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Produção mundial, Brasil e Maranhão do feijão

Produção mundial
O feijão é uma cadeia produtiva difícil de ser organizada, devido
a diversidade de produtores, de níveis de acesso a informações heterogêneas e da
difusão em diversas regiões de climas variados. É um produto significativo na
exportação e importação, devido seu valor nutricional e variação de utilidade no
ramo alimentício.
Dados coletados em 2021 pela Embrapa, mostram o exponencial desse
gênero no setor produtivo mundial: “Em 2021, foram produzidas mundialmente um
total de 27.715.023,7 toneladas de feijões secos. Mesmo com esse pequeno volume
de produção mundial de feijão, 17% são produzidos para exportação. Em 2021,
cinco países foram responsáveis por 59,2% dessa exportação: Myanmar, 30,2%;
Estados Unidos, 8,8%; Argentina, 8,6%; Canadá, 7,9%; e China, 3,8%.”
É relevante destacar que o feijão é produzido por muitos países, havendo
uma estabilidade na oferta mundial dessa leguminosa. Veremos a seguir, dados que
demonstram a produção de 2019 do feijão nos principais pais de atuação na
plantação do mesmo, segundo o Saeb:

Os 7 (sete) principais países produtores de feijões secos e que juntos


respondem, em média, por 64% da produção foram: Índia (20%), Mianmar (19%),
Brasil (10%), EUA (4%), México (4%), Tanzânia (4%) e China (4%). Os principais
centros de produção estão na Ásia, América do Sul e América do Norte. O Brasil é o
terceiro maior produtor com 10% do total mundial, e engloba na estatística os feijões
tipo preto, cores e caupi. Os números da produção no triênio 2017/19 demonstram a
estabilidade na oferta mundial da leguminosa, mas as condições climáticas adversas
têm influenciado a produtividade das lavouras, a oferta e os preços do produto.
A índia é o país que mais produz feijão e tem se expandido nos
últimos anos. O Brasil está entre os maiores produtores de feijão no cenário mundial,
sendo considerado o terceiro a produzir o grão seco, dentre os tipos, destacam-se o
preto, cores e caupi.
Embora o produto seja consumido e produzido em larga escala
no Brasil, no entanto, vem perdendo espaço no prato do brasileiro. Ainda
apresentando a representatividade desse produto no mundo, vale observar a
pesquisa da Global Dry Beans Market da realidade e estimativa dessa leguminosa
de 2020 a 2025. Segundo ela:
Índia, a produção de feijão foi de 6,82 milhões de toneladas em 2019, com
projeção para 8,31 milhões de toneladas em 2025, crescimento de 3,8% a.a. no
período. A Índia é o maior produtor de feijão do mundo. Não obstante, o país
expandiu fortemente ua produção nos últimos quatro anos. Mianmar, o consumo de
feijão foi avaliado em US$ 3,65 bilhões em 2019, e projeta-se a US$ 3,99 bilhões em
2025, representa 3,8% a.a. O feijão é usado em muitos pratos da culinária
birmanesa, pois é acessível e não requer muita preparação. O feijão é uma fonte
rica em fibra alimentar, minerais e vitaminas. Com isso, o consumo de feijão no país
está aumentando, o que, por sua vez, está impulsionando a receita do mercado.
Brasil, o consumo de feijão foi de 2,84 milhões de toneladas em 2019, e com
previsão de crescimento de 3,6% a.a., estima-se para 2025 cerca de 3,48 milhões
de toneladas. O Brasil é um dos maiores produtores e consumidores mundiais de
feijão comestível. No entanto, o feijão vem perdendo espaço na alimentação dos
brasileiros, visto que é consumido principalmente pela classe trabalhadora e
camadas de baixa renda. Estados Unidos, importaram 518,2 mil toneladas métricas
de feijão em 2019, que deve chegar a 572,3 mil toneladas métricas até 2025,
representa crescimento de 5,5% a.a. durante o período da previsão. O valor das
importações foi de US$ 358,5 milhões em 2019, e está projetado para US$ 403,3
milhões até 2025, 5,3% a.a. Os Estados Unidos foi o quarto maior importador
mundial, com 4,1% do valor total das importações, em 2019. Rússia, exportou 1,2
milhão de toneladas de feijão em 2019, e deve chegar a 1,36 milhão de toneladas
em 2025 (3,5% a.a.). O valor das exportações de feijão foi de US$ 358,8 milhões em
2019, e projeta-se para 2025 US$ 404,3 milhões (3,8% a.a.). A Rússia é o sétimo
maior exportador de grãos secos do mundo, com uma participação em valor de
exportação de 4,3%. Paquistão, Turquia, Índia, Emirados Árabes Unidos e
Bangladesh são os principais importadores da Rússia.

Produção de feijão no Brasil


Está relacionada a uma das maiores áreas da agropecuária
brasileira, devido ao grande consumo e procura desse grão no pais e no estrangeiro,
embora custe alto para a maioria dos brasileiros, foi um produto de grande valia no
período da pandemia.
A maior região a produzir o grão, é o nordeste, há de considerar
a desigualdade de meios para plantio dessa leguminosa, visto que é cultivada tanto
pelo grande, como o pequeno produto. Segundo CONAB 2021:
O consumo de feijão foi de 2,84 milhões de toneladas em 2019, e com
previsão de crescimento de 3,6% a.a., estima-se para 2025 cerca de 3,48 milhões
de toneladas. O Brasil é um dos maiores produtores e consumidores mundiais de
feijão comestível. No entanto, o feijão vem perdendo espaço na alimentação dos
brasileiros, visto que é consumido principalmente pela classe trabalhadora e
camadas de baixa renda. Estados Unidos Importaram 518,2 mil toneladas métricas
de feijão em 2019, que deve chegar a 572,3 mil toneladas métricas até 2025,
representa crescimento de 5,5% a.a. durante o período da previsão. O valor das
importações foi de US$ 358,5 milhões em 2019, e está projetado para US$ 403,3
milhões até 2025, 5,3% a.a. Os Estados Unidos foi o quarto maior importador
mundial, com 4,1% do valor total das importações, em 2019. A Rússia exportou 1,2
milhão de toneladas de feijão em 2019, e deve chegar a 1,36 milhão de toneladas
em 2025 (3,5% a.a.). O valor das exportações de feijão foi de US$ 358,8 milhões em
2019, e projeta-se para 2025 US$ 404,3 milhões (3,8% a.a.). A Rússia é o sétimo
maior exportador de grãos secos do mundo, com uma participação em valor de
exportação de 4,3%. Paquistão, Turquia, Índia, Emirados Árabes Unidos e
Bangladesh são os principais importadores da Rússia.
O nordeste é a região que mais produz feijão no Brasil, embora haja falta
de tecnologia apropriada aos pequenos produtores, o feijão faz parte da economia
dos agricultores – familiar. Há no país uma necessidade de maior e melhor
assistência aos agricultores de baixa renda que geralmente vivem da produção do
feijão e de outros alimentos por eles cultivados na mesma área e as vezes, no
mesmo período. De acordo com a CONAB 2020:
A maioria das atividades relacionadas à agropecuária já é praticada de
forma natural mente isolada no campo. Tendo em vista este fato e sua importância
na manutenção do bem-estar da sociedade, foram consideradas essenciais durante
a pandemia. O Nordeste tem área de feijão maior que a soma das áreas de Sul,
Sudeste e Centro-Oeste (1,51 milhão de hectares contra 1,34 milhão), no entanto, a
produtividade (568 kg/ha.) é de apenas 30% a 37% destas, que têm índices de
1.600 kg/ha. a 2.000 kg/ha. (CONAB, 2020). O produtor familiar geralmente é
descapitalizado e produz em consórcio com outras culturas. Além disso a baixa
produtividade vem da ausência de calagem e/ou erosão do solo, da adubação
desequilibrada e do manejo inadequado de pragas e doenças, pela assistência
técnica deficitária.

Produção de feijão no Maranhão

No Maranhão, dá-se uma maior atenção a produção em grande escala do


feijão-caupi ( feijão- de- corda), segundo estatística, dobrou-se o cultivo dessa espécies
devido a potencialização de nitrogênio destinado a esse cultivo. De acordo com a
Embrapa, 2020 :

“A tecnologia foi implantada pelo Programa de Ações de Pesquisa Transferência


Tecnologias para a Agricultura Familiar, instituído pela Secretaria de Agricultura
Familiar (SAF) e pela Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e Extensão
Rural do Maranhão (Agerp), em parceria com a Universidade Estadual do
Maranhão, a Embrapa Agrobiologia e a Embrapa Cocais”.

Dados obtidos pela Embrapa e pela Agerp em outubro de 2020, por meio de
entrevista a 12 agricultores de quatro regiões maranhenses, constataram o aumento da
produção de feijão, depois do estimulo por meio do nitrogênio ao solo (FBN), os
agricultores entrevistados aprovaram o programa e o aumento da produtividade. Dentre os
municípios que utilizam o programa; Joselândia, Santo Antônio dos Lopes, Bernardo do
Mearim e Lima Campos.

A Embrapa releva ainda, que 16 municípios do maranhão recebem assistência


do referido programa, são eles: Bernardo do Mearim, Esperantinópolis, Igarapé Grande,
Lago do Junco, Lago da Pedra, Lago do Rodrigues, Lima Campos, Pedreiras, Poção de
Pedras, São Raimundo do Doca Bezerra, São Roberto, Trizidela do Vale, Capinzal do
Norte, Joselândia, Santo Antônio dos Lopes e São Luis Gonzaga do Maranhão.

É de conhecimento que o Maranhão possui um dos piores IDH do país,


pensando em tirar muitos da linha de extrema pobreza, que o governo abraçou a causa do
programa da agricultura familiar e do incremento do nitrogênio à produção de feijão
nessas regiões, o que, segundo relatos da Embrapa, tem dado certo:

“Foi para reduzir a extrema pobreza e as desigualdades sociais no meio


urbano e rural que o governo do Maranhão criou, em 2015, o Mais IDH –
plano do qual fez parte o Programa de Ações de Pesquisa e Transferência
de Tecnologias para a Agricultura Familiar. Dentro da cadeia do feijão-
caupi – grão que é a base da alimentação das famílias no semiárido
nordestino –, o programa teve como objetivo específico o fomento do uso
da FBN por meio da aplicação de inoculantes de rizóbio e sementes
biofortificadas”.

O maranhão tem evoluído bastante no seguimento do cultivo do feijão caupi, se


comparado aos maiores produtores do país, como é o caso de Goiás e Mato Grosso.

Segundo o IBGE, o Maranhão está entre os estados com aumento na


estimativa de safra de feijão, no ano de 2021 um aumento, comparado ao ano 2020, com
12,1%. Informações obtidas do G1.Globo, 2013, em matéria do “Globo Rural”:

"O Maranhão hoje está produzindo praticamente o que o Sul produz, feijão, arroz,
milho, sorgo, milheto, e isso além de valorizar a região, representa um dinheiro a
mais que entra. Os primeiros experimentos com feijão no cerrado maranhense
começaram há três anos. De lá para cá, as lavouras avançaram pelas Chapadas
e já ocupam 90 mil hectares. Darcy Rigo, que é produtor de soja em Riachão,
também plantou 20 hectares de feijão caupi, uma das variedades mais
consumidas no Nordeste, e estão estocando a safra em busca de preços
melhores. “Não compensa vender, né? Vamos guardar um pouquinho para
esperar um preço melhor", diz. No começo da colheita, quando havia menos
oferta de feijão, a saca de 60 quilos era vendida por R$ 130.”

REFERENCIAS

https://www.embrapa.br/agencia-de-informacao-tecnologica/cultivos/feijao/pre-
producao/defensivos
https://www.salvador@seab.pr.gov.br
https://www.Adaptado pelos autores de Global Dry Beans Market (2020-2025) (Mordor
Intelligence, 2020) /EMIS - ISI Emerging Markets Group Company.
https://www.bnb.gov.br/s482-dspace/bitstream/123456789/429/1/2020_CDS_143.pdf
https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/40881572/fbn-mais-do-que-
dobra-a-produtividade-de-feijao-caupi-no-maranhao 2019
https://www3.ma.gov.br/agenciadenoticias/?p=301895 2021
https://g1. globo. com/economia/ agronegocios/ noticia/2013/07/produtores-de-feijao-
do-ma-estocam- safra-esperando-precos - melhores. html 2013

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