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História do

Pensamento
Econômico
Parte II
Professor Marcelo Moreira
marcelo.moreira@ueg.br
4. A insuficiência de demanda 2. Tal raciocínio baseia-se no modelo
em um setor é compensada por renda-gastos: os gastos só podem
aumento de demanda em outro, ser efetuados a partir da renda
de modo que a oferta de bens recebida. Não são considerados
sempre encontre sua demanda adiamentos, via retenção
monetizada. monetária, nem adiantamentos de
poder de compra, via crédito.

"Quando um produto é criado, ele, desde aquele instante, por meio de seu
III – A questão da lei dos mercados: na
próprio valor, proporciona acesso a outros mercados e a outros produtos".
verdade, o que nos diz a “LEI DE
SAY”?
1. A Lei dos Mercados, estabelece 3. Há uma compensação entre os
componentes da demanda
que a oferta cria sua demanda.
agregada, em especial consumo e
Significa que, ao ser produzido, um
investimento, de forma que a
produto está, simultaneamente renda não gasta em um
ampliando o mercado demandante determinado mercado de bens (por
no mesmo valor, impossibilitando, exemplo, de consumo) será
assim, a ocorrência de uma necessariamente gasta em outro
superprodução. mercado de bens, por exemplo, de
investimento).
Principais ideias da escola marginalista (o início da escola marginalista data de 1871, o ano em que Jevons e Menger
publicaram seus influentes livros sobre a teoria da utilidade marginal).

1. Foco na margem: essa escola direcionou sua atenção ao ponto de mudança em que as decisões são tomadas; em
outras palavras, à margem de lucro. os marginalistas ampliaram para toda a teoria econômica o princípio marginal
desenvolvido por Ricardo em sua teoria da renda.

2. Comportamento econômico racional: os marginalistas supuseram que as pessoas agem racionalmente ao


comparar prazeres e trabalho, ao medir a utilidade marginal de diferentes bens e ao equilibrar as necessidades
presentes contra as futuras. eles também supuseram que o comportamento intencional é normal e típico e que as
anormalidades aleatórias cancelarão umas às outras. o método empregado pelos marginalistas teve suas raízes em
Jeremy Bentham, em que eles assumem que o controle dominante da ação humana é buscar a utilidade e evitar a
desutilidade (utilidade negativa).

3. Ênfase na microeconomia: a pessoa física e a empresa assumem o centro do palco no drama marginalista. em
vez de considerar a economia agregada ou a macroeconomia, os marginalistas consideravam o processo de
tomada de decisões individuais, as condições de mercado para um determinado tipo de bem, o resultado de
empresas específicas e assim por diante.

4. Uso do método abstrato e dedutivo: os marginalistas rejeitavam o método histórico em favor do método
analítico e abstrato desenvolvido por Ricardo e outros clássicos.
5. Ênfase na livre concorrência: os marginalistas normalmente baseavam suas análises na suposição da livre
concorrência. Esse é um mundo de empreendedores pequenos, individualistas e independentes, inúmeros compradores,
muitos vendedores, produtos homogêneos, preços uniformes e nenhuma propaganda. Nenhuma pessoa ou empresa possui
força econômica suficiente para influenciar os preços de mercado de forma perceptível. Os indivíduos podem adaptar
suas ações à demanda, ao abastecimento e ao preço praticado no mercado por meio da interação de milhares de pessoas.
Cada pessoa é um operador tão pequeno em relação ao tamanho do mercado que ninguém nota sua presença ou ausência.

6. Teoria do preço orientado pela demanda: para os primeiros marginalistas, a demanda tornou-se a principal força na
determinação do preço. O economista clássico enfatizava o custo da produção (oferta) como fator determinante e
significativo do valor da troca. Os marginalistas mais antigos passaram para o extremo oposto e enfatizaram a demanda
para a virtual rejeição da oferta.

7. Ênfase na utilidade subjetiva: de acordo com os marginalistas, a demanda depende da utilidade marginal, que é um
fenômeno subjetivo e psicológico. Os custos de produção incluem os sacrifícios e os aborrecimentos de trabalhar,
gerenciar um negócio e economizar dinheiro para formar um fundo de capital.

8. Enfoque no equilíbrio: os marginalistas acreditavam que as forças econômicas geralmente se movem em direção ao
equilíbrio – um balanceamento entre forças opostas. Toda vez que os distúrbios causam desarticulação, ocorrem novos
movimentos em direção ao equilíbrio.

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