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Lista de Gráficos
Gráfico 1: Evolução da dívida pública total, externa e interna de Moçambique (2009-2018),
em milhões de Meticais............................................................................................................26
Gráfico 2: Evolução da dívida pública em volume e proporção do PIB..................................26
Gráfico 3: Evolução da dívida pública......................................................................................27
Gráfico 4: Evolução da dívida pública e comercial..................................................................28
Gráfico 5: Estrutura da dívida bilateral.....................................................................................31
Gráfico 6: Peso da dívida dos BRICS sobre a dívida externa...................................................31
ii
Resumo
A taxa de câmbio e a dívida pública são conceitos que tem uma relação e impactam o
crescimento económico de um país, na medida em que a taxa de câmbio lida com a oferta e
procura de divisas que lidam com as exportações e importações nomeadamente e a dívida
pública que bem planeada pode alavancar uma economia, podem ser considerados por parte,
determinantes do desenvolvimento socioeconómico, aumento da capacidade produtiva e
elevar o padrão de vida dessa nação sob óptica do crescimento económico. A taxa de câmbio
corresponde ao preço da divisa em termos da moeda nacional, a dívida pública corresponde as
obrigações que o governo incorre para cobrir o défice orçamental, quando as receitas não
cobrem as despesas do país que sofre o regime de câmbio quando for uma dívida pública
externa, a sua sustentabilidade influencia no bem-estar social. Como objectivo fez-se uma
relação das três variáveis acima1 com base na revisão bibliográfica de diversos documentos e
estabeleceu-se uma relação faseada das mesmas. Certos níveis de endividamento público
podem gerar efeitos positivos para a economia. Níveis moderados de dívida pública podem
induzir ao crescimento económico. No curto prazo o produto responde positivamente a
emissão da dívida pública e, como resultado do efeito crowding-out, no longo prazo o produto
diminui, tornando os efeitos de curto prazo insignificantes. A política cambial é dada como
um instrumento impulsionador do crescimento económico, onde de certa forma, a taxa de
câmbio pode ser utilizada como instrumento de uma estratégia de crescimento económico. De
uma forma geral, a taxa de câmbio e seus impactos sobre a competitividade externa dos países
são analisados como elementos integrantes de uma estratégia de desenvolvimento económico
1
Taxa de câmbio, dívida pública e o crescimento económico.
iii
Abstract
The exchange rate and public debt are concepts that have a relationship and impact the
economic growth of a country, as the exchange rate deals with the supply and demand of
currencies that deal with exports and imports, namely and debt that well-planned public
policy can leverage an economy, can be considered, in part, determinants of socioeconomic
development, increase in productive capacity and raise the standard of living of that nation
from the perspective of economic growth. The exchange rate corresponds to the price of the
currency in terms of the national currency, the public debt corresponds to the obligations that
the government incurs to cover the budget deficit, when the revenues do not cover the
expenses of the country that suffers the exchange rate regime when it is a debt external public,
its sustainability influences social well-being. As an objective, a list of the three variables
above was made, based on the bibliographical review of several documents and a phased
relationship was established between them. Certain levels of public indebtedness can generate
positive effects for the economy. Moderate levels of public debt can induce economic growth.
In the short run, output responds positively to public debt issuance and, as a result of the
crowding-out effect, in the long run output decreases, making short-term effects insignificant.
Exchange rate policy is seen as an instrument to boost economic growth, where, in a way, the
exchange rate can be used as an instrument of an economic growth strategy. In general, the
exchange rate and its impacts on the countries' external competitiveness are analyzed as
integral elements of an economic development strategy.
CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO
O crescimento económico de um país determina o nível do bem-estar social e socioeconómico
dos seus residentes. Entender as modalidades (taxa de cambio e dívida pública) que
influenciam o crescimento económico de uma nação é uma medida sábia, que pode mudar o
cenário económico de um país face a outros países. A taxa de câmbio é um instrumento de
igual ou maior importância para o crescimento económico de um país, através dos efeitos de
apreciação e depreciação cambial, os países, tem a possibilidade de usar-se de estratégias que
visam o crescimento do mesmo país, adequando-se aos processos cambiais em causa.
Entender as modalidades cambiais, sendo o mesmo usado como forma de competitividade no
exterior, pode definir o melhor posicionamento e melhores decisões quando se trata de
exportações, importações e outras medidas que visam o crescimento da economia. A dívida
pública é um dos principais instrumentos de política de uma economia que pode ser interna e
externa e realizada pelo governo. Quando usada adequadamente pode alavancar o
crescimento, financiar os gastos e investimentos do governo, por outro lado quando
descontrolada, acaba sendo um freio ao crescimento, pela necessidade de geração contínua de
grandes superavitários primários, que comprometem a capacidade de gastos e de investimento
do governo.
Neste contexto, o presente trabalho relaciona as taxas de câmbio com a dívida pública e o
crescimento económico. Como as duas primeiras variáveis macroeconómicos condicionam o
crescimento económico. Tendo como objectivo geral a relação entre as variáveis taxa de
câmbio, divida pública e crescimento económico, partimos de análises separados de cada
variável, e relações faseadas das mesmas.
1.1. Problema
A relação entre uma taxa de câmbio competitiva e o crescimento econômico é clara.
Considerando que o crescimento depende da taxa de investimento e da produtividade do
capital, e que a taxa de investimento depende da existência de oportunidades de lucro,
somente uma taxa de câmbio competitiva estimulará os investimentos orientados para a
exportação, que são necessários para que o país de renda média tire proveito de sua vantagem
econômica e cresça. A dívida pública quando usada adequadamente pode alavancar o
crescimento, financiar os gastos e investimentos do governo. Por outro lado, quando
descontrolada, acaba sendo um freio ao crescimento, que compromete a capacidade de gastos
e de investimento do governo. As exportações são chave para os países em desenvolvimento,
6
porém, existem economistas que não acreditam no crescimento baseado na exportação por
três razões: primeiro, porque se concentram no equilíbrio macroeconômico de curto prazo;
segundo, porque geralmente pressupõem sistemas fechados; terceiro, porque muitos
economistas keynesianos nos países em desenvolvimento continuam a dar prioridade ao
mercado interno e ao consumo de massa.
Partindo do pressuposto que exportação de um ponto de vista geral representa um papel muito
importante no crescimento económico de um país, sem excluir a dívida pública quando bem
empregada realiza o mesmo papel.
É dessa importância que a relação entre a taxa de cambio, que garante a competitividade
internacional, a dívida pública, ao canalizar a poupança que pode ser interna ou externa
(influenciada pelo regime cambial) e o crescimento económico, associada ao bem-estar
socioeconómico, altamente impactada pela taxa de cambio e a dívida pública, se torna
necessária para a reanimação económica de um país que já a bastante tempo se encontra
sufocada em uma dívida que tem se provado insustentável.
1.2. Objectivos
1.2.1. Geral
Analisar o impacto da dívida pública no crescimento económico Moçambicano;
1.2.2. Específicos
Analisar a taxa de câmbio, dívida pública e crescimento económico;
Relacionar a taxa de câmbio com a dívida pública;
Relacionar a taxa de câmbio com o crescimento económico;
Relacionar a dívida pública com o crescimento económico.
1.3. Justificativa
O presente compêndio foi proposto pela cadeira de Finanças Internacionais como parte
integrante do programa curricular com o objectivo de incentivar aos estudantes em matérias
de pesquisa, em contrapartida dota-los de aptidões claras e consistentes no que concerne aos
7
temas propostos. Actualmente, Moçambique enfrenta uma temporada das dívidas ocultas, e
nos temas propostos um deles falava sobre a relação da taxa de câmbio, dívida pública e
crescimento económico, pelo que houve interesse de entender melhor o impacto da taxa de
câmbio e dívida pública no crescimento económico.
1.4. Hipóteses
H0: O endividamento público prova-se insustentável de natureza, independentemente da sua
aplicação no financiamento do déficit do estado para a economia moçambicana, freando assim
o seu crescimento.
No capítulo II revisão bibliográfica será abordado várias teorias referentes a taxa de câmbio,
dívida pública e crescimento económico.
1.6. Metodologia
Para efectivação deste trabalho, serão usadas como metodologias de realização de um
trabalho: a técnica de recolha de dados, pesquisas que serão desenvolvidas com base no
material já elaborado, constituindo principalmente livros, manuais de diferentes instituições,
jornais e textos retirados da internet, cuja sua natureza são descritivas e exploratórias; a sua
finalidade não é aplicada, isto é, é uma pesquisa básica; os dados serão abordados de forma
qualitativa e quantitativa; dados colectados através de uma pesquisa bibliográfica e de caso;
tendo como instrumentos de recolha de dados: documentos e manuais consultados.
2
https://www.significados.com.br/tipos-de-pesquisa/
9
3
https://www.institutoqualibest.com/blog/dicas/entenda-o-que-e-pesquisa-qualitativa-e-quantitativa/
4
https://www.institutoqualibest.com/blog/dicas/entenda-o-que-e-pesquisa-qualitativa-e-quantitativa/
5
https://www.significados.com.br/tipos-de-pesquisa/
10
A taxa de câmbio nominal7 corresponde ao número de unidades duma moeda que é trocada
por uma unidade de outra moeda, i.e. O preço duma moeda em termos de outra.
A taxa de câmbio nominal (S) é expressa em unidades de moeda estrangeira por 1 unidade de
moeda nacional. Sendo assim, um aumento/diminuição de S corresponde a uma
apreciação/depreciação da moeda nacional em relação à divisa tomada como referencia.
Para a análise económica é particularmente relevante, para além do preço relativo das moedas
nacionais, o preço relativo dos produtos nacionais; este é um indicador do poder de compra
internacional da produção nacional ou da competitividade-preço da economia nacional.
6
https://s3.amazonawsm/ead_casa/ead_casa/Aula/11152-taxas-de-cambio-jaco-braatz.pdf
7
https://www.fep.up.pt/disciplinas/1e201/Slides%20aulas%202011-12/CAP6_6%203_6%204%2022nov.pdf
12
A taxa de câmbio real8 corresponde ao preço relativo dum cabaz de produtos domésticos em
termos dum cabaz de produtos do exterior.
A taxa de câmbio real, por seu turno, em sua definição mais simples, é a medida do poder de
compra de uma moeda relativamente ao de outra9.
Dado que os preços dos produtos de diferentes países estão expressos em moedas diferentes, a
sua comparação requer a respectiva conversão numa unidade monetária comum, por recurso a
uma taxa de câmbio nominal.
S∗P
σ=
P¿
P
σ=
P ¿ /S
A taxa real de câmbio é uma medida de competitividade de um país frente a seus concorrentes
externos: ela expressa, grosso modo, o quão mais caro ou barato um produto nacional seria
diante de seu concorrente estrangeiro. Assim, uma depreciação real, que significa uma
redução do preço dos bens nacionais em comparação com os estrangeiros, representa um
“aumento de competitividade” nacional, ou seja, um preço mais vantajoso; simetricamente,
uma apreciação real representa uma redução da competitividade, isto é, preços mais caros que
os do concorrente externo.
No tocante a competitividade via preços, admite-se portanto, que uma depreciação reduz a
competitividade local de activos e produtos estrangeiros e “abre uma margem de manobra
para redução de preços de divisas de seus congéneres locais”. (GONÇALVES,1998)10.
8
https://www.fep.up.pt/disciplinas/1e201/Slides%20aulas%202011-12/CAP6_6%203_6%204%2022nov.pdf
9
http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/3128/1/TD_1967.pdf
10
http://www.abphe.org.br/arquivos/maria-esmeralda-rodrigues.pdf
13
No entanto, a posição real dos preços locais em relação aos externos, depende da evolução
simultânea da taxa nominal de câmbio e dos preços locais externos. De forma que a taxa real
de câmbio (σ ) deve expressar, em moeda local, o preço de bens, serviços e ativos estrangeiros
relativo ao preço local
A variação líquida da dívida pública (D’), também denominada de dívida pública nova
líquida, se identifica, em um dado exercício, com o saldo orçamentário, isto é, à diferença
entre as receitas (T) e as despesas (G) orçamentárias. Por outra forma, D ’=G – T .O resultado
anual do governo pode ser tanto positivo como negativo, falando-se, respectivamente, em
superávit ou déficit. O conceito líquido de dívida pública nova, exposto acima, equivale ao
financiamento do déficit orçamentário, cujo aparecimento implica sua variação positiva. O
déficit orçamentário é um conceito de fluxo, uma grandeza económica medida ao longo de um
determinado período, e que produz a variação positiva da dívida pública.
Quando se fala em dívida pública, no entanto, não é apenas a esta variação que se faz
referência. O termo é usado para se referir ao acúmulo das referidas variações dos níveis de
endividamento, ou seja, ao estoque equivalente à soma das dívidas novas originadas no
passado até determinado instante. Esta é a dívida pública total, uma grandeza económica
identificada com a situação em um dado momento fixo, e não ao longo de um período. Ainda
que relacionados, pois a repetição do fluxo de déficit alimenta a constituição do estoque da
dívida, os conceitos de déficit orçamentário e dívida pública são distintos. Em síntese, por
esse conceito objectivo a dívida pública é o estoque das obrigações do Estado resultante da
sucessão dos resultados orçamentários até um determinado momento de referência.
De outra forma, a divida pública12 pode ser definida como o conjunto dos compromissos das
entidades públicas decorrentes de operações de crédito, com objectivo de atender às
necessidades públicas. É contraída para financiar parte dos seus gastos que não são cobertos
com a arrecadação de impostos; ou alcançar alguns objectivos de gestão económica, tais
11
https://openaccess.blucher.com.br/download-pdf/362/20702
12
https://cipmoz.org/wp-content/uploads/2019/08/o_regime_juridico_da_divida_publica.pdf
14
como: controlar o nível de actividade, o crédito e o consumo ou, ainda para captar moeda no
exterior.
A dívida surge e aumenta sempre que o governo gasta mais do que arrecada. Assim, quando
os impostos e demais receitas não são suficientes para cobrir as despesas, o governo é
financiado por seus credores (pessoas físicas, empresas, bancos etc), dando origem à dívida
pública13.
Interna – a dívida é contraída junto dos cidadãos ou das instituições a operar dentro
do país
Uma outra importante distinção, que releva, sobretudo, pelas diferentes função e regime
jurídico, é a que distingue entre:
Dívida flutuante (curto prazo) - corresponde às obrigações que devem ser liquidadas
dentro do mesmo período orçamental (ou no período seguinte, mas dentro do prazo de
um ano), e que, por isso, tecnicamente, não financia o défice global do Orçamento do
Estado.
13
https://www.tesourotransparente.gov.br/videos/a-divida-em-videos/2-o-que-e-a-divida-publica.pdf
14
https://cipmoz.org/wp-content/uploads/2019/08/o_regime_juridico_da_divida_publica.pdf
15
A capacidade de um país pagar a dívida pública é-nos dada, antes de mais, pelo seu
rendimento. Quanto maior for o rendimento nacional, menor será o peso da dívida e,
consequentemente, maior será a sua sustentabilidade. O valor de produção de bens e serviços
numa economia, isto é, o Produto Interno Bruto (PIB), constitui uma medida aproximada do
rendimento de um país.
Desta forma, um primeiro indicador que devemos considerar quando analisamos o passado,
presente e futuro da dívida pública é a relação entre a dívida total e o seu serviço, por um
lado, e o PIB, por outro lado. Um rácio elevado ou com tendência para crescer ao longo do
tempo, deverá ser motivo de preocupação.
No caso da dívida externa, a relação entre os encargos por ela gerados e a exportação de bens
e serviços constitui o indicador de maior relevo. É a capacidade exportadora de uma país, a
capacidade de uma economia gerar divisas, que nos diz se a dívida externa é ou não
sustentável. Uma economia que não gera suficientes receitas em moeda externa não terá os
meios necessários ao pagamento da dívida externa. Uma dívida que absorve uma parcela
considerável do fluxo de receitas correntes do Estado (fiscais e não fiscais) não será
sustentável, pois não disporá dos meios necessários para fazer face aos encargos da sua dívida
sem pôr em causa o normal funcionamento da administração pública e a provisão de bens
públicos essenciais. Um Estado não deve sobrecarregar-se com empréstimos para além da
capacidade futura de os reembolsar, sendo os limites da dívida pública estabelecidos pelos
recursos futuramente disponíveis para pagar. A dívida deve ser de crédito cuja aplicação rege-
se por critérios rigorosos de eficiência e eficácia conseguidas para minimização de
desperdícios na sua utilização e maximização do seu impacto no rendimento nacional.
17
Troster e Mochón (2002, p.317),16 o crescimento económico é apenas uma parte do processo
de desenvolvimento socioeconómico, onde este último é considerado um processo
abrangente.
De acordo com o que foi apresentado em O’Sullivan et al, (2004) 17 o crescimento do PIB é a
única maneira de elevar o padrão de vida de uma nação, onde duas principais medidas são
utilizadas para identificar o crescimento económico: a taxa de crescimento do PIB e o PIB
per capita. O primeiro se refere à evolução do PIB de um ano para o outro, já o segundo se
refere à divisão do PIB pela população total.
Capital humano
O capital humano foi identificado na literatura como um factor preponderante para explicar o
crescimento económico. (Barro, 1991) num estudo sobre 98 países, concluiu que a taxa de
crescimento real do PIB per capita relaciona-se positivamente com o capital humano inicial.
Mankiw et al. (1992) incluem a acumulação de recursos capital humano no modelo de Solow-
padrão, e mostram que o modelo estendido fornece uma boa explicação acerca das diferenças
de desempenho económico dos países.
Investimento
Comércio externo
19
As propostas de que as economias mais voltadas para o exterior tendem a crescer mais
rapidamente foram amplamente testadas e a maioria dos resultados tende a suportar este
argumento. Uma medida frequentemente utilizada é a participação do comércio no PIB. A
nível da literatura, autores como: Bhamani-Oskooee et al. (1991) consideram que quanto
maior forem as exportações maior será o crescimento do país. O comércio no entendimento
deles, é benéfico para o crescimento das exportações.
Política Fiscal
Algumas teorias do crescimento económico sugerem que a política fiscal pode ter efeitos
importantes no crescimento de longo prazo. Castro (2006) propõe que o aumento da dimensão
do sector público (despesas ou impostos) retarda o crescimento.
A redução dos impostos sobre o trabalho e o capital podem acelerar o crescimento económico
de longo prazo. Kneller et. al (1999); Zagler e Durnecker (2003) concluem que a tributação
distorcida e as despesas não produtivas do governo reduzem o crescimento económico,
enquanto que a tributação não distorcida e as despesas produtivas do governo não. Easterly e
Rebelo (1993) concluíram que existe uma forte relação entre crescimento económico e a
política fiscal, pois, por um lado, os países em desenvolvimento dependem fortemente dos
impostos sobre o comércio internacional, por outro, o imposto sobre o rendimento é mais
importante nos países desenvolvidos.
Inflação
Levine e Renelt (1992) constatam que os países que desenvolveram rapidamente tinham taxas
de inflação mais baixas do que os países em desenvolvimento. No entanto, a relação entre a
inflação e o crescimento continua a ser controverso, tanto a nível teórico como empírico. A
utilização adequada da política monetária é tida para promover um ambiente financeiro
estável, necessário para o crescimento económico através da manutenção de uma taxa de
inflação baixa.
Instabilidade Política
Fosu (1992) mostra que um índice de instabilidade política pode ser um determinante
significativo, no crescimento do PIB em toda a África. Sua medida de instabilidade política e
baseada em dados sobre golpes de Estado bem-sucedidos e tentativas de golpes. Da mesma
forma, Gallup et al. (1998) constatam que a instabilidade política, com base no número de
assassinatos por milhão de pessoas por ano e o número de golpes por ano, é um efeito
20
estatístico significativo para o crescimento económico. Mankiw (2002) enfatiza que os países
com elevado número de revoluções e golpes de Estado terão baixos investimentos na
economia e, assim, crescerão lentamente do que países mais estáveis. Alemayehu e Befekadu
(2005) afirmam que uma potencialidade de instabilidade política limita o crescimento
económica.
Sistema Financeira
A valorização cambial é, portanto, associada à piora nas contas externas, que em última
análise se traduz numa crise no balanço de pagamentos em decorrência da piora dos
indicadores externos de endividamento. Há, portanto, uma “armadilha” no processo de
crescimento associada à valorização cambial e a deterioração das condições de
competitividade externa.
Os superavits obtidos pelos países emergentes neste contexto contribuiriam para valorizar o
câmbio, reduzindo a competitividade da economia, particularmente de sectores exportadores
de produtos industrializados com maior valor agregado e/ou conteúdo tecnológico. A
valorização cambial contribuiria, portanto, para reduzir a rentabilidade de uma série de
actividades com maior valor agregado/conteúdo tecnológico, gerando desta forma uma
tendência de aumento da participação dos sectores exportadores de commodities na economia.
A depreciação real pode ser utilizada como estratégia de crescimento económica na medida
em que é usada para estimular as exportações, complementada por outros canais de influência
do câmbio sobre o crescimento económico.
20
Em sua versão original a lei afirma que a taxa de crescimento com equilíbrio do balanço de pagamentos é igual
à taxa de crescimento da economia mundial ponderada pela relação entre as elasticidades-renda de exportações e
importações. Desta forma, para uma mesma taxa de crescimento mundial, quanto menor a elasticidade-renda das
exportações em relação à elasticidade-renda das importações, menor a taxa de crescimento com equilíbrio do
balanço de pagamentos para a economia. A discussão original da lei é apresentada em Thirlwall (1979)
23
Investimento
Williamson (2003) Explora a relação entre poupança e investimento nas teorias clássica e
keynesiana. Segundo a primeira teoria, para que haja crescimento económico, é necessária
uma maior poupança que possa ser canalizada para investimentos. Contudo, uma depreciação
da taxa de câmbio melhora o resultado da conta corrente do país, o que implica menor
superavit de poupança para financiar investimento. Dentro da referida visão, o crescimento
económico é maximizado quando os dois efeitos se equilibram.
Williamson (2003) também ressalta que existem duas razões para se esperar que o impacto
líquido de uma depreciação cambial seja favorável ao investimento. Uma advém do fato de
que grande parte da demanda por bens não-comercializáveis é derivada da demanda por bens
comercializáveis, como é o caso do serviço de transporte e muitos outros serviços prestados às
empresas de exportação. A outra é que o tamanho relativo do mercado para os bens
comercializáveis e não-comercializáveis é altamente diferente: enquanto, no primeiro caso, o
mercado é o mundial, no segundo, o mercado é restrito ao nacional.
Portanto, de acordo com esta visão, a taxa de câmbio pode estimular o crescimento
económico mediante o estímulo concedido aos investimentos. Dadas as características
específicas dos bens comercializáveis com o exterior, uma taxa de câmbio depreciada
aumenta os investimentos e, em consequência, o crescimento económico nas economias que
se utilizam de tal instrumento.
Gala (2007a), ressalta que uma apreciação relativa da moeda nacional significa menor preço
dos produtos comercializáveis, maiores salários reais, menor margem de lucro, maior
consumo e menor investimento; já uma moeda depreciada significa maior preço dos produtos
comercializáveis com o exterior, menores salários reais, maiores margens de lucro e
investimento. Dessa forma, uma depreciação da taxa de câmbio pode contribuir para gerar
mais empregos e investimentos devido ao aumento da capacidade instalada, resultante de
maiores exportações. Se isso ocorre, a economia pode ingressar em um padrão de crescimento
liderado pelos investimentos.
Com base nos argumento apresentados acredita-se que a taxa de câmbio é uma variável
relevante para estimular o investimento e, em consequência, o crescimento económico nos
países em desenvolvimento. Ao elevar o preço doméstico dos bens exportáveis e garantir que
um montante maior de recursos internos sejam direccionados aos investimentos, a taxa de
24
Contudo, há que se ressaltar que uma desvalorização cambial pode acarretar elevação dos
custos de produção, haja vista o aumenta dos preços dos insumos importados. No entanto, se
for esperado que esta desvalorização cambial implique maior crescimento das receitas do que
dos custos de produção nos países em desenvolvimento, ocorrerá o crescimento das margens
de lucro, tornando possível um investimento maior na capacidade produtiva dos sectores
exportadores. Krugman (1999).
Fundamento tecnológico
Por outro lado, moedas em níveis apreciados são consequência da maior exportação de
commodities, o que pode impedir o desenvolvimento de um sector industrial. Nesse sentido,
ao evitar apreciações, a política cambial pode trabalhar como um instrumento de política
industrial e estimular o crescimento económico. Além disso, por aumentar a produtividade e
desenvolver uma dinâmica no sector de bens exportáveis não-tradicionais, a taxa de câmbio
depreciada pode também elevar os salários reais, compensando o efeito negativo de uma
“moeda fraca” para os trabalhadores (GALA, 2007a).
Ao assumir-se que os parâmetros das elasticidades das funções de demanda por exportações e
importações podem ser alterados pela taxa de câmbio real, uma administração adequada dessa
taxa pode aliviar a restrição de balanço de pagamentos, aumentando a elasticidade-renda das
exportações ou diminuindo a elasticidade-renda das importações. Ao contrário, uma
administração imprópria da taxa de câmbio pode agravar esta restrição e reduzir a taxa de
crescimento da economia.
No entender de Oreiro, Nakabashi e Lemos (2007), uma taxa de câmbio depreciada pode
aumentar a elasticidade-renda das exportações ao fazer com que mais produtos nacionais
tornem-se competitivos no mercado externo. Assim, as taxas de câmbios desvalorizadas
estimulam a elasticidade-renda das exportações e relaxa a restrição de balança de pagamentos
nos países em desenvolvimento.
De acordo com Modigliani (1961), Diamond (1965), Saint-Paul (1992) e Aizenman et al.
(2007), existe uma relação negativa entre dívida pública e crescimento económico. Estes
autores consideram, fundamentalmente, duas razões:
Afonso & Jalles (2016) argumentam que, em contexto de desequilíbrios fiscais, níveis
moderados de dívida do Governo podem induzir o crescimento económico. Elmendorf &
Mankiw (1999) defendem que, no curto prazo, o produto responde positivamente à emissão
de dívida pública e, como resultado do efeito crowding-out, no longo prazo o produto
diminui.
26
Recorrendo à teoria da curva de Laffer, Mbate (2013) considera a existência de uma relação
não linear entre a dívida pública e o crescimento económico. Segundo esta teoria, um nível
inicial da dívida doméstica acelera o crescimento económico através dos recursos disponíveis
para financiar o défice orçamental. Porém, o crescimento contínuo desta dívida leva a que esta
se transforme num fardo para a economia e, consequentemente, leva a um baixo crescimento
económico.
Em relação aos estudos empíricos, estes têm-se concentrado, principalmente, nas economias
avançadas. Apesar de existirem vários estudos empíricos nestas economias, parte deles difere
nos resultados obtidos. Afonso e Alves (2015) examinam os efeitos da dívida do Governo
sobre o produto per capita, em 14 países europeus durante o período de 1970 a 2012. O
estudo constatou que:
Certos níveis de endividamento público podem gerar efeitos positivos para a economia.
Níveis moderados de dívida pública podem induzir ao crescimento económico. No curto
prazo o produto responde positivamente a emissão da dívida pública e, como resultado do
efeito crowding-out, no longo prazo o produto diminui, tornando os efeitos de curto prazo
insignificantes.
28
Como foi dito no início do trabalho a dívida quando empregada adequadamente pode
financiar um processo de acumulação e reprodução económica, que não só permita sustentar o
serviço da dívida, mas gerar mais opções e oportunidades na economia, que a torne mais
dinâmica e amplifique os seus benefícios sociais. Esta secção tem como objetivo ilustrar se a
dívida pública actual de Moçambique foi empregue devidamente e qual é o seu impacto na
economia.
21
https://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2017/04/5des2016_FM.pdf
22
O presente valor do stock da dívida de 2014 inclui a dívida interna, por isso é diferente do valor divulgado
pelo Governo de sete mil milhões de meticais. Também inclui a dívida ligada à EMATUM de cerca de 350
milhões de dólares.
30
sido confirmados, a mesma teria atingido cerca de 11 mil milhões de dólares no presente ano.
Para além do crescimento significante, a dívida pública registou mudanças na sua
composição. A dívida comercial passou a ter um peso mais significativo no total de dívida
pública. De cerca de 300 milhões de dólares em 2005, a dívida pública comercial passou para
cerca de 2,4 mil milhões de USD em 2015, o que representa um aumento em cerca de 80
vezes. Consequentemente, o peso da dívida comercial no stock de dívida total aumentou de
cerca de 7,5%, para cerca de 30%. Este crescimento da dívida comercial deveu-se, por um
lado, ao crescimento exponencial da dívida externa comercial, que aumentou cerca de 73
vezes desde 2006. Isto é, de cerca de 30 milhões de USD em 2008, o stock de dívida externa
comercial aumentou para cerca de 1,5 mil milhões de USD em 2014.
DP Concessional DP Comercial
Por outro lado, a dívida interna comercial que já vinha crescendo significativamente desde
1999 (Massarongo & Muianga, 2011) aumentou de cerca de 300 milhões de USD em 2006
para próximo de mil milhões de dólares em 2014. Isto significa que a dívida interna
praticamente triplicou. Portanto, considerando ambas as dinâmicas da dívida comercial
interna e externa, a dívida pública comercial também apresentou mudanças na sua estrutura,
tendo evoluído de praticamente ser constituída apenas pela dívida pública interna para a ser
principalmente constituída pela dívida comercial externa.
31
DPI DPE
mercado e períodos curtos de reembolso) e com aplicações não produtivas gera a armadilha
da dívida: esta não pode ser paga, a reestruturação da dívida comercial aumenta os seus
custos, o que a faz reproduzir-se por si, e a economia tem de incorrer em dívida para servir a
dívida. Logo, o objectivo principal da política económica deixa de ser o desenvolvimento e
passa a ser a gestão da dívida.
A análise da dinâmica da dívida tem sido feita, de forma muito comum, através da análise das
dinâmicas da despesa pública. Nesta perspectiva, considera-se que o aumento da dívida
pública tem origens do lado da despesa, isto é, o aumento excessivo da despesa pública gera
um défice fiscal e, consequentemente leva ao endividamento público.
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https://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2019/12/art_yibraimo.pdf
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O crescimento exponencial da dívida de Moçambique para com os BRICS fica mais evidente
quando comparado com os principais credores do país. Por exemplo, o peso sobre o stock de
dívida total da dívida de Moçambique para com o Clube de Paris passou de 10% para 15% e
com os restantes países de 19% para 29%.
O peso sobre o stock de dívida total bilateral para com os países do Clube de Paris reduziu-se
de cerca de 31% para cerca de 18%, o mesmo sucedendo para os restantes parceiros de
cooperação (que não são do grupo de Paris), que passou de cerca de 58% para cerca de 35%.
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https://journals.openedition.org/cea/2964
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120%
100%
80%
60%
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20%
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2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Clube de Paris Outros BRICS
Portanto, a dívida com os BRICS contribuiu em cerca de 80% para o crescimento da dívida
bilateral e em cerca de 46% para o crescimento da dívida total entre 2008 e 2014, passando
desta forma a ter o maior peso no stock de dívida total em relação ao Clube de Paris e outros
parceiros de cooperação.
120%
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2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
A alocação intersectorial dos créditos contraídos varia, mas, no que respeita aos valores das
infraestruturas, as estradas, pontes, barragens e aeroportos dominam as finalidades dos
investimentos. A situação fica mais clara desagregando por país: cerca de 33% do crédito de
US$ 700 milhões contraído ao Brasil entre 2008 e 2016 destinava-se ao desenvolvimento do
Corredor de Nacala, 47% à construção da barragem de Moamba Major e o resto ao transporte
urbano para as cidades de Maputo e Matola; 54% dos cerca de US$ 500 milhões do crédito
com a Índia foram utilizados no sector de energia, especificamente na eletrificação e melhoria
da rede de energia das províncias de Maputo, Niassa, Manica e Zambézia, estradas no centro
do país, construção de um parque tecnológico em Manica, expansão da rede telefónica das
Telecomunicações de Moçambique e construção de armazéns; 74% do crédito contraído com
a China, no valor de US$ 4,4 mil milhões, foi destinado a estradas e pontes, reabilitação do
porto da Beira, expansão da rede elétrica no centro do país e reabilitação e modernização do
aeroporto de Maputo. Outra parte do crédito com a China foi utilizado para a construção de
edifícios públicos e infraestruturas tecnológicas.
Neste caso, direta ou indiretamente os créditos dos BRICS reforçam a estrutura frágil e porosa
da economia de Moçambique. A médio e longo prazo, esta situação pode gerar limitações
sobre a capacidade de a economia sustentar o serviço da própria dívida.
Atum (EMATUM), e em 2016, cerca de 622 milhões de dólares para a Proíndicos e 535
milhões de dólares para a Mozambique Asset Management (MAM), acabou por exacerbar a
insustentabilidade da dívida pública. O País foi absorvendo um nível de dívida acima das suas
capacidades reais e não foi capaz de cumprir o serviço da dívida, o que deu origem a uma
crise da dívida. Estes episódios, não apenas mudaram a imagem de sucesso que
caracterizavam o País no seio dos doadores, das agências de desenvolvimento, do mercado
internacional e das agências de rating, como também afectaram negativamente os níveis de
crescimento económico.
Entretanto é de se notar que a as dívidas contraídas por Moçambique não foram empregues
adequadamente. Ao invés de contrair empréstimos para realizar projectos que vão propiciar a
arrecadação de receitas, o Estado contraiu empréstimos para custear despesas públicas, esses
empréstimos que se nutriam ao longo do tempo e acabaram por se tornar insustentáveis
afectando assim diretamente e/ou indirectamente o crescimento econômico nacional.
37
CAPÍTULO V: CONCLUSÃO
5.1. Conclusão
Após uma leitura minuciosa do presente compendio, pudemos concluir que: a taxa de câmbio
tem uma influência negativa e positiva na economia na medida em que quando a taxa de
câmbio é alta, afecta negativamente na produção, na indústria de transformação, reduz os
investimentos e poderá gerar na desaceleração da taxa de crescimento econômico. A taxa de
câmbio influencia o nível dos preços domésticos o que convergem em efeitos redistributivos
que muda o poder aquisitivo do consumidor e o lucro das empresas. A desvalorização cambial
possibilita o aumento na poupança doméstica, o que permite manter ataxa de câmbio mais
depreciada garantindo maiores taxas de investimento e maior crescimento econômico a longo
prazo.
A taxa de câmbio tem influência à dívida pública na medida em que o Estado torna-se
deficitário e o país exporta mais pois a absorção interna é menor do que a produção nacional e
o país recebe poupança externa já que consome mais do que produz. Portanto, a depreciação
dinamiza a economia e o estado se vê em posição de recorrer a empréstimos para suprir o seu
défice em receita, e a dívida amenta. Quando há desvalorização cambial possui um efeito
positivo sobre o crescimento econômico, possibilita um aumento da poupança doméstica o
que permite manter a taxa de cambio mais depreciada garantindo maiores taxas de
investimento e maior crescimento ao longo prazo. Apresentando efeitos adversos no consumo
privado no investimento e no sector privado no sector real através de maiores custos de
produção para os sectores que dependem da importação e exportação de matéria-prima.
Certos níveis de endividamento público podem gerar efeitos positivos para a economia.
Níveis moderados de dívida pública podem induzir ao crescimento económico. No curto
prazo o produto responde positivamente a emissão da dívida pública e, como resultado do
efeito crowding-out, no longo prazo o produto diminui, tornando os efeitos de curto prazo
insignificantes.
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