Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Direito Agrário
Bens públicos são todos aqueles pertencentes ao patrimônio da União, dos estados, dos
municípios e do Distrito Federal, suas autarquias e fundações públicas, sejam móveis,
imóveis ou semoventes.
Segundo artigo 98 do Código Civil: “São públicos os bens do domínio nacional pertencentes
às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for
a pessoa a que pertençam.”
Formação territorial: terras públicas e particulares
I. os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II. os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou
estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal,
inclusive os de suas autarquias;
III. os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como
objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Bens públicos
1) Inalienabilidade;
2) Impenhorabilidade;
3) Imprescritibilidade.
Fonte: https://climaterealism.com/2021/08/despite-claims-of-great-barrier-reef-decline-due-to-global-
warming-no-temperature-change-in-150-years/
Bens públicos
Art. 100. (C. Civil) Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são
inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
Art. 101. (C. Civil) Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as
exigências da lei.
Art. 102. (C. Civil|) Os bens públicos não estão sujeitos à usucapião.
Art. 103. (C. Civil) O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme
for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
Terras particulares
Terras particulares nada mais são do que as terras pertencentes às pessoas físicas e
jurídicas, que se encontram sob seus domínios, e que tenham sido adquiridas legalmente.
Segundo o Código Civil, o qual traz regras para a aquisição da propriedade imóvel em geral,
a forma principal e comum de aquisição da propriedade imóvel (inclusive a rural) é por meio
do registro, que supõe a compra.
Além desta forma principal, a lei civil prevê a aquisição de propriedade imóvel rural pela
acessão, pelo direito hereditário, pela usucapião e pela desapropriação.
Porém, a usucapião, em se tratando de área rural, obedece a critérios próprios e tem entre
os seus pressupostos a existência de posse que apresenta contornos diferentes da posse
civil (art. 1.196 e seguintes do C. Civil).
Fonte:
https://www.executivetoursirelan
d.com/dublins-treasured-links-
ireland-golf-trips/
Usucapião
Visa regularizar determinadas situações de fato, prestigiando o possuidor contínuo que torna
produtiva a propriedade, permitindo-lhe a aquisição após certo lapso de tempo.
“Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel,
adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz
que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de
Registro de Imóveis.”
Usucapião de bens imóveis
Art. 191. (CF) Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como
seu, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural, não superior a
cinquenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua
moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.
Usucapião especial rural
Art. 1.239. (Código Civil) Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano,
possua como sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona rural
não superior a cinquenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família,
tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.
Usucapião
2) Área rural
O objeto da usucapião constitucional agrário deve ser lícito, ou seja, não poderá recair sobre
bens públicos e inalienáveis.
Requisitos da usucapião constitucional rural
A posse agrária: exigir sujeito capaz (pessoa física ou jurídica), que efetivamente tenha
condições de desenvolver a atividade agrária, que se manifesta sob diversas formas,
principalmente a de produção, como já estudado.
Mais distante da caracterização da posse agrária fica a situação fática de manter a terra
inerte, baseada apenas no domínio, numa espécie de intenção de possuir.
Direito agrário e reforma agrária
O objeto principal do direito agrário é regular os direitos e obrigações concernentes aos bens
imóveis rurais para os fins de execução da reforma agrária e promoção da política agrícola.
Lei n. 4504/64
Art. 1° Esta Lei regula os direitos e obrigações concernentes aos bens imóveis rurais, para
os fins de execução da Reforma Agrária e promoção da Política Agrícola.
Conjunto de normas do direito agrário visa ao bem-estar dos proprietários da terra e dos
trabalhadores que nela labutam, mantendo-se níveis satisfatórios de produtividade
(economia agrária), assegurando-se a conservação dos recursos naturais, as justas
relações de trabalho.
Política agrária
Desapropriação
Teoricamente, pode-se dizer que desapropriação é o procedimento por meio do qual o poder
público compulsoriamente despoja alguém de uma propriedade e a adquire, mediante
indenização, fundado em interesse público.
Desapropriação comum
Desapropriação sancionatória
Artigo 182 (CF). A política de desenvolvimento urbano, executada pelo poder público
municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno
desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de
seus habitantes.
§ 1º O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com
mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e
de expansão urbana.
Artigo 184 (CF). Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma
agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa
indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real,
resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja
utilização será definida em lei.
Desapropriação sanção rural
§ 2º O decreto que declarar o imóvel como de interesse social, para fins de reforma agrária,
autoriza a União a propor a ação de desapropriação.
§ 4º O orçamento fixará anualmente o volume total de títulos da dívida agrária, assim como o
montante de recursos para atender ao programa de reforma agrária no exercício.
Art. 185 (CF) São insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma agrária:
I. a pequena e média propriedade rural, assim definida em lei, desde que seu proprietário não
possua outra;
II. a propriedade produtiva.
Parágrafo único. A lei garantirá tratamento especial à propriedade produtiva e fixará normas
para o cumprimento dos requisitos relativos a sua função social.
Expropriação
As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas
ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei serão
expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem
qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei,
observado, no que couber, o disposto no art. 5º.
Natureza jurídica da desapropriação
Todos os ônus ou direitos que recaiam sobre o bem expropriado extinguem-se e ficam sub-
rogados no preço;
Atualmente, a Lei n. 4.504/64 regula os contratos agrários nos artigos (92 a 96, além das
regras estabelecidas pela Lei n. 4.947/66 (artigos 13 a 15), sendo que o regulamento da
matéria está no Decreto n. 59.566/66. As disposições do Código Civil, conforme disposto no
art. 92, § 9º da Lei n. 4504/64, continuam sendo de aplicação subsidiária.
Características dos contratos agrários
Formais: ao menos em sua maioria, uma vez que devem ser escritos e registrados.
Com maior limitação da liberdade de contratar, porque a lei estabelece cláusulas obrigatórias
e, por outro lado, direitos e garantias irrenunciáveis, visando à proteção à parte mais fraca.
Contratos agrários
Estes últimos, mesmo não havendo regra especial definida na lei, devem, como condição de
validade e no que lhes for aplicável, cumprir as regras obrigatórias estabelecidas para os
contratos de parceria e arrendamento. É o que vem disciplinado no art. 39 do Decreto
n. 59.566/66.
Arrendamento rural
Arrendamento rural é o contrato agrário pelo qual uma pessoa se obriga a ceder a outra, por
tempo determinado ou não, o uso e gozo do imóvel rural, parte ou partes do mesmo,
incluindo, ou não, outros bens, benfeitorias ou facilidades, com o objetivo de nele ser
exercida atividade de exploração agrícola, pecuária, agroindustrial, extrativa ou mista,
mediante certa retribuição ou aluguel, observados os limites percentuais da lei (art. 3º do
Decreto n. 59.566/66).
É o contrato agrário pelo qual uma pessoa se obriga a ceder à outra, por tempo determinado
ou não, o uso específico de imóvel rural, de parte ou partes do mesmo, incluindo, ou não,
benfeitorias, outros bens e ou facilidades, com o objetivo de nele ser exercida atividade de
exploração agrícola, pecuária, agroindustrial, extrativa vegetal ou mista; e/ou lhe entrega
animais para cria, recria, invernagem, engorda ou extração de matérias-primas de origem
animal, mediante partilha de riscos de caso fortuito e da força maior do empreendimento
rural, e dos frutos, produtos ou lucros havidos nas proporções que estipularem, observados
os limites percentuais da Lei (art. 4º do Decreto n. 59.566/66).
Interatividade