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ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO
(CV3)
AULA 1
TEMA:
INTRODUÇÃO À ECONOMIA
A Origem da Economia
Na área de ciências de administração o estudo da economia tem uma razão fundamental.
Por um lado, a escolha da melhor alternativa, que maximize o lucro ou a satisfação e
minimize os custos ou o prejuízo é possível se tivermos os rudimentos fundamentais da
economia. Por outro lado, o ambiente de negócios é rodeado de regulamentação,
impostos e é afectado pelas políticas fiscais do Estado e do Comércio internacional. O
entendimento destas matérias é possível com o estudo da economia.
A nível pessoal, a escolha de uma profissão constitui a decisão económica mais
importante. A escolha da profissão não depende apenas das nossas capacidades, mas
também da forma como várias forças económicas que estão fora do seu controlo
afectam os seus salários.
Esta unidade e as próximas deste de Economia têm como objectivo torná-lo capaz de
reagir e realizar actividades de forma economicamente racional: maximização dos
benefícios e minimização dos custos.
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A palavra economia tem origem na Grécia antiga e é referência nos trabalhos de
Aristóteles (440-335 a.c.), Xenofontes e Platão.
A origem etimológica da palavra economia deriva do grego oikonomía: oikos – casa,
moradia; e nomos – administração.
“Economia é todo o conhecimento que permite o governo ou a administração da
actividade caseira.”
Em 1615, a economia recebeu pela primeira vez a expressão Economia Política na obra
Traité de l’Économie Politique do mercantilista francês Antoine de Montchrétien
(1575-1621). No entanto, só a partir do século XVIII é que a Economia torna-se ciência.
Foi com Adam Smith (1776), na publicação do livro (sobre a natureza e as causas da
riqueza das nações), que a economia passou a ser uma reunião de conhecimentos
sistematicamente organizados, com princípios coerentes e lógicos, que visam a alocação
eficiente de recursos escassos da e na sociedade.
A economia existe para interpretar e ajudar a minimizar o problema de
adequação de recursos escassos para satisfação das necessidades ilimitadas.
O estudo da economia na época moderna visa a alocação eficiente e eficaz dos
recursos com usos alternativos para a produção de bens para a sociedade agora e
no futuro.
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Consumo – Significa utilizar bens e serviços económicos para satisfazer as
necessidades humanas.
Redistribuição – visa a redução das disparidades sociais e consiste em
equilibrar o nível do consumo entre os diferentes grupos sociais.
Desenvolvimento Económico – representa o crescimento cumulativo de
rendimento acompanhado por alterações estruturais e institucionais numa
economia. É um conceito macroeconómico. Quantitativamente, o
desenvolvimento económico apura-se pelo rendimento nacional per capita, isto
é, por habitante.
AS DIVISÕES DA ECONOMIA
A Economia deve ser considerada unitária, no entanto, o seu estudo foi desenvolvido
em capítulos para facilitar o seu entendimento.
Outras divisões estão relacionadas com a forma como se aborda as questões económicas
e os métodos de análise. A divisão da economia tem em conta o assunto que é abordado.
Assim, a economia divide-se em duas partes, Microeconomia e a Macroeconomia.
ESCASSEZ
Para satisfazer as necessidades materiais e não-materiais de uma sociedade é necessário
produzir bens e serviços. Para isso, empregam-se os recursos produtivos.
Esses recursos podem ter usos alternativos, isto é, podem ser utilizados para produzir
diferentes produtos. Por exemplo, um produtor rural pode utilizar suas terras para
produzir soja ou milho e uma indústria automobilística pode produzir tractores ou
autocarros.
Escassez - O termo “escasso” está intimamente associado a “limitado” ou
“económico” em oposição a “ilimitado” ou “livre”.
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A lei da escassez analisa a utilização dos recursos escassos, escolhendo entre usos
alternativos, para produzir bens e serviços úteis para a satisfação das necessidades dos
consumidores. A relação entre os recursos escassos e as necessidades ilimitadas acaba
originando os problemas económicos fundamentais, isto é, por não termos os recursos
suficientes para atender todas as necessidades é necessário fazer escolhas sobre o que,
quanto, como e para quem produzir.
A escassez obriga à escolha. Uma escolha daquilo que, no momento, consideramos ser
mais importante, mais urgente ou mais proveitoso na satisfação das nossas
necessidades. Escolher significa não apenas dizer sim a algo, mas também renunciar a
outras coisas.
“Todo o aluno tem seu custo de oportunidade, que é o sacrifício de estudar no curso
superior em vez de trabalhar e receber salário”
SISTEMA ECONOMICO
Define os seis principais objectivos de um sistema económico (eficiência económica,
equidade, liberdade, crescimento, segurança e estabilidade) ilustrando a importância
relativa destes objectivos em diferentes sistemas económicos
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Define as principais rubricas da Contabilidade de um país, incluindo os conceitos de
Produto Nacional Bruto, Produto Interno Bruto, Balança de Pagamentos, Balança
Comercial, Balança de Transacções Correntes, etc.
As empresas organizam seus recursos produtivos para que possam ser produzidos os
bens e os serviços. Essas empresas são conhecidas como unidades produtoras. São
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exemplos de unidades produtoras: um lacticínio, um fabrica de ração, uma escola, uma
confecção de roupas, etc.
Os bens produzidos nessas unidades produtoras podem ser classificados em:
Bens e serviços de consumo: são bens e serviços destinados ao atendimento
directo das necessidades das pessoas, ou seja, não precisam de nenhuma
transformação para ser utilizados pelos consumidores. De acordo com sua
durabilidade, podem ser classificados como duráveis (geladeiras, fogões,
automóveis) ou como não-duráveis (alimentos, produtos de limpeza).
Bens e serviços intermediários: são bens e serviços utilizados na produção de
outros bens e serviços. Exemplos desse tipo de bens incluem insumos, matérias-
primas e componentes, como chapas de aço, serviços de computação, minério de
ferro, leite in natura, etc.
Bens de capital: são bens utilizados na fabricação de outros bens, aumentando a
eficiência do trabalho humano. Entretanto, não se desgastam totalmente no
processo produtivo. São exemplos: máquinas, equipamentos, instalações,
edifícios, computadores, estradas, etc.
Sistema Socialista
É uma doutrina economica e política que nasceu no final do século XVIII, na Europa,
em contraposição às iniquidades sociais produzidas em larga escala pelo fenômeno da
Revolução Industrial. Defende a reformulação da sociedade capitalista, transformando-a
numa sociedade justa e igualitária.
Sistema Misto
é uma forma de economia que combina dois ou mais modelos econômicos distintos
(Capitalismo e Socialismo). É um sistema económico no qual participam tanto o sector
privado como o sector público.
Na economia mista o Estado, além de orientar a economia, detém a propriedade de
importantes empresas em sectores estratégicos (banca, indústrias transformadoras,
transportes, saúde e educação).
PRINCIPAIS RUBRICAS DA CONTABILIDADE DE UM PAÍS
Produto Interno Bruto (PIB)
O PIB é o valor de mercado de todos os bens finais produzidos durante um determinado
período de tempo (por exemplo, um ano ou um trimestre) em uma determinada região
(por exemplo, um país ou um estado), ou seja, é o preço de mercado multiplicado pela
quantidade de todos os bens e serviços produzidos na economia.
O PIB é um importante indicador da actividade económica de uma região, pois
representa o produto da economia.
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Rendas líquidas enviadas para o exterior (RLEE) É a diferença entre o
pagamento pelo uso de factores de produção estrangeiros utilizados
internamente e o pagamento recebido pelo uso de factores nacionais no exterior.
Renda Líquida Enviada ao Exterior = Renda Enviada ao Exterior - Renda
Recebida do Exterior. A renda líquida enviada para o exterior esta relacionada à
presença de empresas estrangeiras no país, e à actuação de empresas nacionais
em territórios estrangeiros.
Balança de Pagamentos
É um registo sistemático que se destina a medir as transacções económicas que se
estabelecem entre os residentes e não residentes durante um determinado período
contabilístico. O balanço de pagamentos é o registro contabilístico de todas as
transacções realizadas entre os residentes do país com os residentes dos demais países
num determinado período de tempo. São registradas no balanço de pagamentos todas as
importações e exportações de mercadorias realizadas pelo país e o pagamento e
recebimento de fretes, juros, royalties, patentes, seguros, empréstimos obtidos no
exterior, etc. Todas as transacções de um país com o exterior envolvem a compra e a
venda de moedas estrangeiras, que chamaremos de divisas.
• As transacções económicas registadas na balança de pagamentos são
subdivididas em vários grupos de contas. Os principais grupos são as
transacções correntes (TC) e os movimentos de capitais (MK).
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Balança de Comercial (BC)
Regista o saldo das exportações e importações de mercadorias pelo valor FOB (free on
board). Assim, o saldo da balança comercial (NX) é igual a diferença entre exportações
(X) e Importações (M). NX=X-M.
Balança de serviços (BS)
Regista o saldo de todas as operações de transportes, seguros, turismo, rendas de
capitais (juros, dividendos e lucros), direitos de autores, patentes, etc.
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