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1. USUCAPIÃO
A. REQUISITOS
Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir
como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-
fé, por meio da usucapião extraordinária.
3. Usucapião Constitucional (ou Especial) Rural ou Pro Labore (art. 191 da CF;
art. 1.239 do CC)
Adquire a propriedade aquele que, não sendo proprietário de imóvel
rural ou urbano, possua como sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área
de terra em zona rural não superior a cinquenta hectares, tornando-a produtiva por
seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia.
Quando a posse ocorre sobre área superior aos limites legais, não é
possível a aquisição pela via da usucapião especial, ainda que o pedido restrinja a
dimensão do que se quer usucapir (Enunciado 313 do CJF).
“Os núcleos urbanos informais existentes sem oposição há mais de cinco anos e
cuja área total dividida pelo número de possuidores seja inferior a duzentos e
cinquenta metros quadrados por possuidor são suscetíveis de serem usucapidos
coletivamente, desde que os possuidores não sejam proprietários de outro imóvel
urbano ou rural.”
O índio, integrado ou não, que ocupe como próprio, por dez anos
consecutivos, trecho de terra inferior a cinquenta hectares, adquirir-lhe-á a
propriedade plena. A previsão legal não se aplica às terras do domínio da União,
ocupadas por tribais, às áreas reservadas de que trata o Estatuto do Índio, nem às
terras de propriedade coletiva de grupo tribal.
Ainda sobre o tema, a lei apenas determina que “o juiz fixará a justa
indenização”, mas não estabelece a quem compete o efetivo pagamento. Com isso,
surgem duas correntes: a primeira, entendendo que o pagamento deve ser feito
pelos próprios possuidores; em sentido diverso, uma segunda corrente defende que
o pagamento seja feito pelo Município, quando se tratar de imóvel urbano, ou pela
União, quando se tratar de imóvel rural.