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Unidade 1 – Introdução à Economia


Apresentação
Todo livro que carrega o título de “fundamentos” precisa
primordialmente priorizar a compreensão de conceitos associados
ao domínio de conhecimento ao qual é direcionado. Não é
diferente com os fundamentos de Economia – afinal, dominar com
clareza os conceitos econômicos é a base para o entendimento
tanto da economia como uma ciência em si quanto do próprio
processo de tomada de decisão fundamentada. É assim que se
constituem verdadeiras ferramentas analíticas para que se possa
apreciar questões econômicas tanto em esfera pessoal quanto
social.
Assim, convido o aluno a absorver estes conhecimentos, que são
úteis para qualquer cidadão e profissional da atualidade –
portanto, é um conteúdo que não se restringe a estudantes de
Economia. Afinal, com as pessoas conscientes ou não que vivem
imersas em um sistema econômico, o mínimo de letramento a
respeito é necessário para melhor desempenho do cidadão, seja
no papel de produtor ou de consumidor de bens e serviços.
Nesse tocante, esta obra percorre os mais elementares conceitos
associados à área econômica, investiga as principais correntes
teóricas a seu respeito e oferece especial atenção a ferramentas de
análise, o que permite suficiente domínio em aspectos tão
essenciais como escassez, produção, oferta, demanda,
concorrência, pontos de equilíbrio e desequilíbrio, linearidade,
entre tantos outros. Bons estudos!
AUTOR

O professor Rodrigo Sartori é doutor em Administração pela

Universidade Positivo (2018), com período-sanduíche na University

of Massachusetts, Amherst, EUA (2017), mestre em Engenharia da

Produção pela UTFPR (2012), especialista em Gestão do

Conhecimento nas Organizações pela UTFPR (2005) e Engenheiro

Industrial Elétrico pela UTFPR (1999). Possui mais de 20 anos de

experiência em indústrias de alta tecnologia. Atua como consultor

empresarial e pesquisador, com concentração em campos como

gestão e inovação, incluindo atividades nos EUA e Espanha.

“Este livro é dedicado a todos os pais e mães de


família, que, além de outras atribuições obrigatórias,
são também exímios economistas das instituições de
seus lares.”
Rodrigo Sartori

Objetivos
UNIDADE 1.
Introdução à economia
Rodrigo Vinícius Sartori
OBJETIVOS DA UNIDADE
 Compreender os diversos conceitos fundamentais
relacionados à economia;
 Aprofundar o entendimento da curva de possibilidade de
produção como categoria analítica em economia;
 Examinar os vínculos de fatores de produção com sistemas
econômicos variados.
Conceito de economia
Uma economia (do grego οίκος, “agregado familiar”, e νέμoμαι,
“administrar”) é uma área de produção, distribuição e comércio,
bem como consumo de bens e serviços por diferentes agentes.
Entendido em seu sentido mais amplo, a economia é definida
como um domínio social que enfatiza práticas, discursos e
expressões materiais associados à produção, ao uso e ao
gerenciamento de recursos.

Agentes econômicos podem ser indivíduos, empresas,


organizações ou governos. Diz-se que transações econômicas
ocorrem quando dois grupos ou partes concordam com o valor ou
preço do bem ou serviço transacionado, comumente expresso em
uma determinada moeda.

No entanto, as transações monetárias representam apenas uma


pequena parte do domínio econômico. A atividade econômica é
estimulada pela produção que utiliza recursos naturais, trabalho e
capital. Isso mudou ao longo do tempo devido à tecnologia e à
inovação – e continua e continuará sempre a mudar devido a essas
mesmas razões.

Uma dada economia é o resultado de um conjunto de processos


que envolve sua cultura, valores, educação, evolução tecnológica,
história, organização social, estrutura política e sistemas jurídicos,
além de sua geografia, recursos naturais e ecologia, como
principais fatores. Esses fatores fornecem contexto, conteúdo e
definem as condições e parâmetros nos quais uma economia
funciona. Em outras palavras, o domínio econômico é um domínio
social das práticas e transações humanas – essencialmente, de
uma coletividade.

Convém entender os conceitos da economia como a constituição


do mais básico vocabulário desse campo do conhecimento.
Conforme apresentado no Quadro 1, é possível considerar ao
menos seis conceitos econômicos fundamentais. Trata-se de uma
lista que reúne aspectos que grande parte dos economistas
considera os mais básicos dentre inúmeros conceitos que se pode
enunciar em economia.
Quadro 1. Os seis conceitos econômicos fundamentais. Fonte: SAUNDERS; GILLIARD,
2005. (Adaptado).

ESCASSEZ E ESCOLHA

O dilema econômico que se impõe a indivíduos, grupos


e sociedade como um todo é que os recursos produtivos
são limitados em relação às necessidades das pessoas;
em suma, não se pode ter tudo o que se almeja.

Essa é, precisamente, a condição básica da escassez, que se


desdobra então em um aspecto bastante prático: a exigência que
as pessoas façam escolhas sobre como utilizar os recursos
disponíveis de maneira mais eficaz para satisfazer seus desejos.
De fato, a escassez resulta do desequilíbrio entre níveis
relativamente ilimitados de desejos, por um lado, e recursos
relativamente limitados disponíveis para satisfazer tais desejos, por
outro.
É interessante observar que, em estrita análise, nenhuma
sociedade, mesmo no ápice de seu desenvolvimento, jamais teve
recursos suficientes para produzir quantidade e variedade
completa de bens e serviços que seus membros desejavam.
Por isso, a escassez implica invariavelmente em escolha: se as
pessoas não podem ter tudo o que gostariam, não resta alternativa
senão escolher e, consequentemente, definir prioridades.

CUSTO DA OPORTUNIDADE E TRADE-OFFS


O que se entende por custo da oportunidade é o
benefício que se sacrifica da próxima melhor
alternativa quando recursos escassos são usados para
um determinado propósito e não para outro.

Isso vale, evidentemente, para todo tipo de escolha: por exemplo,


se um jovem opta por se tornar chefe de cozinha, em vez de
advogado, arquiteto ou engenheiro, o custo da oportunidade se
refere à inevitável perda das alternativas mais importantes
perdidas.
Termo técnico bastante comum na área da economia, trade-
off significa aceitar ou escolher menos de uma determinada coisa
para, justamente devido a isso, conseguir se obter mais de outra
coisa.

EXPLICANDO

Na tradução livre para a língua portuguesa, trade-

off significa “troca”. Sob a ótica econômica, indivíduos que

escolhem um bem ou serviço em especial em vez de outro,

ou mais de uma coisa e menos de outra, estão claramente

fazendo uma troca. A sociedade também faz trocas dessa


natureza: entre outros, a necessidade de mais

energia versus o desejo de preservar o meio ambiente, por

exemplo.

É importante apontar que, em estudos econômicos conduzidos de


maneira cuidadosa e sistemática, a avaliação de trade-offs envolve
a comparação dos custos e benefícios de cada uma das
alternativas disponíveis. É inevitável que as compensações feitas
pela sociedade também exijam determinar como os custos e
benefícios das decisões tomadas afetam os diferentes grupos
sociais (ricos em relação aos pobres, moradores de áreas urbanas
frente aos residentes em regiões rurais etc.).
É importante destacar que a maioria das escolhas e trocas não são
proposições do tipo “tudo ou nada”: em vez disso, geralmente
envolvem pequenas alterações na margem – um pouco mais
disso, um pouco menos daquilo.
Efetivamente, as decisões sobre pequenas mudanças na margem
são tomadas com bem mais frequência do que aquelas sobre
grandes mudanças. Não obstante, as primeiras são geralmente
mais fáceis de avaliar do que as últimas.

PRODUTIVIDADE

Produtividade é a quantidade de produção (tanto bens


como serviços) que resulta por unidade de produção
(recursos produtivos) que é utilizada.

De tal forma, um aumento na produtividade significa:


 Produzir mais bens e serviços com a mesma quantidade de
recursos;
 Produzir a mesma quantidade de bens e serviços com
menos recursos;
 Uma combinação dessas duas possibilidades.
Vale destacar que o aumento da produtividade ajuda a reduzir a
escassez, embora não a elimine completamente.
Além disso, o aumento da produtividade em si implica também em
custos de oportunidade, uma vez que os recursos utilizados para
aumentar a produtividade em um empreendimento não podem
ser empregados em outro.

SISTEMAS ECONÔMICOS

Pessoas e sociedades organizam a vida econômica para


lidar com os problemas básicos originados da escassez
e dos custos de oportunidade por meio de sistemas
econômicos.

Isto posto, um sistema econômico pode ser descrito como a


coleção de instituições, leis, atividades, valores de controle e
motivações humanas que, de modo coletivo, fornece uma
estrutura para a tomada de decisões econômicas.
Sem dúvida, podemos considerar que sistemas econômicos sejam
tão antigos quanto a própria civilização. O que dá para classificar
como o mais primitivo dos sistemas remonta à época das
movimentações nômades dos primeiros ancestrais humanos.
Trata-se, evidentemente, de um contexto em que não havia a
figura de um estado. Todo relacionamento entre os indivíduos de
determinado grupo era fundamentado em puro coletivismo:
significa que tudo o que era caçado, construído ou mesmo
encontrado passava a ser propriedade de todos.
O que surgiria na sequência, a partir das primeiras aglomerações
humanas em sociedades com maior ou menor organização formal,
é o que muitos costumam nominar de sistema asiático. Como
característica básica, destaca-se a figura de um estado rigidamente
absolutista – normalmente, centrado em figuras como reis,
imperadores e faraós. Não há como deixar de reconhecer que
costumes econômicos eram bastante regidos por crenças
religiosas, em sociedades de predomínio politeísta. Nessa
configuração, o que se encontrava era uma exclusividade do Estado
como dono das terras; o modelo econômico dominante era o
agrícola, em um primeiro momento, evoluindo posteriormente
também para um comercial à medida que as organizações sociais
se tornavam mais elaboradas.
Com efeito, o que se observa nas antigas civilizações grega e
romana era o sistema econômico de cunho escravista. Trata-se de
época em que já havia a difusão de cidades – significando, com
isso, que já estavam instituída a divisão de terras e o conceito de
propriedade privada. É um cenário de alta disparidade econômica
na população: os mais nobres tinham posse de muitas terras, e os
menos favorecidos geralmente não tinham posse alguma. Tal
hierarquização da sociedade favoreceu para que formas de
trabalho como a escravidão e a servidão passassem a ser opções.
Trabalhadores nessa condição eram absorvidos para trabalhar nas
terras fragmentadas pela divisão social e conquistas de novas
terras (como, por exemplo, nas reconfigurações sociais pós-
guerra).
Um tanto quanto derivado do sistema escravista, o sistema feudal
se fundamentava em uma sociedade baseada no relacionamento
entre servos e senhores. Estes últimos detinham a propriedade das
terras, sendo que os servos costumavam trabalhar tendo como
moeda de pagamento proteção, alimento e moradia. Como
característica, tinha-se nesse sistema uma economia
predominantemente agrícola, além de autossuficiente em cada
unidade feudal. Muitos consideram que o que levou este sistema a
entrar em crise foi o progressivo aumento de abertura dos feudos
frente às cidades e com o comércio institucionalizado, enquanto
também há os que avaliam que a exploração mais exacerbada dos
servos levaria o modelo ao colapso.

INSTITUIÇÕES E INCENTIVOS ECONÔMICOS

Instituições econômicas são de vários tipos: além de


famílias, existem organizações formais, como
corporações, agências governamentais, bancos,
sindicatos e cooperativas.

Também existem maneiras costumeiras de fazer as coisas, como o


uso do dinheiro, a negociação coletiva, e a observância de feriados;
existem, ainda, diferentes valores e crenças de controle que
permeiam diferentes sistemas econômicos.
No cerne das instituições econômicas, há que se observar que
todas as sociedades têm algum tipo de sistema de propriedade.
Nos EUA, por exemplo, a propriedade privada é o alicerce do livre
mercado – portanto, do próprio capitalismo como realidade
instituída.
Em outros países, como é o caso da China, a propriedade do
governo é a regra – exceto em algumas pequenas empresas e bens
pessoais ou domésticos. Alinhado à ideologia que lá imperava, o
planejamento do governo havia sido altamente centralizado e
abrangente na antiga URSS.

Ao mesmo tempo, podia-se encontrar um modelo mais

descentralizado na Hungria, enquanto na França se trabalhou com


um planejamento econômico indicativo e de extensa propriedade

por parte do estado.

Algumas instituições existem apenas em certos tipos de sistemas

econômicos, por exemplo, a negociação coletiva sobre salários e

condições de trabalho ocorre apenas em países industrializados

democráticos.

Por sua vez, incentivos são fatores que motivam e influenciam o


comportamento humano. Os incentivos econômicos funcionam
oferecendo conveniências maiores ou menores a bens e serviços
para influenciar o comportamento das pessoas, geralmente por
meio de recompensas e multas financeiras. Sem dúvida, o desejo
de obter ganhos financeiros ou materiais e evitar perdas de mesma
natureza são poderosas forças motivadoras (embora não sejam as
únicas).

TROCA, DINHEIRO E INTERDEPENDÊNCIA

Indivíduos, grupos, regiões e países geralmente se


especializam na produção de bens específicos e no
desempenho de serviços específicos. Isso leva à
produção de mais bens ou serviços do que os próprios
produtores desejam consumir.

Em tais situações, os produtores trocam seus excedentes por


outros bens e serviços produzidos por pessoas localizadas em
outros lugares e, como resultado, ao menos em tese, todos ficam
em situação melhor.
De fato, o princípio da troca voluntária se baseia no fato de que
todas as partes envolvidas esperam obter ganhos com o comércio.
Afinal, se assim não o fosse, não haveria troca. A forma mais
simples de troca é o comércio direto de bens ou serviços entre as
pessoas. Mas como a troca pura (escambo) é geralmente
inconveniente, foi instituído o dinheiro para facilitar o intercâmbio.
CURIOSIDADE

O dinheiro não precisa ter nenhum valor intrínseco para

servir como meio de troca. Não há, por exemplo, nenhum

custo diferenciado de produção de uma cédula de R$ 2 e

uma outra de R$ 100. O que ocorre é que é a disposição das

pessoas em aceitá-lo em pagamento que dá valor ao

dinheiro no processo de troca.

Consequentemente, a especialização e a troca reduzem a


autossuficiência e, assim, aumentam a interdependência. Isso
significa que decisões ou eventos em uma parte do mundo ou em
um setor da economia afetam decisões e eventos em outras partes
e em outros setores da economia.

O problema econômico
fundamental
É possível aprofundar a análise acerca da escassez
como eixo estruturante do mais fundamental problema
econômico – que a literatura especializada
frequentemente nomeia também de problema
econômico básico ou central.

Afinal, a partir da premissa que os recursos finitos de uma


economia são insuficientes para satisfazer todas as vontades e
necessidades humanas, pode-se agregar à economia a atribuição
de estudo de como, pois, alocar recursos em condições de
escassez. Como consequência, entender a economia também sob
esse prisma, de como a sociedade aloca seus recursos, tende a
fundir, senão sobrepor parcialmente, o planejamento econômico
normativo e o estudo empírico de como os agentes econômicos
operam nessas condições.
Na economia neoclássica convencional, supõe-se que as pessoas
buscam seus próprios interesses e que o mecanismo de mercado
satisfaz melhor os vários desejos que diferentes indivíduos possam
ter. Esses desejos são usualmente divididos em desejos individuais
(que dependem das preferências do indivíduo e da paridade do
poder de compra) e desejos coletivos (que são os desejos de
grupos inteiros de consumidores). Daí que itens como alimentos e
roupas podem ser classificados como desejos ou necessidades,
dependendo do tipo e da frequência com que um bem é
demandado.
É interessante observar que, por vezes, os economistas
caracterizaram o “como” produzir como um problema de ordem
tecnológica, inerente então à eficiência, restando à alocação do que
é produzido como um problema de instância econômico.
Classificações à parte, em um mercado livre, o “como” produzir e a
alocação de recursos são funções mescladas entre os agentes
econômicos. Por sua vez, em uma economia planejada
centralmente, um decisor se responsabiliza por determinar como e
o que produzir em nome dos agentes. Entre um extremo e outro,
as economias modernas são tidas frequentemente como
“capitalistas do bem-estar social”, sujeitas ao variado arcabouço de
regulamentações, o que tenderia a tornar o sistema econômico
mais equitativo, mantendo ainda a égide de livre mercado.

Frise-se: o problema econômico fundamental reside no aspecto


humano. Inegavelmente, os desejos humanos são ilimitados –
desejar parece algo arraigado à própria concepção de ser humano.
Ricos ou pobres, ninguém pode afirmar que todos os seus desejos
já foram satisfeitos, nada mais restando a ser ambicionado. A
começar pela constatação de que a sensação de saciedade não é
permanente: é fato que todo mundo sente fome em algum
momento, sede em outro, e isso se dá de forma cíclica e
permanente. Por vezes, atender um desejo evoca despertar outro,
por exemplo conseguir se vestir bem e então precisar de um bom
transporte para algum compromisso específico. Enfim, quando
todas as vontades existentes são (aparentemente) satisfeitas,
novas vontades começam a ser criadas, e a série de vontades vai se
renovando indefinidamente, até o último momento da vida.
Portanto, reforça-se que o problema econômico advém da
existência de desejos humanos ilimitados. Não obstante, é possível
apreciá-lo em componentes – o problema econômico poderia ser
dividido em três partes distintas, a saber:
 Problema de alocação de recursos;
 Problema do pleno emprego dos recursos;
 Problema do crescimento econômico.

PROBLEMA DE ALOCAÇÃO DE RECURSOS

O problema da alocação de recursos surge como


consequência da escassez dos mesmos.

Diante da constatação, debruça-se sobre a corriqueiramente


desafiadora questão de quais desejos devem ser satisfeitos e
quais, em função disso, devem ser deixados de lado –
essencialmente, o que produzir e quanto produzir.
A problematização surge naturalmente: mais produção de um bem
implica, claro, em mais recursos necessários para a produção
desse bem; contudo, recursos são escassos. Esses dois fatos juntos
impõem que, se uma sociedade decide aumentar a produção de
algum determinado bem, deve inevitavelmente retirar alguns
recursos da produção de outros bens. Em suma, mais produção de
uma mercadoria desejada qualquer se viabiliza apenas reduzindo a
quantidade de recursos utilizados na produção de outros bens.
O problema da alocação envolve a questão de produzir bens de
capital ou bens de consumo. Ocorre que se a comunidade decide
produzir bens de capital, os recursos devem ser retirados da
produção de bens de consumo. A longo prazo, no entanto, o
investimento em bens de capital aumenta a produção de bens de
consumo. Inegavelmente, bens de capital e de consumo são
importantes – e ambos necessários em última análise. O desafio,
portanto, é determinar a taxa (proporção) ideal de produção entre
os dois.
Se recursos são escassos, como de fato o são, é importante usá-los
da maneira mais eficiente e inteligente possível. Portanto, é
essencial saber se a produção e a distribuição do produto
entregues por uma economia são eficientes em máximo grau. Não
é difícil concluir que a produção se torna eficiente apenas se os
recursos produtivos forem utilizados de tal maneira que qualquer
realocação não produza mais de um bem sem reduzir a produção
de qualquer outro bem. Por assim dizer, uma distribuição eficiente
significa que a redistribuição de bens não pode melhorar uma
parte envolvida sem prejudicar outra parte.
Na prática, as ineficiências de produção e distribuição existem em
todos os tipos de economias. Evidentemente, o bem-estar da
população aumenta à medida que tais ineficiências sejam
devidamente tratadas. Porém, incorre-se em custos específicos da
iniciativa de combater ineficiências, e é neste ponto que a questão
se fecha: se o custo de remover as ineficiências de produção e
distribuição for superior ao ganho, obviamente não vale a pena
removê-las.

PROBLEMA DO PLENO EMPREGO DOS


RECURSOS

Em vista da onipresente e universal escassez de


recursos, a questão quanto a saber se todos os recursos
disponíveis são totalmente utilizados é crucial.
Impõe-se que uma comunidade deva alcançar a máxima satisfação
necessariamente usando os recursos escassos da melhor maneira
possível; isso significa não desperdiçá-los ou usá-los de modo
ineficiente.
Sob essa ótica, existem dois tipos de emprego de recursos:
 Intensivo em trabalho;
 Intensivo em capital.
Nas economias capitalistas, tais recursos disponíveis não são
totalmente utilizados. Ocorre ainda que, por exemplo, em tempos
de depressão, muitas pessoas queiram trabalhar, mas isso seja
insuficiente para encontrar efetivamente emprego. Por isso
conclui-se que, apesar de escassos, os recursos podem, ainda, não
ser totalmente utilizados – uma face adicional ao problema
exposto.

PROBLEMA DO CRESCIMENTO ECONÔMICO

Se a capacidade produtiva cresce, uma economia pode


produzir progressivamente mais bens, o que eleva o
padrão de vida.
Por isso, o aumento da capacidade produtiva de uma economia é
chamado de crescimento econômico.
Existem vários fatores que afetam o crescimento econômico. Os
problemas inerentes ao crescimento econômico foram discutidos
por vários modelos de crescimento, incluindo o modelo Harrod-
Domar, os modelos neoclássicos de Solow e Swan e os modelos de
crescimento de Cambridge de Kaldor e Joan Robinson. Essa parte
do problema econômico é estudada nas economias do
desenvolvimento.
Enfim, a problemática fundamental da economia transita entre
necessidades e desejos. Por um lado, necessidades são coisas ou
itens materiais que as pessoas precisam para sobreviver, como
comida, roupas, moradia e água. Evidentemente, admite-se alguma
relativização, pois cada qual, em cada época, tem necessidades
diferentes. Por exemplo, até a Revolução Industrial, a grande
maioria da população mundial lutava pelo acesso ao atendimento
das necessidades humanas mais básicas.
Por outro lado, desejos são ambições frente a um produto em
particular ou para algo que só pode ser obtido trabalhando
orientado a essa conquista (por exemplo, ser aprovado em um
vestibular). Desejos, todavia, não podem ser confundidos com
meros supérfluos: afinal, a escala entre a mais pura sobrevivência,
em um extremo, e luxos sem propósito outro que não ostentação
pura e simples, em outro, é extensa, permeada por objetivos de
conquistas pessoais e coletivas.
De todo modo, embora as necessidades fundamentais de
sobrevivência sejam cruciais na função da economia, os desejos
são a força motriz que intensamente estimula a demanda por bens
e serviços. Para gerenciar o problema econômico, os economistas
precisam classificar a natureza e as diferentes necessidades dos
consumidores, bem como priorizar tais necessidades e organizar a
produção para satisfazer o maior número possível delas.
Curva de possibilidade de produção/custo de oportunidade

Na área econômica, os termos fronteira de possibilidade de produção (FPP) e curva de

possibilidade de produção (CPP) são sinônimos .


O conceito se associa a um gráfico na forma de uma curva que
mostra várias combinações das quantidades de dois bens que
podem ser produzidos dentro dos recursos e da tecnologia
disponíveis – vide exemplo ilustrado no Gráfico 1.

Gráfico 1. Exemplo de CPP. Fonte: SAMUELSON; NORDHAUS, 2013. (Adaptado).

Portanto, é uma representação gráfica mostrando todas as opções


possíveis de saída para dois produtos que podem ser produzidos
usando todos os fatores de produção, em que os recursos
fornecidos são total e eficientemente utilizados por unidade de
tempo. Uma CPP ilustra, assim, vários conceitos econômicos, como
eficiência alocativa, economias de escala, custo de oportunidade
(ou taxa marginal de transformação), eficiência produtiva e
escassez de recursos – este último, o já analisado problema
econômico fundamental que todas as sociedades precisam
enfrentar.
Esse trade-off normalmente é estabelecido em análise econômica,
embora também se aplique a cada indivíduo, família e organização
econômica. Em suma, um bem só pode ser produzido desviando
recursos de outros bens e produzindo menos deles.
Limitando graficamente o conjunto de produção para quantidades
fixas de entrada, o gráfico CPP mostra o nível de produção máximo
possível de uma mercadoria para qualquer nível de produção da
outra, dado o estado existente da tecnologia. Ao fazê-lo, se define a
eficiência produtiva no contexto desse conjunto de produção. No
caso do Gráfico 1, a interpretação ocorre assim: um ponto na
fronteira indica o uso eficiente dos insumos disponíveis (como é o
caso dos pontos B, D e C); um ponto abaixo da curva (como o
ponto A) indica ineficiência; finalmente, um ponto além da curva
(como o ponto X) indica impossibilidade.

Na prática, os gráficos CPP

são normalmente desenhados como abaulados para cima ou para

fora a partir da origem (por isso, “côncavos” quando vistos a partir

dela). De todo modo, ainda podem ser representados como


abaulamentos para baixo (ou seja, para dentro) ou lineares (retos),

isso a depender de várias suposições e premissas.

O fato é que uma mudança externa da CPP resulta do crescimento

da disponibilidade de insumos, como capital físico ou trabalho, ou

do progresso tecnológico no conhecimento de como transformar

insumos em produtos (aprimoramento ou inovação tecnológica).

Essa mudança reflete, por exemplo, o crescimento econômico de


uma economia que já opera com sua produtividade total (na CPP),
o que significa que então mais de ambas as saídas podem ser
produzidas durante o período especificado, sem sacrificar a saída
de qualquer bem. Por outro lado, a CPP muda para dentro
(“encolhe”) se a força de trabalho diminuir, o suprimento de
matérias-primas se esgotar ou um desastre natural diminuir o
estoque de capital físico.
No entanto, a maioria das contrações econômicas reflete não
necessariamente que menos pode ser produzido, mas que a
economia começou a operar abaixo da fronteira, pois usualmente
o capital físico e o trabalho estão subempregados, permanecendo,
portanto, ociosos em maior ou menor grau.
Em microeconomia, a CPP mostra as opções possíveis a um
indivíduo, família ou empresa. Por definição, cada ponto na curva é
produtivamente eficiente, mas, dada a natureza da demanda do
mercado, alguns pontos acabarão se revelando mais lucrativos que
outros. Portanto, o equilíbrio para uma empresa será a
combinação de produtos na CPP mais rentável.
Já a partir de uma perspectiva macroeconômica, a CPP revela as
possibilidades de produção disponíveis para uma nação ou
economia durante um determinado período de tempo para amplas
categorias de produtos. Tradicionalmente, o gráfico é adotado para
mostrar o movimento entre comprometer todos os fundos ao
consumo no eixo vertical versus investimento no eixo horizontal.
No entanto, é importante ressaltar que uma economia pode
alcançar eficiência produtiva sem necessariamente ser
alocativamente eficiente. Condições tais como falhas de mercado
(como concorrência imperfeita ou externalidades variadas) e
algumas instituições de tomada de decisões sociais (como governo
e tradição cultural) podem levar à combinação errada de bens
produzidos (daí advindo a mistura errada de recursos sendo
alocada entre a produção dos dois bens) em comparação com o
que os consumidores preferem, dado o que é possível segundo a
CPP.
POSIÇÃO
Os dois principais determinantes da posição
da CPP em um dado momento são o estado
da tecnologia e a capacidade gerencial (que
são refletidos nas funções de produção
disponíveis) e as quantidades disponíveis de
fatores de produção (materiais, mão de obra
direta e custos indiretos da fábrica).

Pela interpretação gráfica, somente pontos sobre ou dentro de


uma CPP são realmente possíveis de alcançar a curto prazo. A
longo prazo, se a tecnologia melhorar ou se a oferta de fatores de
produção aumentar, a capacidade da economia de produzir os dois
bens aumenta; assim, se esse potencial é realizado, ocorre
crescimento econômico.
Esse aumento é mostrado por uma mudança da fronteira de
possibilidade de produção para a direita no gráfico. Por outro lado,
um desastre natural, militar ou ecológico pode mover a CPP para a
esquerda em resposta a uma redução na capacidade produtiva de
uma economia. Assim, todos os pontos sobre ou dentro da curva
fazem parte do conjunto de produção: eles representam as
diversas combinações de bens que a economia poderia
potencialmente produzir.
Não obstante, se os dois bens de produção representados são
investimento de capital (para aumentar as possibilidades de
produção futura) e bens de consumo atuais, quanto maior o
investimento no ano atual, em tese, mais a CPP mudaria nos anos
seguintes.
Observa-se que mudanças na curva podem representar como o
fator progresso tecnológico, que favorece as possibilidades de
produção de um bem tal como armas (Gráfico 1) mais do que o
outro, desloca a CPP para fora mais ao longo do eixo do bem
favorecido, “influenciando” as possibilidades de produção nessa
direção. Da mesma forma, se um bem faz mais uso do capital e se
o capital cresce mais rapidamente do que outros fatores, as
possibilidades de crescimento podem, evidentemente, ser
tendenciosas a favor do bem intensivo em capital.

PROPRIEDADES
São duas as propriedades a se considerar ao
realizar análises com CPP: eficiência e taxa
marginal de transformação.
No que se refere à eficiência, há que se considerar que a CPP
delineia a quantidade máxima de produtos (bens/serviços) que
uma economia pode alcançar, dados os fixos recursos (fatores de
produção) e o progresso tecnológico. Em suma:
 Pontos que estão sobre ou abaixo da curva das
possibilidades de produção são possíveis/alcançáveis: as
quantidades podem ser produzidas com os recursos e a
tecnologia atualmente disponíveis;
 Pontos acima da curva das possibilidades de produção são
inatingíveis, porque as quantidades não podem ser
produzidas usando os recursos e a tecnologia atualmente
disponíveis;
 Pontos estritamente abaixo da curva são ineficientes, porque
a economia pode produzir mais de pelo menos um bem sem
sacrificar a produção de qualquer outro bem com os recursos
e a tecnologia existentes;
 Os pontos que estão na curva são, a rigor, eficientes.
Com efeito, ao longo de todos os pontos que constituem a curva
do gráfico, a economia alcança plena eficiência produtiva: não é
possível obter mais nenhum bem sem sacrificar outro.
Alguns pontos produtivos eficientes são considerados como
de eficiência de Pareto, que é quando se identifica um estado de
alocação de recursos em que impossibilita-se realocá-los de tal
modo que qualquer participante seja beneficiado sem piorar a
situação individual de outro participante. A eficiência de Pareto é
alcançada quando a taxa marginal de transformação (inclinação da
fronteira/custo de oportunidade dos bens) é igual à taxa marginal
de substituição de todos os consumidores.
Da mesma forma, nem todos os pontos eficientes de Pareto na
linha da curva são de eficiência alocativa; afinal, esta só é alcançada
quando a economia produz em quantidades que correspondem à
preferência da sociedade.
Como visto, uma CPP normalmente assume a forma da curva
ilustrada no Gráfico 1. Assim, diz-se que uma economia que está
operando na CPP é eficiente, pois nessa condição é impossível
produzir mais de um bem sem diminuir a produção do outro bem.
Por outro lado, se a economia estiver operando abaixo da curva,
considera-se que está operando ineficientemente porque, em tese,
poderia realocar recursos para produzir mais bens. Provavelmente,
alguns recursos, como trabalho ou capital, estão ociosos e podem
ser totalmente empregados para produzir mais de ambos os bens.
Por exemplo, evocando ainda o exemplo sugerido pelo Gráfico 1,
se alguém assumir que as quantidades disponíveis de fatores de
produção da economia não mudam ao longo do tempo e que o
progresso tecnológico não ocorre, se a economia estiver operando
na CPP, a produção de armas (defesa nacional) precisará ser
sacrificada para produzir mais manteiga (bens de consumo). É claro
que, se a produção é eficiente, a economia pode escolher entre
combinações (pontos) na CPP: nesse caso, o ponto B, se as armas
forem de interesse; o ponto C, se for necessária mais manteiga; ou
o ponto D, se for necessária uma combinação igual de oferta de
manteiga e de armas.
Já o Gráfico 2 é útil para se compreender o conceito da taxa
marginal de transformação.
Gráfico 2. Taxa marginal de transformação. Fonte: SAMUELSON; NORDHAUS, 2013.
(Adaptado).

Por definição, a inclinação da CPP em qualquer ponto é chamada


de taxa marginal de transformação (TMT). A seguinte interpretação
é aplicada: a inclinação na curva define a taxa na qual a produção
de um bem pode ser redirecionada (pela realocação de recursos
produtivos) para a produção do outro item. Por isso, é também
usualmente denominado de “custo de oportunidade” (marginal) de
uma mercadoria. Isto significa que é o custo de oportunidade
de X em termos de Y na margem; ele mede quanto do bem Y é
dado para mais uma unidade do bem X e vice-versa. Com efeito, a
forma de uma CPP é comumente desenhada como côncava em
relação à origem para representar o aumento do custo de
oportunidade com o aumento da produção de um bem. Assim, a
TMT aumenta em tamanho absoluto à medida que se move da
parte superior esquerda da CPP para o canto inferior direito do
gráfico.
Sem dúvida, a TMT pode ser expressa em termos de qualquer
mercadoria. No caso ainda do exemplo sobre armas e manteiga, o
custo marginal de oportunidade das armas em termos de
manteiga é simplesmente o recíproco do custo marginal de
oportunidade da manteiga em termos de armas. Se no mesmo
exemplo ilustrado no Gráfico 2 a inclinação (absoluta) no
ponto BB no diagrama for igual a dois, para produzir mais um
pacote de manteiga, a produção de duas armas precisa ser
sacrificada. Contudo, se em AA o custo marginal de oportunidade
da manteiga em termos de armas é igual a 0,25, o sacrifício de uma
arma pode produzir então quatro pacotes de manteiga, resultando
que o custo de oportunidade das armas em termos de manteiga é
quatro. Enfim, pelo gráfico, é possível observar que a taxa marginal
de transformação aumenta quando a transição é feita
de AA para BB.

FORMA

O aumento dos custos de oportunidade,


ilustrado com uma curva côncava à origem,
é a forma mais comum de CPP.

Contudo, se reta ou convexa, o que também pode acontecer, a


interpretação quanto ao custo é significativamente diferente.
Gráfico 3. CPP com forma côncava. Fonte: SAMUELSON; NORDHAUS, 2013.
(Adaptado).

No caso mais corriqueiro (curva côncava), o que se representa é


uma disparidade nas intensidades fatoriais e nas tecnologias dos
dois setores produtivos. Ou seja, como uma economia se
especializa cada vez mais em um único produto (como passar do
ponto B para o ponto D, no exemplo do Gráfico 3), o custo de
oportunidade de produzir esse produto aumenta, porque se está
empregando cada vez mais recursos menos eficientes na
produção.
Em tal exemplo, com o aumento da produção de manteiga, os
trabalhadores da indústria de armas migram para lá. Na prática, a
princípio, os trabalhadores menos qualificados (ou de funções mais
básicas) serão transferidos para produzir mais manteiga, sendo
que a mudança desses trabalhadores acarreta pouco impacto no
custo de oportunidade do aumento da produção de manteiga: por
assim dizer, a perda na produção de armas será pequena.
Gráfico 4. CPP com forma reta. Fonte: SAMUELSON; NORDHAUS, 2013. (Adaptado).

No entanto, o custo de produção de unidades sucessivas de


manteiga sem dúvida aumenta à medida que os recursos cada vez
mais especializados na produção de armas forem transferidos para
a indústria de manteiga (como, por exemplo, pessoal mais
qualificado – e mais caro).
Evidentemente, se os custos de oportunidade forem constantes,
uma CPP linear é produzida (uma “curva reta”). Este caso reflete
uma situação em que os recursos não são especializados e podem
ser substituídos um pelo outro por qualquer custo adicional. Os
produtos que requerem recursos semelhantes (pão e pastelaria,
para citar um exemplo) terão uma CPP praticamente reta, e,
portanto, custos de oportunidade quase constantes.
Mais especificamente, com retornos constantes de escala, há duas
oportunidades para uma CPP linear: se houvesse apenas um fator
de produção a considerar ou se as razões de intensidade de fator
nos dois setores fossem constantes em todos os pontos da curva
de possibilidades de produção. Com retornos variados de escala,
no entanto, ocorre de não poder ser totalmente linear nos dois
casos.

Gráfico 5. CPP com forma convexa. Fonte: SAMUELSON; NORDHAUS, 2013.


(Adaptado).

Com economias de escala, a CPP se recolheria, com o custo de


oportunidade de um bem caindo à medida que mais dele fosse
produzido. A especialização na produção de unidades sucessivas
de um bem determina seu custo de oportunidade (por exemplo, a
partir de métodos de produção em massa ou especialização do
trabalho).
Enfim:
CUSTO DE OPORTUNIDADE
Como bem indica o Gráfico 6, aumentar a manteiga de A a B acarreta pouco custo
de oportunidade, mas, no caso de um movimento de C a D, esse custo se torna
muito maior.
Gráfico 6. Avaliação do custo de oportunidade. Fonte: SAMUELSON; NORDHAUS,
2013. (Adaptado).

Desde o ponto inicial da curva, se não houver aumento nos


recursos produtivos, impõe-se que aumentar a produção de um
primeiro bem implica diminuir a produção de um segundo, porque
os recursos devem ser transferidos para o primeiro e, assim,
afastados do segundo. Os pontos ao longo da curva descrevem
o trade-off entre dois bens em análise. Como visto, o sacrifício na
produção do segundo bem é chamado de custo de oportunidade –
justamente porque aumentar a produção do primeiro bem implica
em abrir mão da oportunidade de produzir uma certa quantidade
do segundo. Por isso, o custo de oportunidade é medido no
número de unidades renunciadas do segundo bem por uma ou
mais unidades do primeiro bem.
No contexto da interpretação de uma CPP, o custo de
oportunidade está diretamente relacionado ao formato da curva
(vide Gráficos 3 a 5). Sabe-se que se o formato da curva no gráfico
CPP for linear, o custo de oportunidade será constante conforme a
produção de diferentes mercadorias estiver mudando; entretanto,
o custo da oportunidade geralmente varia dependendo
dos pontos de partida e de chegada.
No exemplo ilustrado na Gráfico 6, a produção de mais dez pacotes
de manteiga em um nível baixo de produção custa a renúncia de
produção de cinco armas (mostradas como um movimento
de A para B). No ponto C, a economia já está próxima do seu
potencial máximo de produção de manteiga; isso implica que, a fim
de se produzir mais dez pacotes de manteiga, 50 armas devem ser
sacrificadas (representado pelo movimento de C para D). De tal
forma, emprega-se o conceito já visto de TMT para estabelecer
precisamente essa relação entre ganhos e perdas.
Fatores de produção
Na economia, fatores de produção –
também denominados recursos ou insumos
– são usados no processo produtivo para
que se viabilize a elaboração de produtos
resultantes desse processo – ou seja, bens e
serviços acabados.

As quantidades utilizadas dos vários insumos determinam a


quantidade de produto de acordo com o relacionamento chamado
função de produção.
Existem quatro recursos ou fatores básicos de produção: terra,
trabalho, empresa e capital. Os fatores também são
frequentemente rotulados como “bens ou serviços de produtor” a
fim de distingui-los dos bens ou serviços adquiridos pelos
consumidores, que são frequentemente rotulados como “bens de
consumo”.
Existem dois tipos de fatores: primário e secundário. Os fatores
primários já mencionados são terra, trabalho, empresa e bens de
capital; materiais e energia são considerados fatores secundários
na economia clássica porque são obtidos de terras, mão de obra e
capital. Os fatores primários facilitam a produção, mas ocorre que
não se tornam parte do produto (como nas matérias-primas) nem
se transformam significativamente pelo processo de produção
(como no combustível usado para alimentar as máquinas).
A terra inclui não apenas o local da produção, mas também
recursos naturais acima ou abaixo do solo. A abordagem mais
recente distingue o capital humano (o “estoque” de conhecimento
na força de trabalho) do labor propriamente dito. Muitas vezes, o
empreendedorismo também é considerado um fator de produção,
assim como o estado geral da tecnologia. Evidentemente, o que se
observa é que a quantificação e a qualificação de fatores variam,
dependendo do objetivo teórico, da ênfase empírica ou da escola
de economia.

ALGUMAS ESCOLAS DE ECONOMIA


Na economia clássica, em que os estudos
conduzidos por Adam Smith e David
Ricardo são os baluartes, o foco são os
recursos físicos na definição dos fatores de
produção, discutindo-se, a partir deles, a
distribuição de custo e valor entre esses
fatores.
Nessa perspectiva teórica, as chamadas “partes componentes do
preço” são custos relacionados aos seguintes usos:

É interessante observar que os economistas clássicos também


empregaram a palavra “capital” em referência ao dinheiro. O
dinheiro, no entanto, não foi considerado um fator de produção no
sentido do estoque de capital, uma vez que não é usado para
produzir diretamente nenhum bem. O retorno ao dinheiro
emprestado ou ao estoque emprestado é denominado como juros,
enquanto o retorno ao proprietário real do estoque de capital
(ferramentas etc.) é denominado como lucro.
Por sua vez, a economia neoclássica, um dos ramos da economia
convencional, começou também com os fatores clássicos de
produção de terra, labor e capital. No entanto, desenvolveu uma
teoria alternativa de valor e distribuição. Muitos de seus expoentes
adicionaram vários outros fatores de produção.
Assim, vale ressaltar que distinções adicionais das microeconomias
clássica e neoclássica incluem o seguinte entendimento:
É interessante observar que os economistas clássicos também
empregaram a palavra “capital” em referência ao dinheiro. O
dinheiro, no entanto, não foi considerado um fator de produção no
sentido do estoque de capital, uma vez que não é usado para
produzir diretamente nenhum bem. O retorno ao dinheiro
emprestado ou ao estoque emprestado é denominado como juros,
enquanto o retorno ao proprietário real do estoque de capital
(ferramentas etc.) é denominado como lucro.
Por sua vez, a economia neoclássica, um dos ramos da economia
convencional, começou também com os fatores clássicos de
produção de terra, labor e capital. No entanto, desenvolveu uma
teoria alternativa de valor e distribuição. Muitos de seus expoentes
adicionaram vários outros fatores de produção.
Assim, vale ressaltar que distinções adicionais das microeconomias
clássica e neoclássica incluem o seguinte entendimento:
EXPLICANDO

Modelos econômicos são formulações matemáticas: uma

tentativa utilizada pelos economistas para procurar explicar

as interações entre as pessoas e as empresas. Modelos

econômicos são, pois, simplificações das interações entre os

agentes econômicos da vida real. Por meio delas é possível

melhor compreender como as pessoas interagem na

economia e qual o equilíbrio de longo prazo para qual um


mercado avança. A despeito de simplificação, o que implica

que os modelos podem não retratar fielmente a realidade,

ocorre que mesmo os mais simples ajudam os economistas

a atingir conclusões que impactam os negócios na vida real.

Por fim, a economia ecológica se apresenta como uma alternativa


à economia neoclássica. Essa abordagem econômica integra, entre
outras coisas, a primeira e a segunda leis da Termodinâmica como
elementos de analogia para formular sistemas econômicos mais
realistas, aderindo a limitações físicas fundamentais.
Além do foco neoclássico na alocação eficiente, a economia
ecológica enfatiza a sustentabilidade da escala e a distribuição
justa. Ela também difere das teorias neoclássicas em suas
definições de fatores de produção, substituindo-as pelos seguintes
itens:
A seguinte noção é preceito central da economia ecológica: nas
taxas máximas de matéria sustentável e captação de energia, a
única maneira de aumentar a produtividade é por meio do
aumento da inteligência do projeto. Isso fornece a base para um
princípio básico da economia ecológica, que preconiza que o
crescimento infinito é virtualmente impossível.

Sistema econômico
Um sistema econômico (ou ordem
econômica) é um complexo de produção,
alocação de recursos e distribuição de bens
e serviços dentro de uma sociedade ou de
uma determinada área geográfica.
Inclui a combinação de várias instituições, agências, entidades,
processos de tomada de decisão e padrões de consumo que
compõem a estrutura econômica de uma determinada
comunidade. Como tal, um sistema econômico é necessariamente
um tipo de sistema social. O modo de produção é um conceito
relacionado. Todos os sistemas econômicos têm três perguntas
básicas a serem feitas:
 O que produzir?
 Como produzir e em que quantidades?
 Quem recebe a produção?

O estudo dos sistemas econômicos inclui como essas várias


agências e instituições estão ligadas entre si, como as informações
fluem entre elas e as relações sociais dentro do sistema (incluindo
direitos de propriedade e estrutura de gestão). De início, a análise
dos sistemas econômicos tradicionalmente costumava focar nas
dicotomias e comparações entre economias de mercado e
economias planejadas e nas distinções entre capitalismo e
socialismo.

Posteriormente, a categorização dos sistemas econômicos se


expandiu para incluir outros tópicos e modelos que não estão de
acordo com a dicotomia tradicional. Atualmente, a forma
dominante de organização econômica em nível mundial é baseada
em economias mistas orientadas para o mercado.
O estudo comparativo de sistemas econômicos comparativos inclui
as seguintes categorias analíticas:
 Planejamento, coordenação e reforma;
 Empresas produtivas; mercados de fatores e produtos;
preços; população;
 Economia pública e economia financeira;
 Renda nacional, produto e despesa, dinheiro e inflação;
 Comércio internacional, finanças, investimentos e ajuda;
 Economia do consumidor, bem-estar e pobreza;
 Desempenho e perspectivas;
 Recursos naturais, energia, meio ambiente e estudos
regionais;
 Economia política; instituições legais e direitos de
propriedade.

COMPONENTES

Como já ficou evidente, existem variados


componentes em um sistema econômico.
As estruturas de tomada de decisão de uma economia determinam
o uso de insumos econômicos (os fatores de produção), a
distribuição da produção, o nível de centralização na tomada de
decisão e quem toma essas decisões. As decisões podem ser
tomadas por conselhos industriais, por uma agência
governamental ou por proprietários privados.
É preciso considerar que um sistema econômico tem o caráter
macro de um sistema de produção, alocação de recursos, troca e
distribuição de bens e serviços em uma sociedade ou em uma
determinada área geográfica.
Toda economia é, portanto, um sistema que aloca recursos para
troca, produção, distribuição e consumo. O sistema costuma ser
estabilizado por meio de uma combinação de ameaça e
confiança, que são o resultado de acordos institucionais. Nesse
sentido, um sistema econômico reúne as seguintes instituições:
TIPOLOGIA
Existem várias questões básicas que devem
tentar ser respondidas para que uma
economia funcione satisfatoriamente.
O problema da escassez, por exemplo, requer respostas para
perguntas essenciais, como o que produzir, como produzi-lo e
quem recebe o que é produzido. Um sistema econômico, como
visto, é uma maneira de responder a essas perguntas básicas:
diferentes sistemas econômicos respondem de maneira diferente,
espelhando seus matizes ideológicos. De todo modo, muitos
objetivos diferentes podem ser vistos como desejáveis para uma
economia, como eficiência, crescimento, liberdade e igualdade.
Os sistemas econômicos são geralmente segmentados pelo regime
de direitos de propriedade dos meios de produção e pelo
mecanismo dominante de alocação de recursos. Economias que
combinam propriedade privada com alocação de mercado são
chamadas de “capitalismo de mercado” e economias que
combinam propriedade privada com planejamento econômico são
denominadas “capitalismo de comando” ou dirigismo. Da mesma
forma, sistemas que misturam propriedade pública ou cooperativa
dos meios de produção com planejamento econômico são
chamados de “economias socialistas planejadas” e sistemas que
combinam propriedade pública ou cooperativa com mercados são
chamados “socialismo de mercado”.
Algumas perspectivas se baseiam nessa nomenclatura básica para
levar em consideração outras variáveis, como processos de classe
dentro de uma economia. Isso leva alguns economistas a
categorizar, por exemplo, a economia da antiga URSS como
capitalismo de estado, com base na análise de que a classe
trabalhadora foi explorada pela liderança do partido. Em vez de
considerar a propriedade nominal, essa perspectiva leva em
consideração a forma organizacional das empresas econômicas.
Por sua vez, em um sistema econômico capitalista, a produção é
realizada para lucro privado e as decisões relativas ao investimento
e à alocação de fatores são determinadas pelos proprietários dos
negócios nos mercados de fatores. Os meios de produção
pertencem principalmente a empresas privadas e as decisões
sobre produção e investimento são determinadas pelos
proprietários nos mercados de capitais. Os sistemas capitalistas
variam do laissez-faire, com mínima regulamentação
governamental e empresa estatal, aos sistemas regulamentados e
de mercado social, com o objetivo de melhorar as falhas do
mercado ou complementar o mercado privado com políticas
sociais para promover a igualdade de oportunidades,
respectivamente.
CURIOSIDADE

Laissez-faire é sentença escrita em francês, parte da

expressão “laissez faire, laissez aller, laissez passer” que

significa, em tradução livre, “deixai fazer, deixai ir, deixai

passar”. É, portanto, o símbolo do liberalismo econômico na

versão mais pura de capitalismo, que preconiza que o

mercado deve funcionar de modo absolutamente livre, sem

interferência, taxas, tampouco subsídios, apenas com

regulamentos suficientes para proteger os direitos de

propriedade.

Nos sistemas econômicos socialistas, a produção para uso é


realizada; as decisões sobre o uso dos meios de produção são
ajustadas para satisfazer a demanda econômica, e o investimento é
determinado por meio de procedimentos de um centralizado
planejamento econômico. Existe uma ampla gama de
procedimentos de planejamento e estruturas de propriedade
propostos para sistemas socialistas, sendo característica comum
entre eles a propriedade social dos meios de produção. Isso pode
assumir a forma de propriedade pública por toda a sociedade ou
propriedade de forma cooperativa por seus funcionários. Um
sistema econômico socialista que possui propriedade social, mas
que se baseia no processo de acumulação de capital e utilização de
mercados de capital para a alocação de bens de capital entre
empresas de propriedade social, adentra usualmente a
subcategoria de socialismo de mercado.
Relação da economia com as
demais ciências
Não resta dúvida que a economia está
intimamente relacionada a muitas outras
ciências.
Inicialmente, há que se considerar que toda a discussão sobre juízo
de valor, evidentemente, depende intimamente de considerações
de ordem psicológica. Não por acaso, a escola de economia que
desenvolveu mais extensivamente a teoria do valor é comumente
chamada de escola psicológica. Dela, derivam abordagens bastante
interessantes, como é o caso da economia comportamental.
ASSISTA

A economia comportamental se ocupa do estudo do

impacto de fatores de naturezas psicológica, social, cognitiva

e emocional combinados com fatores econômicos para

indivíduos e organizações. Nesta entrevista com a

economista Flávia Ávila, é possível compreender um pouco

mais a respeito desse fenômeno. São abordados temas

como a irracionalidade no ato de consumo e ancoragem de

preços.

A Sociologia, por vezes, é definida como a ciência social, ou seja, a


ciência de todas as relações sociais. Se a Sociologia é considerada
nesse preâmbulo, a Economia é com toda legitimidade um ramo da
Sociologia. Há, claro, escritores mais ortodoxos que sustentam que
a Sociologia lida apenas com as leis mais gerais que se aplicam a
toda a estrutura social e que é em algum nível coordenada com
economia, política e ética, mas não inclui todas elas; além disso,
mais recentemente, abordagens mais integradoras têm se
proliferado na academia.
A Política é a ciência do Estado e, devido às muitas e importantes
maneiras pelas quais o Estado influencia e é influenciado pela
maneira como a população vive, os campos das duas ciências –
Política e Economia – estão intimamente entrelaçados e têm
muitos problemas em comum.
A Ética é a ciência da conduta moral; ela faz a pergunta acerca do
que deveria ser. Houve um tempo em que os economistas
sustentaram que a economia estava preocupada apenas com a
questão “o que é” (abordagem descritiva) e não com a pergunta “o
que deveria ser” (abordagem normativa). Nos dias atuais, porém,
praticamente todos os economistas sustentam que a Economia é
uma ciência ética e também uma ciência positiva, isto é, preocupa-
se com o que deveria estar na esfera econômica e com o que é.
Assim como a Economia está intimamente relacionada à ciência da
Política, também está intimamente relacionada à ciência do Direito.
O governo e a lei formam uma estrutura na qual as forças
econômicas agem.

Pondere-se sobre significado das leis econômicas. Afinal, o termo


“lei”, ou “legal”, é usado em uma ampla diversidade de aplicações.
Por exemplo, na jurisprudência, significa uma regra de conduta
estabelecida por um Estado para orientação de seus cidadãos; mas
nas ciências em geral, onde há regularidade na recorrência de
fenômenos, diz-se que existe lei científica. Afinal, onde os
fenômenos que se repetem com regularidade são fenômenos
econômicos, isto é, onde eles têm a ver com as relações do homem
com a riqueza, estabelecem-se leis econômicas.
Por exemplo, quando as pessoas derretem moedas de ouro para
produzir lingotes, geralmente derretem moedas com peso total, de
preferência as moedas muito gastas e, portanto, leves. A
regularidade de tal ação é uma lei econômica e tem muita
consequência na economia.
Contudo, que se confrontem o direito econômico e a liberdade de
vontade: às vezes, é recomendado que as leis econômicas não
sejam leis reais porque se preocupam com as ações humanas e
que, como o livre arbítrio é livre, não haverá regularidade suficiente
nessas ações para permitir que sejam chamadas literalmente de
leis.

Essa afirmação, no entanto, deixa de levar em conta o significado


das leis econômicas. Afinal, uma pessoa não é obrigada a obedecer
às leis econômicas, mas os motivos que a influenciam no trato com
os fenômenos econômicos geralmente o levam a agir de acordo
com as leis econômicas. Assim, o homem que derrete moedas de
ouro para produzir lingotes é perfeitamente livre para derreter as
moedas mais leves, mas o motivo do interesse próprio geralmente
o leva a derreter moedas com peso total.
Divisão do estudo Econômico
A ciência da Economia tem a ver com o
homem em suas relações com a riqueza.
Por conveniência em melhor discutir o assunto, muitos escritores
dividem o campo da Economia em quatro seções principais, a
saber:
 Consumo de riqueza;
 Produção de riqueza;
 Troca de riqueza;
 Distribuição de riqueza.
Em suma, o consumo de riqueza significa o uso dado à riqueza; a
produção de riqueza significa trazer à existência a riqueza; a troca
de riqueza significa a transferência da propriedade da riqueza de
uma pessoa para outra em consideração a uma transferência
correspondente da propriedade de outra riqueza desta última para
a primeira; e a distribuição da riqueza significa o compartilhamento
da riqueza que foi produzida entre aqueles que a reivindicam.

Agora é a hora de sintetizar tudo o


que aprendemos nessa unidade.
Vamos lá?!
SINTETIZANDO
Essa unidade se ocupou, primeiramente, em oferecer um
entendimento dos conceitos da economia, que perfazem o mais
básico vocabulário desse campo do conhecimento. Foi visto que é
possível considerar ao menos seis conceitos econômicos
fundamentais: escassez e escolha, custo da oportunidade e trade-
offs, produtividade, sistemas econômicos, instituições e incentivos
econômicos e troca, dinheiro e interdependência.
O problema econômico fundamental é a escassez. Como
consequência, entender a economia também sob esse prisma, de
como a sociedade aloca seus recursos, tende a fundir, senão
sobrepor parcialmente, o planejamento econômico normativo e o
estudo empírico de como os agentes econômicos operam nessas
condições.
Foi explicado que, na área econômica, os termos fronteira de
possibilidade de produção e curva de possibilidade de
produção são sinônimos. O conceito se associa a um gráfico, na
forma de uma curva, que mostra várias combinações das
quantidades de dois bens que podem ser produzidos dentro dos
recursos e da tecnologia disponíveis.
No contexto da interpretação de uma curva de possibilidade de
produção, o custo de oportunidade está diretamente relacionado
ao formato do gráfico. É sabido que se o formato da curva for
linear, o custo de oportunidade será constante conforme a
produção de diferentes mercadorias estiver mudando; entretanto,
o custo da oportunidade geralmente varia dependendo dos pontos
de partida e de chegada.
Na economia, fatores de produção – também denominados
recursos ou insumos – são usados no processo produtivo para que
se viabilize a elaboração de produtos resultantes desse processo –
ou seja, bens e serviços acabados.
O que produzir? Como produzir e em que quantidades? Quem
recebe a produção? Estas questões-chave direcionam a proposição
de sistemas econômicos, geralmente segmentados pelo regime de
direitos de propriedade dos meios de produção e pelo mecanismo
dominante de alocação de recursos.
Finalmente, não resta dúvida que a Economia está
intimamente relacionada a muitas outras ciências, como Sociologia,
Psicologia, Direito, Ecologia etc. Disso decorre que a divisão do
estudo econômico se dê em função do consumo de riqueza, da sua
produção, se sua troca e de sua distribuição.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COMPORTAMENTO econômico com Flávia Ávila. Postado por
Canal Futura. (12min. 10s.). son. color. port. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=XHaI2Y76a4g>. Acesso em: 02
mar. 2020.
DALY, H.; FARLEY, J. Ecological economics: principles and
applications. Washington: Island Press, 2003.
MARTIN, A.; PETERSEN, M. Poverty alleviation as an economic
problem. Disponível em:
<https://www.researchgate.net/publication/317996251_Poverty_All
eviation_as_an_Economic_Problem>. Acesso em: 02 mar. 2020.
O’HARA, F. Introduction to economics. Londres: Forgotten Books,
2015.
OUTHWAITE, W.; BOTTOMORE, T. The Blackwell dictionary of
twentieth–century social thought. 2. ed. Hoboken: Wiley-
Blackwell, 1994.
ROSSER, J.; ROSSER, M. Comparative economics in a
transforming world economy. 2. ed. Cambridge: MIT Press, 2018.
SAMUELSON, P.; NORDHAUS, W. Microeconomics. 19. ed. Nova
Iorque: McGraw Hill Education, 2013.
SAUNDERS, P.; GILLIARD, J. A framework for teaching basic
economic concepts: with scope and sequence guidelines, K-12.
Nova Iorque: Council for Economic Education, 2005.

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