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Desemprego e Inflação
Licenciatura em Economia com habilitações em Planificação Económica
3º ano Laboral
Desemprego e Inflação
2. Desemprego............................................................................................................................................2
3. Inflação ...................................................................................................................................................6
1. Introdução
O desemprego e a Inflacção constituem dois fenómenos económicos com efeitos negativos não só
para a economia, mas para todas as esferas ou sectores. O desemprego gera consequências em
toda a sociedade. Isso porque, com ele, há uma redução do número de pessoas com renda fixa, o
que diminui o consumo e, consequentemente, afeta o curso da economia.
Manter os preços estáveis é um dos objectivos mais imprescindíveis de qualquer nação, a inflação
não é desejável, pois para além de afectar o poder de compra das pessoas, as ações de controle da
inflação podem influenciar as taxas de desemprego de um país.
1.1. Objectivos
1.2. Metodologia
Como resposta aos objectivos colocados, a pesquisa foi feita com base em duas fontes de
informação. Por um lado, destacam-se as pesquisas bibliográficas, por outro lado optamos pela
observação para melhor enquadramento da literatura à realidade moçambicana.
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I. Desemprego e Inflação
2. Desemprego
i) sem trabalho;
O desempregado A – aquele que, para além de satisfazer os primeiros dois critérios acima
mencionados, procurou activamente o emprego; e
- Trabalhadores ocasionais;
- Trabalhadores por conta própria sem empregados, com trabalho regular, mas que não exerceram
a sua activdade no período de referência por razões económicas (falta de material, capital, avaria
de equipamento, época de pousio, etc.)
O desemprego friccional também pode ser observado quando novos membros da força de
trabalho procuram emprego por um certo intervalo de tempo.
Reinert e Vasconcellos (2007) são unânimes em afirmar que este tipo de desemprego ocorre
porque os trabalhadores possuem diferentes habilidades e preferências e os empregos exigem
atributos diferenciados, sendo assim, a busca de um emprego adequado exige tempo e esforço.
Políticas públicas tentam diminuir a taxa de desemprego reduzindo o desemprego friccional, as
agências de emprego divulgam informações relativas as vagas a fim de tornar mais eficiente a
compatibilização entre trabalhadores e empregos.
O desemprego cíclico consiste na falta de trabalho durante um momento de crise económica (isto
é, de recessão). Trata-se, em geral, de períodos não demasiado extensos em termos de tempo e
que se revertem a partir do momento em que se registam sinais de melhoria na economia. As
empresas são obrigadas a dispensar seus funcionários para cortar despesas.
O sector da agricultura ilustra claramente esta situação de desemprego: em épocas de colheita (as
vindimas, por exemplo), aumenta a oferta de trabalho e o desemprego diminui; nos restantes
meses do ano, a situação inverte-se.
3. Inflação
Muitas pessoas falam de inflação quando o assunto em questão é a subida de preços, mas a
inflação não é a simples subida de preços, não se pode falar de inflação sempre que se decide
aumentar o preço de um bem X. Isso porque, em economia, os preços são gerados pelos
movimentos de oferta e procura e o facto de o preço do bem X aumentar não significa que se
perca poder de compra, porque a par desse aumento podem verificar-se diminuições nos preços
de outros produtos, como os bens substitutos de X, e, então, pode acontecer que o bem X seja
substituído por outro.
Vasconcellos (1999: 338) considera inflação como sendo um aumento contínuo e generalizado no
nível geral de preços num dado período de tempo, ou seja, a inflação não pode ser confundida
como uma simples subida do preço de um bem ou de um serviço.
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Quando a taxa de inflação é decrescente e a elevação dos preços ocorre em ritmo lento diz-se que
há uma desinflação e quando ocorre em um ritmo acelerado de crescimento assumindo
proporções alarmantes denomina- se Hiperinflação.
Por outro lado, quando os preços gerais da economia diminuem, o contrário da inflação, diz- se
que ocorreu uma deflação. A deflação é uma queda do nível geral de preços da economia.
Rastejante - é caracterizada por uma leve e quase impercetível expansão geral dos preços, como
aquela que verifica, atualmente, na maioria dos países de primeiro mundo;
Galopante - se as subidas de preços forem muito elevadas, é caracterizada por uma violenta e
incontrolável expansão do nível geral dos preços.
Hiperinflação - é um caso particular de inflação, que tem lugar quando a subida dos bens ao
longo de um ano é exagerada. Uma situação de hiperinflação reflete um estado de profunda crise
económica, dado que o dinheiro desvaloriza a um ritmo alarmante e a capacidade das pessoas
para comprar bens e serviços com a moeda reduz significativamente. (Vasconcellos, 2007)
Ibid (2015: 192), salienta que a maior parte da hiperinflação começa quando o governo é incapaz
de cobrir as suas despesas com a carga tributária que arrecada (portanto, a receita), pelo que, o
saldo orçamentário passa a ser deficitário.
O governo pode sustentar esse défice pela emissão de títulos da dívida pública. Entretanto,
governo ao descobrir a sua incapacidade de tomar dinheiro emprestado advindo da desconfiança
dos que concedem empréstimo, pelo facto de considerarem o governo um credor de risco, activa
a máquina de imprimir moeda para cobrir o défice.
Ibid, os salários representam uma grande parcela dos custos das empresas, pelo que salários mais
elevados e acima dos ganhos de produtividade do trabalho causam aumentos dos custos da
unidade de trabalho. As empresas aumentam os preços, com o intuito de manter as margens de
lucro, passando para a economia os custos suportados. Então, o efeito de salários e custos de
matérias-primas mais elevados representa ulteriormente a redução da produção. Pode também
acontecer que se esteja perante a denominada espiral inflacionista- exprime uma contínua
manifestação de episódios inflacionistas que se perpetuam no tempo. A espiral inflacionista pode
resultar ou ter origem em sucessivas manifestações, seja da inflação pela oferta, seja da inflação
pelos custos que, ao se perpetuarem no tempo, acabam por ser assumidas como algo normal.
Passam a ser um dado adquirido para os agentes económicos que as incorporam nas suas
expectativas. Isso vai ter efeitos na economia, visto que, no momento da tomada de decisões, os
agentes económicos consideram todo o tipo de informações de que dispõem.
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Os proprietários de bens de raiz praticamente nada sofrem, já que suas propriedades normalmente
são valorizadas no mesmo ritmo em que deteriora o valor do dinheiro. Nessa categoria, também
estão os empresários, que têm mais condições de repassar os aumentos de custos provocados pela
inflação, garantindo assim a manutenção de seus lucros, e o próprio governo, via correção de
impostos e preços e tarifas públicas.
Dessa forma, quanto mais alta a taxa de inflação em um determinado país, mais desigual é sua
distribuição de renda.
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A quantificação da inflação não é obtida directamente a partir dos preços, mas sim utilizando
indicadores sintéticos, geralmente, o IPC.
O IPC, tem como objetivo medir as alterações no custo de vida dos consumidores, ou seja, o
valor que estes têm de gastar ao longo do tempo para manter um determinado nível de vida.
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IPC = Ct/C0*100
Onde:
4. Conclusão
Feito o trabalho concluímos que o desemprego constitui um desperdício de recursos, os
desempregados têm potencial para contribuir na renda nacional, mas não o fazem. Entretanto, não
há maneiras simples de reduzir o desemprego, contudo, as políticas públicas têm lutado
implementando medidas que visam reduzir o desemprego.
Muitos governos têm encarrado a inflação e os seus custos sociais. Ademais, quando o governo
não consegue controlá-la o mais provável é que esta passe a estágios maiores (hiperinflação).
A hiperinflação é um problema que, muitas vezes é causado pelo governo na sua tentativa de
autofinanciar as suas despesas a partir da senhoriagem, ou seja, impressão monetária. Entretanto,
a hiperinflação geralmente termina com uma reforma fiscal, isto é, o governo pode decidir
reduzir os seus gastos públicos e aumentar a alíquota do imposto, pelo que, pode gerar vários
problemas como por exemplo redução do rendimento que implicará numa redução do consumo
privado, bem como do investimento (consumo das empresas).
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5. Referências bibliográficas
BANCO DE CABO VERDE, O QUE É A INFLAÇÃO - CADERNO Nº 7. BCV.
VASCONCELLOS, Marco Antonio S. Economia: micro e macro. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2007.