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2
Sumário
Apresentação
3
Palavra do professor
4
Considerações Finais
Bibliografia
5
UNIDADE I
Princípios de Economia
1 Introdução
6
Neste sentido a escassez é a preocupação básica da Ciência
Econômica.
7
Macroeconomia: o estudo dos fenômenos que afetam o conjunto da
economia, isto é, no seu aspecto agregado e dessa forma se concentrando no
estudo das variáveis agregadas de um país como: inflação, desemprego,
demanda agregada, oferta agregada, produto, renda.
Sua natureza
De capital: não atendem diretamente às necessidades.
De consumo: destinam-se à satisfação direta de necessidades.
• Duradouros/duráveis: permitem um uso prolongado.
• Não-duradouros/Não duráveis: acabam com o tempo.
8
Intermediários: devem sofrer novas transformações antes de se
converterem em bens de consumo ou de capital.
Finais: Já sofreram as transformações necessárias para seu uso ou
consumo.
1.3 Os serviços
9
1.4 Os fatores de produção
Fatores produtivos
Terra Trabalho Capital
Em economia, é Refere-se às faculdades Compreende as
utilizado no sentido físicas e intelectuais dos edificações, as fábricas,
amplo, indicando não só seres humanos que a maquinaria e os
a terra cultivável e intervêm no processo equipamentos, a
urbana, mas também os produtivo. O trabalho é o existências de meios
recursos naturais que fator de produção elaborados e demais
contém como, por básico. Os trabalhadores meios utilizados no
exemplo, os minerais. se servem das matérias- processo produtivo.
primas obtidas na
natureza. Com a ajuda
da maquinaria
necessária,
transformam-nas até
convertê-las em matérias
básicas, aptas a outros
processo ou bens de
consumo.
10
1.5 A Economia e a necessidade de escolha
11
1.6 O problema fundamental da Economia
O que produzir?
Quanto produzir?
Como produzir?
12
Para quem produzir?
13
1. A quantidade de recursos existentes é fixa durante o tempo de
análise.
2. Todos os recursos de produção (terra, trabalho e capital) estão
empregados na produção.
3. O nível tecnológico não sofre alterações, ou seja, mantém-se
constante.
Em uma economia com milhares de produtos, as escolhas que
enfrentamos são complexas. Veremos agora um exemplo em que só podem
ser produzidos dois bens (alimentos e vestuário). Se decidirmos produzir mais
alimentos e reorientarmos nossos esforços neste sentido, então não
poderemos produzir tanto vestuário. Vejamos esta questão com números.
Alimentos
opções Alimentos Vestuário A
10
(toneladas) (milhares)
B
A 10 0 7,5
B 7,5 5 C
5
C 5 10
D 0 20 D
0 5 10 20 Vestuário
14
Alimentos
C
B
Vestuário
a) O crescimento econômico.
15
implantação de sistemas informatizados na prestação de serviços, podem
proporcionar o deslocamento da CPP mesmo que a quantidade de fatores de
produção tenha permanecido inalterada.
Bem A
Bem B
Desta forma uma sociedade pode optar por direcionar parte dos recursos à
produção de bens de capital, acumulando bens como máquinas, fábricas, etc.,
ou seja, pode investir na formação de capital e parte dos recursos para a
produção de bens de consumo.
16
Bem A
Bem B
17
1.8 Agentes econômicos
18
Primário Secundário Terciário Quaternário
Agricultura Indústria Serviços Robótica
Pesca Construção Comércio Cibernética
Mineração Transporte Informática
Bancos
19
tem de pagar, o tipo de maquinaria utilizada pelas empresas, e muitas outras
coisas são diferentes.
Podemos, dizer também que, salvo as diferenças, nossa economia se
parece mais com a de uns países (por exemplo, Argentina) do que com a de
outros (por exemplo, Cuba).
Essas diferenças ou semelhanças no funcionamento global da economia
são explicadas pelos economistas, que utilizam o conceito de sistema
econômico.
Podemos concluir que um “Sistema Econômico” é a forma como a
sociedade está organizada para desenvolver as atividades econômicas de
produção, circulação, distribuição e consumo de bens e serviços.
Toda economia opera segundo um conjunto de regras e regulamentos.
Por exemplo, as empresas devem ter licenças especificas a fim de que possam
produzir e vender seus produtos, os trabalhadores devem ser registrados em
carteira, os administradores, a fim de que possam exercer sua profissão devem
ser formados em escolas oficialmente reconhecidas, além de terem de ser
filiados a órgão de classe.
20
ECONOMIA MISTA
Prevalecem as forças de mercado, mas com a atuação do Estado, tanto
na alocação de recursos como na própria produção de bens e serviços, nas
áreas de infra-estrutura, energia, saneamento e telecomunicações.
Neste momento vamos nos concentrar em entender melhor o sistema de
economia de mercado. Ele é típico das economias capitalistas as quais têm,
como característica básica, a propriedade privada dos meios de produção, tais
como, fábricas e terras, e sua operação, tendo por objetivo a obtenção de
lucro, sob condições em que predomine a concorrência.
Em uma economia baseada na propriedade privada e na livre iniciativa,
os agentes econômicos (indivíduos e empresas) preocupam-se em resolver
isoladamente seus próprios problemas, tentando sobreviver na concorrência
imposta pelos mercados.
Nesse tipo de sistema econômico, os consumidores e empresas, agindo
individualmente, interagem através dos mercados, acabando por determinar o
que, como e para quem produzir.
A presença do governo neste tipo de economia resume-se ao
atendimento das necessidades coletivas, tais como justiça, educação, saúde,
etc. Cabe ainda ao Estado o estabelecimento de regras visando proteger a
liberdade econômica, zelando, assim, pelo livre jogo da oferta e procura. Uma
economia de mercado resolve os três problemas econômicos fundamentais
simultaneamente, conciliando oferta e procura em cada mercado específico. A
essa dinâmica chamamos de fluxo circular da atividade econômica que está
representado adiante.
21
Mercado de fatores de
$ produção $
Famílias Empresas
$ Mercado de bens e $
serviços
Fluxo real
Fluxo nominal
22
→ Organização sindical forte que pode influenciar na formação de
salários.
→ Intervenções governamentais na política salarial e de preços.
→ Incapacidade do mercado de promover uma perfeita alocação de
recursos. A iniciativa privada não estaria interessada em alocar
recursos em projetos que exigissem altos investimentos e
apresentassem retorno lento, tais como a construção de usinas
hidroelétricas, portos etc.
→ Incapacidade do mercado em promover sozinho uma justa
distribuição de renda (conflitos distributivos)
1 - Dê a definição de Economia?
23
9 - Quais são as questões econômicas fundamentais?
Conclusão
24
UNIDADE II - Teoria do Consumidor
2 A teoria Microeconômica
25
Em sistemas econômicos capitalistas onde se destaca o Livre Mercado
(não interferência externa na determinação dos preços e quantidades ofertadas
e consumidas), além da estrutura do mercado, os comportamentos dos
compradores e dos consumidores são fatores determinantes no processo de
formação de preço de venda dos produtos (preço de mercado).
Para que se possa conhecer o funcionamento de um mercado é
necessário conhecer também alguns aspectos relacionados ao comportamento
dos consumidores (demanda) e dos vendedores (oferta).
Por ora vamos traçar algumas características gerais sobre mercado e
conceitos essenciais para a melhor compreensão da Teoria da Demanda ou
Teoria do Consumidor.
26
Desta forma é possível começar a estruturar a nossa definição de
demanda (também pode ser chamada procura) como: a quantidade de um
produto que o consumidor está disposto a consumir aos diferentes níveis de
preço. A primeira coisa que temos que observar na demanda é a disposição
do consumidor em comprar, e não o fato da compra. Assim podemos dizer que
se o preço for R$0,15 a demanda será de 82 pãezinhos/mês, mas se o preço
for R$0,20 o consumo será de 73 unidades/mês.
Contudo, outras variáveis importantes devem ser incorporadas à
definição de demanda. A primeira diz respeito ao período de tempo ao qual nós
estamos nos referindo. Assim como na definição do mercado, na definição de
demanda é necessário que se conheça claramente qual o intervalo e o período
de tempo ao qual estamos nos referindo.
Também é importante que sejam limitadas às variações nos demais
fatores capazes de afetar a disposição dos consumidores em querer comprar
mais ou menos do produto em questão.
Se a renda dos consumidores mudar, eles provavelmente estarão
dispostos a consumir uma quantidade maior ou menor do produto, mesmo que
o preço e o período de tempo se mantenham constantes. Da mesma forma
acontece com outros fatores como preços de outros produtos, gosto e moda,
etc.
Demanda, portanto, pode ser sintetizada como a quantidade demandada
de um bem que os consumidores desejam e podem comprar.
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Preço dos produtos complementares (são produtos que trazem maior
satisfação ao serem consumidos em conjunto. Exemplo: café e açúcar);
Gostos e preferências (moda; faixa etária da população; escolaridade;
religião; processos de urbanização; avanços tecnológicos; propaganda;
hábitos culturais; clima; épocas do ano).
Expectativas futuras com relação ao comportamento do preço.
Em economia é comum supor que outras variáveis além das que estão
sendo consideradas (neste caso preço e quantidade) se mantenham
constantes. Isso é feito para que se possa estabelecer uma relação de causa e
efeito a partir de alterações em cada uma das variáveis estudadas.
Para tanto, a teoria microeconômica lança mão da condição Ceteris
Paribus ou Coeteris Paribus, uma expressão que vem do Latim e que quer
dizer “tudo o mais constante”. O foco do estudo é dirigido apenas àquele
mercado, analisando-se o papel que a oferta e a demanda nele exercem,
supondo que outras variáveis interfiram muito pouco, ou que não interfiram de
maneira absoluta.
Adotando-se essa hipótese, torna-se possível o estudo de um
determinado mercado selecionando-se apenas as variáveis que influenciem os
agentes econômicos – consumidores e produtores – nesse particular mercado,
independentemente de outros fatores, que estão em outros mercados,
poderem influenciá-los. Sabemos, por exemplo, que a procura de uma
mercadoria é normalmente mais afetada por seu preço e pela renda dos
consumidores. Para analisar o efeito do preço sobre a demanda, supomos que
a renda permaneça constante, ou seja, ceteris paribus; da mesma forma para
avaliar a relação entre a demanda e a renda dos consumidores, supomos que
o preço da mercadoria não irá se alterar.
28
A utilidade é o sentimento subjetivo de prazer ou satisfação que uma pessoa
experimenta como conseqüência de consumir determinado bem ou serviço.
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normal, pois, a utilidade da roupa é muito grande já que está passando frio.
Após ter adquirido esta muda de roupa talvez a pessoa até pense em comprar
outras peças de roupa de inverno, mas certamente já não irá aceitar qualquer
preço. Provavelmente, irá até mesmo fazer uma pesquisa de preço antes de
efetuar a compra. O mesmo tipo de raciocínio fica fácil de ser feito com uma
pessoa que esteja com muita fome ou sede.
30
dessa forma de mensuração. A segunda crítica diz respeito à propriedade
aditiva da utilidade. Sabemos que existem alguns bens que, quando
consumidos ao mesmo tempo, têm uma utilidade maior do que se consumidos
isoladamente. Nesse caso não é possível somar as utilidades de cada bem
para se obter a utilidade total. Assim, uma pessoa que come um prato de arroz
com feijão, por exemplo, está obtendo uma utilidade bem maior do que se
consumisse o arroz e o feijão separadamente.
31
A teoria ordinal considera que a utilidade é decorrente do consumo combinado,
e não individual, dos bens. Além disso, a utilidade não é mais medida, mas sim
ordenada.
32
Graficamente o crescimento da utilidade total e o decrescimento da
utilidade marginal ficam mais claros, facilitando então a sua compreensão.
10
40
34 9
27 8
19
10 7
6
0 1 2 3 4 5 0 1 2 3 4 5
Quantidade de chocolates Quantidade de chocolates
33
Umg A Umg B
= = ... = Umg por Real de renda.
PA PB
34
Tabela da demanda
Preços e quantidades demandadas de TVs
Preço de uma TV Unidades demandadas
1000,00 13
1500,00 10
2000,00 7
2500,00 4
3000,00 1
4000
Preço em Reais
3000
2000
1000
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Quantidades dem andadas
Função da demanda
Qd = f ( P)
35
Onde:
Qd = quantidade procurada de um determinado bem, num dado período de
tempo;
P = preço de um bem ou serviço.
Ao traçar a curva de demanda, supomos que os fatores capazes de
afetar a quantidade demandada, exceto o preço, permanecem constantes.
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E = expectativas do consumidor em relação ao bem em um determinado
período de tempo t .
D0 aumento
desejam adquirir, a dado preço,
da
demanda desloca a curva da demanda para a
D2
direita. Por outro lado, qualquer
mudança que reduz a quantidade que
esses compradores desejam adquirir,
diminuição
da a dado preço, desloca a curva de
demanda
demanda para a esquerda.
quantidade
do
bem A
37
A renda dos consumidores
38
Ainda supondo um aumento no preço da gasolina e em consequência
imediata a queda no consumo de veículos movidos exclusivamente à gasolina,
podemos verificar, conjuntamente, uma queda no consumo de aditivos para
motores à gasolina. Essa dinâmica se dá pelo fato dos referidos bens serem
complementares, ou seja, com a diminuição do consumo de carros movidos
exclusivamente à gasolina, a necessidade de aditivos para esse tipo de
motorização está comprometida também, trazendo um deslocamento para a
esquerda da curva da demanda por aditivos desse tipo.
Bens independentes: são os que não têm nenhuma relação entre si, de forma
que a variação no preço de um deles, não afetará a demanda do outro.
39
O excedente do consumidor de um bem é a diferença entre o preço máximo
que o consumidor estaria disposto a pagar pelo número de unidades do bem
demandado e o preço que ele realmente paga no mercado. Ou seja, o
excedente do consumidor é a diferença entre a utilidade total de um bem e seu
valor total de mercado.
20
19
18
17
16
Excedente do Consumidor
15 6 + 5 + 4 + 3 + 2 + 1 = 21
14
13
40
O excedente do consumidor associado ao consumo de 6 ingressos é dado
pela soma do excedente obtido do consumo de cada ingresso.
7 x
O preço praticado no mercado, para
y
esse mesmo bem é dado pela função
y = 1.
Preço praticado
1
x
41
2.5 Elasticidade da demanda
Determinantes:
• Necessidades versus supérfluos: os bens necessários tendem a ter
demandas inelásticas. Cabe ressaltar que a classificação de um bem
como supérfluo ou necessário não depende das propriedades
intrínsecas do bem, mas das preferências do comprador;
• Disponibilidade de substitutos próximos: bens com substitutos próximos
tentem a ter uma demanda mais elástica porque é mais fácil para os
consumidores trocar um bem por outro;
• Definição de mercado: a elasticidade da demanda depende de como são
traçados os limites do mercado. Mercados definidos de forma restrita
tendem a ter uma demanda mais elástica que mercados definidos de
forma ampla, uma vez que é mais fácil encontrar substitutos próximos
para bens definidos de forma restrita. Exemplo: comida de forma ampla
e sorvete de baunilha;
• Horizonte temporal: os bens tendem a ter uma demanda mais elástica
em grandes horizontes temporais. Quando o preço da gasolina aumenta,
a demanda cai pouco nos primeiros meses. No entanto, com o passar
do tempo, as pessoas compram carros mais econômicos, passam a usar
o transporte coletivo e se mudam para mais perto do local de trabalho.
Em alguns anos, mantido o preço elevado, a quantidade demandada de
gasolina cai substancialmente.
42
Neste momento iremos nos dedicar a estudar as reações da demanda
com base nas variações nos preços associados do mesmo bem, a essa reação
chamaremos de elasticidade preço da demanda.
43
que ao preço de R$ 2,00 uma família consome 5 quilos do produto por semana.
Ao considerarmos o aumento do preço para R$ 3,00 a mesma família passa a
consumir 3 quilos por semana, como se vê no gráfico a seguir.
∆Q Q1 − Q0 3−5 2
−
Q Q0 − 0,4 40%
Ed = = = 5 = 5 = = = 80%
∆P P1 − P0 3−2 1 0,5 50%
P P0 2 2
ATENÇÃO: note que desprezamos o sinal negativo pois nos interessa somente
a razão entre as variações percentuais e que 80% = 0,8.
Elasticidade cruzada
44
quantidade demandada de um produto em particular (A) dividida pela variação
percentual no preço de um bem afim (B):
∆Q A
Q
Ec = A
∆PB
PB
P P
B
R$ 150,00
B
A A
R$ 100,00
0 Q 0 3 5 Q
Curva da demanda por sapatos Curva da demanda por meias
45
P0 = preço inicial do bem B Q 0 = quantidade inicial do bem A
P1 = preço final do bem B Q1 = quantidade final do bem A
∆Q A Q1 − Q0 3−5 2
−
Q Q0 5 − 0,4 − 40%
E AB = A = = = 5 = = = −80%
∆PB P1 − P0 150 − 100 1 0,5 50%
PB P0 100 2
Elasticidade renda
∆Q
Q
Er =
∆R
R
46
Um bem de luxo tem elasticidade renda é superior a 1.
Um bem necessário tem elasticidade renda inferior a 1.
1 – Conceitue demanda.
47
10 - De que forma uma expectativa de aumento de preços para um
determinado produto pode influenciar a demanda?
Conclusão
48
Teoria da Produção
3 A empresa
49
Produção é o processo de transformação dos fatores adquiridos pela empresa
em produtos para a venda no mercado, preocupando-se com a relação técnica
ou tecnológica entre a quantidade física dos produtos (outputs) e de fatores de
produção (inputs).
Indica o maior nível de produção que uma firma pode atingir para cada
possível combinação de insumos, dado o estado da tecnologia, mostrando o
que é tecnicamente viável quando a firma opera de forma eficiente.
50
Q = quantidade produzida do bem;
Q = F(K, L) K = quantidade empregada de capital;
L = quantidade empregada de
trabalho.
Função de produção
1 2 3 4 5
capital
trabalho
1 20 40 55 65 75
2 40 60 75 85 90
3 55 75 90 100 105
Observações:
Para qualquer nível de K, o produto aumenta quando L aumenta.
Para qualquer nível de L, o produto aumenta quando K aumenta.
51
Várias combinações de insumos podem produzir a mesma quantidade de
produto.
A função de produção também pode ser representada num gráfico como
o que se apresenta a seguir, onde as linhas vermelhas representam
isoquantas. A isoquanta é uma linha formada pelo conjunto de combinações
de inputs que podem produzir Q; cada linha representa possíveis combinações
de fatores produtivos de que resulta a mesma quantidade de produção, através
da combinação de recursos para produzir bens e serviços.
3
A B C
2
Q3 = 90
D Q2 = 75
1
Q1 = 55
Trabalho por ano
1 2 3 4 5
Mapa de isoquantas
52
→ Essa informação permite ao produtor reagir eficientemente às mudanças
nos mercados de insumos.
53
3.1.1 A produtividade na empresa
Produto Q
PM e = =
Trabalho L
54
→ O produto marginal do trabalho (PMg), ou produto de um trabalhador
adicional, aumenta rapidamente no início, depois diminui e se torna
negativo.
∆Produto ∆Q
PMgL = =
∆Trabalho ∆L
Produção
por mês
D
11
2
C Produto Total
6
B
0
55
Produção
por mês
30
Produto Marginal
E Produto Médio
20
10
Observações:
À esquerda do ponto E: PMg > PMe (PMe é crescente)
À direita do ponto E: PMg < PMe (PMe é decrescente)
No ponto E: PMg = PMe (A PMe está no seu ponto máximo)
Quando a curva do produto marginal corta o produto médio:
→ a curva do produto médio atinge seu ponto máximo;
→ a curva do produto médio se torna decrescente.
56
Apesar da importância dessa lei, no estudo na teoria da produção, e da
sua relativa regularidade no comportamento da produção nas empresas, ela
não goza de validade universal, pois, não raro, ela só se cumpre após terem
sido acrescentados um número razoável de incrementos iguais do fator
variável.
Quanto à lei dos rendimentos decrescentes devemos atentar para
algumas observações:
→ À medida que o uso de determinado insumo aumenta, chega-se a um
ponto em que as quantidades adicionais de produto obtidas tornam-
se menores, ou seja, o PMg diminui.
→ Quando a quantidade utilizada do insumo trabalho é pequena, o PMg
é grande em decorrência da maior especialização.
→ Quando a quantidade utilizada do insumo trabalho é grande, o PMg
decresce em decorrência de ineficiências.
→ Pode ser aplicada a decisões de longo prazo relativas à escolha
entre diferentes configurações de plantas produtivas
→ Supõe-se que a qualidade do insumo variável seja constante
→ Explica a ocorrência de um PMg declinante, mas não
necessariamente de um PMg negativo
→ Supõe-se uma tecnologia constante
57
Economias de Escala ou Rendimentos de Escala
58
→ Custo Contábil: Despesas efetivas mais despesas com depreciação
de equipamentos;
→ Custo Econômico: Custos incorridos pela firma ao usar recursos
econômicos na produção (inclusive custos de oportunidade).
O objetivo básico de uma firma é a maximização de resultados.
CT = CF + CV
Custo Total de Produção é o total das despesas realizadas pela firma com a
utilização da combinação mais econômica dos fatores de produção, por meio
da qual é obtida uma determinada quantidade do produto.
59
é constante não podendo ser aumentado ou diminuído em curto prazo. Como o
custo fixo total permanece inalterado, o custo total de curto prazo variará
apenas em decorrência de modificações no custo da variável total.
CT
CTM e =
q
CV
CVM e =
q
60
Custo Fixo Médio (CFMe)
É o quociente entre o custo fixo total e a quantidade produzida, mostra
como os custos fixos médios diminuem à medida que a produção aumenta.
CF
CFM e =
q
∆CT
CM g =
∆q
Curvas de custo
61
Custo ($ por ano)
10
CMg
7
5 CTMe
CVMe
CFMe
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 1 Produção
Sempre que o custo marginal for inferior ao custo médio, este último
será decrescente. Sempre que for superior ao custo médio, este último será
crescente.
62
→ Preço do produto (PA): se o preço do produto aumenta, a
quantidade ofertada dele aumenta. Ressalta-se que variações no
preço geram mudanças ao longo da curva de oferta.
→ Preço dos insumos usados na produção do bem (PI): se o preço
de um insumo aumenta, o custo de produção do produto aumenta e a
oferta cai. Se, por exemplo, o preço das sementes de milho aumenta,
o agricultor diminui a sua plantação de milho e a oferta de milho cai.
→ Tecnologia (T): os desenvolvimentos tecnológicos atuam
positivamente na oferta do produto.Uma empresa copiadora, por
exemplo, aumenta substancialmente sua oferta de xérox quando
novas máquinas de xerox, tecnologicamente mais sofisticadas, são
utilizadas .
→ Expectativas (E): as expectativas acerca das variáveis econômicas
também influem no lado da oferta. Se, por exemplo, o produtor de
milho tem expectativas de que o preço de seu produto vai aumentar
no futuro, ele estoca sua produção, com o objetivo de vendê-la
posteriormente, e a oferta de milho atual cai.
Q A = O( PA , PI , T , E )
63
supormos o preço do próprio bem estando fixo e alterando
individualmente cada um dos outros elementos da função de produção.
Deslocamentos da Oferta
P S
S’
P1
P2
Q0 Q1 Q2 Q
64
Mudanças no preço dos fatores
Mudanças na tecnologia Deslocamentos da curva da demanda
Mudanças no número de empresas
65
Para que o conceito de elasticidade preço da oferta fique mais claro,
lançaremos mão do seguinte exemplo: Um certo empresário produz 2.000
camisas por mês, ao preço de R$ 15,00 cada. Se o preço de cada camisa
passar para R$ 20,00, o empresário elevará sua produção para 2.200 camisas,
ceteris paribus, como se vê no gráfico a seguir.
A Q0 = 2.000 camisas
R$ 15,00
Q1 = 2.200 camisas
P0 = R$ 15,00
0 2.000 2.200 Q P1 = R$ 20,00
Curva da oferta de camisas
∆Q Q1 − Q0 2.200 − 2.000 1
Q Q0 2.000 0,1 10%
Eo = = = 10 = = = 30,3%
∆P P1 − P0 20 − 15 1 0,33 33%
P P0 15 3
66
4 – O que são as isoquantas?
Conclusão
67
seja mais eficiente. Do ponto de vista da tomada de decisão, temos
que a relação se cristaliza no binômio custo/produtividade, ponto
primordial na teoria da produção.
68
O Mercado
4 O preço de equilíbrio
O mercado pode ser definido como o encontro da oferta com a demanda por
bens e serviços em uma economia, e nesse encontro são definidos o preço e
as quantidades de equilíbrio.
69
O mercado apresenta várias contradições e falhas em seu
funcionamento. Dentre elas podemos destacar:
→ Imperfeições na concorrência devido a estruturas de mercado
monopolizadas ou oligopolizadas;
→ Organização sindical forte que pode influenciar na formação de
salários.
→ Intervenções governamentais na política salarial e de preços.
→ Incapacidade do mercado de promover uma perfeita alocação de
recursos. A iniciativa privada não estaria interessada em alocar
recursos em projetos que exigissem altos investimentos e
apresentassem retorno lento, tais como a construção de usinas
hidroelétricas, portos etc.
→ Incapacidade do mercado em promover sozinho uma justa
distribuição de renda (conflitos distributivos)
70
Por outro lado, há desequilíbrio quando existe excesso de demanda ou
excesso de oferta.
O gráfico abaixo mostra situações de equilíbrio e desequilíbrio:
Ponto de equilíbrio
As curvas se cruzam no
ponto de equilíbrio.
Ao preço P0
P a quantidade ofertada
é igual à quantidade
demandada, Q0 .
Q Quantidade
71
ocorrendo uma alteração em outro componente de algum dos elementos de
uma das funções ou em ambas concomitantemente.
Isoladamente as curvas não conseguem demonstrar o preço e a
quantidade de equilíbrio, assim constatamos a necessidade de avaliar as
modificações ocorridas em ambas.
Desequilíbrios de mercado
P S’
D S
P1
P3
Q1 Q3 Q2 Q
72
No entanto, não é difícil perceber a possibilidade de se fazer o oposto,
ou seja, manter inalterada a oferta e variar a curva da demanda.
Vejamos outro exemplo:
Suponha que a renda dos consumidores aumente;
→ A demanda muda para D’
→ Há escassez de oferta ao preço P1 de Q2 – Q1
→ O ponto de equilíbrio se dá em P3, Q3.
P S
D D’
P3
P1
Q1 Q3 Q2 Q
73
Suponha que a renda aumente e os preços das matérias-primas caiam
→ O aumento em D é maior que o aumento em S
→ O preço de equilíbrio e a quantidade aumentam para P2, Q2
P S S’
D D’
P2
P1
Q1 Q2 Q
74
Preço ($ por unidade) Excesso
de oferta S
P
Q Quantidade
75
Preço ($ por unidade)
Excesso
De Oferta S
P1
P2
Q1 Q3 Q2 Quantidade
76
Preço ($ por unidade)
S
P Escassez de
Oferta
Q Q Q Quantidade
77
4.2 Estruturas de mercado
78
→ perfeito conhecimento do mercado.
Preço
(u.m.
Demanda
Quantidade
Atenção: A demanda no mercado de concorrência(unidade)
perfeita é perfeitamente
elástica.
79
O fato de a demanda de uma empresa em um mercado ser
perfeitamente elástico resulta no fato de que cada vendedor, individualmente,
pode supor com confiança que as variações em seus próprios produtos e
vendas terão um efeito insignificante sobre o preço do mercado e a ação de
apenas um vendedor não influenciará o preço. Por esta razão, a curva de
demanda é uma linha horizontal no nível do preço estabelecido pelo equilíbrio
da demanda e oferta no mercado.
O produtor em um mercado de concorrência perfeita não precisa reduzir
seu preço para expandir as suas vendas. Qualquer número de unidades de um
produto por período de tempo pode ser vendido ao preço de equilíbrio do
mercado. Caso fosse cobrado um preço mais alto, nada seria vendido. A um
preço mais baixo que o de equilíbrio resultaria em uma perda desnecessária de
sua receita. Então, o produtor cobra o preço de mercado para qualquer
quantidade que pretenda produzir e vender, com isso caracterizamos outro
importante aspecto de uma empresa no mercado de concorrência perfeita, a
empresa é tomadora de preço, ou seja, ela acata o preço estabelecido pelo
mercado.
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Receita média e Receita marginal da empresa competitiva
P×q
RMe = RMg = =P
q
Preço
(u.m.
Preço
de
Equilíbrio
D = P = RMe =RMg
PE
(u
Quantidade
(unidade)
Preço
(u.m. P = CMg
D = RMg = P
Quantidade
(unidade)
Produto homogêneo
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vendedor. Isto significa dizer que os compradores devem ser indiferentes
quanto à firma da qual eles adquirem o produto. Portanto, o produto da
empresa A deve ser considerado pelos compradores como o substituto perfeito
dos produtos das outras empresas.
O Perfeito Conhecimento
82
→ a inexistência de custos de transação, de forma que todos os
consumidores e produtores tenham acesso livre e completo a todas
as informações econômicas e tecnológicas,
→ a inexistência de barreiras ao ingresso de novos produtores. Desta
forma, estes podem entrar em qualquer mercado nas mesmas
condições que os produtores já instalados.
As conclusões derivadas do modelo de concorrência perfeita têm
permitido explicações e previsões exatas de fenômenos do mundo real. Isto é,
a concorrência perfeita funciona como um modelo teórico dos processos
econômicos.
4.2.2 Monopólio
Demanda
Quantidade
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a produção. um regime de mercado oposto à concorrência perfeita e suas
principais
características são as seguintes :
→ Existência de apenas uma empresa no mercado, dominando
completamente a oferta do setor;
→ A firma produz um produto para o qual não existe substituto próximo;
→ Existe concorrência entre os consumidores;
→ A curva de receita média é a curva de demanda do mercado.
Em consequência temos que:
→ A oferta da firma é a oferta do setor;
→ A demanda da firma é a demanda do setor.
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As empresas apresentam curvas de demanda individuais para o seu
produto, e no curto prazo o seu ponto de equilíbrio é semelhante ao do
mercado monopolista. No longo prazo, como não há barreiras a entrada, a
tendência que o lucro tenda a zero.
Graças à diferenciação, a empresa possui um pequeno grau de controle
sobre o preço, o que lhe confere, portanto, um ligeiro poder monopolista.
Assim, a concorrência se dá pelas marcas e pela publicidade e também por
variações no preço.
Podemos citar como exemplo de empresas desse tipo de mercado, as
fábricas de roupas de moda e de produtos têxteis.
4.2.4 Oligopólio
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4.3 Atividades de auto-avaliação
11 - O que é um monopólio?
Conclusão
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A observação dos tipos de mercado, o processo de estabelecimento de
preço e a influência de uma empresa no referido processo, figuram como
pilares centrais para entender o mercado. Por ser consolidado no encontro
entre os ofertantes e demandantes, ressalta-se que a Unidade IV fecha e dá
coerência à toda a dinâmica engendrada ao longo de todas as unidades.
Considerações Finais
Ressaltar a importância da otimização dos recursos em uma sociedade
e a sua relação com o conceito de escassez. Escassez significa que a
sociedade tem menos a oferecer do que aquilo que as pessoas desejam ter, o
que leva os indivíduos e empresas a fazerem escolhas.
Com o intuito de colaborar com a formação reflexiva do profissional de
administração, a sequência de unidades foi planejada de forma a trazer o
entendimento sobre o comportamento do consumidor, o estudo desse
comportamento por parte da empresa, em conjunto com o seu processo
produtivo fechando com o encontro dessas teorias no que chamamos de
mercado.
Espera-se que este primeiro olhar sobre os conceitos econômicos
inspirem uma busca constante pelo conhecimento com vistas a uma formação
em contínuo desenvolvimento.
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Bibliografia
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