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Indice
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OBJECTIVOS
SUMÁRIO
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1. CONCEITO DE MERCADO
Como todos os animais, o homem vive num processo de permanente troca com a
natureza, da qual retira o necessário para a sua sobrevivência.No caso dos
homens essa troca consiste na utilização do trabalho (uso da vida) para
transformar os recursos que existem na natureza, em bens úteis à satisfação das
necessidades humanas (reprodução da vida).
Recursos
Produção Bens e Serviços Troca
Mas o homem não podia produzir tudo o que necessitava. Podia muito bem
produzir um tipo de bens onde se sentia-se mais especializado.
Caso não estivesse satisfeita, diminuía uma parte da sua mercadoria e retirava-se
esperando a avaliação da outra contraparte.
Este processo iterativo levava dias, às vezes semanas. Era uma forma Primitiva
de Comercializar, mas cujo o objectivo principal era evitar confrontações directas
que originassem conflitos entre comunidades que viviam geralmente no limiar da
hostilidade aberta (problema bem actual entre vizinhos).
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Para maior eficiência e efectividade era necessário encontrar-se um local ou uma
maneira de tornar a troca permanente. Assim estabeleceu-se lugares e dias
próprios em que cada produto específico era trocado.
A esses lugares chamavam feiras. Cada dia da semana era uma feira específica,
trocavam determinados produtos preestabelecidos e não outros. Na 1ª feira
trocava-se a oração, a fé, o sacrifício, as oferendas, com a esperança e crença de
depois desta vida passar para a melhor no paraíso.
São essas feiras que deram origem, não duma forma determinativa, aos
mercados.
Duma maneira geral, o mercado entende-se como sendo o lugar económico
ou real do encontro entre a oferta e a procura 1 .
A oferta representa os produtores e a procura do consumidores
Essa troca deve ser voluntária. Se o contratante da transação não tem opção,
então ela não constitui uma transação de mercado.
1
Ruy Baltazar, Texto de Apoio Introduçäo a Economia Politica
2
Mansfield- Microeconomia Teoria e Aplicações.
3
Kelvin Lancaster,A economia moderna: Teoria e Aplicações
4
idem Kelvin
4
Uma vez que os mercados existem para troca de coisas a sua função é de alocar
e realocar bens e serviços entre os membros pertencentes à economia. Nessa
troca ambos os lados ganham.
O negociante vende, porque os lucros lhe oferecem valer mais do que o risco de
ser preso. O viciado no momento de lucidez pode estar convicto de que a longo
prazo o efeito será negativo sobre o usuário da droga, mas é a situação imperativa
no momento da troca que determina o seu comportamento.
Pode-se concluir que qualquer troca que seja efectuada sem coerção representa
um ganho imediato para ambas as partes. Isso não significa que o ganho seja
equinamente (imparcialmente) distribuído - é possível que uma parte ganhe muito
e a outra quase nada. Mas há condições em que o negócio se efectua no mesmo
padrão, a chamada concorrência perfeita.
5
Idem Kelvin
5
Na práctica o mercado pode ser qualquer coisa desde o Vilarejo, onde os
produtores e donas de casa se encontram uma vez por semana para realizarem as
sua trocas, até gigantescas instituições como Câmaras de Comércio, onde
correctores especializados transaccionam em nome dos seus cliente, verbalmente
ou por meio de títulos, bens reais, bens que não manipulam directamente e que
não aparecem no mercado mesmo usando equipamento eletrónico, o chamado e-
comerce.
Para efeito do estudo o nosso modelo, para mercado real, um bem deve ser
homogéneo, isto é, virtualmente idêntico e deve abarcar os seguintes aspectos:
Porquê o preço é aquele e não outro numa determinada altura? O que faz
aumentar ou baixar?
É óbvio que alguma coisa ou outra que não é o preço nem as quantidades.
Determinantes da procura
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Se o preço de um determinado bem aumentar, as quantidades procuradas desse
mesmo bem diminuirão e se o preço de um determinado bem diminuir, as
quantidades procuradas desse mesmo bem aumentarão se tudo o resto
permanecer constante (coeteris paribus).
Esta é a lei da procura decrescente e actua com base nas principais razões
seguintes:
2a. evidência: Se o preço de um bem reduz, cada consumidor passa a ter maior
possibilidade de adquirir doses adicionais desse mesmo bem.
p*
p**
d
q* q** q
c) A função da procura tem uma inclinação negativa por causa das princípios
teóricos da lei da procura decrescente.
7
p
p*
d d’
q* q** q
Determinantes da oferta
8
A lei da oferta diz que se tudo oresto permanecer constante à medida que o preço
de um bem aumentar no mercado, as quantidades oferecidas irão aumentar e
vice-versa.
p s
p*
p1
q* q** q
c) A função da procura tem uma inclinação positiva por causa das princípios
teóricos da lei da oferta crescente.
9
Deslocação da Curva da Oferta.
p s s’
p*
q* q** q
10
P s
P*
P1 E
P** d
q** q1 q* q
Mecanismo do mercado6
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Quando o preço de uma mercadoria aumenta, mantendo constantes os outros
factores, a quantidade procurada da mesma diminui, uma vez que um preço mais
elevado constitui um estlmulo para que os compradores/consumidores dessa
mercadoria economizem seu uso.
Urn mecanismo de ajuste de preços faz com que o mercado tenda a estabilizar-se
em torno do ponto E - cruzamento entre as duas curvas, com o preço da merca-
doria assumindo o valor - Pe e a quantidade da mercadoria assumindo o valor -
Qe. Chamamos o ponto E de ponto de equilíbrio, o preço Pe de preço de equilíbrio
e a quantidade Qe de quantidade de equilíbrio. O mecanismo que faz o mercado
convergir para o ponto E é o seguinte:
Para os preços acima de Pe, por outro lado, a quantidade oferecida é superior a
quantidade procurada. Diz-se entao, que há excesso de oferta. Esse excesso de
oferta fará com que os produtores/vendedores dessa mercadoria estejam
dispostos a vende-Ia a um preço mais baixo para escaparem do risco de não
vende-Ia na sua totalidade. Isso fará com que os preços tendam a baixar. Assim,
ha uma tendência para que seja alcançado o preço de equilibrio. A esse preço, a
quantidade oferecida é igual a quantidade procurada, que é igual a quantidade Qe
de equilibrio.
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Deslocamento da curva de procura
Esse born motivo pode ser o preço relativo dos dois sumos. Quando dois produtos
servem para a mesma finalidade, dizemos que eles são bens substitutos. Outros
exemplos de bens substitutos São: carne de cabrito e carne de carneiro, Coca-
Cola e Pepsi-Cola, viagens por via ferrea e viagens por via terrestre, e assim por
diante.
Suponha dois bens substitutos entre si, margarina e manteiga. Quando o preço da
manteiga aumenta, os compradores deste tendem a substitui-Ia, ainda que
parcialmente, pela margarina. Isto quer dizer que, mantido constante o preço da
margarina, há um aumento na quantidade procurada do mesmo. Graficamente,
isso será representado por um deslocamento da curva da procura da margarina
para a direita.
Quando esse deslocamento ocorre, o equilibrio muda de E para E*, com uma
elevação no preço e na quantidade de equilibrio, conforme podemos ver no Grafico
abaixo.
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P s
P* E*
d*
P1 E
P** d
q** qe q* q
Grafico: Deslocamento para a direita da curva de procura e seu impacto sobre
o preço e a quantidade de equilíbrio.
Rendimento do consumidor
Outro factor que exerce influência sobre a quantidade procurada de uma deter-
minada mercadoria é o rendimento dos seus consumidores. Geralmente, um
aumento no rendimento dos consumidores provoca um aumento na quantidade
procurada de uma dada mercadoria, desde que seu preço seja mantido constante.
Isso é representado graficamente por um deslocamento para a direita da curva de
procura dessa mercadoria. Quando isso acontece, dizemos que a mercadoria é
um bem normal.
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Todavia pode ocorrer que a quantidade procurada de uma mercadoria diminua
com o aumento no rendimento dos seus consumidores. Então diz-sse que a
mercadoria é um bem de qualidade inferior que tern substitutos melhores, porem
mais caras. Por exemplo, quando um consumidor tern baixo niível de rendimento,
compra a carne de segunda, porque a carne de primeira não lhe é acessível.
Entrectanto, à medida que o seu rendimento aumenta, vai substituir a carne de
segunda que ele consumia por carne de primeira e deste modo o seu consumo de
carne de segunda cai. Dizemos que mercadorias desse tipo são bens inferiores.
Um aumento no rendimento dos consumidores de urn bem inferior faz com que a
sua curva de procura se desloque para a esquerda, provocando redução no preço
e na quantidade de equilibrio.
Preferências do Consumidor
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P s s*
P1 E
d
q** qe q* q
Tecnologia
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couro de vaca. Uma elevação no preço da carne de vaca, provoca maior abate de
vacas e maior produção do couro e a um consequentemente ao aumento na
quantidade oferecida do mesmo. Assim, uma elevação no preço da carne de vaca
faz com que a curva de oferta de couro de boi se desloque para a direita.
Condições Climáticas
Ate agora, so sabemos que, quando 0 preço sobe, a quantidade procurada deve
cair (ou seja, apenas a direção). Mas não temos ainda ideia de magnitude, is to e,
se 0 preço aumenta em 10%, em quanto caira a quantidade? Igualmente, no que
diz respeito a oferta, so sabemos que a quantidade oferecida aumenta quando 0
preço aumenta, mas não temos ideia da intensidade da resposta dessa quantidade
a variações no preço. Veremos agora urn conceito que nos fornece essa resposta:
0 conceito de elasticidade.
ε = ∂Qd/Qd = P x ∂Qd
∂P/P Qd ∂P
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A elasticidade – preço da procura mede a sensibilidade da procura em função das
variações no preço. De acordo com o valor dessa elasticidade, dizemos que a
procura e elástica,inelástica ou tem elasticidade-prço unitária.
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Desse modo, o sinal de ΔRT será o mesmo que o sinal de ΔP I ε I< 1; será o
contrário do de ΔP se I ε I> 1, e sera igual a zero se I ε I = 1.
Em outras palavras, uma redução no preço de uma mercadoria fará com que sua
receita de
vendas diminua, aumente ou permaneça constante, conforme a procura dessa
mercadoria, respectivamente, seja inelástica, elástica, ou tenha elasticidade-preço
unitária.
Suponha uma curva de procura linear como a do Gráfico abaixo. Podemos mostrar
que a elasticidade-preço da procura sobre o ponto A é dada por:
ε = AC
AE
A
F
O B C Q
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Sobre a ponto A, o preço P é dado pelo segmento de recta OF e a quantidade
procurada Qd é dada pelo segmento de recta OB. Note também que, sendo a
procura linear, a razão será sempre igual ao inverso da inclinaçãoda recta de
procura, que é igual a – BC/OF. Desse modo, a elasticidade-preço da procura
sera igual a:
- OF BC =BC
OB OF OB
- AC
AE
I ε I> 1
• I ε I= 1
I ε I< 1
Q
A segunda conclusão importante é que podemos calcular graficamente a
elasticidade-preço da procura em qualquer ponto sobre uma curva de procura
qualquer, aplicando esse resultado.
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Por exemplo, se quisermos calcular a elasticidade- preçoda curva de procura D
sobre o ponto A do Grafico abaixo, basta que tracemos uma linha recta tangente a
curva D sobre o ponto A. A elasticidade-preçoda procurasera dada pela razao:
- AC.
AE
P
• A
C
Q
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no orçamento de um consumidor, mais elástica será a procura desse
produto.;
Elaslicidade-rendimento da procura
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• εR < 0. Isso indica que, com um aumento do rendimento, a quantidade
procurada da mercadoria diminuirá, isto é, que a mercadoria é um bem
inferior . Por exemplo, um indivíduo que habitualmente se alimenta de
farinha de carne de segunda de vaca, com o aumento ddo rendimento
passará a comprar carne de primeira.
• 0 < εR < 1. Neste caso, um aumento no rendimento leva a um aumento na
quantidade consumida numa proporção menor ou igual a do aumento na
rendimento. Diz-se que a mercadoria é um bem normal. Um indivíduo que
consumia três quilos de bife, com a elevação do seu rendimento mensal
passará a comprar proporcinalmente mais quilos do mesmo. .
• εR > 1. Nesse caso, a quantidade procurada da mercadoria sobe
proporcionalmente mais do que a rendimento. Chamamos essa mercadoria
de bem superior, acontece com bens de luxo tais como joias, quadros e
objectos de adorno e ornamentação .
Ou mais rigorosamente:
εXY = PY x ∂QX
QX ∂ PY
Elasticidade-preço da Oferta
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Assim como a elasticidade-preço da procura mede a sensibilidade da procura a
variações no preço, a elasticidade-preço da oferta mede a sensibilidade da oferta a
essas variações. Seja qs a quantidade ofertada de um bern, definimos a
elasticidade-preço da oferta (11) de maneira amiloga a definição de elasticidade-
preço da procura:
η = ΔQs/Qs = P x ΔQs
ΔP/P Qs ΔP
Ou ainda:
η= P x ∂Qs
Qs ∂P
OFERTA
MERCADO Muitos Alguns Um só
Muitos Concorrência Oligopólio Monopólio
Perfeita
Procura Alguns Oligopsónio Oligopólio Monopólio
Bilateral Limitado
Único Monopsónio Monopsónio Monopólio
Limitado Bilateral
7
Ruy Baltazar
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Para o nosso estudo basta o conhecimento de 4 tipos de mercados: Concorrência
Perfeita, Monopólio, Oligopólio e Concorrência Monopolistica que não aparece no
esquema.
• Nº. de Empresas;
• Dimensão da empresa;
• Acesso ao mercado;
• Diferenciação do produto;
• Publicidade;
Notas:
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b) Entrada e Saída: é um parâmetro que depende de muitos factores:
Exclusividade, contratos, unicidade no uso da tecnologia.
g) Domínio nos preços capacidade de induzir preços pré fixados pelo tipo de
mercado.
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Uma economia é eficiente quando está a extrair a máxima quantidade de
excedente económico dos recursos disponíveis.
P
Umg=DD Cmg= SS
F
Q* Q Q
Se por acaso a produção exceder o nível de equilíbrio dado que a curva da oferta
está acima da curva da procura os indivíduos estariam a perder a utilidade, pois os
alimentos adicionais não valeriam as horas extraordinárias de trabalho empregue
na produção dos alimentos.
A diferença entre a quantidade de equilíbrio e o novo nível de produção representa
a medida da perda do excedente económico.
A concorrência perfeita exige a eficiência alocativa e a eficiência pressupõe lucro.
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Uma transferência é um pagamento do governo, por exemplo para
alimentação ou para habitação, que depende do nível do rendimento do
beneficiário.
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RESUMO
Não se pode afirmar que os preços são determinados somente pela oferta e pela
procura porque não justificam a sua alta ou baixa.
Para explicar o comportamento do mercado precisamos de conhecer as
contingências que fazem variar a oferta e a procura. Em determinados casos
podem variar desde condições climatéricas até o rendimento nacional.
Para preços mais elevados, o sacrifício será maior logo quantidades menores a
adquirir. A procura representa e capacidade de aquisição e não o desejo de
possuir um bem.
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MINI GLOSSÁRIO
Cruz marshaliana8
Curva da Oferta9
Curva da Procura10
Elasticidade
Elasticidade cruzada
8
Guilherme W. d’Oliveira Martins - Glossário de Economia Política Ano lectivo 2002/2003
9
Idem
10
Guilherme W. d’Oliveira Martins - Glossário de Economia Política Ano lectivo 2002/2003
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Representa a sensibilidade da quantidade procurada de um bem em face de
uma alteração de preços de um outro bem. A elasticidade cruzada é positiva no
caso dos bens sucedâneos, negativa no caso dos bens complementares, e nula no
caso dos bens que não tenham qualquer relação.
Elastcidade-preço da oferta
Elasticidade-preço da procura
Elasticidade-rendimento da procura
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muitos economistas (entre eles LIONEL ROBBINS, 1898 – 1984) como o problema
económico principal.
Equilíbrio do mercado
Excesso de oferta
Excesso de procura
Lei da oferta
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É representada graficamente por deslocações da curva da oferta e da curva da
procura (estudadas pela estática comparativa, por referência à mutação dos
pontos de equilíbrio) e postula, no curto prazo, que o preço varia no sentido
inverso ao da oferta e que o preço varia no mesmo sentido da procura.
Lei da procura
É representada graficamente por deslocações ao longo da curva da procura e
postula que a quantidade procurada varia no sentido inverso ao do preço. A
justificação da referida relação preço/quantidade negativa está na capacidade
económica dos consumidores para arcar com a aquisição dos bens,
representada pela recta da restrição orçamental.
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