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Supervisor:
1.1. Justificativa...................................................................................................................2
1.3. Hipóteses......................................................................................................................5
1.4. Objectivos.....................................................................................................................5
2.1. Desemprego..................................................................................................................7
2.2. Auto-emprego.............................................................................................................13
III. METODOLOGIA..........................................................................................................16
3.1. Tipo de pesquisa.........................................................................................................16
3.3. Amostra......................................................................................................................17
V. ORÇAMENTO..................................................................................................................20
I. INTRODUÇÃO
Uma crise económica é um período de escassez do nível de produção, da comercialização e
do consumo de produtos e serviços. A economia é cíclica ou flutuante, ou seja, combina
etapas de expansão ou crescimentos com fases de contracção ou estagnação. Estas flutuações
compõem os chamados ciclos económicos. No caso das crises económicas, o contexto é
negativo, abrangendo cenários de recessão e depressão.
As crises são caracterizadas por trazer consigo as seguintes consequências: elevação da taxa
de desemprego pois em situação de crises as empresas tendem a fazer reforma de modo a
reduzir os custos; inflação ou elevação de preços e elevação de custo de vida ou seja redução
do poder aquisitivo por parte da população.
O auto-emprego, trabalho por conta próprio ou ainda trabalho independente é desde há muito
tempo uma actividade económica estável e significativa embora reduzida nas sociedades
industrialmente desenvolvidas. Porem o seu reconhecimento social tem ficado por conta de
quem o considera importante e pela função que este desempenha.
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I.1. Justificativa
O estudo deste tema é pertinente á medida em que vai despertar e consciencializar a sociedade
sobre uma forma de garantir emprego e sua sustentabilidade, não só, mas como também
podem através do auto-emprego contribuir para o crescimento económico e consequente
redução do nível de desemprego no país.
A relevância do estudo do mesmo, se insere no contributo que vai trazer no âmbito académico
e económico, fornecendo subsídios para que os economistas e estudantes vejam no auto-
emprego uma solução para um dos maiores problemas que se vive na actualidade.
Vai enriquecer a sociedade em geral a medida em que trás uma forma de consciencialização
das sociedades, não só, mas como também procura estimular o cidadão no pensamento, na
inovação e criação de novas formas de emprego.
Este é pertinente aos jovens a medida em que os jovens perguntam-se se devem seguir as
carreiras tradicionais ou entrar na corrida da indústria da informação, abrindo seu próprio
negócio; Muitos questionam se vale a pena continuar estudando.
Funcionários não sabem se terão suas vagas no dia seguinte. Se perderem, sabem que será
muito difícil conseguir outra vaga no mercado de trabalho, principalmente se estão além da
meia-idade. A maioria das pessoas empregadas está insatisfeita com seu trabalho, salário e
rumo de suas carreiras? O que fazer? Quais as alternativas?
As respostas para estas perguntas, resumem-se no tema em estudo, ou seja, a solução esta na
reinvenção da carreira através do auto-emprego.
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I.2. Problema de Pesquisa
Moçambique tem fronteiras com a Tanzânia, Malawi, Zâmbia, Zimbabué, África do Sul e
Suazilândia. A sua longa costa do Oceano Índico (com 2.500 quilómetros) está voltada a Este
para Madagáscar. Cerca de 70% da sua população de 28 milhões (2016) vive e trabalha em
áreas rurais (Portal do Governo, 2015).
Dispõe de amplas terras aráveis, água, energia, assim como recursos minerais e gás natural
recentemente descoberto offshore, três portos marítimos profundos, e uma potencial grande
reserva de mão-de-obra. Também está estrategicamente localizado, pois quatro dos seis países
com que faz fronteira não têm acesso ao mar, dependendo, portanto, de Moçambique como
uma rota para os mercados globais (Portal do Governo, 2015).
No que concerne a economia, cerca do 45% tem potencial para agricultura porem 80% desta é
de subsistência, com tudo a agricultura contribui para maior parte do PIB nacional; o país tem
grande potencial turístico, destacando-se as zonas de mergulhos nos seus mais de 2000km de
litoral e os parques e reservas animais (Portal do Governo, 2015).
Maior parte das receitas é obtida através do consumo dos cidadãos dado que é um país
maioritariamente importador. Moçambique apresenta um PIB estimado em 26,22 bilhões
tendo variações em cerca de 7,5% anuais (INE, 2012).
Moçambique continua a sofrer os efeitos da crise da dívida oculta de 2016. O crescimento real
do produto interno bruto (PIB) desacelerou para 3,7% em 2017, inferior aos 3,8% em 2016 e
bem inferior à taxa de crescimento de 7% do PIB alcançada em média entre 2011 e 2015. As
pequenas e médias empresas tiverem um recuo e a sua capacidade de gerar empregos foi
ainda mais reduzida. Prevê-se que o crescimento permaneça relativamente estável em torno de
3% a médio prazo (INE, 2012).
A inflação baixou para 7%, apoiada por uma moeda, o metical, mais estável, e a queda dos
preços dos bens alimentares. O crescimento da produção agrícola contribuiu para essa
tendência, assim como a menor inflação no preço dos bens alimentares. Os níveis de
endividamento continuam elevados e a um nível insustentável.
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Contudo com a crise económica que Moçambique e o mundo estão vivendo, com a inflação
aumentando e o emprego diminuindo, viver num país como o nosso torna-se cada vez mais
difícil. Nos últimos anos tem-se verificado um aumento acelerado de desempregados e as
empresas com cada vez menos vagas disponíveis.
Com tudo, muitos trabalhadores e cidadãos viram-se numa situação delicada, vendo como
solução empreender para não ficarem desempregados. Porem ter próprio negócio mostra-se
difícil, precisa-se de coragem, muita pesquisa e conhecimento na área na qual se pretenda
trabalhar.
O auto-emprego tem crescido e despertado nos últimos 15 anos grande interesse tanto em
países desenvolvidos quanto em países em desenvolvimento.
O emprego de hoje, com vínculo salarial e horário rígido, já é coisa do passado. As vagas de
emprego nas empresas estão cada vez mais escassas, devido às crises financeiras e a
apropriação das vagas dos trabalhadores por máquinas ou modernos programas de
computador. Com tão poucas oportunidades, o emprego assalariado. É a era do auto-emprego.
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I.3. Hipóteses
O auto-emprego contribui de forma positiva na geração de renda das famílias
moçambicanas, permitindo-as o seu auto sustento e a criação de postos de emprego;
O auto-emprego não contribui na geração de renda das famílias moçambicanas, sendo
a renda proveniente de outras actividades.
I.4. Objectivos
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I.5. Delimitação do Tema
O termo desemprego faz parte do quotidiano de todos, mesmo daqueles que ainda não se
encontram na população economicamente activa. Os alunos das escolas secundárias, institutos
técnicos profissionais e ensino universitário tem grandes expectativas com relação ao mercado
de emprego que enfrentarão em breve, esses factores aumentam a importância de discutir este
tema e as questões relacionadas ao conceito.
O Auto-emprego em Moçambique está em uma fase, ainda, de descoberta. Acredito que isto
está acontecer porque muitos dos cidadãos tem esperado em ter um emprego, isto é, em ser
empregados de alguém; no entanto, é notório que as famílias moçambicanas apostam muito
na formação dos seus membros e/ou filhos.
Essa formação deveria ser muito mais abrangente. Isso quer dizer que, apesar do esforço do
Governo moçambicano em introduzir disciplinas na grade curricular como noções do
Empreendedorismo, esta prática está cada vez mais distante de ser uma realidade talvez
porque não existem grandes raízes ainda para chegar ao nível dos EUA ou pelo menos a
vizinha África do Sul. Este trabalho se propõe a investigar: Impacto Socioeconómico do
Auto-Emprego na Diminuição do Desemprego nas Famílias Moçambicanas, tendo como
enfoque os últimos 10 anos e como ponto focal a província de Maputo.
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II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
II.1. Desemprego
O desemprego é caracterizado como sendo a não possibilidade do trabalho assalariado nas
organizações de um modo geral. De acordo com GARRATY (1978: 10), desemprego
significa "a condição da pessoa sem algum meio aceitável de ganhar a vida e os
desempregados são pessoas capazes de trabalhar para satisfazer suas necessidades, mas
ociosas, independentemente de sua boa vontade para trabalhar ou cio que elas possam fazer
para atender as necessidades da sociedade.
Segundo MINKIW (2004: 98-103), ocorre quando a desequilíbrio entre a oferta e procura de
trabalhadores. Este desequillibrio ocorre devido a rigidez salarial, que é a impossibilidade de
o salario se ajustar até que a oferta de trabalho se iguale a procura de trabalho. O desemprego
aqui é involuntário.
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II.1.1.2. Desemprego Conjuntural
Ocorre quando há um conjunto de mudanças, por exemplo, crises, pandemias, epidemias eo
desastres naturais. Dos tipos de desemprego este pode ser considerado o mais fácil de
ultrapassar, pois tais mudanças são passageiras e acarretam contratação de antigos
trabalhadores quando a situação vir a melhorar.
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desemprego friccional (EP) ou voluntario associada com o pleno emprego de trabalhadores e
produtos, como se pode verificar pela figura abaixo, que é chamada de taxa natural de
desemprego (MANKIW 2004: 97 – 99).
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Downsizing.
As consequências, por sua vez, podem ser devastadoras, tanto do ponto de vista da pessoa (do
desempregado) e de sua família quanto do ponto de vista social e político. A conta do
desemprego, directa ou indiretamente, é paga por todos. É paga via aumento de impostos para
cobrir despesas como subsidio desemprego, despesas médico hospitalares, despesas com
segurança e assim por diante.
a) O período colonial
O Período estava orientado para os interesses coloniais subordinados as directrizes do
nacionalismo económico de Salazar, iniciado em 1930. Para tal, o estado colonial organizou o
mercado de trabalho e o recrutamento da seguinte forma:
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Os efeitos da guerra: Degradação do crescimento do nível do emprego e da actividade
económica, levou aqui ate aos anos 80, aproximadamente 4 milhões de pessoas
abandonassem as zonas rurais contribuindo para a paralisação da grandes empresas
agrícolas e aumento do êxodo rural, onde na cidade, essas pessoas ficavam remetidas
ao desemprego ou ao trabalho no sector informal.
Em 1992 com a assinatura dos acordos de paz começa a desmobilização dos militares, o
regresso dos refugiados nos países vizinhos o que veio a elevar o número de desempregados
existentes.
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Elevado índice de pobreza absoluta aliado a elevadas taxas de analfabetismo, fraca
disponibilidade de infra-estruturas nas zonas rurais (estrada, energia,
telecomunicações e outras);
Redução do peso do Estado como empregador, ou seja, actualmente o Estado só prove
emprego nas áreas de educação, saúde, defesa.
II.2. Auto-emprego
É difícil diferenciar, através de critérios mais ou menos objectivos, o auto-emprego do
emprego. A criação de critérios que permitam uma clara distinção entre o “dependente
empregado” e o “independente auto-empregado” tem desafiado uma gama de pessoas
interessadas com este conceito.
Não se pode ainda encontrar na literatura especializada uma definição precisa e padrão de
auto-emprego. Dada a sua heterogeneidade existem dificuldades encaradas como a distinção
de emprego e auto-emprego, mesmo assim autores tem tentado defini-lo.
De acordo com PAMPLONA (2002) é possível definir de uma forma relativamente precisa o
auto-emprego. Desde que haja um consenso entre os autores no que diz respeito as
características deste, pois ele pressupõe de forma geral independência, autonomia e controle
sobre o processo de trabalho.
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b) O trabalho autónomo convém particularmente a quem conhece a realidade da rua e
requer conhecimentos práticos do que teóricos e competências técnicas. Isso significa
que analfabetos e pobres poem explorar seus pontos fortes, ao invés de ficarem em
desvantagens devido as suas fragilidades;
c) Pode transformar um passatempo ou hobby em actividade remunerada;
d) Dá oportunidade a quem tem dificuldade em se submeter a uma hierarquia rígida;
e) Oferece a possibilidade de sair da dependência em relação a ajuda social, não para se
tornar um empregado assalariado, mas para abrir uma loja ou uma oficina;
f) Pode ajudar aqueles que encontram um emprego, mais ainda estão bastante pobres;
g) Propicia aos recém-formados o apoio moral para se instalarem por conta própria, ao
invés de afundarem na depressão e no isolamento;
h) O custo médio de criação de um trabalho autónomo em muitas vezes é menor que o de
um trabalho assalariado;
i) O auto-emprego é importante para o mercado de trabalho ao ampliar as oportunidades
de participação das pessoas nesse mercado.
A média dos rendimentos do auto-empregado é quase sempre mais baixa do que a dos
assalariados;
Os auto-empregados, em termos gerais, trabalham mais horas do que os trabalhadores
assalariados formalmente;
O auto-emprego tende a ser uma situação de trabalho instável, ou seja, o auto-emprego
é um risco;
É um empreendimento concebido para garantir a sobrevivência do proprietário e não
com o objectivo de acumulação de capital, o que faz com que grande parte do
excedente seja desviado para o consumo e não para investimento.
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A teoria do pulled que o auto-emprego como escolha do indivíduo, que procura por
independência e maiores oportunidades de crescimento profissional;
A teoria do pushed, o auto-emprego é visto como resultado do downsizing,
reestruturação e crescimento de práticas flexíveis de emprego.
É inegável que as circunstâncias em que cada indivíduo está inserido e as diferenças
individuais na personalidade, nas atitudes, habilidades, conceitos de vida e emoções afectam
consideravelmente a sua escolha. Um empregado, que deseja maior independência e
responsabilidades, e trabalha numa empresa que não permite a tomada de decisão e que está
submersa em burocracia, talvez não esteja satisfeito com seu trabalho, o que o deixaria
propenso a migrar para o auto-emprego.
Outros factores dentro da organização como ambiente de trabalho, oportunidades de
crescimento, afastam trabalhadores do emprego formal. Factores como a busca por desafios e
maiores responsabilidades, maiores ganhos, flexibilidade e autonomia sobre o trabalho seriam
as principais motivações pessoais.
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III. METODOLOGIA
b) Quanto ao Objectivo
c) Quanto ao Procedimento
d) Quanto à Abordagem
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e) Quanto ao Método Científico
III.3. Amostra
A amostra será de natureza não probabilística, o processo de selecção não leva em conta as
probabilidades de cada elemento ser incluído na amostra. Quando não se dispõe de uma lista
dos elementos da população ou de lista de conglomerados, podem-se usar procedimentos não
aleatórios para selecção de amostra que representem razoavelmente bem a população.
A amostragem por cotas consiste em obter uma amostra que seja semelhante, em alguns
aspectos, à população. É importante que o pesquisador conheça algumas características da
população que deseja estudar para seleccionar uma amostra adequada.
Quanto as perguntas, serão de carácter misto, ou seja, abertas e fechadas. Nas abertas, os
respondentes expõem suas opiniões escrevendo ou falando, a pergunta aberta possibilita
comentários e explicações importantes para a interpretação e não exige muito tempo na
preparação do instrumento. Nas fechadas, os respondentes escolhem respostas (verbalmente
ou assinalando graficamente) dentre as opções oferecidas, as perguntas serão de natureza
dicotómica tendo de responder entre as opções ‘’Sim ou Não’’.
b) Entrevista
A entrevista é um encontro entre duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações a
respeito de determinado assunto (LAKATOS; MARCONI, 2007). É a técnica mais utilizada
nas pesquisas qualitativas. No entanto, como coloca Minayo (1996), mediante essa técnica
podem ser obtidos dados de natureza quantitativa (censos, estatísticas etc.) e qualitativa
(opiniões, atitudes e significados).
Esta será do tipo, semiestruturada, ou seja, segue um roteiro ou “guia” criado pelo
entrevistador, mas sem se prender rigidamente à sequência das perguntas. A conversa segue
conforme os depoimentos do entrevistado, sem obedecer rigidamente ao roteiro de entrevista.
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IV. CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES (2021 – 2022)
Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro 2022
Actividades 2021 2021 2021 2021
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V. ORÇAMENTO
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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GARRATY, John. Economic Thought and Public Policy. Harper & Row, New York, 1978.
HUGHES, K. D. Pushed or Pulled? Women’s entry into self-employment and small business
ownership. Gender, work and Organization, v. 10, n.4, 2003.
SOUZA, Paulo Renato. O que são empregos e salários. São Paulo: Brasiliense, 1986.
YUNUS, Muhammad. O banqueiro dos pobres. São Paulo: editora Ática, 2003.
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