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O feijão preto é originário da América do Sul e era chamado pelos guaranis de comanda,
comaná ou cumaná.
O feijão preto é mais popular no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, sul e leste do Paraná,
Rio de Janeiro, sudeste de Minas Gerais e sul do Espírito Santo. No restante do país este
tipo de grão tem pouco ou quase nenhum valor comercial ou aceitação.
Descrição
É uma planta de hábito de crescimento indeterminado, porte ereto e um guia curto no final
do caule principal. É bastante ramificada e tende a agrupar a maior quantidade de frutos no
eixo principal.
Frutos
Os grãos vêm em vagens que são curvas e de cor creme quando maduras. Sob certas
condições ambientais podem ter pigmentação marrom ou roxa. As sementes são pretas
opacas, alongadas, de tamanho pequeno, com 18 a 25 g / 100 sementes.
Ciclo vegetativo
A semente floresce 35 dias após a germinação. A maturação dos frutos ocorre entre 65 e 75
dias após a germinação e a colheita ocorre entre 78 e 80 dias. Permite muito bem uma
colheita mecanizada.
Apesar de admitir uma ampla gama de solos, os mais indicados são os solos leves, de
textura silicoso-siltosa, com boa drenagem e ricos em matéria orgânica. Em solos
fortemente argilosos, com muito calcário e muito salinos, vegeta mal, sendo muito sensível
ao alagamento, de forma que a irrigação excessiva pode ser suficiente para prejudicar a
cultura, deixando a planta com a cor de palha e atrofiada. Os valores adequados de pH
variam entre 6 e 7,5, embora em solo arenoso se desenvolve bem com valores de até 8,5.
Se o solo for leve e arenoso, adiciona-se uma quantidade generosa de turfa úmida,
composto ou esterco maduro. Se a drenagem não for boa, forma-se um cacho ou uma
pequena elevação e semeia-se na parte superior. Se o solo for muito ácido, adiciona-se cal.
Beneficios
São alimentos ricos em micronutrientes, como potássio, magnésio, folato, ferro e zinco, que
são importantes fontes de proteína em dietas vegetarianas. são ricos em fibras e têm
abundância de cálcio e fósforo, contribuindo para a saúde óssea. Além disso, possuem
antioxidantes, que ajudam a reduzir o risco de alguns tipos de câncer e as doenças
cardiovasculares.
Problemas
A produção de feijão é afetada por diversos fatores, como riscos ambientais, bioestresse,
políticas governamentais dos países. A cultura também está sujeita a várias doenças,
principalmente sob altas temperaturas e excesso de umidade. Os maiores custos de
produção de feijão seco podem incluir sementes, pulverizações, mão de obra extra durante
a colheita, especialmente em regiões com escassez de pessoal.
BRASIL
Tradicionalmente, os países que mais consomem feijão são também os que mais
produzem. É o caso do Brasil, maior consumidor e também maior produtor de feijão do
mundo. No ranking do consumo, é seguido por Índia, China e México.
Os principais produtores mundiais de feijão são: Mianmar, Índia, Brasil, China, Tanzânia,
Uganda, Estados Unidos, México, Quênia e Burundi (FAOSTAT, 2021). Os maiores
importadores são Índia, China, Bangladesh, Estados Unidos e Egito
Os maiores produtores são Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás e Bahia. Entre as
regiões, o Nordeste tem área maior que a soma das áreas de Sul, Sudeste e Centro-Oeste
(1,46 milhão de hectares contra 1,38 milhão de hectares), mas a produtividade prevista para
2021/22 (443 kg/ha.) é de apenas 25% a 31% que têm índices entre 1.400 kg/ha. a 1.800
kg/ha. (CONAB, 2021a).
A Região passou a ser a maior produtora nacional na safra 2019/2020, mas a maior queda
de produção em relação ao Brasil e a outras Regiões fez com que ela ficasse na quarta
posição entre as cinco Regiões do País, na safra seguinte, devendo manter essa posição
na atual safra (2021/2022)
PARANÁ
O Estado também é o que mais produz feijão preto no País, com 66% de participação. O
Paraná é o maior produtor de feijão do Brasil, com 21,67% de participação em nível
nacional, segundo a Produção Agrícola Municipal, pesquisa feita pelo IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística) com dados relativos a 2019.
TOCANTINS
Para o Tocantins, na safra 2020/2021, os dados da Companhia Nacional de Abastecimento
(Conab) apontam crescimento expressivo em área plantada de feijão caupi, em torno de
73,7% na primeira safra e de 74% na safrinha. Já para a produção, o aumento foi de 132%
e 92% para a primeira e segunda safras respectivamente. O feijão caupi irrigado nas
várzeas tropicais ocupa, atualmente, a maior área plantada de segunda safra, sendo
superior a 27 mil hectares com produção de 28 mil toneladas.
Na safra de verão 2019/2020, foi cultivada uma área de 4,38 mil hectares, aumentando para
7,61 mil hectares, um incremento de 73,7% no plantio, nesta safra 2020/2021.
NOTÍCIAS
Produção de feijão-preto supera consumo em cerca de 100 mil toneladas
Neste ano, a produção brasileira de feijão-preto deverá superar pela primeira vez o
consumo interno. Enquanto a demanda pelo produto gira em torno de 520 mil
toneladas, a colheita na safra 2021/22 está estimada pela Companhia Nacional de
Abastecimento em 619,3 mil toneladas, uma diferença de aproximadamente 100 mil
toneladas. A análise está publicada na edição mais recente do Boletim Agro Conab,
divulgado na última sexta-feira (27).