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Universidade Aberta Isced (UnISCED)

Faculdade de Ciências de Educação


Curso de Licenciatura em Ensino de Geografia

Equilíbrio de Mercado do arroz e situações de excesso e escassez

Nome do aluno: Código do estudante


Localidade, mês e ano
Universidade Aberta Isced (UnISCED)

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de Geografia

Equilíbrio de Mercado do arroz e situações de excesso e escassez

Trabalho de Carácter avaliativo, desenvolvido no Campo


a ser submetido na Coordenação do Curso de
Licenciatura em Ensino de Geografia da UnISCED.

Tutor

Nome do aluno: Código do estudante

Localidade, mês e ano


Índice
Introdução................................................................................................................................4

Equilíbrio de Mercado do arroz..............................................................................................5

Sistema de Produção de Arroz em Moçambique....................................................................6

Morfologia e composição do grão...........................................................................................6

A cultura do Arroz...................................................................................................................7

Situações de excesso e escassez..............................................................................................7

Conclusão................................................................................................................................9

Referencias Bibliográficas....................................................................................................10
Introdução
O arroz e uma planta da família das gramíneas, do género Oryza, que possui em torno de vinte
espécies, sendo a mais cultivada a Oryza sativa. A estrutura do grão de arroz pode ser
visualizado o grão e formado pelo tegumento, que envolve a semente e se encontra
directamente ligado ao pericarpo, membrana que envolve o fruto. O pericarpo e envolvido
pelas glumelas, pela lema e pela palea, que constituem a casca e são removidas durante o
beneficamente. A quantidade de produto disponível no mercado não atende a demanda actual.
Embora o governo diga que o abastecimento está garantido, a situação é preocupante – revela
Mário Pegorer, presidente da Abiarroz. Nos últimos 12 meses, segundo a entidade, os valores
praticados entre o produtor e os engenhos de arroz cresceram 47%. Nas indústrias gaúchas,
responsáveis por 55% do arroz brasileiro beneficiado, o quadro é ainda mais grave, segundo o
dirigente. Isso porque não é competitivo importar arroz em casca de países do Mercosul,
devido à tributação.

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Equilíbrio de Mercado do arroz
Com a importância que o tema de segurança alimentar assume para muitos países em
desenvolvimento no mundo, o sector orizícola recebe atenção especial por parte dos governos,
e em muitos casos é alvo de políticas específicas, visando incentivar a produção doméstica e
os beneficiadores do cereal, bem como a estabilidade de preços, através de subsídios e
barreiras tarifárias e não - tarifárias. Este factor reflecte no baixo fluxo do comércio
internacional desta commodity, com as exportações variando na faixa de 5 a 7% de toda a
produção global

(FAO, 2008).

Ainda, a demanda per capita pelo produto vem diminuindo ao longo das últimas décadas em
virtude do aumento da renda da população mais pobre em alguns países, das mudanças nos
hábitos alimentares e da substituição por outros alimentos industrializados.

Porém, dada a grande importância do arroz na nutrição de boa parte dos países em
desenvolvimento, e ao aumento da população acima da média nestas regiões, o consumo total
de arroz deverá continuar em ascensão para suprir esta demanda (PORTELLA, 2004).

JANK e TACHINARDI (2005) citam o fato de apenas 6% da produção mundial ser


comercializada no mercado externo, grande parte como arroz beneficiado. Os autores ainda
discorrem sobre o elevado proteccionismo tanto em países ricos, como nas nações em
desenvolvimento. Destacam o caso do Japão que possui uma tarifa ad valore equivalente para
o arroz beneficiado de 600% e da União Europeia, China, Colômbia e Índia com 122%,
114%, 80% e 70% respectivamente.

Fonte: Elaborado pelo autor, a partir de dados do USDA (2008) e Brasil (2008a)

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Sistema de Produção de Arroz em Moçambique
Estima-se que Moçambique detém uma área de cerca de 900.000 há de terras aráveis para a
produção do arroz, dos quais apenas 394.320 há foram utilizadas em 2013-1418,19. O arroz é
geralmente produzido em sistema de sequeiro e irrigado. A época do arroz engloba o período
que vai de Outubro à Junho, sendo Novembro o mês de transplante massivo e Maio o mês de
colheita em todo o país. Enquanto o sistema de produção de sequeiro é frequentemente
praticado nas províncias de Sofala, Zambézia, Nampula e Cabo Delgado, o sistema irrigado
está mais concentrado nas províncias de Gaza e Maputo.

Em ambos os sistemas (irrigada e sequeiro), porque as chuvas são imprevisíveis e os


rendimentos não são confiáveis, os produtores muitas vezes recorrem a práticas de produção
de baixo risco e com uso de poucos insumos. Por conseguinte, a produtividade em ambos os
sistemas é baixa na qual a grande parte é destinada para a subsistência. Em áreas de sequeiro,
onde são realizadas cerca de 97,7% das lavoura, o rendimento médio ronda em torno de 1,0
ton/ha (Fig. 1). Estes níveis de produção são significativamente baixos contra uma média
global de 4,3 ton/ha e média da Africano Sub - Sahariana de 2,2 ton/ha20. Rendimentos
resultantes dos ensaios de extensão em Moçambique mostraram um potencial que varia entre
5 e 7 ton/ha para variedades locais em diferentes províncias (anexos 1-5). Vários factores que
actuam ao longo da cadeia de valor do arroz têm contribuido para estas diferenças entre
rendimentos das demonstrações (técnico em on-farm) e rendimento real no campo. Os
principais constrangimentos e desafios que limitam a produtividade em sistema de sequeiro e
irrigado são discutidos abaixo.

Morfologia e composição do grão


O arroz e uma planta da família das gramíneas, do género Oryza, que possui em torno de vinte
espécies, sendo a mais cultivada a Oryza sativa (JULIANO, 1993).

A estrutura do grão de arroz pode ser visualizado o grão e formado pelo tegumento, que
envolve a semente e se encontra directamente ligado ao pericarpo, membrana que envolve o
fruto. O pericarpo e envolvido pelas glumelas, pela lema e pela palea, que constituem a casca
e são removidas durante o beneficamente (VIEIRA; CARVALHO, 1999).

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A cultura do Arroz
O arroz é o segundo cereal mais cultivado e o principal alimento para mais da metade da
população mundial, ocupando uma área de quase 163 milhões de hectares, podendo ser
cultivado sob diversos sistemas e em diversos ecossistemas, com destaque para os de várzea e
de terras altas. A produção pode ser afectada, em diferentes intensidades, pela precipitação
pluvial, temperatura do ar, radiação solar e foto período. O consumo aparente médio mundial
é de 54kg/pessoa/ano, com o Brasil se destacando com 32 kg/pessoa/ano. O arroz faz parte do
mercado global de grãos secos, que cresce a uma taxa robusta, devido à crescente
conscientização sobre seus benefícios para a saúde (EMBRAPA, 2013; USDA, 2020).

Mesmo com a grande produção, o arroz tem pequeno comércio internacional. O mercado é
dominado por poucos países, com cerca de 5% da produção transaccionada, ainda pouco se
comparado à soja e ao trigo, cujos percentuais superam 20%. Os maiores produtores globais
são: China, Índia, Bangladesh, Indonésia, Vietnam, Tailândia, Myanmar1, Filipinas, Japão e
Brasil, único país não asiático, tamanha a importância do cereal na culinária daquele
continente (Anexo A). Destacam-se como principais exportadores: Índia, Tailândia, Vietnã,
Paquistão, EUA, China, Myanmar, Camboja, Brasil e Uruguai.

Situações de excesso e escassez


A quantidade de produto disponível no mercado não atende a demanda actual. Embora o
governo diga que o abastecimento está garantido, a situação é preocupante – revela Mário
Pegorer, presidente da Abiarroz.

Nos últimos 12 meses, segundo a entidade, os valores praticados entre o produtor e os


engenhos de arroz cresceram 47%. Nas indústrias gaúchas, responsáveis por 55% do arroz
brasileiro beneficiado, o quadro é ainda mais grave, segundo o dirigente. Isso porque não é
competitivo importar arroz em casca de países do Mercosul, devido à tributação.

A baixa oferta do produto é atribuída à quebra na produção gaúcha neste ano, estimada em
16% segundo o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). O excesso de chuva durante o ciclo
reduziu em 1,8 milhão de toneladas a safra. Um movimento especulativo dos produtores,
segundo a indústria, também estaria ajudando a elevar a escassez de matéria-prima. A medida
é negada pelos arrozeiros.

As estimativas para a projecção de área plantada de arroz mostram que deverá ocorrer
redução de área nos próximos anos. A área de arroz vem caindo ano a ano, segundo a Conab,
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e no Rio Grande do Sul está estagnada ou com ligeira tendência de aumento. As adversidades
climáticas (escassez de chuva na região Sul; excesso de chuvas no Tocantins) podem limitar a
produtividade na safra 2021/22.

Na safra 2021/22 os custos de produção do arroz tiveram altas consideráveis, especialmente


devido à alta de preços dos insumos utilizados na lavoura. Para se ter uma ideia, em Março de
2021 a Conab divulgou uma lavoura de arroz de terras altas em Sorriso (MT) na safra 2021/22
se esperava produzir 3.250 kg/ha (~54,17 sc 60 kg) ao custo total de R$ 5.363,02/há, ou seja,
custo médio de R$ 99,00/sc 60 kg.

Em 31/01/2022, o preço pago ao produtor em Sorriso (MT) pela saca de 60 kg girava em


torno de R$ 73 a 75,00. Então, nestas condições o produtor precisaria receber R$99,00/sc 60
kg ou colher pelo menos 71,50 sc de 60 kg/há para cobrir seus custos de produção.

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Conclusão
Ainda, a demanda per capita pelo produto vem diminuindo ao longo das últimas décadas em
virtude do aumento da renda da população mais pobre em alguns países, das mudanças nos
hábitos alimentares e da substituição por outros alimentos industrializados. Porém, dada a
grande importância do arroz na nutrição de boa parte dos países em desenvolvimento, e ao
aumento da população acima da média nestas regiões, o consumo total de arroz deverá
continuar em ascensão para suprir esta demanda. Vários factores que actuam ao longo da
cadeia de valor do arroz têm contribuido para estas diferenças entre rendimentos das
demonstrações (técnico em on-farm) e rendimento real no campo. Os principais
constrangimentos e desafios que limitam a produtividade em sistema de sequeiro e irrigado
são discutidos abaixo.A quantidade de produto disponível no mercado não atende a demanda
actual. Embora o governo diga que o abastecimento está garantido, a situação é preocupante –
revela Mário Pegorer, presidente da Abiarroz.

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Referencias Bibliográficas
CONAB - COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO. A cultura do arroz. 2015.
Disponível em: https://www.conab.gov.br/
outras-publicacoes/item/download/2523_efd93e81ea2d9ae- 8f0302a6d4f9cefc6. Acesso em:
23 nov. 2020

ENDERS, W. Applied econometrics time series. 2. ed. New York: Wiley, 2004. 460 p.

FERREIRA, C.M.; SOUSA, I.S.F. de; DEL VILLAR, P.M. (Ed.). Desenvolvimento
tecnológico e dinâmica da produção de arroz de terras altas no Brasil. Santo Antônio de

Goiás: Embrapa Arroz e Feijão, 2005a. 118 p.

GUJARATI, D.N. Econometria básica. 3. ed. Trad. de M.J.C. Monteiro. Rio de Janeiro:
Elsevier / Campus, 2006. 812 p.

JANK, M.S.; TACHINARDI, M.H. ICONE E IRGA: juntos para abrir mercados e exportar arroz. Revista
Lavoura Arrozeira, Porto Alegre, n. 438, dez. 2005. Disponível em: <http://www.iconebrasil.org.br>.
Acesso em: 23 out. 2008.

PORTELLA, E.F.M. A cadeia global e as estratégias de competitividade para a cadeia


produtiva do arroz: o caso das cooperativas da fronteira-oeste do Rio Grande do Sul. 2004.
167 p. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento, Gestão e Cidadania) – Universidade
Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Ijuí, 2004.

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