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ORIGEM

O cultivo começou na Mesopotâmia, numa região chamada pelos historiadores


de Crescente Fértil - área que hoje vai do Egito ao Iraque. Os grãos de trigo eram
consumidos numa espécie de papa, misturados com peixes e frutas.
NO BRASIL

O trigo chegou às terras brasileiras em 1534, trazido por Martim Afonso de Souza,
que desembarcou na capitania de São Vicente. O clima quente dificultou a expansão
da cultura. Cartas dos colonizadores registram a falta do trigo e reclamam dos pães
preparados com farinha de mandioca.
PRODUÇÃO DE TRIGO NO BRASIL

Para a safra 2021/2022, a produção de trigo no Brasil está estimada em 8,1


milhões de toneladas, um aumento de 5,9% em relação à safra passada,
segundo dados da Conab. Já a importação de trigo deve chegar a 6,5 milhões
de toneladas.

No Brasil, as principais áreas de cultivo de trigo são o Rio Grande do Sul e


o Paraná, tanto em área quanto em volume de produção. O tamanho da área
plantada no país todo deve crescer em torno de 3%, com 2,8 milhões de
hectares produtivos, ainda conforme a Conab.

A produção do trigo brasileiro começou em São Paulo, mas aos poucos foi
migrando para a região Sul. Atualmente, São Paulo é o terceiro maior
produtor do Brasil.

MAIORES PRODUTORES DE TRIGO NO MUNDO

Dentre os maiores produtores, destacam-se 1) União Europeia (138,4 milhões de


toneladas), 2) China (136,9 milhões de toneladas), 3) Índia (109,5 MT), 4) Rússia (75,2
MT), 5) EUA (44,7 MT), 6) Austrália (36,3 MT), 7) Ucrânia (33 MT), 8) Paquistão (27
MT), 9), Canadá (21,6 MT) e 10) Argentina (21 MT).
A cotação de preço do trigo, com base no Paraná e Rio Grande do Sul.

Data Produto Valor

Fonte: Cepea
Trigo - PR
28/09/2022 t R$ 1.705,95
Trigo - RS
28/09/2022 t R$ 1.678,54

A maior parte do trigo importado para o Brasil vem da Argentina,


principalmente devido à melhor qualidade dos grãos produzidos. Eles
são mais adequados para a fabricação de pães.

Isso acontece porque o Brasil, com toda sua extensão agrícola, não consegue
produzir trigo para suprir a demanda interna. Essa incapacidade é devida a
dois principais fatores: produção nacional e qualidade industrial para
panificação.

A produção nacional atende apenas parte da demanda interna, cerca de 8


milhões de toneladas. Porém, o consumo nacional está acima de 12 milhões de
toneladas. Por isso, o Brasil ainda importa cerca de 6,5 milhões de toneladas.

O levantamento realizado pela Embrapa relata que, em 2015, o Brasil colheu 5


milhões de toneladas do cereal. Em 2020, a produção chegou a 6,2
milhões toneladas e, em 2021, este número subiu para 7,6 milhões de toneladas. A
previsão para 2022, segundo o órgão, é de 8,1 milhões toneladas.

Porque o trigo está tão caro?


O salto no preço foi provocado por uma combinação de fatores que inclui a
pandemia do coronavírus, a inflação das commodities e a Guerra da Ucrânia,
que tirou da mesa dois dos principais fornecedores desse mercado, a Rússia e
a Ucrânia.

Qual o clima do trigo?


Ainda analisando o cenário geral, a temperatura ideal de cultivo varia entre
15ºC e 20ºC, e é muito importante evitar que o plantio seja realizado em
temperaturas acima de 26ºC. Já na fase de emergência, a temperatura do solo
ideal deve estar por volta de 15ºC, com umidade de 120mm, aproximadamente
(50 – 200mm).

Quanto tempo dura o ciclo do trigo?


Seu rendimento médio é de 7.700kg/ha. Ciclo precoce, com 80 dias até o
espigamento e 136 dias até a maturação.

Porque o Brasil não é autossuficiente em trigo?


O Brasil importa anualmente 6 milhões de toneladas de trigo, em média,
e produz, em média, 5,3 milhões/t (2013), mas, ano a ano, a produção muda,
geralmente para menos, ou por problemas climáticos ou por problemas de
comercialização e desestímulos, que levam à diminuição do plantio.

Qual a posição do Brasil na produção de trigo?


O Brasil, permanece na 15ª posição, com previsão estimada de 7,9 milhões
de toneladas de trigo na safra 2021/22 segundo o departamento norte-
americano.

CONSUMO

A produção brasileira de trigo para a atual safra (2020), é de 6,2 milhões de toneladas,
cerca de 54% do consumo nacional, cuja média gira em torno de 11,4 milhões/ano.

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