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A Economia é uma ciência social que surge no século XVIII e que tem como objeto de estudo a
atividade económica (aspetos da produção que vem da troca de bens), um elemento muito
relevante na sociedade e que, por essa razão, necessita de ser controlado por normas jurídicas –
Direito Económico.
Ao olharmos à nossa volta e ao longo dos tempos verificamos que, sempre existiram e existem, por
um lado, necessidades (humanas) que são ilimitadas e, por outro, bens/recursos que são
limitados/raros/escassos. Efetivamente, para responder às nossas necessidades podemos
encontrar todo o tipo de constrangimentos, com um destaque especial para os orçamentais e para
os de tempo (estes últimos são comuns a qualquer ser humano porque as nossas vidas são finitas).
Nessa medida, vemo-nos obrigados a fazer uma gestão na qual é indispensável realizar
escolhas/opções (custo/utilidade). Segundo Robbins, é por isso que a Economia estuda as opções
face à realidade dos bens. E é nesta cadeira que iremos perceber o modo como essas opções são
tomadas. Com isto a economia trata das escolhas que a escassez de bens e recursos disponíveis
impõem para que se satisfaçam as necessidades.
Necessidades (ilimitadas) -----» Bens/Serviços/Recursos (limitados/raros/escassos)
Opções/escolhas (custos/utilidade)
Para melhor estudar esta ciência, é necessário ter em conta estes dados adquiridos:
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Ideia Inicial: Não é pela bondade do padeiro que o pão foi parar à sua mesa, cada um deles
procurou fazer o que fazia melhor e obter o máximo de vantagens/rendimento para a sua família e
devido a isso esses bens existiam.
Deste modo, a apesar da grande variedade de decisões económicas que podem ser tomadas
(escolhas diferentes) a motivação dos agentes económicos é comum: obtenção máxima de
vantagens para si mesmos (prosseguimento do interesse próprio) com o mínimo de esforço
(princípio hedonístico), pretendendo sempre ficar numa situação melhor, se não o esforço não fazia
sentido (comportamento racional). Assim sendo aquele que com menor esforço dos demais tiver
alcançado mais elevado nível de satisfação terá maximizado o sucesso da sua atividade económica,
minimizando as suas necessidades com os meios momentaneamente disponíveis, aquele que, com
menor esforço que o demais, alcançar o mesmo nível de satisfação deles, conservou que ficam
disponíveis para, de seguida prolongar o nível de satisfação alcançado.
Contudo apesar deste “egoísmo”, ao comportar-se desta forma, cada um está a contribuir para
melhorar a sociedade e aumentar a riqueza da nação.
Resumindo quando temos de tomar decisões no contexto económico, ponderamos os benefícios e
os custos dessa opção. Pressupõe-se, assim, que todas as decisões económicas são decisões
racionais, tal como os seus agentes. O facto de cada pessoa tomar uma decisão racional contribui
para a riqueza da sociedade e para o equilíbrio dos mercados. É como se existisse uma “mão
invisível” que nos guia, “mão” essa decorrente da nossa racionalidade. Assim, está iminente a ideia
de que as coisas seguem uma ordem natural, a sociedade organiza-se autonomamente. Esta ideia
constitui a base do liberalismo económico e político que, por isso, defende que se a sociedade e os
mercados se organizam por si qualquer intervenção exterior desta deve ser muito calculosa. Porque
qualquer intervenção política na economia poderia distorcer a sociedade por isso o Estado deve
intervir o mínimo possível na economia.
Racionalidade: conceito de ordem natural, a sociedade funciona porque os indivíduos são
racionais, a sociedade tem em si os elementos para se organizar de forma autónoma. O
facto do homem ser dotado de razão faz com que ele procure o máximo de satisfação e por
isso contribuem para a forma harmónica da sociedade.
A racionalidade do agente económico manifesta-se e avalia-se dentro de um confinado; aí, a
estratégia de otimização da satisfação de uma necessidade conflitua inevitavelmente com a
atuação que é requerida para se alcançar a satisfação das demais necessidades, pelo que
das duas uma:
o Ou se estabelece a -inequívoca prioridade de uma necessidade e, temporariamente,
ela beneficia do exclusivo do emprego de recursos, até que a sua progressiva
satisfação lhe faça perder a prioridade;
o Ou, no caso contrário, os recursos disponíveis têm que ser selecionados e
combinados para que se consiga a satisfação simultânea e proporcionada das várias
necessidades concorrentes, sendo irracional que alguma delas seja preterida, mesmo
que momentaneamente.
o Nesta segunda hipótese, a gestão de recursos tornará transparente uma noção de
rendimentos decrescentes ou de custos relativos crescentes, que balizará as decisões
concretas. Num contexto de simultaneidade e de concorrência entre necessidades, a
afetação de recursos tende para uma posição de equilíbrio, que é a posição de
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nivelamento dos custos relativos associados ao emprego desses recursos. Cada
agente se defronta com um "conjunto de oportunidades", um conjunto finito de
opções disponíveis. A dimensão e a composição do conjunto de oportunidades
depende de limitações temporais e orçamentais: quanto mais tempo e recursos se
pode reservar à busca e à edificação de uma solução, maiores probabilidades haverá
de que ela seja optimizadora. São as manifestações mais restritivas, mais sensíveis
no plano individual, da escassez.
Mão invisível: o mercado surge de forma espontânea e natural sem intervenção necessária.
Porque os agentes económicos a tentar satisfazer as suas necessidades particulares fazem
crescer o mercado.
Pobreza (conceito subjetivo e por isso um juízo de valor que as pessoas não tem posses
suficientes para uma vida dignidade) e escassez (conceito objetivo – afeta toda as pessoas
porque está associada à natureza finita dos recursos é transversal a todos os indivíduos) são
diferentes.
Harmonia Económica: resultado involuntário do simples e mecânico entrechoque da
atividade de pessoas movidas pelo seu interesse particular, cada um criando condições
benéficas aos outros quando procurava o seu beneficio particular.
Final do séc. XIX e início do séc. XX, em 1870 surgiram os marginalistas Jevons, Menger e Walras.
Estes autores chegaram às mesmas conclusões o que levou à chamada Revolução Marginalista
marco que divide a economia clássica da neoclássica. A perspetiva neoclássica ficou muito
associada à matemática e a uma perspetiva dedutivista (partir do geral para o particular) uma
construção elegante baseada numa abstração que pode ou não ter uma correspondência na
realidade. Estes autores basearam-se na Lei de Gossen ou lei da utilidade marginal decrescente:
A intensidade das necessidades decresce à medida que vão sendo aplicadas doses
sucessivas do mesmo bem até se atingir a saciedade. A satisfação individual que se retira
por satisfazer uma necessidade chama-se de utilidade e surge assim a ideia de
comportamento marginal (último). O que acontece na generalidade das necessidades é que
não chegamos a saciá-las (paramos num ponto anterior ao ponto de saciedade – chamada
de utilidade marginal).
Esta corrente está também diretamente ligada à ideia de racionalidade perfeita – o agente
económico tem toda a informação ao seu alcance e, por isso, faz a melhor escolha, a que
garante a maximização absoluta das vantagens (princípio da otimização - George Stigler
formulou este princípio – escolha de condutas de entre todas as possíveis apresenta a
máxima diferença entre benefícios e custos). Este agente económico é um “Homo
Economics” (Homem Económico), um homem perfeitamente racional e perfeitamente capaz
de avaliar os benefícios e os custos. Este modelo é uma abstração, um ideal – ligado ao
paradigma neoclássico.
No séc. XX surge um psicólogo Herbert Simon que usa a expressão racionalidade limitada, esta
conduta pretende ser racional mas não transcende a ponderação dos custo implícitos na
racionalidade, substituindo o objetivo da maximização pelo da satisfação, a exigência do ótimo pelo
do meramente suficiente, daquilo que basta para se poder agir. Este ainda explica as limitações que
os seres humanos têm em relação ao comportamento perfeito:
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A informação também é um bem escasso e que, para obtê-la, existem custos explícitos e
implícitos, como por exemplo as deslocações (procurar em todas as lojas o preço mais
baixo) e o tempo (temos de prescindir de fazer outras). Para além destas limitações no
acesso à informação, existem limitações no processamento da mesma (por exemplo,
quando nos deparamos com informação técnica muito específica sobre um carro que
estamos a pensar comprar). Resumindo, o agente económico toma decisões “em
ignorância”, uma vez que a busca por informação, em algum momento, terá de parar e a
decisão de adquirir o bem terá de ser tomada e ainda nos agregamos em grupos de divisão
de trabalho e partilha de informação (por exemplo se o agente fica doente este não vai tirar
o curso de medicina, vai antes a um médico).
Perspetiva neo-institucionalista: vem adotar uma perspetiva indutivista (parte do concreto para o
geral) olha para as instituições e como o comportamento dos indivíduos é moldado pelas
instituições e percebe-se como estas determinam o comportamento económico. Ideia de
Racionalidade Limitada e que os agentes são um produto da sociedade a que pertencem.
As Perguntas Básicas da decisão económica
Toda a complexidade do processo económico resulta da combinação e da sequência das respostas
que são dadas a um conjunto limitado de questões:
1.O que produzir, e quanto (e em que combinações, e por quem, e onde)?
O crescimento da sofisticação no consumo leva à constante multiplicação de necessidades
secundárias ou civilizacionais, que implicam inovação (vai-se alargando o espaço de opções e cada
vez é mais patente a escassez dos meios face à multiplicação das suas possibilidades de uso).
O progresso civilizacional faz com que o objetivo económico mínimo deixe de ser o da mera
sobrevivência física para passar a ser o de uma determinada qualidade de vida, convertendo em
necessidades primárias ou vitais aquelas que começaram por ser meras necessidades secundárias.
Numa economia de mercado, as respostas a estas perguntas são fornecidas pelo mecanismo dos
preços. Fora da economia de mercado, as respostas têm de ser dadas por um sucedâneo político-
jurídico.
O mecanismo dos preços consegue a descoberta de uma “relação-quantidade-preço" que
corresponda ao valor que os consumidores atribuem ao que buscam no mercado e ao custo que os
produtores associam à disponibilização de bens e serviços no mercado.
2. Como produzir (e como otimizar o modo de produzir)?
Como o enriquecimento do produtor depende do incremento da sua eficiência, deve explorar
meios alternativos para a produção dos mesmos bens, procurando entre eles o mais eficiente.
As respostas a estas perguntas resultam de uma comparação de custos e benefícios, que se dificulta
quando as decisões afetam vários produtores ou quando se reportam ao emprego de meios que
possam ferir interesses públicos.
3. Para quem produzir, e quando?
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O mecanismo de preços determina, numa economia de mercado, quem beneficia dos bens e
serviços produzidos: beneficiará mais aquele que tiver maior poder de compra e maior disposição
de pagar.
Estas respostas ganham complexidade quando a sociedade se interroga sobre a validade dos
critérios de legitimação da desigualdade e da exclusão, sobre ajustiça da "preferência pelo
presente", do consumismo que levanta o problema da sustentabilidade ambiental dos níveis
presentes de produção e consumo.
Esta questão deve ter uma resposta condicionada por critérios de justiça, segurança e ordem
pública.
4. Quem decide, e por que processo?
Economia de mercado: todo o mundo e ninguém (todos contribuem para a formação de uma
vontade coletiva, mas ninguém tem esse poder individualmente).
Economia mista (concorre um sector privado e um setor público): o mecanismo do mercado é
contrabalançado pelo poder de deliberação do Estado, levantando-se uma questão de legitimidade.
Economia dirigista (planificação central; uma entidade única arroga-se o poder exclusivo de
fornecer as respostas a todas estas perguntas): à questão de legitimidade juntam-se outras como a
da eficiência da direção e a da liberdade dos dirigidos.
5. Como confiar?
Economia mista ou dirigista: como assegurar que a atuação do Estado não se pauta por interesses
que conflituarão com os interesses individuais?
Economia de mercado: como ter a certeza de que os produtores e as organizações que atingem
maior dimensão não pervertem o poder de mercado em detrimento do equilíbrio do mecanismo
das trocas?
Como podemos assegurar-nos de que, enquanto nos concentramos na parte que nos cabe na
divisão de tarefas, aqueles de quem nos tornámos dependentes cumprem a parte deles?
A estas questões deve responder o Direito, na sua dimensão de ordem jurídica de base estadual e
internacional ou na de princípio de organização convencional entre partes contratantes, que
autorregulam a sua interdependência em termos de uniformidade, reciprocidade e confiança.
Um mercado operando em condições de liberdade, com um nível concorrencial suficiente, pode
responder com eficiência aos 4 primeiros grupos de questões, visto que os consumidores fazem
refletir as suas escalas de preferências nos preços que propõem ou aceitam, e que os produtores
respondem a essas solicitações com uma otimização da relação quantidade-preço.
Custo de Oportunidade
Consideremos a seguinte máxima: um agente racional pondera custos (explícitos e implícitos) e
benefícios (correspondem às vantagens)
Custos explícitos/monetários: custos contabilizáveis são custos diretos
Custos implícitos/oportunidade:
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Tem a ver com aquilo que eu deixei de fazer por estar a desempenhar aquela atividade – o
valor do benefício perdido (que se deixa de obter) associado à segunda melhor alternativa –
comparação daquilo que poderia estar a fazer em relação àquilo que escolhi fazer. Por
outras palavras é o custo associado à renúncia de B (a segunda melhor alternativa e a opção
mais valiosa de que prescindimos) quando decidimos por A. Isto acontece porque, sendo as
alternativas limitadas, há pelo menos duas mais próximas e uma delas tem a nossa
preferência.
Ex. Situação A trabalhador tem rendimento líquido 5000 euros e na situação B sai da empresa para
formar a sua empresa e ganhar 4000, a melhor opção é voltar para A.
Ex. acabam o curso e tornam-se o melhor advogado de lisboa, mas também é a pessoa que melhor
faz as tarefas de secretariado, contudo em termos de custo oportunidade ganhará sempre mais se
for advogado por isso devia dedicar-se a esse. Realizar a atividade mais valiosa relativamente à
segunda alternativa.
Exemplo: Uma pessoa com sede tem à sua frente vários copos de água todos iguais. Com o
1.º copo de água, a utilidade retirada é grande. Com o 2.º, ainda retira alguma utilidade,
mas não tão grande quanto a do 1.º, e assim sucessivamente, até chegar a um ponto em
que já não existe mais necessidade. A partir desse ponto, a sensação não é positiva, mas
negativa. Normalmente, na prática, o ponto de saciedade não é atingível porque os bens são
escassos e temos limitações. Na maior parte das vezes, paramos antes de atingir a
saciedade.
A utilidade total é a soma da utilidade de todas as doses; portanto, é crescente. Por outras palavras,
é a satisfação total resultante do consumo de um produto ou de um cabaz de produtos. Ex.
100+80+60+40+20=300.
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A utilidade marginal é a alteração da satisfação com o consumo de mais uma unidade de um
produto ou de produtos. Corresponde também à utilidade da última dose empregue na satisfação
de uma necessidade. É decrescente, pois a intensidade da necessidade vai sendo cada vez menor.
(Relevância do conceito de marginalidade: Um agente que consome um determinado bem pode
decidir pôr um fim a esse consumo por conta, para além da escassez, de uma ponderação que
realizou entre a utilidade desse bem e o seu preço. A utilidade é subjetiva porque depende da
valoração do indivíduo; já o preço é objetivo porque se forma no mercado. Então, como já vimos, à
medida que vamos consumindo mais de um bem, a sua utilidade vai diminuindo. Por outro lado, o
preço de cada dose é sempre o mesmo – por exemplo, o preço de uma garrafa de água é 0.60€
independentemente da utilidade que dela retiramos – 100, 80, 50, etc. Assim sendo, quando o
preço do bem – os custos – superar a sua utilidade marginal – os benefícios – não é racional
continuar a consumi-lo. Paramos o consumo quando a utilidade for igual ao preço.)
Custo Marginal: o custo a mais que o proprietário vai ter por manter o estabelecimento aberto por
mais 1 hora (energia, funcionários, ingredientes e etc.), ou seja, o valor de mais uma unidade ou
serviço. Essa é uma forma de determinar o custo de produzir unidades adicionais. Normalmente,
esse custo tende a diminuir conforme o acréscimo de produção, devido aos custos fixos.
Isto é, quanto mais se produz, mais o custo marginal baixa por causa dos custos fixos, que já seriam
gastos, mesmo sem que houvesse produção. No entanto, em algum momento, esses custos fixos
podem não ser mais suficientes para acrescentar unidades na produção.
Desse modo, ele volta a aumentar e os lucros
a caírem. Por esse motivo, é muito importante mensurar esse custo, para estar ciente até que
ponto é lucrativo aumentar a produção.
Ou seja, se os custos fixos (empregados fixos, máquinas de produção, aluguel e etc.) irão aumentar
para acrescentar mais produtos na produção, é fundamental analisar se essa nova produção irá
valer a pena, mensurando o custo marginal.
Deste modo o benefício marginal (valor dessa unidade suplementar que optou) tem de ser superior
ao custo marginal.
Deste modo podemos concluir que:
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Produzir ou adquirir mais de um bem ou mais uma dose ou serviço, só é racional enquanto o
benefício de mais essa unidade exceder o custo.
Produzir ou adquirir menos só é racional quando esse custo exceder o benefício adicional
Não produzir ou adquiri nem mais nem menor só é racional quando os dois valores
coincidem
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das trocas bilateralmente vantajosas, ocorram variações de preços que ora beneficiem mais um
parte, or beneficiem a outra.
Segundo Adam Smith, o isolamento e a autarcia são atitudes irracionais pois fazem perder a
oportunidade de ganhos recíprocos. Todos ganham com as trocas, o que leva a um enriquecimento
geral. Por sua vez, as oportunidades de riqueza são maiores quanto maior também for a dimensão
do mercado.
No mercado o referencial objetivo é o preço (interseção da oferta e da procura – o preço
corresponde à expressão monetária de um bem). A procura é personalizada pelos consumidores e a
oferta é personalizada pelos produtores e têm como referencial o preço. O valor de um bem para
os consumidores é dado pela utilidade já para os produtores o valor de um bem é dado pelo custo.
Exemplo: Um produto custa 20. Para o consumidor, esse produto tem uma utilidade/um valor de
30. Para o vendedor, esse produto teve um custo/um valor de 15. Para o consumidor, que
representa a procura no mercado, é compensador/vantajoso adquirir esse produto. A vantagem da
troca para o consumidor mede-se através da diferença entre o valor da utilidade (30) e o preço
(20). Este agente vai parar de consumir até ao ponto em que a utilidade marginal for igual ao preço.
Para o vendedor, que representa a oferta no mercado, é também vantajoso colocar esse produto à
venda. A vantagem da troca para o vendedor mede-se através da diferença entre o preço (20) e o
valor do custo de produção (15). Este agente vai parar de produzir até ao ponto em que o custo
marginal for igual ao preço.
Paradoxo do Valor
O paradoxo do valor foi um problema enunciado por Adam Smith da seguinte forma: nada é mais
útil do que a água (grande valor), mas com ela pouco se compra (preço baixo); o diamante é pouco
valioso no seu uso (pouco valor), mas pode ser trocado por uma grande quantidade de bens (preço
alto).
Mais tarde, os marginalistas perceberam a falha de Smith. É preciso realizar uma distinção entre o
valor de uso e o valor de troca (o preço)
Muitas vezes, existem bens que, para nós, têm um grande valor afetivo e estimativo, mas têm
pouco valor de troca. E há que ter presente que o valor de troca é determinado pela utilidade da
última dose – a utilidade marginal., assim quanto mais abundante um bem menos valor lhe damos
daí a utilidade marginal de um diamante ser superior à utilidade marginal de água e o valor de troca
de diamantes ser maior ao de água. Assim, enquanto o valor tem como referencial a utilidade, que
varia de pessoa para pessoa consoante as apreciações, o preço é a expressão monetária do valor de
um bem e é um dado objetivo que se forma no mercado segundo um jogo de forças entre a oferta
e a procura.
Agente de mercado e tipos de mercado
Existem dois grandes tipos de mercados: mercado dos produtos/bens e o mercado dos
fatores
Existem três tipos de agentes económico: empresas, famílias e Estado
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O mercado dos produtos corresponde ao conjunto de bens e serviços finais que permitem
satisfazer as necessidades. Neste mercado, as empresas representam a oferta e as famílias,
consumidores
que pretendem
satisfazer as suas
necessidades,
representam a procura.
O mercado dos fatores (de produção) corresponde ao conjunto dos fatores naturais (a terra), do
fator mão de obra (o trabalho) e do capital (equipamentos, máquinas, tecnologia). Neste mercado,
as famílias representam a oferta e as empresas representam a procura. Quais as remunerações dos
fatores de produção recebidas pelas famílias? A remuneração correspondente à terra é a renda, a
do trabalho é o salário, e a do capital é o juro.
Estado
Economia de direção central: quando o Estado determina o tipo de consumo para as pessoas. O
estado definia o que produzir para quem produzir e quanto produzir. – Coreia do Norte, Antiga
URSS.
Estado Liberal: atitude menos interventiva do Estado
Estado Misto: Intervenção do estado na economia (economia de mercado – o mercado satisfaz as
necessidades das famílias). O nosso estudo será na intervenção do Estado na economia numa
economia de mercado.
Razões que levam o estado a intervir na economia:
Ignorância
Justiça/Equidade: tem a ver com a necessidade de coesão social e de um Estado social. Uma
vez que o jogo de mercado vai fazer com que algumas pessoas acumulem mais riqueza do
que outras; assim sendo, o Estado realiza uma retificação redistributiva da riqueza, de modo
a atenuar
as
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desigualdades sociais; o mecanismo por ele utilizado por excelência é a tributação (os
impostos) que são convertidos em apoios diretos (por exemplo, o RSI) e indiretos (acesso
sem custos a determinados bens como a saúde, a educação e a habitação).
Eficiência é uma das expressões mais caras da economia. As perspetivas clássica e
neoclássica defendiam que os mercados funcionavam em liberdade, equilibravam-se e
geravam eficiência. Mais tarde, surgem novas teorias económicas que legitimam a
intervenção do Estado pois defendem que, apesar desse equilíbrio, existem anomalias que
impedem a maximização da eficiência – as falhas de mercado.
Falhas de Mercado
A falha de mercado é uma imperfeição num sistema de preços que impede uma afetação eficiente
dos recursos. Existem três tipos de falhas de mercado: as externalidades (positivas e negativas), as
falhas de informação e o poder de mercado.
As externalidades correspondem a efeitos positivos ou negativos (externos aos mecanismos do
mercado) associados à atuação de um indivíduo que se projeta na esfera de outrem, sem que este
tenha que pagar pelo benefício obtido nem ser indemnizado pelo dano sofrido. Efeitos que fogem
ao mercado, não tem um preço, não são objeto de transação.
Externalidades
Negativas: atitudes que os agentes têm que causa efeito negativos a alguém que não chega a ser
indemnizado pelos danos que sofreu e estão associados a um problema de sobreprodução.
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o Não há custos de transação, por isso mesmo em cenários em que há muitas pessoas
envolvidas, não haverá nem custos de transação nem custos administrativos,
burocráticos associados a esta negociação
o Como objetivo é criar um mercado da poluição é essencial que os direitos de
propriedade estejam bem definidos.
Assim o teorema de Coese tem naturalmente relevância no ponto de vista abstrato e é
válido do ponto de vista teórico, mas a verdade é que tem um problema que é a aplicação
prática. Na prática o teorema de Coese é praticamente impossível de se aplicar, desde logo
porque não há um cenário em que seja possível eliminar os custos de transação.
Positivas: atitudes que os agentes têm que beneficiam outrem, sem que o mercado consiga
indemnizar este agente que provocou o benefício. Estão associados a um problema de
subprodução. Como exemplos de externalidades positivas temos os bens públicos, a investigação, a
vacinação, etc.
Fenómeno de Seleção adversa: (conceito estudado por Akerlof) Por força da informação
imperfeita a quantidade de transações que há de bens superiores diminui e o mercado fica
apenas em funcionamento com os bens de qualidade inferior, isto acontece por exemplo no
setor dos seguros quando um determinado cliente sente que o prémio que tem de pagar é
muito elevado para o risco que apresenta decide abandonar o setor em contrapartida só
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vão ficar a pagar o prémio as pessoas que acham que o prémio é inferior ao risco que elas
de facto seguem na sua vida e por isso a seguradora vai ficar por força do problema da
seleção, com os piores clientes, porque os melhores clientes vão abandonar aquele
mercado. Deste modo os “bons” agentes saem do mercado enquanto os “maus” agentes
permanecem lá (em sentido de qualidade); isto pode levar à extinção do mercado e afetar a
relação de troca.
Fenómeno do Risco Moral: também se verifica nas seguradoras quando uma determinada
parte por ter mais informação que a outra parte acaba por adotar comportamentos muito
mais arriscados, por exemplo uma pessoa que celebra um contrato de seguro de saúde com
uma seguradora e na sequência desse contrato, acaba por começar a adotar
comportamentos muito mais arriscados do ponto de vista da saúde e vai fazer isto porque
tem a perceção que ao ter celebrado o contrato, aconteça o que acontecer está
completamente protegido e salvaguardado, pelo seu seguro. Ou seja, por força das
assimetrias informativas, um dos agentes de uma relação contratual tem uma atuação
menos diligente do que aquela que seria a adequada para atingir também os objetivos da
contraparte.
Qual é a intervenção do Estado num cenário de assimetria de informação imperfeita? Nota-se,
contudo, que o Estado quando tenta resolver o problema de informação imperfeita é também este
afetado por falhas de informação (pode ter mais informação que as empresas, mas a verdade é que
ainda assim o Estado não tem um cenário de informação completa). Quando o Estado tenta intervir
num setor que há informação incompleta cria entidades administrativas que fazem regulação e
fiscalização de determinado setor de atividade, estas atividades administrativas tem muitas vezes
como função atribuir licenças e conceder certificados para que determinados operadores
económicos possam desenvolver a sua atividade num determinado setor. Exemplo: setor bancário,
só pode ter um banco quem compreender em si diversos critérios rigorosos, por isso este setor é
assim limitado dado que este setor é facilmente afetado por falhas de informação. Por força desta
falha de informação, para além de existirem entidades reguladoras, há determinadas obrigações de
comunicação dos intermediários financeiros aos clientes particulares, isto é assim para assegurar
que o cliente quando celebra um contrato, apesar de ser impossível mitigar todas as falhas de
informação, mitigue parte delas.
Poder de Mercado ou Falhas de Concorrência
Possibilidade de um agente económico conseguir alterar e submeter o funcionamento de
mecanismo de preços a seu proveito. O poder de mercado verifica-se única e exclusivamente nos
casos em que há um mercado em concorrência imperfeita. A concorrência perfeita é uma abstração
– nunca vai haver um mercado em plena concorrência perfeita, apenas mercados que podem ser
mais concentrados ou aproximar-se mais da concorrência, contudo num mercado em concorrência
perfeita o preço é um dado adquirido tanto para os compradores como para os fornecedores. Os
mercados de concorrência imperfeita podem ser monopólios, cartéis/oligopólios ou de
concorrência monopolística.
Monopólio: um único agente do lado da oferta que detém o poder de mercado e influencia
o preço e a quantidade. É onde o poder de mercado se verifica de maneira mais intensa.
Causas do monopólio: Um determinado produtor tem um direito exclusivo de produção de
um determinado bem ou serviço. Adotar uma política de preços predatórios (preços mais
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baixos que os seus concorrentes operam), deste modo elimina a concorrência e depois pode
controlar os preços a seu gosto
o Três tipos de intervenção do estado
Pode tentar regular os monopólios e assegurar que o preço praticado não
excessivamente elevado (estabelecimento de preços máximo e mínimos)
Pode tentar assegurar que se apliquem lei e políticas antitrust (fusão de
empresas)
Pode nacionalizar e privatizar
Oligopólio: estruturas de mercado se caracterizam por ter 4 ou 5 operadores que tem a
maior parte da produção e que por força disso conseguem coordenar entre si os preços
praticados no mercado e as condições de venda que são definidas para os seus produtos.
Exemplo: setor de tecnologia, redes de telecomunicação (meo, nos, Vodafone), bancos,
cerveja (superbook e sagres). O oligopólio pode conduzir à criação de carteis e por isso os
carteis são hipóteses em que as empresas coordenam entre si completamente os seus
comportamentos.
Concorrência monopolista: estrutura híbrida de mercado. O poder de mercado existe
porque os produtores conseguem diferenciar os produtos que oferecem aos consumidores.
Este momento de diferenciação e especialização, permite a um produtor assegurar o poder
de mercado e por isso esta estrutura afasta-se radicalmente da concorrência perfeita, na
medida em que na concorrência perfeita um dos pressupostos é a homogeneidade dos
produtos. Exemplo de concorrência monopolística: restaurantes (oferecem todos a mesma
experiência, mas conseguem diferenciar-se entre si por aspetos que acabam por ser
essenciais e que acabam por lhes permitir cobrar preços superiores). usam a publicidade
porque permite consolidar a reputação de um produto e alterar as preferências dos
consumidores.
Vias que o Estado pode utilizar para resolver as falhas de mercado:
Regulação do mercado
Redistribuição
Correção das falhas de mercado
Macroeconomia
Produção de bens públicos: bem público – bens que o privado não quer produzir, mas que
são necessários. Estes são bens em que não se verifica rivalidade nem exclusividade no seu
acesso. Ex. iluminação publica e faróis.
O estado também pode adotar outra via que se prende com a adoção de standards mínimos
e de padrões de conduta, verifica-se por exemplo em matérias laborais (ordenado mínimo)
e pode também como via de resolução das falhas de mercado criar uma política de
incentivos e desincentivos aplicada aos produtores
O Estado pode intervir de modo:
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Estado pode tentar contribuir para a criação de um mercado onde estabelece sistemas de
compensação ou quando determina e define a particularidade de um determinado direito.
Exemplo: permite que um determinado operador económico tenha o direito exclusivo de
produzir um determinado bem ou de oferecer um determinado serviço.
Falhas de Intervenção (do Estado português são diferentes das de outros Estados)
Há falhas de mercado, mas a intervenção do estado também não é perfeita, o que pode levar a
falhas de intervenção. Se as falhas de intervenção forem superiores às falhas de mercado, mais vale
o Estado ficar imóvel e deixar o mercado funcionar com as suas falhas. Usualmente pressupomos
que a intervenção do Estado é positiva e que o decisor age segundo o interesse social e com a
melhor informação que possui. No entanto, existem falhas de intervenção:
Falha de planeamento e execução de políticas publicas, que estão muitas vezes associadas
falta de responsabilização da intervenção do Estado. As grandes linhas da intervenção
publica são definidas à luz de um horizonte temporal muito curto, isto porque os principais
dirigentes da administração publica, tomam as decisões durante apenas o período dos 4
anos (e decisões que os beneficiem para as eleições seguintes) que se encontram no poder
e não a longo prazo.
A administração publica ao contrário das administrações privadas, tem um modo de
funcionamento que faz depender as progressões de carreira não de critérios materiais ou de
eficiência substantiva - qualidade, qualificações e trabalho das pessoas – mas sim de
critérios formais como o número de anos que determinado sujeito está num serviço público.
Uma captura dos interesses do Estado: muitas vezes os interesses privados que deviam ser
regulados pelo estado acabam por ser aqueles que mais beneficiam dessa mesma
regulação. Esta captura dos interesses do Estado pode se verificar a dois níveis:
o Num nível mais abstrato
o Num nível superior associado à intervenção legislativa. Do ponto de vista legislativo,
o Estado pode fazer uma lei que acabe por beneficiar determinados grupos de
interesse (ex. matéria dos benefícios fiscais - As decisões são tomadas não para
beneficiar os interesses públicos, mas os interesses privados). Num caso extremo
esta situação pode levar à corrupção.
A estrutura do Estado é muito burocrática, muito lenta e muito pouco ágil, que está
dependente de uma estrutura administrativa que é brutalmente grande e completamente
desproporcionada. Problema patente em Portugal tendo em conta a dimensão excessiva do
Estado do ponto de vista orgânico, o estado português é o maior empregador da economia
portuguesa. E o estado tem um padrão de atuação que é essencialmente burocrático e
impõem que sejam aplicadas e respeitadas determinadas formalidades e regulações, ao
contrário por exemplo do setor privado onde não há tanta burocracia e mais flexibilidade.
Quando o Estado não melhora a eficiência dá-se estas falhas de intervenção, que são adicionadas já
às falhas de mercado.
Distinção entre micro e macroeconomia:
Microeconomia: estuda os mercados e as decisões particulares (indivíduos, famílias) e das
empresas.
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Macroeconomia: estudo o comportamento da economia como um todo, incluindo os seus
problemas de crescimento económico, a inflação, o desemprego e as trocas internacionais. Estudo
dos grandes agregados económicos. O Estado só pode atuar em termos macroeconómicos.
Produtividade
Quando falamos de Adam Smith e do conceito de divisão do trabalho, temos sempre a precessão
que a divisão do trabalho é o fundamento para a criação do mercado. E quando falamos de
trabalho temos necessariamente de abordar o conceito de produtividade.
Produtividade: corresponde à quantidade de bens e serviços que um determinado trabalhador/ ou
agente económico é capaz de produzir em média numa unidade de tempo (pode ser por ex. 1 hora
ou 1 dia de trabalho).
O conceito de Produtividade tal como é abordado na comunicação social é diferente do conceito
que nós utilizamos. Quando se fala de produtividade em peças jornalísticas ou até em discussões de
natureza política, acaba por existir a perceção de que a produtividade é influenciada única e
exclusivamente pelo grau de dedicação do trabalhador ou pelo grau de apetência técnica que este
demonstra, mas a verdade é que para alem destes aspetos à um conjunto de fatores que tem
impacto direto na produtividade.
Produtividade Fatores:
Tecnologia
Grau de estabilidade social e política de um determinado país,
Aptidão dos trabalhadores,
Elevado grau de qualificação das esfias e das pessoas que gerem as empresas.
Nem sempre maiores horas de trabalho igualam a mais produtividade. Outro fator que os
economistas estabeleceram que se deveria ter em atenção são as condições estruturais de
produtividade, são muito amplas e o estado deve contribuir para que estas condições estruturais de
produtividade se verifiquem, mas a verdade é que tal como à falhas de intervenção também aqui
há um problema recorrente da intervenção do Estado - um dos fatores que contribui para a
produtividade é a estabilidade do sistema jurídico e da estabilidade económica, social e politica de
um país, esse aspeto por exemplo na economia portuguesa é constantemente posto em causa,
dado que a legislação em Portugal, é uma legislação que é alterada de forma muito rápida, o facto
do sistema justiça ser muito lento e para além disto o Estado afeta a produtividade no domínio da
tributação, porque estabelece um determinado tipo de regras que tem um impacto direto nos
trabalhadores, as taxas de tributação muito altas nos particulares tem um impacto significativo na
produtividade (se um trabalhador tem de pagar um imposto maior não vai querer trabalhar tanto).
O investimento em tecnologia é importante e arriscado, porque a tecnologia é dinâmica pode ser
facilmente ultrapassada. E é possível que exista um determinado tipo de produtos que depois
consigam consolidar-se completamente no mercado (ex. colocação das teclas num teclado de
computador – a ordem).
A produtividade é um conceito que está diretamente relacionado com o conceito de fronteira de
possibilidade de produção. E com os conceitos de:
Escassez
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Custo de oportunidade
Escolha
Eficiência
Fronteira de possibilidades de produção:
Corresponde a representação gráfica da quantidade máxima de dois bens ou serviços que é possível
produzir a partir dos recursos e das tecnologias existentes numa dada economia.
Fatores de produção: matéria-prima, mão de obra e capital
Por exemplo, posso ter um cenário em que aplico todos os recursos disponíveis na produção de
75.000 canhões e 0 de manteiga ou um cenário em que afeto todos os recursos para produzir
11.000 de manteiga e 0 de canhões.
Assim, os pontos A e C representados constituem pontos de eficiência produtiva (os recursos são
utilizados ao máximo; não há desperdício). Neste contexto quando se fala de eficiência, estamos
muitas vezes a referir-nos ao conceito eficiência de parede ou ótimo de parede: corresponde a
uma situação em que não é possível produzir mais de um bem sem que isso implique reduzir a
produção do outro bem. Mas apesar de todos os pontos nesta fronteira serem eficientes, existem
uns mais eficientes do que outros – são aqueles que se encontram no chamado vale de eficiência
(conjunto de combinações em que não se verificam custos de produção crescentes que coloquem
em causa a eficiência económica).
As duas razões que explicam este fenómeno são:
A especialização do trabalho
A Lei da Produtividade Marginal Decrescente (Encostas de custos crescentes), que
condiciona a produtividade a longo prazo (esta lei afirma que a produtividade associada à
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adição de mais um trabalhador é menor; a produtividade aumenta, mas numa proporção
cada vez menor; existem limites à produção intensiva, ou seja, à medida que acrescentamos
um fator de produção variável a um fator de produção fixo, a quantidade de produção
aumenta ainda que a quantidade de produção marginal aumente de forma mais limitada.
O ponto B, que se encontra abaixo da fronteira, é um ponto ineficiente (os recursos não estão a ser
utilizados até ao seu limite), pelo que, se
quisesse produzir mais de um
produto, não teria de diminuir a produção
do outro.
Fronteira de possibilidades de produção pode ser visto em fatores Macroeconómicos: até onde é
que um país pode ir se utilizasse todos os recursos. Ou num ponto de vista Microeconómicos.
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A economia é uma ciência social que analisa as interações humanas numa abordagem coletiva. E
por ser uma ciência social a economia está em permanente conflito entre dois objetivos
simultâneos e acabam por ser incompatíveis entre si:
Objetivo puramente racional que está associado a uma tentativa de assegurar uma análise
analítica o mais rigorosa possível
Objetivo de conseguir compreender de forma flexível aquilo que é a interação social.
Este duplo objetivo acaba por marcar uma constante tensão entre o modo de pensar de
economistas e a abordagem que estes fazem aos problemas.
A economia foi fundada por Adam Smith em 1776. Esteve num período inicial associado a uma
dimensão de economia política, isto é, a economia era essencialmente utilizada num contexto de
uma discussão sobre aquilo que poderia ser as melhorias da situação geral do país e não tanto na
análise de um outro produtor ou consumidor, individualmente considerados.
Esta dimensão alterou-se e a partir da década de 40 do século passado, a economia começou a ser
mais formalista, associado essencialmente à introdução de uma matriz numérica (dedutivismo).
Um dos problemas da economia atual é a utilização de um vocabulário muito técnico que é muito
de difícil dominar a não ser que uma pessoa tenha conhecimentos ajustados na área. Ex. é o
conceito de custo. O conceito de custo tem no nosso dia a dia um sentido de alcance diferente do
sentido de alcance que tem no contexto económico. Numa conversa social quando se fala de custo
estamos maioritariamente a pensar no custo explicito, mas a verdade é que os economistas para
alem deste conceito de custo, utilizam o conceito de custo de oportunidade e por isso a economia
pelo facto de utilizar termos e expressões diferentes daquelas que são utilizadas no dia a dia acaba
por contribuir para que seja uma ciência menos aberta daquilo que idealmente deveria ser.
No que diz respeito ao modo de pensar dos economistas e à economia enquanto ciência, é
necessário distinguir três ideias:
Distinguir dimensão descritiva de dimensão normativa da economia
Dimensão descritiva da economia (associada como os economistas descrevem o mundo como ele
realmente é – só pode ser contestada e refutada com dados de natureza factual).
Dimensão normativa da economia (conjunto de considerações que os economistas fazem sobre a
ordem vigente do ponto de vista económico e fazem estas considerações com base em
determinados valores e em certas prioridades do ponto de vista pessoal – pode ser contestada
porque quem adote um conjunto de pressupostos técnicos diferentes dos pressupostos que
nortearam o raciocínio de um determinado economista ou quem consiga demonstrar falhas
objetivas nesse raciocínio).
Distinguir Indutivismo e Dedutivismo
A economia assenta num raciocínio indutivo e não dedutivo.
O dedutivismo aliou a economia à matemática, permitindo a construção de diversos modelos
matemáticos com um grande nível de elaboração técnica. Esta corrente assentou em pressupostos
como o homem económico, a racionalidade perfeita e a informação perfeita. Assim, acabou por
pecar pela sua formalização excessiva e demasiado abstrata.
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O indutivismo (surge mais tarde nos anos 70 e 80 do século XX) foi uma corrente que se baseou na
realidade, na observação e na experiência. A economia parte da análise e observação de um
conjunto de acontecimentos para formular hipóteses que depois de serem testadas e validadas
permitem a concessão de teorias económicas.
A observação da realidade em termos económicos é diferente da observação da realidade por
efeitos das ciências exatas, porque os economistas não recorrem a experiências laboratoriais para
conseguirem perceber os comportamentos dos consumidores. Os economistas analisam o
comportamento dos consumidores num contexto de interação social, de interações coletivas e por
isso a hipótese em que o consumidor está fechado num laboratório económico em que não tem
qualquer tipo de liberdade autonomia é uma hipótese que vamos excluir. Para fazer este exercício
de observação da realidade, os economistas recorrem a dois ramos do conhecimento que são
instrumentais:
Por um lado, à história. Recorrem à história por uma razão muito simples é que a história
permite perceber o contexto no qual ocorreram determinadas alterações do ponto de vista
económico e é absolutamente indispensável, analisar elementos de natureza histórica
quando pretendemos fazer uma análise económica aprofundada.
Por outro lado, a estatística. A economia recorre à estatística e recorre a esta porque esta
tem uma grande vantagem que se prende com o facto que permite tratar de fenómenos
massa (por exemplo, a Lei das Grandes Massas/dos Grandes números) e perceber muitas
vezes padrões comuns, em relação a determinadas realidades.
Existem alguns problemas que decorrem da utilização de dados estatísticos:
o Em primeiro lugar os dados estatísticos são dados que muitas vezes são fidedignos,
mas que às vezes são afetados por problemas de natureza técnico-científica e por
isso a estatística, apesar de ser uma aérea do conhecimento com muito rigor, tem
também erros, falhas e lacunas.
o O segundo problema prende-se com o facto de que os dados estatísticos poderem
ser negativamente manipulados para dar origem a determinadas conclusões no
campo económico. Com o objetivo de alcançar determinado tipo de resultados
económicos, nomeadamente em determinados tipos de estudo, não se exclui assim
a hipótese que determinado agente altera as variáveis estatísticas para assegurar
que o resultado que obtém está em linha, com aquilo que gostaria de obter.
o Por fim a estatística tem outro problema que se prende com a circunstância que
contribui para existir uma maior formalização da economia, isto é de facto um
problema, porque hoje em dia a economia é uma ciência que por ser muito
matemática acaba por estar fechada a outras áreas de conhecimento. Isto acaba por
fazer com que a economia pareça uma ciência exata quando, contudo, a economia é
uma ciência social. O recurso excessivo à matemática transporta a economia para
um plano de formalismo que não é positivo porque afasta do estudo da economia
um conjunto de pessoas que inicialmente estariam interessadas.
Com isto estes dois dados de natureza histórica e estatística são dados fundamentais para a
economia fazer as suas análises.
Distinguir Correlação de Causalidade
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A economia tem uma constante dificuldade em fazer explicar a distinção entre causalidade e
correlação. A linha que separa estes dois conceitos é muito ténue, mas é importante compreender
que estes dois conceitos são distintos sob pena de cometermos os erros que são cometidos em
espaços políticos e espaços mediáticos.
Ex. Imagina-se que se faz um estudo sobre segurança rodoviária e que esse estudo conclui
que durante o outono e o inverno à mais acidentes por lado e que os condutores andam a
velocidades mais reduzidas por outro lado, podemos dizer que há uma correlação entre
estes dois dados, mas aquilo que se verifica é que a causa deste dois fenómenos é a mesma,
isto é provavelmente à mais acidentes e as pessoas andam mais devagar, porque as
condições climatéricas e de circulação são piores, e por isso é de evitar a hipótese em que
dizemos que há mais acidentes porque as pessoas andam mais devagar.
Este exemplo permite-nos perceber que muitas vezes, há uma tendência para apresentar como
causalidade aspetos que estão apenas e só correlacionados.
Pressuposto Ceteris Peribus
A economia está feita com recurso a modelos económicos e que os modelos económicos assentam
muitas vezes numa clausula que é a clausula ceteris paribus. Esta clausula diz-nos que é possível
que um fenómeno produza os seus efeitos de forma isolada mantendo tudo o resto inalterado e
por isso aquilo que a economia faz quando recorre à clausula ceteris paribus é isolar uma variável,
assumindo que todas as restantes variáveis que concorrem para a formação de uma determinada
realidade económica se mantêm constantes.
Ex. imagine que um economista quer avaliar o impacto da subida do preço da cerveja no consumo
deste bem, à luz da clausula ceteris paribus, o que vem fazer é uma analise que tenha apenas em
consideração o impacto provocado pelo preço, assumindo que o consumo de cerveja se mantêm
constante e inalterado independentemente de estarmos num período de festas académicas que é
um dos maiores picos de produção das fabricas de cerveja e por isso a clausula ceteris paribus,
permito-nos fazer uma análise individualmente considerada, assumindo que todos os outros
fatores se mantem constantes e inalteráveis.
Assim pelo pressuposto Ceteris Paribus, não se introduzem fatores externos na análise de uma
situação. Trabalha-se com certos dados apenas. É, portanto, uma abstração, porque não se conta
com a influência que esses outros fatores têm efetivamente.
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As trocas ocorrem nos mercados (economia de mercado), são jogos de soma positiva, em que
ambas as partes retiram vantagens, mesmo que não sejam na mesma proporção. Um ambiente de
trocas permite a divisão e especialização do trabalho.
Os agentes devem especializar-se nas atividades que são mais produtivos e em relação aos bens
que deixam de produzir devem procurá-los no mercado. O agente coloca no mercado os seus
produtos e vai procurar produtos que necessita. Assim existem relações comerciais pautadas por
um fator de confiança O mercado é um fator de consenso social
Á vantagens na divisão e especialização do trabalho (Adam Smith – ex. dos Alfinetes):
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A questão de qual o padrão de trocas que deveria existir no comércio internacional tem vindo a ser
estudada há já muito tempo. Até meados do século XVIII, o comércio internacional seguia duas
correntes:
O Fisiocratismo: a riqueza advém da terra, sendo a terra a fonte das nações a atividade
económica mais importante é a agricultura. O sistema fiscal devia tributar apenas quem
tinha terras. advoga o “laisser faire, laisser passer”
O mercantilismo: dizia-nos essencialmente que os países deviam tentar assegurar sempre e
constantemente, que tinham uma balança comercial com excedente (saldo positivo), para
assegurar que as suas reservas de metais preciosos (ouro e prata) eram mais elevadas que
as reservas de metais preciosos dos outros países e para alcançar este objetivo os países
aquilo que faziam era seguir uma lógica de protecionismo económico. O protecionismo
económico traduzia-se no facto de darem subsídios aos produtores nacionais para
produzirem determinados tipos de produtos que depois eram exportados e por bloquearem
as importações. Porque ao importarem determinado produto tinham de pagar ou em ouro
ou em prata e isso implicava que reduzissem os materiais preciosos.
Adam Smith com a teoria das Vantagens Absolutas acaba por se afastar radicalmente desta teoria
do Mercantilismo económico, essencialmente por duas razões:
Primeiro porque considera que esta teoria tem efeitos práticos muito limitados, porque à
luz do mercantilismo a economia de um determinado país está essencialmente assente na
perspetiva de consumo interno e a verdade é que isto é algo que tem limitações, desde logo
pelo facto da dimensão do mercado nacional ser uma dimensão limitada.
Em segundo lugar a perspetiva do mercantilismo era uma perspetiva perigosa para a paz
mundial, porque se os países queriam todos ao mesmo tempo alcançar o mesmo objetivo,
aquilo que poderia acontecer era estes objetivos no plano económico fossem transportados
para um plano político e subsequentemente para um plano bélico.
Do ponto de vista das teorias do comercio internacional Adam Smith e David Ricardo foram os
economistas que mais contribuíram para o desenvolvimento destas teorias – terias estas que são: A
Teoria das Vantagens Absolutas de Adam Smith e a Teoria das Vantagens Comparativas de David
Ricardo.
Teoria das Vantagens Absolutas
Adam Smith analisou o Tratado de Methuen de 1703 entre Portugal e Inglaterra que pretendia que
as taxas aduaneiras em relação ao Vinho Português e aos Têxteis Ingleses fossem nulas ou
reduzidas.
Segundo esta teoria os países devem especializar-se naquilo que melhor fazem, com o menor custo
de produção e, com os seus excedentes, participar no comércio internacional.
Uma unidade de Vinho em Portugal era produzida com um menor número de horas de trabalho
que em Inglaterra e os Têxteis a mesma coisa. Com isto tanto nos têxteis como no vinho Portugal
precisava de menos horas de trabalho, assim, segundo esta Teoria não faz sentido a Inglaterra estar
a produzir estes bens e devia apenas comprá-los a Portugal. E Portugal devia produzir os dois.
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Representação Gráfica:
Produção Têxteis Vinho
Inglaterra 100h 120h
Portugal 90h 80h
A principal crítica a esta teoria é a de que certos países ficariam excluídos do comércio internacional
por não serem tão eficientes quanto outros.
Teoria das Vantagens Comparativas
A Teoria das Vantagens Absolutas acabou por ser alterada por David Ricardo, com a teoria das
vantagens comparativas: os países devem, primeiramente, olhar para si próprios e realizar uma
avaliação dos preços relativos e escolher especializar-se na atividade em que são relativamente
melhores, ou seja, a com um menor custo de oportunidade.
No caso do Tratado de Methuen, David Ricardo considerava que Portugal, embora melhor do que
Inglaterra nas duas produções, deveria especializar-se na produção de vinho em vez da de têxteis,
porque o custo de oportunidade era menor; já Inglaterra, deveria especializar-se na produção de
têxteis. O Tratado de Methuen era, para David Ricardo, um bom exemplo de como haveria lugar
para todos no comércio internacional.
Considere que Portugal e Espanha podem produzir dois bens: camisas e gravatas. No contexto atual, cada país
dispõe de 50 horas de trabalho, que são igualmente repartidas pelos diferentes bens. Por hora, Espanha produz 9
gravatas, enquanto Portugal produz apenas 2. Em relação às camisas, Portugal produz 3 camisas por hora, sendo
que a produtividade de Espanha é idêntica à de Portugal.
Gravatas Camisas
Espanha 9 3
Portugal 2 3
Vantagens Comparativas
NOTA: A ordem pela qual as contas são feitas são diferentes (ao exemplo anterior) na questão do que divide com
o quê, isto acontece porque num são horas e o no outro são bens produzidos por hora.
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Se os países vivessem em autarcia: tinham de dividir o número de horas pelos dois bens (50h/2=25h)
Gravatas Camisas
Espanha 9*25=225 3*25=75
Portugal 2*25=50 3*25=75
Situação de Comércio Livre: como cada país se vai especializar em apenas 1 bem este pode despender 50h para a
produção desse bem.
Gravatas Camisas
Espanha 9*50=450 ----------
Portugal -------- 3*50=150
Na situação das camisas o comércio livre não é vantajoso porque a produção total de camisas mantem-se 150
(75+75). Contudo na produção de gravatas a situação de comércio livre é vantajosa porque há um aumento na
produção de 175 gravatas (225+50=275; 450-275=175).
Sempre que falamos destas dotações, estamos a falar dos cursos produtivos, instrumentos
produtivos e técnicas de produção (máquinas, ferramentas, equipamento utilizado)
utilizados para a formação de capital físico.
Os países, sempre que querem fazer uma análise da sua situação, devem perceber que a
fronteira de possibilidade de produção traduz um binómio entre consumo imediato e
poupança, e estes devem assegurar que têm um mínimo de poupança que lhes permite
afogar capital, que depois pode ser utilizado na aquisição de instrumentos produtivos, que
irão permitir que a sua produção seja exponencial.
Ex. Japão é um pais pequeno e não tem solos muito férteis, contudo é bastante
desenvolvido porque investiu em muitas infraestruturas, compensou a falta de recursos
naturais com um desenvolvimento de capital físico – investir em meios de produção e
instrumentos produtivos.
As condições inatas dos países não são determinantes, porque se podem acrescentar outros
fatores. Portanto, as condições adquiridas permitem ultrapassar as condições naturais.
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Capital Humano:
Todas estas criam uma maior interdependência entre os países, que, do ponto de vista económico,
gera um conjunto de vantagens, ainda que tenha, naturalmente, desvantagens.
Vantagens do comércio internacional (plano económico, político, ambiental e social):
Choques na cadeia de produção com impacto mundial: no contexto atual, a maior parte dos
produtos é produzido no país A, outra parte é produzida no país B e é montado no país C.
Sempre que neste processo produtivo, há uma componente que falha, do ponto de vista
prático, isso pode ter consequências a nível global.
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Países ficam associados a produtos de elevado valor: abdicam de produzir produtos que,
muitas vezes são pouco relevantes no ponto de vista económico, mas que tem uma grande
relevância no ponto de vista social (ex. produtos alimentares). A existência de um conflito
num país, gera uma diminuição de produtos.
Perda de independência no poder político: quando certos países acabam por tomar decisões
não em função daquilo que é mais conveniente para o seu interesse nacional, mas sim em
função daquilo que é mais vantajoso para os investidores estrangeiros.
Procura: atitude típica daqueles que se dirigem ao mercado para satisfazer as suas
necessidades através da aquisição de bens e de serviços cujo valor é dado pela utilidade.
Estes agentes são os consumidores.
Oferta: atitude típica daqueles que se dirigem ao mercado para vender bens ou serviços
cujo o valor é determinado pelo custo de produção. Estes agentes são os vendedores.
Mercados
O mercado será um ponto de contacto entre a oferta e a procura. São espaços de interesse que não
têm de ser necessariamente espaços físicos. Por sua vez, o preço, formando-se no mercado, é o
produto dessa interação entre a oferta e a procura.
Os mercados podem ser:
Espontâneos: um artista vem a Portugal uma única vez, dá um concerto no Altice Arena. É
natural que no dia do concerto fluam para aquele local uma maior quantidade de Uber e
táxis. Não há nenhuma diretriz, há um conhecimento de informação que levou à criação
deste mercado.
Muito regulados: ex. mercados financeiros
Os mercados também têm intermediários, tem uma função económica muito importante. Os
intermediários geram valor com a aproximação dos dois lados do mercado.
Os mercados têm tendência para se equilibrar. Os agentes são racionais por isso o mercado
equilibra-se. Os mercados reais também vão corrigindo os seus desequilíbrios. Há mercados com a
intervenção de uma série de fatores que leva a desequilíbrios (ex. Habitação).
Privilegiamos o estudo dos mercados olhando apenas para um único bem, contudo por vezes temos
de olhar para uma multiplicidade de bens.
Bens complementares: Bens que são utilizados em conjunto para se obter uma determinada
utilidade. Ex. pistola e a bala; o automóvel e o combustível. Se houver uma diminuição do
preço de um, a procura aumentará para os dois. Se houver um aumento de um, a procura
diminuirá para os dois. Assim um têm influência no outro.
Bens sucedâneos: bens alternativos, um em relação ao outro; possuem um nível de utilidade
próximo e características similares. Ex. manteiga – margarina; azeite – óleo. São bens que
conseguimos substituir o consumo. A variação do preço de um deles, reflete-se na procura
do outro.
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Bens produção conjunta: Bens que têm origem no mesmo processo de fabrico; por exemplo,
o petróleo dá origem a vários produtos como tintas, combustível, etc.
Estas relações não se presumem, demonstram-se através do teste de elasticidade cruzada da
procura e assim determinar o que são bens complementares e o que são bens sucedâneos
Vamos estudar os bens num mercado de concorrência perfeita (atomicidade, fluidez e liberdade).
Mercado de concorrência perfeita – características:
Monopólio: falta a atomicidade. Só existe um único agente no lado da oferta para uma
multiplicidade de produtores
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Oligopólio: falta a atomicidade. Existem poucos produtores para uma multiplicidade de
produtores
Concorrência monopolística: falta a fluidez. Estamos num mercado com bens diferenciados
e o respetivo produtor tem poder de mercado (“price makers”), poder de influenciar o preço
para aquele nicho de consumidores.
O que é que os distingue? Em mercado de concorrência imperfeita os produtores podem influenciar
direta e diretamente o preço (price makers) e em concorrência perfeita (price takers)
Concorrência perfeita:
Procura: atitude típica daqueles que se dirigem ao mercado para satisfazer as suas necessidades
através da aquisição de bens e de serviços cujo valor é dado pela utilidade. Estes agentes são os
consumidores.
A procura está sujeira à Lei da Procura: que relaciona duas variáveis o preço e quantidade
procurada. Entre estas existe uma correlação inversa:
+ Preço – Quantidade (de procura)
– Preço + Quantidade (de procura)
Para cada um dos níveis de preço, vai se analisar qual é que é a quantidade que os consumidores
estão dispostos a comprar. Os consumidores estão dispostos a comprar em maior quantidade
quando o preço é inferior. O critério da procura é o rendimento disponível – não depende tanto dos
nossos gostos e preferências; é necessário que tenhamos poder de compra.
No entanto, como em qualquer lei, existem exceções, neste caso, no que diz respeito a dois tipos
de bens:
Bens de Veblen: bens de consumo conspícuo/ostentatórios, estes bens são comprados para
transmitir um determinado estatuto (Hermes). Estamos perante um bem com uma procura
muito especifica, feita por um conjunto de agentes com muito poder de compra. Estes bens
contrariam a lei da procura, porque estes, quanto mais caros forem, mais incentivam sua a
procura.
Bens de Giffen: são bens “inferiores” como, antigamente, o pão e as batatas; quando o seu
preço aumenta, a quantidade de procura também aumenta, porque estes alimentos
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constituem a base da alimentação das famílias de baixo rendimento, que vão abdicar de
outros bens para continuar a comprar estes. Ex. Crise da batata da Irlanda.
A lei da procura só funciona devido a dois efeitos:
Efeito de rendimento: caso algum preço dos bens se altere isso vai fazer com que o padrão
de procura também se altere. Os agentes são consumidores de um cabaz de bens e têm
limitação financeira constante. Se dentro desse cabaz, o preço de um bem subir, a
quantidade procurada por esse consumidor vai ter obrigatoriamente descer (porque vai ter
menos rendimentos disponível). Se o preço de um bem descer, a quantidade procurada vai
subir (e eu vou ficar “mais rica”). Ou seja, o rendimento em termos absolutos é sempre o
mesmo, mas em termos relativos, não - uma vez que os preços dos bens sobem, pode-se
dizer que as pessoas ficam “mais pobres”.
Efeito substituição: acontece relativamente ao aumento do preço de um bem. Se o preço de
um bem for aumentado aquilo que a procura vai fazer é substituir o seu consumo, ou seja,
vai à procura de um bem que seja semelhante e mais barato. Ex. do arroz e da batata.
Podem existir alterações à curva da procura? Dois tipos:
Variações ao longo da curva referem-se aos vários pontos ao longo da curva (A e B, por
exemplo) e ocorrem quando o fator preço varia.
Formações de novas curvas da procura que podem ser de expansão em relação à curva
originária ou contração em relação à curva originária. Fatores que podem explicar estas
alterações:
o Variações de gostos (modas) e preferências
o Influência da publicidade
o Alterações de rendimento:
Situações em que os salários aumentam existe um aumento da quantidade
procurada (nesta situação passa-se de procurar bens normais para procurar
bens superiores, devido ao aumento dos rendimentos e a procura de bens
inferiores diminui pelo mesmo motivo).
Em situações em que os salários diminuem a quantidade procurada diminui
(nesta situação passa-se a procurar bens normais e talvez um aumento de
bens inferiores, devido à diminuição do rendimento, e os bens superiores
diminuem).
o Expectativas sobre o rendimento: se eu tiver a expectativa de ser aumentada, eu vou
expandir a quantidade procurada. Se eu tenho a expectativa de ficar sem
rendimento, eu vou contrair imediatamente a quantidade procurada.
o Expectativas sobre o preço: se tenho a expectativa que o preço vai aumentar eu,
agente racional, vou antecipar a minha compra (expansão imediata da procura). Se
eu tenho a expectativa que o prelo vai diminuir, eu vou retrair a procura (ex. Black
Friday – espera-se até esta altura para se comprar algo) – Efeito de Édipo.
Oferta: atitude típica daqueles que se dirigem ao mercado para vender bens ou serviços cujo o
valor é determinado pelo custo de produção. Estes agentes são os vendedores.
O objetivo é vender ao mais alto preço e obter o maior benefício da venda.
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A oferta está sujeita à Lei da oferta: relaciona duas variáveis o preço e a quantidade oferecida.
Entre estas existe uma correlação direta:
+ Preço + Quantidade (oferecida)
– Preço – Quantidade (oferecida)
Quanto mais elevado for o preço, maior será o incentivo para produzir por parte dos produtores.
Curva da oferta: curva positivamente inclinada.
A curva da oferta é positivamente inclinada porque a produção em curto prazo está sempre sujeita
à lei dos rendimentos marginais decrescentes. Porque para produzir a mesma quantidade o custo
de produção vai aumentar e só será vantajoso assumir esses custos se o preço compensar isso
mesmo (custo marginal crescente). Desde modo, abaixo do preço (neste caso o preço x,
representado no gráfico), a quantidade oferecida será zero, porque o produtor não tem incentivos
para produzir e os custos são superiores aos ganhos, daí que a curva não comece no zero, porque
os produtores para produzirem um serviço tem sempre um custo associado. Portanto se os
produtores querem obter lucro, o preço tem de cobrir o custo de produção dos bens ou serviços se
não, não compensa entrar no mercado.
Á medida que esse preço vai aumentando, vai existir mais produtores a querer colocar o seu
produto no mercado – a quantidade oferecida aumenta à medida que o preço vai aumentando.
Porque desta maneira torna-se mais lucrativo.
Podem existir alterações à curva da procura? Dois tipos:
As alterações ao longo da curva referem-se aos vários pontos ao longo da curva e ocorrem
quando o fator preço varia.
As alterações da curva podem dar-se no sentido da expansão ou da contração da mesma.
Alguns fatores que permitem explicá-las são:
o O aumento ou a diminuição do custo dos fatores de produção (energia, gás, seguros,
juros): quanto maiores forem os custos, menor será a oferta e vice-versa.
o O custo de oportunidade: se houver maior rendibilidade em produções alternativas,
os produtores vão racionalmente diminuir a produção do outro bem ou serviço. Os
produtores têm de lidar com a questão da escassez de recurso – avaliação entre os
recursos que dispõem. O produtor faz uma análise comparativa e escolha a opção
com melhor lucro.
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o Tecnologia: ajudam a diminuir os custos de produção e expandem a assim a curva da
oferta. Permite assegurar uma diminuição do custo de produção e que os produtos
de modo qualitativo têm cada vez uma melhor qualidade.
o Dimensão do produtor e os objetivos de produtor: a dimensão do produtor pode
determinar maior ou menor produção (efeitos de escala), pode ser analisada tendo
em conta a sua dimensão efetiva ou dimensão potencial dimensão que o produtor
pode vir a ter no mercado em que opera – os produtores de grande dimensão
conseguem comprimir os custos médios, os custos administrativos e de
armazenamento que são muito elevados, contudo a dimensão também levar a
problemas (deseconomias de escala). Os objetivos estratégicos do produtor (este
pode diminuir a produção ou pode não aumentar tanto a produção como poderia).
o Expectativas do produtor: relativamente à variação dos preços e inovações.
Expectativa de que o preço de um produto vai cair este vai tentar escoar uma grande
quantidade de produtos. Efeito de édipo: o produtor vai apenas atuar num cenário
hipotético (não têm certezas) – vai levar a uma queda de preços, podendo causar a
situação que este achava que ia acontecer.
o Influencias especiais: fatores atmosféricos (alterações ambientais – gera uma
incerteza na oferta, este é o único fator impossível de controlar – setor agrícola),
fatores políticos e sociais, etc.
Combinação da procura e da oferta:
A junção entre a curva da oferta e a curva da procura leva à Cruz Marshalliana, porque concretiza a
ideia de Marshall, autor da síntese neoclássica, de que o mercado se assemelha a uma tesoura,
trabalha com as forças de ambos os lados (a oferta e a procura)
32
Aquando das variações das próprias curvas ou da formação de novas curvas, verifica-se a formação
de novos pontos de equilíbrio, ou seja, há uma tendência para o equilíbrio dos mercados devido ao
comportamento racional dos agentes.
Os economistas consideram que o mercado acaba por tender para o equilíbrio os agentes ao
tentarem satisfazer as suas necessidades os agentes acabam inconscientemente de levar ao
equilíbrio do mercado. Interações espontâneas entre produtores e consumidores.
Contração da curva da oferta: aumento do preço e diminuição da quantidade
33
Elasticidade: é a amplitude da reação dos agentes económicos à alteração de condições
fundamentais da sua atividade (variações de mercado e resultantes flutuações de preços dos
produtos ou rendimento dos fatores).
Procura
Elasticidade Preço da Procura
É a sensibilidade, maior ou menor, das reações dos consumidores às alterações dos preços dos bens
e dos serviços; é uma medida percentual que se refere à amplitude das variações de quantidades
procuradas que acompanham as variações dos preços.
Calcula-se a elasticidade de preço através: Variação percentual da quantidade procurada sobre a
variação percentual do preço.
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procura pouco vai variar e as pessoas não os vão deixar de consumir; assim, se
houvesse um mau agrícola, os preços aumentariam e consequentemente as receitas
dos produtores, sem que a procura diminuísse; se houvesse um bom ano agrícola, a
quantidade procurada seria aproximadamente a mesma, mas as receitas dos
produtores seriam menores porque o preço dos produtos diminuiria.
Se fosse possível ao vendedor conhecer antecipadamente a elasticidade-preço dos seus clientes,
poderia tomar decisões cruciais em matéria de preços, que afetariam a receita total que ele retira
das suas vendas – sendo essa receita total o produto preços-quantidades, ou seja a multiplicação
do número de unidades vendidas pelo preço de cada unidade.
Se a procura for elástica, a subida de preços determinará uma quebra da despesa total e
uma descida de preços provocará uma expansão dessa despesa total.
Se a procura for inelástica, a despesa total movimentar-se-á na mesma direção das
variações dos preços.
Se a procura manifestar uma elasticidade unitária, a despesa total manter-se-á sempre ao
mesmo nível.
Se a procura for infinitamente elástica, a despesa total oscilará entre o zero e a
correspondência com o aumento das quantidades oferecidas.
35
Elasticidade de rendimento
Sensibilidade dos padrões de consumo às variações de rendimento disponível do consumidor, da
sua fronteira orçamental, do seu poder de compra.
Calcula-se a elasticidade de rendimento através: Variação percentual da quantidade procurada
sobre a variação percentual do rendimento.
Para a maior parte dos bens e serviços, o respetivo consumo tende a aumentar à medida que
cresce o poder de compra dos consumidores, e os casos de correlação positiva entre rendimento e
consumo designam-se de bens normais. Podendo distinguir-se dentro do conjunto de bens
normais, casos de muita elevada e muito baixa elasticidade rendimento, geralmente relacionadas
com a essencialidade das necessidades satisfeitas. Sendo de esperar que uma quebra de
rendimento leve os consumidores a abandonarem mais rapidamente os consumos de luxo do que a
satisfação de necessidades tidas por mais básicas.
Exceções a esta ideia são os bens de Veblen e Giffen.
Relativamente aos bens superiores, estes são adquiridos em maior proporção face ao aumento do
rendimento. Os bens de luxo cabem nos bens superiores, contudo nem todos os bens superiores
são bens de luxo.
36
Relativamente aos bens inferiores, estes são produtos cujo o consumo se reduz à medida que
aumenta o rendimento disponível, que são abandonados quando se ultrapassa um certo limiar de
prosperidade, e a cujo consumo só se regressa quando essa prosperidade se perde.
A elasticidade-rendimento mede as variações de consumo de um bem ou serviço em função, ceteris
paribus, das variações de rendimento disponível dos consumidores. Essa medida é crucial para a
justificação e modulação de certas decisões políticas.
Elasticidade cruzada
Descobre-se se um bem é sucedâneo ou complementar de outros, e em que grau, ou com que
intensidade, através do exame da elasticidade cruzada (elasticidade preço cruzada da procura).
Calcula-se a elasticidade cruzada através: Variação percentual da quantidade procurada do bem X
sobre a variação percentual do preço Y.
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Se o preço dos automóveis aumentar, a quantidade procurada de gasolina diminui. Se o
preço dos automóveis diminuir, a quantidade procurada de gasolina aumenta – bens
complementares.
Bens independentes – não são sucedâneos nem complementares.
O conceito de elasticidade cruzado é da maior importância para a definição daquilo que constitui
um mercado, para a demarcação dos seus limites, pois em rigor só existirá um mercado autónomo
para cada produto se pudermos determinar a inexistência de elasticidades cruzadas de valor
diferente de zero.
Oferta
Elasticidade da oferta
Calcula-se a elasticidade da oferta através: Variação percentual da quantidade oferecida face à
variação percentual do preço.
Existe uma correlação direta entre os movimentos dos preços e os movimentos da oferta. Há
situações em que a oferta não pode deixar de ser pouco elástica, como por exemplo:
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Não é apenas o horizonte temporal que faz aumentar a elasticidade da oferta, visto que ela
depende também das possibilidades de substituição de recursos produtivos:
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No cruzamento das escalas da oferta e da procura detetam-se algumas tendências gerais:
A regulação de preços tem levado à ocorrência de algum, ou alguns, dos seguintes fenómenos:
Carência dos bens cujos preços sejam tabelados abaixo do preço de equilíbrio;
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Surgimento de um "mercado negro" no qual se forma um preço de equilíbrio mais elevado
do que aquele que se formaria sem o tabelamento dos preços;
Formação de um "intervalo especulativo" de disparidade entre o preço de equilíbrio sem
regulação e o preço de equilíbrio com regulação;
Existência da disparidade entre preço de equilíbrio no mercado negro e remuneração de
quem efetivamente produz o bem ou serviço, o que pode afetar permanentemente os níveis
de produção;
Florescimento, no mercado negro, da economia do crime, numa simbiose com a economia
da regulação, de que aquela retira a estabilização das suas expectativas de ganhos e perdas,
a suscetibilidade de exploração das disfunções induzidas no livre funcionamento do
mercado e das próprias "falhas de intervenção", quando elas geram áreas de corrupção e de
impunidade;
Perceção, pelos compradores, da deslocação irreversível de toda a escala da oferta, ou da
degradação qualitativa dos produtos oferecidos, o que por sua vez pode conduzir a um
abandono maciço do mercado;
Tendência para a expansão autossustentada da burocracia supervisora da regulação dos
preços, ampliada mais ainda na medida da verificação da própria ineficiência da supervisão,
gerando-se "penumbras hierárquicas" nas quais se instala a corrupção;
Aumento dos custos para os próprios agentes tutelados, seja os custos de acatamento
(compliance costs), seja os de evasão aos regulamentos;
Redução do nível concorrencial através da imposição de uma disciplina uniforme ou de uma
segmentação de mercado que protege os concorrentes uns dos outros, em detrimento da
possibilidade de abaixamento do preço de equilíbrio através da "guerra dos preços";
No caso de estabelecimento de preços mínimos, o duplo efeito da degeneração em formas
concorrenciais que não incidem em preços e que por isso podem sobrecarregar o
consumidor com vantagens indesejadas por ele, e da sobrevivência de produtores
ineficientes, que são poupados, com o preço mínimo, de uma derrota na guerra dos preços.
Cedendo aos produtores o Estado pode estabelecer preços mínimos, mais especificamente acima
do ponto de equilíbrio:
No caso do preço mínimo ser eficiente as forças da oferta e da procura ficam impedidas de
empurrar o preço para baixo, até ao nível do equilíbrio, querendo isso significar que neste,
caso, ao preço que prevalece se verificará um excedente, um excesso da oferta em relação à
procura.
Os vendedores sentirão dificuldade em escoar todo o produto que aquele nível de preços
incentiva a vender, e os incentivou a produzir. Acaba por haver vendedores que, não
podendo vender nada, se vê excluídos do mercado.
A fixação de preços mínimos prejudica todos os consumidores, privando-os do ganho
adicional que obteriam com a descida do preço até ao nível do equilíbrio, e prejudica alguns
produtores em benefício de outros.
Os preços só reequilibram através de uma descida, à qual a maioria dos vendedores acabará
por não se opor, seja porque têm em média uma disposição de vender que se manifesta já a
um nível inferior ao do preço fixado, seja porque, também em média, não conseguem
escoar a sua produção a esse preço, ficando defrontados com um problema de excedentes
indesejados.
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Muitas das intervenções jurídicas e políticas no mercado referem-se a questões de eficiência
e de justiça; simplesmente, quando se tenta interferir na justiça comutativa de trocas
voluntárias entre pessoas livres é muito frequente que se desencadeiem efeitos
reequilibradores que anulam o objetivo distributivo, que, por força da eficiência
prevalecente dos mecanismos de mercado, suscitam reações espontâneas com as quais a
justiça é sacrificada.
Várias vezes ocorre uma tensão entre os valores da justiça e da eficiência, tensão essa que
anima
O salário mínimo é o limite do que se entende por lícito pagar em contrapartida pelo trabalho. O
estabelecimento desse preço mínimo se ocorrer a um nível que ultrapassa o de equilíbrio, há de ter
as consequências que já se identificaram: um excesso de oferta (trabalhadores) sobre a procura
(empresas), levando ao desemprego.
Usualmente aceita-se a ideia de salários mínimos por razoes sociais e com ideia de evitar a
ocorrência ou o agravamento do desemprego.
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A existência de salários mínimos provoca desfasamentos quantitativos:
A via dos preços máximos é a que se afigura como mais tentadora, visto que transporta a
aparência de que, uma vez estabelecida, aumentarão as possibilidades de todos acederem a
um determinado produto.
O preço máximo eficaz é uma barreira a que o preço suba até ao equilíbrio ajustador da
oferta e da procura. Dado o desequilíbrio, a pressão para a subida, o mercado esbarrará
com esse limite e o preço de mercado será inevitavelmente esse preço máximo.
Uma consequência imediata dos preços máximos será o excesso de procura, dado este
excesso relativamente à procura será necessário proceder a um racionamento, a que serão
aplicados critérios vários. Um dos critérios pode ser o de os vendedores atenderem
sequencialmente os pedidos, o que levará à formação de filas de espera e ao rateio entre os
consumidores em função do custo de oportunidade associado ao tempo de espera.
Nada em princípio impedirá os vendedores de estabelecerem outros critérios de
racionamento:
o Simpatia ou adulação dos compradores, relações familiares, afinidades políticas e
todos os outros tipos de preconceitos – favorecimentos.
o Atribuição a alguém de critérios distributivos inapeláveis, ou seja, a aceitação prévia
do acatamento definitivo de qualquer decisão
o O estado pode implementar medidas de sorteio
Aqueles que são excluídos do consumo através das formas de racionamento por outros
meios que não os preços ficam não numa situação, mas numa situação de carência absoluta.
A solução de racionamento poderá ter sido nalguns casos injusta e noutros casos justa, mais
ou menos ao acaso, mas foi sempre ineficiente. A solução deste problema é simples: basta
desintervir, desregular e especificamente deixar de fixar um preço máximo.
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Fixação do valor das rendas de casa, com a ideia que a estabelecer este limite mais pessoas
pudessem pagar as rendas destas casas, contudo o que assiste é:
Uma maior degradação das casas (com estas fixações das rendas), porque as rendas que os
senhorios têm são insuficientes, impossibilitando a manutenção das casas, resultando na sua
degradação.
Aumento da procura das casas para arrendar devido à diminuição dos preços.
Diminuição da quantidade de casas para arrendar resultante das considerações dos senhorios, que
acham que não é compensatório arrendar àqueles preços e preferem procurar outras alternativas
A quantidade oferecida é menor que a quantidade procurada a este nível de preços havia
mais
pessoas
interessadas a arrendar casas, contudo não havia casas para arrendar – Escassez não tem
acesso ao bem que queriam. Se não houvesse fixação preços os preços iam aumentando e
acabaria por haver a quantidade ideal de pessoas que procuravam, a quantidade ideal
oferecida e um preço mais alto, mas sem essa limitação. A intervenção do estado perpetua
os desequilíbrios e degrada os mercados.
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Pode também levar a situações de mercado negro – alugam a casa a mais indivíduos e não
declaram que isto acontece.
Impostos
Outra forma de intervenção do Estado nos preços dá-se por via do lançamento de impostos sobre
as transações, constituindo um acréscimo de custos para alguma das partes envolvidas nas trocas
no mercado. O objetivo natural dos impostos é o de proporcionar uma receita para as entidades
públicas.
Impostos diretos: sobre o rendimento
Impostos indiretos aqueles que incidem de forma discriminada sobre cada uma das trocas. A carga
tributária será suportada pelos vendedores, ou pelos compradores, ou será partilhada entre eles.
45
Capítulo VI – A procura em Mercados Concorrenciais
Teoria do consumidor
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Consumidor – associado à ideia de utilidade (aptidão para satisfazer necessidades, atribuída a um
bem ou serviço). A Procura é a decisão do consumidor tendo em conta a utilidade. A utilidade,
conceito desenvolvido por Jevons, Menger e Walras, corresponde ao valor que é dado por cada
agente económico a um bem e está relacionada com a suscetibilidade desse mesmo bem satisfazer
as suas necessidades.
Utilidade dificilmente pode ser objeto de avaliação cardinal (valor numérico). Pode é ser objeto de
ordenação (valores ordinais) – uma alternativa está em 1º, outra em 2º e etc. (raciocínio
marginalista). Expressa-se por preferências reveladas numa medida monetária.
Segundo Samuelson, a utilidade expressa-se através da disposição de pagar dos consumidores, ou
seja, os consumidores manifestam as suas preferências através da disposição a pagar visível no
mercado (montante que efetivamente se possa determinar que seria o limite do sacrifício
monetário de que uma pessoa seria capaz para obter um produto e não outro.
Este
percurso
decrescente
encontramo-lo na curva da procura, porque olhando para o consumo individual de doses sucessivas
do mesmo bem, eu vou ter disposições diferentes para pagar por elas, em função da sua utilidade.
O consumidor racional pára quando o preço é igual à utilidade marginal.
Em relação à 1 unidade eu estava a disposta a pagar 100, mas o mercado só me pediu 45. Por isso
vou ter um diferencial de 55 – o excedente do consumidor equivale à diferença entre o que o
consumidor estava disposto a pagar e aquilo que efetivamente paga – benefício líquido.
A curva da procura corresponde à disposição de pagar
O consumidor ganha a diferença entre aquilo que estava disposto a pagar e aquilo que realmente
paga – Excedente do Consumidor.
47
2ª lei de Gossen/ Princípio Equimarginalidade:
A utilidade total é maximizada quando a totalidade do rendimento disponível tiver gasto. E quando
a utilidade marginal da última unidade de rendimento (último euro gasto) for igual para todos os
bens.
Bem A Bem B
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Teoria do bem-
Estar
Eficiência produtiva: FPP quantidade máxima que é possível produzir a partir dos recursos
existentes. Se uma economia esta sobre a FPP não há desperdícios.
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Eficiência das trocas: quando as trocas resultam na maximização do excedente, quando é
possível alcançar o máximo do excedente total. Esta maximização é feita em mercados
concorrenciais.
Eficiência das preferências: Aquilo que esta a ser produzido e trocado vai ao encontro das
preferências dos consumidores
Ótimo de Pareto: É uma situação em que não se pode melhorar bem-estar de alguém a não ser
diminuindo o bem-estar de outrem. É a base da teoria de bem-estar.
Outros critérios de bem-estar: Kaldor – Hicks eficiência potencial.
Custo fixo será sempre o mesmo – existe independente do número de unidades produzidas.
Ex. renda das instalações, seguros, atividades administrativas e de suporte, taxas juro.
Custo variável é aquele que depende do número de unidades produtivas. Oscilam com o
número de produção. Ex. gasto de eletricidade, matérias-primas. São custos crescentes, por
causa da lei dos rendimentos marginais decrescentes.
Os salários dependem do contrato e do enquadramento fixo. Se a legislação laboral for
muito rígida os salários serão fixos (ex. Portugal). Os salários depende do contrato, porque
uns tem contratos a tempo incerto (invariável) e a tempo certo (fixos).
Custo total = custos fixos + custo variáveis
Produção a curto prazo: há sempre um fator de produção que é fixo. Não há alterações de escala.
Para produzir mais fazemos variar alguns fatores de produção (trabalho) mas as maquinarias, a
terra, no curto prazo são fixas. Isto vai fazer com que à medida que queira aumentar a quantidade
produzida
Produtividade marginal decrescente é a mesma coisa que falar de custo marginal crescente.
Custos unitários:
Custo médio total (CM) = Custo total a dividir pelo número de unidades. À determinadas unidades
que custam a produzir mais ou menos e em cada momento, em função da quantidade que estou a
produzir, posso calcular o custo médio.
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Curva do custo médio (será um U): tem esta configuração porque terá um ponto que é o custo
médio mínimo. Isto acontece porque estou a diluir os custos fixos
Prevalência dos custos fixos na primeira metade da curva e prevalência dos custos variáveis na
segunda parte da curva.
Custo Marginal (Cm): custo de produzir mais uma unidade. Se o custo marginal fica a abaixo do
custo médio … A partir do momento em que fica acima do custo médio, vai contribuir para que o
custo médio aumente.
Aula 16 – 16/11
O produtor procura a maximização do lucro.
E determinar qual é a quantidade produzida necessária para alcançar essa maximização.
As decisões económicas são decisões que são tomadas na margem.
A curva do custo marginal corresponde à curva da oferta
Se o nosso produtor vai produzir várias quantidades até ao ponto em que o preço = custo marginal.
Lucro extraordinário: existe quando o preço é superior ao custo de produção e, portanto, consegue
existir uma maximização do lucro.
Lucro normal: verifica-se quando relativamente às empresas que em concorrência perfeita
consigam otimizar a produção – as empresas mais eficientes
Escala mínima de eficiência: custo médio=custo marginal=preço
O custo médio total: tem de ser a soma do custo médio fixo mais o custo médio variável
Custo médio variável
Curto prazo:
Estar em atividade
Encerramento temporário
No longo prazo à uma decisão e dá tempo para tomar essa decisão e fazer variar todos os fatores.
Aula 17 – 21/11
Quando uma empresa precisa de aumentar a sua dimensão, ela recorre a várias formas de
financiamento/investimentos:
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Juro: remuneração do fator produção capital. Preço que as empresas pagam por adquirir capital.
Este preço forma-se consoante a oferta e a procura.
Empréstimo: prestações, vai haver no decurso do tempo. Alguém que é detendo de mil empresta a
outra pessoa, e empresta durante um período de tempo e esse dinheiro vai ser devolvido
Juro: surge enquanto compensação do tempo em que alguém se vê privado pela utilização do bem
Uma utilidade que deixa de ser obtida - valor da privação/utilidade descontada – taxa de desconto
Taxa de juro= taxa de desconto mais premio de inflação
Quando à inflação a taxa de juro tem de incorporar sempre o prémio da inflação. Tem de haver
sempre uma renumeração associada relacionado aquilo que foi a privação a utilidade descontada.
Taxa de desconto
Um bem presente vale mais que um bem futuro. Porque no presente eu sei o que posso obter
daquele bem, o futuro é incerto. Por isso se abdico desse bem no presente tenho de ser
compensado pela utilidade eu deixei de obter (utilidade perdida)
O decurso do tempo esta na base das análises económicas dinâmicas. O crédito implica o decurso
do tempo e a ideia de taxa de juro e taxa de desconto.
Existência de barreiras legais: faz com que haja um número limitado de agentes com acesso
ao mercado. (Ex. licenças, concessões)
Elevada escala mínima de eficiência: existência em setores de atividade em que os custos
fixos são muito elevados.
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Monopólio natural: é decorrente das estruturas de custos e de uma só empresa satisfazer toda a
procura a custos médios decrescentes, ou seja, satisfaz toda a procura não tendo ainda alcançado a
escala mínima de eficiência. Esta é a forma de maior eficiência produtiva.
Estes setores de atividade são fortemente regulados (eletricidade). Há que conter o poder de
mercado do produtor.
Um agente detém 95% da cota de mercado, os outros 5% são detidos por mais agentes. Esta
situação resulta numa posição de domínio de um agente económico, que com a sua ação
individual pode influenciar o mercado.
Os outros agentes acabam por seguir o que o agente dominante está a praticar, pois se
vendem um produto a um preço mais alto ninguém compra, mas se vendem mais baixo não
fazem lucro e estão sujeitos à retaliação do agente dominante.
Price makers = tem poder de mercado (capacidade de pela sua conduta influenciar os
aspetos essenciais do mercado – quantidade e preço).
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quantidade produzida. Se um único agente conseguir satisfazer toda a procura a custos
médios decrescentes não é eficiente a e entrada de outros agentes no mercado. Um único
agente satisfaz toda a procura e ao satisfazer cada vez mias, esta a diminuir o custo médio.
Direitos exclusivos: Limitações legais
o Exemplos: direitos de propriedade intelectual (patentes e marcas), detenção de
licenças, de concessões.
o As patentes criam uma situação de monopólio temporário relativamente à
exploração daquela inovação. Contudo a lógica das patentes é que para aquele que
criou a inovação, possa recuperar o investimento e receber lucro com esta. Se estas
não existissem ninguém quereria realizar esses investimentos.
Condutas anti concorrenciais: preços predatórios.
o Praticar preços muitos baixos, sabendo que com esses preços, as consequências
serão uma retirada dos outros agentes do mercado e a sua falência das outras
empresas (Fase 1), pois estes são mais pequenos e não conseguem sustentar preços
tão baixos.
o Depois de afastados os agentes no mercado, o agente aumenta os preços com o
objetivo de recuperar o que foi perdido na primeira fase, deste modo quem sofre é o
consumidor que tem agora preços mais elevados e menor diversidade de produtos.
(Fase 2).
o Estas práticas estão sob a vigilância dos ordenamentos jurídicos para que haja
condições de mercado onde os agentes concorrem de acordo com as suas
capacidades.
Os monopólios afetam o bem-estar total. Numa situação de monopólio, os preços são mais altos
do que seriam em mercados de concorrência perfeita. A quantidade que é colocada e vendida no
mercado é, também menor do que seria q quantidade de equilíbrio. Desta forma à uma perda de
bem-estar (deadweight loss)
O monopolista não pode praticar ao preço que quiser, porque tem de confrontar com a disposição
dos consumidores de pagar. Este tem sempre como limites a curva da procura.
Porque é um produtor de monopólio vai reduzir a quantidade e vai aumentar o preço?
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tendencialmente instáveis. Dilema do prisioneiro é uma situação hipotética e diz-nos: dois
criminosos são apanhados pela policia e são interrogados em separada, a policia diz que com as
provas que temos conseguimos fazer com que cumpram 1 ano de prisão se confessar haverá uma
redução da pena 3 meses, e se o seu cúmplice não confessar será 10 anos, se ambos confessarem
terão ambos 5 anos, com isto cada um confessará por de cada um dos resultados presentes o
melhor resultado é 3 meses (não há confiança). Os oligopolistas seguem este dilema, porque não
confiam um nos outros. A racionalidade do comportamento é a falta de confiança. Os cartéis
podem perdurar no tempo porque podem haver estratégias de retaliação. Equilíbrio de Nash, a
interação entre um numero limitado de agentes vai fazer com que um agente não possa melhor a
sua situação ate outros mudarem a sua estratégia.
A nossa racionalidade tem de incorporar a estratégia dos outros. As pessoas e os oligopolistas vao
concorrer entre si até encontrar o melhor equilíbrio.
Concorrência Monopolística
Mercado imperfeito, em que há uma falha de fluidez. Não há hemogeneidade de produto, mas sim
uma diferenciação do produto e assim a escolha do consumidor terá em conta diferentes fatores,
soberania do consumidor.
Aula 28/11
Discriminação de preços ocorre quando é possível que o produtor/vendedor segmente a procura e
não haja possibilidade de revenda entre consumidores. O que é relevante: forma de maximizar
lucro evitando as perdas de bem-estar. Se a discriminação de preços for perfeita não há perda de
bem-estar.
Publicidade:
Informativa
Persuativa
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