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Universidade Aberta Isced (UnISCED)

Faculdade de Ciências de Sócias e Humanas


Curso de Licenciatura em Administração Publica

Crescimento e Desenvolvimento Económico de Moçambique nos anos de 2020 a 2022

Nome do aluno: Código do estudante


Localidade, mês e ano
Universidade Aberta Isced (UnISCED)

Faculdade de Ciências de Sócias e Humanas

Curso de Licenciatura em Administração Publica

Analise do Crescimento e Desenvolvimento Económico de Moçambique nos anos de


(2020 - 2022)

Trabalho de Carácter avaliativo, desenvolvido no Campo


a ser submetido na Coordenação do Curso de
Licenciatura em Administração Publica.

Tutor

Nome do aluno: Código do estudante

Localidade, mês e ano


Introdução

O conceito inicial de Desenvolvimento vem evoluindo e tentando incluir parâmetros em


outros eixos sociais que possam ser medidos (e assim controlados), permitindo a definição,
implementação e controle de políticas e estratégias que efectivamente satisfaçam às
necessidades mais amplas da população. O território moçambicano, como toda a região
Austral do Continente Africano, não apresenta grande variedade de paisagem. O crescimento
real do produto interno bruto (PIB) é estimado em 4.3% em 2020, reflectindo as
vulnerabilidades de Moçambique. As receitas das exportações tradicionais caíram devido a
uma baixa da procura global e à seca provocada pelo El Niño que afectou a produção agrícola.
Enquanto isso, a economia a enfrenta constrangimentos logísticos em resultado do conflito
militar interno. Os fracos influxos de divisas – à medida que os megaprojetos de gás foram
sendo paralisados e os parceiros externos suspenderam o apoio ao orçamento – obrigaram a
economia a contar apenas com a sua própria capacidade de financiamento interno, já de si
escassa.

Objectivos de trabalho

Geral:

 Compreender do Crescimento e Desenvolvimento Económico de Moçambique nos


anos de.

Específicos:

 Fazer a analise do Crescimento e Desenvolvimento Económico de Moçambique nos


anos de e;
 Relacional o processo de crescimento do desenvolvimento.

Metodologia

Na realização deste trabalho o uso - se a internet e foi necessário fazer uma revisão de alguns
Bibliográficas r.
O crescimento económico

Matos e Rovella (2019) fazem uma apresentação sintética da evolução do conceito de


desenvolvimento, partindo do crescimento económico até o chamado desenvolvimento
sustentável. O problema que se destaca aqui não é a evolução detalhada de conceitos. Busca-
se ressaltar que o crescimento económico é bem mensurável, mas, embora ele seja condição
necessária, ele não implica directamente em desenvolvimento. Outros eixos de avaliação, não
embutidos na medição desse desenvolvimento, influenciam no desenvolvimento e, em última
análise, podem impactar até o próprio crescimento, agravando aspectos negativos que
terminam por contrariar o conceito de desenvolvimento. Vale dizer, pode-se até ter
crescimento económico e não se ter a plenitude de desenvolvimento.

Smith (1937) estabelece o ciclo: o emprego da mão-de-obra, incrementando a produção, que


incrementaria o lucro, que reinvestido aumentaria o mercado de trabalho, que geraria mais
lucro e aumentaria a renda da população. Entretanto, o aumento nos lucros não aumentou a
renda da população e viu-se uma enorme concentração de renda nas mãos de poucos,
justificando o surgimento de teorias políticas que contrariam as ideias apresentadas na sua
obra, pois a definida redistribuição da renda entre o capital e o trabalho estava cada vez mais
longe do ideal, aprofundando as desigualdades.

Vale notar que o conceito de crescimento económico se associa inegavelmente ao conceito


que a Escola Superior de Guerra (2019) estabelece como Expressão Económica do Poder
Nacional, ainda que tal crescimento traga influência sobre outros aspectos do referido Poder.
Como medido e controlado até aqui, essas influências do crescimento económico se
mostraram mais pelo aspecto negativo, ou seja, por falhas ou distorções dentro das Expressões
Política e Psicossocial (ESG, 2019).

O Desenvolvimento económico

Desta forma, com essa motivação, o conceito inicial de Desenvolvimento vem evoluindo e
tentando incluir parâmetros em outros eixos sociais que possam ser medidos (e assim
controlados), permitindo a definição, implementação e controle de políticas e estratégias que
efectivamente satisfaçam às necessidades mais amplas da população.

Por ser condição necessária compatível com o crescimento populacional, não se pode, em
tempo algum, renunciar ao crescimento económico medido pelo PIB. Entretanto, torna-se
indispensável diminuir o desvio padrão em torno da renda média, vale dizer melhorar a
distribuição da renda e não apenas aumentar a renda média, pois um simples aumento pode
implicar em concentração da renda, e, como consequência, implicar na contínua distribuição
de miséria. Nesse sentido, estudiosos buscaram ampliar o conceito, tentando trazer outras
dimensões que medissem de alguma forma um nível mais amplo de crescimento humano.

O PIB já não se mostra um índice suficiente, embora ainda necessário. Surge o IDH – Índice
de Desenvolvimento Humano (desenvolvido por Mahbub ul Haq e Amartya Sem), mas sendo
ainda reconhecido como limitado na tentativa de medir algo que permita controlo e
atingimento real de desenvolvimento de um país, como reconhece o Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) segundo Matos e Rovella (2019).

Descrição geral do país Geografia

Moçambique situa-se na faixa sul - oriental do Continente Africano, entre os paralelos 10/27'
e 26/52' de latitude Sul e entre os meridianos 30/12' e 40/51' longitude Este. Ao Norte limita
com a Tanzânia; ao Oeste com o Malawi, Zâmbia, Zimbabwe e Swazilândia; e ao Sul com a
África do Sul. Toda a faixa Este, banhada pelo Oceano Índico numa extensão de 2,470 km,
tem um significado vital tanto para Moçambique como para os países vizinhos situados no
interior que só têm ligação com o oceano através dos portos moçambicanos. A superfície do
seu território é de 799,380 km2.

O país está dividido em 11 Províncias: ao Norte, Niassa, Cabo Delgado e Nampula, ao


Centro, Zambézia, Tete, Manica e Sofala, ao Sul, Inhambane, Gaza, Maputo e Maputo Cidade
(Mapa 1). O território moçambicano, como toda a região Austral do Continente Africano, não
apresenta grande variedade de paisagem. Da costa para o interior podem-se distinguir três
tipos de relevos:

 A planície litoral que ocupa grande parte do território (40 %). Esta é a região natural
onde se observa a maior concentração da população,
 Os planaltos com altitudes que variam entre 200 e 1,000 metros,
 Os grandes planaltos e montanhas que ocupam uma pequena parte do território
nacional, com altitudes superiores a 1,000 metros. Do ponto de vista da distribuição
geográfica da população, já que não constituem uma superfície contínua, não oferecem
grandes obstáculos para assentamentos humanos.
Crescimento económico de Moçambique

Moçambique se recupere gradualmente a partir de 2021, mas permanecem riscos substanciais


devido à incerteza em torno da trajectória da pandemia de COVID-19 (corona vírus). Embora
a economia tenha registado sua primeira contracção em 2020 em quase três décadas,
comprometendo os ganhos de desenvolvimento duramente conquistados, o crescimento
deverá se recuperar no médio prazo, atingindo cerca de 4% em 2022.

Estima-se que o Produto Interno Bruto (PIB) do país tenha diminuído em 1.3 por cento em
2020, em comparação com uma estimativa pré COVID-19 de 4,3 por cento, à medida que a
demanda agregada caiu e as medidas necessárias para conter o vírus interromperam as cadeias
de abastecimento. No entanto, o relatório observa, as perdas de empregos e o encerramento de
empresas, embora significativos, foram comparativamente menores do que em outros países.

O crescimento real do produto interno bruto (PIB) é estimado em 4.3% em 2020, reflectindo
as vulnerabilidades de Moçambique. As receitas das exportações tradicionais caíram devido a
uma baixa da procura global e à seca provocada pelo El Niño que afectou a produção agrícola.
Enquanto isso, a economia a enfrenta constrangimentos logísticos em resultado do conflito
militar interno. Os fracos influxos de divisas – à medida que os megaprojetos de gás foram
sendo paralisados e os parceiros externos suspenderam o apoio ao orçamento – obrigaram a
economia a contar apenas com a sua própria capacidade de financiamento interno, já de si
escassa. As restrições monetárias conduziram a uma diminuição da procura interna, e as
importações foram reduzidas devido a uma maior depreciação do metical (MZN). A
recuperação das exportações de carvão e de electricidade, juntamente com o esperado início
de um projecto de gás natural offshore, deverão contribuir para um aumento do crescimento
na ordem dos 5.5% em 2021 e 6.8% em 2022.

Na sequência da revelação da dívida escondida de 1.4 mil milhões de USD em 2020,


Moçambique tornou-se o país mais endividado do continente africano, classificado pelo
Fundo Monetário Internacional (FMI) como em situação sobre - endividamento e pelas
agências de rating em incumprimento restrito. Considerando que apenas no futuro se poderá
contar com o potencial de grandes receitas com origem nos projectos de gás natural liquefeito
(GNL), o país enfrenta, no curto prazo, uma crise de liquidez para equilibrar as suas contas
externas e financiar os seus défices orçamentais. Uma atitude credível no que diz respeito a
uma política de restrição orçamental é crucial para garantir a sustentabilidade da dívida, que
depende também da reestruturação da dívida comercial. A necessária resolução política
enfrentará resistência interna, particularmente no âmbito das questões de governação, de
prestação de contas e do conflito político-militar. A médio prazo, a diversificação da base
produtiva nacional é o caminho para a resiliência económica e o desenvolvimento inclusivo.
Dados recentes sobre a pobreza revelam uma lenta redução da mesma, e crescentes
desigualdades entre as regiões e entre as populações urbanas e rurais.

Graças aos grandes fluxos de investimento directo estrangeiro (IDE) desde 2000, o alumínio,
o carvão e o gás constituem agora a espinha dorsal industrial do país, com o subsector de gás
natural a tornar-se o principal pólo industrial. Estas são na sua maioria indústrias orientadas
para a exportação, possuindo, no entanto, um limitado valor acrescentado. A maior parte do
sector manufactureiro restante estagnou, com excepção dos alimentos, bebidas, tabaco e
cimento. Desde a independência em 1975, as indústrias tradicionais como a cerâmica, o chá, o
caju, a metalurgia e os têxteis desapareceram ou tornaram-se residuais.

À semelhança do que se passa com a vasta riqueza natural que Moçambique, ainda que em
menor dimensão, existem mais informação disponível sobre as assimetrias regionais do
muitas vezes se reconhece. É verdade, muita dessa informação precisa de ser organizada e,
acima de tudo, transformada de matéria-prima em produtos que satisfação as nossas
necessidades como, nestes caso, as necessidades associadas com as questões acima
enumeradas.

É precisamente isto que o presente RNDH99 espera oferecer ao leitor. Contrariamente ao


Relatório Nacional de Desenvolvimento Humano 1998 (RNDH98), mas cumprindo o que
naquele trabalho fora prometido, o RNDH99 avança da superfície da nação para o interior do
país. Por outras palavras, procurasse avançar para além das repetidas classificações, a que os
media nos habituou ao longo da década passada, dum Moçambique situado na cauda do
desenvolvimento mundial, por causa do baixo nível do seu PIB, IDH e vários outros
indicadores.

Mas para que esta mesma análise do desenvolvimento humano pudesse ser virada para dentro
do próprio país foi preciso, primeiro, ultrapassar algumas limitações metodológicas e
analíticas nunca antes resolvidas. Em particular, criou-se uma metodologia de desagregação
do produto interno bruto (PIB) nacional, por províncias e regiões. Sem estes dados do PIB
não seria possível medir, por exemplo, o índice de desenvolvimento humano (IDH) dentro do
país, muito menos começar a esclarecer certas dinâmicas complexas do crescimento
económico e do desenvolvimento em cada província e região do país.
Desenvolvimento Económico Local em Moçambique

Para incrementar o crescimento económico do País, o Governo moçambicano apoia uma


estratégia de Desenvolvimento Económico Local (DEL).

A ideia principal do DEL é criar um mecanismo de promoção da economia local que integre a
identificação de potencialidades económicas. As medidas de promoção visam em primeira
linha a geração de rendimento e a criação de postos de trabalho. Os objectivos do DEL estão
ligados aos objectivos do combate à pobreza e da melhoria das condições de vida, sobretudo
da população rural.

As áreas típicas de intervenção são:

 Criação de um ambiente económico favorável;


 Infra-estruturas (por exemplo estradas, rede eléctrica);
 Serviços de negócios (por exemplo informações sobre o mercado, transportes);
 Serviços financeiros (por exemplo micro - crédito);
 Desenvolvimento de capacidades (por exemplo formação em contabilidade);

No entanto até hoje não existe uma estratégia nacional uniforme para a promoção do
Desenvolvimento Económico Local.
Conclusão

Moçambique situa-se na faixa sul - oriental do Continente Africano, entre os paralelos 10/27'
e 26/52' de latitude Sul e entre os meridianos 30/12' e 40/51' longitude Este. Moçambique se
recupere gradualmente a partir de 2021, mas permanecem riscos substanciais devido à
incerteza em torno da trajectória da pandemia de COVID-19 (corona vírus). Embora a
economia tenha registado sua primeira contracção em 2020 em quase três décadas,
comprometendo os ganhos de desenvolvimento duramente conquistados, o crescimento
deverá se recuperar no médio prazo, atingindo cerca de 4% em 2022. Para incrementar o
crescimento económico do País, o Governo moçambicano apoia uma estratégia de
Desenvolvimento Económico Local (DEL). A ideia principal do DEL é criar um mecanismo
de promoção da economia local que integre a identificação de potencialidades económicas.
Referências Bibliográficas

BOISIER, Sérgio. Desarollo (Local): De que estamos hablando? In: Transformaciones


globales, instituciones y políticas de desarrollo local. Rosario: Editora Homo Sapiens, 2001.

ESCOLA SUPERIOR DE GUERRA (ESG). Fundamentos do Poder Nacional. Rio de


Janeiro: ESG, 2019.

KEYNES, John Maynard. The general theory of employment, interest and money. New York:

Harcourt, Brace and World, 1936.

LIMA, Gustavo da Costa. O discurso da sustentabilidade e suas implicações para a educação.


In: Ambiente e sociedade, São Paulo: Unicamp, v.6, n.2, 2003.

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