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2.1. Território.............................................................................................................3
2.2. Ordenamento.......................................................................................................3
5. conclusão..........................................................................................................10
6. Referencia Bibliográfica...................................................................................11
Introdução
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2. Principais Conceitos do Ordenamento Territorial
2.1. Território
Mas antes de trazer o conceito de território e explanar sobre qual abordagem será tratada aqui,
é importante salientar que múltiplas abordagens foram e são adoptadas por diferentes autores,
alguns tratando o território de forma mais técnica, enquanto outros buscam expandir seus
conceitos e agentes.
Desta maneira, Souza (2000, p. 81) afirma que [...] a palavra território normalmente evoca o
“território nacional” e faz pensar no Estado - gestor por excelência do território nacional, em
grandes espaços, em sentimentos patrióticos (ou mesmo chauvinistas), em governo, em
denominação, em “defesa do território pátrio”, em guerras. [...] Territórios existem e são
construídos (e desconstruídos) nas mais diversas escalas.
2.2. Ordenamento
Esta linha ideológica é validada por Correia (2004), para quem a apresentação de uma noção
de Ordenamento Territorial, simultaneamente certa, completa e precisa, poderá ser mesmo de
impossível obtenção. Como fundamento de tal afirmação, o autor enuncia o complexo
relacionamento entre a diversidade de objectivos e os meios utilizados para a sua obtenção.
Este raciocínio reforça-se com a ideia de que, como acto de investigação, esta é uma tarefa
particularmente delicada e de intrincada aplicação, visto considerar a existência de uma
multiplicidade de actores e de factores envolvidos.
Numa primeira instância, é possível desde já, extrair-se: o elevado grau de dificuldade de
redução desses termos a um modelo teórico, surge sempre associado à exigência de uma
elevada precisão terminológica. Este modelo teórico promovido pelo Ordenamento Teritorial
é caracterizável pela sua diversa e extensa aplicabilidade, variando consoante o utilizador.
Contudo, esta circulará, continuamente, em redor de três elementos, admitidos como
fundamentais: as actividades humanas, o espaço no qual elas se inserem e o sistema que
ambos integram. (Orea, 2001)
De acordo com essa lógica, segundo o Dicionário de Geografia, ele o possui, sendo que O
ordenamento do território corresponde, na maior parte dos casos à vontade de corrigir os
desequilíbrios de um espaço nacional ou regional e constitui um dos principais campos de
intervenção da Geografia aplicada. Pressupõe por um lado, uma percepção e uma concepção
de conjunto de um território e, por outro lado, uma análise prospectiva. (BAUD,
BOURGEAT: BRAS, 1999, p.262).
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Após essa breve conceituação de ordenamento territorial, prossigamos com o intuito de
entender, de forma objectiva, como são distribuídas as responsabilidades do ordenamento no
território nacional.
O uso e ocupação do solo, também denominado como uso e ocupação da terra, ou do espaço,
ou por vezes, uso do solo, sobressai 24 como uma proposição metodológica eficiente para pôr
em operação.
Dessa maneira, conforme FERREIRA et al. (2005), a expressão do uso do solo pode ser
entendida como a forma pela qual o espaço está sendo ocupado pelo ser humano. Ainda de
acordo com ele, o levantamento das formas de uso da terra é de suma importante, de maneira
em que os efeitos da má ocupação causam impactos negativos (Assis, 2014, p. 860). Para tal
caracterização, é importante utilizar um método de análise que enquadre as diferentes formas
de uso e ocupação do território e que sirva de comparação para outros estudos, quando for
possível.
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induzindo a relações mais estreitas sociedade e autoridades locais e regionais (SANTOS,
2004, p. 24).
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Segundo a lei 19/2007, compete ao Estado e às autarquias locais, a promoção, orientação,
coordenação e monitorização do ordenamento do território e cabe a estas últimas o
estabelecimento dos programas, planos, projectos e o regime de uso do solo. Ainda em
Moçambique, o Decreto nº 23/2008, Regulamento da Lei de Planeamento Terrirorial, no seu
Artigo 7, Hierarquização e complementaridade, estabelece a hierarquização dos planos, e
institui a obrigatoriedade da elaboração de planos de nível Distrital e Municipal. A nível
nacional os planos são elaborados pelo Conselho de Ministros, a nível provincial são
elaborados por iniciativa do Governo Provincial, a nível distrital são elaborados por iniciativa
do Governo Distrital e a nível municipal são elaborados pelos técnicos municipais, ou
instituições externas, mas mandatados e aprovados pelas assembleias municipais, sob
proposta da administração e do presidente do município. Em Moçambique as divisões
administrativas são subdivididas hierarquicamente em províncias, distritos, postos
administrativos e localidades, sendo que um conjunto de localidades, representam um posto
administrativo e um conjunto destes perfaz um distrito, um conjunto de distritos perfaz uma
Província, sendo o país constituído por 11 províncias, 139 distritos e 393 postos
administrativos (INE, 2012).
Esta lei veio clarificar o sistema de planeamento Moçambicano e agregar um conjunto de leis
anteriores tidas como relevantes para o processo de planeamento moçambicano: Lei de Terras
nº19/97 de Outubro; Lei das Autarquias locais nº 2/97 de 18 de Fevereiro; Lei de Tutela
Administrativa do Estado nº 7/97 de 31 de Maio; Lei de Finanças Autárquicas nº de 11/97 de
31 de Maio (Silva e Cabral, 1996). Como anteriormente referido esta Lei é definida em quatro
níveis: nacional, provincial e interprovincial, distrital e pelo municipal e que todo o Plano
urbano elaborado por órgãos de poder local deve ter a colaboração dos organismos centrais e
provinciais e estar integrado nas políticas nacionais e sectoriais.
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os seus antecessores temos. Neste Ministério a actividade de ordenamento territorial, está sob
a alçada da Direcção Nacional de Terras e Desenvolvimento Territorial. Para além do
Ministério da Terra e Ambiente, o Ministério da Administração Estatal e Função Pública
(MAEFP) possui atribuições específicas na área do planeamento e ordenamento territorial. O
número 1 do Artigo 19 do Decreto 60/2006 de 26 de Dezembro que regula o Solo Urbano em
Moçambique.
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Materializar uma visão territorialmente sustentável do desenvolvimento social e
económico de um país, residem no nível local;
desafios económico-territoriais de especial interesse nacional;
desafios econômicos, sociais, ambientais e políticos extremamente complexos para a
sociedade moçambicana.
Outro desafio maior enfrentado pelas cidades moçambicanas reside nos “riscos
naturais”;
associados as mudanças climáticas globais, como o ilustraram dramaticamente os
ciclones Idai e Kenneth em 2019;
gestão de espaços litorâneos em via de adensamento populacional;
inserção de Moçambique nas redes da globalização, destacando mais especificamente
a relevância estratégica dos sistemas e das infra-estruturas de circulação que
desempenharam um papel central na construção da base territorial e de uma economia
de trânsito.
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5. conclusão
O Ordenamento não se cinge à projecção do futuro das actividades humanas num determinado
território, este é um acto continuado de intervenção e que pressupõe uma permanente
actualização e monitorização dos resultados obtidos para aferir-se do sucesso, ou não, da
intervenção.
Como é possível, igualmente, observar, o território também pode ser considerado como
estando em desequilíbrio e necessitar de um acto interventivo que permita a obtenção da
desejada estabilidade. Em relação aos desafios, conclui-se que é a materialização de uma
visão territorialmente sustentável do desenvolvimento social e económico de um país, residem
no nível local
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6. Referencia Bibliográfica
SANTOS, Milton. Metamorfose do Espaço Habitado: fundamentos teóricos e metodológicos
da Geografia. São Paulo: Hucitec, 1996. SANTOS, Rozely Ferreira dos. Planejamento
Ambiental: teoria e prática. São Paulo: Oficina de textos, 2044.
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