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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE GESTÃO DE RECURSOS FLORESTAIS E FAUNÍSTICOS DE


LICHINGA

Licenciatura em Gestão de recursos florestais e faunísticos 4oano

Tema: Consequências do desmatamento das florestas nativas no distrito de


Sanga 2019-2021 caso da vila de Uango

Estudante: Lazaro Ernesto Ocomana Tavares Paulo Neto


Número: 711180194

Lichinga, Março 2023

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Tema: Consequências do desmatamento das florestas nativas no distrito de
Sanga 2019-2021 caso da vila de Uango

Estudante: Lazaro Ernesto Ocomana Tavares Paulo Neto


Número: 711180194

Projecto de pesquisa submetido a faculdade de gestão de recursos florestais


e faunísticos (FAGREEF) da universidade católica de Moçambique como
requisito parcial para obtenção do grau de licenciatura no curso de gestão
de recursos florestais e faunísticos.

Supervisor
________________________________
Vitalina B. Temporário

Lichinga, Março 2023

ii
INDICE
Lista de tabelas................................................................................................................................................vi
RESUMO........................................................................................................................................................vii
ABSTRACT...................................................................................................................................................viii
CAPITULO: I. INTRODUÇÃO.....................................................................................................................9
1.1.Contextualização........................................................................................................................................9
1.2.Problematização.......................................................................................................................................11
1.3.Objectivos.................................................................................................................................................12
1.3.1.Geral:.....................................................................................................................................................12
1.3.2.Específicos:............................................................................................................................................12
1.4.Questões de pesquisa...............................................................................................................................12
1.5.Justificativa..............................................................................................................................................13
1.6.Delimitação do tema................................................................................................................................14
Delimitação temporal....................................................................................................................................14
Delimitação espacial......................................................................................................................................14
1.7 Estrutura da Pesquisa.............................................................................................................................14
II. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO...........................................................................................................16
2.1.Conceptualização.....................................................................................................................................16
2.1.1.Florestas................................................................................................................................................16
2.1.2.Desmatamento.......................................................................................................................................17
2.2.Historial de Desmatamento.....................................................................................................................18
Consequências do desmatamento.................................................................................................................19
2.3.Estudos realizados...................................................................................................................................19
III. ASPECTOS METODOLOGICOS........................................................................................................22
3.1. Abordagem metodológica.......................................................................................................................22
3.2.1. População e participantes....................................................................................................................22
3.3.Participantes............................................................................................................................................23
3.3.1.Técnicas e Instrumentos de Recolha de Dados...................................................................................23
3.4.4.Modelo de Análise de Dados................................................................................................................25
3.4.5.Quadro de Categorias...........................................................................................................................25
3.5.Transcrição literal...................................................................................................................................25
3.6.Análise de Conteúdo................................................................................................................................25

iii
3.7.Aspectos Éticos.........................................................................................................................................26
Referências bibliográficas.............................................................................................................................29

iv
Lista de tabelas
Tabela 1Cronograma....................................................................................................................................24
Tabela 2 Orçamento......................................................................................................................................25

v
RESUMO
O presente projecto versa sobre Consequências do desmatamento das florestas nativas sobre também
os impactos ambientais causada péla produção de carvão vegetal no distrito o tema tem como
objectivo geral analisar os impactos causados pêlo desmatamento das florestas nativas praticados
pêlos produtores de carvão vegetal no distrito de sanga o problema em questão e o seguinte quais
são os impactos negativos causados pêlos produtores de carvão vegetal nas florestas nativas em
Unango? Partindo do contexto da pratica de produção de carvão vegetal e suas implicações
ambientais, assim como a produção de carvão vegetal existem outras práticas ligadas acção humana
que afecta significativamente as florestas de vários locais e de várias distritos da província do Niassa
além da produção de carvão vegetal tem também o abate ilegal das plantas nativas por parte de
alguns membros da comunidades, tem também outro ponto para destacar a parta da cobertura verde
em vários pontos do pais assim como no distrito de sanga as queimadas descontroladas pêlos
camponeses por fins de abrir machambas, ou por parte de alguns malfeitores, a pesquisa terá uma
abordagem qualitativa com fim de recolha de dados fiáveis e exactos também terá uma pesquisa
quanto aos objectivos exploratória para melhor fazer o levantamento de dados no campo fazendo
descobertas a aprofundar com os estudos, tem também a forma de recolha de dados de campo para
obtenção de resultados confiáveis e os dados encontrados serão organizados categoricamente e para
recolha de dados por parte das pessoas das comunidades será feita uma entrevista que será feita uma
escolha aleatória para que seja melhor a escolha das pessoas que irão fazer parte do projecto de
pesquisa para responder as perguntas que serão feitas pêlo investigador, por aspectos éticos não
serão divulgados nomes dos participantes para preservar a sua imagem e integridade pessoal.

Palavras-chave: consequências, desmatamento, produção de carvão vegetal, florestas nativas.

vi
ABSTRACT
This project deals with Consequences of deforestation of native forests and the impacts caused by
the production of charcoal in the district. The theme has as general objective to analyze the impacts
caused by the deforestation of native forests practiced by charcoal producers in the district of sanga
the problem in question and the following what are the impacts caused by charcoal producers on the
native forests in Unango? Starting from the context of the practice of charcoal production and its
environmental implications, as well as the production of charcoal, there are other practices linked to
human action that significantly affect the forests of various locations and districts in Niassa
province, in addition to charcoal production there is also the illegal felling of native plants by some
members of the communities, there is also another point to highlight the part of the green cover in
various parts of the country, as well as in the district of Sanga the uncontrolled fires by peasants for
the purpose of opening fields, or by some evildoers, the research will take a qualitative approach in
order to collect reliable and accurate data, it will also have a research on the exploratory objectives
to better collect data in the field, making discoveries to be deepened with the studies, it also has the
form field data collection to obtain reliable results and the data found will be categorically organized
and for data collection by people from the communities, an interview will be made and a random
choice will be made to better choose the people who will be part of the research project to answer
the questions that will be asked by the researcher, due to ethical aspects, names of the participants
will not be disclosed to preserve the its image and personal integrity.

Keywords: consequences, deforestation, charcoal production, native forests

vii
CAPITULO: I. INTRODUÇÃO

1.1. Contextualização
O presente projecto versa sobre a consequência do desmatamento da floresta no distrito de sanga.
No geral e uma abordagem especifica do distrito de sanga. Do estudo feito pretende-se com o
trabalho, apresentar abordagens de equilíbrio das consequências do desmatamento para as
florestas nativas.

Marzoli (2007), recursos florestais Moçambique é um dos poucos países na região da África
Austral que possui uma área considerável de floresta nativa. Estima-se que existem cerca de 40
milhões de hectares de floresta do tipo Miombo (51% da superfície do país).

Marzoli (2007), as cinco províncias, em ordem decrescente com maior cobertura florestal são
Niassa, Zambézia, Tete, Cabo Delgado e Gaza. A área de floresta produtiva para cada uma das
províncias

Mélica (2020), em Niassa a cobertura florestal reduz-se continuamente ao longo do tempo.


Durante o período em estudo, observa-se uma perda de cerca de 435.000 hectares. Observam-se
reduções acentuadas na maior parte dos distritos, nomeadamente: Chimbonila (65.000 hectares),
Mecula (54.000 hectares), Sanga (50.000 hectares), Cuamba (47.000 hectares) e N’gauma
(46.000 hectares) no período entre 2001 e 2016.

Mélica (2020), área florestal perdida no país por província, entre os anos 1972 e 2016. A
província de Niassa aparece província que mais destaque Este Destaque Rural aborda o
desflorestamento observado na província de Niassa e as suas relações com a população, área
cultivada e o clima, o reflorestamento realizado e as possíveis soluções a fim de se observarem
melhorias no sector.

Em Moçambique, a reserva nacional de Niassa é uma das últimas regiões selvagens preservadas
de África. Contudo, este património natural é afectado péla exploração florestal e mineira ilegais,
pêlo crescimento populacional e pélas mudanças climáticas

Mélica (2020) Niassa teve uma perda de cerca de 10% da cobertura florestal, sendo a quarta
província com maior desmatamento a nível nacional entre os anos 1972 e 2016. É possível ver
que nesta província houve um aumento do desmatamento ao longo do tempo

8
Para muitas pessoas, as florestas constituem um dos mais prósperos bancos verdes. Nestes
ecossistemas muitos indivíduos obtêm madeira, lugar para viver, alimentação, medicamento para
o tratamento de diversas doenças, bem como locais para cultos sagrados. Importa ainda
acrescentar que, estes recursos dinamizam as economias locais, regionais, nacionais e
internacionais.

Pese embora as florestas tenham esse valor, verifica-se uma realidade em muitas florestas nativas
desmatamento a perda de espécies florestais nativas péla acção directa do homem isto e o
desmatamento e feito por algo que o homem procura ter em troca do desmatamento de uma
região pode ser a agricultura ou a produção de carvão vegetal são as práticas mais recorrentes
neste momento que as florestas têm sofrido.

Mitader (2018), O desflorestamento é mais frequente nas florestas semi-decíduas e semi-sempre-


verdes onde predominam as formações do Miombo. As principais causas deste fenómeno são: a
agricultura, que contribui com cerca de 86% do desflorestamento anual, e a conversão de
florestas para planície, com 13%, devido à exploração florestal para fins de combustíveis
lenhosos e madeira. A conversão de florestas em assentos humanos foi de 0,1%. Estes resultados
são consistentes com os estudos anteriores, que mostraram que a agricultura e a exploração
florestal foram as principais causas do desflorestamento.

Diante deste cenário pretende-se desenvolver uma pesquisa sobre a exploração florestal nas
florestas nativas de Sanga em torno das consequências do desmatamento.

Maria (2000), produção do carvão vegetal ocorre não apenas nas áreas de reflorestamento, mas,
também, em pequenas propriedades rurais ou áreas de vegetação nativa onde é produzido de
forma clandestina. Essa produção tem afetado a população de Montezuma, pois sua principal
consequência é a redução acelerada da vegetação nativa e a diminuição da área de coleta de
alimentos e remédios da flora local, tornando-se um problema para os pequenos agricultores e
moradores da área rural. Alguns tentam emitir um grito, que de tímido, torna-se silencioso em
meio aos interesses econômicos e força política das empresas reflorestadoras e siderúrgicas
consumidoras dos produtos oriundos do carvoejamento. Essa é a realidade encontrada no
município de Montezum

9
Souza et al., (2010), a produção de carvão vegetal em sua maioria ainda ocorre em fornos
rudimentares de alvenaria, necessitando de mão de obra humana, expondo os trabalhadores a
fumaça e calor oriunda dos fornos. Muitas vezes estes ficam expostos directamente a fumaça por
dias seguidos, inalando quantidades elevadas de gases.

Desta forma, pretende-se neste projecto de pesquisa, analisar os impactos gerados pela pratica de
produção de carvão vegetal a nivel do Distrito de Sanga, concretamente em Unango.

1.2. Problematização
Sousa, Rafaela. (2021), principal causa do desmatamento está ligada à ação antrópica, ou seja, à
actuação do ser humano no processo de remoção da vegetação. Desse modo, o desmatamento, na
maior parte das áreas florestadas, é causado diretamente pelas atividades produtivas
desenvolvidas pelo ser humano em sua totalidade. A remoção da vegetação é realizada pelo corte
direto, por máquinas e ainda por outros meios, como as queimadas. Essas áreas desmatadas são
comumente utilizadas para a exploração dos recursos naturais e para a ocupação do solo.

O processo de desmatamento foi iniciado mediante a necessidade de matérias-primas para a


produção de diferentes elementos de uso da sociedade. Desse modo, a exploração da madeira,
por exemplo, para a fabricação de papel e de móveis, é um importante causadora do grande
volume de desmatamento verificado em vários pontos do globo. Nesse contexto, destaca-se ainda
a produção de carvão vegetal e de meios de transporte que utilizam a madeira em sua fabricação,
como barcos. A madeira também é utilizada para a construção de casas e confecção de objetos.

Ferraz (2000), o termo desmatamento e desflorestamento, embora carreguem significados


diferentes, soa em geral utilizados como sinônimos nos estudos sobre esta temática dentre outros.

Além da pressão exercida sobre a mata, a produção de carvão contribui para reforçar a lógica
produtiva ligada à exploração predatória e pouco qualificada dos recursos naturais. Por exemplo,
se você tira uma madeira para fazer perfume, é uma utilização qualificada. Mas para fazer carvão
é pouco qualificada. Além disso, as carvoarias ampliam as tensões no campo e os conflitos
fundiários porque reforçam as disputas por áreas para produzir carvão. No começo, as
siderúrgicas compravam grandes pedaços de terras, onde em tese deveriam fazer o manejo
florestal. Mas elas tercerizavam para que outros fizessem esse "manejo" e produzissem o carvão.

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E não havia manejo, era feito o ‘corte seco' derrubada da mata nativa. No lugar em que todas
compravam terra, aumentava a tensão porque a titulação de propriedade é precária na região.

O desmatamento está relacionado com o corte raso de feições naturais em qualquer


fitofisionomia de florestas, campos ou arbustos, mesmo que em regeneração

Na atualidade no distrito de sanga há muita exploração indevida pelo homem na florestas isto e
que nas florestas daquele distrito a muita exploração de recursos sem o seu devido controlo a
partir da exploração de madeira, até a produção de carvão vegetal e algumas espécies sai usadas
como lenha para algumas famílias, essa exploração gera problemas em torno da exploração um
dos problemas e a perda da componente florestal espécies florestais as mudanças climáticas
daquele distrito também são afetadas a partir do mesmo desmatamento.

No entanto a pesquisa tem como a questão de partida a seguinte: quais são os impactos negativos
causados pelos produtores de carvão vegetal nas florestas nativas?

1.3.Objectivos

1.3.1.Geral:
 Analisar os impactos causados pelo desmatamento das florestas nativas praticado pela
produção de carvão vegetal no distrito de sanga

1.3.2.Específicos:
 Descrever o processo de produção de carvão vegetal pelas comunidades no distrito de
sanga

 Verificar o ponto de situação das florestas após o desmatamento dos produtores de carvão
vegetal no distrito de sanga

 Identificar as consequências dos desmatamentos causados pela produção de carvão


vegeta

1.4.Questões de pesquisa
 Quais são as consequências causadas pela produção de carvão vegetal distrito de Sanga?

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 Quais são os impactos ambientais causados pelo desmatamento das florestas nativas no
distrito de Sanga?

 Em que ponto de situação as florestas nativas se encontram apôs o abate das plantas para
a produção de carvão vegetal distrito de Sanga?

1.5.Justificativa
O autor do presente trabalho considera pertinente o estudo do possível equilíbrio entre
consequências do desmatamento e as florestas nativas, vai debruçar-se sobre o desmatamento das
florestas nativas o, que para além der ser prejudicial para os solos também e prejudicial para os
seres humanos.

O desmatamento é um tema comumente importante conhecer esse problema tão frequente no


mundo é muito importante não só para os termos em conta que é algo prejudicial, mas para que
possamos nos conscientizar da importância da preservação ambiental para a manutenção da vida
no planeta, inclusive a nossa.

A escolha do tema foi motivada pela curiosidade e pela procura em saber o porquê de os
desmatamentos nas florestas serem frequentes atualmente isto e os desmatamentos das dá se por
vários motivos atualmente pela produção do carvão vegetal

O interesse pelo tema veio a partir do momento em que tivemos algumas aulas relacionadas ao
desmatamento ou desflorestamento em sala de aula, este tema preocupa todo o pais assim como
os países fora isto e o desflorestamento e algo preocupante visto isso tive a curiosidade de falar
deste problema de preocupação geral saber e demostrar algumas práticas que tem causado e
aumentado do desmatamento para puder mostrar as causas e as práticas do desmatamento em
Moçambique

Este tema e importante visto que aborda o caso especifico e muito importante na atualidade isto
porque é um tema e será feito um estudo para saber as causas e consequências dos
desmatamentos e posterior pode se dar algumas sugestões de como agir interagir com a natureza
sem ferir tanto ao ambiente, e as espécies que se encontram naquele distrito de sanga a partir
deste estudo pode-se criar condições de sensibilizar as comunidades e as pessoas que tem como
fonte de rendimento as florestas a criarem um meio termo de como fazer o uso racional das
florestas para que posterior eles e as gerações furas saiam beneficiadas
12
Relevância do estudo do tema de Projecto de pesquisa e que é importante para termos noção de
como o desmatamento acontece porque acontece as causas e as consequências destes catos
contra natureza isto e importante para ter em conta como combater ou também como evitar o
desmatamento em diversos locais sítios daquele distrito tem também importância de encontrar
maneiras e formas de consciencializar as comunidades que praticam com frequência o
desmatamento com o projecto mostrar formas de como reduzir estes actos que de vários modos e
formas são prejudiciais para os seres vivos

E importante fazer o estudo porque a partir deste mesmo estudo podemos ter alguma noção de
como evitar ou combater o desmanto e também arranjar maneiras eficazes de reflorestamento
nos locais mais afetados daquela área de estudo isto pode ajudar na recuperação de várias áreas
afetadas pela erosão, mudanças climáticas.

1.6.Delimitação do tema

Delimitação temporal
Este projecto terá uma delimitação temporal de 2019-2021 neste intervalo de anos verificou-se
um desmatamento no distrito para a pratica do carvão vegetal

Delimitação espacial
O presente trabalho terá como local de estudo no distrito de Sanga, situado na província de
Niassa, em Moçambique, com sede na vila de Unango. O trabalho será feito na vila de Unango.
Escolheu-se Unango porque é um dos locais que tem sofrido com desmatamento e um dos
distritos que produz carvão vegetal.

Mae (2005) Distrito de Sanga localiza na parte Norte da Província do Niassa a 60 Km da capital
provincial – Lichinga, confinando a Norte com a República da Tanzânia, a Sul com o Distrito de
Lichinga, a Leste com os Distritos de Muembe e Mavago e a Oeste com o Distrito de Lago

Clima O Distrito de Sanga possui um clima que é modificado por altitudes, tem mais de 800m de
altitude, a precipitação média anual váriade1000à1400mm(Mae,2005).

Mae (2005) Solos argilosos, vermelhos profundos, e fluviais de alta fertilidade no centro e sul, e
franco argilo-arenosos na região norte do Distrito

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1.7 Estrutura da Pesquisa
O presente projecto de pesquisa é composto por cinco capítulos, dentre:

 O capítulo 1: Introdução: onde estão indicados a contextualização, a


problematização, a definição da questão de pesquisa, os objectivos da pesquisa, as
questões de pesquisa, a justificativa e delimitação do tema.

 O capítulo 2: Marco Teórico: destaca-se os conceitos das palavras-chave, a


apresentação da teoria que sustenta a pesquisa e estudos realizados relacionados com a
temática.

 O capítulo 3: Desenho Metodológico: descreve-se os aspectos metodológicos que


irão guiar a pesquisa, desde a abordagem, o tipo de pesquisa quanto aos objectivos, a
população da pesquisa, os participantes, as técnicas e instrumentos de colecta de dados,
os modelos de análise de dados, as possíveis limitações e princípios éticos da pesquisa.

 Relativamente ao capítulo 4 (apresentação e discussão dos resultados da pesquisa)


e capítulo 5 (conclusão e recomendações) apenas se referência o que se pretende realizar
na fase de dissertação.

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II. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO

2.1. Conceptualização

2.1.1. Florestas
Segundo a FAO (2012), florestas são terras que ocupam mais de 0,5 hectares com árvores de
altura superior a 5 metros e uma cobertura de copo de mais de 10%, ou árvores capazes de
alcançar esses limites in situ. Esta definição inclui plantações usadas primariamente para
produção de fibra ou fins de protecção; áreas com bambus e palmas, desde que os critérios de
altura e cobertura de copa sejam atendidos; caminhos na floresta, aceiros e outras pequenas
faixas de terreno abertas; quebra-ventos, cinturões de protecção e corredores de árvores com área
de mais de 0,5 hectares e largura de mais de 20 metros. Exclui plantações de árvores em sistemas
de produção agrícola, por exemplo, plantações de árvores frutíferas e sistemas de
agrossilvicultura

De acordo com o Protocolo de Quioto (2004), florestas são terras com área florestal mínima que
varia de 0,05 a 1 ha, com potencial para alcançar uma altura mínima na maturidade in situ de 2 a
5 metros, com cobertura mínima de copa de árvores (ou nível de estoque equivalente) de 10% a
30% (UNFCCC 2002). Esta definição não exclui em particular nenhum uso da terra para árvores
desde que atenda os limites decididos pêlo país. Com base nesta definição, os países
participantes podem escolher entre os intervalos especificando para uma definição de "floresta"
adaptando às suas necessidades. Embora se reconheça que qualquer definição é adequada para
aplicação global vai necessariamente ser composto por um número muito reduzido parâmetros
facilmente mensuráveis, que temem que o uso continuado desta especial definição poderá
comprometer muitos valores florestais, incluindo carbono.

A Lei de florestas e fauna bravia No 10/99 de 7 de Julho, define floresta como “Cobertura
vegetal capaz de fornecer madeira ou produtos vegetais, albergar a fauna e exercer um efeito
directo ou indirecto sobre o solo, clima ou regime hídrico”. Esta definição é uma definição
funcional (a função que exerce este recurso para a sociedade, natureza e ao ambiente (solo, água
e clima).

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Desmatamento ou desflorestamento é a retirada ou parcial das árvores, florestas e demais
vegetações de uma região. Outra actividade que promove o desmatamento é a mineração, além
da construção de barragens hidroeléctricas, responsáveis péla destruição de grandes territórios de
vegetação natura e outras actividades são a exploração do carvão vegetal.

2.1.2. Desmatamento
Segundo Dietrich e Almeida (2015) “Desmatamento é a conversão, directamente induzida pêlo
homem, de terras com floresta para terras sem floresta.”

a) Extensão da área total desmatada - é uma medida do desmatamento expressa em hectares, que
corresponde a conversão directamente induzido pêlo homem de área florestal para outro tipo de
área com uma cobertura de copa das árvores inferior a 30% num determinado intervalo de
tempo.

b) Média do desmatamento anual - é um valor do desmatamento expresso em hectares que


corresponde ao valor médio convertido de floresta para não floresta num intervalo de tempo
determinado, isto é, é o somatório das áreas convertidas, divididas pêlo número de anos
correspondentes ao intervalo de tempo em análise.

c) Taxa de desmatamento anual - é uma medida expressa em percentagem de conversão de


floresta para uma terra sem floresta, por ano. A taxa do desmatamento é um dos critérios mais
utilizados para distinguir países prioritários para se beneficiarem-se do REDD+.

Márcia Rodrigues (2020), desmatamento é a conversão, directamente induzida pêlo homem, de


terra com floresta para terra sem floresta. Desflorestamento ou desmatamento é o processo de
destruição das florestas através da acção do homem. Ocorre, geralmente, para a exploração de
madeira, abertura de áreas para a agricultura ou pastagem para o gado. A queimada ilegal é o
processo mais utilizado para o desflorestamento

Alismo et. Al (2016), O desmatamento para fins de prática da agricultura ocorre com muita
frequência porque os solos das florestas são considerados pélas populações como sendo mais
férteis e que podem garantir bons rendimentos para a produção agrícola. Contudo, o Miombo,
que representa grande porção das florestas de Moçambique, os seus solos são relativamente mais
pobres. Como resultado, a suas 5 fertilidades baixa drasticamente num período máximo de 3

16
anos, fazendo com que as populações abram novas áreas agrícolas, perpetuando desta forma a
sua expansão.

Mitader (2018), A taxa de desflorestamento dá indicação da velocidade de perda de florestas


num determinado intervalo de tempo, assim sendo, as províncias com altas taxas de
desflorestamento são as que mais rapidamente estão a perder florestas. Nampula, Manica e
Sofala, que são províncias consideradas com alto potencial florestal são as que estão a perder
mais rapidamente. Nas províncias de Gaza e Inhambane, as baixas taxas também podem estar
associadas a outros factores, que precisam ser investigados. Contudo, sabe-se que as áreas com
cobertura florestal nestas províncias são na sua maioria de solos pobres e impróprios para a
prática da agricultura. Para além disso, os níveis de precipitação são baixos. Assim sendo, as
áreas de produção agrícola estão concentradas junto as margens dos rios e zonas baixas, que
foram desflorestadas há muitos anos.

Mélica (2020) Em Niassa a cobertura florestal reduz-se continuamente ao longo do tempo.


Durante o período em estudo, observa-se uma perda de cerca de 435.000 hectares. Observam-se
reduções acentuadas na maior parte dos distritos, nomeadamente: Chimbonila (65.000 hectares),
Mecula (54.000 hectares), Sanga (50.000 hectares), Cuamba (47.000 hectares) e N’gauma
(46.000 hectares) no período entre 2001 e 2016.

2.2. Historial de Desmatamento


No terceiro Inventário Florestal Nacional, os dados do desmatamento para o período
compreendido entre 1990 – 2002, mostraram que o país perdia anualmente cerca de 219 000
hectares de florestas, com uma taxa de 0,58%. As causas mais comuns para a ocorrência do
desmatamento florestal no país são:

 Expansão de novas áreas para a prática de agricultura de subsistência;


 Exploração florestal para a produção de madeira;
 Abate de árvores para a produção de carvão e lenha.

O desmatamento para fins de prática da agricultura ocorre com muita frequência porque os solos
das florestas são considerados pélas populações como sendo mais férteis e que podem garantir
bons rendimentos para a produção agrícola. Contudo, o Miombo, que representa grande porção
das florestas de Moçambique, os seus solos são relativamente mais pobres. Como resultado, a

17
sua5 fertilidade baixa drasticamente num período máximo de 3 anos, fazendo com que as
populações abram novas áreas agrícolas, perpetuando desta forma a sua expansão.

Consequências do desmatamento
Fearnside (2010), refere que o desmatamento pode causar diversos impactos para o meio
ambiente, afetando, assim, todos os seres vivos. Dentre os impactos que surgem como
consequência do desmatamento, podemos citar:

 Degradação de habitat: a retirada da vegetação destrói o habitat de várias espécies, o


que pode, inclusive, levá-las à extinção.

 Erosão: a retirada da vegetação também deixa o solo mais exposto à acção do Sol, dos
ventos e das chuvas, o que pode desencadear o seu processo de degradação.

 Perda da biodiversidade: a retirada da vegetação afecta toda a biodiversidade do local.


Muitas vezes o desmatamento acaba por retirar as espécies endémicas (restritas a uma
determinada área ou região) de um lugar, levando-as à extinção. Como dito, a retirada da
vegetação afecta também as espécies de animais, pois destrói os seus habitats. Assim, o
desmatamento afecta todo o ecossistema do lugar.

 Modificação do clima: o desmatamento pode contribuir para a intensificação do efeito


estufa. Isso ocorre pêlo fato de as árvores serem uma das responsáveis péla absorção do
CO2, um dos gases que intensificam o efeito estufa, além disso, as queimadas, um dos
processos utilizados no desmatamento, liberam CO2 na atmosfera. As árvores também
contribuem com o aumento da umidade do ar, controlando o regime de chuvas de
determinadas regiões. Assim, a sua retirada influencia no ciclo hidrológico.

 Impactos sociais: diversos povos dependem das florestas tanto para obterem


directamente dela seu alimento como para retirarem outros produtos, os quais garantem a
sua subsistência, como como fibras, resinas, frutos e produtos medicinais. A destruição
desses ambientes afecta essas pessoas de tal modo, aumentando a sua pobreza e
obrigando-as, muitas vezes, a mudarem-se para outras regiões, buscando uma forma de
manter-se.

18
2.3. Estudos realizados
Dietrich e Almeida (2015), desenvolveram o tema Desmatamento da Amazônia, impactos
ambientais e desafios para a espiritualidade cristã: responsabilidade mundial para uma ecologia
integra. O desmatamento da Amazônia, um problema actual que afecta e destrói ecossistemas,
acelera o aquecimento global, ameaça a humanidade e a muitas outras espécies, cresceu
drasticamente nos últimos anos. Esta pesquisa analisa os motivos e as consequências do
crescimento do desmatamento da Amazônia. Aborda as estruturas e articulações brasileiras e
internacionais e a posição e a contribuição da Igreja Católica, a partir da espiritualidade cristã,
propondo uma ecologia integral, do cuidado da «Casa Comum». Baseada em pesquisa
bibliográfica e exploratória

Nhanengue (2016), realizou uma pesquisa sobre Desmatamento em Moçambique (2013-2016).


Partindo dos dados históricos do terceiro Inventário Florestal Nacional mostram que
Moçambique tinha uma área florestal total estimada em 40 milhões de hectares e que no período
compreendido entre 1991 a 2002 perdia em média 220 000 hectares por ano. O presente estudo
mostra que a área florestal actual é está estimada em 34 milhões de hectares, e que a média
actual do desmatamento com base na análise feita no período compreendido entre 2003 a 2013 é
de 269 000 hectares por ano com um desvio de mais ou menos 12 000 hectares por ano. As
províncias com maior média do desmatamento anual no país são Nampula, Zambézia e Manica e
as Províncias com menor média do desmatamento anual são Maputo, Gaza e Inhambane.
Comparativamente aos dados do período compreendido entre 1972 a 1990 em que a média anual
era de 154 000ha/ano, houve um aumento significativo e relativamente a 1991 a 2002, o aumento
não foi significativo, contudo, é importante notar que o desmatamento tem impactos
significativos para biodiversidade, na estabilidade dos ecossistemas e na disponibilidade da água
em quantidade e com qualidade.

O desmatamento é mais frequente nas florestas semi-decíduas e semi-sempre-verdes onde


predominam as formações do Miombo. As principais causas deste fenómeno foram a agricultura
que contribui com cerca de 86% do desmatamento anual e conversão de florestas para pradarias
com 13% devido à exploração florestal para fins de combustíveis lenhosos e madeira. A
conversão de florestas em assentos humanos foi de 0,1%. Estes resultados são consistentes com
os estudos anteriores, que mostraram que a agricultura e a exploração florestal foram as

19
principais causas do desmatamento. Como medidas, o relatório mostra e sugere medidas
estruturais que estão a tomar para reduzir o desmatamento através de reformas da lei de floresta,
massificação de práticas de agricultura de conservação, campanhas de sensibilização do direito à
posse de terra através da atribuição dos DUATs, delimitações de terras comunitárias e
implementação de esquemas de pagamento por resultados pêlos serviços ambientais.

Araújo (2010) falou dos Efeitos Do Desmatamento Sobre O Ciclo Hidrológico: Uma
Comparação Entre A Bacia Do Rio Curua-Una E A Bacia Do Rio Uraim. O foco foi a resposta
das características hidrológicas (i.e. precipitação, vazão e evapotranspiração) ao desmatamento,
para duas bacias de captação individuais, nas quais o processo de mudança da cobertura vegetal
se encontra em níveis diferentes. Busca-se dessa forma ratificar os resultados apontados péla
literatura, no sentido de que a partir de certo nível de desmatamento as respostas hidrológicas
passam a se dar em função de interacções atmosféricas locais e não locais. Foram então
selecionadas duas bacias: do Curua-Una (microregião de Santarém) e do Uraim (Paragominas).
Tais bacias foram escolhidas por representarem exemplos de duas situações distintas no avanço
do desmatamento. A primeira se encontra em um nível aproximado de 25%, enquanto a segunda
bacia já experimentou desmatamento ainda mais significativo, na ordem de 65 %. Utilizando se
as séries históricas de dados foram realizadas para cada bacia análises estatísticas a fim de testar
as diferenças hidrológicas entre dois períodos, representativos de situações distintas quanto ao
desmatamento, ou seja, um momento mais preservado e um mais desmatado.

Os resultados encontrados confirmam que, de fato, níveis de desflorestamento diferentes


provocam respostas distintas nas características hidrológicas, ao apontar que para a bacia com
menor nível de desmatamento 25% (i.e. Bacia do Curua-Una) não ocorre alteração significativa
na precipitação, e ainda assim a descarga aumenta, ao passo que a área mais devastada (i.e Bacia
do Uraim) apresenta redução da precipitação (na faixa de 25%) com conseqüente diminuição da
vazão do canal. Tais resultados são especialmente relevantes por confirmarem com dados de
campo que as hipóteses levantadas por diversas simulações de cenários futuros, na prática já
estão ocorrendo, se não em um nível regional, pêlo menos para uma área específica onde o nível
de desmatamento é acentuado tanto em termos percentuais quanto de extensão total.

20
III. ASPECTOS METODOLÓGICOS

3.1. Abordagem metodológica


Partindo da essência do conhecimento científico, que se baseia numa busca de conhecimento por
meio de métodos, assim passa-se por um conjunto de procedimentos, que procuram ser tratados
neste capítulo pretende-se apresentar os principais mecanismos metodológicos que irão guiar a
pesquisa, dentre a abordagem da pesquisa, a tipologia de pesquisa, a população, os participantes,
as técnicas de colecta de dados, procedimentos de tratamento de dados

3.2. Tipo de Pesquisa


A tipologia de pesquisa quanto aos objectivos será exploratória, que segundo Ramos e Naranjo
(2014):

Os estudos exploratórios, efectuam-se normalmente, quando o objectivo é examinar um tema ou


problema de investigação, pouco estudado ou que não foi abordado antes. Isto é, quando a
revisão da literatura revelou que a única mente pistas não investigadas e ideias vagamente
relacionadas com um problema em estudo (p.53).

Segundo Diehl e Tatim (2004) a pesquisa exploratória é aplicada em temáticas em que não se
tem dados aprofundados, ou seja, um assunto que não se sabe descrever, assim o pesquisador
procura se familiarizar e fazer a descoberta do fenómeno.

A pesquisa será de carácter exploratório, no sentido de procurar garantir maior a proximidade da


pesquisadora com o grupo alvo, assim participando do contexto onde serão recolhidos os dados,
o que vai garantir maior confiabilidade dos resultados por permitir uma melhor análise.

3.2.1. População e participantes


Péla necessidade de definir-se o grupo alvo da pesquisa, apresenta-se a seguir o universo e
participantes da pesquisa.

De acordo com Carmo e Ferreira (1998) “a população ou universo é o conjunto de elementos


abrangidos por uma mesma definição. Esses elementos têm obviamente uma ou mais
características a todos eles, características que os diferenciam de outros conjuntos de elementos”
(p.191).

21
Para colher algumas respostas irei entrevistar alguns membros do distrito, dentro de algumas
comunidades e também alguns líderes das comunidades que representam um total de 30 pessoas.

3.3. Participantes
Os participantes foram seleccionados mediantes uma amostra não probabilística, que de acordo
com Carmo e Ferreira (2011) “são utilizadas em muitos projectos de investigação. Amostras não
probabilísticas podem ser seleccionadas tendo como base critérios de escolha intencional
sistematicamente utilizadas com a finalidade de determinar as unidades da população que fazem
parte da amostra” (p.297).

Em termos de participantes a pesquisa mediante o critério referenciado acima, da não


probabilidade, com a tipologia de escolha intencional, irá seleccionar uma parcela de 6
participantes, para que as respostas sejam confiáveis e pouco repetitivas e assim gastar muito
tempo e recursos com diversos participantes.

3.3.1. Técnicas e Instrumentos de Recolha de Dados


No processo de recolha de dados foi aplicada a técnica de entrevista, que foi do tipo
semiestruturada, com base no instrumento que é o guião de entrevista e observação.

Segundo Ketele (1999, cit. em Sousa e Baptista, 2011, p.20) “a entrevista é um método de
recolha de informações que consiste em conversas orais, individuais ou de grupos com varias
pessoas cuidadosamente seleccionadas, cujo grau de pertinência, validade, fiabilidade é
analisado na perspectiva dos objectivos da recolha de informações”.

Na perspectiva de Marconi e Lakatos (1999, p.90) “esta técnica utiliza os sentidos na obtenção
de determinados aspectos da realidade. Consiste em ver, ouvir e examinar fatos ou fenómenos”.

Sendo a entrevista uma técnica de compilação de informação com base em interacções com os
participantes da pesquisa, e nesta pesquisa a entrevista será semiestruturada, onde o pesquisador
irá se dirigir mediante um guião de entrevista como também poderá criar novas questões com
base no andamento da conversação, entre o pesquisar e os entrevistado para que nao seja um
estudo limitado em perguntas fechadas também pode ser feito algumas perguntas abertas de
escolha de respostas pelos entrevistado.

22
3.4. Pesquisa bibliográfica

Segundo Gil (2008), “aponta que, a pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já
elabora constituído principalmente de livros e artigos científicos pdfs e alguns sites” (p.44)
Maia também, a pesquisa bibliográfica será a fase principiante da pesquisa que ajustará a
investigação e a aquisição das fontes que irão nortear a temática em investigação. Este método
será usado para adquirir informações que relatam assuntos similares com o tema em estudo,
através de consulta de livros eletrônicos, relatórios.
Estes métodos ajudaram na elaboração e no andamento do projecto para puder perceber o que
alguns escritores investigadores falaram e o que achavam das práticas dos desmatamentos pelo
mundo e suas consequências.
3.4.1. Entrevista

Segundo Gil (2002), refere que a entrevista é uma forma de interacção social, que permite
dialogar de forma assimétrica, na qual uma das partes procura colectar dados e a outra parte é
considerada como fonte de informação.

A técnica que será usada na recolha de dados no presente projecto será a entrevista para puder
colher algumas das informações e também assim podemos ter dados fiáveis para a pesquisa para
o projecto em andamento esta técnica será melhora para este projecto porque, assim usando esta
técnica podemos colher várias informações de algumas pessoas diferentes será melhor para
termos alguns pontos de vistas e opiniões diferenciadas

3.4.2. Observação

Segundo Marconi e Lakatos (1999), “a observação utiliza os sentidos na obtenção de


determinados aspectos da realidade, está técnica consiste em ver, ouvir e examinar factos ou
fenómenos” (p.90).

Esta técnica ajuda na pesquisa porque assim podemos ver com nossos próprios olhos o que está
acontecendo nos locais alvos das nas nossas pesquisas assim podemos ver de perto a realidade.
Ira ser aplicada partir do momento em que os pesquisadores entrarem em contacto com as
comunidades e com os locais de estudo no distrito de sanga.

3.4.3. Inquérito por Questionário

23
O Inquérito por Questionário é um instrumento para recolha de dados constituído por um
conjunto mais o menos amplo de perguntas e questões que se consideram relevantes de acordo
com as características e dimensão do que se deseja observar (Hoz, 1985, p.58).

Na opinião de Quivy e Campenhoudt (1998), “o inquérito por questionário consiste em colocar a


um conjunto de inquiridos, geralmente representativo de uma população, uma série de perguntas.
Estas perguntas dizem respeito à situação social, profissional ou familiar dos inquiridos.
Reportam-se às suas opiniões, à sua atitude em relação a opções ou a questões humanas e sociais,
às suas expectativas, ao seu nível de conhecimentos ou de um problema, ou ainda sobre qualquer
outro ponto que interesse os investigadores” (p.188).
No entanto, o inquérito por questionário é um conjunto de questões sobre um determinado
problema, elaboradas de forma prévia, estas que são respondidas por um determinado indivíduo
ou sujeito, de forma escrita ou oralmente. O mesmo será direccionado aos indivíduos que vivem
ao redor da Reserva Especial do Niassa e aos visitantes da mesma área de conservação

3.4.4. Modelo de Análise de Dados


Para a análise de dados primeiramente os dados foram organizados em um quadro de categorias,
será também feita a transcrição literal e a análise de conteúdo.

3.4.5. Quadro de Categorias


No quadro de categorias apresenta-se de forma sistematizada informações colectadas dentre as
subcategorias, as questões aplicadas e número de entrevistados que responderam as questões.

3.5. Transcrição literal


Na transcrição literal, serão apresentadas as respostas dos entrevistados, as suas percepções e
acompanhadas de interpretações e triangulações.

3.6. Análise de Conteúdo


Para explicar o modelo de análise de conteúdo, Segundo Silva e Pinto (1986, p.109) salientam
que, “qualquer plano de análise de conteúdo pressupõe a elaboração de um conjunto de
procedimento que permitam a segurar a sua fidedignidade e validade”.

Deste o modelo de análise de conteúdo será aplicado a partir do momento que o pesquisador vai
procurar analisar as respostas dos entrevistados, por meio de comparações, avaliação da fala dos
entrevistados, e a relação dos dados com as teorias.

24
3.7. Aspectos Éticos
Nesta pesquisa foram tomados em consideração os aspectos éticos de uma pesquisa. Sendo que
de acordo com Sousa e Baptista (2011) destacam-se os seguintes princípios éticos:

❖ O dever de informar os participantes sobre a investigação que se vai desenvolver, em


relação ao processo de investigação e em relação a divulgação dos resultados;

❖ Respeitar e garantir os direitos daqueles que participam no processo de investigação;

❖ Proteger os participantes da investigação de quaisquer danos ou prejuízos que possam


decorrer dos resultados dos dados;

❖ E por aspectos éticos também para confidencialidade do participante não serão


divulgados os nomes

25
Mes

Actividade

Submissão do projecto

Aprofundamento do
marco teórico

Elaboração dos instrumentos de


recolha de dados

Recolha de dados

Análise dos resultados

Redacção de todos os capítulos


da monografia

Revisão

Entrega final

Tabela 1Cronograma
Fonte: o autor (2021)

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Tabela 2Orçamento

Nº Designação do material Quantidade Preço Unitário Valor total

1 Laptop 01 16.000,00 MT 16.000,00 MT

2 Impressão e Encadernação --------------- 2.000,00 MT 2.000,00 MT

3 Transporte --------------- 3.500,00 MT 3.500,00 MT

4 Alojamento e Alimentação --------------- 5.000,00 MT 5.000,00 MT

6 Bloco de notas 02 100,00 MT 200, 00 MT

7 Resma (A4) 01 250,00 MT 500, 00 MT

8 Esferográficas 10 15,00 MT 150, 00 MT

TOTAL 26.715,00 MT

Fonte: o autor (2021)

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