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Docente:
Jorge Seventine
1.1.Objectivos..................................................................................................................................2
1.1.1.Gerais......................................................................................................................................2
1.1.2.Específicos..............................................................................................................................2
1.2.Metodologia...............................................................................................................................3
2.0.Referencial Teórico...................................................................................................................4
2.3.Os Choques................................................................................................................................5
2.3.3.Investimento...........................................................................................................................7
2.3.4.Exportações.............................................................................................................................7
2.3.4.Criação de cenários.................................................................................................................8
3.0.Conclusão................................................................................................................................12
5.0.Referências Bibliográficas.......................................................................................................13
1.0.Introdução
Assumindo a Covid-19 como uma doença que gerou uma crise, cujos efeitos extravasam o sector
de saúde, afectando outros sectores, como o sector económico, neste artigo procura-se perceber a
como esta pandemia está a afectar economia moçambicana. Procura-se aferir se ela atingiu o
nível de crise, busca-se um inventário dos sectores fortemente afectados, bem como se
escalpeliza as acções que podem ser levadas a cabo para minimizar os efeitos da pandemia na
economia moçambicana. Como resultado, constatamos que a crise está a afectar sobremaneira o
sector informal, onde existem muitas pessoas que vivem de economia diária.
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1.1.Objectivos
1.1.1.Gerais
1.1.2.Específicos
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1.2.Metodologia
Para a produção deste artigo, recorreu-se essencialmente a pesquisa bibliográfica que, segundo
Marconi & Lakatos (2003, p.158) “é um apanhado geral sobre os principais trabalhos já
realizados, revestidos de importância, por serem capazes de fornecer dados actuais e relevantes
relacionados com o tema”. Deste modo, escolha do tema, elaboração do plano de trabalho,
identificação e busca do material, compilação e elaboração de fichas de resumos, análise e
interpretação e redacção do artigo.
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2.0.Referencial Teórico
De acordo com Vidal, citados por Gomes et al (2016, p. 19), uma crise financeira pode ser
caracterizada como os desequilíbrios e recessões oriundos da busca pela riqueza, tanto em termos
de crescimento económico, como em património do investidor. Para estes autores, as crises
podem ser: de inflação, choques cambiais, estouro de bolha de activos, crises bancárias, crises de
dívidas internas e externas.
De acordo com Mateus (2020, p. 2), O FMI antevê que o impacto da COVID-19 na economia
mundial seja particularmente severo no segundo trimestre de 2020 (nas economias avançadas a
quebra é de 11,5% em termos homólogos), iniciando-se uma recuperação lenta no terceiro
trimestre de 2020.
A pandemia alastrou pelo mundo inteiro e, como tal, afectou não só a economia interna de
Moçambique, como os mercados em que Moçambique vende os seus produtos no estrangeiro.
A comparação da propagação da COVID-19 e das medidas de mitigação implementadas até
aqui por Moçambique com as de outros países, como a África do Sul, mostra que o impacto
no estrangeiro tem sido severo. Por esse motivo, o modo como a COVID-19 influencia o resto
do mundo está a afectar o sector externo de Moçambique.
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o trabalho por turnos (artigo 22). Estas medidas dificultaram a produção; porém, o impacto
é provavelmente menor em muitos sectores em comparação com um confinamento total como
o verificado na África do Sul.
Para além das doenças crónicas, Mosca (2020, p. 5), no início da pandemia em Moçambique,
elencou outros factores de risco para o país, designadamente, a) nível de subnutrição e, portanto,
de sistema imunológico frágil; b) pobreza e necessidade de obter renda diária para gastos de
consumo no próprio dia e, portanto, necessidade de trabalho diário fora de casa; c) conhecimento
insuficiente das regras de precaução nas relações sociais; que não permitem cumprir o
´distanciamento social´ agora exigido; d) cultura de comportamentos sociais e dos limites
espaciais de intimidade; e) informação pouco sistematizada dos sintomas; f) fenómenos
migratórios intensos de longa e curta duração e o retorno dos emigrantes devido à crise da
pandemia nos países vizinhos, sobretudo na África do Sul; e, mas muito importante g) reduzida
capacidade do nosso orçamento geral do Estado de financiar acções de emergência desta
magnitude.
2.3.Os Choques
O terceiro canal diz respeito à maior incerteza gerada pela pandemia, que suspendeu
as decisões de investimento.
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Por fim, o quarto canal abrange o resto do mundo. A COVID-19 afectou o mundo
inteiro, o que, por seu turno, teve influência sobre o mercado de exportação e as
condições de importação de Moçambique, bem como sobre o montante de remessas
recebidas.
O consumo dos agregados familiares em áreas rurais e urbanas foi afectado pela COVID-19
sobretudo por via de uma redução do rendimento disponível. A produção mais baixa reduziu
a necessidade de emprego e, por isso, o rendimento. Pressupõe-se que este efeito seja mais
forte nas áreas urbanas, onde, ao abrigo das regras de distanciamento, a densidade
populacional dita uma restrição da circulação proporcionalmente mais elevada do que nas
espaçosas áreas rurais.
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2.3.3.Investimento
A pandemia gera incerteza. Para muitas pessoas e muitos países, a dimensão da pandemia é
inédita, e há um ano a simples ideia de confinar totalmente nações inteiras pareceria
estranha. O desconhecimento do modo como a pandemia evoluirá implica que qualquer
decisão de investimento tem de ter em conta a nova situação. Na maioria dos casos, isto
implica o aumento da incerteza e, como tal, do risco do investimento. Um risco acrescido
conduz tipicamente a uma redução do investimento. Os principais sectores impulsionadores
do investimento em Moçambique são o da construção e o da maquinaria & equipamento de
transporte.
2.3.4.Exportações
A pandemia alastrou pelo mundo inteiro e, como tal, afectou não só a economia interna de
Moçambique, como os mercados em que Moçambique vende os seus produtos no estrangeiro.
A comparação da propagação da COVID-19 e das medidas de mitigação implementadas até
aqui por Moçambique com as de outros países, como a África do Sul, mostra que o impacto
no estrangeiro tem sido severo. Por esse motivo, o modo como a COVID-19 influencia o resto
do mundo está a afectar o sector externo de Moçambique. Nesta secção discutimos as
actividades influenciadas sobretudo através do canal das exportações. O impacto negativo
através do canal das exportações parece ser mais persistente em comparação com o de outros
canais (oferta, procura e investimento). O FMI previu para 2020 uma taxa de crescimento da
economia mundial de -4,9%, antes de esta recuperar em 2021 para 5,4% de crescimento (IMF
2020b).
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2.3.4.Criação de cenários
Comércio de produtos não alimentares: Nas artérias da cidade de Maputo ou nos centros
comerciais da capital, é observável o encerramento repentino de inúmeras lojas, desde vestuário,
acessórios de telemóveis ou peças de automóvel, mobiliário ou livrarias. Já é perceptível uma
clara diminuição do número de vendedores informais nas ruas de Maputo, em resultado não só
das medidas do município, mas também da drástica diminuição do movimento de pessoas e da
respectiva procura.
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2.5.Estratégias para minimizar os efeitos da Covid-19 em Moçambique
Analistas têm proposto inúmeras estratégias para minimizar os efeitos da Covid-19, que vão
desde o desaconselhamento para implementação de medidas do nível 4 (lockdown), passando
pelo financiamento das pequenas e médias empresas até à assistência social às famílias carentes.
Com efeito, Mosca (2020, pp. 7-8), apresenta uma longa lista de acções que devem ser levadas a
cabo pelo governo. Organizadas por sector, apresentamo-las seguidamente:
No comércio, a aquisição de bens essenciais, por parte das empresas especializadas, da indústria
alimentar e do Estado, e constituir reservas para situações de extrema gravidade de
abastecimento; Comercializar os excedentes de bens alimentares, com apoio e garantias
(indeminizações aos transportadores e condutores, sobretudo os que atravessam zonas de risco de
ataques militares); Conhecer e monitorar a localização de excedentes de produção e de stocks de
alimentos; Importar bens essenciais; Estudar e aplicar medidas de mercado para que a produção
de alimentos nas zonas fronteiriças seja comercializada e transformada em Moçambique.
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outros bens essenciais. Para finalizar, Mosca, 2020 entende que se ponderar o adiamento o
pagamento das facturas de energia e água e escalonamento do respectivos pagamentos; Distribuir
alimento em casos extremos, apenas em bairros com população muito pobre nas periferias das
cidades; Assegurar o abastecimento de combustíveis; e Distribuir dinheiro (correspondente ao
salário mínimo) a famílias sem recursos nem negócios.
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3.0.Conclusão
O surto da Covid-19 alastrou-se rapidamente para todo o mundo. E uma crise sanitária afecta
gravemente a economia mundial.
A crise da Covid-19 afectou mais a economia dos países em via de desenvolvimento pelo facto
de não terem reservas de recursos financeiros e materiais e, sobretudo, adoptar políticas públicas
para as pessoas empobrecidas, de supressão da pobreza e de bolsas de fome.
Em segundo lugar, o impacto económico foi mais forte para a população urbana e para o
rendimento do capital. Este facto está relacionado com o primeiro ponto, especialmente com
o sector da mineração, identificado como impulsionador do impacto, sendo uma indústria
intensiva em capital. O sector agrícola, por outro lado, parece ter sofrido um impacto negativo
menor, o que contribui para o resultado de o impacto nas áreas rurais ter sido menor. Tendo
em conta a elevada importância do sector agrícola na economia moçambicana, este facto pode
ser interpretado como sendo, de certo modo, uma bênção para muitas famílias com baixos
rendimentos.
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5.0.Referências Bibliográficas
MOSCA, João (2020). “Covid-19: linhas gerais sobre medidas e impactos económicos em
Moçambique”. Recuperado de https://omrmz.org/omrweb/publicacoes/covid-19-linhasgerais/
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