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EMPREGO E DESEMPREGO

“Um homem disposto a trabalhar e incapaz de encontrar trabalho, talvez


seja a visão mais triste que a desigualdade da fortuna expôs sob o sol”.
Thomas Caryle

Introdução
Desde há muito tempo, autores dos mais renomados afirmam que o desemprego é,
acima de tudo, um problema político. Dentre eles destacam-se Marx, Kalecki e Keynes.
É de Marx a célebre expressão do "exército industrial de reserva". Segundo estes
autores, quanto maior o nível de emprego maior se torna a escassez de trabalhadores.
Pela lei da oferta e da procura, a escassez acaba elevando o preço da força de trabalho e,
consequentemente, os custos de produção. Por esse motivo, seria de interesse dos
empresários manter sempre um certo nível deliberado de desemprego, de modo a não
permitir que os salários atingissem certos níveis, indesejáveis do ponto de vista do
capital.

A actualidade é marcada por diversas mudanças, sendo o emprego considerado como


um suporte para garantir a sustentabilidade do indivíduo.
A escassez e a precariedade dos empregos têm conduzindo os indivíduos a várias
situações de desemprego. Para a maioria dos indivíduos desempregados, estar na
situação de desempregado é um acontecimento negativo (Regado, 2012).

As trajectórias de vida dos indivíduos desempregados são instáveis, quando se


encontram nesta situação. Os desempregados são indivíduos que estão privados de ter
um emprego.
Quando essa situação se prolonga, poderá provocar no indivíduo consequências a nível
pessoal, profissional, económico, psicológico e social.

E neste sentido que o presente ensaio tentara reflectir sobre a questão do emprego e
desemprego, tendo como objectivos:
Objectivo Geral

 Analisar a questão do emprego e desemprego destacando as suas causas,


características e as alternativas para o seu combate.

Objectivos Específicos

 Identificar os tipos de desemprego


 Analisar as causas do desemprego em Moçambique,
 Propor medidas para o combate do desemprego em Moçambique;

Metodologia
Para a realização deste ensaio, destacaram-se 3 etapas fundamentais:
i) A consulta de artigos científicos, as teses e dissertações atinentes ao tema em causa;
ii) Discussão em grupo para seleccionar informação de interesse; e
iii) Elaboração do ensaio final.

Revisão da Literatura

Trabalho: o trabalho pode ser visto como uma actividade metódica das forças corporais
e intelectuais do homem, visando sua própria conservação e desenvolvimento e para a
transformação do mundo exterior. (Lisa enciclopédia universal, 1970, p.1165)

Emprego: o emprego se define como sendo uma relação entre homens que vendem a
sua força de trabalho em troca de um valor ou remuneração e homens que compram
essa força de trabalho pagando salário. É uma espécie de contrato estável, e mais ou
menos duradoura no qual o possuidor dos meios de produção paga pelo trabalho de
outros (INEFP, 2004).
Ocupação: ocupação de uma pessoa é a espécie de trabalho feito por ela,
independentemente do local em que esse trabalho é realizado. Considera-se ocupação ao
conjunto de expectativas que indivíduos têm, em relação ao papel exercido por ela
(Ministério do Trabalho, 2009).

Mercado de Emprego: o mercado de emprego esta interagindo com pessoas que


procuram emprego especializado ou não especializado (mão-de-obra) e Empresas
(pessoas jurídicas) que oferecem emprego num sistema economico capitalista, tendo
uma função de mercado, local ou cenário onde se pode comprar ou vender produtos e
serviços. A procura e a oferta destes elementos é que fazem o mercado de trabalho
dentro de um momento, sucitando um desenvolvimento social (Ministério do Trabalho,
2009).

Desemprego: conjunto de pessoas com idade activa trabalhar, mas que no entanto, se
encontram sem trabalho (OIT, S/D)

Desenvolvimento

O emprego
O conceito de emprego surgiu a partir do conceito de trabalho. As noções de emprego e
de trabalho são actualmente consideradas como sobrepostas, tendo o termo trabalho
ficado associado à noção de emprego, e por sua vez o emprego ficou associado ao
trabalho renumerado.
Costa (1998) considera o emprego como trabalho renumerado, referindo-se ao trabalho
como uma dimensão fundamental da existência humana, podendo ser renumerado ou
não.

O conceito de emprego surgiu com a Revolução Industrial, enfatizando a relação do


indivíduo com a sociedade, ou seja, um indivíduo empregado era considerado como um
indivíduo com um status social, que estabelecia relações de interacção com a sociedade.
Assim, o “emprego constitui o habitat social dos indivíduos” (Kovács, Casaca, Ferreira,
& Sousa, 2006, p.7).Um indivíduo empregado assume um papel social, com
recompensas materiais e simbólicas, ocupando uma determinada posição na sociedade.

Cachapa (2007,citado por Lopes, 2011) refere que o emprego tem duas dimensões
subjacentes: a pessoal e a social. Na pessoal, o indivíduo realiza-se e assegura a sua
subsistência. Na social, o indivíduo sai do seu círculo familiar e integra-se num
determinado grupo profissional, estabelecendo relações e promovendo a interacção com
a sociedade.
Savickas (1997,citado por Fraga, 2012) refere que o emprego permite que os indivíduos
sejam activos na construção do seu projecto de vida.

Actualmente assistimos a inúmeras mudanças no que se refere ao emprego, implicando


que o indivíduo mude de emprego várias vezes ao longo da vida.

Rodrigues (2012) refere que a empregabilidade acarreta algumas dimensões essenciais


para alcançar o sucesso, tais como:
A adaptabilidade - que abrange a vontade e a capacidade de modificar comportamentos,
sentimentos e pensamentos face às alterações do meio envolvente;

O capital humano - consiste em investir na aprendizagem contínua, que pode potenciar


o capital humano, estimulando a construção da empregabilidade.

Oliveira (2006, citado por Rodrigues, 2012) caracteriza o capital humano pelo
“acrónimo KSAOs - Knowledge, Skills, Abilities and Others, ou seja, conhecimentos,
competências, capacidades e outras características procuradas pelas empresas e que
possibilitam ao trabalhador reconhecer novas oportunidades”
Medidas activas e passivas das políticas de emprego

Segundo Bettencourt (2012), as políticas de emprego podem ser classificadas como


passivas ou activas.

As políticas passivas de emprego são estratégias de protecção social em situação de


desemprego, isto é, são políticas de subsidiação de desemprego e de apoio (por
exemplo, subsídio de desemprego e subsídio social de desemprego).

As políticas activas visam manter e/ou incrementarão emprego.


Essas políticas activas de emprego podem ser de: partilha de tempo de trabalho;
medidas de fomento de emprego; apoio à contratação; baixa do custo de trabalho;
aumento de trabalho; medidas de incentivos fiscais; medidas de fomento de actividade;
medidas de partilha do trabalho; medidas de Job rotation (ocupação por várias pessoas
de um mesmo posto de trabalho); flexibilização da regulamentação do trabalho; rigidez
da regulamentação do trabalho; medidas de ocupação; estágios; medidas deformações
profissionais; e as medidas de conciliação da vida familiar com a vida profissional.
(Bettencourt, 2012)

O Desemprego

Numa perspectiva histórica, o estudo de desemprego surgiu em 1970. A suspensão do


trabalho no período do pós-guerra (desde 1945) contribuiu para o agravamento deste
fenómeno. Porém, só na década de 80 do século XX é que o desemprego se tornou no
centro das atenções para os investigadores das ciências sociais, em particular na área da
economia.

A OIT adopta uma definição de desemprego padrão (ou aberto) que tem como base três
critérios que devem ocorrer ao mesmo tempo:
(a) estar sem trabalho;
(b) encontrar-se correntemente disponível para o trabalho; e
(c) estar buscando trabalho.
O conceito de desemprego pode ser assumido de diversas formas. Marx (1983,citado
por Campos, 2009) refere que a noção do desemprego está associada à força de trabalho
como forma de obter um rendimento para satisfazer as necessidades de cada indivíduo.

Segundo Caleiras (2011), o desemprego corresponde “à condição dos trabalhadores que,


embora disponíveis para o trabalho, num determinado momento da sua vida activa estão
involuntariamente privados de um trabalho”

Actualmente, Sena (2013) entende que o conceito de desemprego é “o estado de estar


desempregado ou não envolvido numa ocupação com ganhos; ou como inactividade
profissional involuntária, situação de não ter emprego

Tipos de desemprego

Segundo Passos e Nogami no livro Princípios de economia (2005), são pelo menos 4
(quatro) tipos de desemprego, obviamente causados por motivos diferentes

Uma das formas seria o chamado Desemprego Friccicional (ou desemprego natural), o
qual consiste em indivíduos desempregados, temporariamente, ou porque estão
mudando de emprego, ou porque foram demitidos, ou porque ainda estão procurando
emprego pela primeira vez. Recebe esta nomenclatura porque o mercado de trabalho,
segundo os autores, ocorre com atrito, não combinando trabalhadores e postos
disponíveis de trabalho, sendo que sua duração vai depender dos benefícios dados aos
desempregados, como o seguro desemprego.

Já o Desemprego Estrutural ou tecnológico é consequência das mudanças estruturais


na economia, tais como mudanças nas tecnologias de produção ou nos padrões de
demanda dos consumidores (uma vez que a mudança de gostos pode tornar obsoletas
certas profissões). No tocante às mudanças tecnológicas, basta pensarmos como
exemplo uma montadora de veículos que, ao promover a automatização de sua
produção, dispensa inúmeros trabalhadores agora desnecessários diante a capacidade de
robôs. Com relação à mudança no padrão da demanda dos consumidores, isso se
explicaria ao se pensar na antiga profissão do técnico em consertar máquinas de
escrever - equipamento absolutamente obsoleto – o qual perderia sua função na era da
informática sem uma reciclagem profissional.

Um terceiro tipo seria o chamado Desemprego Sazonal. Conforme apontam Passos e


Nogami (2005), este tipo de desemprego ocorre em função da sazonalidade de
determinados tipos de atividades econômicas, tais como agricultura e turismo, e que
acabam causando variações na demanda de trabalho em diferentes épocas do ano.
Trabalhadores rurais cortadores de cana-de-açúcar seriam um bom exemplo, os quais
migram de uma determinada para outra no período de safra, retornando na entressafra.

O quarto e último tipo seria o Desemprego Cíclico (involuntário ou conjuntural). Um


dos mais temidos, e que tem assolado a Europa e os Estados Unidos nestas últimas
crises econômicas, ocorre quando se tem uma recessão da economia, o que significa
retração na produção. As empresas são obrigadas a dispensar seus funcionários para
cortar despesas.

Da descrição acima, pode-se ver que Moçambique ainda está longe de atingir o pleno
emprego dos seus recursos, resultando em taxas de desemprego elevados. Então, de um
modo geral, o tipo de desemprego predominante não será causado pelas fricções no
mercado, mas sim um desemprego resultante da própria estrutura da economia, com
uma produtividade abaixo do seu potencial, donde se conclui que o tipo de desemprego
prevalecente é o desemprego estrutural.

Causas do Desemprego

As causas do desemprego são muitas e, muitas vezes, o que é causa para uma
determinada linha de pensamento, pode ser solução para outra. Dentre as causas mais
citadas, pode-se enunciar: o desenvolvimento tecnológico, a globalização,
terciarização, a desindustrialização, o excesso desconcentração da renda, os
modernos métodos de gestão, de um modo geral, como a reengenharia e o
downsizing, além de outras.
Ganhão (1997,citado por Lopes, 2011) apontava as causas de desemprego da seguinte
forma:
 Factores económicos (por exemplo, o abrandamento da actividade económica e
a falência de empresas);

 Factores demográficos (deslocalização de empresas);

 Reconversão tecnológica (reconversão dos regimes laborais);

 Obsolência das qualificações,

 Desinstrustrialização (os processos de reestruturação industrial); e

 Desregulamentação do mercado de trabalho (escassez ou desadequação da oferta


de novos empregos e consequentes vagas de redução de pessoal

Consequências do Desemprego
As consequências, por sua vez, podem ser devastadoras, tanto do ponto de vista da
pessoa do desempregado e de sua família quanto do ponto de vista social e político. A
conta do desemprego, directa ou indirectamente, é paga por todos. É paga via aumento
de impostos para cobrir despesas do tipo salário desemprego, despesas médico-
hospitalares, despesas com segurança e assim por diante.

Estudos comprovam que o desemprego aumenta os problemas relacionados com a saúde


física e mental do trabalhador, fazendo com que se acentue a procura pelos serviços
profissionais ligados a esta área. Também há comprovação de que a violência e o crime,
de um modo geral, estão directamente relacionados com o desemprego. Este pode ainda
provocar radicalização política, tanto à direita quanto à esquerda, bem como ampla
desorganização familiar e social. Estudos já descobriram relação entre aumento de
desemprego e aumento de divórcios, apenas a título de exemplo.
Medidas para combate ao Desemprego

Assim como não há consenso mínimo quanto às causas do desemprego, não há também
nenhuma convergência em relação às soluções. Mais uma vez, o que é solução para uns,
pode ser causa de desemprego para outros. Dentre as medidas de combate ao
desemprego mais citadas pode-se enumerar: facilitação do consumo e do crédito,
incentivo ao investimento privado, implementação de políticas fiscais e monetárias
adequadas, aumento das despesas pública (com ampla utilização do Estado como
empregador e como desenvolvimento de políticas sociais do tipo auxílio desemprego),
flexibilização do mercado de trabalho, redução da jornada de trabalho, trabalho de
tempo parcial, licenças remuneradas, restrição às horas extras, trabalho compartilhado,
treinamento e requalificação de recursos humanos, além de outras possibilidades.

Desemprego em Moçambique

Segundo a definição do INE, qualquer pessoa assalariada ou pessoa que trabalhe em


casa (doméstica) sem salário já faz parte da população activa, não sendo por isso
considerada como desempregada.

Uma das características importante de Moçambique é que uma larga parte da força do
trabalho encontra-se no sector informal, que se caracteriza por providenciar rendimentos
baixos aos seus trabalhadores e muitas vezes instáveis.

É muito difícil encontrar o número do desemprego em Moçambique. Quase 70% das


pessoas vivem do Sector Primário (Agricultura), e desses 70%, cerca de 90% vivem da
agricultura de subsistência, encontrando-se sem outro tipo de emprego possível. Muitos
destes pequenos agricultores tem falta de insumos, matérias-primas, estão sujeitos a
falhas nas colheitas, não tem acesso aos mercados para escoamento da produção, etc.
Para o Banco Mundial, este conjunto de pessoas não são população activa, mas são
“Pequenos Camponeses” que não estão dentro da taxa de empregados, mas que
diariamente tentam subsistir por si próprios. Ou seja, parece que se “manipula” esse nº
de desempregados para se demonstrar desenvolvimento aos olhos da economia mundial
Causas de desemprego em Moçambique

O desemprego em Moçambique, de natureza estrutural, tem as seguintes causas:

 Incapacidade da economia em gerar postos de trabalhos em números suficientes


para absorver os desempregados incluindo os jovens que anualmente ingressam
no mercado de trabalho;
 Os elevados índices de pobreza absoluta.

O inquérito aos agregados familiares (IAF) 2002-02, apresenta um índice de incidência


da pobreza absoluta de 54,1%. De acordo com a Estratégia do Emprego e Formação
Profissional em Moçambique 2006-2015 (2006) factores tais como:

 Elevadas taxas de analfabetismo;


 Baixos índices de produtividade no sector agrícola familiar, de onde provém os
rendimentos de mais de 80% da população;
 Fraca disponibilidade de infra-estrutura básicas nas zonas rurais (estradas,
energia, água, telecomunicações, etc.).

 A baixa oferta de educação no geral, de formação profissionalizante no


particular, e do abandono escolar, principalmente nos jovens;
 Demanda de uma força de trabalho cada vez mais qualificada, capaz de
acompanhar a evolução tecnológica;
 Redução do peso do Estado como empregador, dada a mudança do papel deste
na economia do trabalho;
 Tendência a descentralização da utilização da mão-de-obra moçambicana nas
minas da África do Sul;
 Elevada vulnerabilidade do sector agrícola aos desastres naturais que, em
determinados períodos, geram situações de desemprego e a limitada
disponibilidade de emprego, pois segundo o IAF 2002/03, nas zonas rurais, 93%
da população encontra-se ocupada na agricultura, silvicultura e pesca.
Medidas para a redução de Desemprego em Moçambique

De salientar que como rendimento de subsistência considera-se o salário mínimo em


Moçambique, que é uma remuneração mínima estipulada pelo governo para
determinado numero de horas. A política de salário mínimo tem como objectivo garantir
que os trabalhadores com poucas qualificações técnico-profissionais um salário que
cobra suas necessidades básicas. Uma das alternativas básicas do desemprego, encontra-
se perspectivada na alteração da legislação laboral, que actualmente, já foi efectivada,
com o objectivo de tornar o mercado de trabalho mais flexível e competitivo de modo a
contribuir na criação do emprego formal.

Abaixo está emanada uma lista de medidas e alternativas que seguidas poderão
proporcionar redução das taxas de desemprego em Moçambique:

Promoção de Emprego para Jovens


Identificar necessidades e oportunidades locais de emprego e determinar as
especificidades das oportunidades de emprego detectadas, tendo se em conta a
realização de acções de Informação e Orientação Profissional para apoiar o aumento da
empregabilidade. Deve-se optar por desenvolver programas de formação em módulos
direccionados aos postos de trabalho e produtos, utilizando, entre outros, a metodologia
da OIT sobre Habilidades Ocupacionais, e implementar cursos de capacitação
integrados que conduzam ao auto-emprego.

É preciso apoiar a inserção dos jovens com capacidades básicas de subsistência,


liderança, empreendedorismo e com responsabilidade civil, no mercado local de
emprego de forma a desenvolver pacotes integrados de formação, financiamento e
extensão técnica de gestão, esta última com recurso a novas tecnologias de informação e
comunicação, para integração imediata de jovens no mercado do trabalho e para a
sustentabilidade dos seus empreendimentos;

Promoção do Emprego para Mulheres


Promoção da protecção legal das mulheres trabalhadoras do sector formal contra
recrutamentos discriminatórios, transferências, despedimentos e outros, recolhendo a
informação laboral sobre a participação da mulher no sector formal para ser utilizada na
tomada de decisões em relação a programas de emprego e necessidades de formação em
benefício da mulher. Deve-se desenvolver programas de emprego de mulheres para o
sector informal tanto no meio rural como no urbano;

Promoção de Emprego para Pessoas Portadoras de Deficiência

Sensibilizar os parceiros sociais e principais intervenientes no concernente à reabilitação


profissional de pessoas portadoras de deficiências e aos princípios básicos na
formulação de políticas apropriadas e programas que promovam empregos para pessoas
portadoras de deficiência, bem como estabelecer serviços de reabilitação profissional e
de emprego para pessoas portadoras de deficiência em cada região do país.

Melhorar a Qualidade da Formação Profissional

Definir padrões de competência para os formadores, gestores e técnicos de formação


profissional e avaliar as necessidades de formação e realizar acções de formação inicial
e contínua dos formadores, gestores e técnicos. Deste modo, deve-se desenvolver
currículos, manuais e outros materiais de formação que respondam aos padrões de
competência definidos e que incorporem normas de higiene e segurança, bem como
metodologias de formação flexíveis e inovadoras.

Recomendações
O desemprego em 2017 em Moçambique afectará 22,5% dos cerca de 23 milhões da sua
população, segundo Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFP),
por isso os desempregados devem desenvolver competências individuais,
demonstrando-se ser proactivos, resilientes e empreendedores, para que a sua
(re)inserção no mercado de trabalho seja facilitada.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Estratégias Identitárias dos Enfermeiros. Lisboa: Formacau e Educa.
GARRATY, John. Economic Thought andPublic Policy. Harper & Row, New York,
1978.p. 10.

BROUCKER, Patrice de. LowUnemployment in Japan: The Product ofSocio-


Economic Coherence. In TheUnemployment Crisis. Edited by Brian K.MacLean &
Lars Osberg. McGill-Queen'sUniversity Press. London, 1996. pp. 226-243.p. 227.

Caleiras, J. (2011). Para além dos números – As consequências pessoais do desemprego.


Dissertação de Doutoramento,Faculdade de Economia da Universidade de
Coimbra.

ELDERTON, Marion. Case Studies ofUnemployment (Philadelphia, 1931), p. xi.apud


GARRATY. p. 166.

Kovács, I., Casaca, S., Ferreira, J., & Sousa, M. (2006).


Flexibilidade e crise de emprego: tendências e controvérsia, Documento de trabalho n.º
20º6/08 , Instituto Superior de Economia e Gestão - SOCIOUS.

Regado, L.(2012). Anos de Ouro da vida activa-35 aos 45 anos: vidas quebradas,
sonhos adiados. Dissertação de Mestrado, Universidade do Minho, Braga.

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