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Índice

Introdução................................................................................................................................3

Objectivos do trabalho............................................................................................................3

Metodologia............................................................................................................................3

Conceitos de Ordenamento.....................................................................................................4

Políticas do Ordenamento do território...................................................................................5

Os impactos do ordenamento do território..............................................................................6

Recursos naturais e gestão de riscos.......................................................................................6

Desenvolvimento urbano e rural.............................................................................................6

Transportes, energia e alterações climáticas...........................................................................7

Competitividade dos territórios...............................................................................................7

Infra-estruturas e serviços colectivos......................................................................................8

Cultura cívica, planeamento e gestão territorial......................................................................8

Ordenamento rural...................................................................................................................9

Conclusão..............................................................................................................................11

Referencias Bibliográficas....................................................................................................12
Introdução
Legislar significa criar normas que regulamentem juridicamente as intervenções a efectuar no
território. Havendo consciência de que os recursos territoriais apresentam fragilidades e
limitações, torna-se fundamental determinar regras que salvaguardem a organização espacial,
preconizando a delineação dos objectivos a alcançar e os principais instrumentos a utilizar no
processo de ordenamento. Planear refere-se à projecção de objectivos através da elaboração e
aprovação de planos. As desigualdades territoriais, ao nível das estruturas socioeconómicas,
as questões ambientais e as políticas de desenvolvimento a curto prazo, desencadeiam sérias
dúvidas acerca dos princípios das acções prosseguidas até então. Um novo conceito de OT
torna-se imprescindível no contributo para a melhoria da organização espacial das actividades
e para a qualidade de vida dos cidadãos europeus, sem descurar a importância da preservação
e protecção dos recursos ambientais. A adaptação da referida Carta ao caso português, revê
estes mesmos princípios em quatro pontos que sintetizam o conceito: democrático, integrado,
funcional e prospectivo.

Objectivos do trabalho
Geral:

 Conhecer os Impacto do ordenamento para meio ambiente rural e Urbano.

Específicos:

 Identificar os Impacto do ordenamento para meio ambiente rural e Urbano e;


 Descrever os Impacto do ordenamento para meio ambiente rural e Urbano.

Metodologia
Par a realização deste trabalho científico utilizou – se a internet e fez – se a revisão de alguns
livros Bibliográficas que abordam acerca do tema de Impacto do ordenamento para meio
ambiente rural e Urbano.a

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Conceitos de Ordenamento
Os territórios, resultantes das modificações humanas, organizam-se em função das
necessidades expressas pela sociedade. A disposição da ocupação espacial e das diferentes
funcionalidades existentes projecta-se no ordenamento do território (OT). O ordenamento,
que surge com a fixação humana, deve entender-se como “a preparação adequada do espaço
ao projecto escolhido pela sociedade” (ISNARD, 1982, p. 12)
Neste âmbito, ordenar significa possuir um conhecimento profundo do território, que
possibilite distinguir quais as melhores opções de organização espacial, que beneficiem as
necessidades humanas e promovam o desenvolvimento e a qualidade de vida. As dinâmicas
de organização espacial e de evolução dos territórios estão, assim, dependentes dos processos
de ordenamento aplicados.
A importância do processo de ordenamento na construção dos territórios e das sociedades
conduziu à elaboração da Carta Europeia do Ordenamento do Território (Direcção Geral de
Ordenamento do Território, 1988). Aqui, o conceito que lhe deu origem é definido como
“uma disciplina científica, uma técnica administrativa e uma política (…) interdisciplinar e
integrada tendente ao desenvolvimento equilibrado das regiões e à organização física do
espaço segundo uma estratégia de conjunto” (p. 9).

PUJADAS e FONT (1998) definem três etapas básicas no OT:

 Legislar;
 Planear e;
 Executar.

Legislar significa criar normas que regulamentem juridicamente as intervenções a efectuar no


território. Havendo consciência de que os recursos territoriais apresentam fragilidades e
limitações, torna-se fundamental determinar regras que salvaguardem a organização espacial,
preconizando a delineação dos objectivos a alcançar e os principais instrumentos a utilizar no
processo de ordenamento. Planear refere-se à projecção de objectivos através da elaboração e
aprovação de planos. Significa a necessidade de um conhecimento muito profundo da
realidade territorial em todas as suas vertentes, sendo por isso um processo interdisciplinar. A
execução corresponde à etapa final. Trata-se da conjugação dos processos anteriores: a
colocação dos planos em prática com base nas normas regulamentadas. Estas três etapas do

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ordenamento constituem o caminho para atingir um fim, que é o desenvolvimento equilibrado
do território e a melhoria da qualidade de vida das suas populações.

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Políticas do Ordenamento do território
Em Portugal, as políticas de ordenamento do território (POT) surgiram com maior ênfase no
final da década de 1990, até então vários diplomas haviam sido criados no sentido de
regulamentar a elaboração de planos, mas apenas relacionados com os processos de edificação
e urbanização. A primeira preocupação com o planeamento territorial surge com a Lei dos
Solos, (Decreto-Lei n.º 794/76 de 5 de Novembro). Este diploma tinha como pretensão definir
os princípios e normas fundamentais sobre a política dos solos e concentrar e sistematizar
dispositivos dispersos por leis avulsas. No entanto, nunca foi regulamentado.
A Carta Europeia do Ordenamento do Território (DGOT, 1988) marca um novo ponto nas
políticas territoriais dos países membros. Surge num momento em que a União Europeia
procura fortalecer a sua identidade e reforçar a cooperação entre Estados-membros. As
desigualdades territoriais, ao nível das estruturas socioeconómicas, as questões ambientais e
as políticas de desenvolvimento a curto prazo, desencadeiam sérias dúvidas acerca dos
princípios das acções prosseguidas até então. Um novo conceito de OT torna-se
imprescindível no contributo para a melhoria da organização espacial das actividades e para a
qualidade de vida dos cidadãos europeus, sem descurar a importância da preservação e
protecção dos recursos ambientais. A adaptação da referida Carta ao caso português, revê
estes mesmos princípios em quatro pontos que sintetizam o conceito: democrático, integrado,
funcional e prospectivo. Democrático porque deverá assegurar a participação de todos os
envolvidos no processo, integrado no asseguramento da conjugação das diferentes áreas de
actuação, funcional no sentido de considerar particularidades territoriais que ultrapassam
fronteiras administrativas e prospectivo porque deverá ser concebido com objectivos a longo
prazo. O documento supramencionado encontra, ainda, anexo objectivos específicos que
servem de linhas orientadoras na determinação de políticas para locais com características que
obrigam a intervenções próprias, como é o caso das regiões rurais. É feita referência à
relevância da actividade agrícola como estruturadora do espaço rural e mencionada a
imprescindibilidade de distinguir os espaços rurais de acordo com a maior ou menor
proximidade aos centros urbanos, face às diferentes dinâmicas de desenvolvimento a que
estão sujeitos. O mesmo documento relembra, contudo, que estes espaços têm características e
funções específicas que não devem ser descuradas nas políticas de OT e de desenvolvimento,
das quais se releva a conservação e gestão da paisagem, no sentido de preservar e fomentar o
equilíbrio entre o natural e o humano.

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Os impactos do ordenamento do território
O Relatório do PNPOT identifica 24 problemas para o ordenamento do território português,
agrupando-os em seis domínios. Estes problemas servem, como referido no Relatório, para
estabelecer um “plano de fundo” para a definição das políticas de desenvolvimento territorial.

Seguidamente apresentam-se os 24 problemas distribuídos pelas respectivas categorias:

Recursos naturais e gestão de riscos


 Degradação do solo e riscos de desertificação, agravados por fenómenos climáticos
(seca e chuvas torrenciais) e pela dimensão dos incêndios florestais.
 Degradação da qualidade da água e deficiente gestão dos recursos hídricos.
 Insuficiente desenvolvimento dos instrumentos do ordenamento e de gestão das áreas
classificadas integradas na Rede Fundamental de Conservação da Natureza.
 Insuficiente consideração dos riscos nas acções de ocupação e transformação do
território, com particular ênfase para os sismos, os incêndios florestais, as cheias e
inundações e a erosão das zonas costeiras.

Desenvolvimento urbano e rural


 Expansão desordenada das áreas metropolitanas e de outras áreas urbanas, invadindo e
fragmentando os espaços abertos, afectando a sua qualidade e potencial ecológico,
paisagístico e produtivo, e dificultando e encarecendo o desenvolvimento das infra-
estruturas e a prestação dos serviços colectivos.
 Despovoamento e fragilização demográfica e socioeconómica de vastas áreas e
insuficiente desenvolvimento dos sistemas urbanos não metropolitanos e da sua
articulação com os espaços rurais envolventes, enfraquecendo a competitividade e a
coesão territorial do país.
 Degradação da qualidade de muitas áreas residenciais, sobretudo nas periferias e nos
centros históricos das cidades, e persistência de importantes segmentos de população
sem acesso condigno à habitação, agravando as disparidades sociais intra-urbanas.
 Insuficiência das políticas públicas e da cultura cívica no acolhimento e integração dos
imigrantes, acentuando a segregação espacial e a exclusão social nas áreas urbanas.

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Transportes, energia e alterações climáticas
 Subdesenvolvimento dos sistemas aeroportuário, portuário e ferroviário de suporte à
conectividade internacional de Portugal, no quadro ibérico, europeu, atlântico e global.
 Deficiente intermodalidade dos transportes, com excessiva dependência da rodovia e
do uso dos veículos automóveis privados e insuficiente desenvolvimento de outros
modos de transporte, nomeadamente do ferroviário.
 Elevada intensidade (reduzida eficiência) energética e carbónica das actividades
económicas e dos modelos de mobilidade e consumo, com fraco recurso a energias
renováveis, conduzindo a uma estreita associação dos ritmos do crescimentos
económico com os do aumento do consumo de energia e das emissões de Gases de
Efeito de Estufa (GEE).
 Elevada dependência das fontes de energia primária importadas (petróleo, carvão e gás
natural), com forte concentração das origens geográficas e pesadas implicações no
défice externo, agravada pela volatilidade e tendência estrutural de aumento dos
preços desses recursos não renováveis e de natureza estratégica.

Competitividade dos territórios


 Forte dispersão geográfica das infra-estruturas económicas e dos equipamentos
terciários mais qualificantes, com perdas de escala e atrofia das relações de
especialização e complementaridade geradoras de maior rendibilidade social e
económica.
 Ausência de um sistema logístico global, que tenha em conta os requisitos dos
diferentes sectores de actividade e a inserção dos territórios nos mercados globais.
 Insuficiente projecção externa das funções económicas das principais aglomerações
urbanas, dificultando a participação de Portugal nos fluxos de investimento
internacional.
 Reduzida extensão das cadeias de valor e insuficiente exploração das condições e dos
recursos mais diferenciadores dos territórios, e correspondente debilidade das relações
económicas inter-institucionais e inter-regionais no espaço económico nacional.

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Infra-estruturas e serviços colectivos
 Expansão e intensa alteração da estrutura da procura social de serviços e de interesse
geral, pelo efeito conjugado de mudanças demográficas (envelhecimento, imigração e
migrações internas), económicas e culturais.
 Desajustamento da distribuição territorial e da qualidade da oferta de infra-estruturas
colectivas e dos serviços de interesse geral face a essa expansão e alteração estrutural
das procuras sociais.
 Deficiente programação do investimento público em infra-estruturas e equipamentos
colectivos, com insuficiente consideração dos impactes territoriais e dos custos de
funcionamento e manutenção.
 Incipiente desenvolvimento da cooperação territorial de âmbito supramunicipal na
programação e gestão de infra-estruturas e equipamentos colectivos, prejudicando a
obtenção de economias de escala e os ganhos de eficiência baseados em relações de
associações e complementaridade.

Cultura cívica, planeamento e gestão territorial


 Ausência de uma cultura cívica valorizadora do ordenamento do território e baseada
no conhecimento rigoroso dos problemas, na participação dos cidadãos e na
capacitação técnica das instituições e dos agentes mais directamente envolvidos.
 Insuficiência das bases técnicas essenciais para o ordenamento do território,
designadamente dos domínios da informação geo - referenciada sobre os recursos
territoriais, da cartografia certificada, da informação cadastral e do acesso em linha ao
conteúdo dos planos em vigor.
 Dificuldade de coordenação entre os principais actores institucionais, públicos e
privados, responsáveis por políticas e intervenções com impacte territorial.
 Complexidade, rigidez, centralismo e opacidade da legislação e dos procedimentos de
planeamento e gestão territorial, afectando a sua eficiência e aceitação social.

Como é possível verificar, o ordenamento do território de Portugal encontra-se seriamente


condicionado por graves problemas estruturais, sociais, ambientais, legais e de coordenação.
Embora alguns destes problemas possam ser resolvidos de forma relativamente simples,
outros apresentam-se como difíceis tarefas a desempenhar, devido a anos de inoperância e de
ineficácia das medidas tomadas. Estes são responsáveis pelo estado semi-caótico do
ordenamento do território nacional, tendo originado sérias desigualdades territoriais,

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económicas, sociais e ambientais. Alguns destes problemas, como os relacionados com a
participação pública, com a excessiva complexidade da legislação e dos procedimentos de
gestão territorial, e com as desigualdades entre o desenvolvimento rural e urbano foram já
abordados nesta tese, mais ou menos aprofundadamente. Seguidamente, serão analisados os
restantes problemas, juntamente com as medidas apresentadas no Planos de Acção para os
colmatar e com os desafios estabelecidos como meta a atingir para o ordenamento do
território.

Ordenamento rural
Como já foi referido anteriormente, os espaços rurais deparam-se com problemas ao nível da
estrutura socioeconómica, que tornam ainda mais necessária a aplicação de políticas de
ordenamento do território que favoreçam o desenvolvimento.

É possível definir quatro grandes linhas de actuação no ordenamento dos espaços rurais: o
desenvolvimento económico, a melhoria da qualidade de vida, a preservação dos valores
naturais e ambientais e a melhoria na gestão administrativa (PUJADAS e FONT, 1998).

A estagnação no desenvolvimento das actividades económicas surge como o principal


problema estrutural, no mundo rural. A não existência de um mercado de trabalho que
responda às aspirações dos activos dificulta a fixação da população, que se vê obrigada a sair
em busca de opções nos meios urbanos. O despovoamento dos territórios não justifica a
criação de equipamentos e infra-estruturas de apoio às necessidades da população.

As pressões nas ocupações do solo, em meios rurais, apesar de terem menos notoriedade, têm
também um risco acrescido, sobretudo no que respeita à preservação da paisagem. Existem,
assim, alguns problemas territoriais que devem ser considerados durante a elaboração dos
instrumentos de planeamento e ordenamento territorial, dos quais se destacam:

O despovoamento e envelhecimento dos espaços rurais, é talvez o principal obstáculo que


estas áreas enfrentam, sobretudo no caso dos meios rurais mais marginais, porque acaba por
desencadear muitos dos restantes problemas existentes nas estruturas socioeconómicas.

O abandono dos campos de cultivo constitui uma séria ameaça à preservação da paisagem
rural e ao equilíbrio estrutural do espaço.

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A expansão da floresta não autóctone, por espécies de rápido crescimento, tem sido
responsável pela degradação da qualidade florestal. As alterações do coberto vegetal,
provocadas por queimadas e cortes, têm sido consecutivas ao longo dos tempos e desde que o
homem foi substituindo a floresta por campos agrícolas e pastagens

A ocupação urbana dispersa frequente em espaços periurbanos, resulta na alienação do rural


pelo urbano através da edificação, que se prolonga descontinuadamente pelo espaço, com
maior incidência ao longo das vias estruturantes.

A fraca dinâmica económica manifesta-se ao nível da baixa capacidade de iniciativa na


exploração das potencialidades endógenas. Na sua grande maioria, o investimento parte de
interesses externos provenientes de urbanos, que apostam, sobretudo, nas actividades de lazer
e de turismo.

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Conclusão
A importância do processo de ordenamento na construção dos territórios e das sociedades
conduziu à elaboração da Carta Europeia do Ordenamento do Território (Direcção Geral de
Ordenamento do Território, 1988). Aqui, o conceito que lhe deu origem é definido como
“uma disciplina científica, uma técnica administrativa e uma política (…) interdisciplinar e
integrada tendente ao desenvolvimento equilibrado das regiões e à organização física do
espaço segundo uma estratégia de conjunto” Legislar significa criar normas que
regulamentem juridicamente as intervenções a efectuar no território. Havendo consciência de
que os recursos territoriais apresentam fragilidades e limitações, torna-se fundamental
determinar regras que salvaguardem a organização espacial, preconizando a delineação dos
objectivos a alcançar e os principais instrumentos a utilizar no processo de ordenamento.
Planear refere-se à projecção de objectivos através da elaboração e aprovação de planos.
Significa a necessidade de um conhecimento muito profundo da realidade territorial em todas
as suas vertentes, sendo por isso um processo interdisciplinar. A execução corresponde à
etapa final. As pressões nas ocupações do solo, em meios rurais, apesar de terem menos
notoriedade, têm também um risco acrescido, sobretudo no que respeita à preservação da
paisagem.

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Referencias Bibliográficas
ALMEIDA, António C. (2006) – Paisagens: um património e um recurso. in JACINTO, R. e
BENTO, V. (coord.), O interior raiano no Centro de Portugal. Outras fronteiras, novos
intercâmbios. Iberografias, 8, Lisboa: Campo das Letras, pp. 31-42.

BAILLY, Antoine (1980) – La perception de l’espace urbain. Les concepts, les méthodes
d’étude, leur utilisation dans la recherche géographique. Service de reproduction des theses
de L’Université de Lille III.

CAVACO, Carminda (1992) – Portugal rural. Da tradição ao moderno. Lisboa, Ministério


da Agricultura.

CAVACO, Carminda (2003) – Ambiente e usos do território. Reflexões incómodas. in


PORTELA, J.; CALDAS J. C (coord.), Portugal chão. Oeiras: Celta, pp 189-198.

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