que o
navio poderá ter a bordo até atingir a sua marca de linha de
carga permitida ou borda livre máxima.
 Chama-se, então, DEADWEIGHT, ou porte bruto, à
diferença entre os deslocamentos do navio completamente
carregado e completamente leve, ou seja, a soma de todos
os pesos móveis que se podem embarcar ou desembarcar.
 O DEADWEIGHT é expresso em toneladas métricas e, é
uma das características mais importante nos navios
mercantes, pois ele representa a quantidade de carga que
NAVIOS
69 O valor de DEADWEIGHT não representa a carga de
frete contratado, mas sim toda a carga que o navio
transporta, como combustível, víveres, etc.
Os navios mercantes de carga, foco deste curso,
podem ser classificados como:
Navios de carga geral;
Navios porta-contentores;
Navios roll-on-roll-off; Ro-Ro
Navios frigoríficos;
Navios graneleiros sólidos;
Navios tanque - graneleiros líquidos;
Navios transportadores de gás;
Navios químicos.
CONTRATAÇÃO DE NAVIOS
70 Face à complexidade deste tema, que envolve tanto
questões comerciais como jurídicas, não será feito um
grande detalhamento do tema.
No entanto, os conceitos essenciais para o entendimento
deste complexo tema serão apresentados. Inicialmente,
deve ser feita uma taxonomia em relação ao tipo de
contratação.
Os principais tipos de contratação são:
Navios de linha regular ou LINERS
Navios livres ou TRAMPS.
Os navios de linha regular, ou liners, são aqueles que
percorrem sempre a mesma linha, tendo uma rota fixa
CONTRATAÇÃO DE NAVIOS
71 Esta rota possui uma escala pré-determinada de portos a
serem atendidos.
Estas escalas de portos são fixas e cumpridas com o
maior rigor possível.
Este tipo de contratação é mais utilizado para o transporte
de contentores, carga geral (em volumes e frequências
menores).
Usualmente, este tipo de contratação é caracterizado pela
emissão do B/L (Bill of Lading) que representa o
conhecimento de embarque da mercadoria e o contrato de
frete marítimo contratado.
CONTRATAÇÃO DE NAVIOS
72 No tipo de contratação de linha regular LINERS é comum
existir o documento denominado Nota de Reserva
(Booking Note).
Este documento tem por objetivo, como o nome sugere
reservar espaço, também chamado de praça, na próxima
escala de um navio de linha regular em certo porto.
Os navios livres ou TRAMPS, não possuem uma linha
regular e fixa e, portanto, são navios que ficam livres, sem
escala pré-definida, podendo visitar qualquer porto desde
que haja uma solicitação de transporte para ele.
É comum, neste tipo de contratação, o navio ser ocupado
integralmente pelo contratante do serviço de transporte
marítimo e é mais utilizado para o transporte de carga a
granel, sólida ou líquida, em grande quantidade ou carga
CONTRATAÇÃO DE NAVIOS
73 Neste tipo de contratação, existe a figura do SHIP
BROKER, ou simplesmente broker, que é a pessoa que
tem conhecimento de uma grande parte dos navios
disponíveis no mercado e, também, dos demandantes por
serviço de transporte marítimo, os donos de carga.
Com base nestes dois conhecimentos, ele faz a
intermediação entre o dono da carga e o armador do navio
com intuito de estabelecer um contrato de transporte, que
é conhecido como afretamento do navio.
As cargas transportadas por este tipo de navio pagam um
frete vinculado à lei da oferta e da procura.
Usualmente, este tipo de contratação é caracterizado por
um contrato de transporte denominado Charter Party.
PORTOS
74  Pode-se definir um porto como qualquer lugar que tenha
dimensões mínimas para receber navios de maneira segura e
que seja protegido de situações severas, tais como: ventos
muito fortes, correntes muito fortes, ondas muito altas,
congelamento, marés que oscilam muito entre a mínima e a
máxima, entre outras.
 O porto deve ser provido de equipamentos que permitam o
carregamento e descarregamento do navio de maneira rápida,
eficiente e segura e, deve, ainda, possuir áreas e armazéns
que permitam a stockagem das cargas a serem carregadas no
navio e das cargas descarregadas do navio.
 Além disto, o porto deve possuir facilidades para recebimento
e escoamento da carga dos usuários do porto.
 Dentre estas facilidades, destacam-se: rodovias, ferrovias,
PORTOS
75 Um porto pode ser visto como o elo vital de ligação entre
os modais terrestre, rodoviário e ferroviário e o modal
marítimo ou fluvial.
Em geral, os portos têm as seguintes funções: Comercial;
Elo vital entre o modal marítimo e terrestre; Local seguro
de atracação de navios; Fonte de desenvolvimento
regional.
A função comercial de um porto é permitir que vendedores
possam atingir novos mercados para os seus produtos.
Além disso, o porto, em si, é um grande gerador de
serviços e tributos, movimentando toda a economia na
região do seu hinterland.
O hinterland pode ser definido como a área de influência
económica que o porto atinge através de seus acessos.
PORTOS
76  Para melhor definir um porto, faz-se necessário estabelecer
dois conceitos importantes:
BERÇO
TERMINAL
 O BERÇO é o espaço físico ocupado por um navio.
 Apesar de aparentemente o berço tenha comprimento variável
e dependente do comprimento do navio, muitos portos
estabelecem os berços com um comprimento pré-determinado
e, também, oferecem um número fixo de berços, independente
dos tamanhos dos navios atracados.
 Quando se tem um sector do porto composto de alguns berços
e de algumas áreas terrestres dedicado a um tipo específico
de carga, pode-se dizer que este porto é um TERMINAL.
 O terminal pode atender a uma única empresa ou a várias.
 Portanto, o terminal pode ser visto como um porto
especializado.
PLANEAMENTO DAS OPERAÇÕES PORTUÁRIAS
77 O planeamento das operações portuárias é o conjunto de
todas as operações necessárias para realizar a passagem
da mercadoria desde o transporte marítimo até o
transporte terrestre e vice-versa.
A operação portuária deve buscar a maior eficiência e
eficácia e as instalações e serviços portuários devem ser
adequados para obter o resultado mais económico.
PLANEAMENTO DAS OPERAÇÕES PORTUÁRIAS
78 Para determinação das características da operação de um
porto, é necessário coordenar os três elementos principais
do porto: a carga, o navio e o transporte terrestre.
Para tanto, é importante que sejam respondidas as
seguintes perguntas:
1. Que tipo de carga se trata?
2. A carga será importada ou exportada?
3. Qual o seu destino?
4. Que tipo de navio será operado?
5. Quando chega o navio?
6. Quais os meios de entrada e escoamento terrestre
disponíveis?
PLANEAMENTO DAS OPERAÇÕES PORTUÁRIAS
79 As operações portuárias também são diferenciadas pelo tipo
de carga transportada, ou seja:
1. Operações de carga geral
2. Operações de granéis sólidos (grãos ou minerais) ou
granéis líquidos
3. Operações de contentor.

Para cada tipo de carga, têm-se diferentes tipos de


equipamentos especializados e configuração da área
portuária para a sua operação.
DOCUMENTOS EM OPERAÇÕES PORTUÁRIAS
80 Os documentos são apresentados na sequência em que a
operação portuária ocorre com excepção às cartas que são
apresentadas ao final:
1. Plano de carga/descarga;
2. mate’s receipt;
3. B/L, do inglês Bill of Lading;
4. Statement of facts.
PLANO DE CARGA E DESCARGA DO NAVIO
81  O plano de carga/descarga do navio deve chegar à administração
portuária com a máxima antecedência possível. Isto se deve ao fato
da necessidade do porto se preparar, alocando os recursos
necessários para uma operação mais eficiente. Além disso, de
posse do plano, o porto pode reservar as áreas de pátio e as áreas
de pré-estivagem e pós-estivagem.
 Na fig. 76 apresenta-se um exemplo de plano de carga a Granel
que irá carregar num navio num dado porto.
 Um plano de granel deve conter informações referentes às
características do navio, à condição de calado do navio quando
chegar ao porto e a condição prevista quando ele sair do porto, a
quantidade de carga a ser embarcada por porão, a sequência de
carregamento e quais cargas que já estão embarcadas no navio
quando ele chegar no porto.
 A sequência de carregamento é muito importante, pois caso ela não
seja cumprida, pode haver danos estruturais ao navio. Ela também
é importante para a operação do porto, que, para sua maior
PLANEAMENTO DAS OPERAÇÕES PORTUÁRIAS
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PLANEAMENTO DA OPERAÇÃO PORTUÁRIA
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PLANO DE CARGA E DESCARGA DO NAVIO
88 No plano de carga geral devem ser detalhadas as
toneladas de carga que vão ser estivadas em um porão,
como também, a posição da carga dentro do porão. Por
exemplo, se em um porão será carregado 1.000 mt de
bobina de aço, 1.300 mt de granito e 500 mt de tarugos de
aço, deve-se também informar que as bobinas irão à
vante ocupando 3,5 m e toda a altura e o granito será
colocado da ré até encontrar as bobinas e os tarugos irão
por cima da carga de granito.
PLANO DE CARGA E DESCARGA DO NAVIO
89 Assim sendo, pela Figura 77, percebe-se, primeiro, como
é difícil representar graficamente essa situação em um
plano de carregamento e, segundo, a dificuldade de se
citar a sequência de carregamento, que, como
mencionado anteriormente, é de vital importância para a
operação.
É interessante notar que as baias vêm pintadas no convés
do navio e, sempre, em números impares para contentor
de 20’, as baias dos contentos de 40’ são virtuais,
servindo, assim, somente para identificar que naquela
posição não tem dois contentores de 20’ e, sim, somente
um de 40’, indivisível.
PLANO DE CARGA E DESCARGA DO NAVIO
90 O plano de contentores é muito mais específico,
padronizado e aceite em todos os portos e por todas as
empresas de navegação.
Inicialmente, deve-se caracterizar um navio de
contentores e, como se localiza um contentor estivado
dentro do navio.
Tendo em vista que o navio é um objecto tridimensional, e
o contentor pode estar em qualquer posição dentro dele,
faz-se necessário, para o contentor ser localizado dentro
do navio, especificar três coordenadas a saber:
1. Uma no sentido de proa a popa, Bay;
2. Uma no sentido de bombordo a boreste (estibordo),
Row;
PLANO DE CARGA E DESCARGA DO NAVIO
91 A partir deste ponto, são detalhadas as três coordenadas
e como elas são identificadas, Figura 78. Sempre, então,
que for feita a referência de um contentor em um plano de
embarque/descarga de contentor, deve sempre se referir
às três coordenadas: Bay – Row –Tier.
No sentido de localizar o contentor no sentido de proa a
popa, têm-se as baias.
Para cada contentor de 20’ (vinte pés), um TEU, a baia
possui um número impar, iniciando de 01 e incrementando
de 2 no sentido da popa, Figura 78, parte superior.
Para o caso dos contentos de 40’ (quarenta pés), dois
TEU’s, que ocupam duas baias de 20’, tem-se a
numeração com número par.
PLANO DE CARGA E DESCARGA DO NAVIO
92 O MATE’S RECEIPT, pode ser traduzido para o português
como o recebimento da carga no navio.
Após o término do embarque, o imediato do navio, ou
primeiro oficial, verifica em todos os porões se a carga a
ser embarcada está nos locais indicados, se está bem
estivada e, sobretudo, não tem avaria. Por fim, confere se
as quantidades embarcadas estão de acordo com o que
deveria ser embarcado.
Uma vez que o MATE’S RECEIPT seja emitido pelo navio,
o armador autoriza, baseado nos dados do mate’s emitir
os B/Ls das cargas.
Vale ressaltar que o mate’s é um documento sem valor
comercial, mas é a partir dele que será emitido o B/L que
é um documento de valor comercial e muito importante no
PLANO DE CARGA E DESCARGA DO NAVIO
93  O B/L, do inglês BILL OF LADING, sem uma tradução literal
para o português, quer se referir ao conhecimento de
embarque.
 É um recibo de mercadorias embarcadas em um navio e quem
o emite é o armador ou afretador, que a partir da emissão do
B/L passa a ser o responsável pela carga embarcada. Ele só
emitido após todo o término do embarque e da emissão do
Mate’s Receipt, explicado anteriormente.
 Além de ser um recibo de mercadorias, o B/L é contrato de
transporte, onde na sua parte da frente, estão escritos todos
os termos do contrato de transporte e no verso os detalhes do
transporte.
 Dentre esses detalhes citam-se: Embarcador; Consignatário;
Nome do navio; Porto de Origem; Porto de Destino; Descrição
PLANO DE CARGA E DESCARGA DO NAVIO
94 Para o comércio exterior, realizado através da via
marítima, o B/L talvez seja o documento mais importante,
pois a partir de sua emissão, a responsabilidade do
embarcador/exportador termina e passa a ser
integralmente do armador.
O STATEMENT OF FACTS é um relatório que contém
todos os dados da operação. Todas as mudanças de
porão, todas as datas horas de parada, todos os eventuais
problemas ocorridos. Também contém todas as datas
importantes da operação, conforme visto anteriormente,
NOR, Atracação, Liberação pelas autoridades, Início da
Operação, Término, Desatracação, entre outras.
Portanto, pode-se dizer, que o STATEMENT OF FACTS é
MODO FLUVIAL
95 Modo fluvial é aquele que se realiza em rios, podendo
também ser feito apenas no país, ligando portos internos,
denominado navegação nacional, ou envolvendo outros
países e, da mesma forma que o marítimo, também
chamado de navegação de longo curso.
Basicamente, tudo o que foi mencionado para o modal
marítimo é valido para o modal fluvial.
O transporte pode ser feito por navio, mas é mais usual
ser feito por meio de comboios de barcaça empurradas
por um empurrador, V. Slide seguinte.
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ISU TC 2/9/2017
MODO DUTOVIÁRIO
97 Este modal de transporte é uma das formas mais
económicas de transporte para grandes volumes
principalmente de derivados de petróleo, líquidos e gases,
produtos líquidos de uma maneira geral, água, azeite,
sucos, estes, no entanto, em distâncias menores.
Poucas empresas se tém valido do uso deste modal para
transporte de produtos sólidos, os minerodutos.
No Estado de Minas Gerais em Germano inicia-se o único
mineroduto da América Latina da empresa Samarco que
vai até o Porto de Ubu em Guarapari-ES.
MODO DUTOVIÁRIO
98 TIPOS DE MODAL DUTOVIÁRIO:
Oleodutos, cujos produtos transportados são, em sua
grande maioria: petróleo, óleo combustível, gasolina,
diesel, álcool, GLP, querosene e nafta, e outros.
Gasodutos, cujo produto transportado é o gás natural. O
Gasoduto Brasil-Bolívia (3.150 km de extensão) é um dos
maiores do mundo.
Minerodutos, cujos produtos transportados são: Sal-gema,
Minério de ferro e Concentrado Fosfático.
MODAL AÉREO
99 O modal aéreo de carga é adequado para o transporte em
grandes e médias distâncias de produtos acabados de
alto valor agregado com alta velocidade.
No entanto, apresenta um alto custo de transporte.
Como exemplo da limitação de carga do modal aéreo, o
maior avião da frota da TAM, um Airbus A340, tem
capacidade máxima de descolagem de 340 toneladas,
com combustível, e para pousar de 272 toneladas.
O transporte aéreo é o modal de transporte que atinge
longas distâncias, devido à velocidade do meio utilizado.
Divide-se em:
Transporte nacional (doméstico ou cabotagem);
Internacional (operações de Comércio Exterior).
MODAL AÉREO
100 O modal aéreo necessita de elevados investimentos em
aeronaves, infra-estrutura aeroportuária e sistemas de
informação e controle.
Os principais intervenientes no transporte aéreo são as
empresas de navegação aérea e os agentes de carga, e
também a Infraero, que detém o monopólio da
administração dos aeroportos e seus armazéns de carga.
Esses armazéns são denominados de TECA, Terminal
Especial de Carga Aérea.
Os modelos de aviões utilizados na navegação aérea são
classificados em três tipos quanto à sua configuração de
utilização do deck superior:
Full cargo;
Combi;
MODAL AÉREO
101  Os aviões FULL CARGO somente transportam carga no seu deck .
 Os aviões COMBI transportam cargas e passageiros.
 Os aviões FULL PAX somente transportam passageiros.
 Os contentores e pallets utilizados na carga aérea são denominados
de ULD – UNIT LOAD DEVICE.
 O transporte aéreo comercial de carga é sempre documentado
através de conhecimento aéreo (AWB – airway bill), que é o
documento mais importante do transporte.
 Pode estar na forma de um AWB – airway bill, representando uma
carga embarcada diretamente, ou o conjunto MAWB – master
airway bill, e HAWB – house airway bill, representando cargas
consolidadas.
 Além das funções normais, conforme os demais modais, este
documento ainda pode representar factura de frete e certificado de

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