Você está na página 1de 14

1

Vânia Samuel Senjewe

Curso de Licenciatura em Direito

4o ano 1o semestre

Tema: Direito e uso do aproveitamento da terra

O presente trabalho

Lichinga, Agosto de 2020

2
Índice
Introdução................................................................................................................................4

1.1.Objectivos..........................................................................................................................4

2.Direito e uso do aproveitamento da terra...............................................................................5

2.1.Direito e uso do aproveitamento da terra para sujeito Nacional..........................................5

2.2.Direito e uso do aproveitamento da terra para sujeito estrangeiro......................................5

2.3.Extinção Direito e uso do aproveitamento da terra.............................................................5

3.DUAT...................................................................................................................................6

3.1.Cadastro Nacional de Terras...............................................................................................6

3.2.Podem ser sujeitos do DUAT:............................................................................................7

3.3.Entidades responsáveis.......................................................................................................8

3.4.Procedimentos e documentação..........................................................................................9

3.5.Para requerer......................................................................................................................9

3.6.Taxa de valor a pagar.......................................................................................................10

3.6.Fórmula de cálculo de reconhecimento (r) e consulta (c) às comunidades locais.............11

3.7.Custos com Pagamento de Taxas.....................................................................................11

3.8.Prazos legais.....................................................................................................................12

4.Conclusão............................................................................................................................13

5.Referência bibliográfica......................................................................................................14

3
Introdução
O presente trabalho vai abordar aquilo que e Direito e uso do aproveitamento da terra
que as pessoas singulares ou colectiva e as comunidades locais adquirem sobre a terra.
Com as exigências e limitações com presente lei.

Na República de Moçambique a terra é propriedade do Estado e não pode ser vendida,


ou por qualquer outra forma, alienada, hipotecada ou penhorada. Como meio universal
de criação da riqueza e do bem-estar social, o uso e aproveitamento da terra é direito de
todo povo moçambicano.

1.1.Objectivos
1.1.1.Gerais:

 Conhecer o Direito e uso do aproveitamento da terra

1.1.2Específicos:

 Conhecer Direito e uso do aproveitamento da terra para sujeito Nacional


 Conhecer Direito e uso do aproveitamento da terra para sujeito estrangeiro

4
2.Direito e uso do aproveitamento da terra
O artigo 1 da Lei nº 19 ̸ 97 de 1 de Outubro estabelece que, Direito e uso do
aproveitamento da terra direito que as pessoas singulares ou colectiva e as comunidades
locais adquirem sobre a terra. Com as exigências e limitações com presente lei.

2.1.Direito e uso do aproveitamento da terra para sujeito Nacional


O artigo 10 da Lei nº 19 ̸ 97 de 1 de Outubro estabelece que, pode ser sujeito direito e
uso do aproveitamento da terra as pessoas nacional, colectivas e singulares, Homens e
mulheres, bem como a comunidade local.

Direito e uso do aproveitamento da terra nas comunidades locais obedecem aos


princípios de co-titularidade, para todos os efeitos desta Lei.

2.2.Direito e uso do aproveitamento da terra para sujeito estrangeiro


O artigo 10 da Lei nº 19 ̸ 97 de 11 de Outubro estabelece que, As pessoas singulares e
colectivas estrangeiras podem sem sujeitos de direito e uso do aproveitamento da terra,
desde que tenham projectos de investimento devidamente aprovados e observem as
seguintes condições:

a) Sendo pessoas singular a que residem há pelo menos cinco anos na Republica de
Moçambique;
b) Sendo pessoas colectivas, desde que estejam constituídas ou registadas na
Republica de Moçambique.

2.3.Extinção Direito e uso do aproveitamento da terra


O artigo 10 da Lei nº 19 ̸ 97 de 18 de Outubro estabelece que o direito e uso do
aproveitamento da terra extingue-se:

a) Pelo não cumprimento do plano de exploração ou do projecto de investimento,


sem motivo justificado, no calendário estabelecido na aprovação do pedido,
mesmo que as obrigações fiscais estejam a ser cumpridas;
b) Por revogação de direito e uso do aproveitamento da terra por motivo de
interesse público, precedida do pagamento de justa indemnização ou
compensação;
c) No termo do prazo ou da sua renovação.

5
3.DUAT
Na República de Moçambique a terra é propriedade do Estado e não pode ser vendida,
ou por qualquer outra forma, alienada, nem tão pouco onerada.
O uso e aproveitamento da terra é direito único e exclusivo do povo Moçambicano.
É o Estado que define as condições do uso e aproveitamento da terra.
O direito de uso e aproveitamento da terra é concedido tanto às pessoas singulares como
às pessoas colectivas (sociedades), consoante o seu fim social.
O direito de uso e aproveitamento da terra não pode ser concedido em zonas de
protecção (definidas legalmente) dado tratarem-se de zonas de domínio público, afectas
à satisfação do interesse público. Nestas zonas, porém, são admissível o exercício de
determinadas actividades mediante a concessão de licenças e autorizações especiais.
O direito de uso e aproveitamento da terra para fins do desenvolvimento de uma
actividade económica está sujeito ao prazo máximo de 50 anos, renovável por igual
período. Mesmo findo o período da renovação (o que totaliza um período de 100 anos)
o interessado pode apresentar novo pedido

3.1.Cadastro Nacional de Terras


ARTIGO 54 Lei n.º 19/2007, de 18 de Julho diz que, Constituem objectivos do
Cadastro Nacional de Terras:
a) Qualificar, em termos económicos, os dados dos titulares dos direitos de uso e
aproveitamento da terra, bem como a localização geográfica, a forma, as regras e os
prazos de utilização e os usos e ou a vocação preferencial para a utilização, protecção e
conservação dos solos;
b) Permitir a fundamentação do ordenamento do território e a distribuição dos recursos
do país.

Na República de Moçambique a terra é propriedade do Estado e não pode ser vendida,


ou por qualquer outra forma, alienada, hipotecada ou penhorada. Como meio universal
de criação da riqueza e do bem-estar social, o uso e aproveitamento da terra é direito de
todo povo moçambicano.

6
As condições de uso e aproveitamento da terra são determinadas pelo Estado. O direito
de uso e aproveitamento da terra é conferido às pessoas singulares ou colectivas tendo
em conta o seu fim social.

Na titularização do direito de uso e aproveitamento da terra o Estado reconhece e


protege os direitos adquiridos por herança ou ocupação, salvo havendo reserva legal ou
se a terra tiver sido legalmente atribuída a outra pessoa ou entidade.

O direito de uso e aproveitamento da terra, não pode ser concedido nas zonas de
protecção total e parcial, visto tratar-se de zonas de domínio público (zonas destinadas à
satisfação do interesse público). Nestas zonas só é permitido o exercício de
determinadas actividades mediante emissão de licenças especiais.

A aprovação do pedido do DUAT não dispensa a obtenção de licenças ou outras


autorizações exigidas por legislação aplicável ao exercício de actividades económicas
pretendidas (agro-pecuária ou agro-industriais, industriais, turísticas, comerciais,
pesqueiras e mineiras e à protecção do meio ambiente). As referidas licenças terão o seu
prazo definido de acordo com a legislação aplicável, independentemente do prazo
autorizado para o exercício do direito de uso e aproveitamento da terra.

O direito de uso e aproveitamento da terra para fins de actividades económicas está


sujeito ao prazo máximo de 50 anos, renovável por igual período a pedido do
interessado. Após o período de renovação, um novo pedido deve ser apresentado.

3.2.Podem ser sujeitos do DUAT:

 As pessoas nacionais, colectivas e singulares, homens e mulheres, bem como as


comunidades locais;
 As pessoas singulares e colectivas estrangeiras, desde tenham projecto de
investimento devidamente aprovado e observem as seguintes condições:
 Sendo pessoas singulares, desde que residam há pelo menos 5 anos na República de
Moçambique;
 Sendo pessoas colectivas, desde que estejam constituídas ou registadas na República
de Moçambique. O direito de uso e aproveitamento da terra é adquirido por:
 Ocupação por pessoas singulares e comunidades locais, segundo as normas e práticas
costumeiras no que não contrariem a Constituição;

7
 Ocupação por pessoas singulares nacionais que, de boa fé, estejam a utilizar a terra há
pelo menos dez anos;
 Autorização do pedido apresentado por pessoas singulares ou colectivas na forma
estabelecida

3.3.Entidades responsáveis
O Pedido do DUAT faz-se junto aos Serviços de Cadastro, da Província onde se localiza
o terreno pretendido.

Em áreas não cobertas por planos de urbanização, compete:

Aos Governadores provinciais:

 Autorizar pedidos de uso e aproveitamento da terra de áreas até o limite máximo de


1000 hectares;

 Autorizar licenças especiais nas zonas de protecção parcial;

 Dar pareceres sobre os pedidos de uso e aproveitamento da terra relativos á áreas que
correspondam a competência do Ministro da Agricultura e Pescas.

 Ao Ministro da Agricultura e Pescas:

 Autorizar os pedidos de uso e aproveitamento da terra de áreas entre 1000 e 10.000


hectares.

 Autorizar licenças especiais nas zonas de protecção total;

 Dar parecer sobre os pedidos de uso e aproveitamento da terra relativos a áreas que
ultrapassam a sua competência.

Ao Conselho de Ministros:

 Autorizar pedidos de uso e aproveitamento da terra de áreas que ultrapassem a


competência do Ministro da Agricultura e Pescas, desde que inseridos num plano de
uso da terra ou cujo enquadramento seja possível num mapa de uso da terra;

 Criar, modificar ou extinguir zonas de protecção total e parcial;

 Deliberar sobre a utilização do leito das águas territoriais e da plataforma continental.

8
Nas áreas cobertas por planos de urbanização, compete aos Presidentes dos Conselhos
Municipais e de povoações e aos Administradores de Distritos, nos locais onde não
existem órgãos municipais, desde que tenham Serviços Públicos de Cadastro.

3.4.Procedimentos e documentação
Para a aquisição do DUAT ao abrigo de uma autorização são necessários os seguintes
documentos:

Formulário devidamente preenchido (este documento pode ser obtido junto dos
Serviços de Cadastro);

Fotocópia de BI/DIRE/Estatutos (este último, se se tratar de pessoa colectiva ou


sociedade);

Esboço de localização do terreno pretendido pelo requerente;

Plano de exploração e/ou projecto de investimento devidamente aprovado pela entidade


competente (no caso de actividades económicas);

Acta de consulta às comunidades locais;

Cópia do edital;

Guia de depósito;

Recibo comprovativo de pagamento da taxa anual.

Reunidos os requisitos, os Serviços de Cadastro submetem o pedido a entidade


competente para o despacho. Autorizado o pedido, emite-se a autorização provisória,
que tem a duração máxima de cinco anos para os nacionais e dois anos para os
estrangeiros.

Após o fim do período da autorização provisória, ou mesmo antes desse período, se o


interessado assim o requerer, será feita uma vistoria para a verificação da realização do
empreendimento proposto ou do cumprimento do plano de exploração, segundo o
calendário aprovado. Constatada a realização do empreendimento ou o cumprimento do
plano de exploração, será dada a autorização definitiva do uso e aproveitamento da terra
e emitido o respectivo título.

9
3.5.Para requerer
A qualquer momento, tendo-se em consideração o seguinte: 

o caso de pessoas singulares, é necessário que o requerente do DUAT seja maior ou


esteja legalmente representado pelo poder paternal (pai, mãe) ou tutor e no caso das
pessoas colectivas, é necessário que estas estejam constituídas ou reconhecidas
legalmente.

3.6.Taxa de valor a pagar


Custos com tramitação e deslocação

Os custos de tramitação e deslocação para o reconhecimento e consulta são:

TABELA I TABELA II

Designação Valor a Designação Valor a pagar


pagar

Esboço de 200.000,0 Técnico Superior 600.000,00 MT ou


localização 0 MT ou 600,00 MTn
200,00
MTn

Emolumentos 600.000,0 Técnico Médio 487.500,00 MT ou


0 MT ou 487,50 MTn
600,00
MTn

Reconheciment (Ver Técnico Básico 397.500,00 MT ou


o e Consulta tabela II) 397,50 MTn

Incentivo para 300.000,0 Combustível se a viatura 5.000,00 MT por Km ou

10
Comunidade 0 MT ou for do serviço 0,50 MTn po Km
300,00
MTn

Formulário 10.000,00    
MT ou
10,00
MTn

3.6.Fórmula de cálculo de reconhecimento (r) e consulta (c) às comunidades


locais
R = Técnico x dias + ( 5.000,00MT x K ) = MT, e C =Técnico x dias + ( 5.000,00MT x
K ) = MT

Onde R = Reconhecimento; C = Consulta; e K = Distância em Kilometros desde a Sede


dos Serviços até ao Local

3.7.Custos com Pagamento de Taxas

 Taxas de Autorização

Taxa de autorização Valor das Taxas

Autorização provisória 600.000,00 MT ou 600,00 MTn

Autorização definitiva 300.000,00 MT ou 300,00 MTn

 Taxas Anuais por Finalidades

Fins Taxa Anual

11
1. Criação de gado bovino; repovoamento da fauna bravia 2.000,00 MT/ha ou
através de fazendas do bravio; culturas permanentes. 2,00 MTn/ha

2. Agricultura 15.000,00 MT/ha ou


15,00 MTn /ha

3. Outras actividades 30.000,00 MT /ha ou


30,00 MT n/ha

4. Turismo, habitação do veraneio, comércio até 1 ha na 200.000,00 MT ou


faixa costeira 200,00 MTn

3.8.Prazos legais
O prazo máximo

O prazo máximo definido para a tramitação dos pedidos do DUAT é de 90 dias.  

12
4.Conclusão
Chegando ao fim do presente trabalho qualificar, em termos económicos, os dados dos
titulares dos direitos de uso e aproveitamento da terra, bem como a localização
geográfica, a forma, as regras e os prazos de utilização e os usos e ou a vocação
preferencial para a utilização, protecção e conservação dos solos.

13
5.Referência bibliográfica
CISTAC, G. e CHIZIANE, E. “Aspectos Jurídicos, económicos e sociais do uso e
aproveitamento da terra” UEM, 2003.
NEGRÃO, J. “Que Politicas de Terras para Moçambique?” Conferência Nacional de
Terras, Núcleo de Estudos da Terra (NET) - UEM, 1996.

14

Você também pode gostar